Oficina de Culinária e Literatura para Crianças

download Oficina de Culinária e Literatura para Crianças

of 23

Transcript of Oficina de Culinária e Literatura para Crianças

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    1/23

    1

    Universidade Federal de Ouro PretoFrum das Letrinhas 2007

    Oficina de Culinria Para Crianas

    Joo Alegria

    Ouro PretoOutubro de 2007

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    2/23

    2

    Sumrio

    Programao das atividades:....................................................... 3Cuidados e higiene na cozinha..................................................... 4

    A histria do chapu de mestre-cuca............................................ 5Mani-ca....................................................................................... 7Tapioca....................................................................................... 10Tapioca, com polvilho doce........................................................ 11Uma xcara especial................................................................... 12Cuscuz de Tapioca ................................................................... 13Mini Torrada Petrpolis............................................................... 14Sinh Macaco e a espiga de milho............................................. 15

    Paoca........................................................................................ 19Arrebenta pipoca, Maria Pororoca.............................................. 20Pipocas de Caramelo ................................................................. 21Pipoca......................................................................................... 22

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    3/23

    3

    Programao das atividades:

    Dia 2 de novembro de 2007, sexta-feira

    9h 30min: acolhida [10 min]

    9h 40min: a histria do chapu de mestre cuca [10 min]

    9h 50min: preparao do chapu de mestre cuca [20 min]

    10h 10min: primeira sesso de sensibilizao, Mani-ca [20min]10h 30min: tapioca, preparo e degustao [60 min]

    11h 30min: medidas na cozinha, uma xcara especial [20min]

    11h 50min: cuscuz de tapioca, preparo e degustao [40min]

    12h 30min: encerramento

    Dia 3 de novembro de 2007, sbado9h 30min: acolhida [10 min]

    9h 40min: o caderno de receitas, meu primeiro caderno de receitas [20 min]

    10h 00min: torrada petrpolis, preparo e degustao [20 min]

    10h 20min: segunda sesso de sensibilizao [20min][milho]

    10h 40min: paoca, preparo e degustao [60 min]

    11h 40min: a histria da pipoca [20min]12h 00min: pipoca caramelo e o copo para carregar pipoca [30min]

    12h 30min: encerramento

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    4/23

    4

    Cuidados e higiene na cozinha

    Preparar e separar os ingredientes antes de comear a preparar um receita,

    um bom hbito. Ao separar os ingredientes, voc verifica se tem tudo que vaiprecisar e garante o sucesso do prato.

    Mantenha a cozinha e os utenslios sempre limpos. Estes devem ser lavadosantes e depois do uso. Lembre-se, as facas so perigosas e devem serutilizadas em companhia dos adultos. Tenha cuidado ao utilizar uma faca.Mantenha a lmina sempre para baixo e corte todos o que precisar sobre umatbua de cozinha.

    Todo cozinheiro deve evitar falar, tossir e espirrar sobre os alimentos que est

    preparando. Cuidado com as unhas. Lave as mos, use um avental, prenda oscabelos para que um fio no caia na comida que est preparando. Aposto queseu amigo no vai gostar.

    Nunca ligue ou desligue aparelhos eltricos com as mos molhadas! O fogo outra fonte de riscos, use-o na presena de adultos sem nunca esquecer deapagar o fogo e o forno aps utiliz-los. Os cabos das panelas devem servirados para os lados do fogo, assim voc no corre o risco de esbarrar neles esofrer um acidente. No se esquea: para pegar vasilhas quentes preciso ter

    uma luva prpria para cozinha.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    5/23

    5

    A histria do chapu de mestre-cuca

    Quando eu estava aprendendo a cozinhar, tive um professor que ficou

    conhecido como Mestre Cuca. Na verdade, o nome dele era FranciscoAssafrango. Mestre Cuca era apenas um apelido, porque ele guardava todas asreceitas na memria e conhecia os ingredientes de cor e salteado.

