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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP Abr/Mai/Jun/2013 Editorial ANO VIII N. 22 O SÃO FRANCISCO ISSN: 1983862X Tiragem: 500 exemplares ÊNFASE EM SEU OBJETIVO MAIOR Com o escopo de reforçar o seu objetivo de incentivar os servidores da FDUSP rumo à colaboração na redação e na sugestão de temas que entendem interessantes à sua leitura, o JSF assim se apresenta: em sua 22ª edição destaca matéria sobre o Curso O prazer da leitura e da criação de textos, ministrado nesta Faculdade pela nossa colega Fabiana, vinculado a um Programa de Extensão Uni- versitária da USP, além de uma singela homenagem às mães ou àqueles que cum- prem esse papel de cuidar, educar e orientar seus filhos ou adotados afetivamente. Estampado em seu bojo, a crônica do jornalista Antonio Augusto intitulada Os Três Meninos e ainda Negro Tinhoso, texto elaborado com base em obra de Oswald de Andrade por um aluno do curso voltado à 3ª idade, acima mencionado. Em referência ao dia do Jornalista, publicamos reflexões e apontamentos acerca do papel desse profissional, redigidas por jornalistas que atuam nesta Aca- demia de Direito. Na seção Dicas, a matéria de Eduardo Cardoso sobre o Direito de Arrependimento com embasamento no Código de Defesa do Consumidor, a- lém do texto sobre Gestão e Liderança. É possível conferir à página sete, na coluna Reciclando Valores, matéria sobre Espontaneidade, este valor inerente à infância e tão carecedor de resgate para ser aplicado em doses certas em nosso dia a dia, no contexto das diversas relações humanas vivenciadas por todos nós. No cantinho Eu Indico, leia matéria sobre Meditação da servidora Maria dos Remédios. Na seção Quem Sou Eu, conheça um pouco sobre dois colegas nossos: Macedo, atualmente integrante da Equipe do Serviço de Tesouraria e Os- mar Ferraz, servidor aposentado em maio de 2009. Na coluna O que se faz, co- nheça um pouco mais do Setor de Protocolo. E por fim, esta presente edição do seu Jornal O São Francisco traz em seu bojo os aniversariantes do trimestre e a Agenda cultural. Boa leitura a todos!!! A Editora Editorial: Ênfase em seu Objetivo Maior Destaque: Um Grupo Especial Homenagem às Mães 01 02 03 Crônica: Os Três Meninos Negro Tinhoso Reflexões sobre o Dia do Jornalista Reciclando Valores: Espontaneidade Dicas: O Direito de Arrependimento de Acordo com o CDC Acerca de Gestão e Liderança Variedades: Eu Indico: Meditação ?Quem sou eu?: Odesildo Olímpio de Macedo Reconstituindo Nossa História Osmar Ferraz O que se Faz?: Setor de Protocolo Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural: Opções de Cultura a Preço de Boa Vontade... 04 05 06 07 08 09 09 10 11 11 12 Os interessados em publicar maté- rias deverão encaminhá-las ao Ser- viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. Nesta Edição "O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." (Sócrates)

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP

Abr/Mai/Jun/2013

Editorial

ANO

VIII

N. 22

O SÃO FRANCISCO

ISSN: 1983—862X

Tiragem: 500 exemplares

ÊNFASE EM SEU OBJETIVO MAIOR

Com o escopo de reforçar o seu objetivo de incentivar os servidores da

FDUSP rumo à colaboração na redação e na sugestão de temas que entendem

interessantes à sua leitura, o JSF assim se apresenta: em sua 22ª edição destaca

matéria sobre o Curso O prazer da leitura e da criação de textos, ministrado nesta

Faculdade pela nossa colega Fabiana, vinculado a um Programa de Extensão Uni-

versitária da USP, além de uma singela homenagem às mães ou àqueles que cum-

prem esse papel de cuidar, educar e orientar seus filhos ou adotados afetivamente.

Estampado em seu bojo, a crônica do jornalista Antonio Augusto intitulada

Os Três Meninos e ainda Negro Tinhoso, texto elaborado com base em obra de

Oswald de Andrade por um aluno do curso voltado à 3ª idade, acima mencionado.

Em referência ao dia do Jornalista, publicamos reflexões e apontamentos

acerca do papel desse profissional, redigidas por jornalistas que atuam nesta Aca-

demia de Direito. Na seção Dicas, a matéria de Eduardo Cardoso sobre o Direito

de Arrependimento com embasamento no Código de Defesa do Consumidor, a-

lém do texto sobre Gestão e Liderança.

É possível conferir à página sete, na coluna Reciclando Valores, matéria

sobre Espontaneidade, este valor inerente à infância e tão carecedor de resgate

para ser aplicado em doses certas em nosso dia a dia, no contexto das diversas

relações humanas vivenciadas por todos nós.

No cantinho Eu Indico, leia matéria sobre Meditação da servidora Maria

dos Remédios. Na seção Quem Sou Eu, conheça um pouco sobre dois colegas

nossos: Macedo, atualmente integrante da Equipe do Serviço de Tesouraria e Os-

mar Ferraz, servidor aposentado em maio de 2009. Na coluna O que se faz, co-

nheça um pouco mais do Setor de Protocolo.

E por fim, esta presente edição do seu Jornal O São Francisco traz em seu

bojo os aniversariantes do trimestre e a Agenda cultural.

Boa leitura a todos!!!

A Editora

Editorial:

Ênfase em seu Objetivo Maior

Destaque:

Um Grupo Especial

Homenagem às Mães

01

02

03

Crônica:

Os Três Meninos

Negro Tinhoso

Reflexões sobre o Dia do

Jornalista

Reciclando Valores:

Espontaneidade

Dicas:

O Direito de Arrependimento

de Acordo com o CDC

Acerca de Gestão e

Liderança

Variedades:

Eu Indico: Meditação

?Quem sou eu?: Odesildo

Olímpio de Macedo

Reconstituindo Nossa História

Osmar Ferraz

O que se Faz?: Setor de

Protocolo

Aniversariantes do Trimestre

Agenda Cultural:

Opções de Cultura a Preço de

Boa Vontade...

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12

Os interessados em publicar maté-

rias deverão encaminhá-las ao Ser-

viço Técnico de Imprensa, Sala 110

- Prédio Anexo I (impressa e em

arquivo.doc), ou pelo e-mail:

[email protected].

Nesta Edição

"O grande segredo para a plenitude é muito simples:

compartilhar."

(Sócrates)

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Destaque

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UM GRUPO ESPECIAL

O que donas de casa, um economista, uma professo-

ra, um médico, uma empresária, uma bióloga, um publici-

tário, uma artista plástica americana, uma executiva, um

engenheiro, uma historiadora e um designer têm em co-

mum? Além da idade, 60 anos ou mais, a paixão pela leitu-

ra, pelo processo da escrita, pela redescoberta da vida e de

novas amizades.

É o grupo eclético e cheio de talento da 3ª idade,

inscrito no curso O prazer da leitura e da criação de tex-

tos, ministrado na Faculdade de Direito e que faz parte do

Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, da Pró-

Reitoria de Cultura e Extensão da USP, que completou

vinte anos.

Parte do grupo inscrito no curso é oriunda da própria

USP e retorna à Universidade após décadas, ávida por tro-

car conhecimentos, discutir impressões sobre livros, auto-

res, poemas, crônicas, contos, além de compartilhar suas

ideias e criações literárias. Os que não tiveram a oportuni-

dade de cursar uma Faculdade nutrem, igualmente, o dese-

jo de reciclar conhecimentos, escrever e partilhar vivências.

