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' '.'•SÁ : \ RIO DB JANEIBO. —ANNO II. - N. 124 , ______ ASSIGNAT.URAS aôarB a mithbbohy tORAJilVO •••••••«,»••••••••»••••••¦•••••«•••«ObOOO POHNOVB MBZBS18S0O0 t OU8BIS M3PSBS ••••••••••••••••••••••••••»••J.<&k000 PoaTBJBS MBZBS.7g000 TodaB aa assignaturas são papas adiantadas. O assignante nao tem direito ás folhas anteriores ao dia da aua toecripção. Êm '-¦¦ _Mm -t/;--;'/''_g__j_j.* -f___ #.- % ^^gfilfl - 5B8~- _____^^^^K ' __fi_ i_9_ Jm\W Í^D__4_9@gfffcti____SSfi__ _____fl^__w.^Éfl ''¦ lESfe^ '^g_§wyi^B^teW8>/^gr^JJH*^B ;_TlH9I jmBWiira^^ESkA&~. ~'f \m\Am\ Wr^^^^XW- A '__.^(fflS^^^^^li Skv SEXTA-FEIRA 7 M MAIO 1875 Por ANNO -•• Por Seis mezes . ASSIGNATURAS raovmai_í •••••••••••••••••••• ' 24J.O0O 14j?000 Todas as assignaturas são pagas adiantadas. O assignante nao tem direito ás folhas anteriores ao di» da sua inscripçio. -\.;-tr ..i- V(í^;% Orgao d-eclicaxlo aos interesses cio Commercio, L.a/vrooxraJ e íncixistria, pBopjeu:e::dA:d:e de gk>m:es de oiíiveira& b.\ -:-*•"¦!' li LIBERDADE PLENA DE ENüNOIáÇÃO DO PENSAMENTO COM RESPONSABILIDADE REAL E DO SEU AUTOR, -^! EPFEOTIVA cOMÍPIjÉTA NEUTRALIDADE NA LUTADOS PARTIDOS POLÍTICOS (offerta gratuita das suas columnas a todas:AS INTELLIGENOIAS que QUIZEREM OOLLABORAR EM ASSUMPTOS DE UTILIDADE PUBLIOA. TELEGMMMaS AGENCIA HAVAS-REUTER POLÍTICO Pariz» 6 de Maio As noticias que nos chegam de Roma faliam em termos pouco tranquillisadores do estado actual de saúde do Papa Pio IX. As forcas do Santíssimo Padre têm visi- velmente diminuído nestes últimos tempos, e este estado de fraqueza, que augmenta de dia em dia. faz receiar muito pelos dias de Sua Santidade. As pessoas que vivem á seu lado exprimem a este respeito vivas inquietações, aliás justificadas pela avan- cada idade do chefe da Igreja. Gêneros entrados pela Estrada de Ferro ». Pedro II NO DIA 6 DE MAIO Café365,618 kilogs. Fumo 28,802 » Toucinho 14,585 * Queijos 1,585 » Diversos 22,761 » Aguardente3 pipas Deutsch Brasilianischc Bank Capital Reichsmark 2o,000:000 Dito realizado 10.000:000. £1.250.000 £ 500.000 BALANCETE EM 30 DE ABRIL DE 1875. Activo Accionistas: Entradas a realizar 7.128:712.J870 Lettras descontadas e a receber 3.447:159^270 Lettras caucionadas 2.074:200^000 Contas correntes simples e caucionadas 10.155:379^960 Garantias por contas cor- rentes e diversos va- lores.: 12.739:295j?260 Diversas contas: saldo..47:846jJ780 Caixa: Em moeda corrente797:338$300 Felippe, sua mulher e § filhos; Dr. Thomaz de Paula Pessoa, D. Joanna T. de Carvalho, e 1 criado, José Carlos upnçalves. Benedicto Luiz dos Santos Almeida, Dr. João Joaquim Ramos esua mulher e 1 criado, Dr. Ernesto & de Lima, sua mulher, 2 nlhOB e 3 criados, Marcollo Simões da Rocha, Manoel Bo- *elh,°rte Souza, João Soares Pereira, José Ribeiro da Cruz e sua mulher, José Antônio de Albuquerque, Francisco Fernandes do Nascimento, Manoel Go- mes da Costa, Dr. José Fieí Jesus Leite, Antônio L. Buarqüe, D. Joanna M da Costa Pais, José Maria de Vasçon- cellos Estella, Maria José pha da Con- ceição. capitão Feliciaho A. Pithentel, Luiz Pereira Franco e t escravos, cem- mendador José Carlos da Motta, Exe- qmel Rodrigues da Costa Brazil, capi- tao-tenente Luiz da Costa Ferreira, bri- KadeiroPedro Maria Xavier de Castro, D Izabel de. Castro, D. Thereza de Castro, e d eser-avos; Antônio José de Seixas, «"ide Francisco Jacome, José Custodio Alves, José Affonso Pontes, Pedro Se- m-òures, JoSo Manoel da Fonseca Silva, Antônio Joaquim de SanfAnna e 1 es- cravo; Antônio Campos-, João Moreira de Carvalho, 2.» 'cadete José Marianno Augusto, 41? praças do exercito, e 7 ditas da armada; os portuguezes João Fer- reira Martins Ferro, Manoel da Silva, Thomazia Maria; o inglez Álvaro Archer Kopka; o húngaro Netale Gois e 133 es- cravos a entregar. Itajahy—7 ds. brig. Piá, 159 tons , m. Loureneo Joaquim Pinto, equip. 9 c. : madeira a Antônio José de Lima Júnior & C.; passags.: Carlos W. Edward Scha- drack, sua mulher e 5 filhos. Paraty e Angra—(1 d. do ultimo),patacho Espadarte, 123 tons., m. Valentim Peres de Oliveira, equip. 7 : c. aguardente a José Antônio Gonçalves dos Santos; pas- sags.: João Pimenta de Oliveira, Moysés Joaquim da Assumpçao. INTERIOB 36.389:932^1440 Passivo Capital11.88l:188.$120 Contas correntes, simples52:342/, 390 Contas correntes com prazos determinados...9.954:852$980 Depósitos a prazo fixo...1.123:068^1850 Garantias por contas cor- Tentes e diverso3 va- lores11.841:683$ 200 Lettras a pagar1.536:796^900 36.389:932g440 S. E. & O. Rio de Janeiro, em 5 de Maio de 1875. Angust Rieke, director.— Thomsen, cassirer. MOVIMENTO DO PORTO SAHIDAS NQ DIA 6 New-York Barc. norueg. Albat>-os, 437 tons., rn. O. Olsen. equip. 11: c. café. Porto-àlegre—Hiate port. Porto Alegre, 180 tons., m. Manoel da Agonia Motta, Cquip. 7: c. vários generoB. Maranhão—Gal. yortiAãamastor, 550 tons. m. A. Loureneo da Cunha, equip., 17: em lastro de pedra. Itapemirim Hiate Curlota tf Abreu, 113 tons., m. Manoel Victoriuo do Amaral, equip. 8 : c. vp.i-j.os gêneros ; passags.: 4 escravos a entregar. Itabapoana— Hiate Flor ãeItabapoana, 25 tons., na. José Francisco das TrevaB, er^uip. 4 : c. vários gêneros. Bão de S. João Hiate Paquete Ostrense, 54 tons., m. José Joaquim dos Santos, equip. 6 : c. vários gêneros. Santos—Paq. Santa Maria. comm. Luiz da Silva Cupha ; passags. : Reginaldo Can- dido da Silva, Dr. Gassia Lobo, D. Emilia Saldanha de Oliveira, José dos Santos Soares Souto Maior, José de Souza Mo- rÇiesBarreto, José Gomes Jardim.D. Fran- Tisca Fernandina de Gouvêa, Joaquim dos Santos Jacarépaguá, Manoel Lopes Seabra, Francisco J. de Souza Mesquita, Sarao de Bambuhy, João C. das Chagas Leite, Albino L. Pinto de Faria, Vicente Palermo, Fehcio Vieira Mendes e 5 es- cravos, Domingos Ferreira da Silva, Do- mingos Gonçalves Pereira Nunes e4 es- cravos, Thomaz Álvaro de Campos Mel- Io, João Esteves Ferreira Arantes, Fran- cisco Leite de Oliveira, Francisco Vian- na, Manoel Antônio de Carvalho Bastos, Manoel Joaquim Borges e 1 escravo, João Domingues Martins, Maximiano J. Rodrigues,.!. Farinha de Arzilla,A. An- tonio Pires, sua mulher e 1 filho; F. Anto- nio Rodrigues, C. Teixeira de Carvalho, Miguel de Magalhães Fonseca, Tourinho de Pinho; os portuguezes João Ferreira de Mattos, Antônio da Silva Santos, Joa- quim Esteves Relvas, Francisco Esteves Relvas, Manoel Barreira; o austriaco Carlos Guilherme Gross; os allemâes .Toseph Klein, Rudolpho Von Brause, Guilherme Neumann; os hespanhóes Manoel Loureneo, José Quevedo y Leo- nard; os italianos Labagnara Gio Ba- ptista, Nicola Narti, Oliva Pietro e sua mulher, e 83 emigrantes de diversas nacionalidades. entradas no dia 6 Rio da Prata—5 ds., vap. aliem. Sakkorah, 9S0 tons., comm. N. Danielson, equip. 35: c. carneiros, Ia e couros a Gross Koehler; passags., 18 em transito. Po.itos do Norte 16 ds. e 6hs. (26 hs. do ultimo), paq. Pa d, comm. Cypriano de Quadros; passags.: tenente Austriclin Villarim, José Rodrigues Lopes Braga. Roberto H. Hall, sua mulher, 3 filhos, 8 escravos e 2 menores livres; Leopoldo Smith do Vasconcellos, D. Antonia Pon- tes de Paula Barros e 6 filhos, Luiz FOLHETIM DO GLOBO 9 0 SEGREDO DE JÁVOTTE ÇOJSTTO rou ALFREDO ME MUSSET ¦ V Continuação ²Neste caso o senhor nãô se ba- terá em duello ? ²Perdoe-me; sou provocado do modo mais positivo. Disse-me, quando entrei, que eu entrava como Marte em procissão de Cinza. Taes cousas não se toleram ; preciso de uma reparação. —- Degõlar-vos-heis por amor de uma palavra? ²A conjunetura e gravíssima. Não entro nas razões que dictaram semelhante desafio; fico admirado porque parece-me singular, mas. não posso fazei* outra cousa mais do que aceeital-o.A ²E' possivel semelhante duello ? No 'emtanto o senhor não está dòudo, nem Berville também. Vejamos, Ia Bretonnière,-sejamos razoave.sA Sup- NOTiGIAS DO NORTE Pelo paquete nacional Pará, que fundeou ante-hontem no nosso porto, a horas em que nSo pôde ser visitado, recebemos hon- tem folhas das províncias do Norte. Amazonas. Alcançam as datas até 10 do mez próximo passado. No dia 20 de Março abrio-se, com as for- malidades legaès, a 2a sessão ordinária da 12« legislatura da assembléa legislativa pro provincial. A mesa ficou assim constituída: Presidente o Sr. commendador Clemen- tino José Pereira Guimarães ; 1.° secretario o Sr. Henrique Barboza de Amorim; 2." o Sr. José Justiniano Braule Pinto. Apparecera no dia 8 o primeiro nume- ro do Jornal âo Amazonas ; folha que se publica uma vez por semana. Interrompeu sua publicação o periódico Reforma Liberal, orgSo do partido liberal do Amazonas. Declararam-se em greve os aguadeiros da capital, por ter começado a vigorar uma postura da Câmara Municipal determinando que tenha a capacidade de 12 frascos oa po- tes que servirem para a venda da água. A Recebedoria Provincial arrecadou no mez de Março ultimo 21:580^421, sendo : Para a província 16:692), 324 Para a Companhia doAmazonas 4:888§097 Pará.—Datas até 18. A assembléa legislativa provincial encer- rara no dia 15 os seus trabalhos. Tem sido rigoroso o inverno no munici- pio de Bragança. Chuvas torrenciaes têm inundado os campos, de sorte que são in- evitaveis grandes prejuízos na criação do gado vaceum e cavallar. Üma carta datada de 31 de Março passa- do, e escripta por um fazendeiro importar.- te, estabelecido na costa da ilha de Marajó assegura que a cheia deste anno excede à quantas alli se conhece, sendo incalcula- veis os prejuízos causados no gado. Ha lu- gares em que têm morrido todos os ani- mães cavallares. victimas da peste que os dizima, e dos effeitos da espantosa inun- dação. São inquietadoras as noticias de Soure. Grassava alli com tanta intensidade a epi- demia da varíola, que estava acamada grande parte da população, tendo morrid0 três pessoas. Como é de prever, está a po- pulaçâo aterrada com este flagello, contri- buindo quiçá o terror para exagerar-lhe os effeitos. A irmandade de Nossa Senhora da Con- ceição, erecta na igreja do Rosário da Cam- pina, requereu á Câmara Municipal de Be7 lém permissão para edificar uma pequena igreja,sob a invocação de—Capella de No»- sa Senhora da Conceição—no terreno do patrimônio da mesma irmandade, á praça de D. Pedro II, canto da rua de S. Vicente de Fora. Por acto de 6 a presidência da província resolveu criar uma collectoria de rendas provinciaes na freguezia do Affua. O Affua é das mais modernas povoações da província e seu desenvolvimento, si fôr bem dirigido, promette tornal-a um dos põe que eu ache divertido vêl-os pra- ticar esta extravagância? ²Não sou nenhum cobarde, mas não sou também nenhum ente sangui- nario. Si seu irmão propuzer-me ai- guma desculpa, desde que seja boa e valiosa, estou prompto a acceital-a. Smão, aqui está ò meu testamento que estou cuidando de fazer, como devo. ²O que entende por desculpa va- liosa ? ²Entendo... é fácil de compre- hender. ²Mas o que? ²Uma desculpa boa. ²Mas em summa, diga mais ou menos. ²Pois bem ! elle disse que eu en- trava como Marte em procissão de Cinza, e eu suppouho haver-lhe res- pondido dignamente.. E' preciso que elle retire a expressão . e que diga diante de testemunhas que eu entrava simplesmente como o Sr. de Ia Bre- tonnière. ²Acredito que, razoavelmente, não pôde recusar-lhe isto. Armando sahio desta conferência não inteiramente satisfeito, mas me- nos inquieto do que viera. Era no bou- levard de Gand, entre onze horas e meia-noite", que justara :encontrar-se mais importantes entrepostos do commer- cio da borracha no interior. Perdeu se na ponta do Taypú,em 1, uma Canoa db £>r. AÍféres Raymúndo Antônio da Silva, que vinha do Cintra para esta ci- dade, com um carregamento de vários ge- neros, sendo de farinha a maior porção. Perdeu-se todo o carregamento. NSo houve felizmente perdas vida a iámentaf. O Sr. Gúilhernie Branlbéer, ctíhsül do império da Alleiháiilià, rèassumío o exerci- cio deste cargo, que estava sendo exercido pelo Sr. Gustavo Sesselberg. A' ordem do Dr. chefe de policia, foi re- colhido hontem á cadeia publica, o por- tuguez Manoel Kitizinger âaldanha, como indiciado no assassinato do infeliz portu- guez Balthazar Guedes Ferreira. O criminoso requererá áo "Tribunal da Re- lação ordem de kabeas-corpus, que lhe foi negada, e estava pronunciado pelo Dr. promotor publico, D. Joanna Iria Pinheiro Bastos* casada Gom Antônio de Araújo Ferreira Bastos, achando-sôno seu estado iáteréssante.e re- ceiando qüe o riarfco lhe fosse fatal, resolveu envenenar-se tomando uma pequena dose de arsênico, na tarde de 5 , sendo, porém, felizmente a tempo soecorrida, está fora de perigo. Foi isto que declarou ao Sr. subdelegado do 1.° districto, quando a interrogou. Fo ram-lhe applicados os primeiros soecorros médicos pelo Dr. Cândido Bastos. Maranhão.—Datas até 22: Foi concedida áo Sr. João Alexandrino da Silva Servo a exoneração que pedio do cargo de adjunto do promotor pi.blico da comarca de Coroatá. Para o cargo de promotor publico da co- marca de Codó foi nomeado o Sr. Affonso Gifflningde Mattoâ. Benzera-se no domingo, 18, com toda a solemnidade, a capella do Hospital Militar. Lê-se no Diário do Maranhão: « No sabbadOj 10 do corrente, teve lugar no templo da loja Fraternidade Mara- nhense a ceremonia da regularisação da nova ofllcina Santa Cruz. a O templo estava armado e decorado, bem como todo o prédio, com bastante de- cencia. « Reuniram-se ahi passante de duzentos maçons e umas cento e trinta a cento e quarenta senhoras, que foram primeiro re- cebidas nas salas, em quanto no templo se procedia a parte da ceremonia com todas as formalidades da lithurgia. « O templo completamente cheio com maçons das cinco lojas desta cidade e avulsos e de lojas de outras localidades e até estrangeiros, estava imponente, con- tendo também no seu seio algumas das mais altas dignidades da maçonaria dos dous Orientes do Brazil. « Correu bem todo o ceremonial e em tempo foram introduzidas no templo as senhoras, tendo de se retirar para o vesti- bulo grande numero de maçons, para lhes darem lugar._^ « Continuando os trabalhos na parte em que podiam ser públicos, por algumas vezes se fizeram ouvir harmoniosas vozes de cantores, que estavam em uma sala junto ao oriente do templo, e cantavam acompanhados a órgão. « Terminada a inauguração houve a ce- remonia da adopção ou baptismo maço- nico de três meninos, entre 5 e 8 annos*de idade. « Leram-se discursos, e recitaram-se poe- sias, não por parte Jo orador da loja re- gularisada, como das commissões das ou- trás lojas e por irmãos avulsos. « As Exmas. Sras. DD. Carolina e Gui- lhermina Perdigão, á convite do vene- ravel e acompanhadas pelos mestre de cere- monias apresentaram ás pessoas presentes o sacco da beneficência e recolheram as és- molas, que [se maniaram distribuir pelos pobres. « A's 11 horas encerraram-se os traba- lhos, e passaram as senhoras á sala do ban- quete, ondefoi servida lauta, delicada e va- riada refeição, preparada nas cozinhas do hotel da Europa. a Houve brindes calorosamente corres- pondidos, mantendo-se sempre a ordem e respeito devidos, sem que houvesse alasti- mar o menor desgosto.» Sob o titulo: Homem ao mar, diz a mesma folha: « E' fatalidade dos últimos navios que da Europa so têm dirigido ao nosso porto. O Cidral perdeu um homem, como no- ticiámos ; a barca Asberg, vinda de Cardiff, ao quarto dia de viagem perdeu um mari- nheiro, D. Anderson Borg, que cahio ao mar na oceasião em que, com outros, fer- rava o panno. » No dia 16 falleceu Luiz Raymúndo de Azevedo, que foi antigamente hábil typo- grapho e era ultimamente empregado da câmara municipal. Piauhy.—Datas até 19. No dia Io o Sr. Dr. Ernesto Francisco de Lima Santos, chefe de policia da província, deixou o exercício desse cargo,entrando no gozo de uma licença de três mezes que lhe foi concedida. Para exercer interinamente aquelle cargo, foi nomeado o juiz de direito da com área de Oeiras, Dr. Eneas José Nogueira, que en- trou em exercício no dia 3. O vapor Pirapama entrara no dia 16 e sahira a 17, levando a seu bordo o chefe de policia ultimamente nomeado. No dia 19 seguio da Parnahyba, para a Therezina no vapor Paranaguá, o novo pre- sidente nomeado para a província, Dr. Del- com o irmão. Achou-o, andando a largos passos e agitadissimo, e pre- dispunha-se a neg-ociai' a accommo- dação nos termos exigidos por Ia Bre- tonnière, quando Tristão tomou-lhe o braço, exclamando : '— Falhou tudo ! Jávotte zomba commigo, não tenho o bracelete. Por que ? Eu sei ? é uma cabe- cinha de Arento. Fui direito á casa delia; respondem-me que havia sa- hido. Certifico-me de que effectiva- mente não está em casa, e pergunto si não deixou alguma cousa para mim ; a creada olha-me com espanto. Depois de muito perguntar, sei que a Sra. Rosenval jantou com o seu barão dos óculos e outra pessoa, sem duvida o maldito Ia Bretonnière ; que se sepa- raram depois, Ia Bretonnière para voltar à casa, Jávotte e o barão para irem ao espectaculo, não na sala, mas na caixa; e hão sei mais o que de incomprehensivel, tudo cheio de taga.- rellices de creada : « A senhora havia recebido uma boa noticia ; a senhora parecia muito contente; estava com pressa, não houve tempo de comerem a sobremesa, mas mandaram buscar á adega vinho de Champag^ne. » Entre- tanto tiro do bolso a bocetazinha de Fossin, qué entrego á creada, pedin- Phino Augusto Cavalcante de Albuquer- que. Em 29 do passado foi regularisada a loja inaçonicà União Parnahybana. Falleceu na capital o Dr. Luiz Cardozo de Moura. Era formado em medicina e contava 29 annos de idade. Ceará.—Datas até 23. Diz o Cearense que o inverno este anno tem sido rigorosíssimo e eóriltíarávéi ao de 1866. Quasi toda a província se resente mais ou menos dos enormes estragos pro- duzidoí pelas chuvas. As enchentes extra- ordinárias dos rios têm causado prejuízos Consideráveis á lavoura e á criação. Está tudo brejado; grande numero ds açudes, qué é o unido recurso dos sertóes, durante o verão, têm desapparecido. Em todo o mez tem chovido copiosamen- te, e quasi sem interrupção. A cidade de Sobral soffreu as tristes conseqüências de urda inundação; O rio Acaracú transbordou, deixando o seti leito invadir impetuosamente grande parte da cidade. No mercado publico a água elevoa-se á altura de 1,20 metro; as casas ficaram inundadas, a população pobre sem abrigo e sem recursos. Foi uma verdadeira caía- midadõ. Os estragos produzidos pela cheia são muito sensíveis. Além dos prejuízos causados, receia-se muito o reapparécimento das intermit- tentes. A villa de SanfAnna foi também inva- dida pelo rio Acaracú. Por espaço de 15 dias esteve a villa debaixo d'agua, e a população desvalida no meio da mais dolo- rosa consternação. Vinte e tantas casas foram levadas pela impetuosidade das águas. Os prejuízos são consideráveis. Na Granja o rio Camocim deu uma en- chente igual a de 1872, levando seu grande volume de águas dentro da cidade. A parte mais baixa ficou completamente inundada. Em conseqüência disso reappareceram as intermittentes, que, ha três annos, assolam aquella infeliz população. Pelo vice-presidente, foi nomeada uma commissão de 7 membros para prestar soe- corroa de que possa precisar a população desvalida da cidade do Aracatyj que se ameaçada de ser inundada pelas águas do Jaguaribe. Autorizou-se a collectoria dalli a despender a quantia necessária com esse serviço. O rio se achava quasi dentro da cida- de, segundo communicam dalli; é presu- mivel que com as chuvas de Abril dê-se a inundação. A varíola continuava a fazer victimas na capital. Pelo Dr. juiz do eompiercio foi julgada casual a fallencia dos negociantes Manoel de Moura Rolim & C. No dia 13, foi conduzido preso, de bordo do vapor Alcântara, á requisição do Sr. inspector da Thesouraria de Fazenda, Pau- lino José Ayres, escrivão servindo de col- lector das rendas geraes do município de Villa-Viçosa, em conseqüência de achar-se alcançado para com a Fazenda em quantia superior a 2:000$000. Esse indivíduo viera ha pouco dalli tra- tar desse negocio, nada, porém, tendo con- seguido, tratava de fugir quando foi filado pelos agentes policiaes. No lugar Taboleiro do Matto, Maria Gonçalves Bezerra deu á luz uma criança e junto com sua m-ãi matou o seu filhinho, enterrando-o na porteira de um curral. Foram presos o pai da infanticida, Vi- cente Ferreira Pinheiro e seus irmãos, Ma- ria Gonçalves, José Joaquim Pinheiro e Antônio Pinheiro de Moraes Souto. As folhas dão noticia de outros crimes, praticados em diversos pontos da pro- vincia. Na cidade da Granja falleceu a resp-d, tavel senhora D. Anna Joaquina de Jesus- com cerca de 116 annos, deixando uma nu- merosa prole. Communicam de Jaguaribe-Mirim : « A invernada por aqui tem sido horri- vel, acompanhada de medonhas tempes- tades. Tem chovido á cântaros: não ha nada que resista ao rigor do inverno. Além de tudo-o desprendimento de faíscas ele- etricastem feito algumas victimas. « Na casa de Lourenço üe Menezes cahio um raio matando-lhe um filho e uma es- crava, tendo também soffrido dos effeitos da faísca outras pessoas de casas, inclusive a senhora do mesmo Menezes. « Na Nova-Floresta cahio outra faisca, na capella que ahi existe, causando grandes estragos, a imagem da padroeira ficou bas- tante maltratada. Com a intensidade do inverno vão-se todas as esperanças dos po- bres lavradores: pouco legume teremos eéte anno, si continuarem as chuvas com o mesmo rigor. » Fdlleceram na capital o Sr. Luiz da Rocha Salgado, e no Sobral o Sr. capitão Raymúndo Nonato de Azevedo. Pelo Sr. commendidor Alfredo Garcia foi entregue ao Sr. Visconde de Cauhipe a do-lhe que aquillo esta noite á ama, e em confidencia. Sem procurar en- tender o que não posso saber, junto ao meu presente um bilhete escripto á pressa. Nisto volto á casa, conto.os minutos, e a resposta não chega. Eis em que param as cousas. Agora que a rapariga tem não sei o que na ca- beca, lembrar-se-ha do que lhe pedi? Que vento soprarta nessa ventoinha ? ²Mas, disse Armando, o especta- culo acabou tarde ; a ventoinha carece de tempo para ler e responder, procu- rar o bracelete e mandal-o. Encon- tral-o-hemos em tua casa ao entrar. Deves vêr que Jávotte não pôde decentemente acceitar o teu presente sinão como troca. Quanto ao duello, não penses nisso, —'¦ Por vida minha! não penso nisso, vou... ²Doudo que és! enossa mãi? Tristão abaixou a cabeça sem res- pondeiy e os dous irmãos .tornaram á casa. Jávotte não era no entanto tão como podel-a-hiam suppôr. Passara o dia em singular perplexidade. O bra- celete pedido, a insistência, o duello projectado, tudo isso parecia-lhe que eram outros tantos sonhos incompre- quantia de 190J., que deram para a con- strucção do asylo de alienados, na capital, os três cearenses residentes em Pernam- búco, Dr. Alcoforado, Dr. José Bernardo Galvão Alcoforado Júnior e vigário Anto- nio Alves de Carvalho, sendo: Dr. Alcofo- rade 100$, Dr. Alcoforado Júnior 50j? e vigarioCarvalho 40#000. f&io-Grande do rVortc—Datas até 25: As câmaras municipaes da cidade do Frificiüe. e das villas do Ceará-mirim , Acary, Papary e S. Gonçalo dirigiram re- presentações a Assembléa G«ral em favor da eleição directa, sendo algumas dessas câmaras compostas de conservadores e tendo outras em seu seio pessoas impor- tantes da situação.- ;=. ., Além das referidas representações seguio no ultimo vapor uma do povo com 2,235 assignaturas de cidadãos residentes nesta cidade e nos municípios de S. Gonçalo, Ceará-mirim, S. José. Papary, Goyaninha, Macáo, Angicos, Assú , Acary e Serra- Negra í Depois da remessa dessas representações recebeu-se grande numero de assignaturas da cidade da Imperatriz e espera-se outras de divérsoâ outros lugares, inclusive mais de quinhentas do município do Principe. ChegánàC ao conhecimento do presidente da província, por eortvmv uicacões ofiiciaes, o estado de miséria a que neoü roív^A grande parte da população do município do Assú e do districto Vaf2ea do de SanfAnna do Mattos, em conseqüência das inundações alli havidas, tomou prom- ptas providencias no sentido de minorar o soffrimento das infelizes victimas das inun- daçoes. No mesmo dia em que recebeu a noticia de tão triste e deplorável acontecimento, abrió dous créditos á verba soecorros pu- blicos na importância de 1:200$. para ser distribuída com aquellas famílias, que ha- viam ficado reduzidas a penúria, sendo um conto de réis para as do município do Assú e duzentos mil róis para as do districto da Várzea do de SanfAnna do Mattos. Para se incumbir da distribuição da quantia destinada a este ultimo município nomeou uma commissão composta do juiz municipal supplente em exercício, dorevd. vigário da freguezia, do presidente da ca- mara, do delegado de policia e do major Antônio de Souza, e para distribuir a im- portancia destinada ao do Assú nomeou outra commissão, que se compõe do Dr. juiz de direito da comarca, do respectivo juiz municipal, do revd. vigário da freguezia, do presidente da câmara e do delegado de policia. E parecendo-lhe insufliciente a quantia destinada ao município do Assú, em vista de sua numerosa população e dos grandes prejuízos que soffreu alli a classe desva- lida, recorreu á caridade publica, por meio de uma subseripção, que elle mesmo em pessoa promoveu nesta capital, em favor daquelles infelizes e na qual foi o primeiro a inscrever o seu nome. Segundo consta, a subscrição excedeu a 600$000 réis, os quaes tiveram o con- veniente destino. Recolheu-se de sua commissão ao inte- rior da província, o Sr. Capitão Antônio Benevides Seabra de Mello.com á força sob seu commando, tendo percorrido todos os pontos das comarcas de Páo dos Ferros, da Maioridade, de Mossoró, de Macáo e do Assú. Deixou o capitão Benevides completa- mente debellado o movimento sedicioso dos qnebra-hilos, communicados da pro- vincia da Parahyba, e firmada a ordem publica e a segurança individual nos pon- tos invadidos e ameaçados. Tentou suicidar-se, no dia 10, com um golpe de navalha sobre o pescoço, o preso Francisco Fernandes de Carvalho, que se acha recolhido á cadêa do Ceará-mirim, para ser julgado pelo crime de morte, por elle praticado em Maracajaú, na pessoa de seu cunhado Antônio Joaquim Nobre Ca- mara. Foi recolhido á cadeia da capital o crimi- noso Elias Moreira de Oliveira, autor do assassinato praticado na pessoa do infeliz Jo3é Capão, em a madrugada de 11 de De- zembro de 1871, dentro da villa de Cangua- retama, tendo sido capturado ultimamente na província da Parahyba, á requisição do Dr. chefe de policia interino da província. Falleceu na comarca da Maioridade, o capitão Joaquim da Costa e Oliveira, membro importante do partido liberal. Paratiyna. Datas até 26. Em conseqüência das grandes inundações do Rio Parahyba, o presidente da província, cm data de 22, determinou ao inspector da Thesouraria de Fazenda que abrisse, sob sua responsabilidade, um credito da quantia de l:000g, e a entregasse ao major fiscal do Corpo de Policia, Francisco Pinto Pessoa, hensiveis ; cogitava o que devia fazer, e via que o mais prudente era con- servar-se indifferente a acontecimentos com os quaes nada tinha. Mas si a Sra. Rosenval possuia toda a altivez de uma rainha de theatro, Jávotte em fundo possuia bom coração. Berville era moço e amável; o nome dessa marqueza mettido em tudo isso, esse myslerio, essas meias-confidencias, agradavam á imaginação da impro- visada artista. Si fosse certo que elle ainda me ama um poucochinho, pensava a ra- pariga, e que uma marqueza tenha ciúmes de mim, haveria muito risco em dar este bracelete? Nem o barão nem outros o suspeitariam ; nunca ando com elle; por querazãonãopres- tar .um serviço, si a ninguém preju- dica? Emquanto reflectia, abrira uma se- cretáriazinha, cuja chave jtrazia ao pescoço. Ahi .. estavam amontoadas, confusamente, todas as jóias da sua çorôa, um diadema de pedras falsas com que entrava na Torre de Neste, collares de diamantes artifiçiaes, es- méraldas de vidro que precisavam da luz dos candieiros para brilhar com fulgor duvidoso ; do meio deste the- soüro, tirou 0 bracelete íristão,.e para a compra de gêneros alimentícios, que serão distribuídos á população indi- gente das povoações de Santa Rita e Cruz do Espirito Santo, pelas respectivas com- missões. - O presidente da província determinou aos juizes municipaes dos termos de Pedras de Fogo, Pilar, Bananeiras, Cuité, Babaneiras, S. João eAlagôa do Monteiro, que, sem per- da de tempo, instaurassem os competentes processos pelos movimentos sedicioso s ulti- mamente oceorridos nos termos de sua júris- dicção, ficando deste modo de nenhum ef- feito, relativamente aos ditos termos, a or- dem contida em officio de 22 de Dezembro do anno passado, recommendando aos mesmos juizes municipaes que se abstivessem de funecionar em taes processos, por achar-se delles encarregado o Dr. chefe de policia de conformidade com o art. 9o, paragrapho único da lei n. 2,033 de 20 de Setembro de 1871.. O juiz de direito da comarca do Pombal, Antônio Muniz Sudré do Aragão, confimou a pronuncia proferida contra os réos, co- ronel João Dantas de Oliveira, alferes Eus- taquio do Rego Toscano de Oliveira No- brega, Jesuino Alves de Mello, conhecido por Brilhante, Joaquim Monteiro, João Al- vês Filho, Manoel Lucas de Mello, por appellido Pintidinho, Felix Antônio Can- na Brava, Raimundo Ângelo, vulgo La- tada, Manoel Caxiado e José Rodrigues, " e complices do arrombamento da ,, . ,, -^ade, em 18 de Fevereiro cadea daquella ci^. ' do anno passado. Achd-sé íeflolhido á cadêa publica da ca- pitai Manoel José de SanfAnna, píonun- ciado pelo chefe de policia da província, Dr. Manoel Caldas Barreto, como impli- cado nos movimentos sediciosos do termo de Alagôa-Nova.. Tiveram lugar, ás 6 horas da manhã de 15, na igreja da Santa Casa da Misericor* dia, as exéquias mandadas celebrar pelo repouso eterno do padre Francisco Pinto Pessoa, fallecido na corte a 28 do passado. O acto esteve solemne, e a elle assistio o presidente da província, e crescido nume- ro de pessoas qualificadas. A' porta da mesma igreja esteve postada uma guarda, que fez as honras fúnebres devidas á hierarchia do finado. O conego padre José Antunes Brandão, vigário da freguezia de Alagôa-Nova, aea- ba de conceder carta de liberdade a seus escravos de nomes: José, crioulo, de 30 annos de idade ; Thereza, crioula, de idade de 39 annos; Joanna,'parda, de 37 annos, José, pardo de 9 annos de idade, e me- tade do escravo André, crioulo, com 24 annos. Esses escravos foram alforriados sem condição alguma e de livre vontade. Communicam do Pianeó que fora rou- bado o vigário da freguezia em cerca de setecentos patacões. Falleceram na villa de Cuité, o cida- dão Antônio Garcia do Amaral, e na villa de Alhandra o tenente Herminio da Costa Silveira. ...,,. ..:.. Pernambuco.—Datas até 28. Continuava a funecionar a assembléa pro- vincial. Noticia o Jcnalâo Recife que no dia 27 houvera um incêndio na loja de fazendas dos Srs. Moura & C, á rua do Barão da Victoria. Apenas arderam algumas peças de fa- zendas e outros objectos que estava n na frente do estabelecimento. « Entretanto, acerescenta a mesma folha, como sempre acontece por falta de pessoal habilitado para semelhante serviço (apezar do imposto que para havel-o se" paga ha dous annos) o estrago causado pelo soecorro foi maior do que o causado pelo fogo, com especialidade para os moradores do primeiro e segundo andar xló prédio, os Srs Hélio- doro Fernandes da Cruz e Dr. Santa Rosa, que.além do. susto porque passaram e todas as pessoas de suas famílias, viram os seus moveis em petição de miséria. » Ao Diário ãe Pernambuco escreveram da villa do Limoeiro : « Diversas pessoas de consideração, resi- dentes nesta villa, acabam de dirigir á as- sembléa. legislativa desta província uma petição em que expõem a grande neces- sidade que aqui se sente de uma esco~ Ia nocturna de instrucção primaria, onde aquelles que, durante o "dia, não podem se afastar de seus labores, possam á noite re- ceber a instrucção, quasi tão necessária á vida como o próprio pão ; concluindo por pedirem á creação da dita escola.» Em um télegramma Aracaju, provin- cia "de Sergipe, recebido em Pernambuco, se diz: « Hontem, (25) por oceasião da colloca- ção do retrato do Exm. Sr. Dr. Antônio aos Passos.Miranda, presidente.da provin- cia, no Asylo de Nossa Senhora da Pureza, houve umáimmensá demonstração popu- lar, constando de discursos, poesias, illu- minações esumptuossissimo Z««cA,as.-isfcin- do extraordinária concurrencia. S. Ex. re- ceb eu provas não equívocas de sympathia.» Alagoas —Datas até 29 : Continuava a funcionar a assembléa pro- vincial. examinou attentamente os dous nomes gravados pela parte interna: - -— E'. linda esta cobrazinha, disse, qual será o pensamento de Berville querendo tornar a. tomal-a? Suppõe sacrificar-me. Si a desconhecida co- nhece-me, fico compromettida. Estes dous nomes ao lado um do outro não é cousa muito corrente. Si Berville apenas teve por mim um capricho, será isto uma razão?... Ora! dar-me- ha outro ; ha de ser interessante. Jávotte ia talvez mandar o brace- lete, quando o toque da campainha veio interromper-lhe as reflexões. Era o,indivíduo dos óculos de ouro. ²Senhora, disse, dou-lhe noticia do triumpho; pertence aos choros. Não é uma cousa muito brilhante ; trinta soídos, sabe, mas que importa? tem o formoso no estribo. esta noite entrará com um dominó no baile mascarado de Gustavo.Q ²Boa noticia! "exclamou Jávotte sáltandò~ue contente. 'Ohorista- na Opera ! chorista 1 estudei a minha parte; estou com boa voz ; esta noite Gustavo /.?. Ah ! meu Deus í Passado o primeiro momento Adè ebriedade, a Sra. Rosenval reconquis- tou a gravidade que convém a uma cantora: No dia 25 tomara posse da administra- ção da província o vice-presidente Sr. Dr. Felippe de Mello Vasconcellos, por ter par- tido para Pernambuco o respectivo presi- dente. A qualificação da parochia de Maceió fora adiada para a Ia dominga do corrente mez. No Libera? de Maceió, de 29, lè-se o se- guinte: «Por acto da presidência,de ante-hontem. foi relaxado da prisão o Sr. th-soureiro do Consulado Provincial Ignacio Joaquim da Costa, que fora preso administrativampnte pelo ex-presidente, por dizer o thesoureiro do Thesouro Provincial, que este não en- trára para o cofre comaquantia ds 10.000$, parte do desfalque encontrado no cofre da mesma repartição. Informam-nôs. porém, que vão ambos responder no juizo competente. Lê-se na mesma folha : Habeas-corpus.—TS&o foi concedido o que requereu João Antônio dos Santos, ex-the- soureiro do Thesouro Provincial, preso ad- ministrativamente. » Bahia.— Datas até 1 do corrente. A assembléa provincial continuava nos seus trabalhos. Os acadêmicos do 5o anno de medicina, depois de ouvirem uma missa que manda- ram dizer no dia 29 do mez passado, por alma do Sr. conselheiro Mathias Moreira Sampaio, dirigiram-se, incorporados, ao cemitério do Campo Santo para depositar uma capella ricamente preparada, sobre o túmulo daquelle que lhes fora professor illustrado. No dia 2 teria lugar a inauguração da linha férrea, que da cidade de Nazareth jAV* ir á povoação do Onha. .T "—-,. ' Bahia de 1, do qual tran- O Jornal a<» U¦'¦ . .. , "ecrescenta: screvérflos' esta üotieia, «».._ . ..., ^'dade, « Para assistirem 8 essa solem^ partirão hoje, em vapor especiftl, o Esm. Sr. presidente da província, o Sr. DY. chefe de polieia interino, o Sr. còmmandante das armas, vários deputados provinciaes. e muitas outras pessoas de distineção. » Do Jornal de Valenç%, de 22. transcreveu o C^reio da Bahi-i o seguinte : <i Na feira do dia 17, os preços dos ge- neros expostos ao mercado foram os se- guintes: « Assucar escorrido, lg800 a 2$000 15 kilos; dito raspadurado, 1$000 a 1#200 ditos; cachaça, 130 a 140 rs. o litro; canna. 150 a 160 rs? o dito ; Cacáo, 2|?800 a 3j?000 15 kilos ; café, 5/.000 a 5g3'00 ditos ; fumo, 4S00O a 7g000 ditos ; arroz pilado, 5.1.800 a 6J.200 40 litros: dito de casca. 1$600 a ij?700 ditos; milho. 3$300 a 3#600 ditos; farinha, 6$000 a 6), 500 carga; dita lavada, 7#000 a 8/.000 dita; dita a retalho, 720 a 800 rs 10 litros; couros frescos. 4),500 a 5#000 ditos seccos, 5J.800 a 6#400 15 kiloa; ca- pado. 4#500 a 7JJ000 ditos ; raspadura, 1#000 a2$000 o cento; cocos, 7g000 a 8$000 dito. « A carne verde vendeu-se a 480 rs. o kilo, a de porco a 560 rs. e o toucinho sal- gado a 800 réis. » O DiaHo ãa Bahia, de 1 do corrente, extractou do Progresso da Cachoeira estas noticias: « Falleceu naquella cidade o alfaiate Manoel Joaquim Câmara, com perto de 100 annos de idade. « Falleceu em sua fazenda, na fregue- zia de S. Gonçalo dos Campos, o lavrador Albino de Cerqueira Pinto, victima de moléstia do coração. » O rendimento das repartições publicas da província, durante 6 tnez de Abril pre- terito, foi o seguinte : Alfândega. 820:094$6õ8 Mesa de rendas 163:089#790 Recebedoria 90:926$997 Correio Geral 7:053g475 NOTICIAS DO SUL Espirito-Santo.—O abastado fazen- deiro da cidade de S. Mvfneus, o Sr. major Antônio Rodrigues da Cunha, acaba de offertar á Igreja matriz da mesma, cidade, uma rica capa de asperges de damasco fino, toda ornada de galões de ouro. Este acto espontâneo e voluntário do Sr. major Cunha, é digno de louvor, e por isso o noticiamos. Rio de Janeiro. Do Correio ãe Cantagallo, 2 do corrente, extrahimos, do seu artigo editorial, sob o titulo Biblio- theca Publica, o seguinte : a O dia 1.° de Maio, completando o acto humanitário de 24 de Abril, veio burilar um novo fau«to nos annaes do município de Cantagallo. «A' Casa de Caridade erigida pela loja Confraterniíaãe Beneficente, s .'guio-se,como um corollario lógico na luta magnânima, quí, com ella travou a sua co-irmã aloja Cércs, a bibliotheca publica, creada por iniciativa e pelos esforços desse grêmio maçonico. «°0 dia 1." de Maio, foi escolhido para essa nova creação. « A loja Con fraternidade estendeu mão bemfazeja aos desvalidos accommettidos por enfermidades corpjraes: a loja Cères estende a dextra aos pobres sujeitos ás mo- lestias, não menos damnosas, da ignoran- cia. « A instrucção dada nas escolas tor- na-se, as mais "das vezes, improficua ao Eobrequeavê esvaecer-se nos árduos tra- alhos da vida, por não poder recolher de suas economias a somma precisa, para obter um livro que lhe seja companheiro e mestre nas horas breves de descanso. ²Barão, disse ella, o senhor é um homem encantador. o senhor era capaz disto, e eu conheço a minha vo- cação; jantemos; vamos á Opera; á gloria, voltemos, ceiemos, vá-se em- bora ; estou dormindo sobre os meus louros. O conviva esperado chegou dentro em pouco. Apressaram o jantar, e Jávotte não pôde deixar de querer sahir muito mais cedo do que era preciso. Batia-lhe o coração ao entrar pela porta dos actores nesse velho, sombrio e pequeno corredor em que Taglioni talvez passasse..Como o bai- lado foi applaudido, a Sra. Rosenval, coberta com um capuz côr de rosa, suppoz haver contribuído para o bom êxito. Voltou. á casa muito commo- vida, e, na embriag-uez do triumpho, estavam as suas idéas a cem léguas de Tristão, quando a criada entregou- lhe a bocetinha cuidadosamente em- brulhada por Fossin, e um bilhete em que achou estas palavras : « Cumpre que o prazer não a faça esquecei' um amigo velho que carece de um serviço. Seja boa como outr'ora. Espero a sua resposta com impaciência. » ²Coitado! disse á Sra. Rosenval, tinha-o esquecido. Manda-me uma castellã ; tem mais turquezas... « A bibliotheca publica, facultando a leitura gratuita á todos, preenche uma grande lacuna, que era antes um abysmo. « A loja Cères, portanto, bem mereceu do município e do paiz inteiro. A' uma hora da tarde, na casa da escola publica do 36xo masculino desta cidade, reunidas as commissões das lojas, Céres e Con fraternidade Beneficente, a da câmara municipal, e grande concurso de povo, foi inaugurada a bibliotheca publica, presi- dindo o acto solemne o Dr. Antônio Au- gusto Pereira Lima, como presidente da commissão da loja Cères. ¦ « O Dr. Pereira Lima, em brilhante e breve^allocução,. fez vêr o motivo da reu- nião e historiou os trabalhos da loja. para a realizaçio de tão importante aconteci- mento. « Em seguida o Dr. Theodoreto Carlos de Faria Souto, o sympathico orador da commissão, com a palavra fácil, elegante e correcta, que por tantas vqzes tem era.- cantado o seu auditório, depois de um conciso e elegante improviso, procedeu á leitura de seu magnitico discurso, bella peça de oratória, que enthusiasmou a seus ouvintes. « O Sr. Júlio Verissimoda Silva Santos' como orador da commissão da loja Confra- temiãaãe, expressando o júbilo do seu quadro e os votos que"nutria, oceupou a attenção do auditório, e soube fazer-se ouvir, mesmo apezar de ter fallado depois do precedente orador ; o que quer dizer, que alliando á erudição despretenciosa aos primores da palavra, desempenhou com feli- cidade sua nobre misBâo. « O Sr. capitão Fortunato dos Santos Gomes, na qualidade de orador da com- missiio da câmara municipal, fallou em nome desta corporação, e em um pequeno, simples, mas sincero, discurso patenteou os sentimentos da municipalidade e com- primentou a loja Ceres, creadora da biblio- theca publica. « As senhoras, que foram, como são e hão de ser sempre, o melhor ornamento das sociedades, tiveram seu órgão na pes- soa da Exa. Sra. D. Leogivilda Ferraz, qua nas phrases as mais amáveis, e com encan- tadora expressão, manifestou os sentimen- tos seus e de suas companheiras em favor do acto, cujo alcance bem comprehende- ram e sentiram. «O deputado provincial, o Sr. Dr. AI- oerto Bezamat, proferio. em seu próprio nomej uma pequena allocuçãd, cheia de enthtísíasmo, expressando nobremente o júbilo' que in'üfla*iva-hm a alma, os votos que do coração íhe brotavam em favoT da bibliotheca ptfblfcã. « O joven Luiz" Gomes dd Amaral, dis- tineto alumno do Instríoflo Collegial, fez-se ouvir, como órgão de setís jovens collegas do mesmo instituto, e em uma bonita falia, proferida com transporte e inspiração, sau- dou a loja Ceres e auspiciou a creação. « Por ultimo fallou o professor publico Felippe Russel Moss, que com a maior isenção havia franqueado a casa da escola: para a inauguração do acto, e uma das salas para provisoriamente installar-se a bibliotheca, e com grande abneg'çãoso presta a ser o. bibliotheeario interino. O discurso que proferio, análogo ao acto, re- passado de sentimentos elevado*, que lhe ornam o coração, foi ouvido com prazer. « Então oDr. Pereira Lima. como presi- dente da reunião, declarou installada a bibliotheca publica e soltou um viva, me- recido. ao município de Cantagallo. a Concluído o acto solemne da installa- ção da bibliotheca publica, fei offerecido á todos os presentes um profuso copo d'agua. » No mesmo jornal lê-se o seguinte: « Importante donativo.— E' com a maior satisfação que consignamos em nossas co- lumnas o importante donativo qud á Casa de Caridade desta cidade, acaba de fazer o prestimoso cidadão, ch-^fe muito digno e prestigioso do partido liberal, o nosso amigo o Sr. Augusto de Souza Brandão. «Este eminente cidadão, aquém o mu- nicipio muito deve, e que na subseripção das obras da igreja ^matriz se avantaiára entre todos os subscriptores, assignando a elevada somma de 10:000$, acaba de sub- screver igual quantia para a Casa de Cari- dade de Cantagallo.- . - o A modéstia e desprete -são com que o Sr. Augusto de Souza Brandão vai concor- rendo para as boas obras de seu município, realçam o mérito de seu valioso concurso e o tornam justamente amado por seus comu- nicipes. : ¦•; f A lei das tempestades O Annuario ãas longitudes, i que acaba, de apparecer, publicou um estudo muito in- teressante de M. Faye, sobre as leis que regem as trombas, os tufQcs e.os cyclone, estes formidáveis phonomenos que contur- bam freqüentemente os mares da China, da índia e das Antilhas. Póde-se avaliar quanto esta questão inte- ressava a navegação.•;-" A Si realmente a tempestade obedece a leis?,, conhecidas ellas, o homem do mar dedu- zirá regras de manobra que lhe permitti- rão fugir do perigo, ou pelo menos atte- nuar suas conseqüências.¦•''¦¦ Na Inglaterra e nos Estados-Unidos, diz M. Faye, que o estudo destas importantes questBes está hoje vulgarisado, entretanto que entre nós não acontece assim, porque são pouco conhecidas.¦•¦ 9 ¦'•: -J- •>¦. « Muitas pessoas, diz M. Fáye, se admi- rarão lendo o titulo desta noticia, sa- ber que as tempestades têm leis. » E' a M. M. Piddinf.ton, Reid e Redfíeld, um inglez, e os outros dous americanos que coube a honra de verificar si as tem- pestades não obedeciam a algumas leis, segundo as quaes se poderiam estabelecer regras para a manobra. ítepellindo as theorías antigas, as pre- vençOes e os preconceitos da sua epocha, Jávotte metteu-se na cama e não pôde dormir. Pensou muito mais no seu contrato e no seu brilhante destino que no pedido de Tristão. Mas b dia tornou a, encoiitral-a nas melhores disposições. ²Vamos, disse a moça, sacriíi- quemo-nos. O meu dia de hontem foi feliz; é precivo que todos fiquem contentes. Eram oito horas da manhã, quando Jávotte tomou o bracelete, pôz o chalé e o chapéo, e sahio de casa .com ] o coração cheio e quasi ainda costurei- razinha. Chegando á casa de Tristão, vio diante da sala 4o porteiro uma mulher gorda com as faces banhadas de lagrimas. ' ! ; ²O Sr, de Berville? perguntou Jávotte.., ..,, : •< ²Ai .'suspirou a mulher- gorda. ²Pôde. fazer o favor de dizer-me si está em casa ? Nãoé aqui ?,. , ^lr ' —-.Ai! minha senhora... bateu-se ém duello..... acabam de trazel-o... Está morto! .No dia seguinte Jávotte.cantava pela segunda vez nos choros da Opera sob quarto nome por ella escolhido : o de Sra. Amaldi. FIM . n V -\ \WSImm 1 -' ;: •;¦' ¦••¦ ¦ r¦.,-¦:¦: mwmmm "¦}::¦ _>;.•¦ •----¦!: ',:;'¦'¦:.'¦,- SíKÜffKj A A -Í-AUAAAA ~ ¦¦•¦ ^i-S-i. '-.A-^-.-A A--;- - ¦ .--• ¦',-.:¦¦¦¦¦-. ' '."¦'¦"i •¦X--- ¦ ¦ ¦ ¦ - .-';'. .' ¦ ¦¦•'¦ ¦¦ ' ¦ ' ;^>-;A-A.;;;-;A,' ' ¦-.

