O Que é Trabalho

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  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Curso de licenciatura em QumicaFormao Integrada na Educao Bsica e Tecnolgica

    4 perodo

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim

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    O que a palavra

    trabalho significa?

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    UM PASSEIO LINGUSTICO SEMNTICOSOBRE O SIGNIFICADO DE TRABALHO

    Grego= fabricao e esforo; pena e fadiga;

    Latim= labor (laborare) e obra (operare);

    Francs= trabalho (travailler) e tarefa (tche);

    Italiano= lavorare e operare;

    Espanhol= trabajar e obrar;

    Ingls= labour e work;

    Alemo= arbeit (vem de arvum = terreno arvel) quesignifica esforo e cansao, e werk = trabalho criativo;

    Portugus= labor e trabalho.

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    Parece existir uma tenso

    TRABALHO =esforo rotineiro e

    cotidiano comaspectos de enfado e

    cansao.

    TRABALHO = obra

    ou fabricao dealgo que

    proporciona oprazer e a satisfao

    humana.

    X

    No meio desta tenso temos variadossignificados

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    O arteso trabalhou durante toda a semana para terminar seutrabalho.

    [esforo aplicado produo de utilidades ou obras de arte]

    No trabalho de hoje a assembleia legislativa decidiu[conjunto de discusses e deliberaes]

    O secretrio do fisco: tenho que terminar um trabalho importantepara a arrecadao dos impostos.

    [servio de uma repartio burocrtica]

    O professor passou vrios trabalhos para os alunos.[deveres escolares]

    A mulher entrou em trabalho de parto[processo de nascimento da criana]

    A ltima enchente deu muito trabalho.[dificuldade e incmodo]

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    O tripalium

    O tripaliumera inicialmenteum instrumento, umaferramenta utilizada por

    camponeses para desfiar otrigo, o milho e outrasculturas.

    Posteriormente, foiutilizado como modelopara instrumentos de

    tortura. Da, advm osignificado negativo dapalavra trabalho.O verbo tripaliare, damesma raiz de tripalium,significa torturar.

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    Dicionrio filosfico [] o homem trabalha quando pe em atividade suas

    foras espirituais ou corporais, tendo em mira um fim

    srio que deve ser realizado ou alcanado.

    (ALBORNOZ, 1994, p. 11) Surge a distino entre trabalho intelectuale trabalho

    corporalou manual;

    No uma distino simples, pois o trabalho intelectualexige o gasto de energias fsicas, bem como o trabalho

    corporal requer a inteligncia de quem o executa.

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    O trabalho do homem aparece cada vez mais ntidoquanto mais clara for a inteno e a direo do seu

    esforo. Trabalho neste sentido possui o significado ativode um esforo afirmado e desejado, para a realizao de

    objetivos; onde at mesmo o objetivo realizado, a obra,passa a ser chamado trabalho. Trabalho o esforo e

    tambm o seu resultado: a construo enquanto processoe ao, e o edifcio pronto.

    (ALBORNOZ, 1998, p. 11-12)

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    Homens e animais trabalham?

    Qual a diferena?

    SIM

    INTENCIONALIDADE

    LIBERDADE

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    CRIAO DE CULTURA

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    Concluso

    No cotidiano pode-se no dar muita importncia para osentido do trabalho, mas nas cincias sim, pois cada reado saber utilizar esta palavra de forma bem definida.

    Por exemplo:

    Na fsica, trabalho o produto entre fora e deslocamento que umcorpo em movimento realiza no tempo.

    Na fisiologia, trabalho traduz a ao de um msculo. Na sociologia, o trabalho reflete sua diviso social na sociedade

    capitalista.

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    DiscussoQuestes:1) O que trabalho? Est associado a labor, fadiga,cansao? Ou a obra, fabricao, produo? Ou aemancipao, autonomia, libertao? Ou a capacitao

    e profissionalizao?2) Qual a importncia de compreendermos o trabalhonuma dimenso mais ampla para uma FormaoIntegrada?

    Discuta estas questes com seus colegas de sala.