Nessa fase da vida em que muitos se aposentam, há

mais tempo para se dedicar ao que realmente querem,

quando as obrigações podem já não ser tantas, quando há

certa estabilidade emocional e financeira após anos de tra-

balho e de construção de relações afetivas. A pessoa enfim

pode parar e refletir a respeito de que rumo dar a essa nova

etapa da vida. É uma oportunidade para se reconstruir e

construir novos caminhos, voltar a dar atenção a uma voca-

ção abandonada.

A Universidade de São Paulo abre-se para esse pú-

blico, que pode escolher dentre centenas de disciplinas da

graduação e atividades complementares físico-esportivas

ou didático-culturais, todas gratuitas.

Esse compartilhar de histórias de vida, essa conexão

de pessoas, experiências e saberes é extremamente rico e,

de certa forma, terapêutico. Terapêutico, pois todos passam

por experiências boas e ruins no decorrer da vida, daí a

necessidade de reinventar-se a cada dia. Pessoas podem

inspirar pessoas nesse processo, assim como a literatura.

A literatura trabalha com textos e sensibilidade, tem

o poder de expor as facetas da vida por meio de histórias,

personagens e autores que nos tocam; embora de épo-

cas distintas, trata de sentimentos universais, como

amor, ciúme, persistência, esperança, superação, ale-

gria, paixão. Por isso Shakespeare continua tão atual.

No momento em que lemos e refletimos sobre

uma experiência em relação ao outro, interagimos com

o texto, que não passa mais a ser de quem o escreveu,

mas do leitor, que se apropria da mensagem, cria,

transforma e pode nela espelhar-se.

O leitor pode identificar-se com o personagem,

com a história, envolver-se na trama, exercitar a ima-

ginação, buscar outra saída para um drama, apreciar o

modo com que o amor é tratado, lembrar-se de uma

perda ou de um momento de extremo vazio e dor ou

de intenso amor e entrega, retratado pelo autor na voz

do eu-lírico ou do narrador.

O espaço da sala de aula passa a ser um espaço

de vida e de liberdade para refletir, expor emoções e

criar. Descobrir o talento de cada aluno, incentivá-lo a

prosseguir e a escrever, testemunhar que a paixão pela

leitura e pela escrita - antes adormecida ou mesmo

sepultada por alguma razão - agora volta com força

total e renasce é extremamente gratificante, a razão de

todo o trabalho de quem se dedica a ensinar.

Tenho vivido essa bela experiência com meus

alunos, dos quais muito me orgulho por seu grande

talento artístico, pela coragem de se reinventar e pela

abertura para compartilhar sonhos ou, em alguns ca-

sos, voltar a sonhar por meio do processo da escrita.

Aprendemos uns com os outros a cada encontro. São

encontros de vida e de arte: o melhor que se poderia

esperar de uma Universidade e de um Programa tão

inspirador.

OBS: Confira o catálogo do Programa acima referido

no http://www.prceu.usp.br/_media/pdfs/3idade/

UNATI_2013_1sem.pdf

Fabiana Natalia Ilario (GDI)

(Fabiana é Bacharel em Letras e Pedagogia; idealizadora e

prof.a do curso O prazer da leitura e da criação de textos

do Programa Universidade Aberta à 3ª Idade da USP)

Destaque

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Destaque

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Crônica Crônica

OS TRÊS MENINOS

Dentre os vários articulistas que passaram em mais de

30 anos à testa como Editor da Revista da Faculdade de

Direito, três jovens marcaram indelevelmente minha ainda

lúcida memória, que em bálsamo benfazejo à nossa vaidade

guardarei sempre nesta jornada franciscana.

O primeiro, Eduardo Carlos Bianca

Bittar, trazido carinhosamente, em 1993,

por seu pai Carlos Alberto Bittar, na

época juiz do Primeiro Tribunal de Alça-

da Civil da nossa Paulicéia Desvairada.

Seu pai bacharelou-se em 1962 por nossa

Academia de Direito, tornando-se além

de magistrado um Professor que, pela

exímia vocação, Autor de série de obras

que abrange um leque infinito de sabedoria a ser assimilada,

destacando-se temas de direitos do Autor, da Personalidade,

do Consumidor; Direito da Família, da Sucessão, Comercial

e outros. A contribuição peculiar do Magistrado em pauta

deu margem aos novos juristas assimilarem seus ensinamen-

tos na construção jurídica correta para um País melhor e

bem direcionado. Por motivos particulares e pessoais sua

lição da Reforma Oficial do Ensino Jurídico no Brasil, pu-

blicada no fascículo n. 90/1995 da Revista da Faculdade de

Direito é minha preferida e influenciado que fui pelo conteú-

do de ensinamentos.

O juiz me apresentou o filho que em suas mãos apresen-

tava trabalho redatorial, cuja exposição de motivos se intitu-

lava A Evolução Histórica da Filosofia, publicada na área de

Trabalhos Acadêmicos, uma vez aluno do curso de Gradua-

ção desta Unidade da USP. Apreciada e aprovada pela Co-

missão de Publicação, publicada no fascículo de n. 89, cor-

respondente ao ano de 1994, inclusive o ano em que seu pai

torna-se titular na área de Direito do Autor do Departamento

de Direito Civil. Área do Autor em que se expressava: tema

fascinante em campo de investigação.

Os anos se passaram e o filho do juiz, atualmente Pro-

fessor Associado do Departamento de Filosofia e Teoria

Geral do Direito, seguiu os passos do pai, porque se tornou

expoente maior do elenco de autores da difícil área da Filo-

sofia. Em seus 39 anos, um legado invejável de ensinamen-

tos jurídico-filosóficos dentre todos os clássicos Curso de

Filosofia Aristotélica, a minha preferida: uma bíblia de

1.419 páginas. Porém, História do Direito Brasileiro, leitu-

ras da ordem jurídica nacional, publicada pela Editora A-

tlas, 2003, coordenado e organizado pelo menino prodígio e

O Menino de Olhos Azuis, 1997, Editora Ateniense, prefaci-

ado por ele sejam obras de destaque em minha biblioteca

particular. O primeiro, porque participei do elenco a seu

convite e se tornara uma das obras mais vendidas em livrari-

as pelo tema; a segunda, porque sou o Autor e para minha

surpresa, é requisitado até hoje em sebos de todo o País em

busca de exemplares que descartaram de suas prateleiras.

Desta exposição, o segundo jovem também foi apresen-

tado por jurista de alto nível, o Professor José Afonso da

Silva, catedrático hoje aposentado desta Academia de Direi-

to: Luís Virgílio Afonso da Silva que, em 1996, apresenta

trabalho intitulado A inexistência de um sistema eleitoral

misto e suas consequências na adoção do sistema alemão no

Brasil. A matéria aborda o sistema eleitoral alemão que

sempre despertou a simpatia dos insatis-

feitos com o atual modelo representati-

vo brasileiro. Seu pai, um dos raros

juristas a receber o Colar do Mérito

Judiciário, outorgado pelo TJ de São

Paulo, 1999, sempre nos ensinou que

mesmo em épocas de festa toda hora é

hora de defender a democracia das

instituições democráticas; não há pro-

cessos constitucionais do devido processo legal, do contradi-

tório e da ampla defesa com a necessária presença do Advo-

gado, porque todo processo tem como conteúdo conflitos de

interesse. Devemos sempre restaurar o equilíbrio, principal-

mente se o conflito se verifica com o Poder Público ... e se

instaura a desobediência não se saberá a quem cabe a solu-

ção e aí o caminho terá sido o da ditadura.