    Certa vez uma bruxa fominha, cansada de tomar suas sopas de asa de barata,escamas de cobra e bigodes de rato, as nicas receitas que ela sabia preparar,resolveu enganar o Mestre Cuca e roubar os segredos de seus pratosdeliciosos.

    A bruxa fominha deu com os burros ngua. Uma noite, revirou a despensa docozinheiro, fez uma grande baguna e, mesmo assim, no encontrou o cadernode receitas que procurava.

    Mas, no era para menos. Como poderia encontrar um caderno de receitas seele no existia?

    Ento a bruxa fominha armou outro plano. Lembrou-se de uns culosenfeitiados que havia recebido como herana de uma tia-av, tambm bruxa, eresolveu utiliz-los para descobrir os segredos do Mestre Cuca.

    Por fora, os culos aparentavam ser culos normais, sem nenhuma qualidade.Porm, eram culos que permitiam, a quem os colocasse, ver as pessoas pordentro. Com estes culos vou poder enxergar dentro da cabea do MestreCuca e descobrir os segredos das suas receitas, imaginou a bruxa fominha,dirigindo-se casa do cozinheiro para escarafunchar sua cuca e surrupiar suasreceitas.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    6/23

    6

    Desconfiado da bruxa, Francisco Assafrango, o Mestre Cuca, inventou umchapu para si. Era um chapu branco e alto, todo escrito por dentro, com

    ingredientes e receitas fora de ordem, confundindo quem as procurasseentender. A bruxa tentou, tentou, mas se deu mal. Voltou para casaresmungando e, at hoje, continua fazendo as mesmas receitas com baratas,cobras e ratos que a sua av lhe ensinou.

    Desde esse tempo, os cozinheiros passaram a usar o chapu do Mestre Cuca.Assim, acreditam que as comidas que esto preparando sempre vo ficardeliciosas e bonitas.

    E o melhor: um chapu multiuso. Usando um destes, nenhum fiozinho de

    cabelo sequer cai nos pratos que estamos preparando.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    7/23

    7

    Mani-ca

    Era uma vez, numa aldeia de ndios Tupi, uma jovem cunh, a ndia mais bonita

    da aldeia. Seu pai era um cacique corajoso, conhecia bichos e plantas dafloresta. Quando saa para caar, com seus amigos guerreiros, o cacique nosentia medo de dormir no mato, nem temia encontrar o curupira na escurido danoite.

    Curupira o protetor dos seres da floresta. Ensinava o cacique filha. Mas, quem pega o bicho s para comer e acabar com a fome, quemcorta rvore quando precisa fazer canoa, no deve temer, curupira nose incomoda com isso no.

    Quando o cacique e os caadores voltavam do mato a tribo toda comemorava.Traziam pacas e macacos, com os ps amarrados em paus atravessados sobreos ombros de dois homens. Alguns carregavam cestos cheios de aves e frutassaborosas, que s nasciam muito longe da aldeia. Vinham brincando ecantando, falando alto para se vangloriar de suas aventuras.

    A cunh, orgulhosa do pai, servia comida e gua fresca ao cacique. Ficava aoseu lado, noite, perto da fogueira, ouvindo as histrias que ele contava aoscurumins da aldeia.

    O velho cacique no se fartava de contar suas histrias, nem os curumins deouvi-las. At que, cansados das brincadeiras do dia, caam em sono profundo alimesmo, ao relento, deitados sobre as esteiras ao redor da fogueira.

    Um dia, ao voltar da caa, o cacique no encontrou a filha sua espera. Correuat sua oca, onde se deparou com a cunh amuada a um canto. Quis saber oque se passava. Ela, com vergonha e espanto, mostrou-lhe a barriga grande e

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    8/23

    8

    redonda, de mulher grvida.

    Que bom. Minha filha est esperando um filho. Mas, como, se ainda nem

    se casou? Quem o pai? Com quem andou namorando, sem mecontar?

    Por mais que insistisse nas perguntas, as respostas da filha eram sempre asmesmas: no havia namorado ningum, nem se casado s escondidas, nosabia como ficara grvida.

