OPT_Angélica em Revista 8

32
DEZEMBRO 2011 - EDIÇÃO 8 EM REVISTA Medicamentos e o futuro INOVAÇÃO A importância do diagnóstico precoce HOMENS EM ALERTA Que venha a melhor idade! QUALIDADE DE VIDA Alimentação em equilíbrio DIABETES Medicamentos e o futuro Que venha a melhor idade! Alimentação em equilíbrio Alimentação em equilíbrio Medicamentos e o futuro Que venha a melhor idade! A importância do diagnóstico precoce A importância do diagnóstico precoce

description

A importância do diagnóstico precoce A importância do diagnóstico precoce A importância do diagnóstico precoce EM REVISTA Alimentação em equilíbrio Alimentação em equilíbrio Alimentação em equilíbrio HOMENS EM ALERTA QUALIDADE DE VIDA DIABETES INOVAÇÃO DEZEMBRO 2011 - EDIÇÃO 8

Transcript of OPT_Angélica em Revista 8

Page 1: OPT_Angélica em Revista 8

DEZEMBRO 2011 - EDIÇÃO 8EM REVISTA

Medicamentos e o futuro

INOVAÇÃO

A importância dodiagnóstico precoce

HOMENS EM ALERTA

Que venhaa melhor idade!

QUALIDADE DE VIDA

Alimentaçãoem equilíbrio

DIABETES

Medicamentos e o futuro

Que venhaa melhor idade!

Alimentaçãoem equilíbrioAlimentaçãoem equilíbrio

Medicamentos e o futuro

Que venhaa melhor idade!

A importância dodiagnóstico precoceA importância dodiagnóstico precoce

Page 2: OPT_Angélica em Revista 8
Page 3: OPT_Angélica em Revista 8

SAÚDE INFANTILAlergia alimentar

pg. 14SAÚDE DA MULHERGinecopatias

pg. 24PREvENção Homens em alerta

pg. 26DIAbETESAlimentação em equilíbrio

pg. 12

ExpedienteProjeto Gráfico e Diagramação: Editora AvantE-mail: [email protected] / Tels: (92) 3238-6328 / 9984-8700

UMA PUBLICAÇÃO QUADRIMESTRAL EDITADA PELA EDITORA AVANT.Todas as informações e fotos contidas nos anúncios são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Todos os textos estão escritos e corrigidos conforme a nova Reforma Ortográfica.

Os assuntos enviados ou assinados não representam necessariamente a opinião da revista.

Gerente Geral: Renata Pinheiro

Gerente Comercial: Jane Machado

Assessoria de Comunicação – Grupo SB: Jean Mara Tavares (Coordenadora de Marketing), Kadmah Almeida (Supervisora de Marketing), Israel de brito, Reide-son Rocha, Samuel Souza (Design/Marketing), Ana beatriz Garcia, Emanuelle Canavarro (Redatoras) e bruno Santos (Relacionamento com o Cliente).

EDITORIALUm brinde ao novo!

Fim de ano sempre chega acompanhado de um mesmo pensamento: “Nossa, como este ano passou rápido!”. Para alguns, apenas a mudança no calendário. Para nós, mais que isso: uma renovação. Por esse motivo, preparamos mais uma edição especial para brindar a sua qualidade de vida, com matérias repletas de energia e boas vibrações.

Acompanhe a experiência de vida dos “Médicos Sem Fronteiras” – onde a solidariedade se revela uma verda-deira prova de amor. Fique por dentro das novas proezas da “Cardiologia intervencionista” e saiba por que o cora-ção é a região do inesperado. “Uma fonte de esperança para o mundo” promete deixar você atualizado sobre os progressos da medicina, na descoberta de medicamentos para curar doenças da atualidade. Em saúde, uma equipe de médicos e especialistas se uniu para esclarecer todas as suas dúvidas – sobre alergia alimentar infantil, diabetes, saúde do homem, o avanço do linfoma e as ginecopatias.

Sabe aquele dilema: “É melhor casar ou comprar uma bicicleta?”. Se você quer ficar em forma, levantar o astral e colaborar com o meio ambiente, aposte na segunda opção – é o que diz a matéria “Exercicle-se”. Para elevar ainda mais o seu conceito de bem-estar, investir nos “Produtos Orgânicos” é uma boa pedida. Comece o ano com o pé direito e confira muitas outras matérias e entrevistas exclu-sivas que esperam por você.

Que sejam depositados na conta de cada um de nós, 365 dias de boa-sorte, saúde, paz e felicidade para o ano de 2012. Até a próxima edição e boa leitura!

Renata Pinheiro | Gerente Geral – Drogarias Angélica

SUMÁRIO

AvANçoS DA MEDICINAMedicamentos e o futuro

ACoNTECEUPrincipais ações do Grupo SB

GENERoSIDADEMédicos Sem Fronteiras

DIAGNóSTICoO avanço do linfoma

EDUCAçãoHora de estudar

vALoRES DA NoSSA TERRA Elizabeth Tavares

CARDIoLoGIACuide bem do seu amor

ATIvIDADE FÍSICAExercicle-se

ALIMENTAçãoA receita é... Diga não ao desperdício!

vIvER bEM Produtos orgânicos

05

08

18

13

16

22

29

30

28

06

Page 4: OPT_Angélica em Revista 8
Page 5: OPT_Angélica em Revista 8

Erradicar a AIDS e o câncer é o sonho de milhões de pessoas no mundo e representa um verdadeiro de-safio para a medicina que, por sua vez, trabalha cons-tantemente para descobrir alternativas capazes de ex-terminar ou controlar esses males. Da identificação de antídotos a testes pré-comerciais, a cura para doenças como Alzheimer, Parkinson, diabetes, depressão, dentre outras, estão em pauta nos grandes centros de estudos.

Estatísticas apontam que, por ano, a pesquisa clíni-ca movimenta cerca de US$ 40 bilhões em investimen-tos, em todo o mundo. No Brasil, são investidos pouco mais de US$ 139 milhões – o que, segundo dados da ViS Research Institute, representa 1,2%. Pode parecer um número pequeno, mas para se ter uma ideia des-se desafio, um medicamento leva, em média, dez anos para ser desenvolvido, e somente um em cada 10 mil compostos finais chegam até os pacientes.

Só em 2010, a indústria farmacêutica brasileira fa-turou R$ 36.249 milhões, conforme informou a IMS He-alth. No ranking mundial, segundo o mesmo instituto, o País ocupa a 8ª posição em nível de faturamento. Apesar do crescimento comercial, pesquisadores enfrentam a cada dia novos desafios, na busca constante por formas eficazes de combate às doenças que ameaçam a vida humana. Os avanços têm sido grandes, principalmen-te com a ajuda de diversas ciências, que progrediram substancialmente e trabalham em conjunto, a exemplo da genética, farmacologia e informática.

Em Harvard Medical School, nos EUA, cientistas revelaram uma técnica de envelhecer e matar células cancerígenas apenas com a desativação de um gene, dispensando o uso de remédios fortes e quimioterá-picos. A esperança de encontrar a cura para a AIDS também figura entre as pesquisas médicas. Desde que foram criados na década de 90, os coquetéis consegui-ram prolongar a vida dos pacientes. Em dez anos, as expectativas foram ganhando força e muitos avanços

satisfatórios têm saído do papel e dado lugar a verda-deiras descobertas e resultados.

Em 2010, cientistas do Texas encontraram o “ponto fraco” do HIV – a proteína gp120, necessária para que o vírus entre nas células e, posteriormente, se desenvol-va. A equipe conseguiu quebrar a parte que atua como “cérebro” da doença, o que possibilitou a criação de an-ticorpos enzimáticos capazes de atacar a debilidade do HIV, de forma precisa. A partir dos resultados obtidos foi possível reconhecer, praticamente, todos os tipos de vírus causadores da AIDS, no mundo. Contudo, as mo-léculas ainda precisam ser testadas nos humanos para que vacinas e remédios possam ser produzidos.