Seu filho Luís Virgílio aos 39 anos é titular do Departa-

mento de Direito do Estado desta Faculdade e se torna um

dos ícones do ensino jurídico, com ênfase na área constitu-

cional. Como também, um dos professores mais ouvidos e

requisitados, tanto pela Mídia quanto por Brasília nesses

momentos vividos no País, em que o Povo reivindica direitos

da plena cidadania. Em fase governamental que nem a festa

citada como exemplo por seu pai - a Copa das Confederaçõ-

es/2013 quando o Brasil nos ofereceu uma aula da arte do

Futebol – suspende votações e corrupção vira crime hedion-

do. Ele seguiu o caminho do pai que em minha sala da Revis-

ta da Faculdade confabulou certa manhã comigo: não sei

porque ele tem essa paixão pela Alemanha. Luís Virgílio

realizou cursos na Alemanha, atual líder da União Europeia.

Em tempo: ele é um dos professores mais queridos pelos

alunos e servidores desta Faculdade de Direito.

E o terceiro menino adolescente, uma simpatia a toda

prova: Eduardo Saad Diniz que na época aluno do curso de

Graduação, 2003, se apresenta no balcão da Secretaria da

Revista como candidato ao estágio no Serviço Técnico de

Imprensa. O sorriso de imediato me cativou e após exames

preliminares, torna-se nosso estagiário. Seu pai, Carlos Ro-

berto Faleiros Diniz, um dos juristas mais conceituados da

cidade de Franca e um dos maiores incentivadores dos cursos

jurídicos, não-só daquela cidade, visto ser fundador dos cur-

sos de Direito como também um dos mais respeitados conse-

lheiros da OAB, Secção São Paulo.

A mais terrível errata das edições da Revista da Faculda-

de de Direito aconteceu em fascículo de 2001, quando por

distração da edição de acabamento do Centro de Comunica-

ção Social da USP imprime-se páginas dos trabalhos redato-

riais com as do Sumário totalmente incompatíveis em mar-

gem de erro de 2 laudas para mais e para menos. Esse lapso

foi verificado por Eduardo Saad, o que relembramos sempre

em nossos esporádicos encontros. Porque hoje, aos 30 anos, é

Professor Doutor do Departamento de Direito Penal da Fa-

culdade de Direito de Ribeirão Preto da USP, o que me deixa

orgulhoso.

Seu pai quis me conhecer, oferecendo-me almoço no

Restaurante Itamaraty. Nele, a presença dos filhos e da espo-

sa, deixando-me lisonjeado, porque em dado momento dele-

gou os cuidados do filho a mim nesse período de estágio. E

nesse dia testemunhei o convívio com uma família da melhor

educação possível, o que toda família brasileira deverá pos-

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Crônica Crônica

CONVERSA DE MENINO

“Um menino que visita pela primeira vez uma casa com

quintal, com árvores frutíferas e roseiras se surpreende a cada

momento, pois vivia em apartamento de cidade grande.

“Nativo da Zonal Sul, natural que pense que as flores e

legumes nascem nas barracas”: fi-lo subir na goiabeira. Com o

bracinho gordo a dobrar o ramo ele próprio apanhou a fruta.

Em seguida desceu — não sem tentar balançar-se um pouco, e

fez questão de escorregar sozinho pelo tronco liso, embora

esfolasse ligeiramente a mão.

E não houve maneira nem meios de o fazer morder a goia-

ba (já a essa altura lhe sabia o nome certo).Ele explicava: “Esta

goiaba é minha. Não posso comer ela porque ela é minha. Fui

eu que tirei. Se comer estraga”. Insistia, ante a obtusa incom-

preensão da gente grande: “Fui eu mesmo que arranquei do

lugar”.

Feito memorável, portanto, que lhe con-

quistara aquele souvenir, o qual não

poderia ser mordido, quanto mais comi-

do, já que deveria ser conservado pelos

séculos dos séculos.”

Rachel de Queiroz

NEGRO TINHOSO

Para Selma Reininger

Sinhá do Carmo não conseguiu dormir, levantou-se, acen-

deu o candeeiro tentando com isso afastar as trevas que a as-

sustavam; o motivo era Baltazar, o nego fujão - como dizia

Dom Tibúrcio - seu pai.

A mocinha tinha medo por ele, já o açoitaram outras vezes,

porque tinha ideias próprias, era mais inteligente que seu pai -

pensava ela - , o pai tinha estudo, mas não era lá muito inteli-

gente e nunca valeu de nada estudo sem inteligência, e isso

Baltazar tinha, e muita; das letras conhecia algumas, sabia

escrever seu nome, mas as palavras ditas ele conhecia e domi-

nava-as todas, ele tinha o dom da inteligência e isso branco

nenhum tiraria dele, só lhe tirariam as palavras se antes lhe

tirassem a vida.

Tinha o olhar agitado, inquieto, parecia que sugava para si

o conhecimento do mundo através do olhar, mas às vezes era

tão tinhoso que o olhar inteligente ficava zombeteiro e dizia o

que lhe passava na cabeça. Sinhá do Carmo, que era mocinha

donzela, entendia tudo e sorria, era tão inteligente quanto Bal-

tazar. Eram cúmplices, nem precisavam falar, só se entreolha-

vam e tudo estava dito.

O dia clareava e ela só pedia a Deus pela vida de Baltazar,

que o Senhor cuidasse dele, era um bom homem, era negro, o

que o tornava menor aos olhos ignorantes; tão bonito e tão

melhor aos olhos de Sinhá Moça. Deus deu-lhe muita inteli-

gência, mas também fez dele homem tinhoso, tão tinhoso que

seu olhar esperto o denunciava.

- Senhor, cuide dele, trabalha tanto, não faz corpo mole pra

nada, é inteligente. Ah, inteligente mesmo, Deus o fez assim, e

só Ele poderia desfazer isso, aqui agora, só matando tirariam

dele a inteligência.

Já o capataz da fazenda vindo lá da província de São Paulo

carecia disso, queria se apossar da inteligência do nego, queria

sua vida, quem sabe assim Dom Tibúrcio não mais faria com-

parações com o menor.

O dia clareou, Sinhá do Carmo apagou o candeeiro, seu

coração ainda em sobressalto que lhe fazia doer o peito, o raiar

do sol não pôs nele sequer uma nesga de luz, a inquietude

tomava-lhe o corpo.

Ouviu ela um trotar, afastou as cortinas para ver o que se

passava, era a tragédia na fresta da janela.

Sobre o cavalo estava Baltazar, de bruços com os braços

pendendo para baixo, as roupas brancas agora encardidas da

poeira da estrada, uma enorme mancha de sangue, que do cor-

po ferido tingiu o dorso do cavalo.

Quando ela olhou a cena, seu coração doeu muito, muito

forte no peito, seus olhos fixos na maldade e na inveja deita-

ram tanta água, era como se Sinhá quisesse lavar os pecados

do mundo.

Sinhá do Carmo, com as mãos abertas, olhos fixos no ho-

mem amado. Quando o tiraram do cavalo e o colocaram no

chão, a cabeça pendeu para o lado, e os olhos arregalados não

mais olhavam, sangravam.

Acabou a inteligência desse nego tinhoso, num diantava

memo, ele nunca ia aprendê!