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RIO DB JANEIBO. —ANNO II. - N. 124 ,______

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TodaB aa assignaturas são papas adiantadas. O assignantenao tem direito ás folhas anteriores ao dia

da aua toecripção.

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Por ANNO -••Por Seis mezes .

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Todas as assignaturas são pagas adiantadas. O assignantenao tem direito ás folhas anteriores ao di»

da sua inscripçio.

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pBopjeu:e::dA:d:e de gk>m:es de oiíiveira& b. \-:-*•"¦!' li

LIBERDADE PLENA DE ENüNOIáÇÃO DO PENSAMENTO COM RESPONSABILIDADE REAL EDO SEU AUTOR,

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TELEGMMMaSAGENCIA HAVAS-REUTER

POLÍTICO

Pariz» 6 de Maio

As noticias que nos chegam de Romafaliam em termos pouco tranquillisadoresdo estado actual de saúde do Papa Pio IX.As forcas do Santíssimo Padre têm visi-velmente diminuído nestes últimos tempos,e este estado de fraqueza, que augmenta dedia em dia. faz receiar muito pelos dias deSua Santidade. As pessoas que vivem áseu lado exprimem a este respeito vivasinquietações, aliás justificadas pela avan-cada idade do chefe da Igreja.

Gêneros entrados pela Estradade Ferro ». Pedro II

NO DIA 6 DE MAIO

Café 365,618 kilogs.Fumo 28,802 »Toucinho 14,585 *Queijos 1,585 »Diversos 22,761 »Aguardente 3 pipas

Deutsch Brasilianischc Bank

Capital Reichsmark2o,000:000

Dito realizado 10.000:000.£1.250.000£ 500.000

BALANCETE EM 30 DE ABRIL DE 1875.Activo

Accionistas:Entradas a realizar 7.128:712.J870Lettras descontadas e areceber 3.447:159^270

Lettras caucionadas 2.074:200^000Contas correntes simples

e caucionadas 10.155:379^960Garantias por contas cor-

rentes e diversos va-lores.: 12.739:295j?260

Diversas contas: saldo.. 47:846jJ780Caixa:

Em moeda corrente 797:338$300

Felippe, sua mulher e § filhos; Dr.Thomaz de Paula Pessoa, D. JoannaT. de Carvalho, e 1 criado, José Carlosupnçalves. Benedicto Luiz dos SantosAlmeida, Dr. João Joaquim Ramos esuamulher e 1 criado, Dr. Ernesto & deLima, sua mulher, 2 nlhOB e 3 criados,Marcollo Simões da Rocha, Manoel Bo-*elh,°rte Souza, João Soares Pereira,José Ribeiro da Cruz e sua mulher, JoséAntônio de Albuquerque, FranciscoFernandes do Nascimento, Manoel Go-mes da Costa, Dr. José Fieí dô JesusLeite, Antônio L. Buarqüe, D. JoannaM da Costa Pais, José Maria de Vasçon-cellos Estella, Maria José pha da Con-ceição. capitão Feliciaho A. Pithentel,Luiz Pereira Franco e t escravos, cem-mendador José Carlos da Motta, Exe-qmel Rodrigues da Costa Brazil, capi-tao-tenente Luiz da Costa Ferreira, bri-KadeiroPedro Maria Xavier de Castro,D Izabel de. Castro, D. Thereza de Castro,e d eser-avos; Antônio José de Seixas,«"ide Francisco Jacome, José CustodioAlves, José Affonso Pontes, Pedro Se-m-òures, JoSo Manoel da Fonseca Silva,Antônio Joaquim de SanfAnna e 1 es-cravo; Antônio Campos-, João Moreirade Carvalho, 2.» 'cadete José MariannoAugusto, 41? praças do exercito, e 7 ditasda armada; os portuguezes João Fer-reira Martins Ferro, Manoel da Silva,Thomazia Maria; o inglez Álvaro ArcherKopka; o húngaro Netale Gois e 133 es-cravos a entregar.

Itajahy—7 ds. brig. Piá, 159 tons , m.Loureneo Joaquim Pinto, equip. 9 c. :madeira a Antônio José de Lima Júnior& C.; passags.: Carlos W. Edward Scha-drack, sua mulher e 5 filhos.Paraty e Angra—(1 d. do ultimo),patachoEspadarte, 123 tons., m. Valentim Peresde Oliveira, equip. 7 : c. aguardente aJosé Antônio Gonçalves dos Santos; pas-sags.: João Pimenta de Oliveira, MoysésJoaquim da Assumpçao.

INTERIOB

36.389:932^1440

PassivoCapital 11.88l:188.$120Contas correntes, simples 52:342/, 390Contas correntes com

prazos determinados... 9.954:852$980Depósitos a prazo fixo... 1.123:068^1850Garantias por contas cor-

Tentes e diverso3 va-lores 11.841:683$ 200

Lettras a pagar 1.536:796^900

36.389:932g440

S. E. & O. — Rio de Janeiro, em 5 deMaio de 1875. — Angust Rieke, director.—Thomsen, cassirer.

MOVIMENTO DO PORTOSAHIDAS NQ DIA 6

New-York — Barc. norueg. Albat>-os, 437tons., rn. O. Olsen. equip. 11: c. café.

Porto-àlegre—Hiate port. Porto Alegre,180 tons., m. Manoel da Agonia Motta,Cquip. 7: c. vários generoB.Maranhão—Gal. yortiAãamastor, 550 tons.m. A. Loureneo da Cunha, equip., 17: emlastro de pedra.

Itapemirim — Hiate Curlota tf Abreu, 113tons., m. Manoel Victoriuo do Amaral,equip. 8 : c. vp.i-j.os gêneros ; passags.: 4escravos a entregar.

Itabapoana— Hiate Flor ãeItabapoana, 25tons., na. José Francisco das TrevaB,er^uip. 4 : c. vários gêneros.Bão de S. João — Hiate Paquete Ostrense,54 tons., m. José Joaquim dos Santos,equip. 6 : c. vários gêneros.