Uma das novidades mais esperadas foi a vacina contra o Alzheimer. A princípio, ela pode reduzir o risco de uma pessoa desenvolver a doença, além de ser tera-pêutica, ou seja, ter o poder de auxiliar pacientes que já sofrem com a patologia. Mas, as pesquisas não param por aí. Se a esperança é a última que morre, como deno-ta o dito popular, com as boas novas destas descober-tas, motivos não faltarão para comemorar.

Medicamentos e o futuro Uma fonte de esperança para o mundo

Alzheimer e outras demências

Artrite

Câncer

Leucemia

Doenças cardiovasculares

Diabetes mellitus

HIV/AIDS

Transtornos mentais e comportamentais

Parkinson

Doenças respiratórias

Doenças raras

Categorias

98

74

878

119

237

193

81

252

25

334

303

Número de medicamentosem desenvolvimento

Medicamentos em desenvolvimento – 2010Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma (adaptado)www.interfarma.org.br

ANGÉL ICA EM REVISTA 05

Avan

ços

da M

edic

ina

Page 6: OPT_Angélica em Revista 8

Acon

tece

u

AbRH 2011

Um brinde ao desenvolvimento e à valorização da educação! Sempre focada nas tendências de mudança no mundo do trabalho, há cinco anos a Drogarias Angélica marca presença no Congresso Amazônico de Gestão de Pessoas – uma realização anual da ABRH Amazonas. Acre-ditando que a boa educação é uma espécie de “moeda de ouro”, os colaboradores da rede parabenizaram a temática deste ano: “EDUCAÇÃO: uma questão de Atitude – Carrei-ra, Mobilidade Social e Crescimento Pessoal”.

Devido à intensa competição em nível mundial, tais como os processos de reestruturação, surge a necessida-de de lidar com a diversidade e aprender a fazer negócios em diferentes culturas. Paralelamente ao Congresso, rea-lizamos a Feira de Produtos, Serviços e Tecnologia de RH. Com esta iniciativa, a Drogarias Angélica teve a satisfação de apresentar a um público variado, serviços como: teste capilar, maquiagem, limpeza de pele e massagem.

Em clima de muita interatividade, os visitantes pude-ram deixar mensagens e assinaturas em um mural no stand da Drogaria e apreciar um delicioso buffet. O evento chegou ao fim com grandes expectativas para a próxima edição e o apoio de clientes e fornecedores, que valorizam cada vez mais o potencial de nossas atividades. E que venha 2012!

TURMA DA MôNICAUm espetáculo de sustentabilidade!

Educação, a gente vê por aqui

ANGÉL ICA EM REVISTA06

O simpático elefante Jotalhão tem a importante tarefa de alertar a humanidade sobre um problema muito sério, que atinge espécies de animais no planeta: a extinção. Este é o tema abordado na peça infantil Turma da Mônica – Era uma vez na floresta, em que a Drogarias Angélica se fez presente, divertindo a criançada e estimulando a adoção de práticas sustentáveis e de preservação do nosso ecossiste-ma. A rede prioriza ações que contribuam para o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Com decoração temática, o stand da Drogarias Angélica representou a preocupação e os cuidados com a ecologia, atraindo a curiosidade do público e distribuindo uma varie-dade de brindes – como as nécessaires Turma da Mônica. Logo na entrada, o público participou da promoção “Ache o papel da Sorte”, com o sorteio de ingressos para os clientes do Cartão de Descontos Acumulativos. O evento aconteceu no dia 28 de agosto, no Studio 5 – Centro de Convenções.

Um par de ingressos foi sorteado para quem curtiu a pá-gina da Angélica no Facebook. O ganhador, Romeu Dantas, agradeceu a premiação. “Obrigado pela oportunidade de ter assistido com meu filho a este belo espetáculo. Divertimo--nos muito, além de nos sensibilizarmos com a mensagem

de cuidar da natureza e principalmente das pessoas”.Ecobags foram a grande sensação do stand e fizeram

a alegria dos pequenos – as sacolas ecológicas portavam pastas com desenhos para colorir e joguinhos com o mas-cote da empresa: o Anjinho. A Drogarias Angélica preza por diversão, saúde e um mundo mais verde. É preciso tomar medidas que amenizem, a curto e longo prazo, os danos provocados no passado. Faça a sua parte e a mamãe Na-tureza agradece.

Romeu Dantas com o filho. Ele foi o ganhador da promoção no Facebook, que sorteou um par de ingressos para assistir ao espetáculo.

Colaboradores e parceiros puderam deixar suas mensagens de apoio no mural de conscientização do Outubro Rosa, em mais uma edição da ABRH.

Page 7: OPT_Angélica em Revista 8

Ação

Soc

ial

CAC 2011Sucesso em dose dupla

“Ser criança é bom. Ser criança faz bem. Seja uma tam-bém. O sonho não acabou. Basta olhar uma e ver. Que a vida recomeçou”. Esta cantiga, que fez parte do repertório musical de muitos de nós, quando pequenos, voltou a soar com firmeza entre todos os colaboradores do Grupo SB, no dia 08 de outubro, quando mais um próspero mês das crianças foi comemorado no Lar Batista Janell Doyle. Pela segunda vez consecutiva, a Instituição foi palco da criativa performance do Criança Ajuda Criança (CAC).

Sorrisos e lágrimas de emoção contracenaram em um momento realmente especial, enquanto uma magnitude de valores foi repassada. Funcionários, clientes e fornecedo-res, mais uma vez, deram vida aos contos de fadas, com fantasias dos mais diversos personagens infantis. Além dos donativos, foram distribuídos sonhos, conceitos de amor ao próximo e um mundo repleto de atividades e brincadeiras. “É com grande satisfação que recebemos os colaboradores do Grupo SB. As doações este ano superaram as expecta-tivas, estamos imensamente felizes e gratos por mais uma grande contribuição”, agradeceu Magaly Arruda – diretora da Instituição.

A carreata pela cidade, a descontração no trio elétrico e a homenagem feita pelo coral do Janell Doyle constituem

momentos que ficarão marcados para sempre na memó-ria da família SB. Só quem participa do CAC sabe que a nossa iniciativa vai muito além de um compromisso social: representa uma intensa luta pelos direitos mínimos de cada criança oprimida e em situação de risco.

Afinal, existe em cada um de nós uma criança que, às vezes, precisa de uma atenção especial, proteção, orienta-ção e de muito carinho. E dia da criança deve ser todo dia. Portanto, parabéns a todos nós.

ANGÉL ICA EM REVISTA 07

Em momento de descontração, funcionários da Drogarias Angélica e equi-pe do Janell Doyle reúnem-se para esta bela foto.

oUTUbRo RoSASua saúde merece esse mês

tes: o sorteio de exames mamográficos, com a intenção de estimular ainda mais o cuidado com a saúde das mamas.

Para a Drogarias Angélica, colaborar com esta campa-nha e se vestir de rosa vai muito além de uma questão social: significa a luta em prol da saúde e dos direitos ple-nos de cada mulher. Então, não deixe para depois. Escolha o seu “Dia Rosa”, relaxe, faça compras, visite uma amiga e, claro, não se esqueça de fazer o exame de mamografia. Sua saúde merece esse dia.

O câncer de mama é um grande inimigo, que precisa ser combatido com armas potentes. E, nesse caso, nada mais eficiente que um bombardeio de informações. Por isso, a simpatia do Outubro Rosa continua a abraçar o mun-do, de forma bonita, elegante e feminina, unindo diversos povos em torno de tão nobre causa, enquanto promove a conscientização sobre o diagnóstico precoce da doença.

A Campanha surgiu em 1997, nos Estados Unidos, sendo marcada pela iluminação de monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e diversos empreendimentos, que passaram a receber uma leitura visual na cor rosa. Desde então, vários países compartilham a iniciativa de alertar a sociedade sobre a importância da saúde da mulher e da mamografia periódica. Para dar uma força, a Drogarias An-gélica está mais uma vez presente neste movimento que já representa um grande sucesso, cujo objetivo é orientar não só as mulheres, mas a população em geral.

Neste ano, a ornamentação das lojas ganhou um ca-ráter especial com a distribuição de folders informativos e marcadores de livros, em paralelo com a realização de atividades e palestras educativas. Mas, as surpresas não param por aí! Uma novidade despertou a atenção dos clien-

Dr. Nilton Bessa realiza palestra educativa sobre o câncer de mama e diag-nóstico precoce da doença.

