Orientações Pedagógicas MÓDULO 1 LÍNGUA PORTUGUESA 8º ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)

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LNGUA PORTUGUESA Orientaes pedaggicas para o monitor

8 Ano de Escolaridade

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Caro monitor,

Apresentamos as Orientaes Pedaggicas referentes ao Mdulo I - Apostila de Lngua Portuguesa para as turmas de 4 ano de escolaridade da Rede Municipal de Educao de Duque de Caxias. Nesse material pretendemos focalizar habilidades e competncias relativas proficincia leitora de nossos alunos, de acordo com os Tpicos e Descritores da Prova Brasil. O material pretende focalizar habilidades e competncias relativas proficincia leitora de nossos alunos, e se apresenta em 61 questes no formato mltipla escolha, comentadas, nas quais so apontados as habilidades a serem mensuradas. Em anexo, seguem 10 sugestes de atividades com enfoque em leitura e escrita. Busque explorar cada um dos textos que compem este material em todas as suas possibilidades, o tema de que tratam, o gnero a que pertencem, sua finalidade e estrutura, o suporte em que se apresentam etc. Procure levar os alunos a refletir sobre a adequao da linguagem em funo da inteno comunicativa, do contexto e dos

interlocutores a quem o texto se dirige; a utilizao dos recursos coesivos oferecidos pelo sistema de pontuao e pela introduo

de conectivos mais adequados linguagem escrita; o fato de o texto ser um todo significativo e poder ser segmentado em versos, no caso dos

poemas, frases e pargrafos, nos textos em prosa, com vistas continuidade de sentido do texto.

Contamos com sua contribuio imprescindvel para que o trabalho pedaggico seja agradvel e produtivo, tanto para voc quanto para os alunos. Utilize sua criatividade e entusiasmo, sempre.

Equipe Projeto (CON)SEGUIR

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)1) TEXTO ROB AUTOSSUFICIENTE SE ALIMENTA DE ESGOTO PARA GERAR SUA PRPRIA ENERGIAThays Prado, 2 de agosto de 2010.

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Aps trs anos de estudo, pesquisadores do Bristol Robotics Laboratory desenvolveram o Ecobot-III, um rob que tem uma espcie de intestino sinttico que consome esgoto para alimentar suas clulas de combustvel e realizar atividades. No a primeira vez que resduos so utilizados para manter mquinas funcionando, mas o Ecobot-III o primeiro que faz isso de maneira autnoma. Ele percorre um dispenser preenchido por esgoto e pega o que precisa. Em seguida, metaboliza os resduos em tomos de hidrognio, que migram para um eletrodo, alimentam as clulas de combustvel e geram uma corrente eltrica. A cada 24 horas, o Ecobot-III limpa seu prprio intestino, eliminando os excrementos em uma cmara de resduos especiais. Ele pode passar at sete dias fazendo isso sem qualquer manuteno. Mas os pesquisadores afirmam que ainda h ajustes a ser feitos para tornar a digesto do rob mais eficiente. O cientista-chefe do grupo, Dr. Ioannis Ieropoulos, diz que a urina seria o resduo mais indicado como fonte de energia. A inveno pode ser til, no futuro, tanto para a construo de mquinas que no consumam energia eltrica quanto para diminuir a carga de efluentes que vai para nossos rios e lagos sem qualquer tratamento.Bristol Robotics Laboratory(http://super.abril.com.br/blogs/planeta/robo-autossuficiente-se-alimenta-de-esgoto-para-gerar-sua-propria-energia/)

Segundo o texto anterior, o resduo mais adequado como fonte de energia seria(m) (A) (B) (C) (D) as fezes. a urina. as clulas de combustvel. os detritos.TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D1 Localizar informaes explcitas em um texto

GABARITO: B DISTRATORES: Os distratores (A), (C) e (D) no seriam respostas possveis, visto que a simples recorrncia ao texto corrobora o gabarito O cientista-chefe do grupo, Dr. Ioannis Ieropoulos, diz que a urina seria o resduo mais indicado como fonte de energia. (L.11-12)

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)2) TEXTO I O VERDADEIRO AMOR NUNCA SE DESGASTA. QUANTO MAIS SE D MAIS SE TEMAntoine de Saint-Exupry

TEXTO II SONETO DE FIDELIDADE

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De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero viv-lo em cada vo momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angstia de quem vive Quem sabe a solido, fim de quem ama Eu possa dizer do meu amor (que tive): Que no seja imortal, posto que chama Mas que seja infinito enquanto dure.Vincius de Moraes(http://www.pensador.info/soneto_do_amor_eterno/)

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Da leitura dos dois textos, entende-se que (A) (B) (C) (D) ambos possuem a mesma viso sobre o amor. o texto II complementa o texto I. o texto II questiona o texto I. o texto II possui viso oposta sobre o amor.TPICO III Relao entre textos DESCRITOR D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos que tratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido e daquelas em que ser recebido. GABARITO: D DISTRATORES: Enquanto o texto I fala que o verdadeiro amor nunca se desgasta, o texto II tem outra concepo acerca do mesmo tema: Que no seja imortal, posto que chama / Mas que seja infinito enquanto dure. Portanto, os textos no possuem a mesma viso sobre o amor (A), nem se complementam (B), tampouco se questionam (fazer ou levantar questo acerca de; discutir, disputar) (C).

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)3) TEXTO

(http://www.google.com.br/images)

A leitura da charge indica que o mercado de trabalho est (A) (B) (C) (D) esttico. amplo. reduzido. intenso.