    Estranhamente, a barriga da cunh crescia a olhos vistos. Cada noite, cada diatranscorrido, a barriga estufava mais e mais, como se houvesse passado umms inteiro.

    No demorou muito, ela sentiu as dores que toda me sente quando um filho vainascer. A notcia espalhou-se pela aldeia e as ndias velhas se reuniram na ocado cacique, para ajudar a moa a fazer o que ainda no sabia.

    De dentro de sua barriga saiu uma menina de pele branca como carne de peixe,de uma raa nova e estranha, como nunca haviam visto. Primeiro as velhas,depois os homens e, por fim, todos os ndios da tribo, deram para falar daestranheza daquele nascimento. Sem se importar com o que os outros diziam a

    cunh tratou de escolher um nome para a menina, dizendo a todos que achamaria de Mani.

    Ao ouvirem a histria do nascimento de Mani a menina branca como carnede peixe ndios tupis, que habitavam tribos distantes, vinham ouvir a crianacantar e conversar. Pois, Mani j nasceu sabendo fazer muitas coisas. At ovelho cacique, que tanto conhecia os seres da floresta, muito aprendeu com aslies da netinha.

    Ao fim de um ano a menina morreu, sem sofrer nem dizer adeus. Como era

    costume na aldeia da cunh, os ndios ficaram tristes e enterraram Mani dentrode sua oca, depois regaram o cho por muitos dias.

    Onde regaram nasceu uma planta. Como ningum a conhecia ainda, deixaramcrescer e ficar, para ver no que daria. Ela cresceu, cresceu, at que a terra,afinal, abriu-se revelando suas razes.

    Curiosos, os ndios escavaram para ver mais e encontraram um fruto,

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    9/23

    9

    semelhante ao corpo de Mani. Tambm era branco como a menina e bom paracomer. Por isso, resolveram cultivar aquela planta e usar dela para o seu

    alimento.Para recordar a menina, que amavam, e no deixar ningum esquecer queaquela planta nascera onde ela fora enterrada, deram ao fruto o nome de Mani-ca. Quer dizer, a casa da Mani.

    At hoje ns comemos este fruto, mas o nome mudou um pouquinho: mandioca.1

    Com a mandioca os ndios inventaram muitas comidas diferentes e gostosas,como a farinha, o beiju e a tapioca. E os brancos inventaram o po-de-queijo.Isso mesmo. Po-de-queijo feito com polvilho. Polvilho feito de mandioca.Ento, po-de-queijo feito de mani-ca.

    1 Mandioca: uma planta da qual comemos a raiz, dependendo da regio do Brasil ela pode

    ser chamada por outros nomes, como aipim e macaxeira. Mas, quem bom entendedor sabeque a mandioca diferente da macaxeira. Eu explico: na mandioca existe uma substncia

    venenosa, o cianeto. Ao ser torrada, para fazer farinha, por exemplo, essa substncia

    evapora. Por isso a farinha de mandioca brava no nos faz nenhum mal. Aquela que

    comemos cozida , na verdade, a macaxeira, que no tem cianeto o suficiente para nos fazermal. A mandioca uma planta natural do Brasil, que hoje se espalhou por boa parte do

    mundo. Com ela preparamos diversos alimentos, como a tapioca, o po-de-queijo e ocuscuz. Esses alimentos so feitos a partir de derivados da mandioca, como o polvilho, a

    farinha de mandioca e a puba.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    10/23

    10

    Tapioca

    Ingredientes

    farinha para tapioca

    sal a gosto

    Como fazer

    Coloque a farinha em uma tigela grande e um pouco de sal [sempre use pouco

    sal nos alimentos, excesso de sal prejudica a sade]. Esfarele essa massa comas mos e passe por uma peneira.

    Em uma frigideira anti-aderente, espalhe a farinha e modele a tapioca comouma panqueca. O segredo deixar a frigideira ficar bem quente antes decolocar a massa. O ponto bastante rpido, assim que desgrudar o fundo dafrigideira, vire-a por alguns segundos e estar pronta.