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    O QUE O TRABALHO TEM SIDO

    Trabalho primitivo

    o Esforo complementar ao da natureza;

    o Extrativista;

    o Sem excedente;o Prprio para subsistncia;

    oNomadismo.

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    Trabalho agrcola

    Evoluo da sociedade nmade para pastoril e agrcola.

    - A agricultura permitiu a fixao daspessoas em determinados locais;

    - Possibilitou a criao de rebanhose a construo de moradias fixas;

    - Permitiu o desenvolvimento de

    instrumentos de trabalho maissofisticados;

    - As mulheres podem ter sidoresponsveis por tal evoluo, poisem muitas culturas elas que soresponsveis pelo cultivo da terra;

    - Colaborou com o desenvolvimentodo trabalho pastoril ;

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    Mudanas nas atividades de trabalho

    Organizao social da aldeia => primrdio das cidades

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    Estabelecimento de comunidades em faixas de terras

    Noo de propriedadee excedente

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    O trabalho trouxe a noo de propriedade. Por exemplo:se o trabalho produz o alimento que sustenta a famlia, pormeio do cultivo da terra habitada, ento, a terra e tudo oque ela produz por meio do trabalho, propriedade dequem trabalha;

    A sobra ou excedente do trabalho pode ser trocada como vizinho, mas se o vizinho possui uma famlia maior e

    ocupa maiores terras, ento, suas sobras sero maiores,gerando uma desigualdade;

    O que possui as maiores sobras passa a ter o poder detrocar com mais vizinhos e, assim, termina por impor-se

    como senhor dos demais -> classe ociosa -> burguesia; A propriedade que antes tinha o sentido de proporcionar a

    sobrevivncia material do homem passa a ter o sentido dedominaode uns sobre outros.

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    A prtica da guerra e a defesa da propriedade

    Hiptese: surgimento daprimeira diviso social do

    trabalho -> homens

    responsveis pela caa eguerras; mulheres

    responsveis pelo plantio ecriao da prole.

    - Surgimento de uma hierarquiadominadora;

    - Surgimento de uma classe militarsubmissa classe do topo dahierarquia;

    - Surgimento de relaes dedominao e escravido entre

    homens, tribos e povos;

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    Do trabalho agrcola ao feudal Do excedente e da propriedade da terra surgem as

    riquezas e o comrcio mediado por uma moeda; Senhores feudais, feudos, vassalos e escravos;

    Idade Mdia = feudalismo.

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    Igreja Catlica = maior senhor feudal da Id. Mdia

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    Comercializao doexcedente

    Surgimento dos burgos

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    Burgus = comerciante da poca; Burguesia = classe social em ascenso

    no perodo de declnio do feudalismo; Desenvolvimento do mercado e da

    valorizao da moeda;

    A riqueza j no estar mais relacionada propriedade da terra, mas propriedade do dinheiro;

    Surgimento dos centros urbanos; Com tempo ocioso h o fortalecimento

    das Artes e das Cincias.

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    Do trabalho no contexto do capitalismo

    o Da aplicao da Cincia na prtica surge a Revoluo

    Industrial;

    o Incio da Idade Moderna (XVII-XVIII);

    o Consolidao do capitalismo enquanto modo deproduo econmica;

    o Desenvolvimento da tecnologia:

    Inveno da mquina a vapor (XVIII); Uso da eletricidade (XIX);

    Automao (XX);

    Tecnologias de informao e comunicao (XX-XXI);

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    Paradoxos

    A tecnologia que poderia aliviar o trabalhohumano e disponibilizar maior tempo paraatividades prazerosas, produz a guerra e as

    bombas de destruio em massa;

    O trabalho alienado: O produto alienado ao produtor;

    O trabalho transformado em mercadoria; O trabalho visto como labor, esforo e cansao.

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    Para reflexo1) Diante dos paradoxos que assumiu o trabalho nocontexto da sociedade capitalista, qual seria o papel daeducao?

    2) Formar os trabalhadores para manuteno do sistemaexploratrio do homem e da natureza? Descobrir novasformas de explorao? Conscientizar o ser humanomostrando-lhe as contradies de suas prprias aes?