Santos—Paq. Santa Maria. comm. Luiz daSilva Cupha ; passags. : Reginaldo Can-dido da Silva, Dr. Gassia Lobo, D. EmiliaSaldanha de Oliveira, José dos SantosSoares Souto Maior, José de Souza Mo-rÇiesBarreto, José Gomes Jardim.D. Fran-Tisca Fernandina de Gouvêa, Joaquimdos Santos Jacarépaguá, Manoel LopesSeabra, Francisco J. de Souza Mesquita,Sarao de Bambuhy, João C. das ChagasLeite, Albino L. Pinto de Faria, VicentePalermo, Fehcio Vieira Mendes e 5 es-cravos, Domingos Ferreira da Silva, Do-mingos Gonçalves Pereira Nunes e4 es-cravos, Thomaz Álvaro de Campos Mel-Io, João Esteves Ferreira Arantes, Fran-cisco Leite de Oliveira, Francisco Vian-na, Manoel Antônio de Carvalho Bastos,Manoel Joaquim Borges e 1 escravo,João Domingues Martins, MaximianoJ. Rodrigues,.!. Farinha de Arzilla,A. An-tonio Pires, sua mulher e 1 filho; F. Anto-nio Rodrigues, C. Teixeira de Carvalho,Miguel de Magalhães Fonseca, Tourinhode Pinho; os portuguezes João Ferreirade Mattos, Antônio da Silva Santos, Joa-quim Esteves Relvas, Francisco EstevesRelvas, Manoel Barreira; o austriacoCarlos Guilherme Gross; os allemâes.Toseph Klein, Rudolpho Von Brause,Guilherme Neumann; os hespanhóesManoel Loureneo, José Quevedo y Leo-nard; os italianos Labagnara Gio Ba-ptista, Nicola Narti, Oliva Pietro e suamulher, e 83 emigrantes de diversasnacionalidades.

entradas no dia 6Rio da Prata—5 ds., vap. aliem. Sakkorah,

9S0 tons., comm. N. Danielson, equip. 35:c. carneiros, Ia e couros a Gross Koehler;passags., 18 em transito.

Po.itos do Norte — 16 ds. e 6hs. (26 hs.do ultimo), paq. Pa d, comm. Cyprianode Quadros; passags.: tenente AustriclinVillarim, José Rodrigues Lopes Braga.Roberto H. Hall, sua mulher, 3 filhos, 8escravos e 2 menores livres; LeopoldoSmith do Vasconcellos, D. Antonia Pon-tes de Paula Barros e 6 filhos, Luiz

FOLHETIM DO GLOBO 9

0 SEGREDO DE JÁVOTTEÇOJSTTO

rou

ALFREDO ME MUSSET¦ V

ContinuaçãoNeste caso o senhor nãô se ba-

terá em duello ?Perdoe-me; sou provocado do

modo mais positivo. Disse-me, quandoentrei, que eu entrava como Marte emprocissão de Cinza. Taes cousas nãose toleram ; preciso de uma reparação.

—- Degõlar-vos-heis por amor deuma palavra?A conjunetura e gravíssima.Não entro nas razões que dictaramsemelhante desafio; fico admiradoporque parece-me singular, mas. nãoposso fazei* outra cousa mais do queaceeital-o. A

E' possivel semelhante duello ?No 'emtanto o senhor não está dòudo,nem Berville também. Vejamos, IaBretonnière,-sejamos razoave.sA Sup-

NOTiGIAS DO NORTEPelo paquete nacional Pará, que fundeou

ante-hontem no nosso porto, a horas emque nSo pôde ser visitado, recebemos hon-tem folhas das províncias do Norte.

Amazonas. — Alcançam as datas até10 do mez próximo passado.

No dia 20 de Março abrio-se, com as for-malidades legaès, a 2a sessão ordinária da12« legislatura da assembléa legislativa proprovincial.

A mesa ficou assim constituída:Presidente o Sr. commendador Clemen-

tino José Pereira Guimarães ;1.° secretario o Sr. Henrique Barboza

de Amorim;2." o Sr. José Justiniano Braule Pinto.Apparecera no dia 8 o primeiro nume-

ro do Jornal âo Amazonas ; folha que sepublica uma vez por semana.

Interrompeu sua publicação o periódicoReforma Liberal, orgSo do partido liberaldo Amazonas.

Declararam-se em greve os aguadeiros dacapital, por ter começado a vigorar umapostura da Câmara Municipal determinandoque tenha a capacidade de 12 frascos oa po-tes que servirem para a venda da água.

A Recebedoria Provincial arrecadou nomez de Março ultimo 21:580^421, sendo :Para a província 16:692), 324Para a Companhia doAmazonas 4:888§097

Pará.—Datas até 18.A assembléa legislativa provincial encer-

rara no dia 15 os seus trabalhos.Tem sido rigoroso o inverno no munici-

pio de Bragança. Chuvas torrenciaes têminundado os campos, de sorte que são in-evitaveis grandes prejuízos na criação dogado vaceum e cavallar.

Üma carta datada de 31 de Março passa-do, e escripta por um fazendeiro importar.-te, estabelecido na costa da ilha de Marajóassegura que a cheia deste anno excede àquantas alli se conhece, sendo incalcula-veis os prejuízos causados no gado. Ha lu-gares em que têm morrido todos os ani-mães cavallares. victimas da peste que osdizima, e dos effeitos da espantosa inun-dação.

São inquietadoras as noticias de Soure.Grassava alli com tanta intensidade a epi-demia da varíola, que estava já acamadagrande parte da população, tendo morrid0três pessoas. Como é de prever, está a po-pulaçâo aterrada com este flagello, contri-buindo quiçá o terror para exagerar-lhe oseffeitos.

A irmandade de Nossa Senhora da Con-ceição, erecta na igreja do Rosário da Cam-pina, requereu á Câmara Municipal de Be7lém permissão para edificar uma pequenaigreja,sob a invocação de—Capella de No»-sa Senhora da Conceição—no terreno dopatrimônio da mesma irmandade, á praçade D. Pedro II, canto da rua de S. Vicentede Fora.

Por acto de 6 a presidência da provínciaresolveu criar uma collectoria de rendasprovinciaes na freguezia do Affua.

O Affua é das mais modernas povoaçõesda província e seu desenvolvimento, si fôrbem dirigido, promette tornal-a um dos

põe que eu ache divertido vêl-os pra-ticar esta extravagância?Não sou nenhum cobarde, mas

não sou também nenhum ente sangui-nario. Si seu irmão propuzer-me ai-guma desculpa, desde que seja boa evaliosa, estou prompto a acceital-a.Smão, aqui está ò meu testamento queestou cuidando de fazer, como devo.

O que entende por desculpa va-liosa ?

Entendo... é fácil de compre-hender.

Mas o que?Uma desculpa boa.Mas em summa, diga mais ou

menos.Pois bem ! elle disse que eu en-

trava como Marte em procissão deCinza, e eu suppouho haver-lhe res-pondido dignamente.. E' preciso queelle retire a expressão . e que digadiante de testemunhas que eu entravasimplesmente como o Sr. de Ia Bre-tonnière.

Acredito que, razoavelmente,não pôde recusar-lhe isto.

Armando sahio desta conferêncianão inteiramente satisfeito, mas me-nos inquieto do que viera. Era no bou-levard de Gand, entre onze horas emeia-noite", que justara :encontrar-se

mais importantes entrepostos do commer-cio da borracha no interior.

Perdeu se na ponta do Taypú,em 1, umaCanoa db £>r. AÍféres Raymúndo Antônio daSilva, que vinha do Cintra para esta ci-dade, com um carregamento de vários ge-neros, sendo de farinha a maior porção.Perdeu-se todo o carregamento. NSo houvefelizmente perdas dô vida a iámentaf.

O Sr. Gúilhernie Branlbéer, ctíhsül doimpério da Alleiháiilià, rèassumío o exerci-cio deste cargo, que estava sendo exercidopelo Sr. Gustavo Sesselberg.

A' ordem do Dr. chefe de policia, foi re-colhido hontem á cadeia publica, o por-tuguez Manoel Kitizinger âaldanha, comoindiciado no assassinato do infeliz portu-guez Balthazar Guedes Ferreira.

O criminoso requererá áo "Tribunal da Re-lação ordem de kabeas-corpus, que lhe foinegada, e já estava pronunciado pelo Dr.promotor publico,

D. Joanna Iria Pinheiro Bastos* casadaGom Antônio de Araújo Ferreira Bastos,achando-sôno seu estado iáteréssante.e re-ceiando qüe o riarfco lhe fosse fatal, resolveuenvenenar-se tomando uma pequena dosede arsênico, na tarde de 5 , sendo, porém,felizmente a tempo soecorrida, está forade perigo.

Foi isto que declarou ao Sr. subdelegadodo 1.° districto, quando a interrogou. Foram-lhe applicados os primeiros soecorrosmédicos pelo Dr. Cândido Bastos.

Maranhão.—Datas até 22:Foi concedida áo Sr. João Alexandrino

da Silva Servo a exoneração que pedio docargo de adjunto do promotor pi.blico dacomarca de Coroatá.

Para o cargo de promotor publico da co-marca de Codó foi nomeado o Sr. AffonsoGifflningde Mattoâ.

Benzera-se no domingo, 18, com toda asolemnidade, a capella do Hospital Militar.

Lê-se no Diário do Maranhão:« No sabbadOj 10 do corrente, teve lugar

no templo da loja Fraternidade Mara-nhense a ceremonia da regularisação danova ofllcina Santa Cruz.

a O templo estava armado e decorado,bem como todo o prédio, com bastante de-cencia.

« Reuniram-se ahi passante de duzentosmaçons e umas cento e trinta a cento equarenta senhoras, que foram primeiro re-cebidas nas salas, em quanto no templo seprocedia a parte da ceremonia com todasas formalidades da lithurgia.

« O templo completamente cheio commaçons das cinco lojas desta cidade eavulsos e de lojas de outras localidades eaté estrangeiros, estava imponente, con-tendo também no seu seio algumas dasmais altas dignidades da maçonaria dosdous Orientes do Brazil.

« Correu bem todo o ceremonial e emtempo foram introduzidas no templo assenhoras, tendo de se retirar para o vesti-bulo grande numero de maçons, para lhesdarem lugar. _^

« Continuando os trabalhos na parte emque podiam ser públicos, por algumasvezes se fizeram ouvir harmoniosas vozesde cantores, que estavam em uma salajunto ao oriente do templo, e cantavamacompanhados a órgão.

« Terminada a inauguração houve a ce-remonia da adopção ou baptismo maço-nico de três meninos, entre 5 e 8 annos*deidade.

« Leram-se discursos, e recitaram-se poe-sias, não só por parte Jo orador da loja re-gularisada, como das commissões das ou-trás lojas e por irmãos avulsos.

« As Exmas. Sras. DD. Carolina e Gui-lhermina Perdigão, á convite do vene-ravel e acompanhadas pelos mestre de cere-monias apresentaram ás pessoas presenteso sacco da beneficência e recolheram as és-molas, que [se maniaram distribuir pelospobres.

« A's 11 horas encerraram-se os traba-lhos, e passaram as senhoras á sala do ban-quete, ondefoi servida lauta, delicada e va-riada refeição, preparada nas cozinhas dohotel da Europa.

a Houve brindes calorosamente corres-pondidos, mantendo-se sempre a ordem erespeito devidos, sem que houvesse alasti-mar o menor desgosto.»

Sob o titulo: Homem ao mar, diz a mesmafolha:

« E' fatalidade dos últimos navios queda Europa so têm dirigido ao nosso porto.O Cidral perdeu um homem, como já no-ticiámos ; a barca Asberg, vinda de Cardiff,ao quarto dia de viagem perdeu um mari-nheiro, D. Anderson Borg, que cahio aomar na oceasião em que, com outros, fer-rava o panno. »

No dia 16 falleceu Luiz Raymúndo deAzevedo, que foi antigamente hábil typo-grapho e era ultimamente empregado dacâmara municipal.

Piauhy.—Datas até 19.No dia Io o Sr. Dr. Ernesto Francisco de

Lima Santos, chefe de policia da província,deixou o exercício desse cargo,entrando nogozo de uma licença de três mezes que lhefoi concedida.

Para exercer interinamente aquelle cargo,foi nomeado o juiz de direito da com área deOeiras, Dr. Eneas José Nogueira, que en-trou em exercício no dia 3.

O vapor Pirapama entrara no dia 16 esahira a 17, levando a seu bordo o chefe depolicia ultimamente nomeado.

No dia 19 seguio da Parnahyba, para aTherezina no vapor Paranaguá, o novo pre-sidente nomeado para a província, Dr. Del-

com o irmão. Achou-o, andando alargos passos e agitadissimo, e pre-dispunha-se a neg-ociai' a accommo-dação nos termos exigidos por Ia Bre-tonnière, quando Tristão tomou-lhe obraço, exclamando :'—

Falhou tudo ! Jávotte zombacommigo, não tenho o bracelete.

— Por que ? Eu lá sei ? é uma cabe-cinha de Arento. Fui direito á casadelia; respondem-me que havia sa-hido. Certifico-me de que effectiva-mente não está em casa, e perguntosi não deixou alguma cousa paramim ; a creada olha-me com espanto.Depois de muito perguntar, sei que aSra. Rosenval jantou com o seu barãodos óculos e outra pessoa, sem duvidao maldito Ia Bretonnière ; que se sepa-raram depois, Ia Bretonnière paravoltar à casa, Jávotte e o barão parairem ao espectaculo, não na sala, masna caixa; e hão sei mais o que deincomprehensivel, tudo cheio de taga.-rellices de creada : « A senhora haviarecebido uma boa noticia ; a senhoraparecia muito contente; estava compressa, não houve tempo de comerema sobremesa, mas mandaram buscar áadega vinho de Champag^ne. » Entre-tanto tiro do bolso a bocetazinha deFossin, qué entrego á creada, pedin-

Phino Augusto Cavalcante de Albuquer-que.

Em 29 do passado foi regularisada a lojainaçonicà União Parnahybana.

Falleceu na capital o Dr. Luiz Cardozode Moura.

Era formado em medicina e contava 29annos de idade.

Ceará.—Datas até 23.Diz o Cearense que o inverno este anno

tem sido rigorosíssimo e só eóriltíarávéi aode 1866. Quasi toda a província se resentemais ou menos dos enormes estragos pro-duzidoí pelas chuvas. As enchentes extra-ordinárias dos rios têm causado prejuízosConsideráveis á lavoura e á criação. Estátudo brejado; grande numero ds açudes,qué é o unido recurso dos sertóes, duranteo verão, têm desapparecido.

Em todo o mez tem chovido copiosamen-te, e quasi sem interrupção.

A cidade de Sobral soffreu as tristesconseqüências de urda inundação; O rioAcaracú transbordou, deixando o seti leitoinvadir impetuosamente grande parte dacidade.

No mercado publico a água elevoa-se áaltura de 1,20 metro; as casas ficaraminundadas, a população pobre sem abrigoe sem recursos. Foi uma verdadeira caía-midadõ. Os estragos produzidos pela cheiasão muito sensíveis.

Além dos prejuízos causados, receia-semuito o reapparécimento das intermit-tentes.

A villa de SanfAnna foi também inva-dida pelo rio Acaracú. Por espaço de 15dias esteve a villa debaixo d'agua, e apopulação desvalida no meio da mais dolo-rosa consternação.

Vinte e tantas casas foram levadas pelaimpetuosidade das águas.

Os prejuízos são consideráveis.Na Granja o rio Camocim deu uma en-

chente igual a de 1872, levando seu grandevolume de águas dentro da cidade. A partemais baixa ficou completamente inundada.

Em conseqüência disso reappareceram asintermittentes, que, ha três annos, assolamaquella infeliz população.

Pelo vice-presidente, foi nomeada umacommissão de 7 membros para prestar soe-corroa de que possa precisar a populaçãodesvalida da cidade do Aracatyj que se vêameaçada de ser inundada pelas águasdo Jaguaribe. Autorizou-se a collectoriadalli a despender a quantia necessária comesse serviço.

O rio já se achava quasi dentro da cida-de, segundo communicam dalli; é presu-mivel que com as chuvas de Abril dê-se ainundação.

A varíola continuava a fazer victimasna capital.

Pelo Dr. juiz do eompiercio foi julgadacasual a fallencia dos negociantes Manoelde Moura Rolim & C.

No dia 13, foi conduzido preso, de bordodo vapor Alcântara, á requisição do Sr.inspector da Thesouraria de Fazenda, Pau-lino José Ayres, escrivão servindo de col-lector das rendas geraes do município deVilla-Viçosa, em conseqüência de achar-sealcançado para com a Fazenda em quantiasuperior a 2:000$000.

Esse indivíduo viera ha pouco dalli tra-tar desse negocio, nada, porém, tendo con-seguido, tratava de fugir quando foi filadopelos agentes policiaes.

No lugar Taboleiro do Matto, MariaGonçalves Bezerra deu á luz uma criança ejunto com sua m-ãi matou o seu filhinho,enterrando-o na porteira de um curral.

Foram presos o pai da infanticida, Vi-cente Ferreira Pinheiro e seus irmãos, Ma-ria Gonçalves, José Joaquim Pinheiro eAntônio Pinheiro de Moraes Souto.

As folhas dão noticia de outros crimes,praticados em diversos pontos da pro-vincia.

Na cidade da Granja falleceu a resp-d,tavel senhora D. Anna Joaquina de Jesus-com cerca de 116 annos, deixando uma nu-merosa prole.

Communicam de Jaguaribe-Mirim :« A invernada por aqui tem sido horri-

vel, acompanhada de medonhas tempes-tades. Tem chovido á cântaros: não hanada que resista ao rigor do inverno. Alémde tudo-o desprendimento de faíscas ele-etricastem feito algumas victimas.

« Na casa de Lourenço üe Menezes cahioum raio matando-lhe um filho e uma es-crava, tendo também soffrido dos effeitosda faísca outras pessoas de casas, inclusivea senhora do mesmo Menezes.

« Na Nova-Floresta cahio outra faisca, nacapella que ahi existe, causando grandesestragos, a imagem da padroeira ficou bas-tante maltratada. Com a intensidade doinverno vão-se todas as esperanças dos po-bres lavradores: pouco legume teremoseéte anno, si continuarem as chuvas com omesmo rigor. »

Fdlleceram na capital o Sr. Luiz daRocha Salgado, e no Sobral o Sr. capitãoRaymúndo Nonato de Azevedo.

Pelo Sr. commendidor Alfredo Garciafoi entregue ao Sr. Visconde de Cauhipe a

do-lhe que dê aquillo esta noite á ama,e em confidencia. Sem procurar en-tender o que não posso saber, junto aomeu presente um bilhete escripto ápressa. Nisto volto á casa, conto.osminutos, e a resposta não chega. Eisem que param as cousas. Agora quea rapariga tem não sei o que na ca-beca, lembrar-se-ha do que lhe pedi?Que vento soprarta nessa ventoinha ?

Mas, disse Armando, o especta-culo acabou tarde ; a ventoinha carecede tempo para ler e responder, procu-rar o bracelete e mandal-o. Encon-tral-o-hemos em tua casa ao entrar.Deves vêr que Jávotte não pôdedecentemente acceitar o teu presentesinão como troca. Quanto ao duello,não penses nisso,

—'¦ Por vida minha! não pensonisso, vou...

Doudo que és! enossa mãi?Tristão abaixou a cabeça sem res-

pondeiy e os dous irmãos .tornaramá casa.

Jávotte não era no entanto tão mácomo podel-a-hiam suppôr. Passara odia em singular perplexidade. O bra-celete pedido, a insistência, o duelloprojectado, tudo isso parecia-lhe queeram outros tantos sonhos incompre-

quantia de 190J., que deram para a con-strucção do asylo de alienados, na capital,os três cearenses residentes em Pernam-búco, Dr. Alcoforado, Dr. José BernardoGalvão Alcoforado Júnior e vigário Anto-nio Alves de Carvalho, sendo: Dr. Alcofo-rade 100$, Dr. Alcoforado Júnior 50j? evigarioCarvalho 40#000.

f&io-Grande do rVortc—Datas até25:

As câmaras municipaes da cidade doFrificiüe. e das villas do Ceará-mirim ,Acary, Papary e S. Gonçalo dirigiram re-presentações a Assembléa G«ral em favorda eleição directa, sendo algumas dessascâmaras compostas de conservadores etendo outras em seu seio pessoas impor-tantes da situação. - ;=. .,

Além das referidas representações seguiono ultimo vapor uma do povo com 2,235assignaturas de cidadãos residentes nestacidade e nos municípios de S. Gonçalo,Ceará-mirim, S. José. Papary, Goyaninha,Macáo, Angicos, Assú , Acary e Serra-Negra í

Depois da remessa dessas representaçõesrecebeu-se grande numero de assignaturasda cidade da Imperatriz e espera-se outrasde divérsoâ outros lugares, inclusive mais

de quinhentas do município do Principe.

ChegánàC ao conhecimento do presidenteda província, por eortvmv uicacões ofiiciaes,

o estado de miséria a que neoü roív^Agrande parte da população do municípiodo Assú e do districto dá Vaf2ea do deSanfAnna do Mattos, em conseqüênciadas inundações alli havidas, tomou prom-ptas providencias no sentido de minorar osoffrimento das infelizes victimas das inun-daçoes.

No mesmo dia em que recebeu a noticiade tão triste e deplorável acontecimento,abrió dous créditos á verba soecorros pu-blicos na importância de 1:200$. para serdistribuída com aquellas famílias, que ha-viam ficado reduzidas a penúria, sendo umconto de réis para as do município do Assúe duzentos mil róis para as do districto daVárzea do de SanfAnna do Mattos.

Para se incumbir da distribuição daquantia destinada a este ultimo municípionomeou uma commissão composta do juizmunicipal supplente em exercício, dorevd.vigário da freguezia, do presidente da ca-mara, do delegado de policia e do majorAntônio de Souza, e para distribuir a im-portancia destinada ao do Assú nomeououtra commissão, que se compõe do Dr. juizde direito da comarca, do respectivo juizmunicipal, do revd. vigário da freguezia,do presidente da câmara e do delegado depolicia.

E parecendo-lhe insufliciente a quantiadestinada ao município do Assú, em vistade sua numerosa população e dos grandesprejuízos que soffreu alli a classe desva-lida, recorreu á caridade publica, por meiode uma subseripção, que elle mesmo empessoa promoveu nesta capital, em favordaquelles infelizes e na qual foi o primeiroa inscrever o seu nome.

Segundo consta, a subscrição excedeua 600$000 réis, os quaes já tiveram o con-veniente destino.

Recolheu-se de sua commissão ao inte-rior da província, o Sr. Capitão AntônioBenevides Seabra de Mello.com á força sobseu commando, tendo percorrido todos ospontos das comarcas de Páo dos Ferros, daMaioridade, de Mossoró, de Macáo e doAssú.

Deixou o capitão Benevides completa-mente debellado o movimento sediciosodos qnebra-hilos, communicados da pro-vincia da Parahyba, e firmada a ordem

publica e a segurança individual nos pon-tos invadidos e ameaçados.

Tentou suicidar-se, no dia 10, com umgolpe de navalha sobre o pescoço, o presoFrancisco Fernandes de Carvalho, que seacha recolhido á cadêa do Ceará-mirim,para ser julgado pelo crime de morte, porelle praticado em Maracajaú, na pessoa deseu cunhado Antônio Joaquim Nobre Ca-mara.

Foi recolhido á cadeia da capital o crimi-noso Elias Moreira de Oliveira, autor doassassinato praticado na pessoa do infelizJo3é Capão, em a madrugada de 11 de De-zembro de 1871, dentro da villa de Cangua-retama, tendo sido capturado ultimamentena província da Parahyba, á requisição doDr. chefe de policia interino da província.

Falleceu na comarca da Maioridade, ocapitão Joaquim da Costa e Oliveira,membro importante do partido liberal.

Paratiyna. — Datas até 26.Em conseqüência das grandes inundações

do Rio Parahyba, o presidente da província,cm data de 22, determinou ao inspector daThesouraria de Fazenda que abrisse, sob suaresponsabilidade, um credito da quantiade l:000g, e a entregasse ao major fiscal doCorpo de Policia, Francisco Pinto Pessoa,

hensiveis ; cogitava o que devia fazer,e via que o mais prudente era con-servar-se indifferente a acontecimentoscom os quaes nada tinha. Mas si aSra. Rosenval possuia toda a altivezde uma rainha de theatro, Jávotte emfundo possuia bom coração. Bervilleera moço e amável; o nome dessamarqueza mettido em tudo isso, essemyslerio, essas meias-confidencias,agradavam á imaginação da impro-visada artista.

— Si fosse certo que elle ainda meama um poucochinho, pensava a ra-pariga, e que uma marqueza tenhaciúmes de mim, haveria muito riscoem dar este bracelete? Nem o barãonem outros o • suspeitariam ; nuncaando com elle; por querazãonãopres-tar .um serviço, si a ninguém preju-dica?

Emquanto reflectia, abrira uma se-cretáriazinha, cuja chave jtrazia aopescoço. Ahi .. estavam amontoadas,confusamente, todas as jóias da suaçorôa, um diadema de pedras falsascom que entrava na Torre de Neste,collares de diamantes artifiçiaes, es-méraldas de vidro que precisavam daluz dos candieiros para brilhar comfulgor duvidoso ; do meio deste the-soüro, tirou 0 bracelete dé íristão,.e

para a compra de gêneros alimentícios,que serão distribuídos á população indi-gente das povoações de Santa Rita e Cruzdo Espirito Santo, pelas respectivas com-missões. -

O presidente da província determinou aosjuizes municipaes dos termos de Pedras deFogo, Pilar, Bananeiras, Cuité, Babaneiras,S. João eAlagôa do Monteiro, que, sem per-da de tempo, instaurassem os competentesprocessos pelos movimentos sedicioso s ulti-mamente oceorridos nos termos de sua júris-dicção, ficando deste modo de nenhum ef-feito, relativamente aos ditos termos, a or-dem contida em officio de 22 de Dezembro doanno passado, recommendando aos mesmos

juizes municipaes que se abstivessem defunecionar em taes processos, por achar-sedelles encarregado o Dr. chefe de policiade conformidade com o art. 9o, paragraphoúnico da lei n. 2,033 de 20 de Setembrode 1871..

O juiz de direito da comarca do Pombal,Antônio Muniz Sudré do Aragão, confimoua pronuncia proferida contra os réos, co-ronel João Dantas de Oliveira, alferes Eus-taquio do Rego Toscano de Oliveira No-brega, Jesuino Alves de Mello, conhecidopor Brilhante, Joaquim Monteiro, João Al-vês Filho, Manoel Lucas de Mello, porappellido Pintidinho, Felix Antônio Can-na Brava, Raimundo Ângelo, vulgo La-tada, Manoel Caxiado e José Rodrigues,

" e complices do arrombamento da,, . ,, -^ade, em 18 de Fevereiro

cadea daquella ci^. '

do anno passado.Achd-sé íeflolhido á cadêa publica da ca-

pitai Manoel José de SanfAnna, píonun-ciado pelo chefe de policia da província,Dr. Manoel Caldas Barreto, como impli-cado nos movimentos sediciosos do termode Alagôa-Nova..

Tiveram lugar, ás 6 horas da manhã de15, na igreja da Santa Casa da Misericor*dia, as exéquias mandadas celebrar pelorepouso eterno do padre Francisco PintoPessoa, fallecido na corte a 28 do passado.

O acto esteve solemne, e a elle assistio o

presidente da província, e crescido nume-ro de pessoas qualificadas.

A' porta da mesma igreja esteve postadauma guarda, que fez as honras fúnebresdevidas á hierarchia do finado.

O conego padre José Antunes Brandão,vigário da freguezia de Alagôa-Nova, aea-ba de conceder carta de liberdade a seusescravos de nomes: José, crioulo, de 30annos de idade ; Thereza, crioula, de idadede 39 annos; Joanna,'parda, de 37 annos,José, pardo de 9 annos de idade, e me-tade do escravo André, crioulo, com 24annos.

Esses escravos foram alforriados semcondição alguma e de livre vontade.

Communicam do Pianeó que fora rou-bado o vigário da freguezia em cerca desetecentos patacões.

Falleceram na villa de Cuité, o cida-dão Antônio Garcia do Amaral, e na villade Alhandra o tenente Herminio da CostaSilveira. ... ,,. ..:..

Pernambuco.—Datas até 28.Continuava a funecionar a assembléa pro-

vincial.Noticia o Jcnalâo Recife que no dia

27 houvera um incêndio na loja de fazendasdos Srs. Moura & C, á rua do Barão daVictoria.

Apenas arderam algumas peças de fa-zendas e outros objectos que estava n nafrente do estabelecimento.

« Entretanto, acerescenta a mesma folha,como sempre acontece por falta de pessoalhabilitado para semelhante serviço (apezardo imposto que para havel-o se" paga hadous annos) o estrago causado pelo soecorrofoi maior do que o causado pelo fogo, comespecialidade para os moradores do primeiroe segundo andar xló prédio, os Srs Hélio-doro Fernandes da Cruz e Dr. Santa Rosa,que.além do. susto porque passaram e todasas pessoas de suas famílias, viram os seusmoveis em petição de miséria. »

Ao Diário ãe Pernambuco escreveramda villa do Limoeiro :

« Diversas pessoas de consideração, resi-dentes nesta villa, acabam de dirigir á as-sembléa. legislativa desta província umapetição em que expõem a grande neces-sidade que aqui se sente de uma esco~Ia nocturna de instrucção primaria, ondeaquelles que, durante o

"dia, não podem se

afastar de seus labores, possam á noite re-ceber a instrucção, quasi tão necessária ávida como o próprio pão ; concluindo porpedirem á creação da dita escola.»