    Basicamente a massa tem que secar na frigideira, no fritar. No deixeescurecer nem endurecer. Assim que sai do fogo, voc passa manteiga, dobra

    em dois, em forma de meia lua. Tambm pode rechear com coco ralado ououtro recheio que voc inventar.

    Voc vai precisar

    tigela; peneira; frigideira; pano de cozinha, branco e limpo, para escorrer e secara massa

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    11/23

    11

    Tapioca, com polvilho doce

    Ingredientes

    1 kg de polvilho doce [industrial]

    gua o suficiente para cobrir

    sal a gosto

    Como fazer

    Coloque o polvilho numa tigela, junte o sal, cubra com gua. Deixe que opolvilho desa outra vez para o fundo da vasilha e escorra aquela gua. Depoisescorra e seque com a ajuda de um pano limpo sem deixar excesso de gua.

    Faa isso at que o polvilho possa ser como que cortado por uma colher. Virauma massa, seca mesmo. Esfarele essa massa com as mos e passe por umapeneira.

    Em uma frigideira anti-aderente, espalhe a farinha e modele a tapioca comouma panqueca. O segredo deixar a frigideira ficar bem quente antes decolocar a massa. O ponto bastante rpido, assim que desgrudar o fundo dafrigideira, vire-a por alguns segundos e estar pronta.

    Basicamente a massa tem que secar na frigideira, no fritar. No deixeescurecer nem endurecer. Assim que sai do fogo, voc passa manteiga, dobraem dois, em forma de meia lua. Tambm pode rechear com coco ralado ououtro recheio que voc inventar.

    Voc vai precisar

    tigela; peneira; frigideira; pano de cozinha, branco e limpo, para escorrer e secara massa

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    12/23

    12

    Uma xcara especial

    Por enquanto, deixe a colher de pau de lado.

    Primeiro arrume rgua, lpis, tesoura e uma folha de papel. De preferncia um

    pedao de cartolina. Antes de pr as mos na massa, vamos construir umamedida.

    J ouviu falar em medida?

    com a ajuda das medidas que ns conseguimos determinar as quantidades:um litro de leite, um quilo de acar, um metro de pano.

    As medidas so muito importantes na cozinha. Se voc no medir corretamenteos ingredientes, as receitas podem desandar. Por falta de medidas adequadas

    podemos exagerar ou deixar faltar alguma coisa, estragando o prato. Afinal,ningum gosta de comer o que est muito salgado, duro demais, ou seco e semgosto, no mesmo?

    Agora, mos obra. Repita, sobre o papel que arranjou, o desenho que aparecea seguir:

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    13/23

    13

    Cuscuz de Tapioca

    Ingredientes3 xcaras de farinha de tapioca [industrializada, p. ex. Tapioca Yoki]

    xcara de acar

    5 xcaras de leite frio

    1 vidro de leite de coco (pequeno)

    1 lata de leite condensado

    1 coco fresco ralado

    Como fazer

    Numa travessa grande coloque a tapioca e o acar, misture-os e depoisacrescente o leite de coco. Mexa bem. A seguir acrescente o leite aos poucos,mexendo com as mos e desfazendo as bolinhas. Quando a massa estiverpronta, despeje-a numa travessa de loua ou vidro transparente e leve geladeira, onde ela deve ficar por cerca de 12 horas. Depois de pronto corte o

    cuscuz em fatias com ajuda de uma esptula e sirva individualmente com leitecondensado e coco ralado. Rende 20 pores.

    Voc vai precisar

    travessa grande; xcara para medir; colher de pau pequena; abridor de latas.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    14/23

    14

    Mini Torrada Petrpolis

    Ingredientes

    4 fatias de po de frma

    manteiga

    Como fazer

    Separe 4 fatias de po de frma e empilhe duas a duas para aparar a casca dopo. Aps aparar as cascas, divida as fatias de po em 4 cubos pequenos.