*Baltazar estava numa outra fazenda, socando milho na

cozinha, entraram, grudaram nele, o pilão tombou, ele trope-

çou e caiu, montaram nele.

A notícia correu rápido como se fosse coisa simples, mas

não era simples, era tudo bem complicado: ser negro e inteli-

gente no tempo da ignorância.

Wilson Crespo Dupont

OBS: Trecho do poema “Negro Fugido”, de Oswald de Andrade com algumas modifica-

ções: no original “O Jerônimo” e “Socando

Pilão”. Elaborado pelo aluno do curso do programa da 3ª idade/FDUSP e enviado pela

professora Fabiana.

suir e dar aos seus filhos. E é por isso que

seu filho, além de inesquecível colabora-

dor na difícil tarefa de coordenar um Ser-

viço de Imprensa também é articulista da

Revista: prefere se expressar nos traba-

lhos redatoriais pela língua alemã, uma

vez ter realizado cursos de pós naquele

país. Ele também advoga. Seu trabalho

mais empolgante é A Sociologia da Deci-

são: a econômica, a política e a jurídica, ainda como aluno,

encontrada no fascículo de n. 102, 2007.

Eduardo Saad Diniz é considerado por este servidor como

um dos maiores incentivadores para que o periódico Revista da

FD se posicionasse na lista das publicações como um dos mais

conceituados não-só; nacional como internacional.

São 3 meninos adolescentes que passaram pelo meu olhar

e que hoje os considero como homens intelectuais - cada um

deles em sua área - que elevam o reconhecimento do Brasil,

uma Nação gigante que nesses últimos meses de 2013 faz com

que o título do filósofo Xico de Sá em sua coluna no O Estado

de São Paulo, O Pio do Povo, seja refletido pelos políticos.

Antonio Augusto M. de Campos Neto (Imprensa)

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Utilidade Pública

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Homenagem

REFLEXÕES SOBRE O DIA DO JORNALISTA

“Minha ética de jornalista e a minha ética de marceneiro é a mesma. Não tenho duas. Não é por ser jornalista que vou a-char que posso sair por aí batendo carteira. Minha ética é uma só, a ética de cidadão”. Cláudio Abramo

Dia 7 de abril é o Dia do Jornalista, data oficialmente criada em 1931, pela Associação Brasileira de Imprensa em homenagem ao jornalista Líbero Badaró, assassinado em 1830: portanto 100 anos após sua morte. No entanto, vale notar que o movimento popular gerado na esteira de seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar de seu trono no dia 7 de abril de 1831.

O Dia do Jornalista é uma data inspirada pela última frase atribuída a Libero Badaró: “Morro defendendo a liberda-de”, e por isso é um marco no realce da relevância da liberda-de de imprensa no caminho rumo a uma sociedade mais justa, que se preocupe e reivindique os interesses gerais.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ, os jornalistas atuam em três segmentos: 55% na mídia; 40% em assessoria de imprensa ou outras atividades jornalísticas e 5% atuam como professores. Ainda sobre os dados pode-se destacar que 64% do universo jornalístico é formado por mulheres, sendo que 98% da catego-ria tem formação superior, os demais aprenderam na prática, atuando ao lado de profissionais experientes. Aproximadamen-te 60% recebem aproximadamente cinco salários mínimos.

Da Redação

O JORNALISTA PROFISSIONAL

É aquele devidamente bacharel em Comunicação Social, curso superior que abrange as áreas de Jornalismo, Relações Públicas, Propaganda e Publicidade, Rádio, Cinema e Televi-são. Tanto no Jornalismo escrito (revistas, jornais, boletins) ou falado (rádio, televisão) caminha em busca da verdade, no intuito de esclarecimentos ao seu povo, uma vez haver jorna-listas profissionais em todo o planeta.

É aquele que, aperfeiçoado por vocação na área que lhe parece convincente, procura atuar ou se expressar, tendo a meta da correta informação. É aquele que procura, por meio de respaldo jurídico ou não, mostrar nas páginas das revistas/ jornais e telas da TV – atualmente inclui-se as redes sociais – a verdadeira história de um tema anunciado: político, social, econômico, internacional etc.

É aquele que desempenha no Jornalismo Informativo,

Homenagem

Interpretativo, Opinativo e outros - por meio de órgãos de Comunicação - fatos e acontecimentos da sociedade local, do território em que ele vive ou os de nível internacional, deno-minados correspondentes. Ele é eclético, em consonância com o seu grau de conhecimento; tem de entender de tudo! Não confundir jornalista profissional com o simples título de jor-nalista: aquele que escreve. Todos nós escrevemos, principal-mente o escritor profissional, aquele que narra determinada pesquisa ou história ou romance em seus livros. Não é o en-quadramento do jornalista profissional.

Cumpre salientar que dentro do quadro profissional jornalístico existem áreas diferenciadas como a da Redação, da Reportagem, da do Preparador de Textos (a maioria deno-minada Editor), a do Revisor, além da do Pauteiro, que tem o intuito de pautar ou solicitar temas às matérias do dia/mês e distribuí-las aos repórteres que vão em campo na busca inces-sante de trazê-las à Redação final da empresa em que atuam.

A maioria dos jornalistas profissionais concorda com a assertiva: Jamais você será um bom jornalista se não passar pela área da reportagem; ter sido um repórter.

Por último, embora não compartilhe com a decisão do STF - que ciente está revogando em breve a não exigência do diploma superior para o exercício da profissão de jornalista profissional - compartilho com as empresas jornalísticas, as quais, sem exceção, não contratam candidatos sem o certifica-do do diploma do curso superior de Comunicação Social, o mesmo acontece em órgãos públicos como Universidades, Ministérios e Secretarias das três esferas de Governo.

Em São Paulo, a mais tradicional é a Faculdade de Co-municação Social Casper Líbero, da Fundação Casper Líbero, seguida da ECA/USP, PUC e Mackenzie. Assevero, ainda, que assessor de Imprensa necessariamente não tem que ser diplomado em Jornalismo. O próprio título elucida o objetivo: assessorar dados de informação ao jornalista profissional, inclusive, várias vezes servindo de fonte de informação, cujo sigilo é absoluto pelo profissional, uma vez inteirar o jura-mento na sua diplomação.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Jornalista)

OS MUITOS JURAMENTOS DE UM JORNALISTA

A colação de grau é um acontecimento esperado, possi-velmente, desde o primeiro dia de aula de um postulante a uma profissão. Naquele momento juramos, e juramos no auge da emoção, cumprir preceitos básicos de um bom profissional e bom cidadão. Naquele momento, o jornalista imagina ter nas mãos as armas mais eficazes para mudar o mundo: a palavra e a escrita.

Ainda em período de estágio, nós, jornalistas, já nos sentimos poderosos agentes das grandes mudanças que o mundo precisa. E nos jogamos na vida profissional, dispostos a honrar o juramento e o nosso comprometimento pessoal.

Uma primeira porta se abre e você descobre que há ou-tros juramentos à sua espera; juramentos esses que quase nunca condizem com o primeiro e com seu propósito inicial.

- Há o juramento com o perfil do veículo para o qual você trabalha...

- Há o juramento com o segmento político do veículo que você defende...

- Há o juramento com o interesse político e econômico dos patrocinadores que sustentam o veículo que paga o seu salário...

Nesta dança de juramentos, o juramento com a verdade fica esquecido para a maioria. Na ânsia de fazer carreira, ficar conhecido, famoso e rico como alguns poucos, os propósitos de mudar o mundo vão para a geladeira. Para ser um jornalis-

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Homenagem Reciclando Valores

ESPONTANEIDADE

É um ato inteligente de pessoas que não se esforçam para mostrar o que não são: apenas se apresentam como são de ver-dade. Escolher ser espontâneo pode ser estratégico, pois agindo assim, não se tem de controlar cada palavra que sai da boca para impressionar os outros; nem se moldar de acordo com as expectativas alheias. Por exemplo, se tiver que emagrecer que seja por você, pelo seu bem-estar e não simplesmente para que o outro goste do que vê.

A espontaneidade consiste ainda em alcançar os objetivos almejados sem perder sua essência, sem se distanciar da origem, do que se é de fato. Até porque o que vale nesta vida é sentir-se confortável na própria pele, sendo você mesmo. No entanto, vale salientar que agir de forma espontânea requer bom senso com o intuito de se lançar mão da dose certa, o que ocorrerá no âmbito dos diversos grupos sociais aos quais se pertence.

Impende realçar que a naturalidade permite que cada um se coloque com clareza diante de colegas, chefe, familiares, ao emitir o que pensa, o que sugere, embora isso possa gerar um conflito se feito de forma inadequada e sem embasamento. Mas é preciso assumir e saber ocupar seu lugar numa equipe, diante dos demais integrantes. Obviamente há que se ter flexibilidade, mas não a ponto de se ver prejudicado por falhas de colegas e fingir que nada aconteceu. Como quase tudo na vida, o cami-nho é buscar atingir o ponto de equilíbrio.

Assumir ser quem você é não tem preço, mas exige cora-gem. É antes de tudo, um exercício de honestidade consigo mes-mo, com suas emoções. Enfatize-se, ainda, que qualquer com-portamento pode despertar críticas alheias e, neste contexto, não se deve superdimensionar nenhuma delas. E não significa a desconsideração da opinião dos outros: é apenas respeitar-se a si mesmo, não entregando a ninguém o comando da sua vida, ao deixar o que você pensa e sente em último plano. É apenas tri-lhar seu caminho, lidando com suas próprias fraquezas, sem culpa, buscando se perdoar e até se permitindo rir de si mesmo, alimentando com isso sua autoestima.

De outro ângulo, importa assinalar que é bom quando se tem perto pessoas autênticas, espontâneas, que têm no compor-tamento o reflexo do que pensam, embora seja difícil encontrar quem imprima, expresse naturalidade em suas atitudes.

Por isso, interessa pontuar: quando se é espontâneo, a tendência é ser respeitado pelo que você realmente é. E com isso, segundo a psicoterapeuta Mônica Genofre, irá atrair pes-soas com atitudes similares às suas, estabelecendo assim amiza-des mais consistentes, claras e seguras.

“Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos, ou não so-

mos coisa nenhuma.”

(Monteiro Lobato)

originais é necessário mais do que talento: é necessário cora-gem. Coragem para contrapor interesses e enfrentar o real poder que controla o mundo. Coragem para não se render às ilusões da fama em detrimento da retidão de caráter. Coragem para colocar a verdade acima até mesmo da própria segurança e direito à vida.

OBS: Os familiares do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar, receberam na tarde desta sexta-feira (15/03/13) um novo atestado de óbito no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP). O docu-mento traz como causa da morte "lesões e maus-tratos sofri-dos durante o interrogatório nas dependências do segundo Exército DOI-Codi". No atestado anterior, a versão para o óbito era de "enforcamento por asfixia mecânica".

Ser jornalista não é apenas uma profissão: é uma missão.

Conceição Vitor (Jornalista)

AS COISAS BOAS QUE SE DESEJA UM DIA ACONTECEM...

Há sempre uma pauta em algum lugar...

Quando tudo não passava de uma ideia de criança ao ser indagada sobre profissão desejada, havia um querer inconsci-ente de fazer jornalismo. O mesmo pensamento voltou aos quinze anos quando ganhei um concurso de redação, promovi-do pela Prefeitura da cidade natal.

De fato, sonhava em ver textos meus publicados, contudo não passava de sonho de menina do interior. Bem mais tarde, em concurso de trovas acadêmicas da FDUSP, aventurai-me ao inscrever uma trova que, para surpresa, foi classificada entre as melhores. E hoje, após cinco anos atuando na área ao lado de dois jornalistas e amigos: Conceição e Antonio Augus-to, amplio meu aprendizado a cada dia: na redação, preparação de textos, revisão, editoração de periódicos, além da assessoria aos jornalistas. Tornei-me profissional do texto.

O sonho somado à determinação pode demorar, mas um dia acontece, mesmo porque hoje é mais fácil tendo em vista o atual contexto da facilidade em se publicar suas produções, frente a um bombardeio de informações a cada segundo. São fatos, notícias, fotos, ponderações, apontamentos, novos co-nhecimentos. Divulgados por inúmeros veículos: rádio, telejor-nais, revistas, jornais impressos, além de sites e blogs, ou seja, no mundo virtual...

E ao jornalista cabe antes de tudo, o compromisso com a ética, mas também em qualquer área profissional. Há, geral-mente um bom jornalista por trás daquele texto bem redigido, às vezes sob a representação de uma síntese, fruto de um traba-lho de horas ou mesmo dias. Possibilita a todos uma leitura que descreve tempo, espaço, transferência de conhecimento, capazes de embasar nossos debates, nossas reflexões.

Estes profissionais podem ser considerados poetas do dia a dia, testemunhas da História, arquiteto da ortografia; são nar-radores de uma época, contadores de estórias, ótimos comenta-dores... São quase sempre a favor do acesso democrático à in-formação e portanto devem zelar pela qualidade do conteúdo.

Oferecem seus textos bem escritos para nosso deleite. Conseguem resumir num título de um artigo um vasto conteú-do que logo à frente será devorado pelos nossos olhos sedentos de uma boa leitura.

Todavia, ao jornalista cabe agir com prudência, pois nem sempre é o momento de expor de forma radical o que pensa. Porém jamais deve olvidar do respeito à verdade - até porque na esteira da visão jurídica e por que não da vida - inútil brigar com a verdade dos fatos.

Neurilene Gomes (Jornalista)

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ANO VIII - N. 22

Dicas Reciclando Valores

O DIREITO DE ARREPENDIMENTO DE ACORDO

COM O CDC

O tema é extenso, por isso inicia-se com um assunto que gera mui-tas dúvidas aos consumidores: o direito de arrependimento, segun-do o que prescreve a Lei 8078/90, ou melhor, o nosso Código de Defesa do Consumidor.

De forma simples, o direito de arrependimento é traduzido como a possibilidade de o consumidor desistir de uma compra, recebendo de volta toda a quantia paga, in-

clusive o valor pago pelo frete, seja pelos Correios ou trans-portadora.

Existe uma lenda urbana em que afirmam que o consu-midor pode voltar à loja e cancelar sua compra, caso não quei-ra mais o produto que adquiriu, dentro do prazo de 7 (sete) dias. As considerações que se tem é que esse direito é relativo, e abaixo o porquê.

A lei 8.078/90, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 49, parágrafo único, diz que o consumidor tem o direito de arrependimento quando o produto ou serviço for adquirido fora do estabelecimento comercial, ou seja, quando a compra for feita por qualquer canal diferente à loja física do vendedor, dentro do prazo de 7 (sete) dias. Vale observar que se consideram compras feitas fora do estabeleci-mento aquelas realizadas pelo telefone, Internet, porta a porta, por exemplo.