Em um télegramma dé Aracaju, provin-cia "de Sergipe, recebido em Pernambuco,se diz:

« Hontem, (25) por oceasião da colloca-ção do retrato do Exm. Sr. Dr. Antônioaos Passos.Miranda, presidente.da provin-cia, no Asylo de Nossa Senhora da Pureza,houve umáimmensá demonstração popu-lar, constando de discursos, poesias, illu-minações esumptuossissimo Z««cA,as.-isfcin-do extraordinária concurrencia. S. Ex. re-ceb eu provas não equívocas de sympathia.»

Alagoas —Datas até 29 :Continuava a funcionar a assembléa pro-

vincial.

examinou attentamente os dous nomesgravados pela parte interna: -

-— E'. linda esta cobrazinha, disse,qual será o pensamento de Bervillequerendo tornar a. tomal-a? Suppõesacrificar-me. Si a desconhecida co-nhece-me, fico compromettida. Estesdous nomes ao lado um do outro nãoé lá cousa muito corrente. Si Bervilleapenas teve por mim um capricho,será isto uma razão?... Ora! dar-me-ha outro ; ha de ser interessante.

Jávotte ia talvez mandar o brace-lete, quando o toque da campainhaveio interromper-lhe as reflexões. Erao,indivíduo dos óculos de ouro.

Senhora, disse, dou-lhe noticiado triumpho; pertence aos choros.Não é lá uma cousa muito brilhante ;trinta soídos, sabe, mas que importa?tem o formoso pé no estribo. Já estanoite entrará com um dominó no bailemascarado de Gustavo. Q

Boa noticia! "exclamou

Jávottesáltandò~ue contente.

'Ohorista- na

Opera ! já chorista 1 estudei a minhaparte; estou com boa voz ; esta noiteGustavo /.?. Ah ! meu Deus í

• Passado o primeiro momento Adèebriedade, a Sra. Rosenval reconquis-tou a gravidade que convém a umacantora:

No dia 25 tomara posse da administra-ção da província o vice-presidente Sr. Dr.Felippe de Mello Vasconcellos, por ter par-tido para Pernambuco o respectivo presi-dente.

A qualificação da parochia de Maceiófora adiada para a Ia dominga do correntemez.

No Libera? de Maceió, de 29, lè-se o se-guinte:

«Por acto da presidência,de ante-hontem.foi relaxado da prisão o Sr. th-soureiro doConsulado Provincial Ignacio Joaquim daCosta, que fora preso administrativampntepelo ex-presidente, por dizer o thesoureirodo Thesouro Provincial, que este não en-trára para o cofre comaquantia ds 10.000$,parte do desfalque encontrado no cofre damesma repartição.

Informam-nôs. porém, que vão ambosresponder no juizo competente.

Lê-se na mesma folha :Habeas-corpus.—TS&o foi concedido o que

requereu João Antônio dos Santos, ex-the-soureiro do Thesouro Provincial, preso ad-ministrativamente. »

Bahia.— Datas até 1 do corrente.A assembléa provincial continuava nos

seus trabalhos.Os acadêmicos do 5o anno de medicina,

depois de ouvirem uma missa que manda-ram dizer no dia 29 do mez passado, poralma do Sr. conselheiro Mathias MoreiraSampaio, dirigiram-se, incorporados, aocemitério do Campo Santo para depositaruma capella ricamente preparada, sobre otúmulo daquelle que lhes fora professorillustrado.

No dia 2 teria lugar a inauguraçãoda linha férrea, que da cidade de Nazareth

jAV* ir á povoação do Onha.„ .T "—-,. ' Bahia de 1, do qual tran-O Jornal a<» ¦'¦ ... , "ecrescenta:

screvérflos' esta üotieia, «».._. ... , ^'dade,

« Para assistirem 8 essa solem^partirão hoje, em vapor especiftl, o Esm.Sr. presidente da província, o Sr. DY. chefede polieia interino, o Sr. còmmandantedas armas, vários deputados provinciaes.e muitas outras pessoas de distineção. »

Do Jornal de Valenç%, de 22. transcreveuo C^reio da Bahi-i o seguinte :

<i Na feira do dia 17, os preços dos ge-neros expostos ao mercado foram os se-guintes:

« Assucar escorrido, lg800 a 2$000 15kilos; dito raspadurado, 1$000 a 1#200ditos; cachaça, 130 a 140 rs. o litro; canna.150 a 160 rs? o dito ; Cacáo, 2|?800 a 3j?00015 kilos ; café, 5/.000 a 5g3'00 ditos ; fumo,4S00O a 7g000 ditos ; arroz pilado, 5.1.800 a6J.200 40 litros: dito de casca. 1$600 a ij?700ditos; milho. 3$300 a 3#600 ditos; farinha,6$000 a 6), 500 carga; dita lavada, 7#000 a8/.000 dita; dita a retalho, 720 a 800 rs10 litros; couros frescos. 4),500 a 5#000ditos seccos, 5J.800 a 6#400 15 kiloa; ca-pado. 4#500 a 7JJ000 ditos ; raspadura, 1#000a2$000 o cento; cocos, 7g000 a 8$000 dito.

« A carne verde vendeu-se a 480 rs. okilo, a de porco a 560 rs. e o toucinho sal-gado a 800 réis. »

O DiaHo ãa Bahia, de 1 do corrente,extractou do Progresso da Cachoeira estasnoticias:

« Falleceu naquella cidade o alfaiateManoel Joaquim Câmara, com perto de100 annos de idade.

« Falleceu em sua fazenda, na fregue-zia de S. Gonçalo dos Campos, o lavradorAlbino de Cerqueira Pinto, victima demoléstia do coração. »

O rendimento das repartições publicasda província, durante 6 tnez de Abril pre-terito, foi o seguinte :Alfândega. 820:094$6õ8Mesa de rendas 163:089#790Recebedoria 90:926$997Correio Geral 7:053g475

NOTICIAS DO SULEspirito-Santo.—O abastado fazen-

deiro da cidade de S. Mvfneus, o Sr. majorAntônio Rodrigues da Cunha, acaba deoffertar á Igreja matriz da mesma, cidade,uma rica capa de asperges de damasco fino,toda ornada de galões de ouro.

Este acto espontâneo e voluntário do Sr.major Cunha, é digno de louvor, e por issoo noticiamos.

Rio de Janeiro. — Do Correio ãeCantagallo, dè 2 do corrente, extrahimos,do seu artigo editorial, sob o titulo Biblio-theca Publica, o seguinte :

a O dia 1.° de Maio, completando o actohumanitário de 24 de Abril, veio burilar umnovo fau«to nos annaes do município deCantagallo.

«A' Casa de Caridade erigida pela lojaConfraterniíaãe Beneficente, s .'guio-se,comoum corollario lógico na luta magnânima,quí, com ella travou a sua co-irmã alojaCércs, a bibliotheca publica, creada poriniciativa e pelos esforços desse grêmiomaçonico.

«°0 dia 1." de Maio, foi escolhido paraessa nova creação.

« A loja Con fraternidade estendeu mãobemfazeja aos desvalidos accommettidospor enfermidades corpjraes: a loja Cèresestende a dextra aos pobres sujeitos ás mo-lestias, não menos damnosas, da ignoran-cia.

« A instrucção dada nas escolas tor-na-se, as mais

"das vezes, improficua ao

Eobrequeavê esvaecer-se nos árduos tra-

alhos da vida, por não poder recolher desuas economias a somma precisa, paraobter um livro que lhe seja companheiroe mestre nas horas breves de descanso.

Barão, disse ella, o senhor é umhomem encantador. Só o senhor eracapaz disto, e eu conheço a minha vo-cação; jantemos; vamos á Opera; ágloria, voltemos, ceiemos, vá-se em-bora ; já estou dormindo sobre os meuslouros.

O conviva esperado chegou dentroem pouco. Apressaram o jantar, eJávotte não pôde deixar de querersahir muito mais cedo do que erapreciso. Batia-lhe o coração ao entrarpela porta dos actores nesse velho,sombrio e pequeno corredor em queTaglioni talvez passasse..Como o bai-lado foi applaudido, a Sra. Rosenval,coberta com um capuz côr de rosa,suppoz haver contribuído para o bomêxito. Voltou. á casa muito commo-vida, e, na embriag-uez do triumpho,estavam as suas idéas a cem léguasde Tristão, quando a criada entregou-lhe a bocetinha cuidadosamente em-brulhada por Fossin, e um bilhete emque achou estas palavras : « Cumpreque o prazer não a faça esquecei' umamigo velho que carece de um serviço.Seja boa como outr'ora. Espero a suaresposta com impaciência. »

Coitado! disse á Sra. Rosenval,tinha-o esquecido. Manda-me umacastellã ; tem mais turquezas...

« A bibliotheca publica, facultando aleitura gratuita á todos, preenche umagrande lacuna, que era antes um abysmo.

« A loja Cères, portanto, bem mereceudo município e do paiz inteiro.

A' uma hora da tarde, na casa da escolapublica do 36xo masculino desta cidade,reunidas as commissões das lojas, Céres eCon fraternidade Beneficente, a da câmaramunicipal, e grande concurso de povo, foiinaugurada a bibliotheca publica, presi-dindo o acto solemne o Dr. Antônio Au-gusto Pereira Lima, como presidente dacommissão da loja Cères. ¦

« O Dr. Pereira Lima, em brilhante ebreve^allocução,. fez vêr o motivo da reu-nião e historiou os trabalhos da loja. paraa realizaçio de tão importante aconteci-mento.

« Em seguida o Dr. Theodoreto Carlosde Faria Souto, o sympathico orador dacommissão, com a palavra fácil, elegante ecorrecta, que por tantas vqzes tem era.-cantado o seu auditório, depois de umconciso e elegante improviso, procedeu áleitura de seu magnitico discurso, bellapeça de oratória, que enthusiasmou a seusouvintes.

« O Sr. Júlio Verissimoda Silva Santos'como orador da commissão da loja Confra-temiãaãe, expressando o júbilo do seuquadro e os votos que"nutria, oceupou aattenção do auditório, e soube fazer-seouvir, mesmo apezar de ter fallado depoisdo precedente orador ; o que quer dizer,que alliando á erudição despretenciosa aosprimores da palavra, desempenhou com feli-cidade sua nobre misBâo.

« O Sr. capitão Fortunato dos SantosGomes, na qualidade de orador da com-missiio da câmara municipal, fallou emnome desta corporação, e em um pequeno,simples, mas sincero, discurso patenteouos sentimentos da municipalidade e com-primentou a loja Ceres, creadora da biblio-theca publica.« As senhoras, que foram, como são ehão de ser sempre, o melhor ornamentodas sociedades, tiveram seu órgão na pes-soa da Exa. Sra. D. Leogivilda Ferraz, quanas phrases as mais amáveis, e com encan-tadora expressão, manifestou os sentimen-tos seus e de suas companheiras em favordo acto, cujo alcance bem comprehende-ram e sentiram.

«O deputado provincial, o Sr. Dr. AI-oerto Bezamat, proferio. em seu próprionomej uma pequena allocuçãd, cheia deenthtísíasmo, expressando nobremente ojúbilo' que in'üfla*iva-hm a alma, os votosque do coração íhe brotavam em favoT dabibliotheca ptfblfcã.« O joven Luiz" Gomes dd Amaral, dis-tineto alumno do Instríoflo Collegial, fez-seouvir, como órgão de setís jovens collegasdo mesmo instituto, e em uma bonita falia,proferida com transporte e inspiração, sau-dou a loja Ceres e auspiciou a creação.

« Por ultimo fallou o professor publicoFelippe Russel Moss, que com a maiorisenção havia franqueado a casa da escola:para a inauguração do acto, e uma dassalas para provisoriamente installar-se abibliotheca, e com grande abneg'çãosopresta a ser o. bibliotheeario interino. Odiscurso que proferio, análogo ao acto, re-passado de sentimentos elevado*, que lheornam o coração, foi ouvido com prazer.« Então oDr. Pereira Lima. como presi-dente da reunião, declarou installada abibliotheca publica e soltou um viva, me-recido. ao município de Cantagallo.

a Concluído o acto solemne da installa-ção da bibliotheca publica, fei offerecido átodos os presentes um profuso copod'agua. »

No mesmo jornal lê-se o seguinte:« Importante donativo.— E' com a maior

satisfação que consignamos em nossas co-lumnas o importante donativo qud á Casade Caridade desta cidade, acaba de fazer oprestimoso cidadão, ch-^fe muito digno eprestigioso do partido liberal, o nossoamigo o Sr. Augusto de Souza Brandão.

«Este eminente cidadão, aquém o mu-nicipio muito deve, e que já na subseripçãodas obras da igreja ^matriz se avantaiáraentre todos os subscriptores, assignando aelevada somma de 10:000$, acaba de sub-screver igual quantia para a Casa de Cari-dade de Cantagallo. - . -

o A modéstia e desprete -são com que oSr. Augusto de Souza Brandão vai concor-rendo para as boas obras de seu município,realçam o mérito de seu valioso concurso eo tornam justamente amado por seus comu-nicipes.

• : ¦•; f

A lei das tempestadesO Annuario ãas longitudes, i que acaba, de

apparecer, publicou um estudo muito in-teressante de M. Faye, sobre as leis queregem as trombas, os tufQcs e.os cyclone,estes formidáveis phonomenos que contur-bam freqüentemente os mares da China,da índia e das Antilhas.

Póde-se avaliar quanto esta questão inte-ressava a navegação. •;-" A

Si realmente a tempestade obedece a leis?,,conhecidas ellas, o homem do mar dedu-zirá regras de manobra que lhe permitti-rão fugir do perigo, ou pelo menos atte-nuar suas conseqüências. ¦•''¦¦

Na Inglaterra e nos Estados-Unidos, dizM. Faye, que o estudo destas importantesquestBes está hoje vulgarisado, entretantoque entre nós não acontece assim, porquesão pouco conhecidas. ¦•¦ 9 ¦'•: -J- •>¦.

« Muitas pessoas, diz M. Fáye, se admi-rarão lendo o titulo desta noticia, d« sa-ber que as tempestades têm leis. »

E' a M. M. Piddinf.ton, Reid e Redfíeld,um inglez, e os outros dous americanosque coube a honra de verificar si as tem-pestades não obedeciam a algumas leis,segundo as quaes se poderiam estabelecerregras para a manobra.

ítepellindo as theorías antigas, as pre-vençOes e os preconceitos da sua epocha,

Jávotte metteu-se na cama e nãopôde dormir. Pensou muito mais noseu contrato e no seu brilhante destinoque no pedido de Tristão. Mas b diatornou a, encoiitral-a nas melhoresdisposições.

Vamos, disse a moça, sacriíi-quemo-nos. O meu dia de hontem foifeliz; é precivo que todos fiquemcontentes.

Eram oito horas da manhã, quandoJávotte tomou o bracelete, pôz o chalée o chapéo, e sahio de casa .com ] ocoração cheio e quasi ainda costurei-razinha. Chegando á casa de Tristão,vio diante da sala 4o porteiro umamulher gorda com as faces banhadasde lagrimas. ' ! ;

O Sr, de Berville? perguntouJávotte. ., ..,, : •<

Ai .'suspirou a mulher- gorda.Pôde. fazer o favor de dizer-mesi está em casa ? Nãoé aqui ?,. , ^lr' —-.Ai! minha senhora... bateu-seém duello..... acabam de trazel-o...Está morto!

.No dia seguinte Jávotte.cantavapela segunda vez nos choros da Operasob quarto nome por ella escolhido :o de Sra. Amaldi.

FIM

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S-j

£reuniram as observações colhidas abordode muitos navios abalados pelas tempes-tades. i

A noção que nesses desastrosos pheno-menos o vento parece redemoinhar, era oúnico ponto de partida desses pesquisado-res.

A posição de todos os navios sujeitos aum mesmo temporal foi por elles exacta-mente observada.

&'*%Í_,4>:__to. — l^io <ág Jaiaoii-Oj ^èxta-felra f <le> Jvlatió ' && -J.&7&

« Marcavam em uma carta, em datas cej-tas, as posições destes navios e a direcçãodos ventos observados ; depois, collccandosobre essa carta uma serie de transparentes,sobre os quaes se tinham traçado circum-ferencias concentricas, certificavam-se deque os ponteiros do vento applicavam-seno mesmo instante sobre essas circumfe-rencias, de modo que nesse mesmo in-stanté, em toda a região batida pela tem-pestade, amassa de ar, repousando sobre oterreno ou sobre o mar, devia ser animadade um vasto movimento gyratorio em tornode um centro determinado. »

Todas as tempestades estudadas apresen-taram o mesmo caracter e demonstraramque eram formadas de uma porção mais oumenos vasta da nossa atmosphera, limita-da e gyrando em um sentido determinado.

Nos pás de vento, nos tufõos e nas tem-

péstades a direcção do vento obedece á leiseguinte, que parece immutavel: princi-palmentè em todo o hemispherio boreal atempestade gyra da direita para a esquerda,ao passo que em todo o hemispherio aus-trai ella gyra da esquerda para a direita.

Demais, ella é animada de um vasto mo-vimento de translação, que segue tambémuma marcha muito regular:

« As linhas seguidas pelos centros dos cy-clones, diz M. Faye, não descem direcla-mente do equador para um e outro polo :longe disso,ellas desviam-se primeiramentepara o oeste; então depois de galgar o limitedos ventos geraes ou monções, inclinam-se

para leste em uma direção final, grosseira-mente perpendicularáprimeira.»

Os homens eminentes que têm veriíi-cado estes movimentos, por assim dizer

geométricos, que descrevem os cyclones,hão se importaram com as theorias dos an-

jtigos metereOlogistas sobre as tempestadesde aspiração, as influencios electricas, o

conflicto das diversas correntezas.« Não procuramos verificar como as

tempeestades se formam, diziam elles, mascomo ellas marcham. »

Vê-se que as leis que elles descobriram

pão combinam com as theorias estabele-cidas da formação das tempestades; demodo que, ainda hoje, os críticos atacamessas leis e, por conseguinte, as regras demanobra que dellas dimanam.

A duvida que dessas discussões pode re-sultar é das maiores; a menor incerteza, amenor hesitação na oceasião em que se

trava o duello terrível entre o homem doinare a tempestade, pôde deitar tudo a

perder, e tirar a deliberação ao navegantea quem um diz : o porigo está á vossa di-reita ! ao passo que outro brada : O perigoestá na vossa frente.

E' por isso que, pondo de parte certos

preconceitos, deve-se verificar, segundo as

leis conhecidas, o modo verdadeiro da for-

mação das tempestades : « A idéa das tem-

péstades centripetas de aspiração,disse M.

Faye, tem por origem uma. illusão do sen-tido da vista; éum preconceito antigo,cujaformação ó fácil seguir aesde os tempos

mais remotos até os nossos dias. »M. Faye refere então com um enthusi-

asmo notável, o que elle chama: a Hislo-ria de um preconceito ?iautico.

Plinio dizia: « Apparece uma nuvem,semelhante a um monstro devastador, ter-rivel, ao navegante.

« Da-se-lheo nome.de columna quandoos vapores condensados se conservam empé, formando um tubo comprido por ondea nuvem aspira a água do mar.

« Este phenomeno chama-se tromba. »

O Dr. Bennafont escreveu no Boletim da

Associação Scientifica de França o seguinte

sobre este assumpto :« Corria o mez de Novembro de 1S3S,

poucos dias depois da tomada e occupaçaode Rusicada, hoje. Philippeville; o ceopouco coberto do lado da terra, apresen-tava nuvens grossas sobre o mar.

« Era uma tromba que acabava de dobraro cabo da montanha que margêao Stora, eque o vento arrastava sobre Philipprviüe.

« Apenas a tromba tocou a massa liqui-da. esta agitou-se em uma grande exten-são, e um movimento de ascensão estnbe-leceu-se no interior da columna O movi-mento, que pudemos ver distinctamente.fazia-se em espiral, desde o cume ate abase, que se confundia coma nuvem. Estaespiral, ascendente e rápida da água alar-gava-se até á nuvem, á qual transmittia aágua que sorvia do mar.

a O movimento gyratorio era tao torto,que se podia ouvir claramente o barulhoque fazia o liquido, precipitando-se peloorifício do tubo, no qual sua marcha di-minuia á proporção que se entranhava porelle.

« Quando o volume d'água chegou á partesuperior do espiral, rarefez-se para se con-

fundir com a nuvem, que engrossava a

olhos vistos. »Vê-se, pois, que tanto no século dez-

enove como nos anteriores, as trombas ás-

piram a água do mar e a descarregam nas

tomando a fôrma que a analyse lhe assi-gnala ; pelo seu movimento descendentepenetrará até nas camadas im_ioveis,cujaresistência alterará levemente sua forma esua marcha, e acabará por attingir á terra.

« Esta simples noção da identidade me-

canica do gyro liquido, ou gazoso.nosdáimmediatamente as explicações tão peno-samente procuradas pelos meteorologistasem outra ordem de idéas.»

Realmente, esta engenhosa hypothesecombina perfeitamente com as leis do gyrodos cyclones e seus movimentos de trans-lação,que a theoria das tempestades de aspi-ração não sabia como explicar.

Os homens do mar podem, portanto,continuar a fiar-se nas regras de manobra

prescriptas pelos eminentes autores dalei das tempestades.

O fim pratico de suas pesquizas era, na-taralmente, poder salvar as vidas humanas.

Poder-se-ha prever a approximação deum cyclone ? Poder-se-ha dizer em que sen-tido se acha o centro em quo a rotaçãomais rápida torna terrível o conflicto dasvagas despedaçando-se em todos os sen-tidos ? Finalmente, poder-se-ha determinara direcção do movimento de translação deum cyclone ?

Taes foram as questões estabelecidas, ea que ora se pode satisfazer completamenteê

O barometro que nunca engana entre ostrópicos, annuncia que um cyclone ruga aolonge ; e logo que o vento sopra com certaenergia, póde-se determinar a direcção em

que se acha o centro do cyclone.A regra de Piddington é clara e simples,eil-a: fazei face ao vento e estendei o

braço; o centro está nessa direcção.Si o navio navegar nos mares austraes,

deve-se estender o braço esquerdo.Póde-se, em certos casos, fugir do cen-

tro da tempestade, perpendicularmente átrajectoria do cyclone. Para isto é necessa-rio achar-se no semicirculo da tempestade.

Estas regras, sobre as quaes não nos es-tenderemos mais, guiam hoje os homensdo mar e tornam menos desigiaes suaslutas terríveis com »s tempestades.

O navegante familiarisa-se com ellas;sabe que pôde escapar-lhes, e uma idéa ex-traordinaria, muito digna da intrepidezamericana, vai sendo posta em pratica : é ade utilisar-se do cyclone, e aproveital-o

para abreviar certas travessias.« A antigüidade poderia suppôr, excla-

ma M. Faye, que os pygmêos humanos ca-valgaspem um dia sobre os hombros cto

gigante Tiphon ? »F. Chaulnes.

Uma noite de lorfTByron

nuvens.Entretanto, quando as nuvens despejam

a água que sorveram do mar cm chuvas

torrenciaes, essa água não ó salgada; do

que se conclue, que o movimento ascen-

sional faz com que a água do mar deixe de

ser salgada.« Evidentemente não se tem procedido

a este respeito com a prudência scientiíica

necessária, diz M. Faye« Acceitar com os olhos fechados as as-

serções' mais absurdas , sem procurar ve-

rifical-as ; acreditar que uma tromba possaelevar a água do mar a 500 ou 600 me-

tros de altura; quando a bomba de maior

força não pôde alcançar mais que uns 10

metros, admittir que um canal formado de

vapores leves constitue um tubo cujas pa-redes podem resistir a e-ses enormes pe-sos, não pôde caber ná imaginação dos

homens da sciencia, e só pôde explicar-se

pelo poder de um antigo preconceito quese funda em testemunhos de pessoas já pre-venidas de ante-mãó. »

Não acompanharemos o Sr. Faye na sua

interessante dissertação, que demonstra

claramente a inanidade da hypothese an_

tiga, apoiàndo-se sobre uma illusão dosèn-

tido da vista ; o que nos levariamuito longe.

Diremos somente qua a theoria das tem-

péstades de aspiração tomou sua origem

na aspiraçâo,cuja presença se tinha julgadoverificar nas trombas.

E' também sobro uma analogia que M.

Faye se apoia paxá destruir os erros anti-

gos; mas tanto mais é inverosimil, com-

plicadae extravagante a primeira hypo-

these, quanto é simples e sorprendente a

segunda.-M. Faye identifica as trombas, e os cy-

clones como trombas gigantescas.«Basta olhar para o cóo.diz elle, á appa-

ricao de uma tromba, para vêr pela marcha

das nven i que, apezar da calma mtenoKeífstem no alto correntes horizontaes muitoS cujas diversas partes devem darnascimento a movimentos

ir ou menos accentuados. -

«Si um desses rodomoinhos encontraV^sCcias favoráveis tantas^ vezesreau*«ias á nossa vista nas correntezasdágua, e\ie se desenvolverá regularmente

Achava-se Byron em Florença, qnandouma noite, já tarde, deu entrada em casado seu amigo Scheley.

O grande poeta parecia irais triste quede costume. Arremessou a capa acima deuma cadeira, apertou convulsivamente amão do amigo, encruzou os braços sobreo peito, e, meneando a cabeça, exclamou,em um assento de profundo desespero:

Estou desgraçado amigo !Por que ? redarguio Scheley.Completamente desgraçado, repetio

Byron: só me resta escolher o meu melhor

par de pistolas, metter três halas em cadauma, escorvar bem os pistões. e fazer pre-sente dos miolos a Satanaz.

Dar-se-ha caso que tua mulher che-

gasse á Florença'?O gracejo não faz honra ao teu espi-

rito, Sheley; repito, estou perdido, estouapaixonado.

Tem esperanças, acudio Sheley, re-costando-se na cadoira, e rindo desaimada-mente; não é doença incurável: vamos aos

pormenore3.John, gritou Byron, onde está John ?

que é feito do teu criado ? Preciso de uma

garrafa de aguardente ; estou ardendo emfebre, manda vir uma garrafa de aguar"dente; e duas canecas, para fazer punch.

John trouxe a garrafa de aguardente, edentro em pouco as paredes do quarto re-verberavam os reflexos azulados do álcool

em combustão.Byron olhava para as chammas a dese-

nharem nas paredes sombras quasi invisi-veis ; de vez cm quando, corria a mão pelatesta, e, baixando a cabeça, permaneciameditativo.

Vamos a tua historia, disse-lheSheley.

Que historia ?A dos teus amores.Ah! sim, queres narral-a aos nossos

amigos, para que se riam a minha custa?

pois sabe, Sheley, que ella não ó risível, eespero que me não imterrompas, sem ouvirtoda.

Por uma tarde destas, seguia eu por umarua qualquer de Florença, e ia como des-vairadoprocurandoarima de certos versos,

quando deparo com a taboleta da insigni-ficante casa de pasto denominada Aquila-Nova. Ha alli aj rez do chão, uma grandeloja, cujo interior se desfrueta da rua.

A fatalidade, meu charo, ou como dizemos frades, a Providencia, que vela pelosdestinos do mundo, e principalmente pelodos lords d'Inglaterra, fez que eu olhasse

para dentro.Junto de uma velha mesa, em fôrma de

balcão, e coberta de cangirões vejo sen-tada a mais formosa rapariga com quemeus olhos hão deparado. Não te rias.Sheley! A nossa mãi Eva, a esplendidaMyrra, sua filha Astartéa, a Lora, que re-voluteando ao sol as opulentas madeixas,lançava dentre ellas jorros de pérolas di-vinas, não passam de chatas celebridadesao pé daquella modesta estalajadeira. -

Lembrei-me de que não havia ainda jan-tado. Entrei ousadamente naquella espéciede antro, onde as mais ordinárias lanternassuspensas ao tecto, espargiam mais fumodo que luz. Já lá se achavam installadosseguramente trinta bandidos, quasi todosarreeiros, os quaes comiam immunda e es-tridentemente. Faziam uma estalada dequeixos mais estrepitosa que a de todos osseus radares ámanjadoura.Eu nada via nemouvia, sinão a joven Therezina: olha quese chama Therezina; e eu quero que após-teridade saiba e retenha na memória estenome, Sheley. Ella permanecia, esplendidade irapassibilidade, no meio do ruído e pa-lavrões daquella grosseira canalha ; estavano centro de duas velas de sebo meio apa-gadas sobre uns catiçaes de ferro ; tinha ácintura uma rosa, e pendia da cabeça o vóobranco das Florentinas. A; hora da minhamorte, hei de vel-a como a vi naquella noite.Por cima da cabeça, havia uma imagem deMadona, allumiáda por lâmpada de vidro.

Eu via Therezina á minha vontade.Quando um dos commensaes se erguia damesa e pagava a conta, recebia ella ó di-nheiro- agradecendo com um sorriso en-

graçado. Não sei bem o que me serviram,

creio que foi um tenca cora hervas, uma

tenca extremamente herética, pescada ha

mais de 15 dias; e cógumellos fritos em

azeite, e sobre isso uma pinga de vinhoazedo. .