    3) Leia e comente:O indivduo moderno encontradificuldade em dar sentido sua vida se no for pelotrabalho. (ALBORNOZ, 1998, p.24)

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    O QUE O TRABALHO EST SENDO

    O que o trabalho, hoje?

    Nas sociedades primitivas=> trabalhosignificou subsistncia;

    Nas sociedades agrcolas e pastoris =>trabalho significou subsistncia + propriedade +excedente;

    Na sociedade feudal=> trabalho significousubsistncia + propriedade + excedente +comrcio + burguesia.

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    O t b lh

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    O que o trabalho nasociedade capitalista?

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    SOBREVIVNCIA

    PROPRIEDADE

    EXCEDENTE

    COMRCIO

    BURGUESIA

    DIVISO SOCIALDO TRABALHO

    EXPLORAO DOTRABALHADORENRIQUECIMENTO

    DOS QUE NOTRABALHAM

    MAIS VALIA

    ESFORO,CANSEIRA E

    SOFRIMENTO

    ALIENADO!

    PRODUO EMSRIE

    F d i d d

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    Fenmenos da sociedademoderna e o trabalho

    O processo moderno de industrializao estintimamente relacionado com as formas de exploraodo trabalho e sua diviso social;

    O mundo industrial dita as normas para a organizaosocial do trabalho;

    A expanso do capitalismo atravs do processo deindustrializao das economias emergentes (TerceiroMundo) uma necessidade vital para sua subsistncia e

    manuteno; Alguns fenmenos podem ser relacionados com esta

    expanso do capital (ora como causa ou consequncia).

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    Crescimento demogrfico eurbanizao

    Do sec. XIX para c a populao cresceuexponencialmente:o No incio do sculo j ramos 1 bilho;

    o Nos anos de 1936 ramos 2 bilhes;

    o Nos anos de 1960 chegamos casa de 3 bilhes;o Atualmente, mais que dobramos este NMERO. Somos 7 bilhes;

    o Em 2025, seremos 8 bilhes;

    o E, em 2050, seremos 9,5 bilhes.

    Questes: continuaremos trabalhando alienadamente?Explorando nossos recursos naturais e degradando o meioambiente sem limites? Explorando nossos semelhantes em nome deuma indstria do capital?

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    O crescimento populacional aliado ao desenvolvimentoda industrializao gerou um processo de urbanizao

    acelerado e insustentvel; O xodo rural para os grandes centros urbanos se deveao fato de a indstria ter alcanado o campo. (Ver artigo

    ANZILADO, Julciane Ins. A influncia do capitalismo na produo camponesa dealimentos. Revista Fasem Cincias, Vol.2, n.2, jul.-dez./2012, p.17-23);

    A corrida para as cidades se explica em parte pelanatureza do trabalho industrial. (p. 26-27);

    Em busca do estilo de vida da cidade e das facilidadesprometidas pelo desenvolvimento, acontece a exploso

    demogrfica nas cidades; Pases desenvolvidos j apresentam diminuio da

    populao, porm nos pases em desenvolvimento estacurva ascencional continua crescendo.

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    UM POUCO DE ARTE PARA NOSSAREFLEXO

    (Os retirantes de Cndido Portinari, 1944)

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    Nos pases centrais do capitalismo (Europa, EUA) oprocesso de industrializao ocorreu ao mesmo tempoou antes da urbanizao = IMPACTOS minimizados;

    Em pases menos industrializados (Alemanha e Itlia) oproblema do crescimento da populao sem trabalho na

    indstria foi resolvido com a imigrao para outrospases, como o Brasil;

    Na Amrica Latina, a industrializao j chega tarde,com grande crescimento desordenado das cidades,

    seus recursos naturais explorados enquanto colnias e,sem, o recurso da emigrao;

    Nesse contexto que o Terceiro Mundo adentra arevoluo tecnolgica (automao e TICs).

