Ode Lusitana # 4 - março 2015

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1 Editorial A origem de um nome tem sempre um pouco de história na sua criação e esta Ode Lusitana também teve um longo processo de escolha. Esta análise recaiu desde logo no princípio que deveria ser um título em português e o primeiro título a aparecer foi Bestiário. Os bestiários eram comuns durante o início da Idade Média, e retratava as supostas bestas fantásticas que proliferavam por vezes apenas no imaginário de quem os escrevia. Para tornar o tema mais nosso, surgiu a ideia de colocar o nome Bestiário Lusitano, até que descobri que já existia um livro com este título editado pelo Alberto Pimenta. Desde já nunca foi problema escolher um nome que já exista, desde que não seja dentro da área à qual estaria destinado. Mas como sou de naturalidade Bairradina e respiro os ares da região Aveirense que me cerca, por vezes ‘trocamos’ os vés pelos bés, e aí o nome de Bestiário deixou de ter o seu encanto. Até que no reverso de um flyer a anunciar o CD “Abstract Divinity” de Thormenthor, surge escrito à mão a indicação Demónios Lusitanos. E assim surgia o nome desta zine! Foi sol de pouca dura porque (e depois percebi), não se tratava senão de uma indicação no flyer de uma zine/newsletter editada no meio da década de 90 do século passado, escrita pela Raquel Loureiro e pela Mónica Susana e da qual tenho o exemplor zero. Ou seja, mais um nome a não considerar. No entanto surgiram vários nomes, como Caos Lusitano, Metal Lusitano, Grimório Lusitano, Guerreiros Lusitanos, Hostes Lusitanas e Sangue Luso, este último uma música inserida na demo “Ode Nacional” de 2002 dos portuenses Inthyflesh. Como sempre tive uma predilecção pelas nosas raízes lusitanas e graças ao nome desta demo surge o nome Ode Lusitana. E esta Ode é não mais do que um cântico à sublimidade do nosso metal português. Neste número temos entrevistas à Metal Horde Zine, indirectamente impulsionadora desta zine, assim como entrevistas inspiradoras de Perpetratör e Alchemist. Aqui estão mais 8 páginas de edição gratuita com saída mensal. Imprimam esta zine (livreto A5) e divulgem o nosso metal! Marco Santos Para qualquer informação contactemnos através do nosso perfil Ode Lusitana no facebook ou através de [email protected] ou também através da seguinte morada: Marco André dos Santos Ferreira Rua da Carvalha, nº 53 3770401 Troviscal OBR Breves O Pax Julia Metal Fest V já se encontra em andamento e será realizado no dia 7 de novembro na Casa da Cultura em Beja. As bandas confirmadas nesta altura são os Hourswill, Moonshade, Gennoma e Avulsed (Esp). Trepid Elucidation, banda lisboeta de death metal técnico formada em 2012 apresentou o tema “Diminished Into a Space Time Interval” em avanço do seu EP de estreia que será lançado este ano. Matter as Regent”, da banda lisboeta Wells Valley, continua a prestar créditos na onda sludge/postmetal. Formados em 2011 é o primeiro trabalho da banda e é composto por 6 temas. Os lisboetas Cruz de Ferro, apresentaram a capa do seu novo álbum Morreremos de ”, composto por 10 temas e a estrear brevemente. A capa esteve a cargo do Pedro Sena Lordigan e foi inspirada na batalha de Toro (1 de março de 1476) e que opôs as tropas do rei português D. Afonso V e as tropas espanholas de D. Fernando II. Sonneillon BM, banda portuense de black metal apresenta o CD single “Wolves”, com 2 temas e já se encontram em gravações para o novo álbum “Daemoniacus Daemonum Interitum Et Agone Deos”, a editar este ano. Ode Lusitana Número 4 – Março 2015

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Fanzine de divulgação do metal português com entrevistas a Rick (Perpetrator), João Galrito (Alchemist) e Inês 'Misha' / Nuno Oliveira (Metal Horde Zine). Notícias sobre Pax Julia Metal Fest, Trepid Elucidation, Wells Valley, Cruz de Ferro, Sonneillon BM, Hellvas Metalfest, Filii Nigrantium Infernalium, Vaee Solis, Tales for the Unspoken e Enlighten.

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Editorial          A  origem  de  um  nome  tem  sempre  um  pouco  de  história  na  sua  criação  e  esta  Ode  Lusitana  também  teve  um  longo  processo  de  escolha.  Esta  análise  recaiu  desde  logo  no  princípio  que  deveria  ser  um  título  em  português  e  o  primeiro  título  a  aparecer  foi  Bestiário.  Os  bestiários  eram  comuns  durante  o  início  da  Idade  Média,  e  retratava  as  supostas  bestas  fantásticas  que  proliferavam  por  vezes  apenas  no  imaginário  de  quem  os  escrevia.  Para  tornar  o  tema  mais  nosso,  surgiu  a  ideia  de  colocar  o  nome  Bestiário  Lusitano,  até  que  descobri  que  já  existia  um  livro  com  este  título  editado  pelo  Alberto  Pimenta.  Desde  já  nunca  foi  problema  escolher  um  nome  que  já  exista,  desde  que  não  seja  dentro  da  área  à  qual  estaria  destinado.        Mas  como  sou  de  naturalidade  Bairradina  e  respiro  os  ares  da  região  Aveirense  que  me  cerca,  por  vezes  ‘trocamos’  os  vés  pelos  bés,  e  aí  o  nome  de  Bestiário  deixou  de  ter  o  seu  encanto.        Até  que  no  reverso  de  um  flyer  a  anunciar  o  CD  “Abstract  Divinity”  de  Thormenthor,  surge  escrito  à  mão  a  indicação  Demónios  Lusitanos.  E  assim  surgia  o  nome  desta  zine!  Foi  sol  de  pouca  dura  porque  (e  depois  percebi),  não  se  tratava  senão  de  uma  indicação  no  flyer  de  uma  zine/newsletter  editada  no  meio  da  década  de  90  do  século  passado,  escrita  pela  Raquel  Loureiro  e  pela  Mónica  Susana  e  da  qual  tenho  o  exemplor  zero.  Ou  seja,  mais  um  nome  a  não  considerar.        No  entanto  surgiram  vários  nomes,  como  Caos  Lusitano,  Metal  Lusitano,  Grimório  Lusitano,  Guerreiros  Lusitanos,  Hostes  Lusitanas  e  Sangue  Luso,  este  último  uma  música  inserida  na  demo  “Ode  Nacional”  de  2002  dos  portuenses  Inthyflesh.  Como  sempre  tive  uma  predilecção  pelas  nosas  raízes  lusitanas  e  graças  ao  nome  desta  demo  surge  o  nome  Ode  Lusitana.  E  esta  Ode  é  não  mais  do  que  um  cântico  à  sublimidade  do  nosso  metal  português.        Neste  número  temos  entrevistas  à  Metal  Horde  Zine,  indirectamente  impulsionadora  desta  zine,  assim  como  entrevistas  inspiradoras  de  Perpetratör  e  Alchemist.                  Aqui  estão  mais  8  páginas  de  edição  gratuita  com  saída  mensal.  Imprimam  esta  zine  (livreto  A5)  e  divulgem  o  nosso  metal!    Marco  Santos          Para  qualquer  informação  contactem-­‐nos  através  do  nosso  perfil  Ode  Lusitana  no  facebook  ou  através  de  [email protected]  ou  também  através  da  seguinte  morada:    Marco  André  dos  Santos  Ferreira  Rua  da  Carvalha,  nº  53  3770-­‐401  Troviscal  OBR  

 Breves    -­‐  O  Pax  Julia  Metal  Fest  V  já  se  encontra  em  andamento  e  será  realizado  no  dia  7  de  novembro  na  Casa  da  Cultura  em  Beja.  As  bandas  confirmadas  nesta  altura  são  os  Hourswill,  Moonshade,  Gennoma  e  Avulsed  (Esp).  