Jantei detestavelmente, mas paguei de

bom grado.Depois, tive a fraqueza de voltar todas

as noites á tasca da Aqnila-Nova. onde

ceiava ou fingia ceiar.Therezina á despedida sorria-se para

mim como para todos os outros freguezesPor um sorriso seu daria eu mil gui-néos. Julguei obtel-o improvisando uma

conversa. Therezina correspondeu e eu

conclui que ella estava ou viria a estar

apaixonada pelo tèu amigo. Mas falta-meà coragem para te relatar o resto, Sheley ;o punch vai-se apagando, deixa-me mais

um gole do aguardente.Continua, disse Sheley.Deixa primeiro embriagar-me, re-

plicou Byròn.Eu adivinho o resto ; fizeste prova-

velmente a tua declaração em fôrma.,Enganas-te, pro3eguio Byron, a pai-

xão era demasiado forte para que eu tives-se coragem de lhe declarar de viva voz o

meu amor. Eu collocára o idolo nas maio-res eminências do céo, para que ou-sassefallardhe na linguagem própria de

caixeiros para costureiras. Não torias,Sheley ! Passei muitas noites sem dormir,no delírio da insomnia consagrei-lhe os

meus-versos.Inglezes, por certo ?

Não, italianos/Ella acceitou-03 e guar-dou-os por oito dias. Para lhes dar maisforça e insinuar-me melhor no coração deTherezina, expedi-lhe em seguida a cartamais longe, erudita e .apaixonada que

pôde imaginar-se e que seria capaz de

convencer os rochedos de Young-Frau.Porém versos e carta tudo me foi devol-

vido no dia seguinte, dentro do guarda-napo, por mão do próprio estalajadeiro.

Foi então que pela primeira vez eu vi

junto á mesa mais próxima do balcão deTherezina um arreeiro ainda moço, dotadode uma fealdade incrível, e que se entre-

tinha neglegentemente a trocar sorrisos

com a rapariga. Notando também quetodas ás vezes que eu me approxirrava dobalcão.ella olhava-medetraves resmunga-'do sobre o prato. Felizmente nao se me di-

rigia, nem eu percebi uma única phrase, o

que bastaria para lhe tirar á vida cóm o

punhal que sempve me acompanha.Como fizeste ao gendarme de Pisa...Não fallemos nisso : em um momento

de impaciência matei-o ; depois arrependi-me. Venha mais um copo de punch e prose-guirei. Julgei ter-me enganado quanto áescolha dos meios: dirigi-mo á uma loja de

ourives, comprei cadeia de outo, alfinetede peito, annel cravejado de brilhantes, eoffereci tudo á Therezina. Ella olheu-meadmirada, dizendo que eu me enganava,

porquanto não sendo minha parente, nemdesposada, devia rejeitar qualquer offerta,Desde então não voltou mais a sorrir-se

para mim quando eu lhe pagava a conta.E o que me dizesá isto?

Digo que te contentes com os cogu~mellos fritos e o vinho azedo; quanto á bel-dade é propriedade matrimonial do arreeiro

E'verdade, redarguio Byron amargu-rado, um arreeiro !... Um homem que tra-ta de bestas,.que as limpa, que as albarda,que varre a cocheira ! E no fim dé contasquem me dera ser arreeiro ! --

Sim; e o arreeiro diria: quem medera ser lord e par de Inglaterra 1 e ac-crescentaria... acho graça nestes senhorespoetas, os quaes por que vêm desapparecerem um só dia quinze mil exemplares do seu

poema, porque têm o talento privilegiadode comporem com as brisas, as ondas, asflores, a lua e as estrellas um volnme com-

pacto e material que se vende por toda a

parte, pensam que r" -te ató o sul, donascente ao poente, t- .anta distanciacomo a andorinha percorre em peregrina-ção têm direito ao amor de todas as mu-lheres! E exasperam-se então si um dia o

pobre arreeiro lhes faz sentir que tambémestão sujeitos a soffrer como qualquersimples mortal!

Byron cada vez mais triste redarguio :

parece-me que ella ao rejeitar as minhasoffertas olhou para os meus desastrados

pés ! O que hei de fazer agora ?Não tornara petiscar na Aquila-Nova.Quero suicidar-me defronte da sua

porta. Não te rias, Sheley! Sou homem paratanto ; sinto-me farto desta existência, fa-tigado de peregrinar neste valle de lagri-mas, aborrecido de ouvir os applauso3 deum milhão de imbecis, que admiram o ho-mem que os despreza. Pisarei aos pés estaexistência, este frueto da Judóa cinerifi-cado; mas primeiro hei de humilhar como meu generoso perdão aquella mulher queme despreza, por ella quero elevar-me ásublimidade de Jesus, morrendo e perdoan-do aos algozes. Eis aqui a carta que lhedeixo escripta :

O poeta tirou da algibeira um pedaço depapel e leu ao seu amigo pouco mais oumenos o seguinte:

« Peço-lhe que, pela ultima vez, me ou-ca ainda um instante. Não sei porque mys-teriosa complicação dos destinos humanosa sua existência se approximou da minha.Estou certo que viremos a morrer um pelooutro, e, sem embargo, vamos a seguir ca-minhos diversos, pelo que jamais nos en-contraremos nesta peregrinação da vida.Conto que amanhã já não se lembrará demim, mas juro-lhe que terei como sagradaa sua recordação, e, emquanto a Deus

...aprouver conservar-me a vida, invocarei,bem que de longe, a sua formosura comoreminiscencia dos dias mais queridos etambém mais pungentes de toda a minhavida. Adeus.' desejo-lhe a paz do coraçãoque íne roubou ; um dia virá em que ame;tal é o destino dó seu sexo! Em troca doseu desprezo, só peço a Deus que me nãovingue. Seja feliz, e nos momentos da suadominação, por entre os seus sorrisos,lembre-se ao menos uma vez que existealguém que vélá e chora nas trevas doabandono.

Sheley desatou ás gargalhadas.Dá-me cá essa carta, disse elle a Byron;

quero-a publicar em todos os jornaes deLondres, e que nos salões dos três reinosunidos da Grã-Bretanha. Irlanda e Escós-sia, se diga : Conhecem aquelle gênio in-fernal, cujo sarcasmo faz estremecer ató osaltares ? pois está manso como um cor-deirinho, e fallà de Deus como qualquernoviço. E em seguida perguntar-se-ha ;quem operou a transformação''? Ao que seresponderá : Foi uma taberneirinha de Fio-rança. E quando em todo o universo soara fatal nova do suicídio de Byron, perguh-tarâo os curiosos, por que motivo se suici-dou elle ; ao que se responderá entre sòr-risos; foi por amor da mulher de um ar •reeiro. Inquestionavelmente p cãsò é demorte si não confias nas tuas pistolas,dispõe das minhas que não falham. À iriaissubtil contracçãô do index desempenhar-

se-ha a comedia. Plaudile Cives ! No en-tretanto depois da carta que acabo de ouvirler não convém que morras já ; em pri-meiro lugar manda vir de casa de Murrayum luxuoso exemplar do Manfredo, e en-via-o á tua inflexível Therezina com umadedicatória magnífica e a carta referida.Em presença de tão tocante offerta e deum poema tão incomprehensivel, talvezella não resista.

Byron concentrara-se na mais profundameditação, e nem sequer òuvià as palavrasde Sheley.

Caminhava pensativo e vagaroso da portapara a jahella, e da janella para a porta.De. repente parou, e erguendo as mãos aocéo, exclamou, com uma entonação pro-gressivamente dolorosa; o seguinte :

« Oh, tu I que eu amei e amo'ainda, sin-

gela filha do povo, cândida e formosa comoao sahir das mãos da natureza, flor dos

prados do valle de Amo, desabrochada aosorvalhos matutinos, eu te houvera escul-

pido, si assim o quizesses, um diadema deoure, um throno de diamantes, ante o qualme prostraria de joelhos; immortalisar-te-hia entre todas as mulheres ; não mais portodos os séculos haveria um enamorado queao surgir da lua deixasse de invocar teunome! Eu deporia a teus pés todos os the-souros do mundo, e os da minha alma, aminha fortuna e a minha gloria; e as torresde Neustcad, e os mais bellos palácios deFlorença,. tudo te daria si tanto ambicio-nasses. »

— Esta magua quo me punge, Sheley, énova para mim, que julgava conhecel-astodas. Hei de arrancer do peito este cora-ção dilacerado para que. seja offerecidoaquella.mulher. Avalia meu amigo, a im-inensidade desta dor; eu chorei, Sheley:depois da minha morte dirás ao mundointeiro que Byron chorou, este homem im-

placavel, terrível, satânico, derramou lagri-mas como qualquer rapariga abandonada,au estudante enamorado. E, com efleitoByron tinha os olhos arrasados de lagri-mas.

Sinto muito, disse Sheley, não seguirnesta parte o teu exemplo, mas- desde pe-queno tenho a maldita balda ds não poderderramar uma lagrima única.

E's máo amigo, proseguio Byron, ri-dicularizas em vez de lamentar o amigo

que soffre; eu sou melhor do que tu. Si

para possuir aquella mulher carecesse sa-crificar-te a ti, que me tens acompanhadonos dias prósperos e na adversidade a ti,fiel companheiro do poeta amaldiçoado ee expulso da pátria, se me fosse forçosomatar-te, crê que me seria bem dolorosoesse momento, e eternos os meus remor-sos, mas parece-me que não hesitaria ; viva

pois o amor 1 morra a amizade, na qual sóse encontra a cobardia!

Byron não podia dominar o vulcão quelhe ia no peito : bramia, passeiava em todasas direcções; agarrou enfurecido em umvaso antigo de lapis-lazzulli e arremessan-do-o ao chão, bradou : Sim ! para possuiraquella mulher despedaçaria o mundo,como despedacei este vaso !

John appareceu esbaforido para apanharos fragmentos ; Byron correu para elle demurro fechado e bradando:

Vai-te John, safa-te ! tenho o systemanervoso irritado, sinto-me capaz de estran-

guiar qualquer homem.Sheley disse-lhe placidamente:

Foste agora um pouco precipitado, ecom o teu destempero fizeste-me perdercem guinéos.

Mas não penses que eu desisti do com-bate, proseguio Byron. Todas as noites hade haver serenatas em frente da tasca daAquilla-Nova. Não foram comprehendidosos meus versos, sel-o-hão os suspiros dosviolões; e não faltarão também oboés,flautas, clarinetas, tamboris, cymbalos,trombetas e caixas de rufo: obsequiarei omeu amor com um ruído tal que os anjoshão do ouvir, si no céo ha anjos.

O meio não me pareee que fosse im-profícuo, mas a primeira patrulha que poralli passasse levaria, em nome do grão-du-que, para o corpo da guarda, todos os mu-sicos, sob o pretexto de obstruírem a rua

publica e perturb»rem o somuo dos paci-ficos burguezes, roncando maritalmente aolado de suas mulheres.

Então acudio Byron, á maneira do reiLeopoldo, farei que o meu caleche seja tira-do por três fogosas parelhas: creio que umlord e par de Inglaterra vale bem todosestes fidalgotes, monarchas de qualquercousa nas terras de Itália ; e um bello dia,em pleno sol irei passeiar magestosamentee a passos curtos, reclinado nos coxins develludo em frente da porta de A quibi—Nova.Terezina julgar-me-ha um rei, e cheia deorgulho apnixonar-se-ha de mim.

Sim ; ella voltando-se para o seu ar-reeiro dir-lhe-ha apontando-te com o dedo:olha, este estrangeiro que vem ahi ás vezes,é que é tão bem fallántè; de- certo deve pe-sar muito para carecer assim de ser pucha-do a seis cavallos! E, rihdo-se do dito, por-se-hão a imitar a tua accehtuação britah-

nheceu-lhe a voz amiga, e arremessando-seno espaço seguio-a. E Ia foi por sobre ascollinas," pairando no cume dos mais eleva-dos montes, avisinhando-se dos astros. »

Amigo, tu também és a águia; e eom istonão quero lisonjear-te, sobretudo desde

que amas as frangas.Mantem-te nas regiões que te são pro-

priás, filho dos astros; ahi àcharás aindaamor bastante para saciar essa alma ar-dente, e crê que, si não lhe obstassem asconsiderações sociaes, mais dó qúe umaprinceza sete lançaria nos braços. De resto,não te illudas com paixões desdenhadas,

que deixam de ser amor para serem vai-dade.

John! gritou Sheley, traz outra gar-rafa de aguardente e alimenta o punch.

Fallaste como um advogado, disseByron, mas fugiste dà questão. O queeu amo não é a mulher, é a formosura,de que Deus dotou; a formusura, mys-terio inexplicável, manifestação sensi /ei dadivindade. Si a mulher fosse para nós sim-

plesmente o pretexto da voluptuosidade,não valeria mais do que uma iguaria: enesse caso o amor seria a menos perigosadas paixões. Já viste algum inglez suici-dar-se por um podim de batatas ? São osencantos do espirito que tornam o amor omais terrível dos soffrimentos. Perante asirradiações scintillantes da formosura fica-mos deslumbrados, fulminados como sinos achássemos face á face com o Ser dosSeres; perante ella todas as vãs distineçõessociaes, dé educação, intelligencia e nasci-mento são condemnàdas a desapparecer.

Crê, pois, a formosura daquella mulhernão é creação minha ; déparou-m'a o des-tino, forçoso me foi adoral-a.

— Está bem, poeta ; guarda a recorda-

ção desse amor, como o teu predecessorDante guardou a de Beatriz; assim con-servarás em ti uma fonte perenne deemoções poéticas ;vale muito mais veres-te

privado dessa mulher antes de chegares a

possuil-a do que abandonal-a depois dete assenhoraares delia, e para isso crê quete bastariam oito dias.

Byron esteve por um bocado a meditar,e afinal disse:

Talvez tenhas razão: amanhã saiode Florença.

John, gritou Sheley, traz a terceiragarrafa de aguardente e alimenta o punch.

Não tardou que os dous amigos vissembailar os moveis e oscillar o tecto; encos-taram os cotovellos sobre a mesa, em fren-te um do outro, com as caras quasi che-

gadas uma á outra. Por algum tempodiscutiram philosophia transcendental.

O mais notável foi que Sheley adorme-ceu primeiro, ao passo que Byron o escu-tava ainda de olhos abertos.

Passados tempos acháva-se Byron emVeneza, onde seduzio uma filha do povo,que, vendo-se abandonada, se suicidou nogrande canal. Dalli foi para Ravenna, ondegozou os amores da condessa Giuccilio.

Por uma tarde em que Byron, sob as co-padas laranjeiras floridas, e ao murmnriodas fontes de mármore, collocára, ine-briadode ventura, a fronte sobre ocollo daformosa condessa, e que esta, de cabellossoltos ao vento, o contemplava silenciosa,eis que o poeta suspira tristemente.

Em que pensas, meu amigo ? pergun-tou-lhe a condessa.

Penso na estalagem da Aquill -Nova,respondeu-lhe lord Byron com a accentua-ção da mais profunda melancolia.

Eugênio Pelletan.

; r^iiãrsDr

KKVSmWSmtSSBBBtUBÍ

nica.Ah ! poetas, poetas! sois as verdadeiras

crianças, ós loucos sobre todos os loucos 1E todavia também pertenço a esse numero,tu agora estás mais sóòegàdo ; eu é que co-méço a experimentar os effeitos do punch.Passo à dar-te um conselho. Enganaste-teapaixonando-te por Uma mulher que nãotem -nada de commum comtigo, a qual éuma créatura de diversa espécie. Tu ador-nasté-a de perfeições idéaés, que só exis-tem ho téü cérebro. Créaste uma estatua

páráadorares como o louco da fábula; quan-do é certo que a rapariga não passa de sera mais chata vulgaridade, reduzindo-se osseus conhecimentos á perícia culinária-Crê que ha de casar com um homem quelhe dê pancada, e esse merece a sua des-velada estima. Vou contar-te um apólogoadequado e que poderia considerar-se obraprima si não proviesse de um poeta indio :

« Certa" águia enfastiou-só da sua cam-panhéira na epocha em que sé oecupava emextripar lebres e coelhos para levar aos'filhos. Voou pára uma herdade, pousandoná capoeira; alli encontrou uma franga,estimavel creatufa ê formosa.Approxiroou-se-lhe a águia, fez-lhe poéticos compri-mentos e dirigio-lhe ardentes phrásès deamor.

« A franga abespinhou-se. como quemnão comçrehendia a boa linguagem do en-fatuado indivíduo, que tinha tão lafgas|azas e bico recurvado.-

« Os seus amores eram o gallo cantador,que gentilmente lhe arrastava a aza antesde lhe fazer requebros. Á águia ausentou-se para o alto da torre e mettendo á cabeçasob a àza pôz-se a gemer.

« Fazia bem! Gomo queria ella que afranga à seguisse ? A franga nascera paraviver búrguezmente na capoeira entre ospatos e perus, para pôr e chocar os ovos, emais tarde acompanhai' com materna! so-lipitude por entre as ortigàs o' seu re-banho deApintòs.

« Ê ã águia continuava suspirando, quán-do de súbito scintillou úm relâmpago':

, « A águia ergueu a cabeça e soltou umgrito sublime. >.

«" À. tempestade chámava-a, ella reco-

Afgruns resultados <lo uiíimo re-censeamento nos Estados-Unidos

O mui vantajasamente conhecido publi-cista Maurício Block acaba de publicar noJornal dos Economistas, do mez de Marçodo corrente anno, um interessante estudocom o titulo que serve de epigraphe ao nossoartigo. Julgamos aprazer aos leitores doGlobo dando-lhes rápida noticia desse tra-balho, que pareceu-nos de grande impor-tancia, não só pela magnitude própria,como pela applicação que delle pôde fazer-se ao nosso paiz.

Apreciando o rápido e pasmoso au-

gmento da população, guia-se pelos alga-rismos fornecidos pelos recenseamentosdecenaes, e mostra-nos que, segundo ocalculo do primeiro desses recenseamentos,realizado em 1790, a população dos dezese-te Estados, que então constituíam a re-

publica anglo-americana, apenas chegavaa 3,922,827 habitantes; em 1800 os vinteEstados, que já então possuía, contavam5,305,937 habitantes; e, seguindo sempreesta progressão, calculava-se em 1800 a po-puláeão dos Estados-Unidos em 31,445,080habitantes.

O derradeiro recenseamento (de 1870)causou sorpreza e dôr aos estadistasamericanos, vendo que apenas registrava38,558,371 habitantes, espalhados por trin-ta e quatro Estados e alguns territórios.

Esperavam-se resultados ainda mais ex-traordinarios.'

Como se sabe o recenseamento americanonão se limita á estatística da população,oecupa-se, outro sim, com outros elementosda grandeza do paiz.

Assim o de 1850 avaliou em 7,135 milhõesde dollars a importância das fortunas par-ticulares, o de 1860 em 16,159 milhões, e ode 1870 (a despeito dos estragos e prejuízosacarretados pela ultima guerra civil) em30,060 milhões de dollars.

E' pois evidente que a riqueza cresce demodo ainda mais assombroso do que a pp-pulaçâo.

A causa efficiente de tão phenomenodesenvolvimento é diversamente apreciada

pelos publicistas norte-americanos , ha-vendo quem o attribua á emigração euro-

pea com exclusão de quaesquer outros ele-mentos.

No dizer de Block a discussão sobre esteassumpto data do anno de 1818, e recebenovo incremento logo que avultado numerode emigrantes naturalisados desperta oszelos do puritanismo americano. Pretendeeste ultimo que aos naturaes cabe a gloriade todas as grandes instituições políticas eeconômicas dó paiz, assim como o do ra-pido crescimento da população. . .

Combate o esclarecido publicista francezsemelhante proposição, e demonstra queo erro dessa escola consiste em só attri-buir á emigração os indivíduos que apor-tam ás plagas -americanas, e de incluirseus filhos no calculo da população indi-

gena. Tomando por base o recenseamentodel870,próva qúe a população de 33 milhões

que nelíe figuram, ficaria reduzida" á de 23milhões si se abatesse o concurso da emi-

gráção estrangeira, è descera ainda á decércàdè onze milhões descohtándo-se osnascidos fórá do paiz ou immediàtos des-

. cendóntes de europeus. Bem humilhadoficaria ò orgulho yankee si quizésse consti-

tuir a sua nacionalidade com o produeto de

puro sangue americano. Ora, sendo todosos brancos que povoam o novo mundooriundos de europeus, claro é que os exis-tentes nos Estados-Unidos para ahi vieramno curto período de uma, duas, Pu três ge-rações.

Nem são os Estados Unidos os únicos

que no século em/que vivemos offerecemo espectaculo do súbito incremento da po-pulação convertendo em ricas cidades, eabundantes móssès veigas e quebradas ha

pouco desertas, de onde a locomotiva do

progresso afugentou espavorido os ani-mães ferozes. Sirvam de exemplo a Aus-tralia, a Nova-Zelandia e muitas outrascolônias que margeam o Pacifico.

Com louvável imparcialidade confessa o

publicista, que nos serve de mentor, quenão obstante os resultados obtidos pelaEuropa no commercio, industria e a gri-cultura, que lhe permittem alimentar umapopulação dupla da que tinha ha cem annos,empunham os Estados-Unidos o sceptro do

progresso material. Havendo rendido preitoá verdade passa o mesmo escriptor a pes-quisaras causar do enfraquecimento, quiçátibiez, que resumbram da analyse consci-enciosa do ultimo recenseamento decenal,cuja autoridade é indiscutível.

Do estudo consciencioso dos usos e cos-tumes americanos na actualidade com-parados com os dos tempos primitivos,deduz que começa a notar-se nelles sen-sivel decadência. « Outr'ora, diz Blockeram os costumes simples e por vezesausteros ; a honestidade geral. Não se co-nheciam ladrões nem seduetores; não eramconsiderados como indispensáveis a feli-cidade o luxo excessivo e extravagante,e recebiam-se os filhos como dom do céo.Porcerto que numerosas famílias conservam a

pureza dos primeiros tempos, e é a suavirtude que sustenta o edifièio social. Al-

guns viajantes europeos, que poderam veras consas de perto, fizeram do semelhantesituação uma pintura por demais sombrea-da, no que foram acompanhados por nãopoucos autores americanos. »

Entrando na apreciação das cousas dessarápida decadência de costumes, assignala o

publicista francez como a principal o afrou-xamento dos laços de familia, e no systemade educação que se dá á puericia. Estabelececom singular precisão a radical differençaque existe entre instrucção e educação;sendo a primeira um acto publico, ao pas-so que a segnnda pertence exclusivamenteao foro intimo das famílias. Reconhece oslouváveis esforços dos Estados, comínis-soes, municipalidades, e ainda dos parti_culares, para pôr a instrucção ao nívelde todas as classes da sociedade ; mas pe-nalisa-o o depoimendo de insuspeitas tes-temunhas que proclamam a quasi completaausência de educação domestica.

Contentam-se os pais (pela maior parte)em deixar crescer seus filhos, alimental-os.fazer com que freqüentem a escola, e tam-bem a igreja ou o templo,assegurando-lhes,quanto ao mais,inteira liberdade de aceão,

A' essa dificiencia de educação deve-seattribuir a mór parte dos vicios que aífii-gem a sociedade americana, como sejam: aembriaguez, a brutalidade e a pouca lizuranastransacções da vida. Entende-se sempreque o autor falia genericamente, havendoanteriormente reconhecido honrosas éx-cepções.

Não deixa em olvido um ponto que tanto sgabos tem grangeado nos americanos: refe-rimo-nos ao culto da mulher. Diz que nos Es-tados-Unidos ha grande tendência em pou-par o sexo feminino aos rudes labores daexistência. Menciona os apuros de luxo aque se entregam as senhoras desse paiz,onde a democracia, passando o nível portodas as camadas da população, é partepara que uma ruinosa rivalidade se esta-beleça, levando os pobres a pedirem moçasaos remediados e aos ricos.

Em abono deste asserto cita as seguintespalavras do mui conceituado publicistaamericano Bernays : « ... Quando as pérolase os diamantes estão em moda, todas as se-nhoras servem-se delles ; as ricas usam depérolas finas e pedras preciosas, e as po-bres se enfeitam com imitações : o quequerem é firmar o principio da igualdade,embora apparente. »

Levado isto ás ultimas e absurdas con se-quencias, recusam-se as raparigas pobresdarem-se aos misteres domésticos, e servi-rem no interior das casas como criadas.Preferem ser costureiras, e preencherem odéficit originado pela interrupção do traba-lho, recorrendo a meios inconfesszveis.

Este mal é assignalado por um iílust-reescriptor (Erza Leaman) em uma recenteobra sobre o Systema de governo americanoquando diz :

« A falta de assistência feminin i, e a dif-ficuldade de encontrar bons criados no nossopaiz para o serviço interno das casas é umdós maiores tíagellos cóm que temos delutar. Cumpre qúe ó serviço sé fuça ; e, siàs mulheres a elle se recusam, serão osho-mens que terão de substituil-as ? Muitassenhoras instruídas e de boa fámilfà. e quevoluntariamente pagariam a quem ás qui-zesse servir, vêm-se forçadas a consagrarseu tempo ao serviço doméstico, a pensarseusfilhos, e cuidar dacosinha, por muitassemanas e até mezes.»

A indolência que vai ínsensivelmente seinnoculando nos costumes,oútr'ora tão acti-vas dos americanos, é, no parecer do nossoautor, uma das causas cóncurrentes parao decrescimento dá população, que tornar-se-hia bem iningoadà, si não fosse semcessar engrossada pelas ondas da emigra-õão européa, é támhem aziatica. Os ônusda maternidade são evitados por essas mu-lheres qúe se habituaram a uma vida fácil,afizeram-se á atmosphera énervadora dotoucador.

Outro fatal symptoma de decadênciadescobre Block no desamor que estão mos-trando os mancêbos pela vida agrícola; écomo acontece em França e em váriosoutros paizes da Europa, as cidades attrahem os braços mais válidos e as ihtelli-gencias mais favorecidas.

O commercio offerece os attráctivos defolgada subsistência e de um risonho fu-turo; a industria ergue colossaes fortunasem um período relativamente apressado, eo resultado é a depauperaçãa da proprie-dade territorial, onerada com pesadíssimosencargos. Até hoje té"m-se supprido ós va-cuos qúe na população, dantes sedentáriadós campos, deixava ã emigração para as ci-dádes e centros cominérciàes e mánufactu-reiros, chamando o auxilio dos colonos queatravessam diariamente o Atlântico embusca de melhor destino; mas já se nota queesses mesmos colonos recebem o influxo dascausas dominantes, e preferem fixar" sua

residência nos grandes' povoados, ou a ei-

les voltam, logo qúe se áchám quites deseus débitos. -

Obedeceúdo á mui conhecida lei econo-mica da offerta e procura, estão descendo

e ós espíritos pensadores se preoecupamcom os terríveis effeitos que as paredes te-

rão de produzir em um paiz, como aquelle

de que nos oecupamos, onde a liberdade

frisa ás raias da licença.Abunda o autor, que perfunetoriamente

analysámos, èm muitas outras considera-

ções de subido valor, que supprimimos por

amor da brevidade.

lü MILITARA. Lei de fixação de forças

Ante-hontem, na Câmara dos Srs. Depu-

tados, lêu S. Ex. a seguinte proposta :

« AUGUSTOS E DIGNÍSSIMOS SRS. REPRE8EN-

TANTES OA NAÇÃO

« Em cumprimento do preceito consti-tucional e de ordem de S. M. o Imperador,venho apresentar-vos a seguinte

« Proposta« Art 1.» As forcas de terra para o anno

financeiro de 1876 a* 1877, constarão :« § 1.° Dos officiaes das diffarentes cias-

ses do quadro do exercito.« § S(.» De 16,000 praças de pret om cir-

cumstancias ordinárias, e de 32,000 .emeireumstancias extraordinários.. Estas tor-cas serão completadas na fôrma da loiú. 2,556 de 26 de Setembro de 1874..

« § 3.° Das Companhias de Deposito e deAprendizes Artilheiros, não excedendo de1,000 praças. ,' . , .A

« Art. 2.° O prêmio para os v°l^nt^"°sserá de 400$, e para os engajados de 500g,papo em três prestações, sendo o dos se-gundos proporcional ao tempo pelo qualde novo se engajarem, ficando assim alte-rado ó § 2.° do art. 3." da lei n. 1,240 de20 de Julho de 1864.' .

« § 1.° Os voluntários perceberão, em-quanto forem praças de pret, majs umagratificação igual á metade do soldo dê pri-meira prãca conforme a arma em que ser-virem : os" engajados perceberão mais umagratificação igual ao soldo de primeirapraça e também segundo a arma em queBervirem.

a % 2." Quando forem escusos dó serviço,se lhes concederá, nas colônias militaresou de nacionaes, um prazo de terras de108,900 metros quadrados.

. « § 3." A importância da contribuiçãopecuniária de que trata o art. Io, § Io n. 7 dalei de 26 de Setembro de 1874 será deLOOOgOOO. ' .

Art. 3.° Ficam revogadas as disposiçõesem contrario.

« Palácio do Rio de Janeiro em 5 deMaio de 1875.—João José de Oliveira Juh-queira. »

A lei a que tem de servir essa propostade base é para regular de 1876 a 1877, istoé, de 1.° de Junho de 1876 a 30 de Junhode 1877.

