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Junho de 2009 Publicação trimestral N.º 27 Coordenação: Ana Lotra Isabel Vaz Decorreu, na nossa escola, o concurso de fotografia alusivo aos aspectos biológicos, geológicos e paisagísticos de uma região do nosso país, neste caso, a região da Beira Interior. P.11 Nesta edição Artes e Letras Na Europa Reflexões F.M.A. Espaço Economia Em Inglês E.F.A. Espírito Competitivo Proj. Religião e Cultura 2,3 4 5 6 7 8 9 10,11 12 Liquenes Os Nossos Heróis ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ 1º prémio da categoria Biologia e Geologia “(…)O tempo passava e a entrega de prémios aproximava-se. Entrámos na tenda onde iria decorrer a cerimónia e os dinamizadores começaram a “bombardear-nos” com chocolates… Sabíamos que tínhamos várias equipas que tinham completado todos os níveis da sua prova, mas não sabíamos se os seus tempos seriam suficientemente competitivos. Com muita alegria, vimos dois alunos da nossa escola, a Joana Carvalho e o Felipe Henriques (11.º A), subir ao pódio e arrecadar o 3.º lugar, a nível nacional, na prova de Física do 11.º ano. Ficámos orgulhosíssimos e, tal como eles, muito contentes. (…)” P.10 Felipe Henriques e Joana Carvalho (11.º A) 3.º lugar na competição Fis 12 - 11.º ano.

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Jornal da Escola Secundária da Lourinhã, nº27 de Junho de 2009

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Junho de 2009 Publicação trimestral

N.º 27

Coordenação: Ana Lotra Isabel Vaz

Decorreu, na nossa escola, o concurso de fotografia alusivo aos aspectos biológicos, geológicos e paisagísticos de uma região do nosso país, neste caso, a região da Beira Interior.

P.11

Nesta edição Artes e Letras Na Europa Reflexões F.M.A. Espaço Economia Em Inglês E.F.A. Espírito Competitivo Proj. Religião e Cultura

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Liquenes

Os Nossos Heróis

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

1º prémio da categoria Biologia e Geologia

“(…)O tempo passava e a entrega de prémios aproximava-se. Entrámos na tenda onde iria decorrer a cerimónia e os dinamizadores começaram a “bombardear-nos” com chocolates… Sabíamos que tínhamos várias equipas que tinham completado todos os níveis da sua prova, mas não sabíamos se os seus tempos seriam suficientemente competitivos.

Com muita alegria, vimos dois alunos da nossa escola, a Joana Carvalho e o Felipe Henriques (11.º A), subir ao pódio e arrecadar o 3.º lugar, a nível nacional, na prova de Física do 11.º ano. Ficámos orgulhosíssimos e, tal como eles, muito contentes.(…)”

P.10 Felipe Henriques e Joana Carvalho (11.º A) 3.º lugar na competição Fis 12 - 11.º ano.

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EDITORIAL Chega ao seu termo o ano lectivo e assim também, por ora, o Olhar(es), que só regressará em 2009/10. É hora, portanto, de despe-dida e de desejar uma vida cheia de realizações e de sucesso aos alunos que continuarão o seu per-curso na nossa escola e àqueles que partem para um mundo novo. A estes últimos em especial, muito obrigada pela escola que ajudaram a construir, esta vossa casa que certamente vos deixa boas memó-rias e onde serão sempre bem vindos. Que este final seja apenas indício de um promissor recomeço. Aproveitamos para anun-ciar que poderá ser consultada a versão digital deste boletim na nova página da escola, que será disponibilizada brevemente. Até breve.

artes e

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Nesta obra, é abordado um segre-do bíblico, o Apoca-lipse, que remete para a quebra do S é t i m o S e l o : “Quando Ele quebrou o sétimo selo, fez-se silêncio no céu”. Existe um projecto desenvolvido na acção da história que se destina a salvar a humanidade e que se

intitula por “O Sétimo Selo”. Gostei imenso de ler este romance de José Rodrigues dos Santos. É uma história bastante actual, que retrata a sociedade: refere o quão difícil é a velhice, através da mãe de Tomás Noronha, aborda o grande problema do aquecimento global e a questão do esgotamento dos recursos ener-géticos, com destaque para o petróleo. Além de ficar a conhecer uma nova história, aumentei também a minha cul-tura geral em diversas áreas. Recomendo vivamente a leitura!

Ana Luísa Onofre,12ºC

Tu és aquela… … mulher dos meus sonhos Deusa do amor, por quem caí de amores, Fruto da minha profunda perdição; Escravo de teus lábios, de teus sabores; Terna luz, que levou meu coração. Colorida e brilhante como as flores, Teus olhos claros minha salvação são. Fresca e cheia de doces dissabores, Cabelos francos, rosto de ilusão. Forte paixão, celeste alegria, Espírito lúcido, amor ardente, Que me provoca em cada dia-a-dia. Por ti, acordado na noite fria À espera, o meu corpo, do teu quente Corpo, que o choro da morte alivia.

Xavier Henriques

Anacronismo ou actualidade em Felizmente Há Luar! ?

Esta obra de Luís de Sttau Monteiro envolve dois contextos temporais que se rela-cionam pelas suas características a nível político, social e cultu-ral. Tanto no tempo histórico como no tem-po da escrita, a opres-são e a injustiça senti-das pelo povo estavam

presentes de uma forma muito vincada na sociedade portuguesa. Se formos sóbrios a classificar a actualidade desta obra, é óbvio que a censura e a opressão já não fazem parte da nossa sociedade desde 25 de Abril de 1974, mas, de um ponto de vista mais subjectivo, esta análise pode ser muito mais complexa do que se possa pensar. Veja-se que a distância entre o tempo histórico e o da escrita são largos anos, o que traduz uma possibilidade, por mui-to pequena que seja, de um dia adquirir-mos uma postura de indiferença perante o poder político vigente e voltarmos a cair numa “névoa de opressão”. Na minha opinião, quando se fala

de liberdade, estamos perante um tema intemporal que surge em qualquer con-texto das nossas vidas. Sempre que agi-mos ou tomamos uma decisão, por mais simples e inofensiva que seja, devemos ter em conta a liberdade dos outros. Lá diz o velho ditado:”A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros.” Outro tópico importante das críti-cas veiculadas pela obra prende-se com a execução de penas de morte que são perpetradas injustamente e sem qual-quer fundamento, o que nos dias que correm não é um facto assim tão raro como se possa pensar. Toda as discussões à volta de temas que envolvam o factor social nun-ca estarão associadas a anacronismo. Desde os primórdios da história da humanidade, existem seres humanos com bom e mau carácter que ditam as regras do jogo, daí que se possa concluir que, para termos uma sociedade sem problemas do foro humano, era necessá-rio ao Homem ser uma espécie cingida aos sentimentos positivos, uma das características que nos eleva a um pata-mar mais elevado, o de animais racio-nais. Toda esta complexidade é o que torna “o jogo da vida” mais aliciante e intenso. J o ã o Neto, 12ºC