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    Industrializao x urbanizao

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    C i

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    Consequncias

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    POBREZA

    MISRIAVIOLNCIA

    FALTA DE SANEAMENTO FALTA DE SADE

    DESIGUALDADESOCIAL E

    ECONMICA

    TRABALHO CADAVEZ MAIS

    COLETIVIZADO

    Enquanto para alguns, a industrializao significou a

    entrada no mundo moderno, do conforto, da garantiade maior acesso aos bens materiais e culturais, grande maioria das populaes ela vem significando

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    Um novo fenmeno produzido pela modernidade e pelotrabalho coletivizado (indstria / produo em srie ); ARTESO = trabalho no local de moradia; PROLETARIADO = descolamento do local de moradia para o

    local de trabalho;

    Consequncias:o Problemas de locomoo (intensificao do trfego de veculos);o Problemas com a insero da mulher no mercado de trabalho;o Problemas com a criao das crianas, historicamente legada

    s mulheres.

    Questes:Com surgimento das TICs, seria possvelimaginarmos um mundo de volta pra casa? O problema dadelinquncia infanto-juvenil no estaria relacionado aoabandono de nossas crianas?

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    Separao entre o lugar de trabalho dolugar de moradia

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    [1 alienao] Na fbrica, o trabalho dividido esubdividido em etapas que roubam do trabalhador apercepo de sua totalidadeatividade mecnicaabstrata; especializao abstrata do trabalho;

    [2 alienao] Trabalho alienado = [] o produtorno detm, no possui nem domina os meios deproduo.O produtor est separado do produto;

    [3 alienao] No trabalho industrial h uma

    separao do produtor com o consumidorproduo em srie (despersonalizao daproduo).

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    A complexificao da diviso social dotrabalho

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    A alienao objetiva do homem do produto e doprocesso de seu trabalho uma consequncia daorganizao legal do capitalismo moderno e desta

    diviso social do trabalho.(ALBORNOZ, 1998, p.35-36)

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    Diviso social do trabalho Homem mquina

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    O trabalho alienado uma autoalienao;

    A fora de trabalho do trabalhador se transforma emmercadoria / produto;

    Esta mercadoria vendida em troca de um salrio;

    O trabalhador desconhece o seu produto;

    O capitalista se aliena tambm em relao ao trabalho eao produto;

    Por ser detentor do capital, o capitalista legitima apropriedade privada (proprietrio do capital, dos meiosde produo e do produto da produo do trabalhador);

    H, tambm, a alienao da tcnica de trabalho (p.37);

    Perca do aspecto ldico do trabalho.

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    O que voc acha disso?Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 39

    TRABALHO ALIENADO

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    O trabalho hoje uma espcie de negativo daqueleartesanal, ou o seu oposto. No mundo industrial falta o

    vnculo entre o trabalho e o resto da vida. Para agirlivremente deixa-se o tempo que sobra do trabalho. Assimse separa totalmente trabalho de lazer, de prazer, de

    cultura, de renovao das foras anmicas, que deveroser buscadas no tempo que sobrar do trabalho.

    (ALBORNOZ, 1998, p.39-40)

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    Trabalho e punio Trabalho e cansao

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    Chegamos assim a uma das caractersticas maisdecisivas do mundo do trabalho em que vivemos,

    e que a sua submisso ao capital, aos

    interesses dos capitalistas e dos proprietrios.Este um ponto chave nas determinaes dotrabalho neste sistema. A fora de trabalho dada

    como uma mercadoria.

    (ALBORNOZ, 1998, p.40, grifo nosso)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 41

    O estilo de ida prprio da

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    O estilo de vida prprio dasociedade capitalista

    Trabalho = cansao;

    Hobby = prazer;

    O trabalhador trabalha para comprar seu tempo livre;

    O trabalho vendido como mercadoria; O valor pago por esta mercadoria sempre inferior ao

    valor do produto produzido criando-se mais valia;

    Estabelece-se uma tenso entre classes (dominantes x

    dominados); Acirram-se conflitos para equilibrar CAPITAL e

    TRABALHO;

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 42

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    CONFLITOCAPITAL ETRABALHO

    SINDICATOS(Trabalhadores)

    GOVERNO(Sociedade)

    CAPITAL(Proprietrios dos

    meios de produo)

    E fi

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    O Estado s vezes si confunde com os interesses

    capitalistas, ficando os trabalhadores sozinhos na lutapor sua dignidade;

    H uma diminuio da esfera pblica com ofortalecimento das iniciativas privadas;

    Ex.: o processo de privatizao das polticas neoliberaisso a consolidao do domnio do capital sobre otrabalho;

    O trabalho se transforma em puro labor;

    Perca do trabalho como princpio educativo; E a participao poltica da sociedade enfraquecida

    contribuindo para o fortalecimento do capital e suaexplorao.