Inventario de Miguel Ângelo

Em uma revisão de papeis que o governoitaliano mandou proceder para terem des-

tino,'o cavalheiro BèrtólÒtti dèàcóbrio um

documento precioso: é o inventario dos

objectos que pertenceram a Miguel Ângelo,

nventario feito por elle pouco tempo an-

tes da sua morte.Entre os artigos interessantes que este

documento contem, ha indicações impor-

tantes sobre projectos de estatuas e cartões

informações sobre a fortuna, tanto em di-

nheiro, como em outros valores, deixada

por elle ; finalmente detalhes sobre a vida

e a familia do eminente artista.O ministro dó interior incumbio a um sV

bio italiano de publicar esta peça, acom-

panhahdo-a de um commeritefio explica-

tivo.

Expedição de sportmen

O Denver Neics noticia que muitos in-

glezes resolveram ir ao Colorado, afim de

organizarem alli caçadas em grande estala

de modo a exterminar grande parte a caça

qúe povoa este Estado.Esses caçadores devem partir dé Lohdres

homez corrente, e a elles se juntarão em

Chicago, S. Luiz e Kahsas müitóB iports-men e ós respectivos guias.

Para obviar qualquer aCcidente, a ejepe-

dição será completa e militarmente orga-

nizada, afim de poder proteger-se contra

qualquer ataque dos índios.Haverá também um commissario encar-

regado dás provisões de boceá e escudeiros

para cuidarem dós cãváilos, e um chefe decozinha para dirigir as cozinhas portáteis.

O organizador desta grande expediçãocyhegètica ó o coronel Mac Curty, Cujoalto renome como caçador e como militarse estende nos três continentes.

O seu plano de campanha, ou, pára me-lhor dizer, de caça, é magnífico e espera-se

qúe será muito bem suecedido.

considèfalmente ós jornaes dos operários,

O numero de praças de pret para tempoordinário ou de paz, deve ser de 16,000 e

para tempo extraordinário ou de guerra, dódobro ou 32,000 praças.

Considerando á primeira parte, ou afixação para o tempo de paz, vê-se queella não é excessiva em relação á popula-cão, porquanto aUingindo estajáamaisde 8 milhões/segundo os dados estatisti-cos ultimamente publicados, admittindoque a metade representa mulheres, crían-ças, velhos e escravos, temos a populaçãoviril reduzida a quatro milhões, o quê dá

quatro por cento em relação á essa pópu-lação, ou dous por cento em relação aototal da população do Império.

Calculando o Império representando treBmil parochias, temos 5 homens no médio

por parochia.Não é, pois, desproporcionada a fracçãó

quanto á população, e nem por èílaA's.èpôde concluir que se queira militárízàr o

paiz.Considerando a força em relação ás ne-

cessidades do serviço, parece qiré èsfcé ficasatisfeito, por quanto com razão deve ellaser empregada na guarda de três fronteirasimportantes que temos, ao qüé se pôdeacudir muito bem com oito mil homens, éentão resta-no3 outros oito mil homens,

para do centro correr a qualquer pontoameaçado em sua tranquillidade, e paraauxiliar ao serviço provincial, em quantose não regulariza e se organiza a força po-licial das províncias que dispensam os cor-

pos de guarnição fixa, instituição a maiscondemnada por ser contraria á diséiplinádo exercito.

Devendo a lei projectada vigorar do 1.°de Julho do anno próximo futuro, dis-

põe o projecto que as praças de pret sèformarão segundo o determinado pela lein. 2,556 de 26 de Setembro de 1874.

Com effeito o primeiro sorteio deve terlugar em Junho do anno vindouro, e feitoo primeiro sorteio-está formado o primei-ro contigente, que deve ser marcado ereunido em Dezembro do anno futuro.

Uma questão se deve suscitar e cumpre

que seja prevenida: o contingente deve serfixado de modo a formar todo o exercito, edispensadas as praças existentes, de ma-neira que o exercito represente todo o mes-mo elemento novo, filho desse sorteio ?

Entendemos que não. E portanto pensa-mos que, eni face do contingente futuro, oque se deve ter em vistajé preencher, don-tro do numero fixado, essas praças que jácompletaram o seu tempo e a quem sedeve a baixa.

Quanto aos prêmios offerecidos aos vo-luntarios e engajados, nos parecem defl-cientes não ácereditando na efficacia da pro-messa que faz o art. 2.°„ § 2 concedendodatas de terra.

Finalmente, tendo de fixar a contribuiçãopecuniária de que trata a lei citada art. Io§ Io n, 7, marca que ella seja de l:ÒÒ6fiÓQ0.

Não combateremos o quanlum, mas acre-ditamos que rneÜior se procederia fraccio-nando-o em pagamentos annuaes, tomadasas devidas providencias para que o paga-mento se realize e fique garantido-

Taes são às ligeiras reflexões que nosdispertou a proposta do Ministério daGuerra, sobre a fixação de forças, voltandoao assumpto, quando a com missão a for-mular em projecto de lei.

No entanto tomemos desde já a liberdadede lembrar ácommissão um artigo additivoá lei.

Desde que se estabeleceu o úovp regimende organização militar, tomando póf .baseá cònscripção, é preciso completar a refor-ma promulgando-se o Código Penal e o doProcesso Militar.

Esses trabalhos já foram presentes aopoder legislativo, organizados por umacommissão de servidores, cheios de expe-riencia e animados tão somente de boasintenções à bèm servir o pãiz.

Si as, câmaras abrem discussão sobreesses projectos, apezar dá siía sabedoria,além de lhes qúobrar à unidade do pensa-mento, hão conseguem tão cedo dotar óexercito com esse melhoramento dé im-préscindivil necessidade, e portanto bemmerecem os legisladores, si adoptando essesprojectos como seus, os fizerem pro-mulgar—e para; isso basta que a essa lei deforças, se addite a autorização do governopára ã tornar lei do Estado.

" Assim procedendo as câmaras legiBlatí-vas hão tiram de' si attribúiçáo alguma,,acceitando um trabalho feito, appellando

pára o tempo e experiência, é pédindò-lhesconselhos qúe reformem esses projectos, jáàssàs discu£idos e emendados por tudo

quanto a thoria pode inspirar.

Gabo direeto dos Estados-UnidosDe S. João (Terra Nova) escreveram ao

World, deNew-York em data de 26 de De-zembro:

« A collocáção do cabo dá Companhiatelegraphica transatlântica dirécta dos Es-tados-Unidos, soffreu gràndesdifilculdadesattribuiveis á epocha adiantada em qúò os"rãbàlhos começaram nas costas dá Irlanda,e aos innumeros embaraços que empece-ram a viagem do vapor Faraday, ehcàrre-gado da immersão do cabo,

A 5 de Dezembro, os vapores da expediçãodesprovidos de carvão e de viveres aproa-raná pára S. João,onde chegaram na manhãdó dia 7

O abastecimento foi feito por brigadas detrabalhadores, que revezavam de dia ò denoite; mas, apezar da actividade dèsenvol-vida, o Faraday áchava-sè em.tão máó es-tado, que só pôde fazer-lhe ao mar no dia16 do mesmo mez, partindo da báhiá daConçeption.

Começou elle a desenrolar o cabo diri-ginuo-se para o lugar em que se achava aponta qúe se tinha perdido.

Depois seguirá o séu rumo com o Am-bassador.

A. íillm do ourivesLUDWIG UHLAND

Em sua loja um ourivesDizia com affeição :«Destas jóias a mais bèllã,A mais bèllá és,tu, Helena,Filha do meu coração!»Entra um bello cavalheiro :«Saúdo-te, ó bella flor !Salve, meu feoinóurives !Faz-me pára minha noivaGrinálda dó alto valor 1»Logo que prompta a grinalds^Fulgente e rica, ficóü;Helena, ímmersà èm íristézá,Sosinha estando, a capeilaEm seú braço pendurou.«Como ha de ser linda a noivaQúe esta griháldâ vai ter !..jAi ! cãpelia sò de rosasQue me desse o cavalheiro,Quão feliz devfá èu ser !»Não tardou o cavalheiro,E a capeila pôz-se a olhar :«Agora, de diamantesPara minha bella noivaUm annel hás de ápròmp'tárí».O annel de diamantesAssim qúe proinpto ficou,Helena, em tristeza immersa,.Sosinhà estando comsigo,No sòú dedinho o enfiou.«Gomo ha dè ser linda a noivaQúe este annèl merécóú 1Ai / si o bello cavalheiro

' Só me dósse úm dé cabello; --Quão dítósâ foi'a eu í»Não tárdoú o câválhóird, :!!E, dó annel Vendo o fulgôf :«Caro ourives —lhe diz eíle—Para a minha bellá noivaTudo has feito com primor!«Vejamos.como isto assente.Bella, acefca-té de mim,Quero em ti provar ás jò'iasDa minha noiva querida,Como tu formoza — assim !Erá cedo, n'uni domingo,Quando o caso suecedeú; yVvTinha ã móçá cohi esmeroPára ouvir missa escolhidoO melhor vestido seu.Em puro rubôr acçesa, .Ante p cavalheiro está.Elle então põe-lhe a grinálda,Enfia-lhe p annel no dedo,E em seguida a mão lhe dá.O' doce, querida Helena,Toda a comedia fim tem:Tu és a noiva formosaÀ quem pertence" â grináldaE o rico annel também.«Entre õ ouro e pedrariasTe criaste, ó bella flor !Dé sigiíaí isso te sirvaDa honra que me concedes,Acceitando o meu amor.»

Bernardo'Tavéirá JuniÒS.

Uma epidemia como as outras.Repetindo-se tão amiudadas tezes as

morfes' voluntárias,- chéga-sei _ crer que^f^?6

'$*... irò".- è*^- 9 cdhtegio do

suicídio. ^m'^rà^^o?^oin^_af'a¥ s~eien-;i"%ÍB%?J"$ ós^ gestão, appníemos ai-güns factos que ná0 deixam dé ser dignosde menção.

No fim do século passado um aoldadodoasylo deinválidos enforcou-se em umposte, e, pouco tempo depois, iaaia de um

i ' —- -V*.-;--.. ¦¦ '¦'-- --"-^:-|itri'iiirii~iir;íirr ¦_«_ . ' . ':-.: :¦'-¦: , .' vÀí-SÜSÈH ííííK:-'.: -¦".':¦ ¦:*-•;¦;.-istóv-i:.: »í_áü4ÊJS-^^

!*#&,-- A-„A^ ......t'A^'.-¦'i.V*.--i''-'í ".'- */-'. ¦ ¦' — "'—A

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dúzia de companheiros séè fizeram o mcs-mo e no mesmo poste. fí

Arrancado o poste fata1 cessaram 03sui-

cidios. jSabe-se que Napoleãotfjandou queimar

uma guarita em que div1^09 soldados ha-viam successivamente atentado contra osseus dias.

Em um regimento, qr; estava de guar-nição em Malta, foram ^ntos

os suicidios,

que o coronel, depois/de haver tentadoem vão reprimil-os, M incluir na ordem

do dia a seguinte declffação : « Os suicidas

não terão sepultura'f» lugar sagrado, to

Desde logo cessou o ápirito de imitação.Em 1813, no Vaiai, em uma pequena

;ildea chamada Saint:tferre-Mouzan, onfor-eou-se uma mulher ik galhos de um car-Valho; muitas outrp|fizeram ° mesm0!

afinal as autoridadesíocaes, no intuito defazerem cessar b tercei contagio, manda-nauí derrubar o carv|ho, que já era conhe-cido pela arvore doswforcados-

A 24 de Junho cf 1826 uma moça de

nome Henriqueta Ornier, foi condemnadan galés yorpctuas.felojury do Sena, porter assassinado seujplbó. Este crime pro-duzio muita sensaeíb.

Algumas semanvl depois, cm uma ses-

t-sío da Academia S Medicina, o Dr. Es--quirol declarou qi estava tratando seis

pessoas, que, depoijjdo crime commcttido

p3r Henriqueta Ccrjiier, viviam atormen-

i ridas pela vontadÇfle matar seus filhos.Finalmente, esjÉtio cm Berlim um club

de suicídio, que «ha por fim propagar a

terrível mania. Ate facto é positivo, au-

íhentico. Felizfente não se compunha

esse club sinão A seis membros, que con-

lVssavám públiriuente a intenção em que, stavam de sui#ar se, e procuravam pro-

sotytos com todo o afinco c lançando mão

de todos os n*ios. Todos seis, de confor-

midade com « seus estatutos, attentaram

entra os sadias em ópóchas diffcreptes.

O ultimo suiidou-se em Março do 1817.

O Homerward Mail.

Ha nos diversos paizes, ao sul da índiameridional, rios cujas inundaçõos são tãoterriveis como as dos Garonhe ou do Rho-dano.

Quanto ao Serra, o seu caracter inoffen-sivo é conhecido ha muito tempo.

Ao Sul do Godaveri e do Kistna, alémdo Hamermnrd Maíl, ha outros rio3 menosimportantes, que correm de oeste paraleste, e perdem-se no golpho de Bengala.

O Chittravarti, o Tapugni e o Cheyar sãotrês dos seus principaes tributários, e ^naepòcha das chuvas suas águas engrossamde volume.

A Tegião em que nasce aquelle rio, nãosendo abundante de água, os habitantesdo lugar procuram abastecer-se delia pormeio do que elles chamam amicuts, quesão pequenos diques abastecidos, no tempodas 'cheias,

pelas nguas dos rios e dosregatos.

Formam assim reservatórios de irriga-

ção -de uma extensão variável, dos quaesalguns tò i. apenas um bectare de super-llcio, ao passo que outros têm kilometrosde comprimento e de largura.

Todos estes armazéns de água são muitouteis ao cultivo do paiz, que sem elles pro-duziria mivto menos.

No outumno passado houve grandeschuvas, de modo que os rios trasbordarame os diques romperam-se.

O Tampugni cresceu tanto que as águaslevaram, na sua correnteza, a ponte da cs-traria de ferro que o atravessava-

Sautfade

HEINB)

Só d norte, em frio monteUm pnheiro vê-se erguido.Dorniita em seu alvo manto,Em teve e gelo envolvido.

Com uma palmeira sonhaLá d) loDginquo oriente,Soli'aria, muda e tristeNo jondor de rocha ardente.

Bernahdo Taveira Júnior.

ggggaBnaaBnBt—í—BBBBBasc

5 de Mato de 1875

Juízo da Frovedoria

ESCRIVÃO O SR. DUQUE ESTRADA

Ó gigante de pedra

O anno passado tratou-se da descoberta,na America, de uma estatua gigantesca,que se suppunha ser uma antigüidade pho-nicia.

O congresso dos philologos, reunidonos últimos mezes dnquelle anno em Inns-

prück, opinou neste sentido :Essa estatua, que é de alabastro e móde

10 pés de altura, com o peso de -2,990 librasamericanas, foi encontrada enterrada em;terrenos da herdade de William E. Newel,em Cardiff, condado de Onondaga, Estadode New-York, a 16 de Outubro de 1869.

Este achado deu lugar a hypothescs irri-sorias, principalmente na parte menos es-clarecida do publico.

Uns a coWderavam um gigante fóssil,

que teria vivido, havia séculos, no condadode Onondaga ; outros propalavam que era

uma relíquia dos antigos aborígenes ou

indios.O americano pur sang, que nas cousas

¦da vida mostra um senso tão pratico, ma-

ni festa tambem, por tudo quanto não éreal, uma credulidade pueril: acredita nasfábulas mais impossíveis.

Ora, a antigüidade desta estatua deve

ipertcncer ao domínio das fábulas, como odomonstra Mr- C. Rau, em uma carta pu-blicada nos Archivos de anthropolngia

« O rosto foi grosseiramente talhado, dizo correspondente, e conseguio-.se imp' imir-

lhe o cunho de vetustez.»Pouco tempo depois desta descoberta, a

estatua foi levada para New-York,e expostano museu "Wbod: e afinal descobrio-se osegredo, que foi revelado pelo autor dafraude.

No mez de Março de 1S70, um certo H.B. Morton, que tinha chegado a Buffalo

(Ncw-York) pedio a um, dos redactores doBuffalo Courier que o procurasse no hotelem que se achava, para communicar-lheuma noticia importante.

O jornalista não se fez esperar, e Mortoncontou-lhe a historia da estatua.

No dia seguinte ao da entrevista de Mor-ton com um dos redactores do Buffalo Cou-ier, continha este a narração da conferen-

cia, que o New Torh Herald reproduziu ai-

guns dias depois.A estatua não foi encontrada no lugar já

ãndicado. Morton encontrara nas proxi-midades do forte Dodge, em Yowa, um pe-•daço de mármore, da estatua de um ho-mem ; e foi com muita difficuldade que otransportou para Chicago. Afinal a massabruta foi depositada na granja de Burkhardcanteiro.

Um doa melhores estatunrios dó paizavrou o mármore, no que gastou dous,mezes, porque o trabalho era feito á noite,

para não despertar suspeitas ; e por meiode ácidos conseguio-se dar ao alabastroesBa côr que o tempo incute nos objectosantigos.

Peito tudo isto, ò gigante de pedra,devidamente acommodado,. foi transpor-tado para Onondaga; e depois de enter-rado clandestinamente em terras da her-dadèNNe'rvel, apparecéú á luz., em Outubrode 1869.

Morton mostrou-se muito sentido peloresultado de tantos etão insanos trabalhos;e confessou mais que si sua tentativa ti ves-se sido bem suecedida, produziria mais,tarde a mãi do seu gigante de pedra, queseria construída de ferro e de gesso, e en-terrada no mesmo sitio. • • .,-,.

Mais tarde soube-se que esse espirito tãofértil em recursos tinha tentado ontr'oracontra seus dias, disparando em em si uma

pistola. ' ' **" '-Os homens .dosEstados Unidos, enten-

didosnesía especialidade, não se deixaramilludir, e descobriram immediatamente

que a estatua exhumada não era tão an-tiga como se queria fazer cfèr.

O intelligente director do Instituto Sh-mitsoniense, que é um dos estabelecimen-tos scientificos mais importantes dos Es-fados Unidos, o professor Henry, pronun-ciando-se a este respeito disse :'

«Sentiria muito que o nome dó Instituto,

que dirijo, figurasse neste negocio, porquedesde que me foi dado lançar os olhos sobreessa estatua, opinei energicamente contraa sua antigüidade. "

« Mistificações, como a que acaba do dar-se em Cardiff, deviam receber uma con-demnação mais severa do que a que selhes dá.

Notificoções. N. Maria Lniza do Coraçãode Jesus. F. José Gomes Lopes.—N. padreLuiz Antônio Escobar de Araújo. F. The-resa Alexandrina de Gouvêà. Julgadas porsentença as conta, dos testamrnteiros.

N. José Octaviano Marcondes Lobato. F.Mana Marcondes de Assis e Silva. Indcfe-ridas as oetic3»s defl.32 e fl. 42.—N. Ânto-nio Martins

'Lage. F. Felicidade Clara La-

bourdonais Lage.—N. Conselheiro JoaquimPereira de Faria. F. Dr. Joaquim José deAzevedo. Ao Dr. promotor fiscal.

N. José Matheus Ca farino. F. Pedro Tio-gíne.— N. Joaquim Fernandes Baptista. F.Antônio Joaquim Gutjó.—N. Leopoldo JoséRibeiro. Lace. F. Maria José LeopoUlinaLace. Áo Dr. promotor fiscal.

N. Maria Beguim lloxo, F. José GomesRoxo.—N. Joaquim Aulio de Carvalho. F.Marianna Victoria de Figueiredo Rodri-gues. Ao Dr. procurador dos feitos.

N. Porfirio José Gonçalves. F. FranciscaRosa de Jesus. Deferido o oíhcio fiscal.—N. Maria Joaquina de Jesus. F. ÂngeloPereira de Aeevedo. Julgado por sentençao lançamento.

N. o commendador José Maria dos Reis.F. Joaquina Cândida da Silva Neves. Con-cedidos 4 mezes de prorogação. .

N Joaquim Jo3é Rodrigues Machado.F. Januaria de Mattos Guilard. — N. An-tonio Joaquim Ferreira Braga. F. José An-tonio Ferreira Braga. Nomeado testamen-teiropara ambos o Dr. Álvaro Caminha.

N. ò Dr. José Jansen do Paço. ¥\ MariaMeirelles de Sá. Apper.sO-sa aos autos deinventario ou junte-se a certidão de testa-mento. %

Requerimentos autoados. r. Luiz Pereirade Faro. F. Brandina ÉüFrozina de Vascon-cellos Faro. Ao Dr. promotor fiscal.

T. Adelaide Dias de Moura Costa. F. At-tonio Fernandes da Costa. Concedidos trêsmezes improrogaveis.

T. Antônio José Gomes Pereira Bastos.F. João Gome3 Barrozo. Julgada por sen-tencaa couta datestamentaria.

Inventários. F. Leonidia Carolina dasDores. I. Manof-1 Antônio de Carvalho Bas-tos.— F. Izabel Wolperding. I. GuilhermeScully.—F. Padre João de Araújo AlvesMarinho. I. Dr. Joaquim Cândido Matta.Ao Dr. procurador dos feitos.

F. José Gonçalves Pinto. t. Manoel Dinsdos Santos. Julgado o calculo por sen-tenca.—F. Bernardo José Fernandes. I. Dr.Álvaro Caminha Tavares da Silva. Digamos herdeiros.

F. Theodoro José da Rocha. I José Ri-beiro de S. Carvalho. Papro o imposto, vol-tem á conclusão. — F. Dr. José JoaquimLudovino da Silva. I. Joaquim José Bar-boza. Julgado extineto o usufrueto.

F. Dr. Luiz Fortunato da Costa. I. Idalina:Borges da Costa. Certificando-se si haresponsabilidade testamentaria, digsirn os|herdeiros.— F. Francisco Xavier Antunes.I. José Antônio Antunes. Proceda-se aocalculo.

F. José Corrêa da Silva. I. José Maria dosReis. Julgado extineto o uso-frueto. F Ma-noel José Gonçalves Cancdo. I. João Do-mingues Ennes.*Deferida a petição de fl. 41.

FF. Jorge e Sophia Rudge. I. João Rudgn.Acceita a renuncia, nomeado inventarianteo herdeiro Henrique Rudge.

F. Dr. Felicíssimo José da SÜ7a. I. JoãoAlvares de Azevedo Macedo Sobrinho. Pro-ced>-.-se á partilha.—F. Alexandrina Rosade Siqueira Brandão. I. João Raphael LeitePacheco. Deferido o officio tiácal.

F. Alexandrina Maria da Conceição. I.Antônio José Rodrigues de Oliveira. Jul-gadaspor sentença as contas do testamen-teiro.

1795. Execução de Fouquier-Tinville,aceusador publico perante o tribunal re-volucionario. - * -- i. -

1800. Morte de Nicolo Piccmi, composi-tor italiano. n Vi i

1811.—Morte de Richard Cumberland,autor dramático, inglez. Aos doze annoscompuzèra uma peça intitulada Shahspeareentre as sombras.

1823.—Morte de Antônio Salieri, compo-sitòr italiano. i

1839.-Morte de Blumenhagen, um dosromancistas mais estimados da Alleraa-nha.

Ministério de Estranhei™*5- —Consta-nos que foram promovidos a ama_nuenses,tia respectiva Secretaria de Estado,os praticantes Antônio Vicente de An-drade e José Bemardes da Silva.

Requerimentos. — Tiveram despa-cho pelo Ministério do Império :

De José Martiniano da Veiga Nobrega.— Indeferido. ' .

De Idomeneo Bevilacqua Fontenelh. —Idem.

Pagamentos. — Ao Ministério da Fa-zenda solicitou o do Império os seguintes:

De 150$ a cada um dos agentes recen-seadores da parochia de Capivary, GabrielArthur de Sá e Vasconcellos e AntônioGonçalves de Carvalho.

De 6:995g719, das despezas feitas no In-iernato e Externato do Çollegio D. Pe-dro II.

Freguezia da Lagoa. — Foi no-meado escrivão da subdelegacia desta fre-guezia, o Sr. João Maria de Almeida Ti-noco, que já entrou em exercício.

Pronuncia.—Pelo Dr. juiz de direitodo 7» districto criminal, foram pronun-ciados, comoincur3ós nas penas do art. 269,combinado com os arts. 270 e 274 do CódigoCriminal, os réos já presos, João CarlosStanisláo Zeneurykwisk, Ladisláo Debsky,Theodoro Dawízolky. , Joaquim AntônioFernandes Pereira, Alexandre Farence, Ra-chelle e "William H. Busch, como autoresdos vários roubos praticados em diversascasas desta Corte, em datas differentes, decujos factos já o publico tem conhecimento.

Vapor Dantas.—Sob este titulo lê-seno Diário da, Bahia de 30 de Abril:

« Ante-hontem sahio dos estalri.es daCompanhia Bahianá o vapor Dmtas, Com-plotamente renovado tanto nas caldeiras emachinas como no casco, considerando-sehoje o melhor vapor da Companhia, vistocomo com as renovações e melhoramentosna machioa, o vapor Dmtas, trabalhandocom as duas caldeiras, tem iima marcha de1S milhas por hora, e com uma só a marchade 11 milhas.

« Além destes melhoramentos tem umarica câmara para 40 passageiros de ré, comtodos os commodos e bem ventilados e pre-parados com gosto especial.

Com as novas alterações tem elle hnjeaspé

REGISTRO DIÀRIÕEpncmerida nistoriea do 25ru-

xü.—Dia. 7 de Maio.—E' datado deste diae do anno de 1681 o tratado provisional deLisboa, entre a Hespanha e Portugal, emque aquella potência prestou-se a restituira esta a colônia do Sacramento com todaa artilharia e munições, assim como osprisioneiros que em 1680 tinham sido to-mados por D. José de Garro, governadorde Buenos-Avres.

Em fins de" 1678 ou em Janeiro de 16"/!),D. Manoel Lobo, governador do Riò de Ja-neiro, em obediência ás ordens do rei D.Pedro II, entrou pelo Rio da Prata, e su-bindo-o até perto da ilha de S. Gabriel, run-dou sobre o continente a colônia que ficousendo chamada do Sacramento. ,'

Üra isso positiva demonstração de que orei D, Pedro II considerava a margem es-querda do Prata pertencente aos domíniosde Portugal na America.

Ponto de antagonismo internacional,porquasi um século, o foi logo do confiicto emAgosto de 1680. em que D. José de Garro,como já foi dito, tomou de sorpreza a co-lonia do Sacramento. v .. -&. -

Revoltou-se colu a noticia deste acon-tecimento o rei D. PcdroTII,. aue.,era ener-gico e violento; ,a corte de Heapiuiha,porém, apressára-se a fazer paitir paraLisboa o duque de Giovennz/.o afim dé darsatisfação ao governo portuguez,e de entrarem negociações sobre a questão geographo-política, que á colônia dá Sacramentoencerrava.

Evidentemente o rei D. Pedro II uão foifácil de contentar ; porque se tornou no-cess ria a intervenção da França, da Ingla-terra e de Roma, que puzerain termo ásgraves desintelligencias, conseguindo queos dous governos da península assignassemo tratado provisional de 7 de Maio de 1681,emquanto seus commissarios e árbitros serpuniriam nas fronteiras de PortugalsentreElvas e Badajoz, para resolverem a questãode direito, sobre a qual, como era de espe-rar, disputaram muito e nunca chegarama accôrdo. . .

Em todo caso, embora provisional sechamasse aquelle tratado, o rei de Portugalteve nelle grande vantagem, porque foi-lherestituida a Colônia do Sacramento.

Kphemcri.la histórica univer-saí.—Dia. 7 de maio. —432 antes de Chris-to. Começo da guerra do Peloponeso.

9~3. Morte de Othon I, imperador daÀílemanha. ¦

1274. Décimo quarto concilio geral ceie-brado em Lyon; acharam-se ahi reunidosquinhentos bispos, setenta abbades e miloutros prelados. Trabalhoü-sé áhi pelareunião dos gregos e dòs latinos.

1617. Morte do presidente de Thou, es-tadistae historiador francez.

1665. Morte de Bautru, Conde de Séram,conselheiro de Estado, membro da Acade-mia Franceza. *

1717. Viagem do czar Pedro o Grande aFrança. .

1770. Morte de Boucher, pintor franez.1789. Maklin, celebre actor inglez, que

ainda aos. ipOannos . de idade representa-vá, fétirá-se dó tEeãtfq".

i seguintes dimensõc-. Comprimento 2l2ís. Boca 25 1/2 e cala S pés, tendo capaci-

dade para 440 toneladas de cargao Consta-nos que o vapor Dous de Julho

está recebendo egual reforma, como sejamnovas caldeiras do systhema moderno, fei-tas pelos engenheiros Hopkins e Webster,e sendo preparado especialmente áconduc-ção do gado de Cachoeira para esta capital,havendo para isto uma espécie de elevadorpara os porões.

E' sem duvida merecedor o Sr. John II-lius, superintendente da Companhia Ba-hiana, de elogio pelo zelo com que procurao melhoramento da empresa, que foi con-fiada á sua gerencia. »

Aeto meritorio. — Na barca flumi-nense que desta cidade partio ante-hon-tem depois do meio dia pafH. á côrtr,uma senhora, joVén ainda, que ia nella, foiacrommettida de um violento ataque epi-leptico, sendo humanitariamente soeçorri-da pelo distineto medico o Sr. Dr. Vícto-rino da Costa, que felíimente ia tambemna bircav

Corpo ülilitar cie Polie.adaÇòr-te. —Ante-hontem o commandante daforçaestacionada á rua Doür, de Dezembro, re-cebeu alli cs seguintes indivíduos afim deserüiü apresentados ao subdelegado da fre-guezia da Gloria, a saber : Bernardo CòrtéKeal por embriague/.. Antônio da CostaGuimarães, àntonio Ferreira, e João JoséDuaite remettidos pelo inspector do 13°quarteirão,por serem encontrados vagandona rua fora de horas, e um norte americanoremettido por um dos officiaes fondantesdaquella freguezia*,por ser encontrado ddr-mindo na rua embriagado.

O da de Catumby recolheu por ordemdo subdelegado da freguezia do EspiritoSanto, o preto Joaquim, escravo, por fu-gido.

A patrulha que rondou,, das 6 horas âmeia-noite, o lugar denominado « Tanquedas Saudades», conduzio para o quartel árua de Estacio de Sá, afim de ser apresen-tado á autoridade local.um indivíduo, quenão declarou o nome, por embriaguez.

O officialque rondou a freguezia daGlo-ria,depois de meia-noite, mandou conduzirpara o posto policial á rua Dous de De-zembro, á disposiçüo do respectivo sub-delegado, um norte*-americano, por encon-tral-o ás 3 e 1/2 horas da madrugada dor-mindo na rua embriagado*

Prisões. -=-Foram presos.ante-hontem,á ordem de diversas autoridades:

Pela 2a delegacia.—Daniel Clak e Ma-noel Ferreira, por embriaguez ; OlympioRodrigues de Moura, por vagabundo; J"an-na, escrava de Guilherme Graça e Archan-gela, de Albino Pereira Alves, por desor-dem.

Na freguezia do Sacramento. — Jo?eMoreira dos Santos e Castorina Rosa deOliveira, por desordem.agNa freguezia de S. José.— (l.° districto)fzidro Ermida, por espancar a um menor.Henrique Francisco de Oliveira, PolucenaMaria da Conceição, Felicia Maria da Con-ceicão, Emilia Alexandrina Rosa de Faria,Loürenca Maria da Conceição, FelicidadeRosa Maria da Conceição, Leopoldina Rosndo Amor Divino, Rosa Maria da Conceiçãoe Maria Francisca de Souza, por fazeremalgazarra.

Na freguezia de S.antaRita. -?¦ (1." distri-cto). João,escravo da Companhia de Trars-portes Marítimos, por andar tarde na rua.

Na freguezia deSanfAnna—(Io districto).Manoel da Paixão do Sacramento e AntônioDomingues da Silva ^Pereira, por-embria-guez ; o menor Arthur,,, por vagar pelasruas ; ( 2.' districto )', Antônio Rodrigues eJoaquim Pereira da Costa Magalhães, porembriaguez; Sabino José Maria e Firmina,por desordem. ..: ¦¦. . ..f .. .. ..-x. .. •

Na freguezia deSanto Antônio —Druncht,por proferir palavras indecentes.

Na freguezia do Engenho Vellio.—Luizda Motta Gomes, por embriaguez.

Na matriz "de

Stossa Senhora da Gloria,ás 8 1/2 horas ',:.'„

Por alma do Sr. José Maria Jpalhares,convidando um amigo. "

Na matriz de S. Christovão, as 8 1/2horas: ;-

Por alma do Sr. Joaquina Antônio Rodri-gues Bastos, convidando às Srlãs. DD. Fe-licia Amalia Rodrigues de Aguiar e Fran-cisca Amalia de Aguiar, e o Sr. FranciscoIgnacio de Oliveira Aguiar.-

Na igreja de S. Francisco de Paula ás81x2 horas: :~

Por alma do mesmo Sr. convidando ásmesmas pessoas.

Na igreja de Nossa Senhora do Rosárioás 8 3/4 horas ', .•

Por alma'da Sra*. D. Bernardina Corrêaòe Mello Neves, fallecida em Portugal,convidando o Sr Manoel Corrêa de Mello1Neves Filho e seu irmão.

Na igreja do Senhor Bom Jesus do Cal-vario, ás 8 horas, por alma do Sr. FranciscoJosé do Araújo, fallecido na Ilha de S. Mi-güel. convidando o Sr. Jacintho de SouzaAraújo e sua senhora.

Na igreja da Conceição, ás 9 horas, poralma da Sra. D. Julia Augusta da SilveiraLima, convidando a Sra. D. Jóanna Mariada Trindade.

No convento da Lapa :Por alma do Sr. Feliciano Victor de Me-

nezes, convidando o Sr. João Caetano deAndrade Santos.

Na capella do . cemitério de S. JoãoBaptista ás 8 1/2 horas :

Por alma do Sr. José Procopio PereiraFontes, convidando sua esposa a Sra. D.Mathilde Carolina da Cunha Fontes.

Na matriz de Petropolis, ás 8 1/2 horas :Por alma do Sr. Joaquim Antônio Rodri-

gues Bastos, convidando o Sr. José MariaTeixeira de Azevedo.

Falleeimentos.—Sepultaram-se nosdifferentes cemitérios desta capital, no dia5 do corrente:

Maneei Antônio Portugal Moreira, 14annos, solteiro, portuguez; Clemente Frot,35 annos, casado, italiano; Maria Catharma,26 annos, solteira ; José Martins Barboza,30 annos, casado : Manoel de Abreu, 29annos. solteiro, portuguezes; I. J. D. Mel-lee, 19 annos, solteiro, inglez; CândidoGarço, 54 annos, casado, hespanhol; JoãoBelihho Teixeira, 24 annos.solteiro, portu-guez.—Febre amarella.

Eduardo José da Silva, 12 annos, flumi-nense.— Febre tvphoide.

Manoel Antoiiio,deSouza,52 annos, por-tuguez ; Manoel de Souza, 15 annos, bra-zihiiro, solteiros; Anna da Conceição, 44annos, viuva, p írtugeuza; Elvira Augusjada Silva Chagas, 19 annos ; Mana Jose.4aConceição, 30 annos, casada, fluminense ;Manoef Gonçalves Serpa, 40 annos, solteiro,portugnez.

*Tuberculos pulmonares.

Alfredo, filho de Luiz de Andrade Bas-tos, 2 annos.— Tuberculos mesentericos.

Manoel Antônio da Conceição, 42 annoscasado, portuguez.—Congestão pulmonar.

Esteva Maria da Conceição, 50 annos,solteira, bahiana: Norberto Gomes da Silva,30 annos, solteiro, parahybuno do norte.—Lesão orgânica do coração.

Manoel José da Silva Bernardo, 43 annos,casado, portuguez.—Lesão cardíaca.

José Francisco Ennec, 20 annos, solteiro,fluminense. —Scorbuto -¦'¦_¦ ¦

Antônio Alves da Silva,47 annos, casado,portuguez.—Erysipella gangrenosa.

Francisco de SanfAnna, 45 annos, sol-teiro, fluminense.—Pneumonia.

Innocencia. livre, 16 annos.— Lympha-tite perniciosa. 1

Antonia Bragana, 40 annos, casada, por-tugueza. —Metro-peritonite-puerperal.

Antônio Borges Pimentel, 21 annos, sol-triro. brazileiro.—Infecão purulenta.

Joaquim Taveira, 46 annos, viuvo, por-tuguez ; Ignez, exposta da Santa Casa, 4Udias.—Diarrhéa. . , . „ ..

Joaquim, filho de Antônio Pires Guima-rãesj 3 1/2 annos, fluminense. — Coque-

Paulina, fllhâ de Maria José dos Santos,2 annos.— Broncho-pneumonia* _

Victorino, filho de Frederico Guigon, &annos. BronChite. . ,

Cecília, filha de Bartholomeu Silveira deAzevedo, 18 mezes, fluminense, -dasstro-entero-colite. ,_

Alberto; ingerido; filho dé Carolina, Omezes, fiuminensâ — F.ücephalite

Anastácia, exposta da Santa Casa, b dias.— Fraqueza congenial.

Maria, filha de José Antônio Lasaro, 1anno. fluminense,—Inviabilidade.

Augusto, filho de Adriano da MottaSilva; 7 dias, fluminense.—Tétano dos re-cem-riâscidòs, . -h ya-'--

3 fetos: um filho de Antônio FerreiraSerrado, outro filho de Mana Joanna daPinho e outro filho de Lima. -; .

Sepultaram-se 2 escravos, tendo íaLieci-dos. 1 de Tuberculos pulmonares e 1 deperittíüitc) . , . . ...:

No numero dos 40 sepultedos nos cemirr-terios- públicos estão comprehendidos 17cadáveres de pessoas indigenteaa quem séfizeram os enterros grátis.

Administração da Irmandade doSantíssimo Sacramento da An-tiga Sé e Manoel Joaquim Tea-xeiraSendo alei do céo igual para todos, a

lei da terra tem. que sèr uma verdade ema-nada do céo. .

A justiçaé o elo mais sagrado da socie-dade humana, e não deve prcteril-a timãirmandade religiosa, fundada sobre as basestão sublimes que tem por intuito a caridadee beneficência. . ~

Parece incrível que o Sr. Hypolito Can-dido de Assis Araujo,na qualidade de pro-curador dessa irmandade, proceda de ummodo tão inconveniente, persegu.indQ-mae coagindo-me sem fundado motivo a umdespejo precipitado, que prejudica alta-méüte meus interesses, sem nenhuma con-veniencia para a irmandade, unicamentecom o intuito de vexar-me sem nuncafazer-lhe mal, nem dar causa á tão iníquaperseguição, pois que sou pontual no* pa-¦gan.entós dos alugueis, è até em 1873. demotu próprio, officiei á mesa, elevando omesmo aluguel a l:400g annuaes, zelo apropriedade e tenho feito sempre á minhacusta Os reparos precisos; e por meus cos-tumes, mercê de Deus, mereci sempre aestima com que me distinguem quantosme conhecem ; as próprias administraçõestransactas,durante dez.annos que moro. nadita casa,sempre me consideraram, conser-vando-me tranquillo, livre desses tristesincidentes pôr que agora passo, cujas con-seqüências foi quebrantar minha saúde,que ainda não estou restabelecido.

. Os frivolos pretextos de que se serve oSr. Hyppolito, são de notória improceden-cia: não causam damno á moral hospeda-rias como a minha.

Recorri á mesa, fazendo uma vantajosaproposta, e mais offerecendo o augmentode 400$ annuaes e uma esmola para as obrflsda igreja, e tudo foi recusado, tendo quesotfrer o rigoroso capricho de sahir por forçada casa, feita a vontade do Sr. Hippolito emais alguém ; porém, no meio desse crueldesgosto, alimento uma esperança, a con-sciencia dos senhores que compõem a mesaque hão de fazer-me a devida justiça, atéporque estou convicto de que é de conve-niencia aos interesses delia qua fique emuma das suas propriedades um inquilino taoantigo, que offerece grandes vantagens,como em tempo opportu- o, se preciso fôr,levarei ao domínio do respeitável publico ealguma reserva mais, visto ser tão injusta-mente perseguido!

Peco a.o Illm. Sr. provedor se digne man-dar entregar os meus documentos, queexistem em seu poder, pois já faz bastantetempo que lhe ofliciei, pedindo em termoscommédidos e decentes, e parece que S. S.se tem esquecido, porque tenho mandadobuscal-ospor muitas vezes, e até hoje estouprivado delles.

Manoel Joaquim Teixe"ira.

dos auditórios ha de trazer a publico pre-gão de venda e arrematação, no dia 7 do

J&ituro mez.de Maio,.aa.meiOTdÍa» .4? portasda casa deste juizo, á rua do Lavraüo n. 13,os bens de raiz seguintes: uma casa térreana estrada da freguezia de Inhaúma h. IX,a qual tem de frente 13m,67 e de; fundo12»,90, toda a sua formação de pilares detijolo e frontaes de adoübos, .com uma portae cinco janellas na frente e cinco ditas noslados, tudo ;com portaés de madeira, suasdivisões de èstuque feitas a sopapos, divi-djda.em duas salas, uma alcova, varanda, écozinha, e uma varanda aberta nos fundos,tudo em chão e de telha vã, precisando dereparos em toda a casa, avaliada em 500JJ.O terreno em que se acha.edjfiçado esteprédio tem de frente 120m e de fundo até orio 297m, maisóu menos, avaliado èm 500$.As bemfeitorias existentes no dito terreno,as quaes constam de mil e tantos pés deenxertos de diversas qualidades, avaliadasem 500g, importando tudo em 1 500$, osquaes bens perfe ncem a João Ribeiro deFaria Braga, e lhe foram penhorados naexecução que por este juizo liie move JoãoSoares Lopes. E quem os -pretender arre-matar compareça no lugar, dia e hora acimadesignados. E para constar se passou o pre-sente é mais dous do mesmo teor, que serãopublicados e áfnxádos no lugar do costumepelo porteiro dos auditórios, que de assimo ter cumprido passará a.competente cer-tidão. Rio de Janeiro, 14 de Abril de 1875.E eu, Bernardo Gomes de Abreu, o sub-screvi.—Antônio Carneiro de Campos.

S:&ȣa Csisa de Ifisericortlia.-O movimento deste estabelecimento c eu-fermarias annexas foi o seguinte:

DIA. 2 DE MAIO

NACIONAESLtÍ?Í'S Èscraeop

Kxistiam ..Entraram..-^ahiram —Falle.çeramExistem ...

-:í?ir ¦¦¦¦Existiam..Entraram..Sahirarh ...FallccuramExistem . .

Masc.. 445. 3. 5. 4

. 439

Kcra.225

31

. 1-226

Mnsc.52

11

Ki-m.!31

52

ESTRANGEIROSl.ivrts JSsrravps

13

\friHiv.5552921

6557

Fem.41

140

Masi-.56.

1

156

Fem.2

ToU.l735

87

<6730

Títi 1654

29218

655

Observações.— Moléstias dos fallecidos:5 de febre amarella, 1 te amonVeimentocerebral, 5 de tuberculos pulmonares, 1do elephantiasis dos árabes e sçorbuto,1 de rheumatismo, e 1 de hemorrhagia ce-rebral.

3

Sleteorologia.—No Imperial Obsér-ratorio Astronômico fizeram-se no dia 6de Maio, as seguintes observações :

Cent¦ Th. Fahr. Bar. a O. Psychr. de AHoras Th-

7—M.10—M.1-T.4—T.

19,421,222,820,4

66,92 759,417 15,0870,16 760,384 16,2673,04 760,168 16,9968,72 758.986 16,06

montes e horizonte nubla-dos emstratus, cumulusenimbus. NOmo-derado ás 7 horas, brando ás 10, fraco á 1e SO fresco ás 4 horas da tarde. Chuva de2mm á noite passada e choviscos durante odia.

Céo, Serras,

DIA.

NACIONAESLivres Escravos

Existiam....Entraram...Sahiram .FaUecçram..Existe m .. .

Maí>c.439

8184

425

Fem.226

35

224

Masc.5224

50

Fem Total13 730

1 1327

414 705

ESTRANGEIROSr.i*>res Escravos

Senado¦ Deve ser votada na sessão de hoje a pro-posição, viada da Câmara Temporária, con-cedendo a aposentadoria ao mestre deesgrima das escolas de Marinha e Militar,o Sr. Pedro Orlandini.

Contra esta pretensão se allegou durantea discussão :

1.° Que o peticionario, tendo sido de-mittido, não poderia ser aposentado.

2.° Que a aposentadoria só competia aosprofessores das referidas escolas e não aosmestres, e o regulamento designa o profes-sor de esgrima sob a denominação—mestre.

3.o Que o Sr. Orlandi commettêra umafalta, da qual resultou uma condemnação,que aliás não cumprio, sendo em conse-quencia demittido.

Começamos pela ultima e a única argui-cão contraria ao peticionario."

A falta (que tão duramente se quer fa-zér expiar) consistio em ter o Sr. Orlan-dini repellido, durante uma lição a bordoda fragata-escola, a aggressão- material einesperada de um seu alumno.

Pedindo àò director uma reparação doinsulto qüe acabava de sofirer, foi o pro-fessor sofprendido p_or uma penalidadeque, sem ser elle ouvido, se lhe impunha,desuspensão de suas funcçôesporum mez

-e de ser réprehendião a bordo, á vista dosalümnòs.

Que condemnação para um proíessor'.O Sr. Orlandini, achando-se realmente

enfermo, e aggravando-se sua ¦ nfermidadecom estes desgostos, pedio uma licença,que lhe foi concedida. Findo o prazo, ms-tou pelo deferimento da sua petição apre-sentada muito antes da oceurrencia jámencionada, e pedio uma inspecção medi-cá para verifienr o seu estado valetudi-hariõ. , , .

O requerimento para aposentadoria queo peticionario invocou erá do mez de Maio,e o facto oceorrido a bordo da fragata-escola tivera lugar em Agosto desse mesmoafino dé 186^ _

Contava então 21 annos de um serviçoárduo e fatigante!

\ resposta foi a demissão.Si a.pena julgada (bem ou mal) appUcâ-

vel á falta era a de um mez de suspensãoda exercício do magistério, a demissão foium acto exécéssivo do ministro da ma-rinha.

Porque este acto ha de annullar". tínmopretende o honrado Sr. conselheiro Zacá-rias, 27 annos de bons serviços?

E uma dureza, uma injustiça que se pra-ticará para Com üm homem, hoje velho einutilisado, e cuja robustez ê mocidade fo-ram gastas em ensinar e preparar a jüven-tude brazileira na arte mais necessáriaáquelles que se destinam á carreira ¦ mi-litar.

Respondendo a este 3o argumento temosrespondido ao Io.

A aposentadoria ne.ste easo seria uma re-paracão, um acto de justiça, de equidade,si quizerem, mas de equidade indispen-savel ;

O segundo argumento é a questão de pa-lavr.a. a d signação.de mestre de esgrimae não de professor de esgrima.

Para os :iBÍlitares, já o-dissemos nada émais indispensável do que o conhecimentoda esgrima. A esgrima é em todas as es-colas militares considerada como matériado curso ; pôde. se dispensar o conheci-mento das lioguãsingleza, franceza, etc,mas não o da esgrima. Como, pois, dar apo-sentadoria aos professores destes idiomase não ao professor de esgrima.

Para terminar fazemos apenas a se-guinte observação, antes como um pedidoaos illnstres senadores, do que como umexemplo. ¦->.' ¦- .,..,'

A proposição que hoje vai ser decididapelo Senado°foi approvada pela Câmara dosDeputados por unanimidade de votos, menosum.

Depois da votação do Senado temos ocompromisso de êx^ôr largamente todosestes factos, acompanhados dos documen-tos officiaes.

..:.-. 4 justiçi. i

De praçaFELO PREÇO DA ADJUDICAÇÃO DOS BENS PE-

NHOltADÔS A MIGUEL DO ESPIRITO SANTO

VILLA-REÁL.

O Dr. João Cesario dos Santos, juiz sub-stituto da Ia Vara Commcrcial desta Corte,etc: Faço saber aos que o presente editalvirem, qúe o porteiro dos auditórios ha detra/.er a publico pregão de venda e arre-mataeâo, em praça do dia 7 do corrente, a1 hora, ás portas da casa • das audiênciasdeste juizo, á rua de Lavradio n 13, pelopreço da adjudicação, os bens seguintes:1 commoda de vinhatico corn pés 4$, 1 mar-queza de vinhatico com barras de pinho3#, 1 colchão de capim 500 réis, 2 esteirasvelhas 120 réis. I maehina de Singer 20g,

cadeira de balanço 3g, 2 lençóes 600 reis,toalhas 240 réis, 3 mesas de pinho, fal-

tando em uma dellasum pé 3g, 1 talha sempescoço 200 réis, 1 barril para água 100 réis,1 regador 120 réis, 1 meia banheira defolha 18, 1 espelho velho 500 réis, 7 cadei-ras, sendo 3 defeituosas 7g, 5 cortes decazimirà 7$500, 1 bahü velho 1$, 1 lote deretalhos 100 réis, 7 garrafas vazias 280 reis,

bule sem tampo 200 réis, 1 machma deBarros para café 500 réis, 4 reguas 400 rei»,

ferros para alfaiate 18, 1 lampeão de Ke-rozene 300 réis, 2 colchões velhos.240 réis,1 jarro e bacia 600 réis, 1 thesoura paraalfaiate 18,7faias e 7 garfos ordinários 1$,1 medida para alfdate 240 réis, 2 morin-<mes de barro 200 réis, 1 ratoeira de ferro100 réis, 1 lote de botões 500 réis, 1 vas-soura 100 réis; importando tudo em 588(360,e ó o preço para a adjudicação 43§9o0. Estesbens pertencem a Miguel do Espirito SantoVilla-Real e lhe foram penhorados porLayus Chevalier & C. E quem os pretenderarrematar, compareça no lugar, dia e horaacima designados, e poderão examinal-osno deposito geral, onde se acham. E paraconstar, se passou o' presente e mais dousde igual teor, que serão publicados e aíh-xados-no lugar do costume e pelo porteirodds auditórios, que de assim o ter curaqueprido passará a competente certidão. Riode Janeiro, 3 de Maio de 1875. E eu, Joãoda Costa Leite o subscrevi.— João Ccsznodos Santos.

nsos iimm

IMPERIAL SOCIEDADE AUXILIADORA DAS ARTESMECÂNICAS E LIBERAES E BENEFICENTE

Tendo o conselho administrativo de darcumprimento ao disposto no art. 89 dos es-tatutos, convida os Srs. sócios que seacham atrazados no pagamento de suasmensalidades a quitarem-jse com os cofresda sociedade, dentro do prazo improro-gavel de 3 mezes, a contar desta data ; es-perando o mesmo conselho que, attendendoa importância e fins da instituição, seusdignos associados, na circumstancia pre-vista, correspondam a este convite, para oque acharão em poder do Sr. thesoureiro,na casa de sua residência á rua da Consti-tuicão n. 36, a respectiva relação dosdébitos e todos os necessários esclareci-mentoa. Secretaria da Imperial SociedadeAuxiliadora das Artes Mecânicas e Liberaese Beneficente em 6 de Maio de 1815.—O 1.°secretario, Antônio Bruno de Oliveira.

,*»tici«dade Maranhense de Bene-fíeencia

De ordem do Esm. Sr. senador presí-dente convido os Srs. sócios inscriptose^aosmaranhenses em geral, residentes na cortee na provincia do Rio de Janeiro, que quei-ram insci ever-se como soeios installado-res, para comparecerem á reunião que seeffectuará no domingo 9 do corrente as 11horas da manhã, na residência do nossoconsocio o Sr. Maciel Aranha, a rua do La-vradio n. 69, placa, afim de lhes ser pre-sente o projecto de estatutos pela Exma.commissão redactora.— O secretario, JúlioAmaral.

Ministério da Agricultora, Commercio e Obras PuolieasMHKCTOKIA. DAS OBRAS PUBtlCAS

Propostas para a construcc&o do prolonga-mento âa Estrada ãe Ferro da Bahia.

Pelo presente se faz publico que a Directo-ria da3 Obras Publicas do Ministério daAgricultura recebe propostas ate o dia lode Maio do corrente anno, para construc-ção das obras de preparação do leito, es-tacõès e officinase fornecimento do materialdxo e rodante, destinados ao prolonga-mento da Estrada de Ferro da Bahia, desdeAlagoinhas até a Casa Nova, á margem doRio S. Francisco, sob as seguintes condi-ções:

1. í^_As propostas comprehenderão separa-

damente:1.° As obras de preparação do leito, as-

sentamento da via permanente, construc-ções de estações e ofncinas e collocação dalinha telégraphica.. '. _-

2." O fornecimento do material fixo erodante. n.

¦ i ¦ ¦ ¦ >„ »•¦ i ;••*.' hjfsA ^Z'¦As obras dè preparação dò leito, assçnta-

mento. da via permanente, construcção deestações é õfficinás é collocação dá linhatelégraphica, constarão do seguinte :

1~* Serviços preliminares, tnes"como rê-ctificação êlocação do projecto definitivo,abertura de caminhos, etc; •

2.° Movimento de terras,para umalárgu-ra de4m;6 de pláta-fórma; inclusive aber-tura de vallas e trabalhos nas estações: ¦

3." Construcção da alvenaria das pontose pontilhõ^s e dos boeiros.

4." Preparação da calçada do lastro, for-necimento de" dormentes e assentamentodos carris inclusive, desvios e linhas deserviço.

5.° Construcção de edifícios parft esta-

SOes de l*", 2a e 3a classes, e para ofilcina.^,

epositos de carros e casas para guar-das, etc.

IIIO material fixo e rodante constará do se-

guinte : . -,;1'.° Trilhos de ferro de 1.» qualidade,

talas dejuneção, parafusos, porcas e gram-pos, agulhas .ç-ju. chaves de desvios, girado-rés, tanques alimentadores e apparelhoshydraulicos para estes.

2.° Pontes e pontilhões de ferro comple-tos.

3." Postes de ferro para o telegrapho,isoladores e apparelhos.

4.» Locomotivas, carros das três classesde passageiros e -wagões de carga, lastros,soecorro, freios,

"etc.

IVAs propostas terão por base os estudos

definitivos para a bitola de um metro, con-tratados pelo governo e executados peloengenheiro Antônio Maria de Oliveira Bu-Ihões.

Esses estudos poderão ser examinadosaté o dia 15 de Maio próximo, na Di-rectoria das Obras Publicas deste Minis-terio ; onde serão igualmente distribuídosexemplares contendo o máximo das uni-dades de preços.

'•V ''

As obras serão executadas por series depreços ; servindo de base os indicados nosestudos acima mencionados.

VIOs trabalhos poderão ser contratados

por secções de 20 a 100 kilometros ou paratoda a extensão da estrada.

Não serão recebidas propostas para cx-tensão menor de 20 kilometros.

VII-Os contratos serão aci^panhados de

especificações (eahiers des charges) forne-cidas pelo* governo, para cada natureza detrabalho que se tenha de executar, ou dematerial fixo e,rodante que deva ser for-necido, e que terão por base as melhorescondições de execução e a melhor quali-dade da matéria prima.

VIIIAs propostas, além das reduecões que

indicarem sobre cada uma das unidades depreços, deverão fixar os prazos para co-meço e conclusão das obras, e para o for-nacimentodo material.

IXOs proponentes deverão provar que so

acham quites com a fazenda nacional eem condições de contratar.

XCada proponente deverá apresentar co-

nhecimento de um deposito de 20:0008 emtítulos da divida publica ou.em dinheiro,feito no Thesouro Nacional. No caso de re-tirada da sua proposta, depois destaacceita, ou de recusa da assignatura docontrato, depois deste ajustado, perderáo mesmo proponente o deposito em bene-fleio dos cofres públicos

O deposito, sendo feito em dinheiro, vencera o juro de 6 % até a celebração ''

contrato ou a sua restituição.XI

IMPERIAL COMPANHIA DE SEGURO Mü#«MfOGO

Autorizada por Decreto n. 1,353do f ° de Abril de 1854 e pro-rogado o prazo de sua duraçãopor mais »0 annos, pelo »e-creio n. 5,598 de 18 de Abrilde 1894.O escriptorio desta companhia

é á rua do Sacramento, esquinada travessa das Bellas Artes, n.1, o qual se acha aberto em to-dos os dias uteis, das 9 horas damanhã ás 3 da tarde.

CAPITAL

Representado por valoresseguros em 31 de Dezem-bro de 1874 63,246:5008000

Em Janeirode 1875.. 1,208:0008000\

ElroFdeêVÍ875 672:á0üSÓ0Ó/ 4,287-5005000

1,164:5008000Í

1,242:5008000/

Em Marçode 1875'..

Em Abrilde 1875..

*67,534:00'0"JOOO

Esta jsompajihia desdeua- suafundação, em 14 de Abril de1854, até 31 de Dezembro de1873, tem distribuído por seusassociados 6 elevado algarismoae 1,«4S»:«50B41'?, Os seus HlvT-dendos têm sido sempre;, tuipe-riores a 5© °/0, attingihdò em ai-guns annos a 65 %•!

DIRKCTORES :

Annual. — Desembargador IzidroBorges Monteiro'*.

Gerente.—Manoel «foaqüim dé Ma-Cedo Campos.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO :

Presidente.—Desembargador Izidro., -...; . Borges. Monteiro*'Secretario.—Commendador Frau-

cisco «loão SolerVisconde de TocantinsCommendador . A h t o-

nio de Calazans Ray-the; •¦•¦•* -

Antônio «fosé de Mar.cedo.... • -,.":

Commendador Pio An-tonio de Souza'.

Joaquim «Sosé do f£o-ripío ' I

Manoel José da Foh-...seca.. . tk u .--v..»Manoel J o a quim

Macedo Campos.Rio, 5 de Maio de 18»5.ç-Os

directores, Izidro Borges Mon-teiro.—M. «I. de Macedo Campos.

mm marítimos

Companhia de Navegação% Vapor fembiu^uezakosMDB

0 paquete a vápò?

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Fem. Toi»l2 655

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As

(Capitão Danielsen)

sahirá cm difeitura páraBOTE E HAMBURGO

no dia 8, ás 4 horas da tarde.