 -­‐  Trepid  Elucidation,  banda  lisboeta  de  death  metal  técnico  formada  em  2012  apresentou  o  tema  “Diminished  Into  a  Space  Time  Interval”  em  avanço  do  seu  EP  de  estreia  que  será  lançado  este  ano.  -­‐  “Matter  as  Regent”,  da  banda  lisboeta  Wells  Valley,  continua  a  prestar  créditos  na  onda  sludge/post-­‐metal.  Formados  em  2011  é  o  primeiro  trabalho  da  banda  e  é  composto  por  6  temas.  

-­‐  Os  lisboetas  Cruz  de  Ferro,  apresentaram  a  capa  do  seu  novo  álbum  “Morreremos  de  pé”,  composto  por      10  temas  e  a  estrear  brevemente.  A  capa  esteve  a  cargo  do  Pedro  Sena  Lordigan  e  foi  inspirada  na  batalha  de  Toro  (1  

de  março  de  1476)  e  que  opôs  as  tropas  do  rei  português  D.  Afonso  V  e  as  tropas  espanholas  de  D.  Fernando  II.    -­‐  Sonneillon  BM,  banda  portuense  de  black  metal  apresenta  o  CD  single  “Wolves”,  com  2  temas  e  já  se  encontram  em  gravações  para  o  novo  álbum  “Daemoniacus  Daemonum  Interitum  Et  Agone  Deos”,  a  editar  este  ano.    

 

Ode Lusitana Número  4  –  Março  2015  

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     Perpetratör,  lançou  em  2014  um  dos  melhores  álbuns  de  thrash  metal  intitulado  “Thermonuclear  Epiphany”  pela  Stormspeell  Records.  Banda  inicialmente  formada  em  2008,  conta  nas  suas  fileiras  com  Rick  (voz/baixo),  Marco  (guitarra),  Paulão  (guitarra)  e  Ângelo  Sexo  (bateria).        Foi  com  Rick  que  mantivemos  esta  conversa,  onde  ficamos  a  conhecer  os  vários  projectos  por  onde  tem  andado,  assim  como  as  próximas  novidades  dos  Perpetratör.    -­‐  Viva  Rick!  Depois  de  tantos  anos  dedicado  à  música  extrema  ainda  te  lembras  dos  primeiros  álbuns  que  ouviste?  Consumias  um  pouco  de  tudo  ou  sempre  houve  géneros  que  mais  te  faziam  motivar?  Entre  o  thrash  americano  e  o  thrash  alemão  quais  eram/são  as  tuas  preferências?        Lembro-­‐me,  sim.  Quando  tinha  14  anos  vi  o  “Live  After  Death”  dos  Iron  Maiden  à  venda  e  comprei-­‐o  por  causa  da  capa.  Esse  momento  alterou  todo  o  curso  da  minha  vida.  Descobri  que  o  Heavy  Metal  existia  e,  durante  algum  tempo,  comecei  a  comprar  a  Metal  Hammer  (que  na  altura  era  uma  boa  revista)  e  a  comprar  álbuns  quase  às  cegas  (embora  raramente  tivesse  dinheiro  para  o  fazer).  Tinha  comprado  Maiden  em  cassette,  porque  só  tinha  um  walkman  para  ouvir  música,  mas  rapidamente  arranjei  um  gira-­‐discos.  O  primeiro  LP  que  comprei  foi  o  “Operation:  Mindcrime”  dos  Queensrÿche.  Depois  fui  comprando  outros…  o  “Kings  of  Metal”,  dos  Manowar…  “Them”,  de  King  Diamond…  e  o  “So  Far,  So  Good…  So  What!”  de  Megadeth  foi  uma  revelação.  Foi  aí  que  realmente  descobri  o  Thrash.  Depois  com  compilações  como  a  primeira  “Speed  Kills”  e  a  “Stars  on  Thrash”,  fui  descobrindo  mais  nomes…  muito  bons  tempos!        Não  me  é  possível  escolher  entre  o  Thrash  americano  e  o  alemão…  é  verdade  que  Kreator,  Destruction  e  Sodom  são  a  santíssima  trindade,  mas  esses  três  mosqueteiros  têm  um  D’Artagnan  que  é  americano,  que  são  os  Slayer,  portanto…  E  tudo  isto  vem  dos  deuses  Venom.  Se  queres  que  compare  o  som  teutónico  com  o  da  bay  area…  prefiro  o  germânico,  mas  os  americanos  também  eram  excelentes  e  ainda  por  cima  sabiam  tocar!  Gosto  tanto  de  bandas  como  os  Testament…  não  é  fácil  optar,  e  felizmente  não  tenho  de  o  fazer  e  posso  curtir  isso  tudo  como  um  tarado  metálico  terminal!    -­‐  Como  surgiu  o  teu  interesse  de  passares  de  ouvinte  a  músico?  Começas  em  Filii  Nigrantium  Infernalium,  mas  tens  passagens  entre  outras  por  Axe  Murderers,  Ironsword,  e  actualmente  manténs-­‐te  em  Filli,  Ravensire  e  Perpetratör.  Onde  vais  buscar  essa  tua  energia  de  abraçar  vários  projectos  e  de  vários  estilos?        Praticamente  desde  o  princípio  pensei  que  gostaria  de  fazer  uma  banda.  Comprei  uma  guitarra  eléctrica  e  comecei  a  dar  uns  toques  sozinho  em  casa.  Acabei  por  ter  umas  bandas  de  

liceu  em  que  ninguém  sabia  tocar,  e  cheguei  a  dar  uns  toques  com  diverso  pessoal  amigo  que  conheci  em  concertos  e  etc.  Por  volta  de  1993  o  Belathauzer,  de  quem  eu  já  era  amigo  desde  1989,  disse-­‐me  que  o  Tetragrammaton  estava  a  pensar  em  sair  de  Filii,  e  perguntou-­‐me  se  eu  não  estaria  disponível  para  ir  para  o  baixo.  Comprei  uma  guitarra-­‐baixo  de  propósito  por  causa  disso.  Quando  de  facto  saiu,  lá  fui  eu  para  o  lugar  dele.  Toquei  com  a  banda  o  tempo  de  se  compor  ou  consolidar  os  temas  de  “A  Era  do  Abutre”  (que  vai  aliás  agora  ter  uma  edição  comemorativa  dos  vinte  anos,  em  vinil,  com  material  extra),  gravámos  o  mini-­‐CD  e  toquei  os    

concertos  de  lançamento.  Depois  lá  acabei  por  sair  por  razões  várias  da  minha  vida,  eles  tocaram  mais  uns  concertos  em  1996  e  depois  a  banda  entrou  em  letargia  por  sete  anos.  Deixei  de  tocar  completamente  até  cerca  de  1998-­‐99,  quando  comecei  a  dar  uns  toques  com  um  colega  de  trabalho,  excelente  guitarrista,  que  tinha  uma  banda  chamada  Morbid  Lust  que  nunca  tinha  saído  da  garagem.  Não  fiquei  por  lá  muito  tempo,  mas  mais  tarde  foi  com  ele  e  o  baterista  de  Morbid  Lust  que  fizemos  os  Axe  Murderers,  uma  banda  que  pretendia  ser  completamente  Thrash.  Durante  dois  meses  ensaiámos  três  vezes  por  semana,  e  no  mês  seguinte  gravámos  a  demo.  Depois  cada  um  foi  à  sua  vida  e  a  banda  acabou.  É  impressionante  ver  que  aquilo  só  durou  