Page 8: OPT_Angélica em Revista 8

Gen

eros

idad

e

Médicos Sem FronteirasLevando amor e esperança ao próximo

Algumas das ações desenvolvidas pela MSF no mundo. Nas imagens, a equipe que presta atendi-

mento é formada por brasileiros.

Faça chuva ou sol. Não importa o local, a hora e as circunstâncias. O importante é ajudar, mesmo que as condições não sejam favoráveis. A falta de recursos financeiros e tecnológicos também não representa um empecilho para fazer o bem a quem quer que seja. Esta é a rotina dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), que re-alizam uma verdadeira maratona de solidariedade e de amor ao próximo.

Criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, a MSF é uma organização médico-humanitá-ria internacional, independente e comprometida em le-var ajuda às pessoas que mais precisam. Conflitos, epi-demias, catástrofes naturais, desnutrição e restrições no acesso à saúde são os principais eixos de atuação, além de prestar socorro a moradores de rua, imigrantes, refugiados, populações que vivem em áreas de vulne-rabilidade social, grupos étnicos e outras minorias que acabam expostas à violência e a doenças contagiosas.

Cerca de 22 mil profissionais de diferentes áreas, es-palhados por 65 países, prestam atendimentos às mais variadas situações. Com a experiência adquirida, anali-sam o número de pessoas afetadas, as necessidades médicas e nutricionais, a infraestrutura de transportes, água e saneamento, o ambiente político e a capacidade local de responder ao problema. Assim, a Organização toma a decisão final de intervir ou não naquele país, de-terminando as prioridades de saúde, além de compor a equipe que entrará em ação e os recursos necessários.

Mais da metade dos programas da MSF é destinado às vítimas de conflitos armados e instabilidade interna. Ela presta assistência a feridos em zonas de guerra, em cerca de 25 países – dentre eles: República Democrá-

tica do Congo, Haiti, Somália, Chechênia, Iraque e Co-lômbia. São 40 anos de trabalho, com a habilidade e eficácia em responder a manifestações epidêmicas de cólera, meningite, sarampo, malária e outras doenças infecciosas que se espalham rapidamente.

Apesar das inúmeras dificuldades, a dedicação des-ses profissionais é admirável. Eles não medem esforços, levando esperança e mais dignidade a milhões de pes-soas em todo o mundo.

DOAÇÕESComo uma organização independente e forte, 86% dos recursos vêm de doações privadas. Para saber mais so-bre este belo trabalho social e também como contribuir, acesse o www.msf.org.br. No portal, há um campo exclusivo para doações, que são feitas diretamente pelo site. Colabore!

ALGUMAS AÇÕESDiagnóstico, tratamento e prevenção de doenças específicas (malária, tuberculose, chagas, AIDS, etc.), atendimentos ao feridos e cirurgias de guerra, distribuição de ali-mentos e itens de abrigo de primeira necessidade, construção e manutenção de estruturas de água e saneamento, recuperação de hospitais e clínicas.

RECONHECIMENTOJá foram muitas premiações e homenagens recebidas durante 40 anos de trabalho, dentre elas o Nobel da Paz, em 1999, Oslo – Noruega.

UMA ORGANIZAÇÃO SEM FRoNTEIRAS

22 mil profissionaisEspalhos pelo mundo

65 paísesRecebem atendimento

Fonte: www.msf.org.br

Foto

s: ©

And

ré F

ranç

ois,

© B

arya

l Zia

e ©

MSF

ANGÉL ICA EM REVISTA08

Page 9: OPT_Angélica em Revista 8
Page 10: OPT_Angélica em Revista 8

10 ANGÉL ICA EM REVISTA

Como bem dizem as notas da canção do pai do sam-ba paulista, Adoniran Barbosa: “Envelhecer é uma arte”. E de canto em canto, o Brasil está repleto de “artistas experientes”, que no palco da vida e com a força do tem-po, aprenderam uma lição valiosa: viver mais, e melhor!

Os tempos mudaram e eles também. A terceira ida-de dá um show de experiência e sabedoria, mostran-do estar apta a acompanhar as exigências do mundo moderno, diferente de quando há tempos as opções de entretenimento se resumiam a: chá da tarde e tricô ou reuniões na igreja. Atualmente, esse grupo de eternos jovens tem apresentado um novo estilo de vida, muito mais dinâmico, em que prevalece a qualidade de vida.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), existem mais de 10 milhões de idosos no País, e a previsão é a de que em dez anos, esse número alcance a marca de 15 milhões. A explica-ção para tal mudança é a globalização, que a cada dia exige mais de todas as classes sociais e não faz distin-ção de raça e gênero, acrescenta o PhD em Medicina Gerontológica pela PUC/RS, Dr. Euler Ribeiro. O médico é pesquisador e especialista em diversas áreas e autor de vários livros com a temática, dentre eles: “Viver 100 anos – Dicas para envelhecer com sabedoria”.

Dr. Euler destaca que o maior evento do século XX foi o aumento da expectativa de vida mundial. Segundo ele, “o povo brasileiro, em apenas 50 anos, dobrou a ex-pectativa de vida. Houve uma redução enorme na base da pirâmide demográfica. Antes, predominava a popu-lação de 0 a 30 anos. Agora, a base está invertendo”.

Chegar à vitalidade dos 60 anos, hoje, é sinônimo de uma vida ativa, saudável e mais feliz. Atualmente, eles representam uma camada muito importante na sociedade. Felizmente, a visão do mercado de trabalho também está mudando – e para melhor. Em abril do ano passado, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) revelou que a terceira idade responde por, aproximadamente, 14% do total de

contratos com empresas terceirizadas. “Hoje, a cons-cientização da sociedade valoriza muito mais essa popu-lação e a constituição de 88 já previa mais espaço para as pessoas idosas”, diz Dr. Euler Ribeiro.

Para eles, o mundo tecnológico não representa um desafio, pois muitos dominam a internet e mantém con-tas em famosas redes sociais, como Facebook e Twitter. Além disso, em cada cidade, há projetos de entreteni-mento, onde é possível praticar atividades físicas, es-treitar o convívio social e etc.

Atividades físicas, sono adequado, cuidados com a saúde, controlar o estresse e manter hábitos de ali-mentação saudável são fatores que podem garantir uma melhor idade mais tranquila, de acordo com Dr. Euler. Atualmente, envelhecer é apenas uma questão de ida-de cronológica, porque na prática, a vida está apenas começando nesta fase especial – e o melhor: com mais maturidade, segurança e independência.

Dr. Euler Ribeiro é médico especialista em diversas áreas, mestre e membro efetivo da Academia Amazonense de Medicina. PhD

em medicina gerontológica pela PUC/RS e Diretor da UnATI/UEA.

Que venha a melhor idade!Qualidade de vida, sempre

Vive

r Mai

s

Page 11: OPT_Angélica em Revista 8
Page 12: OPT_Angélica em Revista 8

ANGÉL ICA EM REVISTA12

Ir a uma festinha de aniversário (leia-se de criança = bri-gadeiro, pipoca + refrigerante), a um casamento ou “curtir” uma balada com os amigos, pode representar um problema constante para muitas pessoas; assim como fazer compras no supermercado deixou de ser uma atividade tão simples. Essas preocupações giram em torno das doces e (por que não?!) salgadas “tentações” que esses ambientes e momen-tos podem oferecer.

O brasileiro está mais atento ao que come e leva à mesa. Não só por uma mudança dos hábitos alimentares, mas pe-los inúmeros problemas de saúde que a população vem apre-sentando. Para se ter uma ideia do quadro, recentemente, a Federação Internacional para o Diabetes divulgou que há cerca de 366 milhões de pessoas no mundo com o mal. A maioria dos casos é a do tipo 2, diretamente relacionada a fatores como: má alimentação, obesidade e sedentarismo.

Mas, ao contrário do que se pensa, é possível levar uma “doce vida”, com zero de açúcar. Com a ajuda de nutrólogos e outros profissionais, crianças, adolescentes e, até mesmo, os adultos, podem conviver prazerosamente com substitui-ções no cardápio e alimentos específicos, explica Raphaella Cabral, especialista em nutrição clínica.