TPICO II Implicaes do suporte, do gnero e/ou enunciador DESCRITOR D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.) GABARITO: C DISTRATORES Pela leitura da charge, pode-se perceber a grande quantidade de pessoas procura de emprego. No entanto, poucas vagas so oferecidas pelo empregador: Torneiro: uma vaga. Motoboy: duas vagas... Logo, o mercado de trabalho no pode estar (A) esttico (imvel como esttua) - pois ainda h vagas -, (B) amplo (muito extenso) nem (D) intenso (ativo, energtico, forte).

4) TEXTO OUVIR MSICA NO TRABALHO PREJUDICA MESMO A PRODUTIVIDADEThiago Perin, 4 de agosto de 2010

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(Essa pra esconder do chefe.) Psiclogos da Universidade de Wales, no Reino Unido, apareceram para dizer que, apesar de vrias pesquisas mostrarem que a msica tem vrios efeitos positivos sobre a nossa capacidade mental (memria, ateno etc.), as empresas que probem os fones de ouvido durante o expediente esto certinhas: de acordo com eles, a msica no faz bem nenhum produtividade. E isso seja a sua banda do corao tocando no iPod ou o som daquele hit pavoroso do rdio vindo l de no sei onde. Em testes, voluntrios que ouviram msica em diferentes momentos, canes de artistas queridos 6 LNGUA PORTUGUESA -

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)(entre eles, Rihanna, The Stranglers e Arcade Fire) e a faixa Thrashers, da banda Death Angel, da qual ningum gostava (!) tiveram um desempenho mais pobre nas tarefas atribudas do que os que ficaram quietinhos no silncio. Os pesquisadores dizem que o estmulo sonoro bom para preparar a mente antes do trabalho. Durante o expediente, as variaes acsticas nos deixam confusos. E bem menos eficientes. Mas a gente pode muito bem fingir que esse estudo no existe, que esse post nunca aconteceu e continuar com o som rolando solto, n? o meu plano, pelo menos.(http://super.abril.com.br/home/)

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No texto, h exemplo de linguagem simples e coloquial em (A) (B) (C) (D) Psiclogos da Universidade de Wales, no Reino Unido, apareceram (L. 1 3). as empresas que probem os fones de ouvido (L. 3 4). Em testes, voluntrios que ouviram msica (L. 6). continuar com o som rolando solto, n? (L. 12).

TPICO VI Variao lingustica DESCRITOR D13 - Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

GABARITO: D DISTRATORES: A linguagem coloquial a que est presente no cotidiano das pessoas, na lngua falada. Tal recurso no foi empregado nos distratores (A), (B) e (C). Todavia, ao usar a expresso rolando solto, n?, o autor usa o estilo que se aproxima do vocabulrio e da sintaxe do dia a dia.

5) TEXTO

(http://clubedamafalda.blogspot.com/2007/12/tirinha-413.html)

Da leitura da tirinha, pode-se concluir que (A) (B) (C) (D) Mafalda acordar bem tarde. Mafalda no dormir. Mafalda acordar bem cedo. Mafalda no precisa de ajuda. 7 LNGUA PORTUGUESA -

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TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 Inferir uma informao implcita em um texto GABARITO: C DISTRATORES: Esta uma questo de inferncia, pois so cobradas informaes que esto implcitas no texto. Mafalda leva ao p da letra o dito popular presente no primeiro quadrinho: Deus ajuda a quem cedo madruga. E toda a sequncia de aes que vm a seguir pegar o relgio (2 quadrinho), pr para despertar s 4h (3 quadrinho) e dizer que Deus ter muito o que fazer de manh desqualifica distratores (A), (B) e (D).

6) TEXTO AS MONTANHAS DO JARDIM GRAMACHO o maior aterro sanitrio da Amrica Latina. Cenrio do documentrio Estamira (2005), o polmico Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho gera muitos impasses ambientais e sociais. Com sua capacidade saturada, inmeras famlias da regio metropolitana do Rio de Janeiro tiram seu sustento da coleta do lixo ali depositado. Mas o que fazer com toda aquela montanha de lixo? Entre outras medidas, a Comlurb abriu em dezembro de 2006 licitao para o uso do biogs na rea do aterro. O objetivo gerar recursos para a Prefeitura na forma de crditos de carbono obtidos com a reduo das emisses de gases de efeito estufa. A empresa selecionada, alm de investir em toda estrutura operacional, dever depositar, anualmente e durante 14 anos, o valor de R$ 1,2 milho para o Fundo de Participao dos Catadores de Gramacho. Com a desativao do aterro, essa pode ser uma sada para o sustento dos inmeros catadores e suas famlias que ali trabalham.Patricia Magrini. (com adaptaes)

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O texto permite afirmar que o aterro sanitrio de Jardim Gramacho (A) (B) (C) (D) o maior do Brasil. o maior da Baixada Fluminense. o maior de Duque de Caxias. o maior da Amrica Latina.TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D1 Localizar informaes explcitas em um texto GABARITO: D DISTRATORES: Questo de simples recorrncia, ou seja, basta ler as linhas 1 e 2: o maior aterro sanitrio da Amrica Latina., para eliminar os distratores (A), (B) e (C).

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)7) TEXTO SER SOCIVEL SINNIMO DE RIQUEZA

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Alunos do ensino mdio que foram classificados como cooperativos e conscientes, h dez anos, hoje tm um salrio maior do que o de seus colegas considerados com poucas habilidades sociais. O estudo, feito pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, contesta que a capacidade de se comunicar e trabalhar em grupo mais determinante para o sucesso da sua carreira do que tirar notas altas na escola (com exceo do Bill Gates, claro). E voc? Como era no colgio (isolado, nerd, nunca fez uma lio de casa)? E acha que ganha melhor do que seus colegas?Nina Weingrill (http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ser-sociavel-e-sinonimo-de-riqueza/)

Em hoje tm um salrio maior do que o de seus colegas (L.3-4), a eliminao do termo sublinhado (A) (B) (C) (D) no provocaria alterao de sentido. tornaria o trecho incompreensvel. seria inadmissvel. causaria mudana total de sentido.