três  meses  –  foi  intensíssimo.  Graças  a  essa  demo  entrei  em  Ironsword  (já  conhecia  o  Tann  havia  muitos  anos)  e,  mais  tarde,  reentrei  em  Filii.  A  partir  daí  nunca  mais  deixei  de  tocar.  Neste  momento  a  minha  actividade  musical  reparte-­‐se  por  Perpetratör  (que  nem  ocupa  muito  tempo),  Ravensire  e  Filii.  As  três  bandas  trazem-­‐me  grande  satisfação.  Quanto  às  diferenças  dos  estilos,  eu  sempre  gostei  de  muita  coisa  desde  que  fosse  verdadeiro  Metal.  Adoro  Heavy  Metal  clássico,  Thrash  Metal  oldschool,  Black  Metal  até  1992,  por  aí,  Death  Metal…  Poderia  tocar  quaisquer  destes  estilos  com  todo  o  prazer.  Olhando  para  a  minha  vida,  o  Metal  foi  aquilo  que  sempre  esteve  e  sempre  estará  lá.    -­‐  Reza  a  lenda  que  Perpetratör  foi  criado  por  ti  em  2008  numa  tarde  chata  em  que  não  tinhas  nada  para  fazer.  Até  o  grande  arranque  com  alguns  ensaios  em  2012,  tinhas  planos  bem  definidos  para  a  música  que  querias  gravar?  Como  funcionaram  os  ensaios?  Ainda  te  lembras  de  como  há  muitos  anos  conheceste  o  Marco  e  o  Paulão?  Como  é  que  aparece  o  Ângelo  Sexo  no  meio  disto  tudo?        Até  o  Paulão  entrar  a  sério  na  coisa,  não  havia  planos  minimamente  definidos.  Perpetratör  nem  banda  era,  era  uma  brincadeira  que  eu  tinha  feito  e  que  talvez  qualquer  dia  evoluísse  para  alguma  coisa…  foi  quando  o  Paulão  meteu  as  mãos  na  massa  que  chegou  o  dia,  e  que  realmente  evoluiu  para  alguma  coisa.  Inicialmente  Perpetratör  era  uma  coisa  suja,  completamente  Black  Thrash,  influenciada  por  Venom,  Sarcófago  e  Carnivore.  Com  o  Paulão  a  parte  Black  esbateu-­‐se,  e  a  parte  Thrash  tomou  totalmente  controlo.  Não  faz  mal;  se  quiser,  ainda  terei  tempo  para  fazer  um  projecto  mais  podre  um  dia,  espero  eu.  Uma  coisa  agressiva,  com  má  produção.  Filii  e  Perpetratör  são  outra  coisa…  Por  acaso  há  uns  tempos  eu,  o  Belathauzer  e  o  Marco  gravámos  uma  rehearsal  tape  de  um  projecto  assim  enquanto  o  Maalm  não  chegava  ao  ensaio.  Mas  aquilo  também  foi  um  exagero.  Todas  as  músicas  foram  improvisadas  enquanto  gravávamos.  

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Mesmo  assim  saíram  bons  temas  como  “Satan  of  Death”  e  “Dead  Dog  of  Death”.        Os  ensaios  de  Perpetratör  só  existiram  realmente  no  ano  passado,  durante  duas  semanas  ou  isso,  para  preparar  o  concerto  que  demos.  Antes  disso  nunca  ensaiámos.  O  Paulão  compunha  e  gravava  as  músicas  e  depois  cada  um  de  nós  adicionava  a  sua  parte.  Nunca  foi  preciso  ensaiar.  

       O  Marco,  o  Paulão  e  eu  fomo-­‐nos  cruzando  ao  longo  do  tempo…  lembro-­‐me  do  Paulão  ainda  nos  tempos  de  Firstborn  Evil,  e  do  Marco  nos  tempos  de  Extreme  Unction.  Mas  só  criámos  reais  amizades  mais  tarde.  Comecei  a  dar-­‐me  mais  com  o  Paulão  creio  que  quando  Ironsword  foi  gravar  o  “Return  of  the  Warrior”  com  ele.  Pela  mesma  altura,  conheci  o  Mordred,  e  foi  através  dele  que  se  fortaleceu  o  contacto  com  o  Marco.          O  Ângelo  Sexo  é  uma  criatura  que  prefere  manter-­‐se  na  sombra…  só  aparece  quando  é  altura  de  gravar,  e  depois  retira-­‐se  talvez  para  a  floresta…  é  muito  misantrópico.  Acho  que  o  gajo  é  do  Black  Metal.    -­‐  No  início  de  2014  editam  o  vosso  álbum  de  estreia  “Thermonuclear  Epiphany”  que  é  simplesmente  o  melhor  álbum  de  thrash  metal  a  sair  nesse  ano.  Passado  mais  de  um  ano  o  que  achas  desse  álbum?  Como  conseguiram  a  edição  pela  americana  Stormspell  Records?  A  edição  em  cassette  pela  Caverna  Abismal  foi  para  manter  o  espírito  old  school?        Muito  obrigado  pelo  elogio!  Para  mim  ter  esse  álbum  na  mão  foi  um  sonho  tornado  realidade.  É  exactamente  o  meu  tipo  de  som,  e  gosto  bastante  das  músicas.  Desde  o  princípio  que  me  senti  muito  confiante  de  que  conseguiríamos  arranjar  uma  editora  que  lançasse  Perpetratör,  mesmo  nesta  altura  em  que  as  coisas  mudaram  muitíssimo  em  relação  ao  passado.  Não  foi  assim  tão  fácil,  contactei  diversas  editoras  que  não  estavam  interessadas,  não  tinham  margem  para  lançar  mais  bandas  ou  simplesmente  nem  responderam.  O  Iordan  da  Stormspell  foi  um  dos  primeiros  que  contactei,  e  após  algum  tempo  foi  possível  entrarmos  em  acordo.  Para  mim,  lançar  pela  Stormspell  é  uma  honra,  e  só  temos  coisas  boas  a  dizer  acerca  da  nossa  experiência  com  a  editora.  Iremos  continuar  a  parceria,  o  que  é  magnífico.          A  edição  em  cassette  foi-­‐nos  proposta  pelo  Nuno  da  Caverna  Abismal.  Achámos  uma  excelente  ideia,  mesmo  devido  ao  espírito  oldschool  que  referes,  e  a  verdade  é  que  ficámos  surpresos  com  o  incrível  trabalho  que  ele  fez.  Adoramos  a  edição  em  cassette,  e  quem  entra  na  minha  casa  a  primeira  coisa  que  vê  à  frente  é  a  ilustração  da  capa  feita  pelo  André  Coelho,  emoldurada,  que  veio  com  a  edição  diehard.  Mudei-­‐me  recentemente,  e  quando  o  Nuno  me  devolver  muito  em  breve  uma  caveira  de  carneiro  que  lhe  emprestei,  vou  pendurá-­‐la  por  cima…  

-­‐  Depois  do  split  EP  7”  com  os  Hellbastard  para  quando  teremos  um  novo  lançamento  dos  Perpetratör?  Já  estão  a  trabalhar  em  novas  músicas?        Na  verdade  temos  o  próximo  álbum  praticamente  feito  desde  o  ano  passado.  Pouco  falta  gravar.  Em  princípio  durante  o  próximo  mês  ou  dois  teremos  a  gravação  final  nas  mãos.  Nessa  altura  enviá-­‐la-­‐emos  ao  Iordan  e  presumo  que  o  álbum  saia  durante  a  segunda  metade  deste  ano.  Talvez  entretanto  surja  mais  alguma  proposta  para  algum  EP  ou  split…  seria  bom.  E  também  deveríamos  mesmo  procurar  quem  quisesse  lançar  os  álbuns  em  vinil…  o  tal  espírito  oldschool.    -­‐  Obrigado  por  teres  dispensado  um  pouco  do  teu  tempo  a  responder  a  estar  perguntas,  por  isso  podes  deixar  aqui  umas  últimas  palavras,  algum  devaneio  ou  simplesmente  uma  opinião!"        Queremos  agradecer-­‐te  o  teu  interesse  e  a  divulgação.  Nos  tempos  que  correm,  há  bandas  e  fãs  de  Metal  que  se  esforçam  por  manter  o  espírito  das  bandas  originais  vivo.  Não  querem  fazer  misturas  com  Rock  alternativo  nem  Pop  chunga  dos  anos  80  nem  inventar  uma  nova  roda.  Há  pessoal  que  não  acha  que  os  Pantera  tenham  sido  a  melhor  coisa  que  aconteceu  ao  Metal,  longe  disso,  e  que  acha  que  os  Metallica  faleceram  irremediavelmente  juntamente  com  o  Cliff  Burton.  Há  malta  que  acorda  de  manhã  e  vai  ouvir  o  “Infernal  Overkill”,  o  “Black  Metal”  ou  o  “Obsessed  by  Cruelty”  e  sabe  que  tem  um  dia  do  caralho  pela  frente.  São  acima  de  tudo    estes  gajos  que  eu  espero  que  possam  realmente  curtir  Perpetratör.  A  cada  um  a  sua  cena,  e  vive  e  deixa  viver.  Tudo  bem.  Mas…  Metal  to  the  Metals!    www.facebook.com/perpetratorthrash  