    Depois coloque meia colher de manteiga para derreter em uma frigideiraaquecida em fogo mdio. Quando a manteiga dissolver [sem fritar], coloque oscubos de po de frma para torrar. Espere dourar e vire cada um dos pedaoscom ajuda de um garfo. Aps dourar dos dois lados s servir.

    Torradas petrpolis so timas para o caf da manh e podem ser comidas comrequeijo, presunto cozido, queijo e acompanham muito bem ovos mexidos.

    Voc vai precisarfaca sem ponta; colher de sopa; garfo; prato; frigideira mdia

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    15/23

    15

    Sinh Macaco e a espiga de milho

    Mudando de assunto, a pipoca, como todos sabem, uma comida feita comcaroos de milho.2 Quem a inventou foram os ndios brasileiros. Quer dizer, elescontam que foi o Sinh Macaco quem descobriu o milho e fez a primeira pipoca,eles apenas teriam comeado a cultivar lavouras de milho para comer.

    A histria toda aconteceu mais ou menos assim:

    Um dia, bem cedo, logo depois de acordar, estava um macaco passeando pelafloresta em busca de comida. Encontrou uma planta diferente. Era comprida e

    de pouca folhagem, com uma fruta em forma de espiga, s que embrulhada, emfolhas menores, e repleta de cabelos. Curioso como ele s, Sinh Macacoresolveu desembrulhar para ver por dentro. Encontrou um sabugo recobertocom gros amarelos e macios. Provou um e gostou.

    Gostou tanto, que no quis dividir com ningum. Teve medo que algum outrobicho o estivesse espionando e enterrou a espiga ao p de uma velha palmeira.Depois foi fazer suas macaquices pela floresta.

    Ao fim do dia, faminto e cansado de tanto pular, voltou ao lugar aonde havia

    enterrado a espiga. Cavou depressa sem nada encontrar. Pensou ter seenganado de local e saiu furando buracos e mais buracos pelo cho, em buscada espiga de milho.

    Muitos buracos depois, desconfiou da velha palmeira. Por trs do seu silnciode morte, apenas balanando a cabeleira de folhas ao vento, ela o espiava comum olhar enigmtico.

    Ora, ora, mas que danada. Devolva j minha espiga. disse o SinhMacaco velha palmeira.

    Achado no roubado. Quem quiser de volta que venha buscar. H-h!

    Pois, j que no me entrega a espiga, vou chamar o fogo para te

    2 O milho uma planta natural da Amrica do Sul, muito importante para a nossa

    alimentao. Alm de comermos milho cozido ou assado, com ele fazemos pipoca, polenta,canjica, mungunz, pamonha, curau e uma srie de outros alimentos. Tambm com o

    milho que fabricamos farinha de milho, fub e at a maisena (amido de milho).

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    16/23

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    17/23

    17

    Se no vem comigo, se esconda, pois vou procurar a ona pintada. elaquem vai te comer.

    Sem se aproximar muito da ona pintada, o macaco argumentou: Ona pintada, minha amiga, venha comigo. Sei onde est um cachorro,

    bom para voc comer.

    Acho bom o sinh deixar de conversa fiada. Retrucou a ona,zangada. Pois sabe que tambm aprecio um bom jantar de macaco.

    Assustado, saltou para longe o macaco. No sem antes gritar para a ona, quevoltaria sua toca em companhia de ndios guerreiros.

    De fato, o macaco encontrou uma tribo, com muitos guerreiros. Sem demoragritou:

    Olha a ona! Olha a ona!

    Os ndios o seguiram com grande alarido, levando arco e flecha, para caar apintada. A ona, mal avistou os guerreiros saltou sobre o cachorro, queperseguiu a anta, que ameaou beber a gua da nascente, que escorreu sobreo fogo, que se espalhou pela mata e cercou a velha palmeira.

    Afaste esse fogo, Sinh Macaco, que lhe devolvo a espiga.Foi quando comearam a ouvir estalitos, vindos de baixo, de dentro da terraqueimada e coberta de cinzas. A seguir, para o espanto de todos, flocosbrancos saltaram para a superfcie. Eram gros de milho que haviam virado peloavesso.