TPICO V Relaes entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido DESCRITOR D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da explorao de recursos ortogrficos e/ou morfossintticos

GABARITO: A DISTRATORES: Na expresso comparativa do que, o termo do uma partcula expletiva ou de realce, ou seja, sua retirada no provoca prejuzo sinttico nem alterao semntica ao texto. Portanto, os distratores (B), (C) e (D) no seriam respostas cabveis.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)8) TEXTO A obesidade um problema grave e deve ser encarado com cuidado. Se voc est ou conhece algum que esteja acima do peso, deve procurar ajuda mdica, pois as causas da obesidade podem ter diversas origens desde hbitos irregulares at fatores genticos e hormonais. Quanto mais cedo for tratado, maiores so as chances de cura. Mas no se esquea que o mais importante estarmos de bem com ns mesmos. Ter um corpo legal depende do equilbrio emocional e uma mente consciente.Ivana Silva e Cssia Nunes (http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm)

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As autoras defendem a tese de que (A) (B) (C) (D) a obesidade uma questo de esttica. a obesidade tem sempre fator gentico. a obesidade uma doena. a obesidade causada por maus hbitos. TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D7 Identificar a tese de um texto GABARITO: C DISTRATORES: J que as autoras consideram a obesidade um problema grave que precisa ser tratado com cuidado, distrator (A) no pode ser a resposta adequada. Os distratores (B) e (D) tambm so considerados imprprios, pois o texto diz que as causas da obesidade podem ter diversas origens, desde hbitos irregulares at fatores genticos e hormonais. (L.3), ou seja, no somente fatores genticos ou maus hbitos.

9) TEXTO INSETOS PODEM SALVAR O MUNDO DA FOME E DO AQUECIMENTO GLOBAL?

Larvas de formigas, comercializadas em Isaan, na Tailndia

Atualmente, vacas, porcos e ovelhas ocupam dois teros das terras agrcolas do mundo e emitem 20% dos gases de efeito estufa que lanamos na atmosfera. E o consumo de carne s aumenta: h 20 anos, a mdia global de consumo era de 20 Kg por ano, hoje, consome-se 50 kg, e, em vinte anos, aPROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)perspectiva de que cada pessoa coma 80 kg de carne por ano. No h planeta que aguente produzir tanta carne e, muito menos, suportar um aumento to drstico nas emisses de carbono. Desde 2008, a FAO Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao discute a possibilidade de se inclurem insetos na dieta humana. Na realidade, mais de mil tipos de insetos j fazem parte do cardpio de 80% dos pases, especialmente na poro oriental do globo, e so mais populares nas regies tropicais, onde ficam maiores e so mais fceis de serem capturados. A ideia tem o aval do entomologista (estudioso de insetos) Arnold van Huis, da Universidade de Wageningen, na Holanda. Ele diz que essa classe de animais possui um alto nvel de protenas, vitaminas e minerais. Alm disso, de acordo com suas pesquisas, as fazendas de insetos produzem uma quantidade muito menor de gases de efeito estufa se comparadas pecuria: uma criao de gafanhotos, grilos ou minhocas emite 10 vezes menos metano. Os insetos ainda produzem 300 vezes menos xido nitroso, que tambm tem efeito estufa, e muito menos amnia, comum nas criaes de porcos e aves.Thays Prado (com adaptaes)

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Em A ideia tem o aval do entomologista (estudioso de insetos) Arnold van Huis (L.21-22), a expresso sublinhada se refere (A) (B) (C) (D) diminuio do consumo de carne. criao de insetos em zonas tropicais. ao aumento da produo de carne. incluso de insetos na dieta das pessoas.

TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D2 Estabelecer relaes entre partes de um texto, identificando repeties ou substituies que contribuem para a continuidade de um texto GABARITO: D DISTRATORES: Nesta questo, h uso da coeso lexical, ou seja, vocbulos ou expresses que j ocorreram so retomados por outros elementos, j que existem traos semnticos semelhantes, ou at opostos, entre eles. E, no texto, o que est sendo discutido o consumo de insetos pelos seres humanos Desde 2008, a FAO Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao discute a possibilidade de se inclurem insetos na dieta humana. (L. 7- 8), o que eliminaria os distratores (A), (B) e (C).