       “Thermonuclear  Epiphany”  o  álbum  de  estreia  dos  Perpetratör,  marca  a  forte  presença  da  banda  logo  com  o  tema  de  abertura  “Megaton  Therion”.  Secção  rítmica  a  não  dar  tréguas,  guitarras  desenfreadas,  voz  na  onda  thrash  que  define  bem  o  

som  da  banda.          O  som  praticado,  cumpre  perfeitamente  o  objectivo  a  que  se  destina:  headbaning  desenfreado  do  princípio  ao  fim!  “Pyres  in  the  Night”  e  “Doomed  to  Death”  com  o  seu  refrão  orelhudo  mostram  que  estão  aqui  para  praticar  o  seu  thrash  metal  old  school  e  ainda  por  cima  gostam  do  que  fazem.  Muito  difícil  de  realçar  um  tema  em  especial,  mas  se  fosse  necessário  um,  escolheria  o  “Nothing  Left  to  Kill”,  em  que  desde  o  riff  inicial,  à  melodia  na  guitarra,  às  mudanças  de  ritmo,  aos  solos,  demonstra  bem  o  som  Perpetratör.              A  capa  com  os  4  cavaleiros  do  Apocalipse  marca  o  ritmo  do  que  se  passa  dentro  do  álbum.  A  Conquista,  com  o  seu  arco,  mostra  o  propósito  ao  que  a  banda  se  propõe,  a  Guerra,  define  que  o  seu  som  não  está  para  fazer  prisioneiros,  a  Fome  com  a  sua  balança,  mostra  a  desigualdade  perante  as  novas  modas  e  a  Morte  transmite  o  espalhar  do  seu  som!          Sem  dúvida  um  excelente  álbum!  

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Alchemist,  banda  de  black  metal  lisboeta,  é  um  projecto  formado  pelo  João  Galrito  (voz/baixo)  e  com  quem  estivemos  à  conversa.          -­‐  Viva  João!  Tens  passado  por  bastantes  projectos  nos  últimos  anos,  mas  grande  parte  com  uma  vertente  mais  virada  para  o  black  metal.  Como  se  iniciou  este  teu  interesse  pelo  BM  e  o  que  te  atrai  quando  ouves  um  trabalho?  Hoje  em  dia  participas  em  várias  bandas/projectos.  Fala-­‐nos  um  pouco  destes  trabalhos.        Comecei  a  ganhar  uma  ligação  com  Black  Metal  e  Metal  em  geral  por  volta  dos  13,  14  anos,  através  de  amigos  e  familiares  de  colegas  de  escola  da  altura.  O  Black  Metal,  quando  genuíno,  emana  uma  aura  difícil  de  comparar  com  qualquer  outra  forma  de  arte/vida.  Seja  mais  tradicional  ou  

avant-­‐garde,  existe  na  maioria  das  vezes  uma  ligação  cruel/crua  à  alma  de  quem  o  cria.  Calculo  que  seja  essa  a  razão  de  senti-­‐lo  o  veículo  mais  adequado  para  me  expressar  musical  e  espiritualmente.  Apesar  disso,  os  meus  interesses  abrangem  outras  áreas,  daí  estar  sempre  envolvido  com  outros  projectos  mais  ou  menos  fora  do  espectro  Black  Metal.  Sou  amante  de  ouvir  e  fazer  música  acima  de  tudo.  Neste  momento  estou  com  A  Tree  of  Signs,  Vaee  Solis,  Oniromant  e  Infra,  sou  vocalista  de  sessão  em  Göatfukk,  tenho  colaborado  com  Putnam  Was  The  Bastard  e  mantenho  o  meu  projecto  pessoal,  Pestilência.    -­‐  Alchemist,  banda  formada  em  2008,  editam  o  EP  “Flesh  To  Be  Broken”  em  2012  e  é  bem  visível  a  sinergia  criada  entre  vocês.  Como  surgiu  a  ideia  de  criarem  a  banda?  De  onde  vem  a  tua  ligação  ao  João  S.  (bateria)  e  ao  João  D.  (guitarra)?        Alchemist  nasceu  de  mim  e  continua  a  ser  um  projecto  essencialmente  meu.  Surgiu  porque  precisava  de  um  foco  diferente  do  que  estava  a  explorar  com  os  meus  outros  projectos  na  altura.  Precisava  de  algo  que  fosse  musicalmente  mais  cru  e  directo  mas  que  mantivesse  uma  certa  densidade  conceptual.  Algo  que  fosse  relativamente  

fácil  de  transpor  para  uma  situação  ao  vivo.  Na  altura  estava  a  tocar  com  Crystalline  Darkness  e  é  daí  que  vem  a  ligação  ao  JS  e  ao  JD,  visto  que  eles  eram  também  membros  de  sessão.  Já  tínhamos  uma  química  estabelecida  a  tocar  juntos  e  foi  a  opção  óbvia  incluí-­‐los  no  projecto.  Não  diria  que  é  exactamente  uma  banda  democrática,  mas  estou  sempre  aberto  às  opiniões  e  sugestões  deles.    -­‐  O  que  transmite  o  vosso  nome  Alchemist?  A  alquimia  está  relacionada  entre  outras  coisas  com  a  transmutação  da  matéria,  mas  que  está  verdadeiramente  ligada  à  mudança  de  consciência  para  um  plano  superior.  Podemos  definir  essa  transmutação  na  música  dos  Alchemist?        Como  referi  anteriormente,  a  música  tende  para  uma  abordagem  mais  crua  e  directa,  mas  conceptualmente  e  liricamente  a  mensagem  é  exactamente  essa.  A  transmutação  da  alma,  do  corpo,  da  mente.  Mas  já  que  tocamos  no  assunto,  posso  adiantar  que  quem  conhece  Alchemist  vai  reconhecer  uma  certa  evolução  no  próximo  lançamento.    -­‐  A  produção,  mixagem,  gravações  do  EP  tiveram  todas  o  teu  cunho,  assim  como  o  artwork,  junto  com  a  Miriam  Jorge.  Necessidade  ou  paixão  pela  parte  de  produção  de  álbuns?  Também  tens  interesse  pela  parte  gráfica?  Que  criadores/desenhadores  te  despertam  a  atenção?        Aconteceu  maioritariamente  pelo  meu  gosto  e  necessidade  de  estar  envolvido  profundamente  em  todos  os  aspectos  da  arte  que  crio.  Tenho  formação  em  som  e  o  meu  próprio  material  de  gravação,  portanto  pareceu-­‐me  a  opção  óbvia,  como  tem  sido  com  a  maior  parte  dos  projectos  onde  estou,  tratar  disso  com  as  minhas  próprias  mãos.  Também  me  interesso  pela  parte  gráfica,  e  apesar  de  ter  menos  desenvoltura  e  know-­‐how  na  área,  vou  trabalhando  esse  aspecto  quando  posso.  Alguns  artistas  que  tenho  acompanhado  são  a  Musta  Aurinko  e  Anatiummi  Arts  (com  quem  trabalhei  recentemente  para  o  artwork  de  Infra),  assim  como  os  nacionais  Phobos  Anomaly  e  Adversary  -­‐  Propaganda  Fide  Diaboli  (com  quem  estou  a  trabalhar  para  o  artwork  do  próximo  lançamento).    -­‐  Este  ano  de  2015  começa  com  alguns  concertos  vossos  e  para  Abril  vamos  ter  mais  algumas  datas.  Com  esta  actividade  toda  sentem  a  necessidade  de  acelerar  o  vosso  próximo  lançamento?  Qual  é  o  ponto  de  situação  deste  trabalho,  que  contava  já  com  alguns  temas  preparados,  assim  como  a  capa?          Estes  concertos  servem  exactamente  para  experimentar  alguns  dos  temas  novos  ao  vivo.  Há  realmente  necessidade  de  ter  algo  novo  cá  fora,  mas  não  temos  conseguido  trabalhar  nisso  tanto  quanto  gostaríamos.  Ainda  assim  está  nos  planos  um  álbum  antes  do  final  do  ano.    -­‐  E  assim  chegamos  ao  fim!  Obrigado  pelo  teu  contributo  e  aguardamos  então  o  vosso  lançamento.  E  já  agora  uma  última  palavra  para  os  nossos  leitores.        Obrigado  pelo  interesse.  Continuem  a  apoiar  o  underground.  