A médica também avalia que, nos últimos anos, acon-teceram muitos progressos nas pesquisas e em estudos sobre o tratamento do diabetes, como novos medicamentos e procedimentos cirúrgicos. “Mas, o que sempre se prioriza no tratamento são as recomendações nutricionais, além de atividade física para manter os níveis de glicemia em nor-malidade”, acrescenta. A seguir, ela aborda um pouco mais sobre o assunto e dá valiosas dicas. Não deixe de conferir!

– Mesmo nos casos de diabetes, realmente é possível levar uma doce vida sem açúcar?

“Sim! Hoje, o mercado oferece inúmeras marcas de do-ces, bolachas, sorvetes e adoçantes que tornam a vida do diabético tão doce quanto a de qualquer outro indivíduo. Mas é importante enfatizar que isso somente é possível com a utilização de alimentos específicos para eles”.

– As farmácias, por exemplo, poderiam ter um profissio-nal para orientar o público sobre esses produtos?

“Seria maravilhoso! Principalmente para mostrar se real-mente aquele produto que ele procura pode ser consumido, complementando as orientações que já foram dadas pelos profissionais que o acompanha, e assim melhorando a esco-lha dos produtos a serem consumidos”.

– Dentro do mercado diet, o que precisa ser melhorado? “A indústria de produtos diet conseguiu aumentar a inte-

gração do diabético a uma vida social, como a participação em eventos, festas, almoços e outros. Mas, devemos ter o cuidado para não substituir rotineiramente alimentos nutriti-vos, como frutas e sucos naturais, por refrigerantes e sucos diet. É importante, também, que haja uma orientação quanto ao consumo desses produtos, incluindo horário, grupos de substituição, porções e frequência de uso corretas”.

Dia

bete

s

Dra. Raphaella Cabral, nutricionista graduada pelo Centro Universitário Nilton Lins, com especialização em nutrição clínica,

fisiologia do exercício e gerontologia.

Alimentação em equilíbrioDicas para comer bem e ainda manter o controle

Page 13: OPT_Angélica em Revista 8

ANGÉL ICA EM REVISTA 13

Dia

gnós

tico

Embora o número de casos tenha se duplicado nos úl-timos 25 anos, principalmente entre pessoas acima de 60 anos, as razões para o avanço da doença ainda não foram es-clarecidas. Ela não escolhe vítima, apenas ataca. Conhecida como linfoma, resulta de uma mutação de células do sistema linfático, ligadas à defesa do organismo. É um conjunto de neoplasias (câncer), que se inicia a partir de células do siste-ma imunitário (os linfócitos), que passam a sofrer multiplica-ções desordenadas, formando tumores. Isso pode acontecer nos diferentes tipos de células encontradas no sistema, prin-cipalmente nos tipos B e T – este último, responsável por regular o funcionamento do sistema imunológico.

Os linfomas se dividem em dois grandes grupos: o Hodgkin, ou “doença de Hodgkin”, que responde por apenas 10% do total de casos – uma espécie que atinge, em sua maioria, jovens e pessoas de meia-idade; e os linfomas não--Hodgkin, responsáveis por 90% das ocorrências. Importante ressaltar que, dentro desses grupos, existem variantes.

Embora poucos, os fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento dos linfomas não-Hodgkin são: pessoas com deficiência de imunidade e exposição química a altas doses de radiação. Aumento dos linfonodos do pescoço, axi-las e/ou virilha; sudorese noturna excessiva, febre, prurido (coceira na pele) e perda de peso sem causa aparente são alguns dos sintomas que o paciente pode apresentar.

Para o diagnóstico correto, vários tipos de exames são necessários, pois eles permitem determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características. Todas as informa-ções são de grande importância para direcionar o paciente ao tratamento mais indicado.

A maioria dos casos é tratada com quimioterapia, radio-

terapia, ou ambas. A imunoterapia também está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, incluindo anticorpos monoclonais e citoquinas, isoladamente ou associados à quimioterapia. Elas matam todas as células em fase de mul-tiplicação no corpo ou na parte atingida, diminuindo, assim, o crescimento do tumor.

Já os do tipo Hodgkin surgem quando um linfócito, geral-mente o B, se transforma em uma célula maligna, crescendo descontroladamente e se disseminando pelo corpo. Dentro dos linfonodos haverá a produção de cópias idênticas às cé-lulas neoplásicas. Após um tempo, pode haver a dissemina-ção delas para os tecidos adjacentes e, quando não tratadas, afetará outras partes do organismo.

Pessoas que apresentam baixa imunidade e que já te-nham casos registrados na família constituem grupos de risco. Neste caso, os sintomas irão depender da sua localiza-ção. Pode ocorrer em qualquer região do corpo, mas quando seu desenvolvimento se dá em linfonodos próximos à pele, pescoço, axilas e virilha; os indícios incluirão linfonodos au-mentados e indolores nesses locais do corpo. Caso ocorra na região torácica, eles variam entre tosse, dispneia e dor. Quando se localiza na pelve e na cavidade abominal, predo-mina a distensão do abdômen.

Para determinar o tipo, a biópsia é considerada obriga-tória e garante resultados mais satisfatórios, além de outros procedimentos. Conforme o acompanhamento clínico, exa-mes de imagem como Raio-X, ressonância, dentre outros, podem ser solicitados para dar maior precisão ao diagnóstico e tratamento. Por isso, conhecer a doença e buscar médicos especialistas são atitudes que podem salvar milhões de pes-soas no mundo. Converse com seu médico.

O avanço do linfomaDetecte, a tempo, este novo vilão

Page 14: OPT_Angélica em Revista 8

Exames de rotina, uma febre, garganta inflamada ou até mesmo arranhões por conta de divertidas travessu-ras podem ser alguns dos motivos para, eventualmen-te, os pais levarem seus filhos ao médico. Porém, há um problema que tem “pegado” muitos de surpresa e exigido atenção constante. Vômitos, irritações na pele, sinusites, diarreias e muito choro são sintomas comuns em crianças que sofrem com a alergia alimentar (AA). Infelizmente, não é fácil detectá-la no início, por isso, é importante que os pais estejam atentos à alimenta-ção dos pequenos. As alergias são comuns em todo o mundo e atingem milhões de pessoas. De acordo com especialistas, as crianças são as mais afetadas. O problema pode se manifestar de inúmeras formas e levar a várias doenças, como a rinite alérgica e, ainda, a própria AA. Estima-se que cerca de 30% da população mundial apresente algum tipo de alergia.

Os sintomas de uma AA podem variar de uma aler-gia de pele a alterações gastrointestinais, como náuse-as, vômitos, dores abdominais e diarreia. Há pacientes que apresentam alterações relacionadas ao sistema cardiovascular, como taquicardia (aumento dos bati-mentos cardíacos), taquiarritmia (coração sai do ritmo e bate de forma inadequada), queda da pressão arterial, tonturas e desmaios.

Para esclarecer um pouco mais sobre o assunto, a especialista em alergia, Dra. Paola Dalmácio, responde algumas questões a seguir.

– Alergia alimentar. O que é necessário saber?“As alergias alimentares vêm apresentando uma in-

cidência muito alta, principalmente em crianças e ado-lescentes, por causa do consumo exagerado ou indis-criminado de alimentos industrializados e fast foods”.

– Como saber se uma criança tem alergia a determi-nados alimentos?

“A mãe consegue observar que, após o filho tomar um copo de achocolatado, ele apresenta uma coceira na pele. E quando há uma insistência na ingestão dos alimentos que causam alergia, os sintomas serão cada

vez maiores”.

– Como trabalhar o lado psicológico da criança, quando diagnosticada com alguma alergia alimentar?

“No primeiro momento, existe um impacto muito forte. Mas, por incrível que pareça, quem sente mais são os pais. Aos poucos, a criança se acostuma. Eu não tenho reclamações por parte delas. Elas próprias perguntam às mães se há leite em determinado produ-to, e dizem: ‘então eu não posso comer’. As crianças conseguem se policiar a ponto de saber que não podem ingerir aquele alimento”.