10) TEXTO A BARATA E A VASSOURA Uma barata atrevida entrou, por uma janela, na casa limpssima de uma senhora. Vendo a intrusa andando apressada pela cozinha, a senhora muniu-se de uma vassoura e passou a perseguir a barata dando vassouradas a fim de colocar para fora o asqueroso inseto. Mas a bichinha, rpida como ela s, conseguiu escapar e foi se esconder na rea de servio numa salincia da mquina de lavar. Exausta e sem ver onde a barata se escondeu, a mulher pendurou a vassoura com o firme propsito de, no dia seguinte, continuar com a perseguio. Anoiteceu. A barata continuava l no seu esconderijo bem quietinha, porm o seu estmago roncava de tanta fome. O medo a fazia aguentar. Pensava: - Seu sair agora a mulher me pega... o melhor esperar... 11 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)10 E quando o silncio se fez na casa, ela foi saindo devagar, silenciosamente. Caminhou um pouquinho. Olhou ao seu redor. No havia ningum. Avanou mais um pouco e, de repente, ouviu aquele barulho de cerdas duras raspando o cho: chap, chap, chap. Olhou assustada e viu que era a vassoura, pendurada num prego, que fazia movimentos para atingi-la. Sabendo que a vassoura no podia sair dali sem ajuda, a barata partiu para a cozinha a procura de comida. Subiu pelo p da mesa e chegou at o cesto de pes coberto com uma toalhinha branca. Infiltrouse por baixo da toalhinha e roeu, roeu cada po com gosto. Era um sabor indescritvel. Satisfeita, ela desceu pelo mesmo lugar que subiu. Andou, no escuro, pela casa toda deixando o seu cheiro e as fezes, em forma de bolinhas, por todos os lugares. Voltou para a rea de servio e parando diante da vassoura disse: Sofreste tanto para me expulsar e aqui estou eu de barriga cheia, enquanto tu, escrava, ests a pendurada. Nada podes fazer. e pondo as patinhas na cintura ela fez caretas para a vassoura cantando: nh, nh, nh, nh... A vassoura ficou nervosa, rebolava, rebolava, mas do prego ela no saa. Mas que barata atrevida... e eu sem poder fazer nada... E antes que amanhecesse e a dona da casa se levantasse e desse de cara com ela, a barata subiu pela parede da rea de servio, na direo de uma fresta do vitr e, antes de sair e ainda rindo da vassoura, despediu-se: Adeus! Espero que a tua dor de cabea sare logo... foram tantas as pancadas para me atingir... nh, nh, nh, nh... E saiu descendo pela parede exterior do prdio rumo ao seu ninho num lugar que s ela sabe.Maria Hilda de J. Alo.(http://www.contos.poesias.nom.br/abarataeavassoura/abarataeavassoura.htm)

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No texto, o conflito causado (A) (B) (C) (D) pela impacincia da mulher. pela invaso da barata. pela fome da barata. pela provocao da barata. TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa GABARITO: DISTRATORES: No texto, o fato gerador do conflito s pode ser a insolente entrada do inseto, porquanto a senhora muniu-se de uma vassoura e passou a perseguir a barata dando vassouradas (L.2-3). Assim, a quebra da rotina no aconteceu por impacincia da mulher (A), fome (C) ou provocao da barata (D).

11) TEXTO GUAS DO SANTINHO RESIDENCE Comprar um apartamento no novo empreendimento guas do Santinho Residence pode no lhe garantir um lugar cativo no Paraso, mas certamente o porto de acesso para algo que a tal se assemelhePROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)aqui neste plano terrestre! Com o charme adicional de estar encostado, quase um prolongamento natural do Costo do Santinho Resort, eleito pela quarta vez o melhor resort de praia do Brasil, e fincado na praia do 5 Santinho, uma praia de guas azuis e cristalinas e considerada uma das praias mais limpas do Brasil, esse novo empreendimento da Hantei que j teve Gustavo Kuerten como seu luxuoso garoto-propaganda, sem dvida o mais sensacional lanamento do ano na Ilha da Magia. O anncio acima tem a finalidade de (A) (B) (C) (D) informar. convencer. recomendar. comentar. TPICO II Implicaes do suporte, do gnero e/ou enunciador na compreenso do texto DESCRITOR D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gneros

GABARITO: B DISTRATORES: A funo bsica desse gnero textual convencer os leitores, visto que algum produto oferecido ao pblico. No anncio, h forte apelo emocional e uso excessivo de adjetivos, o que provoca subjetivismo de linguagem. Ento, no se pode conceber que a inteno precpua do texto seja informar (A), recomendar (B) ou comentar (D).

12) TEXTO UM PEQUENO IMPREVISTO (Herbert Vianna & Thedy Correa) Eu quis querer o que o vento no leva Pra que o vento s levasse o que eu no quero Eu quis amar o que o tempo no muda Pra que quem eu amo no mudasse nunca Eu quis prever o futuro, consertar o passado Calculando os riscos Bem devagar, ponderado Perfeitamente equilibrado At que num dia qualquer Eu vi que alguma coisa mudara Trocaram os nomes das ruas E as pessoas tinham outras caras No cu havia nove luas E nunca mais encontrei minha casa 13 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)No cu havia nove luas E nunca mais eu encontrei minha casa Indique a circunstncia expressada pela palavra em destaque no texto (A) modo. (B) tempo. (C) intensidade. (D) lugar. TPICO IV Coerncia e coeso no processamento do texto DESCRITOR D15 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios etc. GABARITO: C DISTRATORES: Pode-se esperar que grande parte dos alunos escolha o distrator (A), pelo fato de ela apresentar a semntica mais caracterstica do advrbio em questo, porm, se o aluno levar em considerao o contexto em que tal vocbulo est inserido, ele logo perceber o valor intensivo. O aluno que selecionar o distrator (B) provavelmente estar fazendo uma analogia ao contedo da estrofe, pois esta faz referncia aos tempos passado e futuro. O distrator (C) a menos adequado, pois dificilmente encontrar-se-ia o advrbio BEM assumindo esse sentido.

13) TEXTO I PLENILNIO (Raimundo Correia) Alm nos ares, tremulamente, Que viso branca das nuvens sai! Luz entre as franas, fria e silente; Assim nos ares, tremulamente, Balo aceso subindo vai... H tantos olhos nela arroubados, No magnetismo do seu fulgor! Lua dos tristes e enamorados, Golfo de cismas fascinador! Astro dos loucos, sol da demncia, Vaga, noctmbula apario! Quantos, bebendo-te a refulgncia, Quantos por isso, sol da demncia, Lua dos loucos, loucos esto! Quantos noite, de alva sereia O falaz canto na febre a ouvir, No argnteo fluxo da lua cheia, Alucinados se deixam ir... Tambm outrora, num mar de lua, PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO 14 - 2010

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)Voguei na esteira de um louco ideal; Exposta aos euros a fronte nua, Dei-me ao relento, num mar de lua, Banhos de lua que fazem mal. (...) Flgida nvoa vem-me ofuscante De um pesadelo de luz encher, E a tudo em roda, desde esse instante, Da cor da lua comeo a ver. (...) Um luar amplo me inunda, e eu ando Em visionria luz a nadar. Por toda parte louco arrastando O largo manto do meu luar...