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       Conheci  pessoalmente  o  Nuno  Oliveira  e  a  Inês  ‘Misha’    no  Hardmetalfest  em  Mangualde  no  ano  passado  (2014)  e  a  primeira  coisa  que  fizeram  foi  entregarem-­‐me  um  número  da  Metal  Horde  Zine.  O  que  se  seguiu  foi  uma  animada  conversa  acerca  do  mercado  ‘fanzineiro’  em  Portugal,  a  acompanhar  com  umas  cervejas.        A  Metal  Horde  Zine  é  uma  excelente  demonstração  de  que  com  paixão  à  causa,  se  consegue  fazer  maravilhas  e  aqui  estão  eles  em  discurso  directo  para  o  demonstrar.      -­‐  Viva!  Antes  de  mais  queria  agradecer-­‐vos  porque  foram  vocês  uma  das  minhas  inspirações  para  a  Ode  Lusitana  ter  finalmente  saído  de  um  projecto  e  se  ter  tornado  realidade.  Obrigado!  Agora  passando  à  entrevista  contem-­‐nos  um  pouco  do  início  da  vossa  paixão  pelo  metal  e  o  que  andavam  a  ouvir  por  essas  alturas.  Começaram  também  a  ouvir  as  bandas  nacionais?  Faziam  as  ‘romarias’  a  concertos?  NO  -­‐  Obrigado  Marco  pelas  tuas  palavras.  O  meu  início  no  lado  negro  da  música  começou  por  volta  de  1989  quando  um  colega  de  turma  me  gravou  umas  k7’s  com  álbuns  de  Helloween,  Manowar,  Iron  Maiden,  Metallica,  etc.  Depois  foi  o  normal,  com  esse  colega  fui  ver  Judas  Priest  em  ’91  no  Restelo  e  foi  crescendo  o  amor  por  este  género  musical  que  na  altura  era  muito  mal  visto  pela  sociedade.  Felizmente  os  meus  pais  eram  bastante  compreensivos  e  mesmo  não  entendendo  essa  minha  paixão  deixaram-­‐me  mantê-­‐la  e  mesmo  apoiaram-­‐me  comprando  os  bilhetes  para  concertos  como  o  de  Guns  em  ‘92  ou  o  de  Metallica  em  ’93.  Por  volta  de  ‘93/94  conheci  um  ‘fellow’  Metalhead  da  minha  zona  que  me  levou  a  casa  dele  um  dia  e  me  mostrou  um  mundo  muito  diferente  do  que  eu  conhecia.  Era  o  mundo  Underground,  o  mundo  onde  existiam  carradas  de  fanzines  e  bandas  nacionais.  K7’s  foram  gravadas,  endereços  foram  apontados  e  assim  o  que  era  uma  paixão  tornou-­‐se  um  amor  de  vida  que  ainda  hoje  se  mantém.  Nos  anos  90  batia  a  maior  parte  dos  concertos  em  Almada  ou  no  Dramático  de  Cascais  mais  tudo  o  que  era  concertos  na  minha  zona,  que  é  Vila  Franca  de  Xira.  Cheguei  a  ir  à  Covilhã  ver  Imunity  (banda  de  Vila  Franca)  com  Genocide.  A  1ª  demo  Portuguesa  que  comprei  directamente  à  banda  foi  a  “Death  Blessed  By  A  God”  dos  Incarnated  (que  depois  dariam  origem  aos  Desire)  e  ainda  lá  a  tenho  eheh!  A  1ª  fanzine  foi  o  numero  9  e  meio  da  Metal  Preachers  de  Tomar,  um  número  especial  só  com  reviews  e  que  trazia  uma  compilação  em  tape  onde  descobri  grandes  nomes  como  Decayed,  Candle  Serenade  ou  Pyogenesis.  IP  -­‐  Muito  obrigada  Marco!  Bem,  até  tenho  vergonha  de  dizer  datas  porque  quando  o  Nuno  começou  a  ir  a  concertos  eu  tinha  6  anos!  Enfim,  na  realidade  comecei  no  Metal  com  Metallica  e  com  esse  grande  canal  de  tv  por  satélite  que  era  o  VIVA,  mas  não  me  interessei  logo  por  isso  -­‐  O  “Ride  the  Lightning”  era  o  expoente  máximo  da  minha  vida  em  1998.  Depois  na  escola  ouvia-­‐se  já  muito  Nu-­‐metal  e  um  dia  um  

colega  meu  disse-­‐me  assim  “Larga  lá  essa  porcaria  e  ouve  isto!”  e  deu-­‐me  umas  cassetes  gravadas  com  Stratovarius  e  Rhapsody…  É  verdade,  foi  o  Power  Metal  que  me  conquistou  com  os  seus  riffs  épicos  e  vozes  agudas!  Depois  no  mIRC    conheci  um  rapaz  que  me  apresentou  mais  umas  poucas  de  bandas  mais  estranhas  como  Haggard  e  Anorexia  Nervosa.    

 Entretanto  uma  das  minhas  melhores  amigas  começa  a  namorar  um  metaleiro  e  pumba,  along  came  Black  Metal:  a  primeira  coisa  que  arranjei  gravado  foi  o  “Anthems  to  the  Welkin  at  Dusk”  de  Emperor,  e  passado  algum  tempo  Immortal  (valha-­‐nos  o  Total  Metal  do  também  já  falecido  MCM  -­‐  canal  de  tv  francês  -­‐  que  dava  à  4ª  à  noite  e  que  eu  punha  a  gravar  para  mostrar  às  minhas  amigas…)  “From  the  Cradle  to  Enslave”,  “At  the  Heart  of  Winter”  e  qualquer  coisa  de  Impaled  Nazarene  levaram-­‐me  a  gostar  de  Black  Metal  mais  que  tudo.  Nessa  altura  continuava  a  ouvir  muito  Power  Metal  mas  ainda  não  gostava  de  Heavy  como  hoje  em  dia,  talvez  a  exposição  fosse  pouca:  era  Mayhem,  Nargaroth,  Darkthrone  e  pouco  Iron  Maiden…  Em  relação  a  concertos  olha,  comecei  mesmo  pelo  verdadeiro  underground  com  um  concerto  em  Alferrarede  (essa  grande  localidade  junto  de  Abrantes)  com  In  Tha  Umbra  e  mais  umas  poucas  de  bandas,  depois  comecei  a  ir  a  concertos  em  Lisboa,  nessa  altura  a  banda  que  mais  via  era  Desire  (também  influências  dessa  minha  amiga  e  do  nosso  grande  amor  adolescente  pelo  Brandon  Lee!  Eehehehe)  -­‐  até  porque  entretanto  lançaram  o  “Dark  Angel  Bird”  e  fizeram  uma  pequena  tour  por  Portugal  que  os  levou  aos  reinados  longínquos  do  Algarve  onde  os  vi  com  os  defuntos  Lvpercalia  e  novamente  In  Tha  Umbra.  Sinceramente  sempre  gostei  mais  destes  pequenos  concertos  mas  nunca  me  esqueceirei  do  meu  primeiro  concerto  “a  sério”  (vá  gozem  lá  que  sou  uma  pita  histérica)  foi  My  Dying  Bride  no  Garage  na  tour  do  The  Dreadful  Hours.  Lembro-­‐me  por  várias  razões:  no  dia  a  seguir  (ou  antes)  Immortal  ia  tocar  ao  Hard  Club  e  eu  estava  roidinha  de  não  ir;  A  minha  amiga  faltou  às  aulas  porque  vinha  de  Abrantes  pro  concerto;  e  ver  My  Dying  Bride  foi  absolutamente  indescritível…  E  depois  nunca  mais  larguei  o  underground!    -­‐  Em  que  altura  é  que  tem  o  primeiro  contacto  com  as  fanzines?  Como  um  dos  meios  de  divulgação  de  bandas,  edições  discográficas,  scene  reports,  a  fanzine  tinha  um  certo  charme  que  nos  transportava  para  vários  locais.  Quais  eram  as  fanzines  favoritas  e  o  que  gostavam  mais  de  ler  nelas.  NO  -­‐  Sorry  adiantei-­‐me  lá  atrás  ehehehe!  Foi  cerca  de  93/94  acho  eu  com  a  Metal  Preachers.  Pá  as  fanzines  era  a  coisa  que  eu  mais  adorava  (e  ainda  o  acho)  no  mundo  Underground.  Na  