O legislador teve a intenção de proteger o consumidor que, ao ser procurado pela empresa-vendedora, por impulso, acaba adquirindo seus produtos e depois, após reflexão, se arrepende da compra.

Outra situação prevista no Código de Defesa do Consu-midor (artigo 18), que permite o cancelamento da compra é quando o produto ou serviço apresentar vício, ou seja, defeito que comprometa o seu uso, o que torna o produto e/ou serviço inapto para o fim pelo qual fora adquirido.

Para o consumidor efetivamente poder pleitear este di-reito, o vendedor (ou prestador de serviço) deve ter a oportuni-dade de consertar o produto / serviço, num prazo máximo de 30 dias. Exemplificando: um aparelho televisor apresentou vicio (defeito) dentro do prazo de garantia. Neste momento, o consumidor DEVE levar o produto à assistência técnica para o conserto e se o produto não for reparado em até 30 dias, nasce para o consumidor o direito de (i) cancelamento da compra, (ii) recebendo o dinheiro pago de volta ou aparelho novo; ou (iii) obter um desconto proporcional ao defeito.

Logo, se o seu aparelho apresentar algum problema no dia seguinte ao da compra, a loja ou fabricante não é obrigado a troca-lo por outro novo de imediato, salvo se a condição for ofertada pelo lojista. Neste caso, o produto deve ser levado à assistência técnica, podendo ficar em posse da assistência por até 30 dias.

Vale notar que se o lojista trocar o aparelho por um no-vo, sem orientar que o aparelho seja levado a uma assistência técnica autorizada, e sem ter prometido essa condição previa-mente, este lojista estará fazendo isso por mera liberalidade e não por obrigação legal.

Eduardo Benedito Cardoso (DEF)

(Eduardo é Bel. em Secretariado Executivo; pós-graduado em

Gestão de Negócios; advogado; pós-graduando em Direito e

Processo do Trabalho e Previdenciário; Diretor Geral da

Comissão de Direito e Relações de Consumo da OAB-SP sub-

seção Itaquera)

Cumpre frisar, nessa toada, que a espontaneidade tam-bém tem cabimento no âmbito corporativo, pois se adotada com bom senso e combinada com jogo de cintura e confiança tem potencial para melhor alavancar a carreira de qualquer profissional. Todavia, deve-se evitar o exagero, como ficar apontando seus próprios erros e defeitos o tempo todo, lamen-tando suas fraquezas junto ao chefe e colegas de equipe.

Melhor ser espontâneo, verdadeiro em suas ações, pois basta desse imenso “querer ser super em tudo”, mesmo diante dos filhos, para quem os pais representam super-heróis. O bom é ser humano. Mas um alerta àqueles que sob o pretexto da espontaneidade viram rebeldes sem causa, só para chamar a atenção para si, tentando ser diferente de todo mundo, ao escolher alternativa que ninguém defende com único propósi-to de ser do contra. A pessoa espontânea não força situações, age de maneira natural. Fica satisfeita consigo mesma. E por-tanto, torna-se mais interessante. E ao viver a sua vida, fazen-do as coisas à sua maneira, pode tornar especial cada dia, em um instante. Ser espontâneo é ser protagonista de sua própria história de vida. É manter os traços fiéis provenientes lá da infância, a fase mais significativa da vida. Mesmo que tenha havido grande pressão para que se abandonasse este valor tão inerente à criança.

Há situações na vida em que se opta pela decisão mais óbvia, esperada, sem levar em conta o real desejo de apostar em outro rumo a seguir e que poderia trazer maior êxito. Mas o bom é usar a criatividade, expondo o que lhe causa desmoti-vação, buscando propor alternativas de solução, aproveitando o que se tem de potencial, fazendo dos problemas oportunida-des, desafios a serem a serem vencidos; e nessa esteira, procu-rando não atribuir aos percalços proporções cinematográficas, buscando fazer uma leitura dos entraves sob várias perspecti-vas e sempre com a expectativa de vencer.

Frise-se que resgatar este valor em comento deve ter por escopo alcançar o aperfeiçoamento como ser humano. Portanto, quem, sob o pretexto da espontaneidade olha o outro com ar de superioridade, como se soubesse mais; diz ser o centro das aten-ções, supervalorizando apenas sua função com desdém às de-mais; ouve a opinião do outro com a clara intenção de desqualifi-cá-lo, sem apresentar nenhuma sugestão construtiva; quem pro-cura monopolizar o conhecimento sobre tarefa que desempenha, na obsessão de se autoafirmar, deixando evidente a aversão ao compartilhamento vai gerar com isso o afastamento das pessoas e perderá possíveis boas amizades, em qualquer área da vida: na família, na vizinhança, no universo profissional etc.

Enfim, à guisa de encerramento, calha salientar: "O segredo do sucesso é saber mostrar a sua personalidade sem transgredir as regras éticas do mercado e os códigos de con-duta da empresa", conforme defende o fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional Rodrigo Fonseca. Ser assertivo - sabendo como falar o que se pensa, sem ter medo de dar sugestões com finalidade de melhorar o ambiente em que atua, com naturalidade, sem atropelar os outros - tudo isso representa um ótimo exercício no caminho rumo à espontanei-dade, mas sem se omitir diante das questões relevantes a se-rem resolvidas.

Neurilene Gomes (S. Imprensa)

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ANO VIII - N. 22

Variedades

ACERCA DE GESTÃO E LIDERANÇA

Segundo a jornalista respon-

sável pelo site Rh.com, segue

abaixo vantagens de um

gestor que sabe delegar. Con-

forme alerta por mais que um

profissional estratégico seja

comprometido com o negó-

cio, diante do aumento das

suas responsabilidades che-

gará um momento em que a

liderança precisará delegar atividades para seus liderados.

Afinal, o líder é humano e não poderá estar presente 24 horas

no ambiente de trabalho. E mesmo que ele resolvesse morar

na organização, o que se torna inimaginável, não conseguiria

ligar o botão automático para dar plantão para solucionar

todos os fatos se colocassem à sua frente. Confira abaixo dez

benefícios de o líder delegar atribuições à equipe.

1 - Como em toda empresa, há questões que são mais relevan-

tes e precisam ser tratadas como prioridades. A liderança dele-

ga atribuições com os membros da sua equipe, tem condições

de se concentrar melhor nos fatos que precisam de uma aten-

ção redobrada.

2 - A partir do momento em que a liderança consegue dedicar-

se mais às questões consideradas de grande relevância, as

chances de apresentar soluções para essas aumentam. Isso

porque ele não ficou preso a pormenores que muitas vezes

tornam-se uma rotina e podem ser geridos por alguém da sua

equipe.

3 - Delegar poder aos liderados também se traduz em uma

melhor gestão do tempo para o líder. A agenda que antes pare-

cia interminável, aos poucos ganhará um novo formato e isso,

certamente, impactará positivamente tanto na performance do

líder quanto na da equipe.

4 - Uma pessoa que tem o tempo bem administrado sente

melhorias na qualidade de vida dentro e fora do ambiente de

trabalho. Lembremos aqui que muitos gestores adoecem

quando ficam expostos a um elevado de estresse. E quando

isso ocorre, muitos simplesmente desabam e precisam se afas-

tar do trabalho para cuidar da saúde.

5 - Outro lembrete importante, ao reduzir o seu grau de estres-

se a liderança também estará diminuindo os fatores estressan-

tes para sua equipe. Não devemos esquecer de que muitos

talentos pedem demissão dos gestores e não das empresas.

Isso porque que está à frente dos times perde o controle das

suas atividades e, em muitos casos, passa a explodir emocio-

nalmente junto aos membros do seu time.

6 - Quando delega poderes o gestor tem a oportunidade de

estabelecer um cronograma para o seu próprio desenvolvi-

mento. Se antes ele não conseguia manter-se atualizado com

as inovações do mercado e especificamente da sua área, agora

ele encontrará oportunidade para aprimorar competências

fundamentais às suas atribuições.

7 - E ao conseguir desenvolver novas competências,sejam

técnicas ou comportamentais, graças à delegação sejam técni-

cas ou comportamentais, graças à delegação de atribuições

que deu aos liderados, a liderança consegue outro benefício:

pode dedicar-se a novos projetos que estavam arquivados,

porque antes precisava dar conta de tudo e não lhe sobrava

tempo nem para pensar em como implantar melhorias para

sua própria gestão.

8 - Uma vez que confia em sua equipe e entrega responsabili-

dades aos liderados, o gestor tem a chance de identificar

possíveis talentos que estavam adormecidos em seu time.

Nada mais estimulando do que entregar um desafio para um

profissional que apenas espera a oportunidade de mostrar o

seu potencial.

9 - Líder que delega poder também preparar futuros líderes

para a organização. Vale aqui registrar que essa afirmação

não significa dizer que o gestor está preparando um concor-

rente que irá pleitear seu cargo, pelo contrário. Suponhamos

que um gerente tenha em suas metas assumir uma diretoria,

mas antes disso ele precisará apresentar à organização duas

ou três indicações para substitui-lo, sem causar prejuízos à

organização.

10 - Quem delega poder aos liderados mostra confiança nos

talentos que estão ao seu redor. Quando isso ocorre, a relação

entre líder e equipe estreita-se e os membros da equipe sen-

tem-se valorizados. Consequentemente, serão motivados a

darem o melhor de si e a superarem os desafios que surgem

no dia a dia.

(Fonte: www.rh.com.br)

Da Redação

Dicas

EU INDICO: MEDITAÇÃO

A meditação é uma condi-

ção natural da mente. As técnicas

de meditação visam transformar a

mente e não é necessário atribuir-

lhe um rótulo religioso particular,

podendo ser praticada por qual-

quer pessoa, não somente monges

e monjas, mas por leigos e leigas.

É uma técnica contemplativa

presente em diversas tradições

religiosas, filosóficas e esotéricas.

Para o budismo, é uma ferramenta

essencial para gerar transforma-

ções mentais e emocionais.

Os efeitos benéficos da meditação são hoje amplamen-

te estudados no ocidente em área da saúde, como apoio para

a recuperação e para a superação de doenças e na área das

ciências cognitivas. Com o tempo, percebemos que o estado

de paz, promovido pela prática é nosso estado nosso natural.

Indico dois enlaces para quem deseja começar a medi-

tar. Em um deles trata-se de meditação conduzida por Lama

Padman Samten (praticante do budismo tibetano), no qual ele

dá uma introdução à prática, explicando por que, como e

onde é melhor para sentar-se em silêncio e iniciar a prática da

meditação.

OBS: Para entender melhor, veja “Para começar a meditar“

acessando: <http://vimeo.com/50875614> e para ver

“Inspirando e expirando…” acesse: <http://www.cebb.org.br/

wp-content/uploads/2009/04/meditacaoconduzida.mp3>

Maria dos Remédios (S. Biblioteca)

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Variedades

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RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA

Osmar Ferraz nasceu em Santos no dia 06 de se-

tembro de 1950. Passou sua infância num colégio, onde

estudou e conviveu com diversos amigos, dentre eles

Roberto da Silva, hoje aposentado e que também foi

nosso colega de trabalho nesta Faculdade.

Aos quinze anos, em meados de 1965, veio morar

em São Paulo, onde aprendeu as técnicas de encaderna-

ção no Colégio Ana Rosa, juntamente com seu amigo/

irmão Roberto. Quando atingiu a maioridade Osmar foi

trabalhar como encadernador no Bairro do Bom Retiro.

Em 1970, ingressou na Universidade de São Pau-

lo, para trabalhar na Faculdade de Direito, especifica-

mente no Setor de Encadernação, vinculado ao Serviço

de Biblioteca e Documentação.

Do longo período de sua vida profissional, Osmar

lembra com carinho dos amigos Waldir Merisci, Rober-

to da Silva, Daniel Lopes de Oliveira, Geraldo Claudio

de Oliveira Filho, dentre outros...

Aposentou-se em maio de 2009, após trinta e nove

anos dedicação à Faculdade de Direito, ambiente no qual

deixou sua marca, ao restaurar e encadernar inúmeros

materiais bibliográficos: livros, revistas...

Este virginiano afirma gostar de passear com os

amigos, alem de jogar e/ou assistir partidas de futebol no

Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São

Paulo, localizado na Cidade Universitária, no Bairro do

Butantã.

Da época em que trabalhou nesta Academia de

Direito, relembra das festas de fim de ano, realizadas

com a finalidade de confraternização dos funcionários

técnico-administrativos desta Faculdade.

Dalva Veramundo (DPMF)

?QUEM SOU EU?

Odesildo Olímpio de Macedo nasceu em 07 de

novembro de 1981, na cidade de Agrestina, município

localizado no Agreste de Pernambuco.

Quando tinha quatorze anos de idade, em 1996,

veio morar em São Paulo com a sua família. Em 2005,

entrou na Universidade de São Paulo como aluno no

curso de Gestão de Políticas Públicas (EACH-USP).

Em seguida, cursou o Bacharelado em Relações Inter-

nacionais (IRI-USP).

Já em 2008 ingressou na USP como funcionário

da Faculdade de Direito para atuar na área administra-

tiva. Hoje atua na área financeira, lotado no Serviço

Especializado de Tesouraria.

Ainda sobre sua vida acadêmica: atualmente

está concluindo pós-graduação em Administração

Pública no Tribunal de Contas do Município de São

Paulo e este ano ingressou no Mestrado em Direito

Internacional em nossa Faculdade.

Ele é apaixonado por colecionar livros e adora

ler. Seu escritor preferido é Machado de Assis. Hoje

Macedo diz se orgulhar de ter sua própria biblioteca

em casa.

Como lazer, Macedo afirma gostar de viajar, ir

ao cinema e curtir o tempo livre com sua esposa.

Neurilene (S. Imprensa)

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM!

Se você quer sua biografia publicada no JSF, envie seus

dados digitados em, no máximo, uma lauda (30 linhas) para o

e-mail da Redação, juntamente com uma foto em boa resolu-

ção. O Conselho Editorial do JSF reitera: sinta-se convidado

a enviar matérias ou sugestões de temas que você gostaria de

ver publicados no seu jornal. “O SÃO FRANCISCO” é de

todos que queiram colaborar. E-mail: [email protected]

Só aqueles que têm paciência para fazer coisas simples com perfeição é que irão adquirir habi-lidade para fazer coisas difíceis com facilidade.