TEXTO II SATLITE (Manuel Bandeira) Fim de tarde. No cu plmbeo A Lua baa Paira Muito cosmograficamente Satlite. Desmetaforizada, Desmitificada, Despojada do velho segredo de melancolia, No agora o golfo de cismas, O astro dos loucos e dos enamorados. Mas to-somente Satlite. Ah Lua deste fim de tarde, Demissionria de atribuies romnticas, Sem show para as disponibilidades sentimentais! Fatigado de mais-valia, Gosto de ti assim: Coisa em si, - Satlite.

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comum encontrarmos em textos modernos crticas ao sentimentalismo exacerbado dos poetas romnticos. Identifique o trecho do poema de Manuel Bandeira que melhor traduz essa crtica: (A) (...) a Lua baa paira muito cosmograficamente satlite. (B) (...) No agora o golfo de cismas, o astro dos loucos e dos enamorados. (C) (...) Demissionria de atribuies romnticas, sem show para as disponibilidades sentimentais! (D) (...) Gosto de ti assim: coisa em si, satlite.

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TPICO III Relao entre textos DESCRITOR D21 Reconhecer posies distintas entre duas ou mais opinies relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema GABARITO: C DISTRATORES: Ao longo do poema de Manuel Bandeira encontram-se crticas ao sentimentalismo exacerbado atravs da negao das conotaes romnticas atribudas imagem da lua. No entanto, houve a opo que melhor expressou a crtica, e o distrator (A) faz apenas uma descrio da lua. J o distrator (B) nega a lua que os romnticos exaltam, sem criticar, logo est opo correta, contudo incompleta. O distrator (D) resume a lua querida pelo poeta moderno. Caro monitor, cabe, no trabalho com os textos I e II, explorar seu vocabulrio especfico e rebuscado, com auxlio de dicionrio, se necessrio for. Voc poder tambm fazer uma breve exposio sobre as escolas literrias: Romantismo e Modernismo.

14) TEXTO A RAPOSA E AS UVAS (Monteiro Lobato) Certa raposa esfomeada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisa de fazer vir gua na boca. Mas to altos que nem pulando. O matreiro bicho torceu o focinho. Esto verdes murmurou. Uvas verdes, s para cachorro. E foi-se. Nisto deu o vento e uma folha caiu. A raposa ouvindo o barulhinho voltou depressa e ps-se a farejar... Moral da estria: Quem desdenha quer comprar.

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Assinale a frase que tem o mesmo significado de Quem desdenha quer comprar. (A) Quem no se esfora, no consegue o que deseja. (B) Ningum consegue obter aquilo que est fora de seu alcance. (C) As pessoas fingem desprezar aquilo que no podem ter. (D) Todos querem o que impossvel.TPICO I - Procedimentos de leitura DESCRITOR D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expresso GABARITO: C DISTRATORES: O distrator (A) apresenta o que se pode considerar literalmente do texto, pois a raposa no consegue as uvas porque, alm de estarem altas, ela no se esforou para t-las. Em relao ao distrator (B), o aluno que a escolher estar levando em considerao a cena descrita no texto e no o significado da moral da histria. O distrator (D) no faz relao nem com a narrativa, nem com a moral.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)15) Observe as oraes abaixo:

I- Eu vou logo, voc no vai. II- Eu vou, logo voc no vai.

Observando o emprego da vrgula, possvel inferir do segundo perodo que: (A) Se eu for rpido voc tambm ir. (B) Voc somente ir se eu for. (C) Se eu for, voc no vai. (D) Voc vai aonde quer que eu v.TPICO V Relaes entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido DESCRITOR D17 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuao e de outras notaes

GABARITO: C DISTRATORES: O distrator (A) mostra o que se pode inferir do primeiro perodo. J os distratores (B) e (D) apresentam um contedo contrrio ao gabarito.

Caro monitor, voc poder ampliar a discusso sobre os efeitos de sentido decorrente do uso da vrgula em oraes semelhantes, de modo que os alunos percebam que isso no exclusivo daquelas analisadas nesta questo.

16) TEXTO

O TEXTO ESCRITO (Fragmento) A luta que os alunos enfrentam com relao produo de textos escritos muito especial. Em geral, eles no apresentam dificuldades em se expressar atravs da fala coloquial. Os problemas comeam a surgir quando esse aluno tem necessidade de se expressar formalmente e se agravam no momento de produzir um texto escrito. Nesta ltima situao ele deve ter claro que h diferenas marcantes entre falar e escrever. Na linguagem oral o falante tem claro com quem fala e em que contexto. O conhecimento da situao facilita a produo oral. (...) Escrever no apenas traduzir a fala em sinais grficos. O fato de um texto escrito no ser satisfatrio no significa que seu produtor tenha dificuldades quanto ao manejo da linguagem cotidiana e sim que ele no domina os recursos especficos da modalidade escrita. A escrita tem normas prprias, tais como regras de ortografia que, evidentemente, no marcada na fala -, de pontuao, de concordncia, de uso de tempos verbais. Entretanto, a simples utilizao de tais regras e de outros recursos da norma culta no garante o sucesso de um texto escrito. (...) Para que esse discurso seja bem sucedido deve constituir um todo significativo e no fragmentos isolados justapostos. No interior de um texto devem existir elementos que estabelecem uma ligao entre as 17 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)15 partes, isto , elos significativos que confiram coeso ao discurso. Considera-se coeso o texto em que as partes referem-se mutuamente, s fazendo sentido quando consideradas em relao umas com as outras.(Regina H. de Almeida Durigan e outros)

A expresso nesta ltima situao (linha 4) faz referncia (A) ao momento de se expressar formalmente. (B) ao momento de se expressar oralmente. (C) ao momento de produzir um texto escrito. (D) ao momento de se expressar formalmente e produzir um texto escrito.

TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D2 Estabelecer relaes entre partes de um texto, identificando repeties ou substituies que contribuem para a continuidade de um texto GABARITO: C DISTRATORES: O aluno que optar pelo distrator (A) no leu o texto na ntegra, pois a referncia s dificuldades de se expressar formalmente aparece no primeiro pargrafo sem a presena da expresso nesta ltima situao. O distrator (B) faz referncia ao momento em que o aluno no apresenta dificuldade. O distrator (D) refere-se a dois momentos enquanto a expresso faz referncia a apenas um.

17) TEXTO

ANGELI. Luke & Tranta: Sangue de bom. So Paulo, Devir/Jacarand, 200. p. 17.

Com base na observao do dilogo dos personagens da tira possvel afirmar que (A) h compreenso mtua entre os personagens atravs do uso de grias. (B) os trs personagens apresentam cdigos lingusticos distintos. (C) o personagem mais alto no compreende as grias utilizadas pelos outros dois. (D) na tirinha, o vocbulo cabea o apelido de um dos personagens devido a sua cabeorra.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO VI Variao lingustica DESCRITOR D13 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto GABARITO: A DISTRATORES: O distrator (B) apresenta problema de inverso, ou seja, diz o contrrio do que as imagens dizem, pois todos os personagens se entendem, apesar de as expresses utilizadas serem aparentemente vazias de contedo. Aquele que optar pelo distrator (C) no atentou para a fala apresentada no ltimo quadrinho. J o distrator (D) ser escolhido por aqueles que no compreenderam o significado do vocbulo cabea nesse contexto. Monitor, comente com os alunos que, em textos dessa natureza, palavras e imagens se complementam, formando um todo significativo.

18) TEXTO O MUNDO DA TELEVISO Depois de passar horas em frente televiso, pulando de canal em canal, de programa de auditrio para novela, de novela para telejornal, de telejornal para videoclipe, a garota deu um clique final no controle remoto e a tela escureceu. Em uma frao de segundo, aquele mundo de cubo animado, colorido e fascinante, havia desaparecido. Silncio. Uma sensao de vazio tomou conta da sala. E a garota teve a ntida impresso de que o mundo em que estava era menos real do que dentro da tv. Lembrou-se de quando era criana e achava que televiso era isso mesmo: um mundo real com minsculas pessoas vivendo dentro do aparelho. Por que agora quem se sentia minscula era ela? Solido. Clique, ligou a TV de novo. Som, msica, pessoas alegres e sorridentes, palmas, folia. At a desgraa parecia um show. Isso deveria ser triste, muito triste. Mas parece que a gente vai se acostumando... No! Clique, desligou novamente. A sala vazia, o chiado do silncio. O ato de desligar abria um espao em sua cabea e era em si mesma que comeava a pensar. Seus problemas, sua rotina mecnica e sem graa, sua vida sem sabor, era isso! A vida na tela tinha sabor. Clique, ligou outra vez. (...) Nossa, suas costas j estavam doendo de tanto sof. Clique, desligou. Alm do mais, ela no era a nica. Conhecia muita gente que ligava a tv assim que chegava em casa. Clique. Ligou a televiso e ficou pensando que daria tudo para entrar naquele aparelho e pertencer quele mundo, ainda que s por um dia. E de l de dentro olharia para a menina aqui fora, sentada no sof. Quem sabe assim gostaria mais dela, se sentia um pouquinho especial...(POLIZZI, Valria. Papo de Garota. Ed. Smbolo e Ed. Nome da Rosa. SP, 2001. p. 25-27)

Observe o seguinte perodo: At a desgraa parecia um show. Isso deveria ser triste, muito triste. Mas parece que a gente vai se acostumando,... A orao em destaque estabelece em relao orao anterior uma ideia de (A) adio. (B) alternncia. (C) oposio. (D) concluso.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D15 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios etc). GABARITO: C DISTRATORES: possvel que alguns alunos optem pelo distrator (A), devido associao de estruturas correlatas do tipo Ele no s trabalha, mas tambm estuda cujo valor semntico aditivo; O distrator (B) pouco provvel, apenas os alunos que desconhecem as conjunes marcariam esta alternativa; O distrator (D) decorrente do desconhecimento dos conectores adversativos. Ainda que o aluno no faa associao semntica dos contedos das oraes interligadas pelo conector mas, ele tem no enunciado uma conjuno tipicamente adversativa.

19) TEXTO DUAS-PEAS (Lus Fernando Verssimo) Pai e filha, 1951, 52, por a. PAI - Minha filha, voc vai usar ... isso? FILHA Vou, pai. PAI Mas aparece o umbigo! FILHA Que que tem ? PAI Voc vai andar por a com o umbigo de fora? FILHA Por a, no. S na praia. Todo mundo est usando duas-peas, pai. PAI Minha filha... Pelo seu pai. Pelo nome da famlia. Pelo seu bom nome. Use mai de uma pea s. FILHA No quero! PAI Ento este ano no tem praia! FILHA Mas pai! Pai e filha, 1986. FILHA Pai, vou usar mai de uma pea. Pai Muito bem, minha filha. Gostei da sua independncia. Por que ser como todas as outras? Uma pea. timo. Voc at vai chamar mais ateno. FILHA S no decidi ainda qual das duas, a de cima ou a de baixo.VERSSIMO, Lus Fernando. Mais comdias para ler na escola. Rio de Janeiro: objetiva, 2008. p.83

