Onde o Wushu deu Errado

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Onde o Wushu deu Errado? Principal Campeão de Wushu, Zhao Changjun, Exalta o

Tradicional

Para a América, as divisões entreos kung fu tradicional e o wushumoderno são preta e branca comoo yin yang. Wushu é wushu etradicional é tradicional, e nuncaos dois devem se encontrar.Tradicionalistas americanos vêemo wushu, como o estilo Fast Food,com desdém. Este estratagemacomunista para imacular as artesmarciais são atribuídas àRevolução Cultural, mas poucosrealmente entendem sobre o que aRevolução Cultural realmente era.Tais críticos enxergam os atletasde wushu como não tendohabilidades de lutas e acreditamque todo o kung fu "real" estáextinto na China continental. Esta éuma acusação extraordinária parase fazer contra o país que possui amaior população de artistamarciais. Quando o wushucomeçou a pleitear se tornar partedos Jogos Olímpicos de Pequim em2008, tradicionalistas seentreolharam. Será que o wushuolímpico realmente representauma ameaça maior que a Guarda Vermelha? Agora, talvez nuncasaibamos. Neste artigo, o wushu falhou até mesmo em ganhar o statusde esporte demonstração nos próximo Jogos Olímpicos. Umaoportunidade histórica - de posar no holofote do palco mundial -escapou entre nossos dedos.

Mas voltando à divisão entre o kung fu tradicional e o wushumoderno, o argumento que um atleta de wushu não pode sertradicional é absurdo. Claramente, alguns praticantes caemsolenemente no campo um do outro. Mas muitos mestres sãoplenamente bem sucedidos em ambos os métodos. Mestre ZhaoChangjun é um clássico exemplo deste encontro do tradicional com omoderno. Zhao é um dos mais condecorados campeões no wushu detodos os tempos. Apenas um outro artista marcial desafiou seurecorde de vitória: Jet Li. Nos círculos do wushu, é dito que os anos7 0 pertenceram a Jet, mas os anos 80 pertenceram a Zhao. Mesmoatravés dos anos 7 0, Zhao sempre esteve pressionando Jet. "A razãopela qual Jet Li está sempre um pouco acima era porque ele estava naequipe de wushu de Pequim," observa Zhao em mandarim, "e osinternacionais eram sempre da equipe de wushu de Pequim. Muitosachavam que eu era melhor, mas como Jet fazia filmes, tinha maisfoco nele." Ele não se vagloriza a toa. Nos finais dos anos 7 0 e até ofnal dos 80, Zhao ganhou 10 títulos individuais em eventosinternacionais e internacionais. Ele ganhou mais de 54 medalhas deouro e demonstrou pelos 5 continentes por mais de 30 países. Zhao é,

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sem sombra de dúvidas, um dos maiores mestre do wushu de todosos tempos. Mesmo assim, apesar de seu glorioso recorde no wushu,ele é um fervoroso defensor das artes marciais tradicionais. "Exitemais vida nas artes marciais tradicionais," relata de fato, Zhao. La éonde ele começou sua jornada do guerreiro e é onde está agora.

O único filho de um trabalhador mulçumano

Zhao nascem em 1960 em Xian, Província de Shaanxi, casa dosGuerreiros de Terracota. Ele era o único garoto entre 5 crianças e nãoera uma criança muito saudável. Cresceu nos anos que levaram àRevolução Cultural, quando a China estava em desordem e tumultoseram frequentes. Seu pai era um trabalhador cmum que tinha granderespeito pelas artes marciais, mas nunca teve a oportunidade deestudá-las pessoalmente; então ele inscreveu seu filho Zhao nelas,não apenas na esperança de melhorar sua saúde, mas também paradefesa pessoal. Nestes tempos turbulentos, Zhao poderia usar suashabilidades, não apenas para se defender, mas para proteger asmulheres da sua família.

A família de Zhao era Hui. Os Hui eram uma minoria mulçumana naChina, a minoria étinica nos anos 60 com quase 10 milhões depessoas. O pai de Zhao o enviou para estudar sob um cidadãomulçumano chamado Yuan Run nas artes marciais tradicionais dosHui, o Tan Tui (pernas saltadoras) e Cha Quan. "De Nanjing atéPequim, o melhor Tan Tui era do Islã", frase que Zhao reverencia. Opai de Zhao obedientemente levou seu filho toda manhã antes dotrabalho e todo final de tarde, levando seu filho de 6 anos através deXian em sua biciclea. Ele nunca sonhou que seu filho iria se tornar omaior campeão da China. Ele apenas queria que seu garoto pudesselutar se precisasse. Zhao estudava com o Mestre Yuan quando aRevolução Cultural estourou em '67 . Devido aquela loucura, o pai deZhao teve que achar outro professor. Ele achou o Mestre ZhangJunde, no qual Zhao estudou Shaanxi Hong Quan e o estilo dobêbado, junto de outras formas tradicionais.

Em 197 0, as artes marciais chinesas voltaram ao eixo. Zhao garantiuuma posição na equipe de wushu da província de Shaanxi na tenraidade de 10 anos, que o colocaram sob o ensino dos técnicos YuBaiwen e Ma Zhenbang. Dois anos mais tarde, Zhao entrou em seuprimeiro grande campeonato, a Competição Nacional de ArtesMarciais, e ganhou o "prêmio ilustre" por sua forma de bastão. Esteera um começo modesto de uma das carreiras mais estelares.

Dois anos depois, reconhecido como uma maiores jovens estrelasbrilhantes do wushu na China, Zhao Changjun foi considerado para ahistórica turnê na Casa Branca. O ano era 197 4, e os atletas de wushuserviam como um segundo grupo de embaixadores da República Popular da China para sempre ir aos Estados Unidos. A históriarotulou como "diplomacia do ping pong", desde que os primeirosemissários eram jogadores de ping pong. Infelizmente para Zhao, elefoi chutado do time no último momento. Muitos grandes mestresfalharam em passar nos rigorosos controles de antecedentes, entãomestres excelentes como Yu Shaowen, Ma Xianda e Pan Qingfu foramcortados da turnê, independente de suas habilidades. Suas famíliasnão eram operárias ou seus parentes eram donos de terras ou elestinham uma educação superior; qualquer mancha em seus registroscomunistas resultariam em rejeição. Mas a família de Zhao preenchiaos requerimentos. Ele foi rejeitado por algo completamente diferente.A especialidade de Zhao eram os estilos do macaco e do bêbado. Noúltimo momento, o governo decidiu que nenhuma das duas formasseriam apropriadas para demonstração no momento. "Eles meperguntam, 'Como você pode representar os chineses como macacose bêbados todo o tempo?'"relembra Zhao. " Então eu fui retirado."

Por causa desta rejeição, Pan Qingfu me disse para mudar meu estilo.Baseado no estilo do bêbado, nós criamos o Ditang Quan (Estilo daQueda). Ditang existia antes, mas foi perdido. Não o tinhamos visto."Esta foi a origem do ditang quan moderno, no qual todo ditang ébaseado atualmente - uma permuta politicamente motivada de Pan eZhao. A origem tradicional do Ditang Quan permanece escondida ouperdida.

Apesar das formas recém criadas e das apresentações de wushu sob ocomando da Revolução Cultural, artistas marciais como Zhao sempremantiveram suas habilidades de luta escondidas. Os anos durante aRevolução foram muito violentos. Poucos chineses possuíam armas,então Zhao teve muitas oportunidades para se testar nas ruas. Ele selembra de um incidente cerca de 4 anos depois da turnê da CasaBranca. Zhao e alguns colegas de classe estavam vendo um filme, aúnica forma de entretenimento da naqueles tempos. Um de seusirmãos de arte marcial se sentou ao seu lado, mas como ele era muitopequeno, teve que sentar na beirada da cadeira. Isto irritou outrapessoa, mas ao invés de pedir que se sente educadamente, apenasvirou a cadeira e o derrubou. Uma discussão começou, e outra

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pessoa aplacou a situação, então todos pensaram que havia acabado.Eles só não sabiam que ele havia ido buscar ajuda. Zhao e seus amigosforam emboscados assim que saíram do cinema. "O treino que tive domeu professor Yan era muito tradicional," reflete Zhao. " Você tinhaque saber o ataque e o método da defesa em cada movimento. Se nãosabiam, seria espancado muito forte. tambem, meu pai reforçou isto.Estava treinando no time profissional, então estava em boa forma ecom apenas 17 ou 18 anos de idade. Então não me levou muitotempo. Estavam em 7 ou 8 pessoas e acabei com todos."

Atletismo é essencial. Zhao dá crédito ao seu treino, assim como aoseu rigoroso treino no time profissional, como tendo contribuídomuito em sua vitória naquela luta na rua. "Quando selecionado paraum time profissional, eles realmente te observam," observa Zhao."Você tem que ter velocidade, a determinação, tudo. Se consegueentrar em um time profissional, seu corpo tem que atingir rigorasmetas. Meu pai me encorajava a caminhar a rota profissional, masmeu avô era um médico de medicina tradicional chinesa e não queriaque fosse por este lado. Todos os competidores de wushu,especialmente os profissionais, tem que já ter um bom corpo. Ele temque ter o que é preciso. De outra maneira, simplesmente nãoconseguem competir atualmente."

O Wushu Moderno Fracassou?

Zhao é atualmente um dos mestres vivos que foram testemunhasoculares da origem do wushu e como evoluiu das suas raízestradicionais. Agora, com o sonho Olímpico destruído, ele ponderasobre os efeitos das últimas 3 décadas do wushu moderno nas artesmarciais chinesas. "Me senti realmente triste. Para minha geração,fomos sortudos. Tivemos a chance de aprender as artes marciaistradicionais. Alguns jovens não tem a chance de conhecer a artemarcial chinesa tradicional de qualquer forma." Estes são os atletasde wushu que os tradicionalistas difamam, mas Zhao os vê comovítimas das circunstâncias. Hoje, ele está trabalhando para promovera instrução das artes marciais tradicionais para a próxima geração.

Ironicamente, wushu não é nem mesmo tão popular na China hoje emdia, pelo menos para os espectadores dos esportes. Zhao diz, "Naverdade, para o wushu competitivo, não há espectadores. Ninguémvai lá para assistir. Todos eles fazem a mesma coisa, então não éinteressante. É porque eles tiveram que trilhar o caminho do esportepara tentar chegar nas Olimpíadas. Precisavam de muitosregulamentos e regras. Tudo tinha que ser claramente demonstrado esimplificado. Nós discutimos por muito tempo, acreditamos que oTaekwondo não possui a profundidade ou variedade das artesmarciais chinesas. No entanto, eles entraram nas Olimpíadas muitoantes. Wushu queria entrar, mas teve que ser mudado, teve que sersimplificado. Tiraram as aplicações de luta para que pudessem pularmais alto e se mostrar mais."

"Se você quer pular alto, não pode competir com a ginástica. Osaspectos artísticos não podem competir com a patinação. Para owushu competitivo, você precisa cravar sua aterrizagem, então agoraa postura inicial deve ser lenta, e em troca, eles chegam firmes aosolo. As artes marciais chinesas tradicionais não possuem esterequerimento. Pode simplesmente sair e fazer rapidamente. O wushumoderno perdeu o significado dos movimentos. O que estão fazendorealmente? Você segura isto por um secundo, então vira e aterrizadeste jeito?"

"Por que o Taekwondo entrou nas Olimpíadas? Todo o método de lutacom as pernas está lá, então é completo. O boxe é tudo com ospunhos. Para entrar com o wushu nas Olimpíadas é realmente umdifícil teste. O que podem representar as artes marciais chinesas? Porexemplo, olhe o Taiji, Existem muitas formas e são todas muitodiferentes. Você não pode ter tantas medalhas. As Olimpíadas estãocortando as medalhas. Então sem tudo aquilo, eles combinaram tudoem coisas como a forma 24, que não se parece com nada. Se otrabalho de todos os praticantes de artes marciais chinesasrepresentar as artes marciais chinesas, mas estou sendo muitopessimista. Se não conseguirmos entrar em 2008, irá levar outros 20ou 30 anos para ver isso."

Apenas de muitos promotores do wushu ainda se agarrarem ao sonhodo ouro Olímpico, neste artigo, a melhor Federação Internacional deWushu apareceu com a prepação de uma Competição Mundial deWushu em Pequim simultaneamente com as Olimpíadas, mas nãofazendo parte oficialmente.

"Estou inclinado a dizer que o wushu moderno é um fracasso,"confessa Zhao após uma longa pausa. "É porque quando o wushutentou ir às Olimpíadas, de alguma maneira, perderam a natureza do

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que o wushu realmente é. E aí é que está o fracasso."

Lutas em Jaulas e Mixed Martial Arts na China

Em contraste ao yin do wushu está o yang do MMA, ou lutas emjaulas, que tem crescido enormemente em popularidade na América.Estes são 2 extremos do espectro competitivo: wushu acrobático eluta de sombras; MMA é uma luta sem regras. Ambos podem posarcomo uma ameaça na mente de muitos tradicionalistas. Muitosentusiastas do MMA caluniam as artes tradicionais como obsoletasporque você simplesmente não vê técnicas tradicionais usadas najaula.

Zhao é um adepto firme do MMA. "Penso que MMA é uma boacompetição", ele declara. Ele encoraja fervorosamente mais trocasentre diferentes estilos, diferentes grupos e diferentes métodos, e vero MMA como uma plataforma para intermediar. "Desde que somosglobalizados, tudo é misturado. No passado, a China não permitiajoelhadas e cotoveladas como no boxe tailandês, e os lutadorestailandeses não permitiam arremessos. Lembro de na Europa, nãopermitiam arremessos a 10 anos atrás. Agora todos se juntaram paraestudar e explicar. Achamos um meio termo para construir de lá.Apenas olhe para o Sanshou. É nossa esperança que mais pessoaspossam aceitar isso. Esta é a parte do crescimento. Adoraria ver ascompetições de artes marciais ser como as competições atléticas,mas ao invés de categorias de natação e corrida, o vasto espectro dasartes marciais poderiam ser vistas."

Zhao já estava trocando experiências 2 décadas atrás, muito antes doUltimate Fighting Championship aparecer na América. Em 1985, elepisou no ringue com um dos boxeadores mais famosos do mundo,Muhammad Ali. Zhao ternamente se lembra. Não era uma luta oficil,apenas uma amigável troca de habilidades. Zhao é muito menor queAli, mas ele tinha a vantagem. Boxeadores tipicamente não treinamsuas pernas para levar chutes. Zhao é um mestre no TanTui, um estilotradicional famosos por seus chutes. Depois que Zhao deu algunschutes, Ali rapidamente cedeu. Como um embaixador internacionaldo wusu, Zhao teve muitas oportunidade para compartilhar técnicasem uma atmosfera informal e amistosa por todo o globo. Estasexperiências, assim como a maestria que tinha do wushu e dotradiconal, deram a ele uma mente aberta a todos os métodos de lutasmodernos; e isto ajudou porque ele abraçou a ascenção do MMA.

Lutas sem regras tem um longo histórico no círculos de artesmarciais chinesas, elas apenas não eram feitas em jaulas. De acordocom Zhao, "Nos velhos tempos, nós lutávamos no Lei Tai(literalmente 'plataforma elevada', se referindo ao chão dos duelosabertos a desafiantes). Não havia limitador de idade ou estilo. Elesestão apenas tentando algo similar. Qualquer tipo de estilo pode serusado junto. Mas ainda está em fase de testes. Testando, talvezpossamos ter regras melhores. Talvez seja um passo adiante. Destemodo, podemos melhorar. "O cenário do MMA está apenascomeçando na China. Agora é muito pequeno." Zhao sabe o porque."Na China, MMA não são organizados pelo governo.

O Tradicional irá ser Extinto?

"Artes marciais competitivas nunca representaram todo o cenáriodas artes marciais chinesas," insiste Zhao. "Espero que as artesmarciais tradicional se tornem como o Sumo no Japão. O Sumo nãoestá tentando ser olímpico. Existe um respeito especial pelo Sumo.Artes marciais chinesas tradicionais ainda tem muito o que oferecer."

"Nos velhos dias, antes das armas, artes marciais chinesastradicionais eram muito mais práticas, especialmente no campo debatalha. Mas hoje, nós ainda temos muitas razões práticas parapraticar. No Japão, muitas pessoas adoram o Taiji para contra atacara pressão do dia a dia. Existem diversas alternativas de passa tempossaudáveis, como o tênnis. Mas para o tênnis, as pessoas precisam deuma quadra. Taiji não precisa de nada, apenas um pouco de espaço.Você pode fazer isso por 10 minutos no trabalho, relaxar, e entãovoltar para o trabalho para encarar outra pressão."

"Existem outros que querem ser artistas de cinema. Seu objetivo é sero próximo Jackie Chan ou Jet Li. Existem outros que querem ganharmedalhas. Mas o wushu moderno é limitado. Se você é muito jovem,não poderá entrar. Se for muito velho, seu corpo não poderá fazerisso mais. Estas são as desvantagens. Muitos competidores de wushuapenas tem o formato. Eles tem os movimentos, mas não o gong(literalmente 'habilidade', mas nas artes marciais chinesas, se refereaos fundamentos essenciais derivados da prática extensiva). Vocêdeve praticar o Fajing (poder explosivo) acertando sacos de areia1000 vezes por dia."

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"Na minha escola, todos os estudantes devem estudar tanto otradicional quanto o moderno nos níveis básicos e intermediários.Isto leva cerca de 3 a 5 anos. Quando esta fase é alcançada, oestudante é avaliado. Para os níveis avançados, o estudante seespecializa em Sanshou (luta livre) ou Taolu (formas) e apenas treinadentro daquilo. Deve haver uma boa relação entre o wushutradicional e o moderno. Eles devem permutar entre eles. Isto podealongar a vida competitiva do wushu moderno. Pode aumentartambém o desenvolvimento e providenciar mais espaço para crescer.Você precisa de 2 pernas para andar: uma é o wushu moderno, outraé o tradicional. Não se pode desistir de nenhum deles."

Como Seguir o Caminho do Guerreiro

Os verdadeiros culpados da ameaça às artes marciais tradicionaischinesas não são o wushu moderno ou o MMA. É o atrito. Kung Fu,por definição, é uma habilidade que leva tempo e trabalho - muitotempo e trabalho - e muitas pessoas simplesmente não tem mais otempo suficiente para se dedicar e perpetuar a arte. O caminho doguerreiro está cheio de dificuldades, mas a responsabilidade é decada um de nós. As únicas pessoas que podem matar o kung futradicional são os próprios tradicionalistas. Tradição apenas serápreservada se nós, a geração presente, passar com sucesso para apróxima geração. Se nós falharmos, não há mais ninguém paraculparmos alem de nós.

Como um veterano polido, Zhao oferece um conselho. "Poucaspessoas podem se manter em alto nível nas artes marciais. As pessoasmodernas quem algo que seja imediatamente efetivo. Com oTaekwondo e o Karate, você pode progredir muito mais rapidamente.Mas as artes marciais chinesas são devagares. Você precisa de maistempo. Muitos não tem a força de vontade. Eles não tem o corpo paracontinuar treinando.

Zhao espera que um dia, as artes marciais irão ser oferecidas aopúblico nas escolas pública ao redor do mundo, assim como é emalgumas partes da China. Zhao insite em mais educação elementarpara o público geral, assim mais pessoas podem aproveitar osbenefícios das artes marciais. "As artes marciais chinesas estão emum regime de completo equilíbrio. Requerem saltos, agilidade, poderexplosivo e todo tipo de habilidades. Se pode aprender os básicos dasartes marciais chinesas por 2 ou 3 anos, você poderá ter umafundação decente para qualquer coisa. Poderá trocar para obasquete, futebol ou qualquer atividade física e ver os benefícios. Seinsiste nas artes marciais, poderá ter um certo nível de habilidade. Senão quiser, é um bom básico para ir a qualquer lugar. No entanto, sequer continuar no caminho do guerreiro, você e seu professor devemaumentar suas forças de vontade. 2 ou 3 anos não serão o suficiente.A estrada das artes marciais não é rápida nem curta."

Zhao Chanqjun é o Reitor do Instituto de Wushu Zhao Changjun emXian, na província de Shaanxo. Sammo Hummo atua comosuperintendente de arte. O institudo é localizado na estrada deShuichang, Subúrbop Sul, Xian, Província de Shaanxi, RepúblicaPessoal da China. Veja www.zhaocj-wushu.com para maisinformações.

Artigo original de Gene Ching e Gigi Oh - © 2004KungFuMagazine.com, todos os direitos reservadosTraduzido e adaptado de Kung Fu Magazine

Postado por Marko às 14:49 0 comentários Marcadores: Artigos de Revistas , Personalidades

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diariamente. Algumasvezes, nós osencontramos, oupossivelmente eles nosencontram. Sete anosatrás uma bela e jovemgarota estavamorrendo numa camado hospital deVancouver, vítima deuma rara e agressivaforma de linfoma.Depois de umadevastante sessão dequimioterapia falhar naresolução do problema,os doutores disseram aela que teria somenteduas semanas de vida.Sua única esperança foium dolorosotransplante de medulaóssea com umaexpectativa de sucessode cinco por cento. De frente para a morte, muitas pessoas iriamapegar-se desesperadamente a qualquer chance de esperança, mascom uma rara coragem em alguém tão jovem, Helen Liang resolveupassar seus últimos dias fora do hospital, em casa, tentandoencontrar um tipo de paz com sua família. Seu pai, o famoso mestrede artes marciais Liang Shou-yu, recusou-se a deixá-la perder asesperanças e embarcou com ela numa série de Chi-Kung, Tai Chi,meditação, medicina chinesa alternativa e medicina ocidental. Duassemanas se passaram. Ela ainda estava viva. Mais duas semanas, eentão outra. Semana após semana passaram-se cinco anos. Será queatribuir o milagre a Kuan Yin, a deusa da compaixão, ao Chi-Kung, àsamargas ervas chinesas, ao amor resoluto da família, ou à própriavontade de Helen curar seu câncer, a resposta ainda é um mistério.Mas vendo Helen hoje, demonstrando sua forma favorita de artemarcial, Lu He Ba Fa (Estilo da Água), é a poesia da alma emmovimento, um milagre em ação, e a dança de uma luz brilhandofirme fora das trevas que quase apagaram sua vida recentes sete anosatrás.

Contínuos anéis de fogo

Não quer dizer que Helen e sua família nunca conheceramdificuldades. Foi assim desde o início. Ela nasceu numa vila muitoremota na província chinesa de Sichuan no meio da RevoluçãoCultural, onde seu pai foi sendo forçado a mudar de endereço depoisde graduar-se na universidade para “re-educação”.. Lian Shou-Yu foium famoso professor de Wushu, altamente educado, e um dosprincipais treinadores da China. Estudantes desta pobre região emSichuan tiveram sorte. Mas a sorte estava na balança. Como a sortede muitas pessoas foi puxada anos mais tarde daquela era turbulenta,Helen deve ter também sido enroscada com os políticos querasgaram o Wushu, como tudo o resto. Ela diz, “Eu nasci naquela vila.Eu até não ia para o hospital; alguém ajudou minha mãe com apossibilidade. Em 1994 quando meu pai trouxe o time dedemonstração de volta para a China, ele me trouxe para aquela vilapara ver atualmente o quarto que eu nasci. Era velho e escuro. Aspessoas de lá eram pobres. Eu também tive uma irmã mais jovem,mas meus pais a mandaram para meus avós na cidade de Chongquing,porque éramos muito pobres e era muito difícil de tomar conta deduas crianças.

Eles procuraram o melhor para nós dois. Então em Chongquing elateve um padrão de vida muito melhor, e então é por isso que ela émuito mais saudável, também. Eu estava fraca por causa do meio e dacomida. Mas eles tentaram me dar o melhor que podiam.”

Essencialmente, Helen tornou-se a única criança depois que sua irmãse foi, mas, como ela se lembra de sua infância, “Logo nós nosmudamos para outra cidade. Eu estava com um ramo inteiro deoutros irmãos e irmãs do Wushu então foi como se nunca realmenteeu estivesse sozinha. Foi quando eu comecei o Wushu, quando eutinha cerca de seis anos, com meu pai. Ele me treinou todos os dias.Eu me lembro como eu ia começar uma forma cada manhã e tinha defazê-la dez vezes. Todas as vezes você tinha de fazê-la com muitaforça; meu pai foi muito sério. Você ficava realmente cansada depoisde três ou quatro vezes, e você não queria fazer mais, e ele dizia, não– dez vezes. Ele se aproximava, me abraçava e beijava e então dizia -Ok, continue fazendo!. Então eu tinha que acabar minha forma dez

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vezes todos os dias.” O treino de Wushu na juventude de Helen comseu pai continuou até que ela estivesse com oito anos. Então, ele tevea oportunidade de ir ao Canadá como treinador de Wushu.Procurando um futuro melhor para a família, ele fez a dura viagem,deixando sua família e estudantes em 1980. Ele não teria apossibilidade de voltar para lá antes de se passarem quatro anos. Porenquanto, ele disse a Helen que deveria continuar a treinar. Ela tinhauma extensa família de Wushu para ajudá-la. “Meu pai deixou muitosestudantes”, ela disse, “e ele realmente tinha sido uma figura paternapara eles, então eles moravam em nossa casa, quase todos os dias.Meu irmãs e irmãos – e é como eu atualmente me dirijo a eles –viriam todos os dias e me treinariam, tal como meu pai fazia comigo.Dez vezes todos os dias. E é claro, eu fazia os básicos, também. Elesficavam na minha casa, e minha mãe cozinhava para eles. Era comouma grande família”.

“Todos os dias nós andávamos da minha casa ao local de treinos,cerca de quarenta minutos de caminhada. Naqueles dias não existiatransportes, nem carro, você teria de andar quarenta ou cinqüentaminutos ao local dos treinos, e então voltar. Mas realmente, aquelaera a parte divertida.” Meu pai nos escrevia com freqüência, dizendoà minha mãe, “Assegure-se que Helen está treinando, e que ela selembre de suas formas”. Ele colocava tanta ênfase nisso. Eu realmentesentia falta dele, mas eu estava mais madura. Eu escrevia a ele,dizendo para não se preocupar conosco, nem com minha mãe, que eupodia tomar conta dela. Eu sentia que ela estava sozinha. E escreviaao meu pai dizendo que eu era uma boa garota, e não dava a minhamãe nenhum problema”. A vida seguiu dessa forma por vários anos.Helen treinava e escrevia cartas para ele no Canadá, que parecia tãolonge. Quando ela estava com vinte anos foi embora para a Escola deWushu da Província Sichuan, e treinou lá por um ano.

Lembrando sua viagem para a escola, ela nota “Eu tive que viajardaquela pequena cidade, e basicamente são dois dias de percurso abote. Quando você vai para a cidade de Chongquin, e então tem detomar um trem de Chongquin para Chengdu. Naquela época, era acapital de Sichuan. Então eu fiz tudo sozinha. Pessoas no barco meperguntavam, “Onde você vai?”. Eu dizia a elas, Estou indo para aEscola de Wushu. “Oh, Wushu, você conhece alguém chamado LiangShou-yu?” Eu dizia que sim, ele é meu pai. Ele é muito bem conhecidona província de Sichuan, especialmente perto do rio Yangtsé. Elasdizem, “Oh, você está com problemas. Seu pai está na América doNorte, e ele não irá voltar, e ele não virá pegar seus rapazes.” Naqueletempo existiam todas essas histórias sobre como os artistas marciaisvão para a América do Norte, e são mortos, lutando contra outraspessoas, histórias como essa! Eu ficava tão aterrorizada de ouvir. Ouelas diziam que ele acharia outra esposa e nunca voltaria para nós.Então toda vez que eu ouvia aquilo eu dizia, não, não, ele estávoltando, mas eu me sentia furiosa”.

Helen treinou na Escola de Wushu de Sichuan por quase um ano, eentão um comunicado veio de seu pai dizendo que a levaria para oCanadá. Finalmente, a longa espera e seus medos, estavam chegandoao fim. Apesar disso, mesmo este evento feliz foi tocado pela tristezacom a morte do avô de Helen logo antes da mudança. “Meu pai eramuito próximo do meu avô”, Helen disse. “Meu avô praticava Wushu,também, e então tornou-se um homem de negócios que viajava deHong Kong a Shanghai. Ele teve muito sucesso. Mas nos últimos anos,China não concentrou-se em ser o caminho que ele queria que fosse,porque um monte de coisas que estavam acontecendo lá, e ele estavamuito triste. Ele sempre teve muitas expectativas para meu pai. Emeu pai estava voltando, depois de estar estabelecido na América doNorte, para levá-lo, mas então ele faleceu.”

Então chegou a hora de mudar-se para Vancouver. “Foi muitomarcante”, Helen relembra, “minha primeira vez num avião. Naminha pequena cidade as pessoas dificilmente vêem qualquer avião.Tudo era muito novo para mim. Mas eu era jovem e fácil de adaptar-se à um mundo diferente.” Para começar, Helen somente estudouinglês, em uma classe com estudantes de vários outros países. Ela selembra de não estar com medo, somente tentando falar, e de comoseu professor gostava dela. Logo ela foi para a escola secundária etornou-se uma normal estudante do Canadá. Bem, exceto por ser umadas principais estudantes de Wushu do país, ainda sob a tutela de seupai que era agora um professor ensinando Wushu na Universidade daColumbia Britânica. “Eu ainda estava treinando muito”, diz Helen. “Euacho que na China ter ido para a escola profissional foi uma boaexperiência, mas eu realmente sinto que eu tenho mais do meu pai.Minha paixão do Wushu vêm de mim. Ele influencia você na formaque você ama esta arte. Ele também enfatiza a cultura, e a história doWushu, da China. Ele está preocupado com a saúde de seu corpo, enão pressiona você, ele é muito cuidadoso, mesmo com seusestudantes chineses. Ele toma cuidado com você como uma pessoa.

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Isto é algo muito importante. Meu pai nos estimulava a ler romancesde artes marciais, para que não nos esquecêssemos do Chinês,também algo muito importante para mim. Então ficávamos nessasnovelas, todos os dias. E foi assim em parte como nós mantivemosnossa fluência no chinês”.

Com seu pai como seu professor, Helen fez dramáticos progressos noseu Wushu. Quando ela estava com dezessete anos, começou aensinar crianças na escola do pai, e depois adultos. “Minha vida”, elalembra, risonha, “era realmente somente a escola e o Wushu. E meusparentes eram muito rígidos sobre nossas saídas. Então embora euestivesse aqui no oeste eu acho que tive uma vida adolescente muitodiferente de outras crianças, que saem e vivem em festas e bares.Não, nada disso eu tive. Somente o treino, e então voltar para casa.Muito disso porque eles estavam preocupados conosco. Então eramuito rígido. Mas eles nos amavam muito, e éramos muito próximoscomo família.”

Estando perto do Wushu e de sua família, Helen veio para aUniversidade da Colúmbia Britânica e estudou economia lá. Seus paisrelaxaram as regras um pouco, mas Helen ainda passava muitas horasna livraria e saindo com seus amigos. No ano de sua formatura, seupai levou o time norte americano de Wushu para a China para umademonstração e excursão por 15 cidades. Foi a única vez que voltoupara a China desde sua imigração.

Para a Era da Escuridão

Na sua graduação, Helenconseguiu um trabalho numbanco de Vancouver. Ela estavapróxima a uma promoçãoquando repentinamente ficoudoente. “Eu comeceiarrancando um dente do siso econseguindo uma infecção.Mesmo agora eles não sabem acausa do linfoma. Eu somenteme lembro que tive uma febremuito alta por quase um mês.Eu fui para o hospital e elesestavam tentando descobrir oque era; eles achavam que eraalgum tipo de infecção. Eufiquei no hospital por muitotempo, tomando diferentestipos de antibióticos. Mas nadaaconteceu. O inchaço começoua diminuir, mas era muitodoloroso. Era horrível. Umavez eles estavam fazendo umabiópsia, e eu estava lá sozinhacedo pela manhã. Os doutoresvieram, e eles pegaram estagigantesca agulha, sem me dar

qualquer anestésico, me perfuraram e eu desmaiei. Meus pais vieramquando eu estava inconsciente, mas eu não sei por quanto tempo.”

Os médicos fizeram todos os tipos de testes. “Um dia meu doutorveio”, Helen se lembra, “ele era também nosso médico da família etinha sempre cuidado de mim. Ele conversou com um oncologista; euachava que ele já estava suspeitando de algo. Eu me lembro que umamanhã eu estava com meu pai, somente nós dois, e esse médicochegou. ‘Eu tenho algo para dizer a você’, ele disse. ‘Estou com medoque Helen tenha câncer’”. “Para mim naquela época, câncer era o fimdo mundo. Eu era muito jovem, e era tão saudável, e recém-formada,com uma vida inteira pela frente, então eu somente senti que nãopodia aceitar aquilo. Como podia ter câncer? Meu pai estava muitoquieto, não disse nada. O médico continuou: ‘Temos que tratá-laimediatamente com quimioterapia’. Eu não sei qual quimio era, eunão tinha uma pista. Então ele nos deixou”.

“Você sempre vê nos filmes na TV, alguém ter câncer, e então elemorre, esse tipo de coisa. E então agora mesmo, eu estava deitada lá,olhando para meu pai, ele estava segurando minha mão, e eu estavatendo tanta dor naquela hora, e pensando câncer...Eu somente mesenti como se estivesse chorando, mas não chorei. Eu não sabia quaiseram meus sentimentos ali. Meu pai disse, ‘Bem, você tem que serforte’. Eu perguntei o que acontece quando eu morrer? Para onde euiria? Onde estão indo seus garotos? E meu pai disse, ‘Somente tenhacerteza que se você ver qualquer tipo de luz’ – ele fazia meditaçãoBudista e Taoísta – ‘se você ver a luz, deve seguir a luz, você não podeter medo disso, você deve ir lá.’ Eu estava tentando imaginar comoaquilo seria.”

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“Então ele teve que ir, ele tinha aula aquela noite. Minha mãe veioficar comigo. Eu fiquei deitada lá aquela noite inteira e não queriaadormecer porque eu estava com medo que na escuridão eu não iriaacordar novamente. Mais tarde eu ouvi que quando meu pai foi paraa aula – ele era muito forte, nunca chorava – mas mais tardeestudantes me disseram que ele dificilmente podia falar, e ele medisse que estava chorando no carro por mim.” Helen começou umagressivo tratamento de quimioterapia, muito difícil e duro para seupequeno tamanho e frágil corpo agüentar.’Eu tinha cabelo longo’, eladiz,’e, claro, me disseram que eu iria perder meu cabelo. Cada coisanova era algo que você nunca imagina acontecer. Um dia no banho,um punhado inteiro de cabelos repentinamente saiu na minha mão.Isso exigiu muito de mim muito, mas eu não podia sair do banho.Meu pai estava muito preocupado, porque eu estava muito fraca, emuitas vezes precisei da ajuda dele justamente para tomar banho.Isso veio à tona e eu chorei.”

“Meus pais neste momento se sentiam tão mal, e eles tentavam nãomostrar na minha frente. Eles me deram um monte de cuidados, emeus amigos e seu amigos e um monte de médicos também.” Adespeito dos efeitos debilitantes do tratamento, Helen tambémpraticava Chi-Kung e meditação. A quimioterapia continuou porcerca de 3 meses, mas antes das doses finais o câncer voltounovamente poucos dias mais tarde. Helen começou a inchaçosnovamente, e desenvolveu uma febre muito alta. “Eu estavahospitalizada novamente”, diz Helen. “Eles tentaram outras coisas,mas então eles disseram para mim: “Você somente tem poucassemanas de vida. A única coisa que podemos fazer é tentar umtransplante de medula óssea. Mas a taxa de sucesso é de menos decinco por cento. E temos de achar a medula adequada.” ”Então elesme levaram para uma ala do hospital e tentaram me mostrar o que otransplante era. Eles me mostraram algumas das pessoas lá, e foi acoisa mais horrível que eu me lembro. Eu vi todos os tipos de tuboscorrendo por seus corpos, e eu estava passando por seus quartos, eneste momento eu não sentia que era uma vida mais.”

Os médicos disseram a Helen que não podiam dar a ela qualqueroutro tratamento para seu câncer. Isto era a última chance quepodiam oferecer. Ela tinha estado no hospital por três semanas comuma furiosa febre, a qual nenhuma medicação estava habilitada acurar. “Aquela tarde”, ela diz, “nós tivemos que tomar uma decisão sefazer o transplante de medula ou não. Eu me lembro daquele dia.Toda minha família estava lá para essa decisão, porque era umassunto urgente. E ninguém pode tomar essa decisão. Eu tive quetomar essa decisão. Então finalmente eu estava pensando nos prós enos contras. Eu pensei que meu pai estava propenso em não fazê-la eprocurar uma medicina alternativa, mas ele realmente não podiatomar a decisão por mim. Eu estava exatamente sentada ali epensando, ‘Eu tenho olhado para aquelas pessoas e é esta a vida queeu realmente quero? E as chances são menores do que cinco porcento. Eu quero passar meus últimos poucos dias naquela sala, ouquero estar com pessoas que eu amo e fazer as coisas que eu querofazer? É uma dura decisão.”

“Mas finalmente eu disse: Eu somente irei aproveitar as próximaspoucas semanas. E fazer não importa o que eu quiser fazer. Masminha tia me lembrou, agora eu já estou sentindo muita dor, maistarde ela irá piorar e piorar. Será muito doloroso. Mas eu disse queestava tudo certo, pelo menos em casa, estarei com vocês, pessoal.Está tudo certo.” Helen foi para casa, supervisionada por sua famíliainteira e seu médico de família. Ele praticava medicina ocidental masele tinha também aprendido Chi-Kung com Liang Shou-yu, também.Este médico apoiou a saída de Helen do hospital e os pais de Helenquando eles disseram que queriam procurar um tratamentomedicinal alternativo. Seu pai, disse Helen, não faria nada. Depois dever sua vida esvaziar-se no hospital, Helen estava pelo menosagradecida de estar em casa. Ela lembra, “Depois da minha decisão,eu fui para a praia e tudo de repente foi como se eu tivesse jogadotoda a aflição. Eu senti que estava certo. Eu somente irei fazer o quetiver que fazer nas próximas poucas semanas, e todos os dias eu nãoirei desistir. Meu pai continuou a me dizer para meditar e treinar Chi-Kung. E assim aconteceu naquele dia apareceu um médico, um amigopróximo de meu pai, em Seattle. Ele chamou e disse, ‘Eu conheço estedoutor de Beijing, talvez ele poderá ajudar.’ Meu pai disse, sim,vamos tentar.”

Depois de contatar este Dr. Wang, Helen descreveu sua enfermidade esintomas para ele pelo telefone. Ele imediatamente escreveu umaprescrição e enviou pelo fax. “Nós fomos conseguir essas ervaschinesas”, diz Helen. “Meus pais foram me forçando, dizendo: vocêtem que tomá-las, pelo menos para matar a febre no momento. Vocêtem que pelo menos tentar. Claro que as tigelas desse amargoremédio chinês... Eu estava tão fraca, e eu tomava somente um poucoe vomitaria. Mas eu me forcei. Eu não estava desistindo, eu pensei, e

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faria tudo que tinha de fazer. Então tomei o remédio por uns poucosdias, e minha febre começou a melhorar. Eu tive diarréia mas é assimque o remédio funcionava, como o remédio se livra das impurezas doseu corpo, então isso supostamente ajuda você. Então, pelo menosminha febre estava mais controlada. “Eu estava mais relaxada, efazendo Chi-Kung e Tai-Chi com meu pai todos os dias. Nós saíamospara fazer todo tipo de Chi-Kung porque é bom para você estar fora erespirar oxigênio. Isso supostamente mata suas células cancerosas.Então ficávamos fora dois terços do dia, meu pai e amigos e todosdando voltas, me levando para fora, andando na praia. Nós tínhamosque ficar longe das multidões porque meu sistema imunológicoestava baixo, muito fraco. Então eu somente tomava remédioschineses, fazia Chi-Kung e Tai-Chi”.

Helen seguiu essa rotina por uma semana. Então outra. Logo foramtrês semanas. “Eu disse: Oh, três semanas, eu continuo aqui. E sei quetodos estão sentindo aquela distância, eles somente não queremdizer. Eles não querem ficar nervosos. Eles estão muito cautelosos. Emeu pai está muito rígido, dizendo: você tem que sair todos os dias,respirar o máximo de oxigênio possível. E fazer Chi-Kung e muitameditação. E tomar os remédios. Então nós iremos combinar issocom outros remédios, com outro médico de medicina alternativa, ummédico ocidental. Algum tipo de remédio deve supostamenteimpulsionar seu sistema imunológico. Eu estava dando injeções emmim mesma. Era um processo muito doloroso, porque eu tinha queficar na cama por uma hora ou duas somente dando injeções na áreade meu estômago. Toda a medicina, da China e de diferentes lugares,custou aos meus pais muito dinheiro. Todos os meses milhares emilhares de dólares.” Lentamente, o corpo de Helen começou acurar-se. Pelos próximos seis meses, o câncer de Helen voltaria umpouco, mas então ia embora. A combinação estava funcionando.Pouco a pouco sua força voltava e no final de um ano ela estavafinalmente recuperando seu corpo e espírito. {mosimage}

Luz Medicinal -- Qi Gong Taoísta e Budista

Durante o processo derecuperação, Helenpraticou Chi-KungBudista e Taoísta comseu pai, e também muitameditação por si só.“Todos os dias”, elalembra, “Eu ia no quintalonde tínhamos flores ebambus. Pela manhã,tomando sol, sembarulhos, eu sentava emeditava. Eu combinométodos, e os encurto,costurando-os paramim. Eu foco algumasvezes na deusa KuanYin; eu sinto tranqüilatoda as horas em que eupenso nela. Então eufaço algo que tem algo afazer com ela, visualizaruma imagem de sua luzda cura.

“Outra coisa querealmente me ajudou, eume encontrei. Eu estava sentada lá e imaginei que era uma com ouniverso., quase como se não estivesse lá. Quando você pensa sobreisso, quanto imenso o universo é – o bom, o mal, doença e tudo,como tudo se modifica, reciclando, tornado-se um círculo – você nãomais terá medo de nada. Eu penso: eu não estou sequer doente agora,eu sou o universo – sentindo quão poderoso o universo é – eu nãoestou lá e mesmo assim sou poderoso”.

“Algumas vezes sentindo dor, os efeitos colaterais da quimio, eu mesentia horrível, era quando eu mais meditava. Eu me levantava e mesentia renovada – sentia em paz e forte – eu era o universo”.

Quando seu corpo se curou Helen teve a força para praticar mais TaiChi e outros estilos internos, particularmente seu favorito Liu He BaFa (Estilo da Água). Na quieta sombra do bambu de seu quintal, ou noar marítimo da praia de Vancouver, o foco de Helen nunca hesitou.

“Todos tentaram não falar disso no começo”, ela se lembra. “Entãotrês semanas se passaram, quatro semanas se passaram, então eusomente não pensava mais sobre isso mais. Uma das coisas que euaprendi mesmo foi deixar a natureza seguir seu próprio curso. Não se

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preocupe sobre a conseqüência. Preocupe-se sobre o processo, edeixe a natureza ir a partir dali. Sempre tente fazer o melhor, mas nãose preocupe. Se você falhar e perder, não importa. É parte danatureza.”

“No começo quando o médico me disse que não havia nada quepoderiam fazer, e que eu teria somente algumas semanas de vida, euestava na negação. Eu perguntei porque? Eu nunca soube a resposta.Eu não podia me arrastar para fora. E com essa descrença, eu estavaassustada e deprimida”.

“Então, eu encontrei algum tipo de resposta. Isso depende de comovocê olha para isso e o que aprende com isso. Agora, eu posso dizerque não me sinto mal pelo que passei. Eu não direi que quero voltar apassar, mas a experiência, e o que eu aprendi, foi uma experiênciamuito especial. Eu não me sinto mal porque eu aprendi muito.Existem esclarecimentos que eu realmente, realmente aprecio. Euposso sentir, eu sei”.

Muitas pessoas têm problemas com meditação porque não sabemcomo supostamente tem que se sentir, e têm uma dificuldade e temum período difícil de desligamento dos pensamentos mundanos docotidiano. Poucas pessoas alcançam o tipo de atenção profunda quefoi permitida a Helen por estar na beira do abismo, mas o verdadeirofato de sua meditação ser um assunto de vida ou morte deve terproduzido uma experiência humana excepcional.

“Durante a meditação”, ela diz,”se você puder atingir um estágio ondevocê está num estágio de glória, você não sente a você mesmo. Éduro para qualquer um atingir esse tipo de estado. É o último estado.Poucas vezes eu atingi. Esse tipo de felicidade não pode ser descrita. Édelicioso. Mas somente duas ou três vezes eu tive esse tipo deexperiência. Eu não tenho me sentido assim recentemente. Agora eufaço a meditação de uma forma diferente. Mas na época, minha mentenão estava pensando em nada a mais – somente curando você todosos dias. Cada segundo, cada minuto, curando você".

Helen relembra de ler os romances de artes marciais que seu pai lhedeu quando adolescente, e diz que se sentiu como um dos místicoseremitas taoístas. Forçados a ficar longe das pessoas e multidõesdevido ao seu fraco sistema imunológico, ela encontrou sua pazverdadeira com si mesma e a natureza, no jardim do quintal, noparque e na praia. “Foi um sentimento de paz e quietude”, ela diz, “oqual eu trago comigo daqueles dias em diante”.

Para Todo o Mundo Ver

Depois de um profundo anode meditação, ChiKung eartes marciais internas, ocabelo de Helen voltou acrescer. Ainda fraco, aexperiência somentepareceu fazer toda sua belezamais sua. Era o ano de 1997 ,e o promotor Jeff Bolt estavatendo um inovador eventoem Orlando, uma luta desanshou no pay-per-view(programa compradoatravés de tv a cabo) unidocom uma demonstração aovivo exibindo os principaistalentos de Wushu daAmérica do Norte. Seria aprimeira transmissão dessetipo, e era muito esperadapor toda a comunidadeamericana de artes marciais.

Liang Shou-yu era um dosprincipais astros, e Helen foiconvidada para apresentar-se também. Ela não seapresentava a muito tempo. Seu corpo continuava fraco, e ela estavatentando realizar a forma do Estilo da Água completo. Novamente, foiseu pai que a pressionou para frente, cultivando-a, encorajando-a.Ela encontrou a vontade, a força e a coragem para estar no palco, eno final da noite ela era a estrela do show (então ela ia se negar a isso,com sua modéstia característica. Eu estava lá ajudando a coordenar oshow, e posso atestar para sua qualidade de estrela unida com aserenidade espiritual, a qual a fez ser amada pela audiência e seuscolegas).

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A cura de Helen continuou numa programação rígida. “Minha mãetrouxe três jarras de erva medicinal chinesa para Orlando. Meucabelo tinha crescido um pouco na época. Orlando foi uma boaexperiência para mim. Foi a primeira vez depois de adoecer que euatualmente fiz o “Liu He Ba Fa” completo. Naquele dia, eu tentei dar omelhor de mim. Foi muito cansativo, mas foi bom.”

O evento de Orlando foi um importante marco na sua recuperação,dando um impulso psicológico e emocional muito necessário paraHelen, não somente pelo estrago físico que o Linfoma fez com seucorpo, mas o trauma mental que também foi difícil de superar.Retornando ao hospital que tinha fracassado e desistido foi um durocaminho de lembranças. “Por muito tempo”, ela diz, “Eu estava commedo de voltar ao hospital. Eu tive muitos sentimentos logo queentrei lá. Meu pai sabe disso. Ele disse, entre, não leve isso a sério,não importa se é o hospital, parque, ou aqui. Esteja certa que vocêtem a paz, não importa onde esteja.”

Sua experiência com o oncologista, desde o começo, foi de mal a pior.Ele não foi somente definitivo em seu parecer sobre a doença deHelen ser fatal, mas ele também desprezou abertamente a medicinaalternativa. “Ele me disse que nada podia ser feito. Ele não podiaaceitar o fato que tínhamos medicina alternativa, e chamou meudoutor de nomes ruins. Depois da quimio e febre por muitas semanas,meu corpo era um esqueleto, eu não podia me mover, ficava deitadana cama. Ele viu quando eu estava dando injeções em mim mesma, eficou furioso que tinha ido ao outro doutor. Mais tarde, aqueleoncologista também disso coisas terríveis ao médico de minhafamília, e o tentou trazê-lo à uma corte.”

“Mas o médico de minha família ficou do meu lado, e o médico chinês,também. Eu me recusei a voltar ao oncologista. Desde que deixei ohospital, não tive mais contato com ele. Quase um ano depois, ele meligou uma vez. Minha impressão foi que ele me ligou para ver se euainda estava por aqui! Ouvi mais tarde que ele estava em descrença.Eu nunca liguei mais para ele. E me recusei a voltar ao hospital paratê-lo me examinando.”

Eles dizem que se você pode sobreviver os primeiros cinco anosdepois de um câncer, sua porcentagem de sobrevivência é boa.Mesmo enquanto o tempo do relógio externo, Helen não conta otempo quantitativamente, mas qualitativamente, vivendo cadamomento, cada dia por completo. Ela não quer nunca mais voltarpara ser examinada pelo linfoma. “Eu não acho que alguma vez tiveuma confirmação”, ela diz. “Se eu me sentir bem, eu me sinto bem. Eunão quero ouvir eles dizerem nada. Deixe ser. Se eu me sentir doente,irei ver um médico. Eu só quero ser normal. Claro que isso é umasituação muito especial, e raramente alguém tem algo como isso. Meutipo de linfoma foi muito agressivo. Um tipo raro”.

Um cuidadoso regime de meditação contínua, Chi Kung e prática deartes marciais continuam a manter Helen saudável, mas seu sistemaimunológico continua delicado e vulnerável. Ele ainda fica doentemais freqüentemente do que os outros, e tem que se cuidadosa comsua saúde. Mas principalmente, ela entendeu que não podemosreceber nada para doar. “Minha doença foi uma incrível experiênciade amadurecimento, mesmo que eu tenha sofrido muito crescendonaquela idade. Eu tenho esses jovens sonhos e então isso bate emvocê – repentinamente todo o mundo parou por muitos anos.”

“Depois de tudo, você vem a entender quantas pessoas sepreocupam. Eu devo muito aos meus pais. Eles nos amam muito. Eunão posso acreditar quanta energia eles colocaram nisso, e amor.Também, eu tive sorte de ter amigos e amigos de meus pais que forammuito bons para mim e preocuparam-se comigo. Então para mim, eusempre apreciarei a amizade, e coisas materiais não são importantes.Eu não falo sobre o que eles têm feito, mas eu sempre lembrarei. Eumantenho dentro de mim.”

Wushu estilo da Água e o Caminho

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Hoje, seteanosdepois,HelenaindapraticaWushutodos osdias, eensina naescola deseu pai, em

Vancouver. “Wushu tornou-se uma inseparável parte da minha vida”,ela disse. “Eu o tenho praticado desde que era uma criança pequena.Quando eu precisei dele, ele me ajudou muito. Antes eu o amavacomo uma arte, uma arte muito completa. Se você ama algo, você oencontra sempre completando sua vida. Quando você é pequena,estilos externos parecem mais excitantes, e eles são bonitos, eles têmforça, exigem vigor, eles treinam sua vontade. Eu ainda continuo osamando, mas agora eu pratico mais artes marciais internas. Quandoestou num estilo interno, eu posso me encontrar mais. A qualquerhora que eu faça essa forma (Liu He Ba Fa – Seis Unidades/OitoPrincípios – também conhecido como Luta da Água ou Estilo daÁgua), estou totalmente imerso nele. É o tipo de sentimentoencontrado na meditação. E mais as teorias e histórias do Estilo daÁgua, e meu entendimento envolvente dele, tem me trazido para umestável nível elevado”.

Desde sua performance pública do “Liu He Ba Fa” quase doze anosatrás, Helen se tornado uma das mestras mais conhecidas. Quando arevista “Kung-fu Magazine” publicou pela primeira vez sobre ela em1997 , sobre sua performance em Orlando, dúzias de cartas fluíramsobre isso e a exigência de eventualmente produzir um vídeoinstrutivo de Helen sobre o “Estilo da Água”. De acordo com o artigode Helen, acredita-se que o “Liu Ba Fa” data do século 10, criado porum ermitão taoísta em Huashan para beneficiar sua saúde, força docorpo, livrar-se de doenças e chegar a longevidade. Não é de seadmirar que ela tenha se tornado uma mestra nele.

“Meu amor é o Estilo da Água, eu sinto que é minha real expressão”,ela disse. “Naturalmente, eu sempre gosto de associar o Estilo daÁgua com aquelas características do elemento, e eu gosto muito deágua. As pessoas dizem Helen, você parece gentil, mas você tem forçae poder. Mais tarde eu vim a perceber, sim, eu sou dessa forma – emesmo que não fosse, eu gostaria de ser. Como é dito no Tao TeChing:

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‘Embaixo do céu nada é maissuave e obediente do que aágua. Mesmo para atacar osólido e forte, nada é melhor;não tem igual. (verso 7 8)’”

“Eu amo aquela passagem. A águaaceita e se rende. Ela não temlimites, não tem formas, não temlimites. Ela pode absorver, ecorroer a firmeza. Ela podeabsorver e ser poderosa. Essa idéiaé muito relacionada à minhafilosofia de vida, e ao estilo daÁgua. Água pode parecer muitogentil e bonita, mas tão poderosa,tem tanta força e é tão receptiva”.

“O Tao Te Ching também discuteque ter é não ter, não ter é ter. Essetipo de paradoxo – eu me sintomuito ligado à ele. Ser simples,realmente, se você quer encontrara paz. Sempre trazendo a paz comvocê. Simplicidade. Harmonia.Tudo que eu falei, no final dascontas acaba indo em direção àharmonia. Sozinho, com pessoas aoseu redor, harmonia com a natureza. Eu me esforço muito para isso.As idéias são tão profundas, e eu sinto que eu sou uma muito inicianteaqui. Eu sinto que isso irá me levar a vida inteira, para sempreaprender disso.

Eu gosto de muitas coisas hoje em dia no Estilo da Água. Existerapidez na forma e partes lentas. É muito como a vida humana.Algumas vezes você trabalha, trabalha, trabalha e então tem dedescansar. Conserve sua energia. Use e aplique-a quando for a horacerta. Se não precisa, não a use. É como eu vejo a vida também.”

Olhando ao redor

Exteriormente não permanece nenhum sinal da doença encerradaque quase acabou com a vida de Helen. Sua beleza delicada éaprofundada pela beleza em seus olhos, e por uma calma que emanade sua pessoa. E também, entre momentos de calma e reflexãointerna de energia também abastece um poder que você pode ver emsuas artes marciais e sua calma paixão pela vida.

“Mais e mais, eu tento encontrar algo que é benéfico nas coisassimples, uma ocorrência diária que ocorreu ao meu redor. Eu tentotrazer aquela experiência comigo, transformando-a em algo que eupossa aprender. Essa habilidade inata sempre esteve lá, mas eu nuncative a chance de trazê-la para fora, para contempla-lacompletamente. Minha experiência com a doença realmente ampliouisso. Agora, depende de mim explorar.”

Hoje Helen é uma consultora financeira num banco, e continua aensinar Wushu na escola de seu pai. “Eu acho que as artes marciaisserão sempre uma parte inseparável da minha vida,” ela diz. “É claroque existe muito mais coisas que eu preciso explorar e aprender nasartes marciais. Eu quero que meus filhos aprendam artes marciais.Existe muita expectativa na minha família. Família é importante paramim. Família em harmonia é importante para mim. Eu gostaria detreinar, ensinar e sempre influenciar minha criança no futuro. Eestudantes, também. Eu realmente gostaria de ter minha habilidadena arte marcial, e minha experiência, influenciando pessoas num bomcaminho.”

Helen ensina formas de Wushu e Tai Chi, mas não o Estilo da Água,ainda, então seu vídeo tem apresentado a forma a muitos praticantes.Mas ela espera usar o Estilo da Água como um instrumento que podecontribuir para a cultura contemporânea e trazer um profundoentendimento para mais pessoas.

“Eu acho que esta coisa muito antiga pode se ligar com a sociedademoderna”, ela diz, “e ter um lugar no mundo moderno. Estilo da Águacombina teoria e prática com uma pessoa. Entender, e praticá-lo,aprendendo como a construção cresce forte – irá possibilitar aspessoas até a alcançar a iluminação.”

E quando perguntamos sobre ser um modelo exemplar de garotafazendo essa poderosa e complexa forma, Helen sorri com seucaracterístico sorriso humilde, mas observa, “Eu acho que umagarota fazendo o Estilo da Água pode realmente trazer muitas coisaspositivas.”

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Aceitação

O Budismo e o Taoísmo inspiraram o Chi Kung que ajudou Helen avencer a doença de Helen coloca uma ênfase no equilíbrio. Equilíbrioentre aceitação e autorização, entre a vontade humana e o Tao douniverso.

“Se eu tiver uma oportunidade de aconselhar”, ela diz, “seria paraaprender a aceitar. Se você tem uma doença, aceite o fato que estádoente. Eu estava negando, mas quando eu tive a decisão de não fazerum transplante de medula eu aceitei a realidade. Aceitei como umacoisa normal, não triste ou trágica. Isto está acontecendo comigo – oque posso fazer? Aceitar coisas diferentes, pessoas diferentes.Tolerância é muito importante. Tornar-se mais adaptável. Essecaminho fará você nunca perder o seu centro”.

“Situações acontecem na vida – uns ligam com outros, destino,chance. Tudo acontece por uma razão. Eu não posso dizerexatamente qual é a razão. Mas por causa das coisas que aconteceramcomigo, eu penso que estou num estado muito mais profundo agora.De outra forma, isso me levaria 30 anos para realizar. Eu me sintograta. Isso colocou as coisas em muito mais perspectiva”.

Artigo original de Martha Burr - © 2004 KungFuMagazine.com, todosos direitos reservadosTraduzido e adaptado de Kung Fu MagazinePostado por Marko às 16:26 0 comentários Marcadores: Artigos de Revistas , Personalidades

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