História com Filmes/Filmes com História

Promoveu o Grupo de História da Escola Secundária da Lourinhã, nos 2º e 3º perío-dos, o visionamento de alguns filmes” históricos”, destinado a toda comunidade escolar, ten-do como objectivos promover o gosto e o conhecimento da História e motivar para a Séti-ma Arte. No âmbito desta activi-dade, foram projectados no auditório os seguintes filmes:

Platoon - 20 de Janeiro O Nome da Rosa - 2 de Fevereiro Hotel Ruanda - 4 de Fevereiro Porta da Fortuna -11 de Fevereiro As Vidas dos Outros -25 de Março Diamante de Sangue -15 de Abril Os Bórgia -28,29 de Abril

Optou este grupo disci-plinar por uma variedade de filmes que, embora ligados à disciplina de História, pudes-sem interessar os restantes alunos da escola. Estava pre-visto também um debate no final de cada filme, o que nem sempre aconteceu devido às limitações decorrentes dos horários dos autocarros. Esta iniciativa, apesar de ter tido um sucesso aquém das expectativas, reuniu duran-te as sessões um número razoável de alunos. Apesar de algumas contingências, consi-deraram os docentes de Histó-ria que a iniciativa deverá ser retomada nos próximos anos lectivos.

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letras

Lábios ledos, que me deixam amar

Pele morena, cabelos castanhos; rosto esculpido pelas ondas do mar; lascivo olhar, de casuais acanhos; lábios ledos, que me deixam amar. Uma felicidade inigualável, sorriso brando, que me estupefacta, é estupefaciente que me mata sem intenção, mas que me é indis pensável. Embaraço encantador, eclipse de uma beleza que é letal aos olhos de quem a vê: porque é rara e estra- nha. É assim, que em sentimento me emaranha, que meu coração reveste com folhos e mo enleva, retirando-o da sua elipse.

João Camilo

Não, nunca te sintas a mais Por muito que assim te pareça Vieste tal como os demais Porque para alguém és sempre lembrança Não te julgues inferior, Inferiores são os fracos! E tu és o vencedor: Não fazes dos outros meros cacos. O que há de mais importante em teu redor, Qualquer um pode levar, Mas o que de espectacular tens no teu interior É teu, ninguém to pode tirar! Tu, erva daninha?! É somente quem te tenta rebaixar, Pois nem com magia de uma varinha Um terço de ti consegue alcançar! Sim, és mais do que julgas ser, Não te importes com as palavras de ninguém: Sê o que a tua essência disser E solta o que de ti provém!

Filipa Portela

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Palavras Sentidas… Criações Poéticas

O projecto de intercâm-bio Palavras Sentidas, realiza-do entre as escolas Secundária com 3º Ciclo Madeira Torres, Secundária com 3º Ciclo Henri-ques Nogueira e Secundária da

Lourinhã foi dinamizado no contexto da equipa de trabalho da biblioteca e concretizado no passado dia 23 de Abril (Dia Mundial do Livro e dos Direi-tos de Autor), no auditório da Câmara Municipal de Torres Vedras com a sessão Partilha de Pala-vras, 2ª fase deste projecto, correspondente à declamação/leitura expressiva de poemas de autores de expressão portuguesa ou da autoria de alunos.

A sessão teve início com a apresenta-ção da antologia Criações Poéticas – 1ª fase do mesmo projecto – na qual constam os 35 poemas premiados de 21 alunos das 3 escolas envolvidas no projecto.

Ainda antes do concurso, o grupo Mid-gard, constituído por alunos e ex-alunos da Esco-la Secundária Madeira Torres, animou a assistên-cia e descontraiu os concorrentes, criando uma atmosfera muito tranquila com a sua música de tonalidades folk e ritmos celtas.

Por fim, desfilaram corajosamente os 34 concorrentes inscritos, dos quais 16 da nossa escola que, com muita dignidade e criatividade, representaram a Secundária da Lourinhã e contri-buíram para o enriquecimento desta sessão dedi-cada à poesia. No escalão ensino secundário, a aluna Filipa Portela, do 10º E, obteve o 3º lugar com a declamação do poema “Quero Ser Tambor” de José Craveirinha, muitíssimo bem acompanha-da, no coro, por Ângela Arêz, Cátia Batista e Pau-la Moreira, no jambé, pela Ana Filipa Pinto e, no pau de chuva, pela Adriana Nunes, todas alunas

da mesma turma. Relativamente à 1ª fase – Criações Poé-

ticas – a nossa escola também esteve de para-béns, pois dos 16 inscritos foram premiados 8 alunos, cujos poemas fazem parte da antologia anteriormente mencionada, da qual existe um exemplar na biblioteca. São eles: a Rita Silva, do 10º A; a Alexandra Fonseca, o João Camilo, a Raquel Murgeira e o Xavier Henriques, do 10º C; a Filipa Portela, do 10º E; a Vera Rafael sob o pseudónimo Child of the Nigth, do 10º F; a Andreia Matias, do 12º B.

Este foi um dia de grandes emoções e muito proveitoso, graças ao contributo de todos os que nele participa-ram com as suas formas particulares e únicas de sentir e de dar voz à poe-sia.

Prof.ª Ana Paula Fernandes

teza e para a solidão. Das várias persona-gens que surgiram no desenrolar deste romance, marcou-me a personagem princi-pal (Adrienne) que, apesar de todas as circunstâncias e de todos os motivos que a faziam desistir, lutou com todas as forças que tinha e que não tinha. Viveu cada dia como se fosse o último, sendo o amor o motivo pelo qual ela não devia desistir da vida e de si própria. Perante isto, questio-no-me: Como é possível algumas pessoas não acreditarem no amor? Será que nunca o viveram de corpo e alma? Pois eu consi-dero que há muitas formas de exprimir o amor e sem amor não somos nada, vive-mos vazios e entregues à solidão. Enfim, talvez julguem que estas palavras não pas-sem de ideias fúteis, mas este romance mostra a força do verdadeiro amor, apesar da distância, da saudade e da própria mor-te. Concluindo, o título da obra adapta-se perfeitamente a este romance, pois é à noite, quando olhamos as estrelas no céu e contemplamos o seu brilho, que deixamos voar o nosso pensamento, recordando momentos especiais que, mesmo sendo muito fugazes, nos fizeram felizes.

Carina Rafael, 12ºG

O Sorriso das Estrelas narra uma histó-ria de amor que nasce num enredo onde todas as emoções estão à flor da pele. Uma aventura de fim-de-semana de uma mulher com 45 anos, divorciada e mãe de três filhos, é o ponto

de partida do romance de Nicholas Sparks. Esta mulher é um exemplo de coragem e uma prova de que, quando menos espera-mos, as estrelas voltam a sorrir. Após a leitura desta obra, aper-cebi-me de que, quando menos espera-mos, existe sempre uma força inesperada que se apodera de nós, embora existam momentos da nossa vida em que a única solução que encontramos é fugir, soltar um grito mudo para o mundo ou chorar como uma criança perdida. Este romance fez-me sentir diversas emoções e compreendi que não devemos olhar só para nós, pensando que todos os obstáculos que se atraves-sam à nossa frente serão o fim do mundo. Se assim o fosse, não vivíamos para a vida, mas sim para o desgosto, para a tris-

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Europeus Este livro faz referência a uma quinta que é alvo de uma revo-lução, na

qual os animais expulsam os humanos, donos da quinta, e, a partir daí, começam a governar o local sozinhos. Porém, com o decorrer do tempo, os hábitos vão-se instalando e começam a apa-recer alguns problemas nun-ca antes calculados. Os ani-mais mais inteligentes come-çam a dirigir a quinta de tal forma que já não se distin-guem da conduta dos huma-nos.

Esta obra é uma sátira política e social, uma espécie de fábula que mostra a forma como as políticas são praticadas, muitas vezes, de forma injusta. Mui-tas das práticas políticas decorrem de ideologias que oprimem o povo. Nesta histó-ria, o mais engraçado é que as personagens não são humanas e tomam o lugar das pessoas na intriga.

Caracteriza bem a história a seguinte expres-são: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”. De facto, verifica-se que também entre os animais existem diferenças, os mais fortes sobrevivem melhor. Nesta história, os mais poderosos exploram os outros e, tal como acontece com os humanos, os animais entram definitivamente em choque. O que George Orwell tenta transmitir é que todos os regimes políticos são maus, se não forem bem aplicados, pois existem muitas pessoas no comando que não utilizam as políticas sociais de forma justa e apropriada às neces-sidades dos mais desprotegi-dos. Sofia Vicente, 12ºG

Na nossa escola, assim como em muitas outras pelo país, comemorou-se uma vez mais o dia e a semana da Europa. Entre 4 e 8 de Maio, decorreram diversas actividades destinadas à comuni-dade em geral e dinamizadas pelos 10os D e J, 11os G e I e 12ºA. A semana teve início com a monta-gem de stands e equipamentos necessá-rios ao evento no dia 4, a que se seguiu,

no dia 5, o Dia do Inglês com a peça de teatro Checkmate e outras actividades de divulgação da língua e cultura inglesas. No dia 6 de Maio, a comunidade escolar pôde ficar a conhecer melhor a Zooterapia, tema do trabalho desenvolvido por alunas do 12ºA na disciplina de Área de Projecto. A quinta-feira, dia 7, foi dedicada ao Espanhol, pelo que pudemos contar com espectáculos de danças tradicionais, asso-ciadas a essa cultura, particularmente, o Tango, dançado pelos alunos e professo-res de Desporto, e um espectáculo de Sevilhanas, interpretado por alunos e pro-fessora do 10ºE e uma aluna do 10ºG. O último dia da semana foi assinala-do com a apresentação de trabalhos inte-grados na Área de Projecto, particularmen-te, o Desfile de Moda de alunas do 12ºA, e com a divulgação do projecto Itinerários/ Percursos de Portugal, dos 10os I e J do Curso Profissional de Turismo. Porque, para além de portugueses, somos europeus, somos chamados a inter-vir nos destinos da Europa. Por isso, as eleições europeias, que decorrerão a 7 de Junho, são um acontecimento para o qual a semana da Europa nos vem chamar a atenção, particularmente a nós, portugue-

ses, que, segundo as estatísticas, somos o povo europeu com menos intenções de participar nesse sufrágio. Assim, para além de cartazes divulgadores desse projecto, poderemos assistir a algumas conferências subordinadas ao mesmo tema, que decor-rerão no Auditório da nossa Escola e que contarão com a presença das seguintes personalidades: 27/Maio: - Dr.ª Ana Gomes (PS); - Dr.ª Rita Zuber (PCP). 3/Junho: - Dr. Duarte Mendes (PSD); - Dr.ª Beatriz Carneiro (CDS-PP); - Dr. Madeira Lopes (PEV).

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O dia acordou cinzen-to e assim teimou ficar, bap-tizando-nos com uma chuva miudinha que nos queria inti-midar. O 23 em Maio foi assim e muito mais: logo pela manhã, quando todos ainda estavam a dormir, usu-fruindo do seu recém- -iniciado fim-de-semana, um grupo de peregrinos resolveu seguir viagem em busca de Blimunda e de Baltasar (para quem não conhece, persona-gens de Memorial do Con-vento de José Saramago), lá para os lados de Mafra, mais precisamente no Con-vento da vila. Procurou e encontrou, não só estes dois, mas tam-bém o Padre Bartolomeu de Gusmão e a sua “passarola voadora”, D. João V, o maestro Scarlatti, a Inquisi-ção e o povo construtor do Convento, todos numa peça de teatro inspirada na obra que foi Nobel do nosso ilus-tre e controverso escritor. Procurou e encontrou também o fausto e o luxo de algumas classes da época de D. João V, o rei magnâni-mo e fidelíssimo, bem espe-lhados no Convento que per-correu sob orientação de guias elucidativos. Apesar de S. Pedro estar de mau-humor, os alu-nos que participaram - dos 12osA, B, C, D, E, G e H - e as professoras que os acom-panharam - Olinda Serôdio e Ana Ribeiro - não puderam deixar de reconhecer quão interessantes e relevantes foram o teatro e a visita guia-da para a abordagem mais aprofundada da obra de lei-tura obrigatória.

Ambiente, Saúde e Educação no novo milénio

Lourinhã, 13 de Janeiro de 2059.

A manhã de hoje foi um pouco fria para a altura do ano em que estamos, estavam cerca de vinte e cinco graus. Tal como todos os dias, acordei com o barulho das ondas do mar a rebentarem na areia húmida da praia que se estende por baixo da casa. Não tarda e começam a aparecer os turistas que gostam de aproveitar os meses da Primavera para se banharem na água temperada das praias da Lourinhã. Ainda me lembro do meu avô me contar que, no seu tempo, existia uma distância de três quilómetros até se ver o mar na nossa terra, mas com o passar dos anos e o avanço das águas do mar, esta vila é agora uma das principais estâncias balneares do país. Estas recordações do meu avô deixam-me alguma nostalgia, visto que o seu estado de saúde não está nos seus “melhores dias”, o que não é de espantar num homem de cento e vinte cinco anos. A vida passa depressa, apesar dos recursos que temos nos nossos dias, em que já ninguém precisa de ir ao médico para tratar doenças mais simples, e já está em andamento a criação de robots para acompanhamento de idosos que direccionam automati-camente qualquer situação de perigo para a central hospitalar mais próxima. Hoje foi um dia de grandes novidades: o meu irmão mais novo, o Pedro, foi hoje acei-te no curso virtual de aprendizagem e vai iniciar a sua escolaridade, ainda esta semana, em casa, como todos nós, se quisermos ter algum futuro nas nossas vidas. O meu avô ficava muito indignado quando nos observava nas aulas que temos no quarto, dizia sempre que, no seu tempo, os jovens iam todos para um edifício comum onde se separavam em divisões, consoante as matérias e as disciplinas. Deveria ser bastante interessante o contacto com os outros, mas não haveria hipótese alguma de isso resultar hoje em dia, visto que não haveria uma fonte de abastecimento de água suficiente para saciar tantas pessoas. O meu pai diz que eu sou muito inteligente e que tenho um futuro muito promissor, simplesmente por estar a estudar a água e os seus componentes. Optei por esta área devi-do ao facto de ser o bem mais precioso do planeta e não estar disponível para muitos milhões de cidadãos, que não são afectados por qualquer outro tipo de problema, simples-mente não estão numa situação geográfica favorável. Já não quero falar mais sobre mim, mas necessito de registar este meu sentimento de alegria, visto que fiz anos na passada semana deste mês e o meu pai ofereceu-me uma viagem para a família ao planeta Marte. Vai ser o máximo, vamos conhecer um planeta que, daqui a muitos anos, será como o nosso, mesmo tendo um intervalo de desenvolvimento de muitos milhões de anos em relação ao planeta Terra. É de facto impressionante a velocida-de a que o Homem evolui e as descobertas que a Natureza tem para nos dar. Esta noite sonhei com o Médio Oriente. Pensei nos tempos em que aquela população enfrentou uma guerra que, há meio século atrás, trazia tantos problemas ao mundo em geral, e, provavelmente, terá sido uma das principais causas da crise do início do novo milé-nio, que se estuda, agora, no módulo digital de História da Humanidade. Um simples gesto como tornar o petróleo num elemento dispensável à existência do Homem, substituindo-o por outras energias, tornou o mundo muito mais unido e pacífico, embora haja sempre outros problemas para resolver. No último mês, o ambiente em nossa casa tem estado um pouco alterado, devido à ideia dos meus pais de adoptarem uma criança africana. É um desejo antigo, alimentado pela minha avó, que ainda vê os africanos como aquele povo pobre que sobrevivia no conti-nente mais rico do mundo. É óbvio que, com a globalização e os transgénicos, aquelas pes-soas ganharam um rumo e ultrapassaram as suas dificuldades, algo que era visto como o acontecimento mais improvável do universo. Quem mais tem sofrido com tudo isto é o Pedro que sente que lhe estão a tirar aquela atenção especial que só os irmãos mais novos sen-tem. Sempre que ele faz uma birrinha, a veia mais retrógrada dos meus pais dilata-se de tal forma que lhe dizem ter uma grande sorte por não ter sido adoptado por um casal de homos-sexuais, mudança difícil para a sociedade, mas que tem sido aceite aos poucos e parece ser, agora e cada vez mais, um acontecimento comum nas sociedades mais desenvolvidas. Já aliviei a ânsia de registar a minha vida no papel, como faziam os meus antepassa-dos e, como sou um fiel seguidor de tradições antigas, continuo a optar pelo método mais antigo de escrita que conheci até hoje. Agora tenho de me despedir porque a minha mãe pediu-me para preparar o jantar para os meus irmãos e faltam três minutos para a hora com-binada, o que me deixa com um minuto disponível para acabar os pensamentos de hoje. Mais uma vez, dou graças a Deus por não ter uma família desconjuntada, devido ao divórcio, como a maioria dos rapazes e raparigas da minha idade. Até amanhã.

João Neto, 12ºC

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

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As Taxas de juro e a Economia real

É do conhecimento geral as consecutivas des-cidas da Euribor e do seu proclamado benefício para a economia em geral, e em particular para as famílias com empréstimos à habita-ção e para as empresas. Mas será efectivamente assim? Para compreender-mos a realidade, será importante dar uma ideia simples do que é a Euribor. Esta é a designação para a taxa de juro associada aos empréstimos entre os ban-cos comerciais, e que é a principal referência para o crédito à habitação e às empresas. Neste contexto, seria de esperar que, descendo a Euribor, o crédito tornar- -se-ia mais fácil de conse-guir, resultando num estí-mulo bastante importante para a economia real, quer através do consumo (Famílias), quer através da produção (Empresas). A realidade é, no entanto, diferente do pres-suposto teórico. E porquê? Com a crise financeira ins-talada à escala global, a confiança entre as institui-ções financeiras é de tal modo que os bancos deno-tam uma relutância bastan-te grande para emprestar dinheiro entre eles, o que leva a que a Euribor se encontre acima da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (é a taxa a que o BCE empresta aos bancos comerciais). Para agravar ainda mais a situa-ção, os bancos comerciais aumentaram os spreads

(cont. p.7)

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O maior evento internacional sobre gestão da água realiza-se de três em três anos, assumindo-se como um fórum de parti-cipação e diálogo entre os múltiplos interve-nientes no sector da água no mundo, que procura influenciar o processo de tomada de decisão ao nível das políticas globais para o sector, no sentido de um desenvolvimento sustentável do planeta. O primeiro Fórum Mundial da Água realizou-se em Marrocos (Marraquexe) em 1997, ao qual se seguiram as edições da Holanda (Haia, 2000), Japão (Quioto, 2003) e México (Cidade do México, 2006). O 5º Fórum Mundial da Água, que decorreu em Istambul entre 16 e 22 de Mar-ço, terminou com um pedido de mais de 100 países a favor da luta por água limpa e saneamento para bilhões de pessoas, mas sem acordo a respeito da noção de "direito ao acesso à água". Esta conferência ficou assinalada por ter sido a maior da história sobre a crise da água: mais de 150 países e 25.000 represen-tantes oficiais, especialistas e activistas parti-ciparam na edição deste ano, o que repre-senta um recorde. A declaração, divulgada por ocasião do Dia Mundial da Água (dia 22 de Março), foi publicada ao fim de três dias. Esta enun-cia um determinado número de compromis-sos para uma resposta mais efectiva à escassez de água, para favorecer o acesso ao saneamento, que não chega a 2,5 bilhões de pessoas. "O mundo enfrenta mudanças globais rápidas e sem precedentes, incluindo o aumento da população, a migração, urbani-zação, mudança do clima, desertificação, seca, uso e degradação da terra, mudanças económicas e alimentares" - destaca-se na declaração final. O documento estabelece uma série de recomendações, não obrigatórias, incluin-do uma cooperação maior para acabar com os conflitos pela água, medidas para evitar inundações e escassez de água, uma ges-tão sustentável dos recursos e regras para impedir a poluição de rios, lagos e lençóis freáticos.

"Superando a Escassez da Água, rumo à Sustentabilidade" foi o tema escolhi-do pela participação portuguesa, cujo pavi-lhão recebeu mais de 5 mil visitantes que, desta forma, puderam aprofundar temas como o da seca e escassez que Portugal enfrenta, cada vez com maior frequência mas, principalmente, o da integração de políticas e de acções em curso no país direc-cionadas para uma gestão dos recursos hídricos cada vez mais sustentável e orienta-da para ultrapassar os desafios que se colo-cam num quadro de mudanças à escala glo-bal. De acordo com um estudo divulgado pela UNICEF, a falta de água potável é a segunda maior causa de morte de crianças c o m m e n o s d e c i n c o a n o s . Cerca de 4.200 crianças morrem por dia em todo o mundo devido a doenças relacionadas com a falta de água potável. Cerca de 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potá-vel e 125 milhões de crianças com menos de cinco anos vivem em lugares sem acesso a fontes seguras de água potável. 2,5 mil milhões de pessoas vivem sem saneamento básico. Actualmente, mais de um bilião de pessoas não têm acesso a água potável, advertiram os organizadores deste fórum. Segundo projecções da Unesco, em 2075, entre 3 e 7 biliões de seres humanos estarão a viver em regiões onde a falta de água é crónica. Estes trágicos números que, apesar de tudo, não impediram que o 5° Fórum Mundial da Água terminasse sem êxito e sem glória. Não foi possível decretar o acesso à água como um direito humano… O direito à água continua a dividir o mundo… Como é possível? O 5° Fórum Mundial da Água termi-nou sem um acordo sobre a noção de direito ao acesso a este bem vital que as organiza-ções não-governamentais e vários países queriam ver enunciado na declaração final, assinada pela ocasião do Dia Mundial da Água.

Fórum Mundial da Água sem acordo

DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DA ÁGUA POTÁVEL DISPONÍVEL, 2004

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

(cont.) (margem de lucro dos ban-cos) e tornaram-se mais exigentes e rigorosos na concessão do crédito.

Que consequências então para a economia real? Quanto às famílias que já têm empréstimo à habitação, elas são real-mente beneficiadas porque, como as taxas de juro des-ceram e como os spreads são os mesmos que foram estabelecidos no início do contrato, as suas presta-ções baixarão. Nos casos de novos créditos, quer para as famí-lias (crédito para habitação e consumo) quer para empresas (crédito à produ-ção), embora a taxa de juro tenha baixado substancial-mente, os novos spreads estabelecidos pelos bancos (nalguns casos com um aumento de 300%) tornam o crédito praticamente ina-cessível, com consequên-cias negativas para a eco-nomia real, quer por via da procura (Famílias), quer por via da oferta (Empresas). Como conclusão, verificamos que, na realida-de, as descidas da taxa de juro não têm, por enquanto, o impacto que se pretende-ria que tivessem na econo-mia real. Enquanto a con-fiança nos mercados mone-tários e financeiros não for novamente estabelecida, dificilmente teremos os resultados desejados na economia com as descidas das taxas de juro.

Prof. Jorge Silva

No passado dia 30 de Abril de 2009, os alunos das turmas 10º D (Ciências Socioe-conómicas), 11º G (Curso Profissional de Técnico de Gestão) e CEF 2 (Curso de Edu-cação e Formação de Adultos - Assistente Administrativo), acompanhados pelos profes-sores António Sérgio Francisco, Cláudia Reis, Delfim Campos e Maria João Sousa e pela funcionária de apoio Cidália Damião, realiza-ram um visita de estudo à Delta Cafés em Campo Maior.

Os principais objectivos da visita foram:

- conhecer as instalações da empresa e verificar os diferentes níveis orga-nizacionais da mesma;

- reconhecer a importância da empresa no mercado em que se insere;

- verificar a diversidade de produtos que a empresa contempla;

- perceber quais as áreas estratégi-cas delineadas pela empresa, como o empreendedorismo, a liderança, a inovação, a qualidade e a responsabilidade social.

- conhecer os principais mercados (interno e externo) de comercialização dos produtos;

- verificar as políticas do Marketing. A visita contemplou dois momentos: - o primeiro, uma visita guiada ao

Museu do Café. Este nasceu em 1994 e sis-tematiza a história do café desde a produção até à comercialização, revela segredos, técni-cas, artes e engenhos relacionados com a

epopeia deste alimento. O espaço encontra- -se organizado em áreas temáticas: sobre a História do Delta Cafés, os equipamentos e as máquinas utilizadas na torrefacção do café. Tivemos a oportunidade de ver, entre muitos artefactos, a primeira lata de café comercializada pela Delta, a carrinha Ford verde-oliva de 1954 que fazia, originalmente, a entrega do café, as notas de crédito, o pri-meiro cofre, entre outras curiosidades.

- O segundo momento consistiu na visita guiada à fábrica, onde pudemos verifi-car as várias fases pelas quais passa o café ,

desde o bago até ao empacotamento. Verifi-cámos, ainda, que a maior parte do trabalho é feito por máquinas automatizadas e autóno-mas. O trabalho humano é apenas necessá-rio para verificar alguma falha imprevista.

No fim da visita, despedimo-nos e voltámos à escola com mais conhecimentos de uma realidade empresarial.

Prof.ª Maria João Sousa

EM VISITA À DELTA CAFÉS

Nos dias de hoje, mais de 400 milhões de pessoas vivem em regiões onde a água é um bem escasso, prevendo a ONU que esse número cresça até aos 4 biliões, já em 2025. É que 2025 é já amanhã! A ideia de que a água é o recurso mais abundante no Planeta Terra não é incorrecta, porém, apenas 0,008 % está dis-ponível para o consumo humano, o restante é constituído por águas salgadas, calotes polares e águas subterrâneas de difícil capta-ção. A humanidade teve, tem e terá sem-pre o seu desenvolvimento associado aos usos da água. Durante milénios, o Homem considerou-a um recurso infinito. Apenas há

algumas décadas despertou para a realidade de que, perante maus usos, os recursos naturais estão a tornar-se escassos e que é necessário acabar com a falsa ideia de que a água é um recurso inesgotável. A água, de recurso natural abundante e barato, tornou-se num bem caro e inesti-mável para a nossa sociedade! A Água será o bem mais precioso, cada vez mais escasso e cada vez mais dis-putado do século XXI. o Desenvolvimento Sustentável continua uma “miragem” e os Objectivos do Milénio das Nações Unidas continuarão por cumprir… Até quando?

Prof. Pedro Rodrigues

Nova Gestão da Escola A 20 do passado mês de Abril, a Escola passou a viver uma nova realidade em termos de gestão e administração, de acordo com a legislação em vigor. Ao antigo Conselho Executivo sucede agora o Gabinete do Director, constituído pelo Director, professor Augusto Franco, pela Subdirectora, professora Ana Rodrigues, e pelos Adjuntos, profes-sores Ana Sanches e Pedro Sousa.

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to sign the Magna Carta of Human Rights, which is a system of laws, both domestic and international, designed to promote human rights, the number of crimes against mankind declined and almost everyone started to respect one another.

When slavery was at a peak, it was unreal to think that in 21st century a black man would rise and lead the most powerful country in the world. And even some people in our days still can’t believe it.

Leandro Martins

Concurso “Criações Poéticas”

No início do presente ano lectivo, tomei conheci-mento da iniciativa conjun-ta das Escolas Secundária da Lourinhã, Henriques Nogueira e Madeira Tor-res, ambas de Torres Vedras, de dinamizar um concurso de criação poéti-ca destinado aos alunos do ensino secundário. Perante tão louvável ini-ciativa, não pude deixar de estimular os meus alu-nos, quer dos cursos cien-tífico-humanísticos, quer dos cursos profissionais, a envolverem-se em tal pro-jecto, motivando-os a par-tilhar a sua escrita e a expressar os seus senti-mentos mais íntimos com todas as comunidades escolares envolvidas. O meu desafio teve uma receptividade bastante positiva e hoje chegados praticamente ao final do ano lectivo, é inteiramente justo manifestar o meu entusiasmo ao constatar que dezasseis alunos aderiram ao projecto, sen-do que poemas de quatro deles foram, inclusiva-mente, seleccionados para integrar a Antologia entretanto editada. Porque entendo que a Escola não se resume apenas à aprendizagem de saberes, mas também à construção de uma cida-dania interventiva, alicer-çada em pilares tão signi-ficativos como a criativida-de e a afirmação de uma identidade pessoal, não posso, por isso, deixar de agradecer a todos os que, com a sua participação, contribuíram para o sucesso do projecto e dig-nificaram o nome da Escola Secundária da Lourinhã. Quero ainda agradecer aos professores que dina-mizaram o projecto e feli-citá-los pelo mesmo. Faço votos para que esta inicia-tiva se repita e consolide pois tem todas as condi-ções para tal.

Prof. Armindo Nunes

Em Inglês!

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Times change, that’s certain. In the first century slavery was the main power of the world’s economy. Nowadays we look at it as a brutal crime and a crime against Human Rights. Although it seems extinguished, human slavery still exists, in different ways. The USA until very recently had organizations such as the KKK (it only disappeared around the 70’s), whose main goal was to kill black people and preserve America of integration and interracial relations.

When the USA signed and led others

On the last 5th May, we celebrated the English Day at our school, which was commemorated in a very British way. We, 10th and 11th grade students, by half past ten in the morning, were taken to the school’s auditorium to watch the play ‘Checkmate’. At first, it didn’t seem as funny as we expected, but little we knew what was to come. The whole story was focused on three main characters that were conspiring at each others and, at the same time, co-operating with each others. A bit confusing, isn’t it? If you haven’t caught the idea yet, let me

clarify you. There is this millionaire businessman, Derek, who is anxiously waiting to get rid of his ‘expensive’ wife, Diane, and hopes to make it with his best friend’s help. On the one hand, his best friend, whose name is Toby, co-operates with Derek. On the other hand, what Derek doesn’t know is that Toby and Diane are lovers and are planning to kill him so that they get all of his money. Meanwhile, Toby has his own plan: kill Derek and escape with all his money. The plot unfolds with loads of humour and with the audience collaboration. It was just hilarious! Statements as ‘Little do they know’ and ‘Bang, bang… BANG’ (both from Toby) surely were some of the highlights of the play. On the whole, it was astonishing! The actors played their roles perfectly, always asking for our collaboration and making us laugh a lot. I think that no one can deny such pleasant time we spent on this special English Day.

Theatre at school on the English Day

Things Change

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TURMA de EFA B2+B3

TEMA

“MULTICULTURALISMO” Os formandos do curso de Educação e Formação de Adultos da turma B2+B3 rea-lizaram uma exposição com trabalhos subordinados ao tema de vida “Multicultu-ralismo”, na Escola Secun-dária da Lourinhã, no corre-dor do bar, entre os dias 16 e 25 de Março.

Os trabalhos foram realizados em grupo, nas diversas áreas de competência, a partir de um documento de Tipificação de nacionalidades, facultado pela Câmara Munici-pal da Lourinhã. Concluiu-se que os três países mais representa-

dos neste concelho são o Brasil, a Moldávia e a Ucrâ-nia. Depois de pesquisas na Internet, os formandos ela-boraram cartazes, de forma a divulgar a cultura destes países e a apresentar alguns dados sobre a população estrangeira residente no concelho. Redigiram tam-bém pequenas biografias sobre figuras públicas de diferentes nacionalidades. Por fim, foi feita uma repor-tagem fotográfica que cons-tará do portefólio de cada um. Na opinião dos forman-dos, esta actividade possibi-litou o contacto com outras culturas, tendo assim expan-dido os seus conhecimentos. Salientaram ainda o espírito de entreajuda na montagem da exposição entre os for-madores e os formandos da turma B3.

EFA B2+B3

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

O TEMPO O Tempo!...essa obsessão que quase toda a população mundial e arredores tem! …bem, à excepção de algumas feli-zes pessoas que vivem nos lugares mais recônditos deste planeta, ou seja, aque-les que estão em contacto directo com a natureza. Os indígenas do Amazonas, por exemplo…para esses, o tempo não tem relógio ou o trabalho não tem horário a cumprir, basta só seguir o curso normal diário do Sol. Por oposição, nós, regidos por essas máquinas precisas (algumas mais, outras menos), às quais demos o nome de “Relógio”, e que vivemos numa sociedade dita civilizada, mas controlada ao “segundo” por esse “Patrão” impiedoso e sem contemplações para com ninguém, temos sempre de estar às ordens de uns simples ponteiros ou de uns simples alga-rismos emitidos por cristais líquidos, que apontam ou nos mostram uns certos números, que nos vão indicando a hora de ir trabalhar, almoçar, ir ao médico ou ir ao encontro previamente marcado com a/o namorada/o… Mesmo assim, e para o “Tuga” genuíno, horário que é horário tem no mínimo de ter 30 minutos de atraso, seja para o que for… caso contrário, já não será de todo normal. Eu, pessoalmente, sou um desses “tempo-dependentes”. Toda a minha vida imita esses mesmos ponteiros que giram até que as pilhas ou a corda se esgo-tem…também tenho de cumprir horários no trabalho, picar o ponto no horário nor-mal de expediente e não me posso atra-sar, caso contrário, terei de justificar cada minuto em falta. Contrato é contrato! Tenho de vir às Novas Oportunidades no horário estipulado pela Escola Secundá-ria de Lourinhã e chegar a casa de modo a ter tempo para descansar e ganhar for-ças para recomeçar toda esta azáfama de novo, no dia seguinte!...Ufa, que rotina cíclica! No entanto, há situações em que se pode poupar “tempo”…como, por exem-plo, quando tomo o pequeno-almoço ao mesmo tempo que actualizo a minha cul-tura geral, com as notícias matinais da TV, ou entrego a minha declaração de

I.R.S. pela Internet para não ficar retido em infinitas filas de espera numa qual-quer Repartição de Finanças perto de mim. No trabalho, a experiência também permite poupar tempo, na medida em que, por vezes, consigo executar algu-mas tarefas ao mesmo tempo...às vezes, a necessidade assim obriga. Com tanto controle, quase não temos tempo para nós próprios ou para a famí-lia, ou ainda para fazermos o que mais gostamos!...E, quando damos por isso, surpreendemo-nos: “Como o tempo pas-sou, já envelheci e nem dei por isso”. Pois é, meus amigos, o tempo passa sem pedir licença e sempre à mesma veloci-dade por causa das multas…e, como diz o outro: “Ano a ano, enche o tempo o papo”. É por isso que este planeta Terra já tem, à conta desta verdade indiscutível, alguns “milhõezitos” de anos, e nós, se chegarmos aos setentas, já é uma sorte. Como filosofia de vida, tento viver cada dia que passa como se fosse o últi-mo e o melhor que posso e que me dei-xam, pois o tempo do amanhã, não sei se o viverei. Este Sr. Tempo não tem, nunca teve e penso que nunca terá amigos, a julgar pelo feitio intransigente que tem!.. Since-ramente, não sei se alguma vez conse-guirá algum…Pudera, ele não espera por ninguém!.. Quem é que quer um amigo assim?!....

João Paulo Sousa, EFA – C1

E.F.A. TURMA EFA B3: TEMA

“SAÚDE” A turma do curso básico de Educação e Formação de Adultos - EFA B3 – expôs os trabalhos realizados nas várias Áreas de Competência sobre o tema de vida “Saúde”, do dia 16 ao dia 25 de Março, na Escola Secundária da Lourinhã. Os trabalhos incidiram sobre os subte-mas “Distúrbios Alimentares” e “Cuidados Básicos de Saúde” e pretendiam alertar a população escolar para estes assuntos. Os formandos, após terem feito diversas pesquisas nas diferentes Áreas de Com-

petência, realizaram cartazes sobre a anorexia, bulimia e ortodexia. No que res-peita ao segundo subtema, foi organizado o dossiê sobre os cuidados essenciais que cada um deve ter com a sua saúde e elaborado um panfleto informativo sobre o tema para distribuir à comunidade esco-lar. Os formandos consideraram esta acti-vidade interessante e vantajosa porque aprofundaram os seus conhecimentos relativamente a estes temas, saindo assim mais enriquecidos culturalmente.

EFA B3

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Em Aveiro...

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Canguru Matemático

O “Canguru Matemáti-co sem Fronteiras 2009” é um concurso internacional, que teve lugar no dia 26 de Março de 2009 em todos os países participantes. O seu objectivo é estimular e motivar o maior número possível de alunos para a Matemática. Em Portu-gal, a organização deste con-curso está a cargo do Depar-tamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tec-nologia da Universidade de Coimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática. A nossa escola inscreveu 32 alunos na cate-goria "JÚNIOR" (10º e 11º anos de escolaridade) e 8 alunos na categoria "ESTUDANTE" (12º ano de escolaridade). Para cada uma das categorias, o concurso consistiu numa prova de esco-lha múltipla com trinta ques-tões de dificuldade crescente. Na nossa escola, na categoria "JÚNIOR", em 1º lugar, ficaram ex-aequo os alunos do 11º C, José Vicente e Telmo Marques com 85,50 pontos e, em 3º lugar, André Baltazar, do 10º C, com 81,25 pontos. Na categoria "ESTUDANTE", em 1º lugar, ficou Sandra Isidro do 12º A, com 74,50 pontos, em 2º lugar, Guilherme Neves do 12ºA, com 51,50 pontos e, em 3º lugar, Mike Duarte do 12º B, com 48,50 pontos. A consulta dos resultados, a nível Nacional, estará dispo-nível em: http://www.mat.uc.pt/canguru/ O grupo de Matemática agradece a participação de todos os concorrentes.

Profª: Margarida Cruz

No passado dia 30 de Abril, acordá-mos com a ânsia e a expectativa de uma ida a Aveiro, imaginando todos os momentos que esta viagem nos poderia proporcionar. Com a companhia da chuva, chegámos à Universidade, por volta das 10h 30m. Rece-bemos indicações sobre as actividades exis-tentes e os talões de cada equipa e parti-mos alegremente para a fila (enorme!). Quando entrámos na tenda da competição, quase podíamos sentir o entusiasmo e o espírito competitivo que pairavam no ar. Sentámo-nos no nosso computador e demos início às provas de Matemática, Físi-ca e Biologia. E lá fomos avançando, ques-tão após questão… Completando todos os níveis ou perdendo pelo caminho, penso que foi instrutivo para todas as equipas.

Durante a manhã, participámos ainda em actividades dinamizadas por vários

departamentos da Universidade. As pales-tras “Química: cursos e saídas profissionais” e “Desenvolvimento de fármacos” foram as mais concorridas. Alguns alunos preferiram a visita guiada ao departamento de Ambien-te e Ordenamento do Território e outros, mais virados para a tecnologia, preferiram conhecer a Licenciatura em Novas Tecnolo-gias da Comunicação. Depois do almoço, houve ainda tempo para as palestras “Poluição das Águas – Origens, efeito e impacto na saúde” e “Como modelar e simu-lar sistemas fisiológicos” ou para os diversos jogos tradicionais que decorriam ao ar livre.

O tempo passava e a entrega de pré-mios aproximava-se. Entrámos na tenda onde iria decorrer a cerimónia e os dinami-zadores começaram a “bombardear-nos” com chocolates… Sabíamos que tínhamos várias equipas que tinham completado todos os níveis da sua prova, mas não sabíamos se os seus tempos seriam suficientemente competitivos.

Com muita alegria, vimos dois alunos da nossa escola, a Joana Carvalho e o Feli-pe Henriques (11.º A), subir ao pódio e arre-cadar o 3.º lugar, a nível nacional, na prova de Física do 11.º ano. Ficámos orgulhosíssi-mos e, tal como eles, muito contentes.

Reunimo-nos todos novamente e, depois de um breve lanche, fomos dar uma voltinha pelas ruas de Aveiro, onde alguns alunos se deliciaram com a doçaria regional – os “ovos moles”. Considerei este dia uma bela experiência e gostaria, tal como todos os outros, de repeti-la para o ano.

Gustavo Ribeiro, 11.º B

Felipe Henriques e Joana Carvalho (11.º A) - 3.º lugar na competição Fis 12 - 11.º ano.

regra que já nos vem sido incutida desde mui-to cedo, certamente (?) –, mas sim nos reci-pientes apropriados (caixotes do lixo e eco-pontos). Quer por desmazelo, quer por dis-tracção, o lixo, eventualmente, acaba por se acumular, o que não é de todo agradável de se ver. Deste modo, apelamos também à sen-sibilidade dos outros Directores de Turma para esta realidade. Porque não levar os seus alunos a participar neste tipo de actividade? Afinal, a Escola é de todos, certo?

Diogo Santos, 11º A

Nos dias 8 e 22 de Maio, a turma do 11º A, numa iniciativa proposta pelo seu Director de Turma, o professor Jerónimo Rodrigues, ajudou a limpar o pátio da nossa Escola. Esta actividade, que teve lugar na hora de DT, pretendia não só tornar a parte exterior da nossa Escola um espaço mais agradável, mas também sensibilizar os nos-sos colegas para a conservação do meio ambiente. E o que é certo é que a quantida-de e a diversidade de lixo disperso um pouco por todo o pátio provocou o espanto de todos nós. Tudo foi encontrado, desde rolhas, guar-danapos e plásticos a pilhas e até restos de comida. Mas nada disto impediu a tarefa de ser cumprida – de luvas em punho e grandes sacos de plástico na mão, os alunos desta turma trabalharam arduamente no sentido de recolherem o máximo de lixo possível. Após cerca de meia hora de “colheita”, verificámos que os sacos estavam praticamente cheios. Será quase desnecessário alertar os alunos para não deitarem lixo para o chão –

CAÇA AO LIXO

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Nas Pistas do Passado da Beira Interior (Concurso de fotografia)

H2O - 2º prémio da categoria Paisagens e Pessoas.

Concurso de Fotografia

OBSTÁCULOS DA

LOURINHÃ Decorreu na Esco-la o concurso de fotogra-fia dirigido aos alunos do Curso Tecnológico de Acção Social, com o objectivo de alertar a comunidade escolar para as barreiras arquitectóni-cas/obstáculos, assim como para todos os peri-gos inerentes à falta de cuidado das entidades competentes, no que respeita ao ordenamento das infra-estruturas no Concelho da Lourinhã. As várias participa-ções foram apreciadas pelo júri convidado, ten-do sido apurada para o 1º prémio a participação da aluna Rita Fernandes, do 12ºG, em que é retra-tada a dificuldade de chegar ao Centro de Saúde da Lourinhã por parte de pessoas com dificuldade de mobilida-de. O 2º prémio coube à aluna Márcia Jesus, tam-bém do 12ºG, com uma participação na qual mostra a dificuldade de acesso à Repartição de Finanças da Lourinhã, cujos degraus impedem muitas pessoas de usu-fruir deste serviço públi-co.

Prof.s Hugo Menino e Ricardo Monteiro

Decorreu na Escola o concurso de fotografia alusivo aos aspectos bio-lógicos, geológicos e pai-sagísticos de uma região do nosso país, neste caso, a região da Beira Interior. As categorias a concurso foram duas: 1) Biologia e Geologia; 2) Paisagens e Pessoas. Após a entrega das participações por parte dos alunos, o júri apre-ciou cada uma delas e, apesar de todas merecerem destaque, escolheu duas para cada categoria.

Assim, o vencedor do primeiro prémio da categoria Bio-logia e Geologia foi o alu-no Tiago Marques (11ºB) com a fotografia intitulada “Liquenes”. Nesta mesma categoria, a vencedora do segundo prémio foi a aluna Ana Paula Fonseca (11ºA) com a participação “Casa com telhado de pedra”. No que concerne à outra categoria a concur-so, Paisagens e Pes-soas, o primeiro prémio foi atribuído ao aluno Franc isco Montei ro (11ºC) com a participa-

ção “A cabana”, enquanto o segundo prémio foi ganho pelo aluno Tiago Mar-

ques (11ºB) com “H2O”. A cada um dos pri-meiros prémios, foi entre-gue um Microscópio Ópti-co Composto, enquanto a cada um dos segundos prémios coube uma Lupa Binocular. Apesar de apenas terem sido apurados qua-tro premiados, todos os participantes se devem sentir vencedores, dada a qualidade das participa-ções a concurso.

Profs. Madalena Malho e Ricardo Monteiro

Casa com telhado de pedra - 2º prémio da categoria Biologia e Geologia.

A cabana - 1º prémio da categoria Paisagens e Pessoas.

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Câmara Municipal da

Lourinhã

O Banco da Nossa Terra ao serviço da Cultura do Concelho

FARMÁCIA LEAL