Qual frase foi responsvel por gerar o humor na histria? (A) Minha filha, voc vai usar ...isso? (B) Minha filha...Pelo seu pai. Pelo nome da famlia. Pelo seu nome. (C) Pai, vou usar mai de uma pea. (D) S no decidi ainda qual das duas, a de cima ou a de baixo.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO V Relaes entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido DESCRITOR D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados GABARITO: D DISTRATORES: O distrator (A) o que, talvez, mais provocaria dvida nos alunos, visto que a pontuao e a entonao dada orao no momento da leitura pode lev-los a concluir que essa orao foi responsvel por gerar o humor no texto; Os distratores (B) e (C) dificilmente seriam escolhidos pelos alunos. Apesar de as oraes que pertencem a essas opes terem contribudo para a construo do humor, essas alternativas no responderiam integralmente a pergunta em questo.

20) TEXTO AS MOS DE EDIENE Ediene tem 16 anos, rosto redondo, trigueiro, ndio e bonito das meninas do serto nordestino. Vaidosa, pe anis nos dedos e pinta os lbios com batom. Mas Ediene diferente. Jamais abraar, no namorar de mos dadas e, se tiver filhos, no os aconchegar em seus braos para dar-lhes o calor e o alimento dos seios de me. A razo simples. Ediene no tem braos. Ela os perdeu numa maromba, mquina do sculo passado, com dois cilindros de metal que amassam barro para fazer telhas e tijolos numa olaria.Os dedos que enche de anis so os dos ps, com os quais escreve, desenha e passa batom nos lbios. Ediene, ainda menina, trabalhava na mquina infernal, quando se distraiu e seus braos voltaram ao barro. (...)Fritz Utzeri Jornal do Brasil Caderno B 02/12/99

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O texto que voc acabou de ler uma narrativa, marque a opo que apresenta o fato responsvel por gerar a complicao da histria: (A) Ediene tem 16 anos. (B) A razo simples. Ediene no tem braos. (C) Os dedos que enche de anis so os dos ps. (D) Ediene, ainda menina, trabalhava na mquina infernal (...)TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR 10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa) GABARITO: B DISTRATORES: O distrator (A) mostra parte da descrio da menina Ediene. importante que o aluno tenha conscincia de que o texto narrativo tambm apresenta partes descritivas e que, muitas vezes, a descrio funciona como um auxiliar para que a narrativa se prolongue. Em relao ao distrator C, tem-se a continuidade da descrio. Na verdade, o que ocorre nesse trecho a explicao da primeira parte do texto, justificando quais os dedos que Ediene enche de anis. importante destacar, no distrator (D), o emprego do tempo verbal pretrito imperfeito, caracterstico da descrio. Essa orao, ento, no poderia ser a responsvel por gerar o conflito da narrativa.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)21) TEXTO O poder dos amigos Uma pesquisa realizada na Sucia comprovou que bons amigos fazem mesmo bem ao corao. O estudo acompanhou a evoluo do estado de sade de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham timas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenas cardacas do que aqueles que no contavam com o ombro amigo de algum.Revista ISTO , 3 de maro de 2004.

Que tese voc identifica nesse texto? (A) As pessoas com mais amigos vivem mais. (B) Ter amizades importante para a sade do corao. (C) Ter amigos evita doenas. (D) Quando se tem o ombro amigo de algum no se fica doente.TPICO IV Coerncia e coeso no processamento do texto DESCRITOR D7 Identificar a tese de um texto

GABARITO:B DISTRATORES: O distrator (A) faz um acrscimo s informaes contidas no texto, no dito no texto que ter amigos faz a pessoa viver mais. Existe apenas a possibilidade de o aluno inferir isso. Segundo o texto, as nicas doenas que a amizade evita so as doenas do corao e no outros tipos de doena (C). A falta de ateno levaria os alunos a marcar essa alternativa; No distrator (D) h uma espcie de generalizao das doenas evitadas pela amizade e o texto centraliza os efeitos da amizade nas doenas cardacas.

22) TEXTO I MUROS DA VERGONHA (fragmento) (...) Do lado de fora das cadeias, no se vive exatamente em liberdade. H uma parte da populao trancada em casa, atrs de grades. a violncia que faz inclusive os prdios novos deixarem as pranchetas dos arquitetos j murados com ao inox e tubos galvanizados em certos casos, at mesmo com cercas eltricas e de arame farpado. A esttica do medo mudou radicalmente a paisagem mais famosa do Rio, a orla de Copacabana. Onde h 20 anos havia portaria nas caladas, hoje existem verdadeiras fortalezas, na tentativa de deixar a violncia trancada do lado de fora de casa, mas que aprisionam tambm os moradores. Nem hospitais escapam da moda dos paredes. No raro encontrar muros altos com arame farpado lembrana prxima dos campos de concentrao e presdios em unidades de sade do Rio. ( Joo Antnio Barros & Paula Sarapu Jornal O DIA 8/11/2009) TEXTO II MINHA ALMA Letra: Marcelo Yuka e Msica O RAPPA A minha alma est armada E apontada para a caraPROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)Do sossego Pois paz sem voz No paz medo s vezes eu falo com a vida s vezes ela quem diz Qual a paz que eu no Quero conservar Para tentar ser feliz As grades do condomnio So para trazer proteo Mas tambm trazem a dvida Se voc que est nessa priso Me abrace e me d um beijo Faa um filho comigo Mas no me deixe sentar Na poltrona no dia de domingo Procurando novas drogas De aluguel nesse vdeo Coagido pela paz Que eu no quero Seguir admitindo s vezes eu falo com a vida s vezes ela quem diz