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altura  não  existiam  magazines  em  Português  dedicadas  ao  Metal  por  isso  foi  onde  eu  descobri  todo  um  mundo  novo.  Existiu  a  Rock  Power  durante  uns  tempos  mas  era  mais  uma  tradução  da  edição  Alemã  com  umas  páginas  dedicadas  à  cena  nacional  e  depois  era  comprar  Heavy/Rock’s,  Metal  Hammer’s  todas  em  Espanhol  (obrigado  por  isso  pois  se  hoje  em  dia  percebo  bem  Espanhol  foi  à  conta  dessas  revistas)  e  essas  era  mais  entrevistas  e  reportagens  das  cenas  mais  conhecidas.  Ler  uma  fanzine  era  perceber  que  existia  no  resto  do  mundo  gajos  como  nós  que  ouviam  este  tipo  de  som  maluco  e  que  se  davam  ao  trabalho  de  ter  bandas/zines/distros  para  fazer  esse  movimento  florescer.  Epá  se  começo  a  debitar  nomes  vamos  ficar  aqui  horas  ehehe  digo-­‐te  já  que  o  que  mais  gozo  me  dava  ler  eram  alguns  scene  reports  e  as  entrevistas.  Quanto  a  nomes  deixo-­‐te  algumas  favoritas:  Nacionais  –  Dark  Oath,  Hallucination,  Warning,  Wroth,  Prophetical,  Hipocrene,  Crown  of  Thorns,  Horns;  Internacionais  –  Symbiotic,  Vampiria,  Tales  of  the  Macabre  (onde  descobri  que  uns  tais  de  Ironsword  eram  Portugueses  eheh),  Necromance,  Black  Light,  Metal  Rules.  Tenho  uma  boa  coleção  de  fanzines  que  ás  vezes  ainda  folheio  pelo  gozo  de  ver  o  que  certas  bandas  diziam  à  20  anos  atrás  ehehehe!!    

IP  -­‐  Eh  pah,  aqui  vou  ter  de  engraxar  o  meu  namorado:  na  realidade  foi  ele  que  me  deu  a  conhecer  as  fanzines.  Num  concerto  em  Corroios  (Corpus  Christii,  Foscor  e  Flagellum  Dei)  andava  um  marmelo  com  umas  folhas  A4  agrafadas  com  uma  capa  vermelha.  LOL  Pois  é!  Primeira  edição  da  Metal  Horde  em  2007!  Folheei-­‐a,  vi  o  que  era  e  achei  a  

ideia  engraçada  mas  na  altura  nem  dei  grande  relevância…  Só  mais  tarde  quando  comecei  a  entrar  mais  nos  meandros  da  internet  (meaning,  comecei  a  prestar  mais  atenção  ao  que  estava  no  Metal  Underground  porque  precisava  de  boleias  pros  concertos)  é  que  percebi  que  aquilo  já  tinha  uns  poucos  de  números  e  pedi  ao  Nuno  para  mas  levar  todas  pra  um  concerto  na  Moita  e  lá  foi  ele  carregado!  Depois  de  as  ler  em  casa  fartei-­‐me  de  quase  chorar  porque  as  edições  em  português  tinham  imensos  erros  ortográficos  e  que  depois  as  edições  em  inglês  tinham  uma  gramática  péssima,  entrevistas  meias  traduzidas  apenas  (sim,  vão  lá  ler  Serpent  Rise  praí  no  número  4!!!)  e  até  lho  disse.  Nunca  tinha  visto  uma  fanzine  antes  da  Metal  Horde!    -­‐  Finalmente  em  2007  nasce  a  Metal  Horde  e  a  Inês  entra  em  2009.  Como  tem  sido  esta  experiência  de  tantos  anos  e  que  já  vai  em  16  números?  Como  é  o  vosso  processo  de  pesquisar  bandas?  O  que  pretendem  da  Metal  Horde  para  o  futuro?  NO  -­‐  Boa  eheh!!  Pá  andei  anos  a  adiar  a  coisa,  ou  porque  me  faltava  os  instrumentos  ou  porque  achava  que  não  tinha  arcaboiço  para  a  coisa,  até  que  em  2005  comprei  um  PC,  

comecei  a  ter  contacto  com  mais  malta  de  bandas  e  em  2007  no  meu  1º  SWR  Barroselas  tive  uma  conversa  brutal  com  o  Daniel  Miranda,  que  fazia  a  Laudatio  Funebris  (uma  das  melhores  zines  do  nosso  burgo  que  já  existiu),  e  ele  deu-­‐me  algumas  dicas  e  acima  de  tudo  alguma  força  para  arrancar  com  o  projecto.  Acima  de  tudo  tem  sido  uma  experiência  gira  pois  sempre  que  sai  cada  número  ganhamos  novas  experiências,  novos  amigos  e  mais  contactos.  Hum,  processo  de  pesquisar  bandas  eheheh  a  Inês  passa-­‐se  um  bocado  comigo  porque  todos  os  dias  tenho  novas  ideias  para  entrevistas.  Pode  ser  um  disco  que  oiça,  uma  review  que  leia,  uma  notícia  que  veja  no  facebook,  uma  banda  que  veja  ao  vivo  (por  exemplo  fomos  ao  Under  the  Doom  e  convenci  mais  duas  bandas  a  responder  a  entrevistas  eheh)  ou  então  bandas  que  eu  admiro  à  anos  e  que  gostava  de  falar  com  eles.  O  próximo  número  em  princípio  traz  umas  dessas  entrevistas.  Para  o  futuro  gostava  de  continuar  a  editar  números  atrás  de  números  é  apenas  isso  que  pretendo.  Mais  é  difícil  pois  não  me  vejo  a  viver  da  zine  ehehe  era  bom  mas  não  acredito!!  IP  -­‐  A  experiência  tem  sido  excelente  e  acreditem  que  acho  que  não  saem  mais  números  porque  nós  não  temos  tempo!  As  bandas  é  engraçado  porque  pode  ser  qualquer  coisa  desde  coisas  novas  que  o  Spotify  nos  mostra  (sim,  acreditem  que  há  muita  banda  desconhecida  a  pôr  música  boa  no  Spotify),  flyers  que  vêem  com  material  das  editoras,  Facebook,  bandas  que  vemos  ao  vivo  e  que  despertam  o  nosso  interesse,  enfim,  tudo  nos  inspira  a  convidar  bandas!    -­‐  A  minha  paixão  pelas  fanzines  começou  no  início  da  década  de  90  e  foi  através  delas  que  acedi  a  muitas  bandas.  Por  isso  quando  vejo  que  vocês  tem  um  projecto  denominado  “Passado  e  Presente  da  Fanzine  no  Metal  Nacional”,  fico  ansioso!!  Contem-­‐nos  um  pouco  deste  projecto,  do  que  já  se  encontra  feito,  dos  contactos  realizados  e  finalmente:  para  quando  o  arranque  destas  edições.  NO  -­‐  Epá  agora  é  que  a  Inês  me  trucida  em  público  eheheh!!  Esse  projecto  está  a  andar  devagarinho  porque  infelizmente  meto-­‐me  noutros  que  vão  atirando  esse  para  trás.  Só  para  perceberem,  neste  momento  estamos  a  fazer  o  booklet  para  o  XII  Extreme,  a  mini  zine  para  o  XVIII  SWR  e  o  novo  número  da  zine,  o  17  ou  seja,  tempo  é  uma  coisa  curta  pois  além  disso  tudo  ainda  temos  família,  trabalho  e  respirar.  O  que  podemos  adiantar?  Vai  sair  em  fascículos,  aquelas  cenas  que  havia  nos  90’s  e  que  saiam  nos  jornais  e  que  eu  me  fartei  de  colecionar.  Cada  um  com  8  páginas  e  falando  de  2  ou  3  zines  e  depois  a  malta  pode  juntar  e  fazer  o  livro  final.  Aquilo  basicamente  vai  ter  um  pequeno  texto  sobre  a  zine  e  depois  entrevista  com  a  pessoa  que  a  fazia.  Neste  momento  já  temos  2  quase  prontas  e  mais  alguns  contactos.  O  objectivo  é  dar  a  conhecer  as  fanzines  que  houve  e  que  há  em  Portugal  e  quem  está  por  detrás  delas,  esses  heróis  anónimos  muitas  das  vezes.  Pode  ser  que  depois  de  passar  os  festivais  tenha  mais  algum  tempo  livre.  Eu  gostava  de  acreditar  que  o  1º  fascículo  vai  sair  com  o  número  18.  Ah  e  vai  ser  em  Português  pois  não  faria  sentido  editar  uma  coisa  sobre  as  fanzines  Portuguesas  noutra  língua  que  não  a  nossa.    IP  -­‐  Bem,  eu  nem  me  vou  pronunciar  sobre  os  fascículos  que  nunca  mais  saem  :)  Vocês  não  têem  noção  mas  se  todas  as  bandas  respondessem  às  entrevistas  que  temos  aí  por  fora  já  tínhamos  uns  3  números,  mais  todo  o  material  que  temos  para  fazer  reviews,  enfim...  Em  relação  ao  “Passado  e  Presente  da  Fanzine  Nacional”...  o  que  posso  eu  dizer,  só  que  acho  que  o  Nuno  é  doido  por  achar  que  tem  tempo  para  ainda  fazer  mais  uma  coisa,  mas  ele  é  que  sabe!  A  verdade  é  que  os  