– Em geral, as alergias alimentares têm cura?“Depende. Alergia à proteína do leite, mais comum

nas crianças, entre os 3 e 4 anos, cerca de 90% dos ca-sos são curados, desde que elas não ingiram nada que contenha leite ou derivados dele. Em outros tipos de AA, às vezes, é para o resto da vida. A solução é acom-panhar o paciente clinicamente, realizando exames para ver se houve tolerância a determinado alimento”.

Alergia alimentar Fique de olho no cardápio dos pequenos

Dra. Paola Dalmácio, especialista em alergia e imunologia clínica pela Santa Casa de São Paulo. Título de especialização pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI).

Saúd

e In

fant

il

ANGÉL ICA EM REVISTA14

Page 15: OPT_Angélica em Revista 8
Page 16: OPT_Angélica em Revista 8

As crianças, durante seus primeiros anos de vida, cres-cem rodeadas de amor e proteção da família – que não eco-nomiza em mimos e atenções aos pequenos. A cada desco-berta, elas se dão conta de que ainda há muito a aprender. Por isso, à medida que crescem, novos desafios tornam-se inadiáveis e imprescindíveis. Começar a frequentar a escola é um deles. Independente da idade que os pais optam em matricular seus filhotes, a tarefa, embora nada fácil, é uma só: convencer os pequenos de que a responsabilidade de ir às aulas será diária. Para isso, a fórmula adequada para esse problema é o amor somado à paciência, cujo resultado é a mais favorável aceitação ao novo momento. A seguir, anote as dicas e preste muita atenção no que a psicóloga e psico-pedagoga, Simone Brito, tem a dizer sobre o assunto.

– Para cada fase da vida de uma criança, há um mundo de grandes descobertas. Como os pais podem ajudar os filhos neste momento?

“É necessário ajudar as crianças, de forma equilibrada, a superarem esses momentos. Precisamos orientá-las a en-frentar as situações, incentivando-as a superar o ‘problema’, desde os primeiros anos de suas vidas. Ao encorajá-las, o ego se fortalece, sem dúvida”.

– O comportamento e as atitudes dos pais, dentro de casa, pode refletir no desempenho escolar dos filhos?

“As crianças reproduzem nossos exemplos. Quando agi-mos com respeito diante dos filhos, garantimos o direito da criança de construir mentalmente um modelo de família mais estruturado e saudável”.

– Provavelmente, a Sra. já ouviu falar que as crianças só vão à escola para brincar. O que a Sra. tem a dizer sobre esta afirmação?

“Educação infantil não é passatempo. É um espaço pe-dagógico, que possibilita o desenvolvimento das crianças.

Prepara o corpo e a mente para os desafios acadêmicos futuros. Lá, a criança vivencia através de seguidas experi-ências concretas, questões como: ceder, trocar, esperar por sua vez, atender uma solicitação que é dada ao grupo, etc”.

– Que dicas a Sra. poderia deixar aos pais, não só para os de primeira viagem, mas para todos, em geral?

“Prepare-se para o primeiro dia de aula do seu filho. Con-verse com ele, destacando aspectos positivos. Lembre-se de que ele precisa da verdade para crescer. Dessa forma, diga algo na linha: meu filho, hoje você vai para sua escola e eu para o meu trabalho (ou outra atividade) e depois vol-taremos para lhe buscar, fique tranquilo e aproveite seu dia. Procure agir de forma equilibrada, sempre”.

Hora de estudar Porque conhecimento é para a vida toda

ANGÉL ICA EM REVISTA16

Educ

ação

Simone Brito é formada em psicologia pela Universida-de Federal do Pará (UFPA) e em psicologia clínica pela

Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Page 17: OPT_Angélica em Revista 8

Anúncio

Page 18: OPT_Angélica em Revista 8

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Este conhecido jargão nos prova que, com foco, determinação e persistência é possível alcançar gran-des vitórias. Um exemplo é a parintinense Elizabeth Tavares Pimentel – que de tanto “bater” pelas curvas das águas do Amazonas, nem imaginava chegar tão “a fundo”. Em agosto deste ano, ela fez uma importante descoberta, a partir de uma tese de doutorado para a Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A pesqui-sadora identificou um “rio” subterrâneo abaixo do Rio Amazonas, atualmente considerado o maior do mundo.

A princípio, ele pode vir a funcionar como uma “re-serva”, caso a Bacia Amazônica se esgote. Elizabeth explica que o termo “rio” foi utilizado de maneira gené-rica, devido à grande quantidade de água encontrada: “Não se trata de um rio convencional, de superfície como o Amazonas. Tanto que fizemos comparações diferenciando esses dois fluxos. Alguns geólogos não concordam em chamá-lo assim. Porém, não houve, até o momento, nenhum argumento científico contrário”.

Localizado a 4 mil metros abaixo do Rio Amazonas, o canal possui 6 km de profundidade e começa na Ba-cia Sedimentar do Acre, passando pela do Solimões, Amazonas, Marajó, até chegar a Barreirinhas. Batiza-do “Hamza Parintins”, Elizabeth fez uma homenagem à sua cidade natal e ao orientador, Dr. Valvyia Hamza.

Até pouco tempo desconhecida, a doutoranda ga-nhou uma merecida repercussão nacional e internacio-nal. E apesar da grande descoberta, não se considera uma celebridade – mas bem que poderia! Elizabeth é uma das raras profissionais a atuar na área de Geo-termia no Brasil – ciência que estuda os fenômenos térmicos, originários do interior da terra.

Muito estudiosa, nasceu em uma família simples, onde aprendeu a cultivar muitos valores desde peque-na, a exemplo da honestidade e dedicação, caracte-rísticas marcantes de sua personalidade. Ela relembra que na infância não tinha sequer televisão em casa e diz não saber de onde vem tanto gosto pelos estudos.

“Nunca fui a melhor aluna, mas com certeza era a mais dedicada. Meus pais são pessoas muito simples e nem tiveram a oportunidade de estudar, cursando apenas o primário. Mas, posso dizer que o estudo sempre foi meu objetivo de vida. Vencendo as maiores dificulda-des, consegui chegar até aqui”.

Em entrevista exclusiva para a Angélica em Revis-ta, Elizabeth fala um pouco mais sobre a descoberta e os seus planos para o futuro.

– Qual a proposta da abordagem do seu trabalho, quando a descoberta entrou em sua vida?

“Minha pesquisa na área de geotermia não tinha como objetivo encontrar um “rio”. Isso aconteceu ca-sualmente. Estava analisando gradientes obtidos em dados de poços perfurados pela Petrobrás, nas déca-das de 70 e 80, quando procurava petróleo na Região Amazônica. Inicialmente, o objetivo era só mapear toda a região. Porém, observamos uma grande movi-mentação de água na vertical para baixo”.

– Qual foi sua reação pela descoberta? “Foi tranquila. Realmente, só percebi a dimensão

de tudo, depois que a mídia tomou conhecimento. Até então, parecia tudo normal, apenas mais um trabalho para ser apresentado em um congresso”.

– Você tem vontade de fazer algo especial pelo País? “Penso em me dedicar ao máximo em minhas pes-

quisas e, com os resultados, encher de orgulho o povo brasileiro. É desta forma que posso contribuir”.

– Quais são os seus planos daqui para frente?“Meus objetivos continuam os mesmos: concluir o

doutorado e continuar pesquisando. Pretendo ganhar o reconhecimento do meu trabalho na comunidade aca-dêmica internacional. Após isso, penso em preparar um material com uma linguagem simples, para que todos possam entender esta descoberta de forma científica”.

Valo

res

da N

ossa

Ter

ra

Elizabeth Tavares Hamza Parintins: um “rio”

subterrâneo, nas profunde-

zas do maior do mundo Elizabeth Tavares é graduada em Física, com espe-cialização em Geofísica. Professora da Universidade

Federal do Amazonas, no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente de Humaitá. Atualmente,

cursa doutorado no Observatório Nacional (RJ).