    Vendo aquilo os guerreiros gritaram:

    Pipoca! Pipoca!

    Que na lngua dos ndios tupi significa estalando a pele.Desde ento os ndios brasileiros plantam roas de milho nas suas aldeias, efazem pipoca.

    Ns tambm adoramos pipoca, s que hoje arrebentamos os gros de milhodentro de uma panela, o que muito mais simples.

    No conheo criana que no tenha comido pipoca, no entanto, responda se for

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    18/23

    18

    capaz: quantas crianas j tiveram a oportunidade de fazer pipoca?

    Infelizmente pouqussimas. Quase nenhuma. O que uma falha grave na sua

    formao. Para corrigir isto, vamos ver como se prepara uma boa pipoca.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    19/23

    19

    Paoca

    Ingredientes

    1 kg de amendoim torrado sem pele

    1 kg de farinha de fub mimoso torrado

    rapadura1 pitada de sal

    Como fazer

    Quebre a rapadura em pedaos pequenos. Depois, com a ajuda de umliquidificador v batendo os ingredientes juntos, em pequenas pores, at quetoda a massa esteja preparada.

    Para fazer a farinha de fub minoso torrado, bastar levar o fub mimoso ao fogobrando em uma panela grande, at que ele esteja torrado. Deixe apenas o fubficar dourado, sem que queime.

    Voc vai precisar

    Panela grande; colher de pau; xcara; liquidificador; faca para cortar a rapadurae martelo de bife para quebr-la.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    20/23

    20

    Arrebenta pipoca, Maria Pororoca.

    Ingredientes

    1 colher de sopa de leo;

    1 xcara de milho de pipoca;

    sal a gosto.

    Como fazer

    Para estourar pipocas, despeje, numa panela grande, uma colher de sopa deleo e uma xcara de milho de pipoca.

    Leve ao fogo mdio. Com uma colher de pau, v mexendo os caroos. Tenhacalma, espere at os primeiros caroos estourarem, coloque a tampa e batasobre ela com a colher de pau, dizendo: Arrebenta pipoca, Maria Pororoca. uma simpatia, para que todos os caroos estourem. Serve tambm paraaumentar o barulho. De vez em quando pea ao seu adulto que segurandobem a tampa com a ajuda de um pano seco, para no queimar as mos -

    chacoalhe a panela. Assim os caroos que ainda no estouraram vo para ofundo, onde eles tm mais chance de virar pipoca. Tome cuidado para nodeixar queimar. Depois de pronto, coloque sal a gosto.

    Voc vai precisar

    Uma panela grande com tampa; Colher de pau; Tigela ou potinhos individuaispara a garotada

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    21/23

    21

    Pipocas de Caramelo

    Ingredientes

    3 colheres de sopa de milho para pipocas

    3 colheres de sopa de leo

    3 colheres de sopa de gua

    3 colheres de sopa de acar

    Como fazer

    Para estourar pipocas, despeje, numa panela grande, uma colher de sopa deleo e uma xcara de milho de pipoca.

    Leve ao fogo mdio. Com uma colher de pau, v mexendo os caroos. De vezem quando pea ao seu adulto que segurando bem a tampa com a ajuda deum pano seco, para no queimar as mos - chacoalhe a panela. Assim oscaroos que ainda no estouraram vo para o fundo, onde eles tm maischance de virar pipoca. Tome cuidado para no deixar queimar. Depois depronto, coloque sal a gosto.

    Voc vai precisar

    Uma panela grande com tampa; Colher de pau; Tigela ou potinhos individuaispara a garotada.

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    22/23

  • 8/3/2019 Oficina de Culinria e Literatura para Crianas

    23/23

    23

    Pi-po-ca.

    Caroo de milho,

    no fundo da panela,

    at mesmo o piru

    foi-se pela goela.

    J acabou, Dona Sinh?