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 44

    Enfim

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    Reflexo

    Qual o sentido do trabalho na era da sociedadeindustrial?

    Trabalhar pra qu? Por qu?

    Se o trabalho princpio criador da cultura, da histria,das relaes sociais e do prprio desenvolvimento dahumanidade, como negar sua existncia e seu sentidomais profundo e amplo, sem comprometer aorganizao social da humanidade e o produto de suas

    atividades?

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 45

    DO QUE SE TEM PENSADO

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    DO QUE SE TEM PENSADOSOBRE O TRABALHO

    Trs correntes principais sero tomadaspara anlise:

    As concepeso Grega;

    o Romana;

    o Judaico-crist.

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    Para os gregos

    O trabalho na terra:oAtividade de prestgio comparada s atividades do

    guerreiro;

    o No perodo helenstico que passa a ser realizadopor escravos;

    o Significava contato com a divindade (proximidade);

    o Ceres = deusa da fertilidade;

    oA terra deveria ser explorada em consonncia com abeno dos deuses.

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    O trabalho do arteso:o Havia certa diviso do trabalho para melhorar aqualidade e no a produtividade;o Capacidades e dons variados possibilitavam esta

    combinao;o

    submetido vontade do usurio final quedetermina o trabalho final;o Neste sentido, o arteso no nem escravo nem

    livre;oA causa final superior (causa motriz, material e

    formal);o O arteso mero instrumento de (re)produo do

    desejo do usurio.

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  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Praxis versus Poiesis

    Praxis = []atividade dos cidados para resolverem osassuntos comuns da cidade, na qual no h produto materialvisvel [](p.46);

    Poiesis = [] a operao da fabricao, a atividade do

    artfice, onde o ato se realiza num objeto produzido.(p.47);

    O homem ali s age realmente, e livremente, quando utiliza ascoisas, e no quando as fabrica. O ideal do homem livre, do

    homem ativo, aparece na Grcia como sendo antes o do usurioque o do produtor. O problema da ao o do bom uso dascoisas, e no o de sua transformao pelo trabalho.

    (ALBORNOZ, 1998, p. 47)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 49

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    O trabalho do cidado:o

    a praxis;o O espao da pol is o local onde se efetivava esta praxispor

    meio do logos;

    o O logos a palavra, o discurso usado como instrumento deconstruo da democracia grega;

    o H diferena entre o domus (local domstico) e a pol is(cidade);

    o No domus o cidado livre impera em leis ou normas, sendo eleprprio a regra;

    o Na pol iso cidado livre atua de acordo com as normas

    nacionais;o O trabalho do cidado livre o trabalho de discutir os seus

    negcios, formando uma sociedade pela via do discurso, doargumento, do acordo entre seus iguais.

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 50

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    Algumas implicaes

    Para Hannah Arendt (apud ALBORNOZ, 1998,p. 47), estaramos hoje vivendo um laborizaodo mundo, em que o trabalho se resume a

    labor pela sobrevivncia; No h mais o espao da praxisna sociedade

    contempornea, pelo fato da democracia

    representativa legar aos eleitos esse fenmeno.

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    Resumindo a viso grega Toda produo material tem valor secundrio; A atividade contemplativa e reflexiva do filsofo e do

    poltico que constitui o homem livre, portanto, estaseria a atividade primria;

    H uma ruptura entre trabalho manual e servil com otrabalho intelectual e contemplativo.

    Questes para reflexo:esta concepo est presenteem nossa sociedade? De que modo? D exemplos

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 52

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Viso judaico-crist O trabalho uma labuta penosa consequncia do

    pecado original;

    Ado condenado a ganhar seu sustento com o suor deseu rosto e Eva condenada s dores de parto;

    Trabalho punio para o pecado e assume tambm aforma de meio da caridade, afastar os mauspensamentos advindos da preguia e da ociosidade;

    Nos tempos de Agostinho (sec. IV), o trabalho obrigao para o monge porm alternado com oraes;

    Para os Padres da Igreja (sec.III-V), o trabalho decontemplao superior ao trabalho intelectual de ler oucopiar;

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    Nas seitas herticas (sec. XIXIV), exigia-se o trabalhomas no como um fim em si mesmo; era uma forma de

    penitncia contra o orgulho da carne; Para o catolicismo o trabalho dignificante, pois deve

    ser praticado em louvor ao Criador enquanto afasta opecador do pecado, mas inferior contemplao;

    Ainda se poderia imaginar um santo preguioso; comcerteza, nenhum santo pode ser avesso orao. (p.52-3)

    Com a Reforma Protestante, o trabalho sofre variaes

    em seu significado; O aspecto de punio vai dando lugar ao aspecto de

    glorificao (viso negativa cede para a positiva);

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    O cio visto como algo pecaminoso, portantoo trabalho um modo de servir a Deus;

    O trabalho assume uma dimenso espiritual =vocao;

    Max Weber, no livro A tica p ro tes tan te e oespri to do cap italismo, defende a tese deque a concepo de trabalho do protestantismofoi fundamental para a sustentao e odesenvolvimento do capitalismo;

    No de se estranhar que a maioria dosgrandes capitalistas ingleses do perodo ps-revoluo industrial tenham sido protestantes.

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    TICAPROTESTANTE

    ESPRITO DOCAPITALISMO

    O trabalho meio delouvor a Deus;

    O trabalhador encara aprofisso como umavocao divina;

    O cio e os prazerescarnais so reprimidos;

    A riqueza no deve sergasta com os prazeres

    desta vida; Seu acmulo aplicadoem poupana e maistrabalho.

    O trabalho se torna centralna sociedade;

    Sua diviso social necessria para maiorprodutividade;

    O excedente do trabalho transformado em lucropara o capitalista;

    O trabalhador vende suafora de trabalho julgandoglorificar a Deus;

    Abre-se as possibilidadespara o livre comrcio e alivre concorrncia;

    E, para o acmulo deriquezas.

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    Segundo Weber, nesta avaliao religiosa do labor nomundocomo instrumento de purificao e meio de

    salvaoque reside a mais poderosa alavanca do queele chama de esprito do capitalismo, mas pode sertraduzido por economia capitalista.

    (ALBORNOZ, 1998, p. 56)

    Dizer que agrada a Deus ser constante e submisso a umaprofisso e a um papel social parece dar justificativa ticapara a moderna diviso social do trabalho do capitalismo;

    assim como dizer que a providncia divina prov as

    chances de lucro e enriquecimento parece dar umajustificativa tica para os homens de negcio.(ALBORNOZ, 1998, p. 58)

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    P R

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    Para a Renascena RENASCENA = perodo histrico do final da Idade

    Mdia (XV) e incio da Idade Moderna (XVII) marcadopelo renascimento das artes e da filosofia daantiguidade, concomitantemente s transformaes nomundo da Cincia, da religio, da cultura, da poltica eda sociedade em geral. Mudana de cosmovisodo

    teocentrismopara o antropocentrismo; O conceito de trabalho mistura as concepes greco-

    romanas s crists; O trabalho concebido como estmulo para o

    desenvolvimento humano, sendo expresso de suapersonalidade; O homem passa a perceber-se como criador atravs

    do seu trabalho (antropocentrismo).

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    Valoriza-se a tcnica artesanalmanual e mental,pois o trabalho visto como algo em si mesmo;

    As razes para trabalhar esto no prprio trabalho eno fora dele ou em qualquer de suas consequncias.A satisfao do trabalho no decorre da renda, nem

    da salvao, sequer do statusou do poder sobre

    outras pessoas, mas do processo tcnico inerente.(ALBORNOZ, 1998, p.59)

    A mudana da conscincia filosfica da atividadeprodutiva na Renascena provoca mudanas nas

    concepes de trabalho:o Homem criador / maior valorizao do trabalho manual /

    matria vista sob o olhar na cincia e no mais dastradies religiosas (a matria no m) / o trabalho condio de liberdade.

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    O expressivo avano do trabalho aliado cincia e snovas tcnicas de produo (XVI e XVII), levam ohomem a uma crena positivados feitos humanos;

    Defensores deste positivismo: os enciclopedistasiluministas (XVIII). Ex.: Diderot, DAlambert, Volteire;

    A crtica de Rosseau: as transformaes elogiadas pelosiluministas no trouxeram os benefcios necessrios,pois o homem em si no fora transformado. Denunciavaa degradao moral do homem;

    Adam Smith e David Ricardo (XVIII), economistasingleses, exaltam as atividades materiais produtivas da

    sociedade burguesa (o trabalho utilidade exterior); O trabalho visto como fonte de valor econmico e

    riqueza social.

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 60

    A viso marxicista

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    A viso marxicista Nova concepo de praxis, vista mais como a poiesis

    grega, no sentido de atividade produtiva, fabricao; Influncias recebidas por Marxidealismo alemo(Hegel), economia inglesa e socialistas franceses;

    Para Hegel, o trabalho processo de transformao;o a produo do objeto autoproduo do homem;o o homem um ser coletivo e na coletividade que sua

    conscincia de si nasce da conscincia do outro;o na relao senhor e escravo, o senhor impe sua conscincia

    exigindo o reconhecimento e o escravo reconhece para evitar amorte;

    o mas, no trabalho o escravo se liberta e se v homem livre nascoisas que produz, enquanto seu senhor fica privado destaliberdade;

    o porm, Hegel ignora a alienao do trabalhador na economiamoderna

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  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Para os utopistas, como Fourier (XIX), otrabalho penoso na sociedade desigual da

    indstria, mas num mundo harmoniosoatividade de prazer:o V o trabalho do campo como atraente e prazeroso;

    o Seu projeto de reforma social era o falanstriopequena

    unidade social abrangendo de 1.200 a 5.000 pessoas vivendoem comunidade. (ARANHA; MARTINS, 1994, p. 238);

    o Sua utopia era reformista e no revolucionria.

    Outros utopistas surgiram no sc. XIX em

    reao explorao social do trabalhador e doser humano que o liberalismo econmicoprovocara em meio s promessas de liberdade,igualdade e fraternidade.

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  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Para Marx:o O trabalho a essncia do ser humano;o As condies materiais determinam sua atividade produtiva,

    influindo na construo de sua natureza humana;o O trabalho o fator mediador entre HOMEM e NATUREZA;o Portanto, ao transformar a natureza o homem se transforma a si

    mesmo;o O homem visto como parte constituinte da natureza. Ao atuar

    sobre ela, estaria atuando sobre ele mesmo. Ao modific-la, est

    modificando-se a si prprio;o O trabalho atividade essencialmente humana, distinguindo o

    homem dos animais;o A capacidade de pensar e planejar sua criao, obra, produto no

    est sendo possvel na sociedade industrializadaassim, otrabalho se aliena de sua essncia e desumaniza o ser humano;

    o O trabalho est no reino da necessidade. Garantidas asnecessidades essenciais do homem pelo trabalho, ento sim, elepropiciaria o reino da liberdade, no que pelo tempo livre o trabalhofocaria as atividades estticas.

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 63

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    O trabalho hoje No possui nada de prazeroso para a maioria dostrabalhadores; O trabalho criador uma atividade restrita a poucos; A moral do trabalho preconizada pela burguesia

    capitalista no satisfaz mais o trabalhador

    contemporneo; Para Marcuse, o apelo ao consumismo contemporneo

    uma forma de manter o trabalhador preso s formasexploratrias do trabalho. um trabalho alienado e

    alienante; A integrao dos trabalhadores sempre foi ameaada(presso, polcia, etc.)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 64

    O Q O O O

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    O QUE O TRABALHO NO

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    TRABALHO EMPREGONO

    Est presente nasrelaes humanas

    desde seus primrdios; Implica o domnio de

    saberes, tcnicas ecapacidades comoessncia da atividadehumana na

    transformao danatureza e de si;

    Propsito =transformao.

    Surgiu na modernidade

    a partir das relaes dohomem com o capital; Implica o domnio de

    saberes, tcnicas ecapacidades comoforma de preparao

    profissional para omercado de trabalho; Propsito = obter o

    melhor emprego.

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    Trabalho X Emprego O fato de no se ter emprego para mdicos ou

    enfermeiras no Acre no significa que ali no tenha anecessidade do trabalho destes profissionais;

    O fato de o salrio dos professores serem baixos para a

    importncia de seu trabalho, no significa que o trabalhodestes profissionais no seja importante;

    O trabalho autnomo de um desempregado no deixade ser trabalho porque ele est desempregado;

    O trabalho e o emprego so, portanto, atividadesdistintas que s vezes coincidem entre si;

    possvel, ainda, que um empregado no trabalhe

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 66

    Tipos de empregos

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Tipos de empregos De acordo com Paul Singer (apud ALBORNOZ), distingue alguns

    setores de emprego, sendo eles:

    o Setor de mercado = o emprego na produo capitalistapropriamente dito;

    o Setor autnomo = produo de simples mercadoriasmanufaturadas e artesanais;

    o Setor de subsistncia = produo de alimentos parasubsistncia. Ex.: agricultura familiar;

    o Setor governamental = emprego nas atividadesgovernamentais. Ex.: servidores pblicos municipais, estaduaise/ou federais.

    Ainda segundo Singer, o emprego seria uma forma de acesso aosrecursos, renda e ao consumo, no sendo exatamente trabalho nosentido tcnico ou produo;

    As pessoas trabalham antes para poder consumir do quepropriamente para produzir alguma coisa. (p. 81)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 67

    O desemprego e formas

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    O desemprego e formasde combate

    O que gera o desemprego? Por que hdesempregados?

    Hiptese A = algumas pessoas no querem trabalhar;

    Ao A = reprimir a vadiagem criando-se leis

    repressivas ao desemprego; Hiptese B = os empresrios no oferecem vagas

    suficientes para suprir a demanda;

    Ao B = o governo cria polticas de expanso para o

    emprego. Ex.: investimento em obras pblicas,subsdios para os empresrios, polticas assistenciaisaos desempregados, etc.

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 68

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    bom que se repita que o esforo porminorar as consequncias do desemprego

    no deve fazer esquecer suas causas, quetm a ver com o prprio modo de produo

    capitalista. (p. 83)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 69

    Trabalho produtivo x

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Trabalho produtivo ximprodutivo

    Numa concepo restrita(capital com referncia), o trabalhos produtivo quando cria valor, dando lucro para a empresa;

    Numa concepo mais ampla, o trabalho produtivo quandocria bens de consumo ou servios;

    Trata-se de uma discusso complexa, pois muitas atividadescomo a dos cientistas, mdicos, artistas ou professores,poderiam ser consideradas improdutivas pelo fato de nocriarem um produto especfico, um objeto;

    E o que falar do trabalho domstico? Produtivo ouimprodutivo? (ver p. 90)

    E o trabalho social? Do assistente social ou psiclogoescolar? (ver p. 93)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 70

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    Se uma mulher, por exemplo, cuida do seu bebem tempo integral, guardando na gaveta o

    diploma de qumica ou fsica, h a uma sobra, umdesperdcio, uma falta de aproveitamento de foraviva de trabalho, que no pode ser esquecida porque na realidade se est ajudando formao dafutura gerao trabalhadora. Isto, sem dizer nada

    sobre os aspectos psicolgicos e existenciais dasituao. (p. 90)

    Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 71

    O trabalho e a

  • 5/21/2018 O Que Trabalho

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    O trabalho e aautomao?

    Como fica a nova realidade do trabalho diante do mundoda automao?

    Ser que o trabalho vai desaparecer?

    E, o homem? Se esgota diante desta nova realidade? Como ficaro as massas vindouras se no conseguirem

    se integrar a este novo mundo?

    Ser possvel distribuir a riqueza de forma justa,

    equitativa, sem uma distribuio do trabalho?