ANGÉL ICA EM REVISTA18

Page 19: OPT_Angélica em Revista 8
Page 20: OPT_Angélica em Revista 8

ANGÉL ICA EM REVISTA20

Com força de vontade é possível realizar grandes feitos e inúmeros sonhos, não só na vida pessoal como também na profissional. De acordo com o escritor Vol-taire, o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade. E certamente, até hoje, ele continua coberto de razão.

Otimismo, alegria, responsabilidade e dedicação são marcas registradas da personalidade de Jane Ma-chado, que há 15 anos deixou sua cidade natal, San-tarém, no Pará, em busca de melhores oportunidades na capital do Amazonas. Dentre muitas conquistas e aprendizados, ela relembra, com carinho, o nascimento da filha Vitória Gabriela, de 7 anos – um dos momen-tos mais importantes de sua vida. Como filosofia, se baseia nos valores cristãos, ao lado da família, e no trabalho digno. Jane se autodefine como organizada, comprometida, centrada e teimosa, mas também re-vela manias como ficar arrumando tudo que “tá fora do lugar” e se considera um pouco “estabanada”.

Graduada em administração de empresas, Jane traçou um caminho de sucesso dentro do Grupo SB, há seis anos. Iniciou suas atividades na empresa, em janeiro de 2005, trabalhando como gerente de loja na rede Angélica. Dois anos depois, foi promovida à Supervisora de Lojas, função que exerceu por apenas seis meses, pois logo em seguida, assumiu o cargo de Gerente Comercial, papel que desempenha até hoje. “Sempre procurei dar o melhor de mim em todas as empresas que trabalho. E esta foi um prêmio – uma empresa de oportunidades, que valoriza e respeita seu colaborador”, diz ela.

Ao ser questionada sobre a sua rotina de trabalho, ela diverte-se e responde com uma série de pergun-tas espirituosas: – Rotina, como assim?! Isso existe no varejo?! E só mesmo ouvindo a resposta ao pé da letra para entender os motivos dos risos de Jane. “Em um minuto está tudo calmo, em outro estamos corren-do, porque tudo é pra ontem. O tempo é precioso para

quem trabalha com vendas, pois o mercado está em constantes mudanças. Então, temos que acompanhar, estar sempre à frente. Concretizando metas, projetan-do crescimento, inovando, fechando parcerias, moti-vando os colaboradores”, explica.

Como profissional, diz que em alguns momentos é exigente, mas sabe ser flexível quando necessário. Ela acredita que os erros são alimentos para o amadure-cimento da pessoa. Na entrevista a seguir, confira um pouco mais sobre o seu perfil.

– Como está sendo sua experiência profissional na Drogarias Angélica?

“Cada dia é um aprendizado, uma vitória a ser con-quistada. Amadureci muito aqui, mas sempre aprendo coisas inovadoras que me favorecem tanto profissio-nalmente, como em minha vida pessoal”.

– Fale da sua relação com os colegas de trabalho. “Tenho a oportunidade de trabalhar com pessoas

que amam o que fazem. Isso nos inspira a sempre que-rer crescer junto com a empresa e vê-la como uma referência em seu segmento. Por isso, busco aprender mais com meus colegas, superiores e amigos”.

– Qual seria o diferencial de trabalhar na Drogarias Angélica? Quais foram as mudanças significativas em suas atitudes profissionais e, mesmo, pessoais?

“O respeito e a valorização pelas pessoas. Percebi um grande amadurecimento, maior flexibilidade, mais foco e atitude. Esta empresa é um grande exemplo para as demais, porque trabalha com ética e respeito aos seus clientes, colaboradores e fornecedores”.

– Você se considera uma pessoa feliz? Por quê?“Sim. Porque tenho uma família que amo, trabalho

no que gosto e com pessoas que amam o que fazem. Um ambiente onde cultivo amizades verdadeiras”.

Perf

il

Jane Machado Gerente comercial – Drograrias Angélica.

Jane MachadoAmor e dedicação ao trabalho e à família

Page 21: OPT_Angélica em Revista 8
Page 22: OPT_Angélica em Revista 8

Card

iolo

gia Cuide bem

do seu amor

Por ano, ele mata 15 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O infarto agudo do miocárdio – popularmente conhecido como ataque cardíaco, é um problema sério, que requer atenção aos sintomas e fatores de risco. Estatísticas apontam que, embora os homens infartem mais, são as mulheres que apresentam os maiores índices de mortes.

As doenças cardiovasculares são provocadas pelo acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos. Os fatores de risco são a idade, antecedentes familiares, vida sedentária, ingestão de alimentos ricos em gordura e sal, cigarros, hipertensão arterial, diabetes e colesterol eleva-do. Além disso, o consumo exagerado de alimentos como fast food, ricos em gordura saturada, e o estresse são fatores que aumentam a incidência de infarto.

Um dos sintomas mais conhecidos é a presença da angina (dor no peito), mas segundo os cardiologistas Ri-zzieri Gomes e Tales Esper, esse sinais vão muito além. “Em grupos específicos, como idosos, mulheres e diabé-ticos, pode manifestar-se até como dor de dente ou sim-plesmente ser assintomático, silencioso. Não tem como considerar somente a dor no peito”, explicam os médicos.

Cardiologia Intervencionista ou hemodinâmica é um conjunto de procedimentos médicos invasivos para diag-nóstico e tratamento de cardiopatias. O avanço de novas alternativas tem sido satisfatório.

De acordo com Dr. Rizzieri, a cardiologia intervencio-nista é uma subespecialidade da área onde se faz a de-sobstrução das artérias do coração de forma percutânea, ou seja, atravessando a pele, de um modo minimamente invasivo, o que antes só era possível com o procedimento da ‘cirurgia aberta’, quando o paciente precisava ir à mesa de cirurgia.

“A intervenção é feita de forma mecânica, através de um pequeno aparelho chamado stent. Uma estrutura metálica que refaz o calibre do vaso, no local da obstru-ção, permite atravessar essa agulha muito fininha e levar o dispositivo até o ponto da lesão e, assim, desobstruir a artéria”, explica Dr. Tales.

Em geral, os pacientes que precisam passar por essa intervenção descobrem isto através de um checkup con-vencional, feito por determinados exames, como o tes-te ergométrico (exame de esteira), que ocasionalmente apresenta alterações compatíveis com isquemia (suspei-ta do sangue não chegar de maneira adequada ao mús-culo do coração).

Outro grupo é aquele que chega de forma emergen-cial ao pronto-socorro – os mais beneficiados com esse segmento da cardiologia. “São pacientes que estão com a artéria completamente obstruída. Com a realização deste procedimento consegue-se desentupir a artéria, tirando o paciente do quadro de infarto”, explica Dr. Rizzieri.

Os médicos afirmam que a taxa de sucesso com a in-tervenção chega a 99%. “O risco de complicação é muito baixo, podendo citar os índices de morte, de 0,004%, ou AVC que é 0,001, segundo a literatura”, garante Dr. Tales.

Dr. Tales Esper e Dr. Rizzieri Gomes, graduados em medicina com especialização em cardiologia e cardiologia intervencionista.

Os profissionais atuam no Hospital Prontocord, em Manaus.

Proezas da cardiologia intervencionista

ANGÉL ICA EM REVISTA22

Page 23: OPT_Angélica em Revista 8
Page 24: OPT_Angélica em Revista 8

Saúd

e da

Mul

her

GinecopatiasSim, nós podemos evitá-las

As mulheres, hoje, desempenham vários papéis, além das responsabilidades tradicionais como cuidar do lar e da família. Diante de tantos compromissos, elas buscam driblar o tempo, para serem capazes de “dar conta do recado” e, muitas vezes, não conseguem dar a atenção necessária à sua saúde e bem-estar. Com o passar dos anos e o avanço da idade, cansaço, estresse e outras pa-tologias podem surgir, principalmente, as ginecopatias – caracterizadas como doenças próprias do sexo feminino.

As mais conhecidas são: endometriose, miomas ute-rinos e ovários policísticos. Mas, apesar de quadros clí-nicos mais complexos, a ginecologista Mônica Bandeira chama atenção para o aumento do Papiloma Vírus Hu-mano ou HPV, um vírus sexualmente transmissível, que provoca lesões na pele e mucosas, detectadas em mais de 80% dos casos de câncer uterino. “Um câncer que po-deria ser evitado, o único que tem cura, mas que mesmo assim, é o que ainda mais mata mulheres”, completa. A médica destaca que a vacina contra o HPV é a única forma de combater a doença e, a seguir, revela detalhes sobre outras ginecopatias, incluindo o diagnóstico e tratamento.