Eecebe. passageiros para ambos os portosa preços reduzidos.

Para o pequeno resto da carga trata-secom o corretor I. C. Voigt, e para passa-gens e mais informações, com os agentes

Gross KÉler & O.;104 RUA DA ALFÂNDEGA

(1° ANDAR)

104

«Jocltey ClubAs corridas ficaram transferidas para do-

mingo 9 do corrente.—O I.° secretario, M.G. Possolo.

Observações.— Mobílias dos fallecidos:9 de febre amarella, 1 de trhypéla da face.1 de anemia profunda. Ide febre typboide,1 de diarrbéa, 1 de entcro-collite, 1 de fe-bre perniciosa, 1 de tuberculos pulmona-res, 1 de cachfxia paludosa, 1 de febre in-termittente, e 1 de varíola confluente.

NECROLÓGIOEnterramentos.—Sepultám-se hoje:A.'s 8 horas da.-manh5. a innocente

Maria, sahindo o enterro da casa n. 20 ápraia do Flamengo, para o cemitério de S.João Baptista. ....

A's 9 horas dá mimhS, Alfredo, filhoda Sra. D. Umbelina Guerra,sahindo oén-terro da casa n. 5 atravessa das Mangueiras(Saúde), para o cemitério de S. FranciscoXavier.

A's 11 horas da manhã, Gabriel, filhodo Sr. Gabriel Antônio José, sahindo do.Portão Vermelho para o cemitério de S-Francisco Xavier.

Missas.—Celebram-se hoje:Na matriz de Santa Eita, ás 81/2 horas:Por alma da Sra. D. Brasilina Salomé Ccr-

queira, convidando para o acto os Srs.Francisco Antônio Rodrigues Braga, JoséNunes da Silveira e Francisco MendesCampos.

Na matriz da Candelária ás8 1/2 horas:Por alma do Sr. Fernando Lopes de

Souza, convidando a Sra. D. Francisca deAssis Vieira Bueno Lopes e seu esposo. _

Na matriz de Santo Antônio ás 8 1/2horasj _ . . ;..,..,-..

Por alma do Sr. Frederico GuilhermeTannenhauer, convidando os empregadosdas ofíiemas rio Sr. Loureneo

"Winterr-

Por alma da Sra. D.. Lniza Cândida deAlmada Rosa. convidando a Sra. D. IzabelKolker de ^"alleisten Vieira e o Sr. JoséAlfredo da Cunha Vieira.

Na matriz de S. José, ás 8 1x2 hora«=:Por alma da Sra. D. Catharina Aitken

Amarante, cqnvidando oá ,Srs. F.ructno^oAntônio Pinheiro Amarante e David Ait-

l ken."

Escola Polytechnica.—Acham-seá venda na Typographia Nacional, os pro-gram mas de estudos das diversas cadeirase aulas da mesma escola. ¦ ¦-?•>•

BATVCO PREDIAI,.- Do dia 30de Abril do corrente anno emdiante, paga-se, no escriptoriodeste Baneo, o juro das letrashypothécarias á< razão de & "Io

annuaes.

A covardia de um infameQuem é covarde é infame, quem na pro-

pria nresença do homem n5o pôde, ou nãotem coragem para .disputara nffronta. é ço-varde. E' covarde sim, porque aproveita aausência para se vingardn inimigo ; um lio-mem destes é indigno do nome portuguez,e deve ser repellido como um cahos deanarchia dessa heróica nação. Este ho-mem, de que me oecupo, quer-se tornaraltivo e orgulhoso, sendo apmas um pe-dinte e miserável caixeiro; vejam as acçõesvergonhosas qne elle praticou quasi nofim da rua da Quitanda.

Um roubado.

Ministério da Agricultura, Com-mercio o Obras Publicas

niRECTORlÀ. nAS OBRAS PUBLICAS

Pela presente se faz publico que foi pro-rogado, até o dia \ 15 de Maio próximo, oprazo para a recepção de propostas desti-nadas á construcção das obras e forneci-mento de^material fixo e rodante do proelongamento da estrada de ferro da Bahia.

ifirectoriã das Obras Publicas, 10 deAbril de 1875. — M.Buarque de Macedo.

mvi-*A2&i&tu£iJxyiiSx2eaM^

Os Srs. MinistrosO tempo corre, e na phrase inglez a

eqüivale a dinheiro.Podemi ou não podem os Srs. ministros

fazer cahir o subsidio, e conseguir a pas-sagem da reforma eleitoral ?

Si não se., áçham com forças para tanto,retirem-se, para que outros patriotas comtempo possam dotar o paiz com as neces-sidades qüe elle reclama. .

Por D'>us, revelern patriotismo, e dedi-cação pela pátria que é nossa. v-

.1 " "

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•:¦''. x.

Água de Florida de Murray eLanman

Além da sua avantajada superioridadecomo um perfume sobre as mais valiosascomposições estrangeiras, esta deliciosaquão deleitavel essência floral, fôrma umaagradável lavagem para os dentes è gen-givas servindo de cónsèrvativo pára osmesmos, e comç applicação suave e modi-ficante para a pèlle do rosto depois de sehaver feito a barba, diluída em água. Umlenço molhado com algumas gotas dani,esma e applicado ,á testa: e fontes, prom-ptámènte dissipa e fãz desapparécer as do-res de cabeça as mais violentas; e asb>nhoras, que prezam sobretudo uma com-pleição clara e transparente, acompanhadade uma pelle macia e avelludada, acharãoque ella é extremamente útil. em removerebulliçõcs, espinhas, sardas, sapinhos, má-cuias," assim como todas as mais erupçõesexternas e descoloridos que militam contraa pureza, transparência e flexibilidade dapelle. T«. 192

¦

JUTÜÂLIDADEAsscc-iaç^o Brazileira de Seguros e 3e-

aeficiós Mútuos Sobre a Vida, ContraFogo e Caixa Geral de EconomiasMutuas.49 PÁB.OüRIYES 49

(SOBRADO)CAPITAL SOCIAL EM 30 DE ABRIL

- DE 1875a*.*í58:áSOíS!9^1

OPERAÇÕES

. JÜ BESEGURO SOBBE MFaz seguros emeaso de morte

temporal sem risco algum,rendavitalícia iitímediata, dita defie-rida, constituição de dotes oucapital deferido, seguros a prazofixo, etc.

proposta para comstrucçâo de obrasou para fornecimento do material, depoisde preferidas, poderão ser subdivididas oureunidas, conforme parecer mais conve-niente ao governo, e de accôrdo com osproponentes; em todo o caso, porém, ospagamentos annuaes resultantes de todosos contratos nãó poderão exceder de trêsmil contos de réis.

Poderão todavia as mesmas pronostascomprehende.r obras ou fornecimentos,queexcedam desta quantia ; çomtanto que oexcedente seja pago, sem novo ônus parao Thesouro, com as consignações dos annosseguintes ou com outras, si o poder legis-lativo assim determinar.

XIICelebrado qualquer contrato de obrisou

fornecimento, fará o contratante um de-posito, que não excederá de 10 por 1.000 dorespectivo valor, para garantia da sua exe-cucao, além da deduceão não superior a10*%. retidos em cada pagamento, comofiança dá conservação das obras ou da res-ponsabilidade do material, durante o pe-riodoqueno mesmo contrato fôr estipu-lado.

XIII

Asobrasetodo o material serão inspec-cionados por uma commissão do governo,composta de um engenheiro em chefe e dosaiudantes que forem necessários; os quaesterão, quanto á execução dos PÍ0J^t03.«P-nrovados e acceitos, as mesmas attribuiçõese poderés conferidos aos-engenheiros daEstrada de Ferro D. Pedro II, alem dos queconstarem dasinstrucções.especiaes que aomesmo governo parecer conveniente ex-

pedir.XIV

Ao engenheiro A. M. de Oliveira Bu-lhões caberá, na fôrma do seu contratopara os estudos do prolongamento U^Es-trada de Ferro ,da Bahia (art. 21 do decreton 5,097 dé 28 de Setembro de 1872), apre-ferencia para a construcção das obras, emigualdade de condições, em concurrenciacom os demais proponentes. _

Directoriá dais Obras Publicas do Mmis-terio da Agricultura, em 13 de Fevereirode 1875.—M. Buárque 3,èMacedo.

f2»E

llÜi 4 VAPOR

Linha do ?ul

Ô tAOÚETE À

ÍVAPOR

ÍI\ ^) Eln r* ílJ-..J5 'v-# Ntóí*"

Segura toda a classe de bensmoveis e immoveis, ainda que oincêndio seja produzido por ex-halações electro-atmosphericasou por explosão de gaz.

Décima urbana, de uma legoã

ãíém dá dcüiarcaipãò e addi-

ciòhal.Pela Recebedoria do Rio de Janeiro faz-se

publico que se está procedendo á cobrançadá décima urbana,' dè uma légua além dademarcação e addicionãl- correspondenteao 2;° semestre do exercício de ítíH-Ltilb

Õb colléctâdos que não pagarem até 30de Junho futuro incorrerão na multa esta-belecida. .

Rio, 30 de Abril de 1875.— Manoel PauloVieira Pinto, administrador.

commandante o 1.° tenente E.P, Seiras,sahirá ho dia 11 dò corrente, as 10 horasda manhã, e recebo : carga pelo trapicheSilvino até o di* 8. para

ParanaguáSanta Catharina

Rio-Grande dp Sul

Porto-Alegré eMontévidéo

í .Éncommendas e valores até a J-Wdo

dia 10, no escriptorio, onde se tratam as

passagens, ik

6363: mm. DA- -A companhia segura os valores embar-

cados em seus paquetes.

EDiTAES

Recebe-se desde lg até a maiorquantia, collocação de capitãesc juros compostos, economiasou capitães em deposito e emconta corrente a juros. .

Desde o dia 1.° de Janeiro deIS74.

PAGA

ftEM. CÔMPÃNHI*DB

. Edital de praçacom o pr\zo na 20dias, para. a venoa nos

BENS DE RAIZ PENHOKADOS A JOÃO ÍUBEniODE FARIA BRAGA. -

O Dr. Antônio Carneiro de Campos, juizde direito da 2a vara commercial nestaCorte, etc.: - „ -. «..•

Faço saber aos que pj presente edital?com

Em conta corrente, com—retiradas-li vressrí ??-»•«-»Em-conta corrente, com

ávizo dé-lS-dias.':»Ao prazo de 3 mezesAo prazo de O mezes....Ao prazo de f * mezesi

com direito ápéréeberos juros trimestral-mente ou cápitalisal-os semestralmente.....

— 4--/«

. . 5 •/.5 i/S •/.•

6 "/o

9 %

lo prazo de 20 dias virem, què ò porteiro' Pifés Camargo.O director .geral, João Olaria

Imposto iíé consumo déaguardente

Pela Recebedoria do Rio de Janeiro, sè fazpublico qu,e séesta procedendo, á cobrançadó imposto dó consumo de aguardente,dó districto dó interior, relativo ào 2.» sé-mestre do exercício de 1874 a 1875

Os collectados que não pagarem ate dldo corrente, incorrerão na multa estabe-lecida. _ , . . , ,1 RiOj 4 dóMaid de 1875.—O administrador,Manoel Paulo Vieira Pinto.

Imperial Companhia de S«SnpoSlútuo contra fogo

. Atérás 3 horas da tarde de sexta-feira 7do corrente^ a directoria -recebe propostasdos Srs.mestresde obras, para reconstruo-ção do prédio árua do Lavradio n. 121, es-quina da do Riachuelo: serão entregues noseu escriptorio é. -rua do Saerameüto_ es-^quinada travessa das Bella&-Artes n. 1. oabertas em presença doa intçressadoSjnodia sabbado seguinte ásllhoras da manha.Rio de JaneiroyKde Maio de 187&;--r/-í?m>Borges Monteiro, M. J. de Macedo Campos.

Paquetes a Vapor áe Sou-

6 PAQUETE A VAPOR _

TÜJ> UÈ

iasahirá pára.

êCOM ESCALAS PO&

S. ficeniÈe è tísliòâdíà 9 do corrente, às 8 horas dàitònhS.

Para fretes, passagens 6 mttÍB informa-

çOes, trata-se na agencia, ,, .

IhOânüs Holloeombe,

no

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13 A. -_ã_i^_h. XJti mm

aba de a^ri:r~se UI11 importante estabelecimento de relojoaria e bij oliterià na ma cia Quitanda n. ÍOO Èã, sob o titulo de R ElG UL A D 0 Rr LUMINENSE* de propriedade dos Srs. Lacroix Sd Leconilè3 no qual encontrará o publico desta capital os mais primorosos e variadoslobjeotospertencentes a este gênero de commercio. Os proprietários deste novo estabelecimento., assas conkecidos nesta cidade5 não pouparão\< 3para tornar este estabelecimento digno da capital do Império.

S

s-

IMPORTAM MOt»K

HOJESEXTA-FEIRA 7 DO CORRENTE

A's fll lioras

• SILVA BRAGApor ordem de diversas casas im-_ portadoras, venderá em leilão,cm seu aruiazein, ã

115 Rua da Quitanda 115um variadissimo e importante sortimentode fazendas inglezas, francezas, allemãs esuissas, de lã, linho, seda e elgodâo, deodas as qualidades,

T^ESS OOÜVÜOcompleto sortimento de

M0R1NSvariadissima factura de

LENÇOS OE LINHOCompleto sortimento de chitas estreitas

e largas.Algodões lisos de diversas larguras.Ditos trançados, mesclados e riscados.

PANNOSpilotos lisos o de carapinha, e de outrasmuitas qualidades.

Casimiras de cores e pretas.{^'Cobertores listrados, escarlates e escuroB.

Alpacas lisas e lavradas.Colchas brancas e de côr.Lanzinhas de diversas qualidades.Costumes de popeline e outros tecidos

para meninos.E uma infinidade de muitos outros ar-

tigos.Também fazendas com avaria de água

salgada, que serão vendidas por conta dediversos seguros.

A SABEREm presença do agente dos seguradores

Lloydes:101 peças de algodão, meia largura, marca

FT, tiradas dos fardos marca G, dentrode um quadrilongo, B á direita, e S á es-

L querda, e ns. 3,557 a 3,561, vindo deu Glasgow, pelo vapor Colhia.

E por conta de outros seguros :250 peças de brim mineiro, pertencentes ás

caixas de marca JPB e ns. 1,046 a 1,055.20 ditas de riscado de 40 polegadas, tiradas

do fardo de mnrea M, dentro de 1 qua-drangulo, 4 á direita, e G á esquerda en. 829, vindo de Glasgow, pelo vaporColina.

146 Dúzias de lenços de chita, pertencentesao pacote da mesma marca e n. 61, vindode Glasgow pelo vapor Warrior..

135 ditas de lenços de cambraeta, perten-centes ao pacote da mesma marca, en. 67, vindo da mesma procedência enavio.

177 peças de chita em cassa, pertencentesa 6 pacotes do fardo da marca N, dentrode um quadrangulo, 5 cá direita e G á es-querda, e n. 21, vindo de Liverpool pelovapor Olbers.

20 peças de chita em percalle.40 ditas de fianella de xadrez.25 ditas de cassineta de lã.

 LIBERTINAGEM, as paixões, nas suasrelações com a saúde e as doenças, Com

estampas, 500 réis a caderneta e 3$ a obracompleta.—O editor, E. Dupont.

FUGIO, no dia 24 de Abril, da cidade do

Bananal, onde se achava para ser ven-dido, em companhia do Sr. Francisco Go-mes do Céo Nogueira, o escravo José, criou-Io, repre^nta 50 annos de idade, alto, ma-ffro; feições arredondadas, pouca barba,tem um signal de golpe em um lado dabarrica, é perfeito official de pedreiro, cos-tumamudaro nome para José Lopes e JoséAntônio: quem o apprehender e entregal-oao mesmo Céo Nogueira, ao Sr. Joaquimda Cunha, em Barreiros, ou á rua da Con-ceição tt. 16, na corte, será gratificado comÕOfiOOO.

FADBLAS (aventuras do cavalheiro), sahio

á luz a Ia Gaderneta, a 2a está no prelo.Preço 200 rs. a caderneta.—O editor E.Dupont.

0 PASSA. TEMPO, publicação semanal,o 13° numero acaba de sahir á luz, con-

tendo: de J. Verne, a Viagem á roda domundo, uma secção Impalitico, e umachronica; assigna-se por anno 8$, no editorE. Dtcp07it.

OS MYSTERÍOS DO RIO DE JANEIRO,

sahio a 21a caderneta e a 22a está noprelo, Obra completa com estampas 20g.—O editor, E. Dupont.

OS MIL E UM DIAS, contos persas, indios,

turcos e chinezes, 1 vol. I#.—O editor E.Duptont.

«IMPERADOR perante a questão reli-

giosa, 1 vol.; e THESES sobre a coloni-sação do Brazil, pelo conselheiro Cardozode Menezes, 1 vol. 500 rs.,- na livraria doeditor E. Dupont."~ PÍLULAS

VEGETAES ASSUCARADA3

DE BRISTOLA medicina antibiliosa

mais efficaE e poderosa que se conhece,garantindo-se ser puramente vegetaes assubstancias que entram na sua composi-ção. A Leptandrina e a Podophilina con-stituem os seus princípios activos. São umantídoto infallivel contra a enxaqueca,gastrite, cardialgia, indigestão, dispepsia,congestão do fígado, dôr nas costas, consti-pação do ventre e contra toda affecção dofigado, estômago e rins.

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LEILÃO

DO BRAZILRESPOSTA

AO CRITICO ANÀLYTICOPELO CONSELHEIRO

JOÃO CABDOZÒ DE ÜKNEZES E SOüZiÂcham-se á venda:

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Na confeitaria Castellões.I Na livraria de E. Dupont.

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Jornal do Commercio uma descripção minu-ciosa dos objectos deste leilão.

X P. Bgl 11FAZ

LEILÃO

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Rendas, trancas, trancelim, gregas, en-feites, franjas, velludos, agulhas, dedaes,jalfinetes, grampos, fuzis, canivetes deponta e molla, facja de ponta, etc, etc.

Roberto Avè ILallemant c suafamília, José Antônio Martins deOliveira, suas filhas © genro,agradeceu) do coração a seus pa-rentes e pessoas de amizade quetiveram a caridade de assistiraos ofiicios religiosos e acompa-nharani à ultima morada os res-tos mortaes de sua muito pre-zada esposa, filha, irmà e eu-nhada D. Joaquina Carlota deOliveira L,allemant,é rogam-lheso piedoso favor de assistir asmissas do sétimo dia que serãocelebradas amanhã, S do cor-rente ás 8 Ij2 horas na igreja daVeneravel Ordem Terceira deS. Francisco de Paula e capellade N. S. das Dores do Ingã, emS. Domingos.

Rogam a todos os Revds. sa-cerdotes que puderem ter a cari-dade de applicar o santo sacri-ficio da missa por tenção dafallecida, de se dirigirem á ma-triz de N. S. da Candelária eigrejas das Veneraveis OrdensTerceiras de S. Francisco dePaula, S. Francisco da Peniten-cia e N. S. do Carmo.

3______3___3-3___B

f/ Um amigo do Dr. Antônio Soares Car-

'dozo Guedes manda celebrar uma missa jna igreja de Nossa Senhora da Lampadosa, ino dia 10 do corrente, ás 8 horas da manhã íanniversario de seu fallecimentò, e con-vida aos amigos do fallecido para o acom- 'pánharém -neste "neto

de caridade christã. '

ÁGUA

DE

MDRRAY&LANMANChamada geralmenteo «Perfume inextinguivel» é universal-

mente usada para perfumar o lenço, e mes-mono toucador das senhoras de dfstincção,e no banho. Considera-se como um peffu-me sem rival no mundo; no quarto dodoente purifica o ar, e é de uma rara efll-cacia em todos os casos de esvaecimentos,fadiga, excitaçâO nervosa, vertigens, etc,etc. Experimentai o mais delicioso de todosos perfumes.

Carta nesta typographia com as iniciaesX. e Y.>&^&&Te-&3&^&!iSZè-Ç:><x-w_3í£eí>"8£

ÁGUA DIRISPARA FUMANTES

Está magnífica preparação commu-nica ao hálito um cheiro agradável, e

^ é muito empregada pelos fumantespara tirar o gosto do fumo.

DEPOSITO UNECO

JAMES NORRIS & C.49 RUA DOS OURIVES 49

(PLACA)

Rio do Janeiro

? _3s7777â7c53^~3^550^=53^?3^

AGÜA DE VICHYrecebida directamente, vende-se, a ruaPrimeiro de Março n. 71 B. (•

8ESC0MA1 DOS LABBÕES!#» Ladrões mais pérfidos que existem sãos os falsificadores que

msurpam a assignatura e rotulo tPkonrados negociantesfornecendo a maior parte das vezes um producto detestável e

nocivo á saúde sob um envoltório semelhante ao do inventor\ lançasobre este artigo um descrédito naõ merecido.

Os'Pós purgativoa de I&ogé, medicamento approvado peleAcademia de medicina dé Paris* é um dos produetos francezes maisfreqüentemente falsificado, por causa de sua considerável venda.

Para evitar aos compradores todaa confusão possivel, uma modificaçãoacaba de ser feita nos envoltórios dosfrascos.

Considere-se, de hoje em diante, comowúcemcnU taswaj-nWot frascos tendoem cada extremidade um carimbo ias-cresse em QUATRO CORES» • 4+ fitaiJV_M^_4_A J^_9M__ _ft £s^____P_l_femJ_t _MÊ_i 4fl__fl_h_k-f

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gyili. 5H yort«nt pu «• sS—pça :', J£? I e__* imprime ca çoatr* il ia M

a | CWfltWj msWtm JtfC CWMri* BjLH Í-J

mm wmAcha-se fugida, desde o dia 18 do pro-

ximo passado, a escrava Ludovina, parda-escura, de 30 annos de idade, mais ou me-nos, estatura mais que regular, magra,olhos grandes e um tanto arregalados,dentes limados, ó doceira e cozinheira : foicomprada na cidade de Marianna, em Mi-nas ; quem a apprehender ou der noticiacerta na fazenda de Santa Thereza, na fre-guezia do Amparo, município da Barra-Mansa, ou na corte aos Srs. Miranda Mon-teiro & C, á rua da Prainha n. 84, serágenerosamente gratificado. (•

CARTAS DE ENTERRONesta typographia promptificam-se car-

tas de enterro, nitidamente impressas epor preços razoáveis a qualquer hora do diaou da noite.

)Ea ¦IIM*' _«__jkÍ3&^ B_^^^^§_É _jS__HB_Sv

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Á. 3>3" 13 A'' £00 .IA-',:,

f €L0BUL0S BB JOSEPJAT|| COPAHIIA PUM f

XASPEGT0 DÀ CAIXINHA ABERTA\\

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EXP0SiÇ_0 UNIVERSAL DE fl855¦EDáLHA DE í.« CLAS8I

AL. UBARRAQÜB & 0/

Oi «lobato- d« Josepltat, como m pod« ~Ôr bo desenho qne aqui wi, rfo

completamente espherícos • pouco maio ou menos da grossura de uma ervilha,tomando-se d'esta maneira fáceis á engolir-se; sua capa gelatinosa sendo muitofina, pode-se absorver uma quantidade relativamente considerável de copahiban'um fraco volume.

Cada caixinha contem 70 glóbulos representando 28 grammas de copahiba,isto é sete grammas de copahiba de mais que as caixinhas ordinárias de commer-cio, cujas cápsulas grandes e ovaes são engolidas com difficuldade.

En todas as eveumstancias os Glóbulos de Josephat têm grande vantagem.

AVISO IMPORTANTE4 copahiba do commercio 4 freqüentemente falsificada e n'ests caso perde

todas as suas propriedades. 0 prespecto que acompanha cada caixinha indicaum meio facü de reconhecer as falsificações. Por este meio cada qual poderá in-tàrar-s* da pureta absoluta da copahiba queintroduso nos meus glóbulos.

lefitót geral: ga w* L. iWK, 19v rei Jiwb, o Pffii

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BIBLI0THEGA DO GLOBO

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APPROVADO PELA ACADEMIA OE MEDICINA DE PARIS

O Qtsiniiuu. l-abarraque é um vinh oeminen-temente tônico e febrifugo, destinado á substituir todosos outros preparados de quina.

Os vinhos de quina ordinariamente empregados emmedicina, são preparados com cascas de quina, cujariqueza de elementos activos é extremamente variável;aceresce ainda que em razão d'esse modo de praparação,estes vinhos contêm apenas alguns vestígios dos ele-mentos activos.

0 ^filniiana I<al»arraqiaae« approvado pela Aca-demia imperial de medicina, constitue pelo contrarioum medicamento de composição determinada, rico deelementos activos e com o qual podem sempre contaros médicos e os enfermos.

Pode-se dizer hoje como uma verdade incontestávelque naõ ha indisposição continua sem principio febrildo qual, quem soífre, não tem conhecimento algumasvezes, mas que nem por isso deixa de existir. Por issoas pessoas fracas e debilitadas, quer por diversas euu&asde esgotamento, quer por conseqüência de moléstia, osadultos cançados por um crescimento rápido de mais,as raparigas que têm difficuldade em se formai e desen-volver, estão sempre submettidos a uma acção febrilcontinua. É n'estes casos que o Quinium Labarraquepode ser administrado com a certeza d'um êxito com-pleto. Nas convalescencias, o Quinium éo tônico porexcellencia : junto com as Pilulas de VallU, produzeffeitos maravilhosos.

Nos casos de chlorosis, anemia, e cores pallidas, eileé um poderoso auxiliar dos ferruginosos. Junto porexemplo com as pilulas de Vallel produz effeitos nola-veis pela rapidez de sua acçaõ.

• aconselhei o uso de Quinium Labarraque a um grande numero dedoentes, tanto na minha casa de saúde como na minha clinica externa.Como trato especialmente as aífecções cancerosas, procurei por muitotempo um tônico poderoso. Tendo-o encontrado no Quinium, o qualconsidero como o restaurádor por excellencia das constituições exhaustas.

• I* Cuun •

Parto

%

I

« a Snr.° A... de Bourbon, com vinte e oito annos de idade, tinha febresob differentes typos, ha dezoito mezes. Ella tomara orna enorme quan-tidade de sulphato de quinino, de maneira que seu estômago não podiamais toleral-o, mesmo misturado com ópio. 0 estômago achava-se de tajsorte latigado que nem mesmo podia supportar o sulphato de ferro; estesal provocava-Jhe eólicas e uma excessiva repugnância. Foi n'essas con-dições que receitei o vinho de Quinium, cuja apparição era recente. Estandopouco familiarizado com seus effeitos, grande foi minha surpresa ao vôrcom que promptidão, elle fizera desapparecer a febre da S-r." A..., queha dous annos não tem tido, a menor recahida. »

i 0 Síir It..., de trinta, e dous annos de idade, prepríetario-cnltivadorem Ygrande, teve durante os verões precedentes alguns accessos de febreque cederão com o uso do sulfato de quinino. No mez de Agosto de 1859,foi de novo atacado pela mesma febre; mas, d'esta vez, o sulfato de qui-nino não produzioo resultado acostumado. Occasionava-lhe grandes doresde estômago, e, em seguida, uma repugnância invencível. A febre aug-mentava de intensidade. Apparecerâo o fastio, grande fraqueza e tristes»com o pensamento que elle suecumbiria, visto que não podia tomar nemsupportar o único remédio capaz de o curar. Receitei-lhe quatro cálicesde vinho de Quinium por dia... A febre desappareceo; o doente reco-perou de novo o app«'.tite, o somno e a alegria, e só faz uso do vinho, dimi-nuindo a* doses de dia em dia. •

a A Snr.* P... de vinte e seis annos de idade, estava devorada por umafclire, iiaviaõ cinco aíinus. Apezar da sua mocidade, apresentava o aspectoda velhice : pulle côr de terra, olhos embaçados, etc* Desde seu casa-iiienio qu<; datava de seis annos, residia n'uma casa bem situada na appa-n-nri.-i. srihi>- uma coluna, adiando-se entretanto no alto do tanque daMei|l<!i\s Ojíi a metade d'esse tanque está secca durante o verão.

« Heceitei-üie o vinho de Quinium por doses de quatro cálices por dia.Passados quinze dias. o marido veio dar-me parte dé grande melhora deestado fie sua Miulher. A febre desapparecera completamente, a peitetomara-se alva o appuiile e o somno voltarão; mas é tal o medo que tetade recahir doente, quu ella reclamou-me ainda uma garrafa de vinho deQuinium.

«D* R-3HADLS. »-'..... ¦'*'•

f Ha alguns annos que trato os doentes da fabrica de Kazeline et O;receitei sempre com êxito constante o vinho de Quinium Labarraque comefebrifugo e tônico em iodos es casos que os operários (em numero de 800i i,ÜÜÜ) achavão-se enfraquecidos pelos miasmas paludosos que exhalieos terrenos do t Eüre.' »

• OS'. Mazeüne mesmo, achandó-se em estado de magreaa assax grave,por causa do excesso de trabalho, numa localidade onde as febres sâ»freqüentes, foi regenerado pelo vinho de Quinium tomado em dose de uracálice pela manha e á noite, recuperando d'esta sorte sua perfeita saúde

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