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primeiros  fascículos  já  estão  em  andamento  por  isso  esperem-­‐nos  para  breve!    -­‐  A  edição  da  fanzine  em  papel  está  a  registar  um  aumento  notório  em  todo  o  Mundo,  com  destaques  para  a  Europa  e  a  América  do  Sul,  com  excelentes  trabalhos  e  edições  fantásticas.  Em  Portugal  as  fanzines  em  papel  apenas  se  contam  pelos  dedos  de  uma  mão.  Como  explicam  esta  falta  de  interesse  criativo  na  área  da  escrita,  quando  existem  tantas  bandas  e  concertos?  Que  indicações  podem  dar  a  quem  queira  começar  a  editar  uma  fanzine?  MHZ  (Nuno  e  Inês)  -­‐  Acredita  estamos  quase  ao  nível  dos  anos  90  em  certos  países  do  Mundo  tais  como  a  Alemanha,  a  Polónia,  a  Espanha,  o  Brasil  ou  o  Chile.  Temos  feito  centenas  de  trades  com  malta  de  todo  o  lado  o  que  é  espectacular.  Em  Portugal  infelizmente  estamos  muito  longe  dessa  realidade.  Somos  meia  dúzia  de  editores  que  vão  editando  regularmente  e  vai-­‐se  fazendo  o  que  se  pode.  Como  é  que  se  explica?  Não  sei  sinceramente.  A  verdade  é  que  para  editar  uma  zine  é  preciso  algum  tempo  e  disponibilidade  e  ter  muita  paciência  e  nem  todos  conseguem  juntar  tudo  isto.  Acima  de  tudo  acho  que  em  Portugal  não  se  dá  grande  valor  ao  trabalho  escrito  dos  fanzineiros  e  das  fanzines  existentes  por  isso  é  que  não  estranhem  que  no  caso  da  Metal  Horde  mais  de  70%  das  cópias  vai  para  o  estrangeiro.  Em  Portugal  dá-­‐se  mais  importância  ao  imediatismo  da  internet,  por  isso  é  que  penso  que  as  fanzines  em  papel  não  vingam.  A  quem  queira  começar  apenas  podemos  dizer  para  irem  a  concertos,  arranjarem  contactos,  terem  paciência  com  a  lentidão  de  algumas  bandas  a  responder  e  antes  de  se  porem  a  imprimir  sem  fim,  imprimam  uma  e  leiam-­‐na  para  fazer  o  último  check  de  erros!!!  Eheh!!!  Ah,e  aceitem  as  criticas,  positivas  e  negativas  da  mesma  forma,  só  assim  se  cresce.  E  não  se  preocupem  com  o  tamanho,  o  layout,  as  reviews,  isso  vem  tudo  depois  de  arrancarem.      -­‐  E  é  tudo!  Muito  obrigado  pelas  respostas  e  as  últimas  linhas  são  vossas,  por  isso  digam  o  que  desejarem!  MHZ  -­‐  Obrigado  Marco  pelas  tuas  palavras  de  apreço.  É  bom  ler  que  há  quem  dê  valor  ao  trabalho  que  fazemos  e  por  muito  que  façamos  isto  para  nós  (isto  é  de  entrevistar  muitas  bandas  de  Black  Metal  ehehe)  é  sempre  bom  ver  que  há  quem  goste  de  ler  o  que  fazemos.  O  ego  agradece!  A  quem  lê  isto:  vão  a  concertos,  paguem-­‐nos  copos  e  não  sejam  tímidos,  peçam-­‐nos  a  zine  que  devemos  andar  com  algumas  na  sacola.  Próximas  zines  vão  sair  em  Março  no  XII  Extreme,  em  finais  de  Abril  a  do  XVIII  SWR  e  por  essa  altura  também  deve  sair  o  17º  número  da  Metal  Horde  Zine  com  algumas  coisinhas  especiais!!  Abraço  para  ti  Marco  e  para  todos  aqueles  que  ainda  se  dão  ao  trabalho  de  ler  fanzines  em  papel.  Keep  the  flame  alive  and  only  paper  is  real!!!  (já  cá  faltava  este  jargão  ehehe)    www.facebook.com/MetalHordeZinePortugal          Para  terminar  uma  pequena  referência  ao  último  número  da  Metal  Horde  Zine  (#  16)  e  que  tem  data  de  edição  de  dezembro  de  2014.  Escrita  em  inglês  ,  72  páginas  A5,  apresentam  entrevistas  a  Darkened  Winter  (Aus),  Serrabulho,  Sartegos  (Esp),  Ereb  Altor  (Sué),  O  Cerco,  Deathhammer  (Nor),  Xerión  (Esp),  Mist  (Eslovénia),  Machinergy,  Drengskapur  (Ale),  Rimruna  (Ale),  Seven  Sisters  (Ing),  Kratherion  (Chile)  e  Putrid  Matt  (EUA).        Também  podemos  contar  com  as  sessões  das  críticas  a  vinis,  cassetes,  cds  e  zines.  No  global  bastante  interessante,  

entrevistas  informativas,  por  isso  entrem  em  contacto  para  a  aquisição  deste  ou  dos  próximos  números!  ______________________________________________________________________  -­‐  A  zona  alentejana  tem  sido  próspera  em  festivais  e  para  comprovar  esta  situação  temos  a  terceira  edição  do  Hellvas  Metalfest  que  irá  decorrer  no  dia  4  de  Abril  na  Sociedade  Instrução  e  Recreio  de  Elvas.      