– Hoje, o mioma é considerado a maior causa das in-dicações de histerectomia (retirada do útero). Fale um pouco sobre a doença e seus fatores clínicos.

“É mais comum entre as mulheres e corresponde a 95% dos tumores benignos do trato genital. Um dos fato-res está na predisposição genética familiar, idade (de 35 a 50 anos), raça negra, mulheres que nunca engravidaram, primeira menstruação precoce e hipertensão arterial”.

– No câncer de colo uterino, quais os fatores de risco?“Iniciação sexual precoce, relações sexuais com vá-

rios parceiros, múltiplos partos, tabagismo, álcool e do-enças sexualmente transmissíveis (em especial o HPV)”.

– O que é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e qual o objetivo dos tratamentos?

“É um conjunto de sinais e sintomas que incluem: infertilidade, ausência de ovulação e alterações metabóli-cas. Em 80% dos casos é diagnosticado o hiperandroge-

nismo – um excesso de hormônio masculino que causa o hirsutismo, caracterizado pela presença de pelos mascu-linos, em locais não comuns ao corpo feminino, e acne. Os quadros também estão relacionados à infertilidade e ciclos menstruais irregulares. O tratamento consiste em regularizar a menstruação, tratar o hirsutismo, facilitar uma gestação desejada e corrigir a resistência à insulina“.

– O que é endometriose? Explique um pouco sobre essa doença e suas complicações.

“Consiste na presença do endométrio (membrana mucosa que reveste a parede uterina) em locais fora do útero. As queixas são dor pélvica crônica (50% dos ca-sos). Em 40% dos casos pode causar infertilidade”.

– Como é possível diagnosticar a endometriose?“A história clínica é fundamental, com exames de ul-

trassonografia pélvica e/ou ressonância nuclear magnéti-ca da pelve. Esses procedimentos são comuns à patolo-gia, porém, o diagnóstico definitivo só é possível através da cirurgia, preferencialmente, pela videolaparoscopia“.

24 ANGÉL ICA EM REVISTA

Dra. Mônica Bandeira é ginecologista e obstetra, graduada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A profissional conta com

29 anos de experiência e tem se dedicado ao combate do HPV.

Page 25: OPT_Angélica em Revista 8
Page 26: OPT_Angélica em Revista 8

ANGÉL ICA EM REVISTA26

Prev

ençã

o

De terno ou jeans; a pé, de carro, motocicleta ou ôni-bus, todos os dias, brasileiros de todas as raças e idades, seguem para o trabalho. Este mesmo caminho, percorrido diariamente pela vontade de superação, pelo amor à fa-mília e pela luta por bens essenciais à vida, também divi-de espaço com uma triste realidade: a falta de atenção à saúde por parte dos homens.

De acordo com o portal Saúde Brasil/2007, eles re-presentam quase 60% dos óbitos e, de cada três pessoas que morrem, duas são do sexo masculino. Visando mu-dar este cenário, foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2009, a Política Nacional de Saúde do Homem, o que le-vou o Brasil a ser considerado referência em política públi-ca de saúde voltada à população masculina, na América.

A campanha veio incentivar o autocuidado dos ho-mens e a prevenção de doenças comuns no gênero. E parece que muitos já entenderam o recado principal da mensagem: previnir é a base da saúde. A quantidade de vasectomias feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 79%, segundo balanço após 2009; e o número de testes que detectam uma atividade anormal da próstata triplicou, a exemplo da Dosagem de Antígeno Prostático Específico (PSA), realizada na rede de saúde pública, que saltou de um para três milhões, neste período.

Segundo especialistas, as doenças que mais afetam o sexo masculino são as relacionadas ao coração, cân-cer, diabetes, colesterol e pressão arterial elevada. Mas com consultas regulares, exames de rotinas e checkup é possível reveter o quadro. “Tenho notado na prática do consultório, que os homens estão cada vez mais preocu-pados com a saúde e têm deixado de lado o preconceito”, avalia o urologista José Milton Guimarães. Para dar mais um incentivo, o médico esclarece alguns pontos a seguir e dá a dica: você é o principal responsável pela sua saúde.

– Apesar dos avanços, o que ainda precisa ser feito para a melhoria da saúde do homem?

Nos últimos tempos, o homem tem procurado, cada vez mais cedo e com maior frenquência, o consultório do urologista. Isso se verifica principalmente no segmento da população com melhores condições socioeconômicas e

mais acesso à informação. É preciso que o serviço público também facilite o alcance de suas atividades e promova, efetivamente, a saúde do homem.

– Pelos dados, os homens apresentam uma saúde mais frágil que a das mulheres. Então, por que eles ain-da não se conscientizaram para este fato?

“O que acontece é que os homens se colocam mais em risco que as mulheres. Fumam em excesso, correm mais de carro, trabalham em profissões de maior risco e se expõem a práticas sexuais não seguras. Por isso, claro, é comum adoecerem. Culturalmente, o homem é educa-do sendo o sexo forte, que não sente dor, não falha e nem fica doente – o que não é verdade”.

– Que mensagem o Sr. poderia deixar aos homens, em geral, em termos de cuidados com eles mesmos?

“Minha mensagem é a de que não há fortes nem fra-cos diante da vida. Todos somos passíveis de ficar do-entes. Cabe a cada um de nós cuidar da própria saúde”.

A importância do diagnóstico precoce

Homens em alerta

Dr. José Milton G. Júnior é graduado em medicina pela Univer-sidade de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de

Urologia (TiSBU) e da American Urology Association.

Page 27: OPT_Angélica em Revista 8

Anúncio

Page 28: OPT_Angélica em Revista 8

28 ANGÉL ICA EM REVISTA

Ativ

idad

e Fí

sica

A bicicleta é uma velha companheira. Quando criança, ficamos maravilhados com o fato de podermos nos equili-brar sobre duas rodas, e passamos praticamente o tempo inteiro brincando com ela. Mesmo com direito às inevi-táveis quedas e alguns machucados, o que vale mesmo é sentir o vento sob o rosto em cada pedalada. Mas, os benefícios se estendem. De acordo com médicos e espe-cialistas, andar de bicicleta oferece inúmeras vantagens à saúde física, mental e psicológica – e tudo isso com o mínimo de esforço possível. Se você for de bicicleta à padaria ou ao supermercado, diariamente, já estará dando as boas-vindas a uma qualidade de vida melhor.

Estresse, ansiedade, distúrbios do sono, dentre ou-tros males da saúde, podem ser evitados ou reduzidos com as pedaladas. A falta de tempo para ir à academia e o corre-corre da vida moderna são fatores que desen-cadeiam o temido sedentarismo e outros infortúnios rela-cionados a ele.

Circular sobre duas rodas é uma tendência no País inteiro, o que representa uma luz no fim do túnel para a preservação do meio ambiente. No Brasil, os veículos automotores ocupam um nada orgulhoso primeiro lugar entre os grandes responsáveis pelo aquecimento global.

Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Si-milares (Abraciclo), aqui no País são produzidas cerca de 5 milhões de bicicletas por ano. Contudo, a estrutura para que se pedale confortavelmente e com segurança, infeliz-mente, não tem acompanhado essa demanda.

Em países como França, Espanha, China e Japão, as pessoas circulam diariamente de bicicleta, e muitos fazem dela seu transporte oficial para irem ao trabalho, escolas, universidades, etc. O ato não só representa uma boa economia em passagens de ônibus ou combustível, como é uma excelente alternativa para hábitos de vida saudáveis.

Manaus também tem seus adeptos e andar de bici-cleta é levado tão a sério que, em janeiro do ano passado, surgiu o Pedala Manaus – um movimento coletivo que

visa defender o uso da bicicleta como meio de transporte, lazer e esporte na capital do Amazonas. A prática não tem fins lucrativos ou materiais e foi formada por um grupo de estudantes do Instituto Nacional de Pesquisas da Ama-zônia (INPA).