Johann Christoph Von Schiller

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Variedades

ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE

Abril

Funcionário (Setor) Dia

Rosângela Aparecida Venturo Pupo (Biblioteca) 06

Manoel Augusto Pires Pereira (Setor Vigilância) 07

Vilma Herculano de Oliveira (Serviço de Pessoal) 15

Daniela Chioatto Freitas (S. Pós-Graduação) 16

Miriam Terezinha Monteiro (Assist. Social) 19

Waldir Lopes Nunes (S. Compras) 24

Régis Rodrigo de Souza Prado (Setor Veículos) 28

Maio

Funcionário (Setor) Dia

Azenate Xavier de Almeida (Biblioteca) 02

Maria de Fátima Silva Cortinhal (S. Pós-Graduação) 03

Terezinha Maria da Silva (Diretoria) 03

Roberto Wagner dos Santos (S.Tesouraria) 05

Eduardo José Mercante Aguiar (Biblioteca) 08

Joel Simberg Vieira (Seção Informática) 21

Venâncio Carlos dos Santos Filho (S.Pós Graduação) 22

Carlos Augusto Conceição (Biblioteca) 28

Alessandra da Silva Pereira (Setor de Comissões) 29

Helio Pereira Farias (Biblioteca) 31

Junho

Funcionário (Setor) Dia

Ivan Pereira dos Santos (Biblioteca) 02

Celso do Nascimento (Setor de Xerox) 03

Maria de Fátima Campos Nunes (S. Compras) 07

Severino Ramos da Silva (Setor Vigilância) 07

Sonia Maria Dangelis dos Santos (Biblioteca) 15

José Paulo da Silva (Setor Vigilância) 18

Alexandre Pariol Filho (Serviço de Alunos) 19

Eloíde Araújo Carneiro (Assist. Acadêmica) 20

Rosana Midori Yachimori Hashimoto (DCO) 25

Azenilde Marques da Silva (Setor de Copa) 28

José Honorato Souza Almeida (Setor Veículos) 29

Levi Beletato (S. Protocolo) 30

Renato Ferreira Celestino (DCO) 30

O QUE SE FAZ?

SETOR DE PROTOCOLO

Protocolo é a denominação geralmente atribuída a

setores encarregados de recebimento, registro, distribui-

ção e movimentação de documentos em curso.

Em nossa Faculdade, o Setor de Protocolo conta

com a seguinte Equipe: Cacilda, Levi e Cássia que tra-

balham com o sistema Proteos na recepção e andamento

de documentos produzidos pela USP e vindos de fora.

Tratam-se de processos, protocolados que vêm do

campus/Cidade Universitária, Ribeirão Preto, Faculdade

de Medicina, FEA, dentre outras; cuidam ainda da aber-

tura, arquivamento e desarquivamento de documentos da

FDUSP: processos em que os interessados são os setores

desta Unidade, a saber: Gabinete da Diretoria, Assistên-

cia Acadêmica, Assistência Administrativa, Serviço de

Imprensa, Setor de Compras, Serviço de Pós-Graduação,

Serviço de Pessoal, Serviço de Contabilidade. Este setor

também é encarregado de fazer pesquisa de dados de

processos já arquivados para solucionar dúvidas.

Os servidores são responsáveis por receberem,

separarem e distribuírem todas as correspondências,

encaminhando-as ao Gabinete da Diretoria e demais

setores, situados nos três prédios. E ainda pela expedi-

ção via malote de livros referentes ao serviço de emprés-

timos entre bibliotecas, além da expedição de periódicos

solicitada pelo serviço de permuta com instituições na-

cionais e internacionais.

O Setor de Protocolo recebe material como a Re-

vista Espaço Aberto, Jornal da USP e todo material da

área de comunicação da USP, além do Jornal Folha de

SP destinado a consultas na Biblioteca.

Como exemplo no ano de 2012, conforme registro

no sistema Proteos, houve abertura de 4.758 documen-

tos, entrada de 6.902; foram 5.608 enviados, 6.788 ar-

quivados, 6283 impressões de capas, 3275 termos de

encerramento de volumes e 5331 saídas de documentos.

Quanto ao serviço de Correios, foram: 3734 cartas

comerciais, 2843 Sedex convencional, 1786 Sedex-10,

358 EMS (carta internacional), 8 telegramas e 500 em-

balagens para uso do Sedex.

Cacilda (Setor Protocolo)

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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho

Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella

Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro

Assistência Administrativa:.Maria Cristina Giorlano de Moraes

Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki

Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Conselho Editorial

Coordenador: Professor Associado Alysson Leandro Barbate Mascaro

Editora: Neurilene Gomes da Silva (MTb: 63590/SP)

Revisor: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Diagramação: Neurilene Gomes da Silva

Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima

Expediente

Demais Membros:

Amanda Vieira Ferrari

Dalva Veramundo Bizerra de Souza

Fábio Silveira Molina

Joel Simberg Vieira

Elival da Silva Ramos

Eunice Aparecida de Jesus Prudente

Janaína Conceição Paschoal

Umberto Celli Júnior

O SÃO FRANCISCO

ANO VIII - N. 22

Agenda Cultural

12

Redação:

Largo São Francisco, 95 - 1º andar -Sala 110

Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP

Tel.: 3111-4114 - E-mail: [email protected]

OPÇÕES DE CULTURA A PREÇO DE BOA VONTADE...

Giro Cultural: passeio chamado “A USP e a São Paulo Modernista”, o qual tem

como ponto de partida a estação de metrô Alto do Ipiranga. Inicia-se o roteiro no

Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga. Depois, o ônibus passa pelo

Centro, onde os mediadores vão descrevendo as principais edificações modernistas.

O próximo ponto é em Higienópolis, no prédio da FAU da Rua Maranhão: um

belíssimo casarão no estilo art nouveau do início do século XX. O passeio termina

no Parque do Ibirapuera, onde acontece a visita ao MAC. O passeio termina no

Parque do Ibirapuera, com a visita ao MAC. Os mediadores compartilham um olhar

e uma leitura distintos sobre o modernismo na cidade, em suas múltiplas dimen-

sões; buscam enfatizar a passagem do século XIX até o ápice da consolidação do

projeto modernista na cidade de São Paulo, na década de 50.

Quanto: Gratuito. Inscrições: necessário fazer reserva, devido à grande procura pelo passeio. OBS: Para ser avisado sobre novas datas, envie um e-mail para [email protected]

Folhas de Viagem: trata-se de uma exposição que apresenta trabalhos da artista francesa

Laura Martin, bem como dos brasileiros Bartolomeo Gelpi, Gustavo von Ha e do coletivo

MOMA/V-DOC. A curadoria é de Ana Magalhães. A mostra resulta do projeto de residên-

cia artística de Laura Martin, junto ao MAC USP, em 2010 e da sua relação com as propo-

sições dos artistas brasileiros convidados. O ponto de partida na seleção das obras apresen-

tadas foi a viagem de Blaise Cendrars ao Brasil, em 1924 e sua relação com os modernis-

tas Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.

Quando: até 30 de julho de 2013. Terças, quartas e quintas, o horário é das 10 às 20h; às sextas, sábados, domingos e feriados, funciona hdas 10 às 18h;

Onde: MAC Cidade Universitária, Rua da Praça do Relógio, 160, Cidade Universitária;

Quanto: atividade gratuita;

Informações: (11) 3091-3039/ 3328

Exposição na Área de Convivência do SESC Pompeia, denominada Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira: conta com um programa educativo. As visitas mediadas para grupos podem ser agendadas pelo telefone: (11) 3871-7700 ou pelo e-mail [email protected].

Quando: de 9 de julho de 2013 a 2 de fevereiro de 2013.

OBS: Visitação: de terça a domingo, das 10h às 19h, incluindo feriados.

Onde: Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93, São Paulo

Quanto: gratuito

Macedo (S. Tesouraria)