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Ficha de avaliação/verificação de aprendizagem (pág. 123 do Livro do Professor correspondente à Ficha de Verificação da Aprendizagem da pág. 156, da 2.ª parte do manual) Tema: O objecto da psicologia Responde, sinteticamente, às questões que se seguem 1. Define o objecto da psicologia. O objecto da psicologia é a procura de resposta às questões que abordam o comportamento (actos e reacções observáveis) e os processos mentais (sentimentos, atitudes, emoções, representações, etc.) através de métodos e técnicas de investigação científica. 2. As grandes questões sobre o comportamento e o desenvolvimento humanos estão organizados em dicotomias. Enuncia-as As grandes dicotomias que visam a explicação do comportamento e do desenvolvimento humanos são: Inato/Adquirido; Continuidade/Descontinuidade; Estabilidade/Mudança; Interno/Externo; Individual/Social. 3. Por que razão a dicotomia inato/adquirido é a que suscita mais polémica e debate? Esta dicotomia manifesta-se desde há muitos anos, inclusive antes do aparecimento da psicologia como ciência. Reflecte-se nas outras dicotomias e está presente ao longo da história da psicologia. Reportar a origem do comportamento e do desenvolvimento às determinações genéticas ou às influências do meio ambiente tem desencadeado discussões extremadas levando a que os defensores do cada um dos pólos adoptem posições redutoras. 4. Associa os pólos inato/adquirido a teorias que se opõem. O behaviorismo defendido por Watson e a teoria da aprendizagem social defendida por Bandura são exemplos de concepções que defendem o pólo adquirido opondo-se ao pólo inato. As pulsões de vida e morte defendidas pela teoria psicanalítica de Freud e os estudos de Lorenz sobre o comportamento instintivo dos animais são exemplos de

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Ficha de avaliação/verificação de aprendizagem(pág. 123 do Livro do Professor correspondente à Ficha de Verificação da Aprendizagem da pág. 156, da 2.ª parte do manual)

Tema: O objecto da psicologia

Responde, sinteticamente, às questões que se seguem

1. Define o objecto da psicologia.O objecto da psicologia é a procura de resposta às questões que abordam o comportamento (actos e reacções observáveis) e os processos mentais (sentimentos, atitudes, emoções, representações, etc.) através de métodos e técnicas de investigação científica.

2. As grandes questões sobre o comportamento e o desenvolvimento humanos estão organizados em dicotomias. Enuncia-asAs grandes dicotomias que visam a explicação do comportamento e do desenvolvimento humanos são: Inato/Adquirido; Continuidade/Descontinuidade; Estabilidade/Mudança; Interno/Externo; Individual/Social.

3. Por que razão a dicotomia inato/adquirido é a que suscita mais polémica e debate?Esta dicotomia manifesta-se desde há muitos anos, inclusive antes do aparecimento da psicologia como ciência. Reflecte-se nas outras dicotomias e está presente ao longo da história da psicologia. Reportar a origem do comportamento e do desenvolvimento às determinações genéticas ou às influências do meio ambiente tem desencadeado discussões extremadas levando a que os defensores do cada um dos pólos adoptem posições redutoras.

4. Associa os pólos inato/adquirido a teorias que se opõem.O behaviorismo defendido por Watson e a teoria da aprendizagem social defendida por Bandura são exemplos de concepções que defendem o pólo adquirido opondo-se ao pólo inato.As pulsões de vida e morte defendidas pela teoria psicanalítica de Freud e os estudos de Lorenz sobre o comportamento instintivo dos animais são exemplos de concepções que defendem o pólo inato e se opõem ao pólo adquirido.

5. Quais são as teorias que procuram integrar os pólos: inato e adquirido?A teoria construtivista/interaccionaista de Piaget e as concepções de Damásio visam a integração dos dois pólos que historicamente se têm oposto.

6. Quais são as questões subjacentes à dicotomia interno/externo?As questões mais marcantes sobre a compreensão das diversas dimensões do ser humano no debate entre o pólo interno/externo remetem o pólo interno para o corpo, a biologia, o pensamento e o pólo externo remete para o meio, a sociedade e a cultura.

7. Mostra que a dicotomia contínuo/descontínuo se relaciona sobretudo com as questões relativas ao desenvolvimento.Alguns autores explicam as mudanças numa perspectiva de continuidade, como por exemplo as teorias behaviorista e da aprendizagem social, para as quais o desenvolvimento acontece num processo de mudança gradual em que as novas aprendizagens vão sendo integradas nas anteriores e originando, assim, novos comportamentos. Outros autores, como

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Freud e Piaget, defendem uma perspectiva de descontinuidade, pois, segundo as suas teorias, o desenvolvimento processa-se por mudanças qualitativas entre vários estádios ou etapas.

8. A dicotomia estabilidade/mudança relaciona-se com o conceito de personalidade e identidade ao longo da vida. Porquê?Embora a personalidade e a identidade do indivíduo consistam num conjunto de características coerentes estas não são imutáveis, isto é, ambas vão sendo construídas ao longo da vida, pelo que envolvem simultaneamente estabilidade, mudança, dinamismo e plasticidade.

9. “O comportamento e o desenvolvimento do ser humano remetem para os pólos individual e social”. Justifica esta afirmação.Todas as dicotomias remetem para estes dois pólos pois há concepções que se centram nos aspectos individuais do ser humano, tais como as suas necessidades primárias e emoções e outras que se centram nos aspectos sociais e culturais que também são importantes na modelação do comportamento e desenvolvimento dos indivíduos.

10. Apresenta as perspectivas integradoras que procuram superar as grandes dicotomias.Não se pode reduzir o estudo do ser humano a perspectivas simplistas e redutoras. Há múltiplos factores de ordem biológica e, também, de ordem social que intervêm e influenciam o seu crescimento e desenvolvimento. Para além do desenvolvimento orgânico é necessário considerar a influência social e ainda a capacidade que cada indivíduo tem de se auto-organizar. Nesse sentido, as diferentes perspectivas da psicologia contemporânea, contemplam concepções que só aparentemente se opõem e excluem.