Tudo bem que pedalar em grandes cidades pode ser perigoso, considerando que o País não dispõe de uma boa estrutura em ciclovias. Porém, se o ciclista estiver bem equipado e obedecer às leis de trânsito, o risco de um acidente cai bastante. É importante alertar que an-tes de sair pedalando por aí, é necessário que haja uma preparação: a dica é começar pelo fim de semana, em parques e praças, para adquirir resistência e ganhar maior segurança. Para mais informações, acesse o site www.pedalamanaus.org, e faça parte você também.

Exercicle-sePara manter a saúde e a boa-forma, a nova onda é pedalar

Benefícios para quem pedala

• 50% de redução no risco de doenças cardíacas;• 50% de redução no risco de desenvolver diabete adulta;• 50% de redução no risco de se tornar uma pessoa obesa;• 30% de redução no risco de desenvolver hipertensão;• Prevenção de quedas na terceira idade e redução da osteoporose;• Estímulo aos músculos das costas, coxas e glúteos (bumbum);• Estímulo ao sistema imunológico e aumen-to do número de glóbulos brancos;• Diminuição do mau colesterol;• Terapia para depressão, estresse, déficit de atenção e ansiedade.

Page 29: OPT_Angélica em Revista 8

As frutas, verduras e legumes são de suma importân-cia para a nossa saúde. De tão saudáveis, esses produtos esbanjam nutrientes por dentro e por fora e vão muito além de suas aparências. Mas, muitas vezes, vitaminas e proteínas são jogadas na lata do lixo, pois, infelizmente, muita gente não sabe aproveitar todas as suas proprieda-des. Por exemplo, só em hortaliças, a perda a cada ano é de 37 Kg por pessoa, enquanto que seu consumo não ultrapassa 35 Kg. No mesmo período, um estudo da Em-brapa Agroindústria de Alimentos revelou que, em 2006, cerca de 26,3 milhões de toneladas de alimentos tem o lixo como destino, todos os anos. Segundo o Instituto Akatu / 2004, os números fazem do Brasil um dos campe-ões mundiais de desperdício.

Dentre os programas na área e, ainda, como fazer um melhor aproveitamento de alimentos em geral, há 8 anos, em Manaus, surgiu o programa Mesa Brasil, uma iniciati-va do Governo Federal, em parceria com a Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab). O programa é feito com o apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc) e foi criado a partir de uma experiência, em São Paulo, há quase 20 anos com o programa Banco de Alimentos, cujo objetivo é o de combater o desperdício alimentar, com ações vol-tadas à redução da fome e da desnutrição. “O programa foi crescendo e, hoje, está presente em todos os esta-dos e no Distrito Federal do Brasil. Além desse papel de não desperdiçar os alimentos, realizamos um trabalho de educação nutricional, como higienização, melhor aprovei-tamento, oferecendo mais qualidade de vida”, explica o coordenador do projeto, Ellinaldo Barbosa.

Para a nutricionista do Programa no Sesc-AM, Janay-ne Queiroz, muito do que é desperdiçado pode ser apro-veitado no dia a dia. “Cascas da banana e da abóbora po-dem ser utilizadas em receitas superpráticas, nutritivas e deliciosas. Mas, as pessoas precisam começar a ter essa consciência e curiosidade em aprender”, exemplifica.

Janayne diz que talos e sementes, usualmente não são consumidos, também são ótimos para serem rea-proveitados em combinações nas refeições diárias. “Por

exemplo, com as cascas da banana e da abóbora é pos-sível fazer um bolo. As sementes da abóbora podem ser utilizadas para produzir petiscos e misturá-las a vitaminas. Há como aproveitar esses alimentos, principalmente os produtos da nossa região. Os talos da couve podem ser adicionados aos sucos e são riquíssimos em nutrientes”.

Com certeza, você já cozinhou batata, cenoura, be-terraba, etc., e jogou a água desta fervura, certo? Errado. Janayne diz que o caldo pode ser aproveitado para fazer o arroz, a carne e, ainda, acrescentá-lo ao feijão. “Porque todo o nutriente dessas verduras ficou na água. E a ma-neira de aproveitá-los é utilizando dessa forma”.

Para finalizar, a nutricionista dá a dica: “O desperdí-cio deve ser analisado desde o início da compra. A pes-soa precisa avaliar se vai consumir determinado produto naquela semana ou no mesmo dia. O importante é fazer esse estudo antes de comprar o que será consumido”.

Alim

enta

ção

A receita é...Diga não ao desperdício!

1/3de tudo que é comprado vai direto para o lixo

da comidaé desperdiçada,no Brasil

50%

DESPERDÍCIOA quantidade de alimen-tos jogados fora poderia acabar com a fome no mundo.

26,3milhões de toneladas de alimentos tem o lixo como destino todos os anos

ANGÉL ICA EM REVISTA 29

Janayne Queiroz é graduada em Nutrição pelo Centro Univer-

sitário do Norte. Ellinaldo Barbosa é coordenador do Mesa Brasil, em Manaus. Ambos trabalham no Sesc-AM.

Page 30: OPT_Angélica em Revista 8

Produtos orgânicosA alternativa correta para a sua saúde

A intensa busca por um estilo de vida mais saudável já se tornou um tema comum nas rodas de discussões – seja no trabalho, no almoço de domingo com a família ou, até mesmo, na hora de dar aquela festinha entre amigos. E, acredite, a preocupação é muito consistente. Afinal, viver em grandes centros urbanos é sinônimo de poluição, fast food, sedentarismo e um continente de estresses.

No momento em que a nossa massa corpórea come-ça a pesar tanto quanto a nossa consciência, eis que so-mos acometidos pela seguinte pergunta: o que fazer para ter mais qualidade de vida, diante de condições tão alar-mantes? Por mais complicado que possa ser ou parecer, a resposta é bem simples: alimentos orgânicos! A partir do momento em que você adota uma dieta 100% orgânica, além de colaborar para a saúde de todo o planeta, o seu corpo deixa de ser “bombardeado” com fertilizantes e adi-tivos químicos. Como sabemos, não basta ser salada para ser saudável. Os agrotóxicos podem transformar uma die-ta rica em vegetais em uma incrível mistura de venenos.

A moda dos ingredientes naturais já chegou aos es-tabelecimentos da alta gastronomia, e não está mais res-trita a grupos vegetarianos e restaurantes “naturebas”. O Emporium Roma, por exemplo, aposta na alimentação verde com os melhores produtos orgânicos certificados em suas prateleiras. De forma inovadora em Manaus, o supermercado possui uma cesta básica completamente orgânica, incluindo frutas, verduras e legumes. Atualmen-te, cerca de 150 produtos orgânicos estão disponíveis nas prateleiras – com uma cartela que varia de arroz, feijão e açúcar a uma diversidade de sementes e grãos biodinâ-micos. “E este número só tende a aumentar, pois estamos sempre investindo em pesquisas para trazer novidades”, pontua Rodrigo Pinheiro – gerente do estabelecimento.

Com um gostinho peculiar, a diferença também pode ser observada em aspectos como: cor, textura e durabi-

lidade. E os benefícios vão muito além quando se trata de produtos de origem animal. A carne, o leite e os ovos provenientes da agroecologia não contêm hormônios e antibióticos, o que é bastante comum na criação tradicio-nal. Os frangos alternativos ou verdes – que dispensam a utilização de antibióticos, anticoccidianos, promotores de crescimento e quimioterápicos – também são ótimas opções oferecidas pela rede.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, recentemente, um relatório que associa 70% das doen-ças modernas ao padrão de alimentação vigente e suge-re, como uma das possíveis formas de combate a essas enfermidades, que se estimule a produção orgânica de alimentos. Mais do que uma produção diferenciada, esse tipo de agricultura é uma filosofia de vida.

Emporium RomaRua Terezina, 351 – AdrianópolisTel: (92) 2121-3535

Vive

r Bem

Espaço Hortifruti.

ANGÉL ICA EM REVISTA30

Page 31: OPT_Angélica em Revista 8

Anúncio

Page 32: OPT_Angélica em Revista 8