     Com  um  cartaz  variado  do  que  se  faz  no  metal  português  vamos  ter  as  actuações  de  Neoplasmah,  Bleeding  Display,  Analepsy,  Shoryuken,  Overcome  the  Sky,  Mindtaker,  Invoke,  Mass  Disorder,  Innersight  e  Bruma  Obscura.  -­‐  Filii  Nigrantium  Infernalium,  apresentam  o  lançamento  da  edição  em  vinil  de  “A  Era  do  Abutre”  através  de  2  concertos,  um  a  4  de  abril  no  RCA  Club  (Lisboa),  com    Nightshift  e  a  18  de  abril  no  Hard  Club  (Porto)  com  Alchemist.  Banda  de  culto  do  metal  português  tem  2  londa-­‐durações  editados:  “Fellatrix  Discordia  Pantokrator”  de  2005  e  “Pornokrates:  Deo  Gratias”  de  2013.    -­‐  Vaee  Solis  editam  a  20  de  março  o  seu  trabalho  “Adversarial  Light”,  com  edição  em  cassete,  ficando  para  depois  o  lançamento  em  cd  e  vinil.  Praticantes  de  black/doom  metal  são  formados  por  Sophia  (Lodge,  Crisis,  ex-­‐We  Are  The  Damned)  na  voz,  Filipe  Azevedo  na  guitarra,  João  Galrito  (Alchemist,  A  Tree  Of  Signs,  Pestilência)  no  baixo  e  João  Seixas  (Don't  Disturb  My  Circles,  Mother  Abyss,  Utopium,  ex-­‐Löbo)  na  bateria.  -­‐  Tales  for  the  Unspoken  apresentam  no  dia  11  de  abril  no  States  Club  em  Coimbra,  o  seu  segundo  longa-­‐duração  intitulado  “CO2”  e  como  convidados  tem  a  participação  dos  Shadowsphere,  Equaleft  e  Claim  your  Throne.    -­‐  Praticantes  de  “black  death  metal  chaos”,  os  Enlighten  apresentam  a  20  de  abril  a  sua  estreia  “Phösphorvs  Paramovnt”  através  da  Signal  Rex.  Duo  formado  por  K.  (voz  /baixo/guitarra)  e  A.  (bateria),  contam  nesta  gravação  com  os  convidados  Alexandre  Ribeiro  (Grog/Neoplasmah)  e  Cristina  Silva  (In  Tha  Umbra).    

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Agenda    Março        20  –  Finntroll  (Fin)  /  Hatesphere  (Din)  /  Profane  Omen  (Fin)  –  Hard  Club,  Porto        21  –  Forgotten  Suns  /  Mindfeeder  –  Paradise  Garage,  Lisboa        21  –  Nightshift  /  Estado  de  Sítio  /  Warbombs  –  Cave  45,  Porto        20/21  –  Aura  Noir  (Nor)  /  Darkmoon  Warrior  (Ale)  /  Sturmtiger  (Ing)  /  Neoplasmah  /  Dragon’s  Kiss  /  Anarchos  (Hol)  /  Nefastu  /  The  Unholy  /  Ruach  Raah  –  Extreme  Metal  Attack,  Side  B,  Benavente        22  –  Aura  Noir  (Nor)  /  Nefastu  –  Hard  Club,  Porto        26  –  Vader  (Pol)  /    Hate  (Pol)  /  Shredhead  (Isr)  –  Paradise  Garage,  Lisboa        27  –  Moonspell  /  Septic  Flesh  (Gré)  –  Coliseu  dos  Recreios,  Lisboa  

     27  –  More  Than  a  Thousand  /  Iberia  /  Switchtense  /  Karnak  Seti  /  Jackie  D.  –  Moita  Metal  Fest,  Soc.  Filarmónica  Estrela  Moitense,  Moita        28  –  Onslaught  (Ing)  /  Bizarra  Locomotiva  /  Grog  /  Wako  /  Miss  Lava  /  Terror  Empire  /  Crossed  Fire  /  Albert  Fish  /  Colosso  /  Destroyers  of  All  /  Analepsy  /  Borderlands  –  Moita  Metal  Fest,  Soc.  Filarmónica  Estrela  Moitense,  Moita  

     28  –  Moonspell  /  Septic  Flesh  (Gré)  –  Hard  Club,  Porto    Abril        03  –  Christ  Agony  (Pol)  /  Witchmaster  (Pol)  /  Bruma  Obscura  –  RCA  Club,  Lisboa        03  –  Theriomorphic  /  Shadowsphere  /  Toxic  Attack  –  Oporto  Metallvm  Fest,  Metalpoint,  Porto        03  –  Mata-­‐Ratos  /  Viralata  /  Artigo  21  /  Suspeitos  do  Costume  /  A  Chama  /  Caelum’s  Edge  –  Mira  Fest,  Salão  dos  Bombeiros,  Odemira        04  –  Ramp  /  Simbiose  /  For  the  Glory  /  Stonerust  /  Liber  Mortis  –  Mira  Fest,  Salão  dos  Bombeiros,  Odemira        04  –  Wells  Valley  /  Katabatic  –  Sabotage  Club,  Lisboa        04  –  Neoplasmah  /  Bleeding  Display  /  Analepsy  /  Shoryuken  /  Overcome  the  Sky  /  Mindtaker  /  Invoke  /  Mass  Disorder  /  Innersight  /  Bruma  Obscura  –  Hellvas  Metalfest  III,  Sociedade  Instrução  e  Recreio  de  Elvas,  Elvas  

     04  –  Theriomorphic  /  Shadowsphere  /  Toxic  Attack  –  Vimaranes  Metallvm  Fest  IX  Ultimatum,  Guimarães        04  –  Filii  Nigrantium  Infernalium  /  Nightshift  –  RCA  Club,  Lisboa  

     10  –  Corpus  Christii  /  Neoplasmah  /  Christalline  Darkness    –  RCA  Club,  Lisboa        11  –  Corpus  Christii  /  Vaee  Solis  /  Infra    –  Hard  Club,  Porto        11  –  Tales  for  the  Unspoken  /  Shadowsphere  /  Equaleft  /  Claim  your  Throne  –  States  Club,  Coimbra        11  –  Simbiose  /  Diabolical  Mental  State  /  Sarna  /  Acromaniacos  /  Dokuga  /  Dollar  Llama    –  RCA  Club,  Lisboa        15  –  Heart  in  Hand  (Ing)  /  Hand  of  Mercy  (Aus)  /  Liferuiner  (Can)  /  Create  to  Inspire  (Ing)    –  Hard  Club,  Porto        16  –  Heart  in  Hand  (Ing)  /  Hand  of  Mercy  (Aus)  /  Liferuiner  (Can)  /  Create  to  Inspire  (Ing)    –  República  da  Música,  Lisboa        16  –  Russian  Circles  (EUA)  /  Helms  Alee  (EUA)    –  RCA  Club,  Lisboa        17  –  Serrabulho  /  Destroyers  of  All  /  Skinning  /  M.I.L.F.  /  Buried  Alive  /  Promethevs  /  Terror  Empire  –  Ink  n’  Roll  –  Tattoo  Metal  Fest,  Centro  Cultural  e  Recreativo  do  Bairro  de  Santa  Maria,  Vila  Real        18  –  Filii  Nigrantium  Infernalium  /  Alchemist  –  Hard  Club,  Porto          18  –  Simbiose  /  Dokuga  /  Cabeça  de  Martelo  –  Cave  45,  Porto        25  –  Bizarra  Locomotiva  –  Hard  Club,  Porto        25  –  Acid  King  (EUA)  /  Lâmina  /  Vaee  Solis  –  RCA  Club,  Lisboa        29  –  Vizir  /  Atomik  Destruktor  /  Dehuman  (Bél)  /  Phil  Goes  Down  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas        30  –  Shining  (Sué)  /  Fleshgod  Apocalypse  (Itá)  /  Crisix  (Esp)  /  Skyforger  (Let)  /  Internal  Suffering  (Col)  /  Incinerate  (EUA/Can)  /  Grime  (Itá)  /  Killimanjaro  /  Neuroma  (Ing)  /  Equaleft  /  Redemptus  /  Wells  Valey  /  Blast  Off  (Esp)  /  Shitmouth  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas    Maio        1   –   Primordial   (Irl)   /  Enthroned   (Bél)   /  Gutalax  (RC)  /  Bong  (Ing)  /   11   Paranoias   (Ing)   /  Zom   (Irl)   /   Claustrofobia  (Bra)  /  Emptiness  (Bél)  /  Bleeding  Display  /  Örök  /  Analepsy  /  Mother  Abyss  /   Imminent   Attack   (Bra)  /   Myteri   (Sué)     –   XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas        2  –  Entombed  AD  (Sué)  /  Impaled  Nazarene  (Fin)  /   Skull   Fist   (Can)   /  Benighted   (Fra)   /   Ahab  (Ale)   /   Nightbringer  (EUA)  /  Zatokrev  (Sui)  /  Raw  Decimating  Brutality  /  Lvcifyre  (Ing)  /  Midnight  Priest  /  Jibóia  /  Cangarra  /  Marginal  (Bél)  /  Rato  Raro  (Esp)  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas