O SÃO FRANCISCO - direito.usp.br · ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP...

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP Jan/Fev/Mar/2011 Editorial ANO VI N. 13 O SÃO FRANCISCO ISSN: 1983—862X Tiragem: 500 exemplares A convite do corpo de funcionários da Faculdade de Direito da USP, formulado pela Comissão de Publicação do jornal e pelo Serviço de Imprensa, assumo as responsabilidades de representar o corpo docente desta Casa na empreitada de publicação do jor- nal “O São Francisco”. A profunda alegria em receber e aceitar o convite soma-se à responsabilidade em colaborar para que tais páginas possam servir como instrumento de aproximação entre os diversos setores do Largo de São Francisco, informando o corpo administrativo sobre questões imediatas de seu interesse, mas também servindo como espaço para o aprofundamento do debate a respeito das questões estruturais que envolvem a Faculdade de Direito, a Universidade, a educação pública e toda a sociedade. É preciso passar em vista e reafirmar princípios que nos norteiam. A diferença entre funções, experiências e habilidades não apaga a profunda igualdade que nos une a todos. Funcionários, professores e alunos não podem ser tratados como peças que tenham mais ou menos a dizer a respeito dos destinos de nossa Casa. Suas experiên- cias distintas e suas perspectivas próprias, a partir de suas circunstâncias, são justa- mente o que enriquece a possibilidade de uma ação viva, dinâmica e constante em favor da construção de novos rumos institucionais. Dar voz qualificada aos funcioná- rios é reconhecer sua valiosa contribuição para repensar a Universidade. Nas Unidades mais tradicionais da USP, o abismo que separa o corpo docente do administrativo é causa de uma profunda mazela de relacionamento. O professor, não se sentindo funcionário, não se sentindo trabalhador, assume uma postura indivi- dualista em face dos rumos da própria instituição na qual atua. Privilegiando uma car- reira profissional de maior projeção fora dos quadros docentes, sente-se responsável individual pelo seu sucesso, despreocupando-se das lutas políticas que fazem parte necessária da Educação pública brasileira. Neste sentido, nos últimos anos, ressalvadas exceções, os funcionários da USP têm se notabilizado por uma consciência estrutural a respeito dos problemas da pró- pria instituição muito maior que aquele da média do corpo docente e mesmo discente. A preocupação imediata do ensino como consumo suficiente para rumos instrumentais de profissionalização tem tornado a média da luta discente atrelada a pleitos de curta abrangência. O docente, assentado sobre uma ideologia de profissional liberal e mais sensível à convivência e à camaradagem com o próprio poder institucional, tem en- contrado maior dificuldade em postular reflexões e ações estruturais a respeito da pró- pria Universidade. O corpo administrativo, também premido por tais contingências, e muitas outras até mesmo mais graves, tem, no entanto, na boa continuidade da vida universitária o atrelamento de sua própria evolução profissional. Não é de espantar, portanto, uma maior politização de parcelas do corpo de funcionários que do corpo docente. No futuro, a história dará reconhecimento a essa chama que se manteve acesa por luta do corpo administrativo da Universidade, lembrando, é claro, a existência de cizânias internas à vida política dos funcionários e também reconhecendo a valorosa resistência de parcelas de alunos e professores conscientes e atuantes. Por essa razão, deve-se pensar na Universidade a partir de uma totalidade. Substituindo na função de Coordenador ao querido amigo, o Professor Eduardo Bittar, que sempre bem impulsionou a representação deste jornal, saúdo a comunidade acadêmica do Largo de São Francisco. Que estas páginas escrevam esclarecimento e verdade que conduzam à abertura de caminhos à Universidade. E que a Universidade e a sociedade se encontrem em prol de um mundo transformado, justo e melhor. Alysson Leandro Mascaro Professor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito Editorial: Apresentação do novo Coordenador Destaque: 01 Jeannette Antonios Maman, uma homenagem Homenagem aos Funcionários Demitidos pela USP Crônica: Definição de Saudade Reminiscências Franciscanas Saúde: Osteoporose Utilidade Pública: Reciclando Valores: Honestidade O desafio da Gestão de Pessoas Dicas: Nossa Língua Portuguesa Introdução à Informática III “AA” Emergências Variedades: Eu Indico: Isla Margarita ?Quem sou eu?: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Reconstituindo Nossa História: Carlos Fernando de Azevedo O que se Faz?: Setor de Comissões Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural 02 02 03 04 05 06 06 07 08 08 09 10 10 11 11 12 Os interessados em publicar maté- rias deverão encaminhá-las ao Ser- viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. Nesta Edição

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP

Jan/Fev/Mar/2011

Editorial

ANO VI N. 13

O SÃO FRANCISCO

ISSN: 1983—862X

Tiragem: 500 exemplares

A convite do corpo de funcionários da Faculdade de Direito da USP, formulado pela Comissão de Publicação do jornal e pelo Serviço de Imprensa, assumo as responsabilidades de representar o corpo docente desta Casa na empreitada de publicação do jor-nal “O São Francisco”. A profunda alegria em receber e aceitar o convite soma-se à responsabilidade em colaborar para que tais páginas possam servir como instrumento de aproximação entre os diversos setores do Largo de São Francisco, informando o corpo administrativo sobre questões imediatas de seu interesse,

mas também servindo como espaço para o aprofundamento do debate a respeito das questões estruturais que envolvem a Faculdade de Direito, a Universidade, a educação pública e toda a sociedade.

É preciso passar em vista e reafirmar princípios que nos norteiam. A diferença entre funções, experiências e habilidades não apaga a profunda igualdade que nos une a todos. Funcionários, professores e alunos não podem ser tratados como peças que tenham mais ou menos a dizer a respeito dos destinos de nossa Casa. Suas experiên-cias distintas e suas perspectivas próprias, a partir de suas circunstâncias, são justa-mente o que enriquece a possibilidade de uma ação viva, dinâmica e constante em favor da construção de novos rumos institucionais. Dar voz qualificada aos funcioná-rios é reconhecer sua valiosa contribuição para repensar a Universidade.

Nas Unidades mais tradicionais da USP, o abismo que separa o corpo docente do administrativo é causa de uma profunda mazela de relacionamento. O professor, não se sentindo funcionário, não se sentindo trabalhador, assume uma postura indivi-dualista em face dos rumos da própria instituição na qual atua. Privilegiando uma car-reira profissional de maior projeção fora dos quadros docentes, sente-se responsável individual pelo seu sucesso, despreocupando-se das lutas políticas que fazem parte necessária da Educação pública brasileira.

Neste sentido, nos últimos anos, ressalvadas exceções, os funcionários da USP têm se notabilizado por uma consciência estrutural a respeito dos problemas da pró-pria instituição muito maior que aquele da média do corpo docente e mesmo discente. A preocupação imediata do ensino como consumo suficiente para rumos instrumentais de profissionalização tem tornado a média da luta discente atrelada a pleitos de curta abrangência. O docente, assentado sobre uma ideologia de profissional liberal e mais sensível à convivência e à camaradagem com o próprio poder institucional, tem en-contrado maior dificuldade em postular reflexões e ações estruturais a respeito da pró-pria Universidade. O corpo administrativo, também premido por tais contingências, e muitas outras até mesmo mais graves, tem, no entanto, na boa continuidade da vida universitária o atrelamento de sua própria evolução profissional. Não é de espantar, portanto, uma maior politização de parcelas do corpo de funcionários que do corpo docente. No futuro, a história dará reconhecimento a essa chama que se manteve acesa por luta do corpo administrativo da Universidade, lembrando, é claro, a existência de cizânias internas à vida política dos funcionários e também reconhecendo a valorosa resistência de parcelas de alunos e professores conscientes e atuantes. Por essa razão, deve-se pensar na Universidade a partir de uma totalidade.

Substituindo na função de Coordenador ao querido amigo, o Professor Eduardo Bittar, que sempre bem impulsionou a representação deste jornal, saúdo a comunidade acadêmica do Largo de São Francisco. Que estas páginas escrevam esclarecimento e verdade que conduzam à abertura de caminhos à Universidade. E que a Universidade e a sociedade se encontrem em prol de um mundo transformado, justo e melhor.

Alysson Leandro Mascaro Professor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito

Editorial:

Ap r es en t a ç ão d o n o vo Coordenador

Destaque:

01

Jeannette Antonios Maman, uma homenagem

Homenagem aos Funcionários Demitidos pela USP

Crônica:

Definição de Saudade Reminiscências Franciscanas

Saúde:

Osteoporose

Utilidade Pública:

R e c i c l a n d o V a l o r e s : Honestidade

O desafio da Gestão de Pessoas

Dicas:

Nossa Língua Portuguesa Introdução à Informática III “AA” Emergências

Variedades:

Eu Indico: Isla Margarita

?Quem sou eu?: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Reconstituindo Nossa História: Carlos Fernando de Azevedo Sá

O que se Faz?: Setor de Comissões

Aniversariantes do Trimestre

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Os interessados em publicar maté-rias deverão encaminhá-las ao Ser-viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected].

Nesta Edição

Destaque

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JEANNETTE ANTONIOS MAMAN,

UMA HOMENAGEM

A Professora Jeannette Antonios Maman, do De-partamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito, comple-ta um ciclo de sua contribuição à Universidade, aposentan-do-se compulsoriamente neste mês de abril de 2011. Pro-fessora de Filosofia do Direito, humanista, sensível às cau-sas sociais, a justa homenagem dos funcionários ao seu trajeto se faz necessária.

Foi aluna e orientanda de doutorado de Aloysio Fer-raz Pereira, que iniciou as reflexões heideggerianas no Lar-go de São Francisco. Na vida universitária, notabilizou-se por compartilhar dos horizontes dos movimentos sociais. Feminista, ligada aos grupos de resistência, foi uma das poucas, dentre os docentes desta Academia, a estar sempre ao lado dos funcionários nas greves gerais realizadas e sem-pre até o seu final. Funcionários, alunos e professores pro-gressistas reconhecem seus méritos de luta política, quase sempre contrastante com a maioria da própria Instituição.

Na greve de 2000, lá estava ela nos bancos de frente “O Moço”, junto ao Professor Alaôr, além de ter paralisado suas aulas e solicitado aos alunos que aderissem à greve.

Alysson Leandro Mascaro, Professor do DFD, as-sim se exprime: “Quando aluno de graduação desta Casa, Jeannette Antonios Maman foi minha professora de Filoso-fia de Direito. Tive a honra de ter sido seu assistente por muitos anos. Pensadora aguerrida, altamente crítica, cata-lisou uma geração de jovens estudantes num momento de apogeu do conservadorismo e do neoliberalismo. Suas reflexões repousam sobre uma mirada existencial de longa capacidade e abrangência. No campo da teoria, perfilhou-se ao lado de uma leitura do direito não-tecnicista. Seus estudos, baseados em Heidegger, buscaram captar a her-menêutica da situação existencial. Não se pode pensar o direito a partir de abstrações, mas sim de sua vida concre-ta, situacional, contraditória e rica de possibilidades.”

Nas palavras da Professora Lidia Reis de Almeida Prado, amiga e colega no DFD: “colega de Departamento de Jeannette Antonios Maman há muitos anos, venho teste-munhando a enorme dedicação por ela conferida aos estu-dantes, durante a sua longa e fértil atividade de magisté-rio. A professora faz parte daquele rol de raros mestres, para quem dar aula não é apenas cumprir a tarefa institu-cional de transmitir um conteúdo programático engessado, mas sim, influir de modo decisivo na formação integral dos alunos, despertando-os para a contínua busca de uma exis-tência com liberdade.”

Algumas palavras de Jeannette aos funcionários administrativos da Velha Academia:

A gentileza das equipes da Revista e do Jornal O São Francisco me fizeram sair do casulo silencioso que prece-de a minha aposentadoria.

É assim que aqui falo a vocês. Aposento-me, mas não os deixo. Continuarei meu trabalho de professora, orientado-

ra e colaboradora. Estarei nas suas fileiras, tentando despertar alunos e comover professores. Quero agra-decer a todos e a cada um, sem vocês nosso trabalho não seria possível.

Um curto diálogo caracteriza minha presença entre vocês. Estava eu no elevador dos professores, com dois funcionários, quando um deles me perguntou: “A senhora é do Sindicato não é?” O outro, um pouco desconcertado, disse: “Não. Ela é professora.” Ao que eu acrescentei: “Mas é como se eu fosse... Esta-mos do mesmo lado!”

Sinto por todas as coisas que sabemos estarem em curso. Sentimos um pouco a nossa fraqueza, mas é preciso resistir e ter atitudes resolutas.

Conviver com vocês foi gratificante, na sempre calo-rosa troca dos mais humanos sentimentos. Agradeço muito, muito, a todos. Nomeá-los seria correr o risco de pecar por falta, se a memória falhar. A cada um de vocês, os que aqui continuam, os que se aposentaram ou se foram, meu forte abraço.

Humanista, sensível, é, além de jurista e filósofa, artista plástica. Seus quadros já mereceram muito desta-que nos setores especializados. Após sua aposentadoria, permanecerá com o vínculo imediato de orientação de alunos de pós-graduação, tanto no mestrado quanto no doutorado. Ao corpo de funcionários da Casa, será sem-pre uma valiosa e importante conselheira, que agora recebe, de todos, justa homenagem.

Da Redação

HOMENAGEM AOS FUNCIONÁRIOS DEMITIDOS PELA USP

É difícil homenagear pessoas. Quando se preten-de falar de uma pessoa individualmente, a tarefa se mostra mais tranquila. Todavia, de maneira coletiva fica mais difícil. Entretanto, tentar é a alternativa que se mostra mais correta.

O serviço público cumpre relevante papel para o desenvolvimento do País, visto ter por finalidade atingir os objetivos do Estado, ou melhor, da sociedade brasi-leira e nessa trilha, importa breve referência ao fato de que são os funcionários que colocam em movimento as engrenagens do aparelho administrativo.

No contexto da Universidade de São Paulo, os servidores públicos que dedicaram parte de suas vidas, desempenhando seu trabalho em prol da instituição merecem homenagens, pois ajudaram na construção de uma universidade melhor. Estes assumiram a condição de funcionário público, cumprindo seus deveres, cuja função, por vezes, não se restringiu apenas ao simples cumprimento de suas atribuições.

A estes funcionários, cujo labor foi desempenha-do com presteza e eficiência, o nosso respeito pela im-portância de cada um na construção da história desta Instituição.

Destaque

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Crônica

Interessa ostentar a estes funcionários, a nossa es-pecial gratidão pela sua colaboração, pelo trabalho que realizaram com dedicação, pois no decorrer do exercício de suas funções pautaram-se pelos princípios da confiança, da virtude e da competência.

Assinale-se a notável importância desses profissio-nais para o funcionamento harmônico do serviço público prestado no âmbito desta Universidade. A estes, pela rele-vância de sua contribuição para as melhores conquistas da instituição durante anos, nosso reconhecimento.

Ademais, o nosso carinho a estes que prestaram sua contribuição, de forma ética, que desempenharam com esmero suas funções, que honraram o cargo de servidor público, visando sobretudo alcançar os objetivos institu-cionais, que, se verificado deve ser o objetivo da sociedade como um todo.

A fonte de energia motivadora destes funcionários foi a de ter como recompensa - ao final do dia de trabalho - a satisfação do dever cumprido; portanto, válido ter sem-pre em mente a relevância do serviço que prestaram à Uni-versidade.

Ora, é singela e sincera a presente homenagem - todavia necessária, porque justa e merecida, mormente aos funcionários recentemente desligados da Universidade – com o escopo de promover a valorização destes e de todos os demais funcionários da Universidade, com votos de motivação e renovação em suas vidas.

Por derradeiro, cabe ressaltar o agradecimento às horas de trabalho dedicadas à Universidade; no esmero de suas funções eles carregam a certeza de terem honrado o cargo de servidor público. Além disso, neste território vi-veram momentos de alegria e outros momentos nem tão alegres, porém compartilhados com colegas e amigos. Conforme salienta o conferencista Tadeu Comerlato: “Ser Servidor Público é ver mais do que os olhos vêem; ouvir mais do que os ouvidos ouvem; sentir mais do que o cora-ção sente. O serviço público é mais que uma simples pro-fissão: é uma missão.”

Neurilene Gomes (Imprensa)

DEFINIÇÃO DE SAUDADE

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, cale-jada por dois longos anos de tratamentos diversos, mani-pulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; tam-bém vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A res-posta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção. — Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida! Indaguei: — E o que a morte representa para você, minha querida? — Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos; com elas, eu pro-cedia exatamente assim.) — É isso mesmo. — Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira! Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou a visão e a espiritualidade daquela criança. — E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela. Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, per-guntei: — E o que saudade significa para você, minha querida? — Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi há longos anos. Mas, dei-xou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.

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Crônica Crônica

Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno. ATITUDE É TUDO!!! Seja mais humano e agradável com as pessoas. Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha. - Viva com simplicidade. - Ame generosamente. - Cuide-se intensamente. - Fale com gentileza. - E, principalmente, não reclame!

Dr. Rogério Brandão (Médico oncologista)

Texto encaminhado por Maíra Cunha (Biblioteca)

desta determinada fileira, na qual ambos nos encontráva-mos junto aos demais acadêmicos era a última. Sendo a última fileira, assistíamos de maneira confortável às aulas e ainda vendo com privilégio a presença de professores a dissertar matérias doutrinárias. Não estávamos em uma Escola qualquer; já naquela época a Academia de Direito do Largo de São Francisco era a terceira melhor Faculda-de de Direito do mundo!

As estrelas jurídicas brilhavam tanto no interior das Arcadas quanto no Exterior; neste elenco, o Professor Manoel Pedro Pimentel que, ao entrar na cátedra esban-jando sua marcante personalidade, tentou se acomodar. Todavia, ao perceber o peixinho dourado pulando deses-peradamente dentro do copo d’água, fizera com que o Professor se sentisse totalmente desconfortado.

As lentes do Professor eram escuras, nos moldes do modelo RayBan, as quais tornaram-se embaçadas, mesmo porque se sentira ofendido. E respeitosamente solicitou que o autor daquela façanha se levantasse, ale-gando que caso isso se sucedesse nenhuma repercussão aconteceria, dada a curiosidade do Catedrático em conhe-cer a autoria daquela brincadeira. Mas o cheio de graça que não teve graça alguma não se apresentara. As garga-lhadas iniciais silenciaram imediatamente. A paciência se esgotara, quando o prazo de cinco minutos acabou. O autor que tivesse posto o peixinho dourado no copo d’água teve a chance de nesses cinco minutos se apresen-tar, o que não aconteceu.

Muitas vezes olhei para a Reni de Oliveira. A moça, que era uma das mais velhas da turma das acadê-micas, se recusara terminantemente a assumir a autoria! E o Catedrático Pedro Pimentel recusara a dar aula nesse dia; chocado saiu da sala. Tive a chance de perguntar a ela o porquê de não se apresentar. Ela não respondeu: chorou de vergonha.

A felicidade ou a sorte dela era que somente eu havia visto a sua façanha, embora compartilhada com a acadêmica Giselda Maria Fernandes Novaes, porque éramos confidentes desde o ano anterior. Aliás, a Gisel-da estava única e exclusivamente preocupada com o des-tino do peixinho dourado. Criou o maior problema com o senhor Paulo, bedel, para que entregasse a ela o pequeno dourado e tratou de devolvê-lo ao aquário que ficava no Largo de São Francisco, em frente da velha Academia.

Uma cena marcante na vida acadêmica, mas mui-to mais com relação à Reni de Oliveira foi a de saber que ela se suicidara; claro que não foi pelo motivo de ter pos-to um peixinho dourado num copo d’água do Catedrático Manoel Pedro Pimentel. Mas essa história - que Deus a tenha Reni - nunca mais vou esquecer!

Em tempo, em 1974 fui classificado para o Mes-trado e o querido e saudoso Catedrático Manoel Pimentel como orientador na área de Direito Penal, após rigorosa entrevista que dela dezenas de colegas participaram para número pequeno de vagas.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)

REMINISCÊNCIAS FRANCISCANAS

Eu o incluo na galeria das grandes personalidades da História da Academia de Direito: o Professor Catedrático Manoel Pedro Pimentel, titular da cadeira de Direito Penal. À Turma de 1969, ingressantes do ano anterior, o privilégio de tê-lo, no segundo ano, orientador dessa disciplina fascinante. Nesse período, o Catedrático se tornara secretário da Segu-rança Pública do Estado.

Os bedéis, enfatizando o senhor Paulo, eram orienta-dos a providenciar, antes do início das aulas do Catedrático, um copo – que brilhava – de água mineral. Particularmente, não perdia por nada sequer uma aula do Professor Pedro Pi-mentel. Na turma, a colega Reni de Oliveira que sempre pre-feria sentar-se ao meu lado.

Certa vez, a então moça - que no fundo era uma das mais velhas da ala feminina - resolvera sair rapidinho entre os intervalos das aulas; voltou rapidinho também, portando um saco plástico transparente... e no seu interior um peixinho dourado, mas bem dourado mesmo, semelhante ao metal no-bre, o ouro. Delicadamente, colocou-o no copo que brilhava. O bedel já havia, cuidadosamente, posicionado o copo rigoro-samente centrado em pires; este, esbranquiçado como neve: superlimpo!

Lembro que a sala, em formato de arena no terceiro andar do Prédio histórico, fez com que a moça, que não era tão moça, Reni, afobada e atropelando toda a fileira conse-guisse se acomodar. E ao meu lado! A posição da localização

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Saúde

OSTEOPOROSE O melhor remédio é a prevenção

A Osteoporose é uma doença óssea bastante comum que, segundo a Federação Nacional de Associações de Pacien-tes e de Combate à Osteoporose, atinge uma a cada três mulhe-res e um a cada cinco homens com idade média de 50 anos.

É uma doença que se caracteriza pela diminuição da massa óssea; os ossos ficam ocos, finos e, portanto muito frá-geis e suscetíveis à fratura. Muito silenciosa, demora a se ma-nifestar e geralmente só é diagnosticada após a ocorrência de fraturas ou existência de dores, o que significa que a doença já está em estado avançado.

Para compreendermos o quanto essa doença é grave e antes de falarmos do diagnóstico, do tratamento e da preven-ção, é melhor entendermos qual a importância do osso em todo o conjunto que é nosso corpo.

Aparentemente simples, o osso tem funções complexas e vitais e assim como tudo em nosso organismo está em cons-tante renovação. Junto com os músculos, o osso é responsável pelos movimentos, armazenamento e liberação de vários mine-rais no sangue; produção de células sanguíneas (hemácias e plaquetas), armazenamento de triglicérides (reserva de energi-a). É nele que fica depositada a maior quantidade de cálcio existente em nosso organismo, cerca de 99%.

Todo esse sistema esquelético, composto de 206 ossos, na fase adulta, tem funções muito importantes em nosso orga-nismo: protege os órgãos vitais como o cérebro, o coração e os pulmões, funcionando praticamente como uma armadura; ar-mazena minerais e íons; com a ajuda dos músculos possibilita a mobilidade do corpo e produz células sanguíneas.

Mas o que provoca o apa-recimento da Osteoporose? Embora existam dúvidas quanto às causas do apare-cimento da Osteoporose, a forma como ela se desen-volve é bastante clara. Como já dissemos anteri-ormente, o osso é um

material que está constantemente se renovando e é o equilíbrio dessa atividade que garante que ele continue forte e saudável. Desde o útero até aproximadamente 25 anos essa renovação costuma ser equilibrada, ou seja, a absorção do osso chamado “velho” (atividade osteoclástica) e formação do osso “novo” (atividade osteoblástica) são relativamente iguais. Até essa idade atingimos o nível máximo da densidade óssea, o que significa que geramos mais osso do que perdemos. Geralmente, após os 30 anos, o processo se inverte e passamos a perder mais massa óssea do que produzir. Quando essa perda é muito acen-tuada desenvolveu-se a Osteoporose.

Embora exista o costume de relacionar a doença às mu-lheres, a Osteoporose pode afetar também homens e até crianças.

Nas mulheres a perda da densidade óssea começa a se manifestar a partir da pré-menopausa, pois é nessa fase da vida que acontece a diminuição da produção de estrogênio, hormô-nio responsável pela fixação de cálcio nos ossos. Para os ho-mens a idade avançada e o sedentarismo são os fatores respon-sáveis pelo desenvolvimento da doença. Em ambos os casos ela pode ser classificada como primária (tipo I e II) ou secun-dária e raramente significam risco de morte.

A Osteoporose primária, tipo I, aparece na fase pós-menopausa e a do tipo II ou senil está diretamente relacionada

ao envelhecimento, e ambas atingem frequentemente a coluna, o colo do fêmur, o pulso e as vértebras. Já a secundária pode surgir devido a processos inflamatórios, alterações hormonais, como o hipertireoidismo; doenças renais, gastrointestinais e pulmonares; hereditariedade, sedentarismo, imobilização pro-longada, consumo de álcool ou uso excessivo de algumas me-dicações que contenham corticóides, heparina e vitamina A.

Existem dois tipos de Osteoporose pediátrica: a Forma Infantil Maligna (FIM) é muito grave quando é herdada de ambos os pais. Pode ser diagnosticada ao nascer e normalmen-te leva ao óbito e a Forma Intermediária (FI) atinge crianças menores de 10 anos, é menos grave que a FIM, mas é muito mais agressiva que a forma adulta. É importante lembrar que em todos esses casos os doentes estão sujeitos a fraturas.

Quanto ao diagnóstico, a Densitometria Óssea é o exame mais utilizado, porém existem outros como: a Ultra-onometria óssea, o RX, a Histomorfometria e provas laborato-riais também são exames que auxiliam na detecção da doença.

Além dos exames clínicos devem-se levar em conta alguns fatores que podem ser responsáveis pela perda de massa óssea para se chegar a um diagnóstico, que são os seguintes: raça branca, vida sedentária, menopausa, idade, baixa estatura, fratura espontânea prévia, hereditariedade e alergia à lactose. Portanto, é indicado que: mulheres na fase da menopausa, pessoas com mais de 65 anos ou quem sofre fraturas espontâ-neas, realizem pelo menos uma vez por ano um exame para diagnóstico e prevenção da Osteoporose.

Por ser uma doença praticamente irreversível, o melhor mesmo é se dedicar à prevenção. O que é muito simples. Ali-mentação saudável rica em cálcio: mineral encontrado em derivados do leite, vegetais verde-escuro, amêndoas e peixes; a ingestão de vitamina D (importante para a absorção do cálcio); atividades físicas moderadas e banhos de sol são essenciais para prevenir o aparecimento da doença e amenizar seus efei-tos. Não esquecendo que o cigarro, o álcool, o sedentarismo e até o excesso de café podem significar um agravante para quem faz parte do grupo de risco.

Após o diagnóstico positivo o tratamento deverá ser feito à base de ingestão de cálcio e vitamina D, atividade física e alimentação balanceada, reposição hormonal (para as mulhe-res na pré-menopausa) e a critério médico a indicação de medi-camentos específicos que auxiliam na reabsorção de cálcio.

Diagnosticada a doença deve-se evitar os riscos de fratu-ras, principal causa de mortes decorrentes da Osteoporose, pois a calcificação do osso é muito lenta e em alguns casos a cirurgia é necessária. A recuperação exige longo período de repouso, o que pode acarretar outros problemas à saúde do paciente.

Portanto, se o diagnóstico de Osteoporose for positivo tomem os seguintes cuidados: - retirem os tapetes da casa para evitar acidentes; - não usem ceras, pois elas tornam o piso muito escorregadio; - diminuam a ingestão de café e bebidas alcoólicas; - reduzam drasticamente o uso de cigarros; - fiquem atentos ao tipo de calçado a ser usado; - cuidem da alimentação; nunca é tarde para aprender a comer melhor; - protestem, nossas calçadas são verdadeiras armadilhas pron-tas para causarem acidentes; - pratiquem exercícios físicos de acordo com a recomendação de seu médico; e - ame muito, sorria mais e perdoe sempre, isso faz com que tudo em nosso corpo funcione melhor. Saúde!

Ana Rita Alves Meneses Lima (Imprensa)

Utilidade Pública

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Utilidade Pública

Reciclando Valores: HONESTIDADE

“Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.” (Sócrates)

E continuamos nossa saga em busca dos valores perdidos por essa “sociedade líquida”, superficial e materialista que nos governa. É uma tarefa difícil cami-nhar na contramão da história, resgatando valores quan-do somos incentivados – e quase obrigados – a perdê-los. Desde a infância se é levado mentir, a culpar e jul-gar os outros, pois assumir a responsabilidade de um ato equivocado significa ser castigado. Portanto, a desones-tidade cresce par e passo com a irresponsabilidade, ges-tando cidadãos “deficientes cívicos”.

E assim, chamamos desonestos os ladrões, os corruptos e corrup-tores, os políticos, os usurpadores do poder, os exploradores, os etc. e tal, esquecendo-nos de que o mundo é um reflexo de nós mesmos. O que está

lá fora está também dentro de nós e por isso existe. Não é “a ocasião que faz o ladrão”, mas sim a predisposição de roubar e a impunidade de que tanto se fala não é da Justiça brasileira ou de que país seja. A impunidade é da nossa própria consciência, da nossa falta de ética e es-cassez de valores morais.

Praticam-se rotineiras desonestidades que de tão comuns não são mais vistas como desonestas. Porém, o que as difere das grandes desonestidades é tão somente o montante ou a proporção do golpe. Colar em uma prova, comprar gabaritos em concursos, sonegar impostos, ten-tar beneficiar-se das brechas da lei, subornar o guarda de trânsito (ou se deixar subornar), colocar as multas em no-me de outras pessoas para não perder a carteira de habi-litação, dirigir alcoolizado, dirigir acima da velocidade permitida, aproximar-se das pessoas com segundas in-tenções, manipular pessoas para tentar levar vantagem, vender ou comprar votos (isso inclui votar por interesses pessoais e não pelos coletivos), cobiçar homem ou mulher comprometidos, trair a outra parte, mentir ao chefe quando chega atrasado, mentir aos pais ou esses aos filhos... Enfim, uma infinidade de pequenos atos, mas que têm a mesma raiz.

O vocábulo “Honestidade” remete-nos a um rosá-rio de termos que os dicionários relatam como: honra-dez, dignidade, probidade, decoro, decência..., mas no âmago do termo o que realmente significa ser honesto? Honestidade não se restringe a ser leal com o outro, vis-to que seja este apenas o enfoque social dessa virtude. Mas até que ponto somos honestos conosco mesmos, subjugados que estamos a conceitos e preceitos exter-

nos, impostos de fora para dentro, a fim de que sejamos aceitos como seres “normais”?

Ser honesto consigo mesmo é ser autêntico, é não criar uma falsa imagem para agradar, para ser aceito ou para não enfrentar o julgamento do outro. Mas quem de nós pode ser autêntico sem ferir dogmas, preceitos e preconceitos sociais e, ou, religiosos? Quem de nós tem a coragem de sustentar ser o que é e enfrentar um exérci-to de detratores, juízes e donos de uma verdade relativa que nos foi imposta ao longo dos séculos?

O problema é que, ao sermos obrigados a ser desonestos socialmente - portanto, sendo desonestos com nossa própria essência -, mutilamos nossa alma, nossa verdade interna, e nos tornamos um conjunto de máscaras que se mostra de acordo com a conveniência. Em casa somos uma máscara; no trabalho somos outra; no convívio social outra; outra mais nos relacionamentos afetivos... No final de tudo, perdemos a noção de quem realmente somos, perdemos o centro de equilíbrio, o que nos fere profundamente, ainda que não nos demos conta disso. E essa ferida é exposta em forma de doenças físi-cas e, ou, psíquicas.

Somos parte de um sis-tema consumista, imediatista, competitivo e superficial que nos obriga a sermos desonestos com tudo e com todos, por uma questão de sobrevivência. Não podemos ser coerentes com nossa forma de pensar nem de sentir, somos constantemente obrigados a falar ou agir em desacordo com o que está dentro de nós, porque temos uma competição cotidiana a vencer. Assim, nos tornamos marionetes e reféns de uma rede de verdades relativas ditadas de uma fonte externa e em desacordo com nossa essência. Enlouquecemos. É o que se vê por aí... Felizes? Jamais. Apenas imbuídos de ilusões de felicidade e ansiedades que descarregamos nos divãs de analistas, nos antidepressivos e nos vícios de toda sorte.

Conceição Vitor (Imprensa)

O DESAFIO DA GESTÃO DE PESSOAS

A palavra gestão significa um conjunto de tarefas, de atividades de planejamento, organização e controle, no qual os recursos (financeiros, humanos, materiais e tecnoló-gicos) que a organização dispõe são alocados de forma a atingir os objetivos predeterminados.

Este texto trata especificamente do gerenciamento de um tipo de recurso sob responsabilidade dos gestores, e que tem sido um dos maiores desafios para administração: as pessoas.

O conceito de Gestão de Pessoas é atual. Surgiu após o significativo impacto da Revolução Industrial, onde

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Utilidade Pública Dicas

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA

Leitor, opine se está correta a frase "Clique aqui

e confira as obras que você pode concorrer".

O problema reside na expressão "que você pode concorrer" onde o "que" é pronome relativo (e, assim, pode ser substituído por quais).

O pronome relativo depende totalmente da re-gência do verbo ao qual se liga.

Desse modo, se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo que está sendo completado por ele.

Vejam-se os seguintes exemplos: a) "Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos" (assim se diz, porque o correto é acre-ditar em, simpatizar com e lutar por); b) "Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos, com que simpatizamos e em que nos comprazemos" (e isso porque se diz aspirar a, simpati-zar com e comprazer-se em).

Exs.: a) "Atualmente, os meios de que dispo-mos..."; b) "Fui traído pelos amigos em quem mais con-fiava"; c) "... em relação àquele a quem devia respeito e admiração"; d) "É um monumento de que todos os bra-sileiros se orgulham" (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).

Com essas observações, anota-se que quem con-corre, concorre a. Se há um auxiliar, não varia a regên-cia do verbo: quem pode concorrer, pode concorrer a.

"Clique aqui e confira as obras que você pode concorrer" (errado); II) "Clique aqui e confira as o-bras a que você pode concorrer" (correto).

____________

Cf. SILVA, A. M. de Sousa e. Dificuldades Sin-táticas e Flexionais. Rio de Janeiro: Organizações Si-mões Editora, 1958, p. 230-233.

Colaboração enviada por Fabiana Natália (Diretoria)

o progresso deste setor possibilitou a valorização do ser humano no âmbito organizacional, pois era necessário bus-car equilíbrio entre empresa e subordinado.

E qual é o papel do superior (chefia) no alcance deste equilíbrio? Incentivar os seus funcionários a trabalhar em prol do alcance dos objetivos organizacionais e a procu-rar aprimoramento intelectual, profissional e pessoal.

Atualmente, o ambiente em-presarial é repleto de trans-formações, concorrência acirrada, incertezas e dificul-dades. E, sobretudo, para a Gestão de Pessoas, surge um cenário extremamente desafi-ante. Quem ocupa posição de liderança, muitas vezes, pre-cisa tomar decisões difíceis

em prol da sobrevivência da empresa no mercado. Seguem abaixo alguns dos desafios enfrentados

pelos gestores de pessoal:

- demissão de colaboradores devido à redução de despesas e gastos;

- contratação de mão- de- obra qualificada e com múltiplas competências, que auxilie a empresa a se manter atuante e competitiva; - treinar e capacitar o funcionário, fazendo com que ele esteja a par das tendências do mercado; - estimular a gestão do conhecimento e a capacidade de adaptação às mudanças; - aplicar a administração participativa, estreitando relacio-namento com seu subordinado e entendendo suas idéias e expectativas; - interligar objetivos organizacionais com objetivos pessoais; - proporcionar programas de qualidade de vida aos funcio-nários; - descentralização da área de Recursos Humanos; - inserir o ser humano como ferramenta essencial no alcan-ce do sucesso empresarial; - aprimorar o plano de carreira da empresa e implantar pro-gramas de benefícios como forma de compensação e contri-buição aos resultados atingidos; - tornar-se conhecedor das ferramentas de tecnologia de informação que facilitem a gestão de pessoal; - fazer com que administração de recursos humanos sempre esteja inserida no planejamento estratégico da organização; - incentivar a criação de uma empresa socialmente respon-sável.

Para concluir, após o detalhamento do conceito de Gestão de Pessoas e seus respectivos, percebe-se a sua rele-vância e sua contribuição para que as empresas se mante-nham fortes, atuantes e capazes de atender às necessidades de um mercado cada vez mais mutante e exigente.

Amanda Vieira Ferrari (Secretaria de Pós-Graduação)

“Bom mesmo é ir a luta com determi-

nação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousa-dia... Pois o triunfo pertence a quem se atreve” (Charles Chaplin)

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Dicas

INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA - III

MEMÓRIA RAM

O que seria isso? Abreviação do inglês Random Access Memory, ou traduzindo: Memória de Acesso Aleatório. É a memória principal de um computador, usada pelo processador para armazenar o que está sendo processado. Ou seja, se você está digitando um texto no Word, ou uma planilha no Excel, ou jogando paciência, você está utilizando a memória RAM, ela é a memória de trabalho, ela que vai determinar quais atividades o processador poderá executar.

Ela é volátil, ou seja, os dados são apagados ao desligarmos o computador. Para não perdermos as informações fazemos recurso de outros tipos de memórias, as memórias de massa, como por exemplo: Disco Rígido (HD), DVD´s, CD´s, Pendrives, Disquetes, etc.

Carlos Morimoto, criador do Linux Kurumin, tem uma frase interessante:

“Para compreender a diferença entra a memória RAM e a memória de massa, você pode imaginar uma lousa e uma estante cheia de livros com vários problemas a serem resolvidos. Depois de ler nos livros (memória de massa) os problemas a serem resolvidos, o processador usaria a lousa (a memória RAM) para resolvê-los. Assim que um problema é resolvido, o resultado é anotado no livro, e a lousa é apagada para que um novo problema possa ser resolvido. Ambos os dispositivos são igualmente necessários” (in Manual de Hardware Completo 3º ed. - Carlos E. Morimoto – página 18).

Eu tenho outro exemplo, você tem um compromisso inadiável, bem no dia em que na TV vai passar algo imperdível: “O jogo do Corinthians”. Você se desespera, mas precisa realmente ir nesse compromisso. O que faz? Resolve gravar o jogo. Aonde? Na TV? Só se sua TV tiver um HD (disco de gravação) interno, o que é raro; há TV´s com esse recurso, mas são a grande minoria das TV´s. Onde gravaria então?

Se você tiver um antigo equipamento de VHS (vídeo K7), ou um gravador de DVD, acoplado a sua TV, poderia fazer essa gravação. Precisa também da fita

Dicas

de VHS, ou a mídia de DVD e fazer a programação do aparelho para o horário do jogo.

Isso porque sua TV é como se fosse a memória RAM, não guarda as informações que passam por ela. O disco de DVD é sua memória de massa que guarda as informações. E o leitor e gravador de DVD é o seu Drive.

Quando volta para casa, não quer nem saber quem ganhou, vai assistir ao jogo; mas, onde você gravou? “Na Globo!”? Não, você gravou em um DVD.

A Globo não é uma memória de massa. O disco de DVD sim! Ao dar um PLAY, a informação é enviada para a TV e o Timão entra em jogo.

No caso do computador, a informação encontrada no CD, DVD, pendrive, ou outra memória de massa, quando executada, através de dois cliques, ou com a tecla ENTER, sobre ele selecionado, faz com que o arquivo seja carregado na memória RAM, onde através do aplicativo designado para ele, faz-se a leitura do mesmo.

Os sistemas operacionais podem ainda utilizar uma parte do disco rígido, como se fossem memória RAM, o nome desse recurso é Memória Virtual. Esse recurso serve para ajudar caso a memória RAM esteja sendo muito utilizada, mas torna o processo muito mais lento, porque a memória RAM é muito mais rápida que o disco rígido.

É normal sua máquina estar lenta e um técnico dizer que precisa de mais memória, pois esta é a memória RAM.

Joel Simberg (Informática)

“AA EMERGÊNCIA”

O SAMU – Serviço de A-tendimento Móvel de Ur-gência lançou a idéia de se cadastrar em celulares o número da pessoa a ser con-tatada em caso de emergên-cia, cujo nome deverá ser

precedido do código “AA”.

As letras “AA” são para que esse contato apare-ça sempre em primeiro lugar na lista de contatos. Tal procedimento facilita a atuação do serviço de emergên-cia na localização de parentes ou responsáveis pelas pessoas acidentadas.

Maiores informações: http://www.samu192.com.br

Sugestão de Nádia Ferreira Lima (Biblioteca)

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Variedades Variedades

EU INDICO: ISLA MARGARITA

“Se voares pelas correntes certas, não precisarás bater asas”. (autor Desconhecido)

Para quem quiser conhecer e se aventurar em novos

horizontes, eu indico mais um paraíso, do qual tive o prazer de desfrutar em minhas férias de 2010.

O mar caribenho é, para muitos, um sonho distante, talvez pelo percurso ou pelo valor da viagem, mas nessa colu-na, definitivamente, demonstrarei que não é bem assim. O sonho é mais do que possível e acessível a todos os bolsos.

Decidi conhecer Isla Margarita. Uma ilha na América do Sul pertencente à Venezuela, situada no mar do Caribe, a nordeste de Caracas, a capital do país, e habitada por cerca de 420 mil pessoas. É um dos principais destinos turísticos da Venezuela, conhecido por sua beleza natural, rodeada de belas praias e paisagens deslumbrantes. É um excelente local com o melhor da natureza para reconfortar a alma, onde tudo é perto.

Para fazer essa viagem não é necessário visto, porém, o passaporte é indispensável para adentrar na terra de Hugo Chávez, e então, comprar uma passagem de avião até Boa Vista (Roraima) ou Manaus (Amazonas) e depois uma passa-gem na rodoviária pela empresa Eucatur com destino a Puerto La Cruz, na Venezuela. O valor é de R$ 200 reais, neste caso, partindo de Manaus; mas se preferir ir direto para Boa Vista, a passagem custará R$110 reais. O tempo de viagem é de apro-ximadamente 20hs. Durante o trajeto, pode-se cambiar dólares ou reais pela moeda venezuelana (Bolívares fuertes) na Rodo-viária de Pacaraima (cidade fronteiriça entre Brasil e Venezue-la). A cotação é de um dólar para 8000 bolívares e um real para 4000 bolívares (para não se confundir, corte os três zeros finais). Note que nosso dinheiro vale quatro vezes mais, por-tanto, com 500 dólares você é uma figura importante, com 1000 dólares você é rei na ilha.

“Que seja sempre sol/ que tenha sempre som/ que mesmo

sendo só/ não seja solidão”. (Forasteiro desconhecido)

Chegando à cidade de Puerto La Cruz, há duas opções até a ilha caribenha: Em um vôo de 35 minutos ou em 4hs pelo ferry-boat. A propósito, um navio bem confortável pelo preço de 80 bolívares (cerca de R$ 20 reais) e pronto, você está no caribe venezuelano. Pegue um autobus ou um táxi para Porlamar (centro comercial da ilha).

Embora o país seja controlado pelo regime socialista, não há com que se preocupar em relação ao Exército venezuelano (conhecidos como Caballas), mesmo porque a ilha faz parte da oposição ao Gorverno, tornando-se um paraíso, além das belas praias, também, para o consumo. Pode-se adquirir produtos importados originais de diversas marcas famosas com a redução de até 75% do seu valor de mercado. A cota para gastar é de 4000 dólares, bem diferente do Paraguai, que é de 300 dólares. Para tanto, há um shopping chamado Sambil, com tudo que se queira comprar, mas não deixe de conhecer neste mesmo lugar, o Hard Rock Café Margarita, um bar famoso em todo mundo e bem barato (uma dose de Jack Daniels sai por cerca de R$ 5 reais).

“O amor é o desejo das coisas belas”. (Anônimo)

O povo venezuelano, como na maioria dos outros lugares, adora os brasileiros, mas diferente do que pensamos, o esporte preferido deles é o beisebol. Apenas, evite “hablar” sobre política, pois é um assunto delicado com divisão de opiniões, e que por fim, não nos diz respeito.

A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, portanto o transporte é bem barato. Com apenas 4Bfs (1 real), você irá a qualquer parte da ilha, ou se preferir, com cerca de 60Bfs (R$15 reais) diversos táxis circulam pelo bairro, como Landau, Galaxi, Impala, Mustang, entre outros, onde carros antigos e novos se misturam pelas “calles” da ilha.

Quanto à hospedagem, há hotéis bons e baratos com diárias de 120Bfs (R$30 reais) com ar condicionado e tv a cabo. Eu indico o Hotel Canadá na calle Igualdad, em Porlamar, sem luxo, porém limpo e seguro.

Com relação às praias, você não pode deixar de conhecer destinos como: Playa Parquito, Punta Arena, Manzanino, Yaque e Juan Griego, porém, caso queira se aprofundar ainda mais nas águas caribenhas, vá até um bairro chamado La Isleta e pegue uma lancha por 40Bfs (R$10 reais) com destino a Isla de Coche, que é simplesmente, um lugar fascinante.

Para encrementar essa coluna, citarei algumas gírias do vocabulário venezuelano que aprendi durante a viagem: •Chévere: bueno, agradable: “legal” em português •Bolos: diminutivo de bolívares (moeda nacional ) •Gozar um puyero: disfrutar, divertirse, sentir placer •Bucear: “paquerar” em português •Brahmear: tomar cerveja •Curda ou birra: cerveja •Pinga: órgão sexual masculino •Pato, raro o maricón: gay •Con ratón: com ressaca em português •Miércoles: “mierda” •Estar pelado: sin plata, ou seja, sem dinheiro, estar duro em português

•Polar o nacional: cervejas venezuelanas Dica de mochileiro Não se preocupe em “hablar”,pois, naturalmente você irá desenvolver seu portunhol e, afinal, o grande centro de comunicação não está na cabeça, mas no coração; portanto, faça do amor seu guia permanente, e tudo de bom há de vir em suas mãos.

Frank Lima Barreto

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Variedades

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?QUEM SOU EU?

Chefe do Serviço Técnico de Imprensa e Propaganda a partir de 1992, ANTONIO AUGUSTO MACHADO DE CAM-

POS NETO está na USP como funcionário desde 1973. Digo isso porque como aluno ele passou mais cinco anos de sua vida acadêmica entre os arcos das Arcadas. Foi nas Arcadas que, em 2008, sagrou-se ganhador do Prêmio Spencer Vam-pré, na qualidade de servidor.

Além de Editor da Revista da Faculdade de Direito, em sua escalada profissional, no período noturno, trabalhou também como redator do jornal Folha de S. Paulo, jornal O Estado de S. Paulo, Editora Sarvier (área médica) e Revista Visão.

Bacharel em Direito, Letras e Jornalismo (Universidade de São Paulo e Cásper Líbero), Antonio Au-gusto apresenta uma vivência de muitas facetas. - Escritor: autor do livro O Menino de Olhos Azuis, em 1996, prefaciado pelo Professor Eduardo Carlos Bianca Bittar. Autor também de vários artigos publicados na Revis-ta da Faculdade de Direito, entre eles O Direito dos Ani-mais, A Ch’aria Muçulmana, Direito Natural e Direito Jus-to, A Filosofia Espírita, O Judaísmo. Direito Talmúdico, Intoxicação por Maconha – traficante e usuário, etc. - Autor e ator de teatro: atuou, inclusive, no Teatro XI de Agosto, da Faculdade de Direito, destacando-se com a peça Você quer fazer vestibular? em 1968. - Professor: ex-professor de Filosofia Espírita da Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Ler é seu passatempo predileto, mas não deixa de freqüentar teatro e cinema. Viaja muito, “mesmo quando não tenho boas condições financeiras”, e a Europa é quase sempre o seu destino. Em dias de folga, adora levar a passear seus três cães: “me ajuda a relaxar por completo. Cachorros são amigos leais, dos meus cães, dois são pretos; uma ver-dadeira 'senzala' está comigo pelas ruas do bairro!”

Conta-nos que morou um ano nos EUA, Newark, New Jersey, onde presenciou o presidente Bush recolher cocô do seu cachorro. “No Brasil, qualquer pessoa critica-ria, mas o que eles têm e aqui falta é a humildade. Tenho orgulho de ser brasileiro e com tantas pessoas que vi neste mundo, cheguei à conclusão de que o povo mais belo é o brasileiro”.

Da Redação

RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA

Carlos Fernando de Azevedo Sá

Nascido em Cruzeiro/SP, em 21 de março de 1920, o Professor CARLOS FERNANDO DE AZEVEDO SÁ foi aluno da 46ª Turma da Faculdade de Direito da USP, onde foi colega do grande jurista Papaterra Li-mongi e na qual, posteriormente, exerceu a docência por longos anos. Na Faculdade de Direito da Universi-dade de Madri, especializou-se em Direito Tributário, no ano de 1969.

Iniciou a docência nos cursos preparatórios como assistente do Professor Romeu Ferraz e, mais tarde, do Professor Antonio Delfim Neto. Exerceu a profissão por 31 anos, sempre na área de Direito Tri-butário, tendo ministrado aulas também na FEA/USP.

Fora das Arcadas, advogou e exerceu o cargo de Procurador Municipal por mais de 30 anos, passando antes pela autarquia municipal denominada Montepio.

Dois hobbies principais marcaram seus anos de ju-ventude. O primeiro deles era jogar futebol, integrando o time de várzea Éden da Liberdade Futebol Clube. Jogou também no time principal da Faculdade de Direito.

Relembra com saudade quando fez parte da Carava-na Artística da Faculdade de Direito, como crooner, e com a qual viajou muito, fazendo apresentações.

Seu segundo hobbie era viajar. Deu a volta ao mun-do duas vezes e passou um bom tempo na Espanha.

Como morava no Edifício COPAN, sua vida social foi bastante intensa pelo convívio artístico do local.

Hoje, o Professor Carlos Fernando vive com sua irmã Míriam, também professora aposentada, no bairro do Jabaquara.

Da Redação

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Variedades

ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE

Janeiro

Funcionário (Setor) Dia Viviane Pitanga (Setor de Copa) 01 Marinalva Pacheco Ribeiro de Lima (Biblioteca) 03 Regina Maria Pereira dos Santos (Biblioteca) 06 Nildo Florentino da Silva (Segurança) 10 Ademar Guerra (Audiovisual) 12 Gabriela Giacomini de Almeida (Biblioteca) 13 Márcia Benedito Martins (Seção Arquivo e Museu) 19 Silvania Ramos de Brito Silva (Serviço de Pessoal) 21 Luciano Medeiros (Compras) 28 Maria da Conceição Vitor (Imprensa) 28 Rosemeire Bonoto (Biblioteca) 29 Eduardo Franzoni (Audiovisual) 31

Fevereiro

Funcionário (Setor) Dia Maria Aparecida Mariano da Silva (Biblioteca) 03 Eliana Aragaki Rodrigues (Apoio Acadêmico) 07 José Antonio de Araújo (Audiovisual) 08 Mario Sergio de Oliveira e Silva (DEF) 09 Hidelino Viveiros da Paixão (Segurança) 10 Emerson Leocádio (Informática) 11 Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa) 16 Guaraciaba de Barros Juk (Biblioteca) 17 Jorge Luis Magalhães da Silva Braggio (Administração) 19 Maria de Lourdes da Silva Bastos (CCInN) 19 Armando Gangi da Silva (Biblioteca) 20 Milton Jorge da Silva (Manutenção) 23 Tobias Amancio Siqueira (Almoxarifado) 24 Yara Regina Martins (Serviços Gerais) 24

Março

Funcionário (Setor) Dia Jéssica Maria Martins Silva (S. Contabilidade) 01 Edilene Domingos das Neves Luciano (Tesouraria) 05 Neide Ferreira Lima da Silva (DPC) 07 Geraldo Claudio de Oliveira Filho (Arquivo e Museu) 08 Matheus Roberto de Sá (Biblioteca) 10 Aluizio Henrique Filho (Segurança) 12 Uimara Ines de Artiaga Kristensen (Com. Graduação) 13 Maria Lucia Santos de Lima Castro (S. de Alunos) 14 Leila de Souza (Licenciada DPM) 17 Joedilson Barbosa Silva (Segurança) 18 Andrea Maria Lopes de Oliveira (Informática) 19 Alexandre de Alencar Banho (Pós-Graduação) 21 Elias Honorio da Silva (Audiovisual) 21 Maria Aparecida de Souza Sizilio (Pós-Graduação) 21 Frank Lima Barreto (Setor de Compras) 25 Ana Rita Alves Meneses de Lima (Imprensa) 27 Maria da Paixão Marques de Queiroz (Biblioteca) 29 Renison Ribeiro Santos (Biblioteca) 29 Sidney Ulisses Souza de Moraes (Almoxarifado) 29 Cristiana Fátima Ferreira de Miranda (DTB) 30

FELIZ ANIVERSÁRIO!

O QUE SE FAZ?

Setor de Comissões

O Setor de Comissões é responsável por secretari-ar a Comissão de Pesquisa e a Comissão de Cultura e Extensão Universitária, ambas formadas por docentes eleitos na Congregação da Faculdade de Direito. Entre outras atribuições essas duas comissões são responsáveis por traçar diretrizes para Pesquisa , bem como Cultura e Extensão Universitária no âmbito da Unidade, de acordo com as orientações estabelecidas pelos Colegiados Supe-riores. Entre as atividades comuns nas duas comissões estão:

• Redação e publicação de editais, deliberações, con-vocações, ofícios, comunicados, etc;

• Redação e expedição de toda a correspondência da área, e/ou dos presidentes das comissões;

• Elaboração de pauta/ata e de todo material para as reuniões das comissões, assim como a expedição de todo o material objeto de suas deliberações;

• Atendimento e suporte aos alunos, docentes e de-partamentos no que se refere às atividades de pes-quisa e de cultura e extensão.

As atribuições específicas de cada comissão são:

- Na Comissão de Pesquisa, através das diretrizes da Pró-Reitoria de Pesquisa, a secretaria é responsável por todo processo de inscrição, seleção e cadastramento dos alunos aprovados no Programa de Bolsas de Iniciação Científica; abertura e supervisão dos processos do Pro-grama de Pós-Doutorado; credenciamento, supervisão e atualização dos Grupos de Pesquisa da Faculdade; enca-minhamento dos processos para atribuição dos créditos na disciplina optativa Atividade de Pesquisa, que através da nova grade (2008) permite aos alunos de graduação a obtenção de créditos nas atividades de pesquisa.

- Na Comissão de Cultura e Extensão Universitária a secretaria é responsável pelo cadastro dos cursos de difu-são, especialização e atualização, bem como organiza todo processo de inscrição e seleção dos mesmos. É o Setor de Comissões que emite as listas de presença, ca-dastra as notas e freqüência dos cursos no sistema; tam-bém é responsável pelo processo de inscrição, seleção e cadastramento dos alunos aprovados no Programa de Bolsas “Aprender com Cultura e Extensão”; encaminha-mento dos processos para atribuição dos créditos aos alu-nos de graduação aprovados na disciplina optativa Ativi-dade de Cultura e Extensão. Além disso, no Programa A Universidade e as Profissões, o Setor organiza as visitas monitoradas à Faculdade de Direito e a Feira de Profis-sões que acontece anualmente na Cidade Universitária, direcionados aos alunos de cursinhos e do Ensino Médio. O Setor de Comissões está localizado no 1º andar do prédio anexo.

Alessandra S. Pereira (Setor de Comissões)

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho

Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella

Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro

Assistência Administrativa:.Maria Cristina Giorlano de Moraes

Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki

Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Alysson Leandro Barbate Mascaro

Editora: Maria da Conceição Vitor (DRT: 24456)

Revisores: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Neurilene Gomes da Silva

Diagramação: Maria da Conceição Vitor

Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima

Expediente

Demais Membros: Amanda Vieira Ferrari

Dalva Veramundo Bizerra de Souza

Fábio Silveira Molina

Joel Simberg Vieira

Leonardo Franco Martin

Elival da Silva Ramos

Eunice Aparecida de Jesus Prudente

Janaína Conceição Paschoal

Umberto Celli Júnior

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Agenda Cultural

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Redação: Largo São Francisco, 95 - 1º andar -Sala 110 Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP Tel.: 3111-4114 - E-mail: [email protected]

• TEATRO Estréia no dia 26 de março, no Teatro Alfa, a peça Evita, com direção na versão do musical da Broadway de Jorge Takla, que ano passado dirigiu O Rei e Eu. As letras originais do musical são de Andrew Lloyd Weber e Tim Rice. O papel principal tem a interpretação de Paula Capovilla e o personagem mascu-lino central, Juan Perón, está ensaiado pelo ator Daniel Boa-ventura. Os ingressos podem ser adquiridos a partir do dia 21 de fevereiro ao preço de R$40 a R$185. Teatro Alfa: WWW.ingressorapido.com.br.

• SHOW Completando 80 anos, o lendário Cauby Peixoto escolheu um repertório de músicas clássicas e se apresenta até o final de maio no Bar Brahma, localizado na Avenida São João, 677. O cantor solta a voz em Sampa, de Caetano Veloso, New York, New York, de Frank Sinatra e Como uma onda no mar, de Lulu Santos e Nelson Motta. Segundas-feiras, 22h30. Ingres-sos, R$70 a R$80.

• CINEMA Um dos mais aplaudidos e reconhecidos atores do cinema in-ternacional é Colin Firth (“Simplesmente Amor”, 2003, e Mamma Mia!, 2008). Na verdade, começou a ser reconhecido a partir da série Orgulho e Preconceito, em 1995, pela BBC, no papel de Mr. Darcy que, por sua vez, o inspirou para inter-pretar Mark Darcy no filme intitulado O Diário de Bridget Jones, de 2001, Colin Firth também foi elogiado com persona-gem gay em Direito de Amar, de Tom Ford, 2007, interpre-tando um professor universitário que perde o namorado em acidente de carro. Agora, interpreta o Rei George VI, da Ingla-terra que aceita um tratamento pouco convencional para curar sua gagueira. O filme intitula-se O Discurso do Rei (The

King’s Speech) e foi prêmio Oscar de melhor filme. No elen-co, Geoffrey Rush, que concorreu como ator coadjuvante e Helena Bonham Carter como atriz coadjuvante. Estreou no dia 28 de fevereiro.

Indicado ao Oscar de melhor filme estreou em São Paulo Cis-ne Negro (“Black Swan”). No thriller psicológico Nina, inter-pretada por Natalie Portman, é uma bailarina que depois de ganhar o papel protagonista na peça O Lago dos Cisnes come-

ça a sofrer pressão da mãe obcecada, do diretor artístico que muito exige da dançarina e da colega rival, fazendo com que ela tenha inúmeras alucinações. No elenco, Mila Kunis e Vin-cent Cassel.

• MUSEU

O Museu AfroBrasil hospeda cerca de 4 mil obras ligadas à cultura negra por meio de gravuras, pinturas, esculturas, peças

etnológicas e fotografias. Em comodato, a iniciati-va de Emanoel Araújo (ex-curador da Pinacote-ca do Estado de São Pau-lo) que cedeu mais de mil obras de sua coleção particular ao Museu. O Museu fica no Parque Ibirapuera, Pavilhão Pa-

dre Manoel da Nóbrega, Avenida Pedro Álvares Cabral s/n. GRÁTIS. De terça a domingo, das 10h00 às 17h00.

Haroldo de Campos foi um dos fundadores do afamado Gru-po Noisgrandes, de poesia concreta. Ele é o homenageado na primeira edição do Programa Ocupação, cuja retrospectiva traz obras e documentos do poeta. Casa das Rosas, Avenida Paulis-ta, 37, Bela Vista. E Itaú Cultural, Avenida Paulista, 149, Bela Vista. Visitas monitoradas. Terça a domingo, das 10h00 às 22h00.

O Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz, Praça da Luz, apresenta a primeira mostra dedicada a um autor portu-guês, Fernando Pessoa. A exposição (“Fernando Pessoa, Plu-ralismo como o Universo”) é formada por imagens, textos e raridades como a primeira edição de Mensagem. O visitante é recebido por cinco cabines em que são projetados trechos e poemas do autor. Há também exibições de vídeos e em um deles a imagem de mar retirada do filme Limite, de Mário Peixoto. Terça a domingo, das 10h00 às 17h00.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)