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A relao de oposio existente no trecho (...) mas que aprisionam tambm os moradores pode ser notada em qual trecho da msica? (A) (...) e apontada para a cara do sossego (...). (B) (...) Pois paz sem voz no paz medo (...). (C) (...) mas tambm trazem a dvida se voc que est nessa priso (...). (D) (...) mas no me deixe sentar na poltrona no dia de domingo (...).TPICO III Relao entre textos DESCRITOR D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos que tratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido e daquelas em que ser recebido TPICO IV Coerncia e coeso no processamento do texto DESCRITOR 15 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios, etc GABARITO: C DISTRATORES: A escolha pelo distrator (A) mostra que o aluno apresenta dificuldade em relacionar a orao precedente com a subsequente ao conector, no atribuindo valor semntico a este; A minoria da turma marcaria o distrator (B), visto que o conector pois dificilmente estabeleceria uma contra argumentao com a orao anterior; O aluno que optar pelo distrator (D), estar atento apenas conjuno mas, sem observar o contedo semntico das oraes que o conector est ligando.

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Voc, monitor, poder comentar que o valor semntico das conjunes perceptvel, de fato, no universo textual. Por isso, procure mostrar aos alunos que, em vez de tentar decorar listas de conjunes, faz-se necessrio localiz-las no texto e identificar o valor que ali assumem. Exemplo: Classificada como aditiva, a conjuno E revela contraste em oraes como Estudei tanto para a prova e no acertei uma questo sequer e Corremos tanto e chegamos atrasados assim mesmo!

23) TEXTO

Com base na leitura do texto e na observao das imagens que o compem, possvel inferir da ltima imagem que (A) todas as figuras apresentam a mesma opinio. (B) o indivduo do meio foi induzido a aceitar a opinio alheia. (C) o indivduo do meio criticado por apresentar uma expresso prpria. (D) a figura do meio desafia os outros por apresentar uma opinio distinta.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 Inferir uma informao implcita em um texto TPICO II Implicaes do Suporte, do Gnero e/ou Enunciador na Compreenso do Texto DESCRITOR D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico GABARITO: B DISTRATORES: O aluno que marcar o distrator (A) no estar levando em considerao a posio mais baixa do indivduo do meio, pois, apesar de todos terem a mesma expresso, a forma como este indivduo assumiu tal expresso foi distinta da dos demais; A inferncia contida no distrator (C) revela o contedo expresso na segunda imagem e no na ltima; Em relao ao distrator (D), a figura do meio desafia os demais somente quando mostra uma expresso prpria, isso ocorre nas imagens 2, 3 e 4. A questo pede a inferncia da ltima imagem.

24) TEXTO Veja o que Mafalda diz na TV

QUINO, Toda a Mafalda. Lisboa, Publicaes D. Quixote, 1987

Nas expresses Que ests a fazer e Estou a pensar, verifica-se a presena da construo verbal: verbo ESTAR + infinitivo, caracterstica do portugus de Portugal. Marque a opo que apresente a forma predominante no portugus do Brasil: (A) fazes e pensas. (B) est fazendo e estou pensando. (C) faz e penso. (D) vai fazer e irei pensar.

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TPICO VI Variao lingustica DESCRITOR D13 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto).

GABARITO: B DISTRATORES: A escolha pela opo A mostra que o aluno no tem conhecimento do portugus predominante no Brasil. Em relao s alternativas C e D, os tempos verbais apresentados no substituiriam com adequao as locues da fala das personagens da tirinha, pois a ideia que se quer passar no enunciado de uma ao que est em andamento, e isso justifica o emprego do gerndio no portugus do Brasil, ao passo que a opo C apresenta aes do presente e a opo D aes futuras. Caro monitor, voc poder ampliar a discusso para alm de um uso lingustico. Busque explorar a crtica da personagem Mafalda em relao TV, expressada em sua fala no ltimo quadrinho, e promover um breve debate sobre tal assunto.

25) TEXTO

O humor da tirinha se d, justamente, porque Chico Bento no estabelece a relao entre: (A) riqueza x pobreza. (B) parte x todo. (C) arrogncia x modstia. (D) negligncia x cuidado.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO V Relaes entre recursos expressivos e efeitos de sentido). DESCRITOR D16 Identificar os efeitos de ironia e humor em textos variados GABARITO: B DISTRATORES: No que concerne ao distrator (A), a relao riqueza x pobreza, apesar de inferida no texto pela diferena entre a quantidade de gado que o pai do menino e o pai de Bento possuem (respectivamente, oitocentas cabeas e um boi diferena essa semanticamente reforada pelo advrbio s), no a responsvel pela construo do humor, localizado, justamente, no fato de Chico Bento no ter compreendido a sindoque (parte/ cabeas pelo todo/ gado) expressa por seu interlocutor. O distrator (C) no pode ser considerado como correto, visto que a relao arrogncia (menino) x modstia (Chico Bento), embora possa ser inferida na fala e na caracterizao das personagens, no , em si, a geradora do humor, constituindo-se, em verdade, como uma espcie de ambientalizao para o desenvolvimento discursivo. Em (D), a relao negligncia x cuidado no pode ser entendida como a geradora do humor, localizado, como se dissera, na incompreenso, por parte de Chico Bento, da relao parte x todo. A relao em (D) est situada, justamente, no erro de compreenso cometido por aquela personagem, que, em sua fala, deixa entender, que o pai do menino era negligente com a criao do gado (tinha apenas as cabeas dos bois), em contraponto a seu pai, cuidadoso com seu nico boi (inteirinho).

26) TEXTO

O texto tem por finalidade: (A) descrever a escrita rupestre encontrada em um stio arqueolgico. (B) divulgar a rea de atuao e os servios de uma empresa. (C) informar sobre os hbitos alimentares do ser humano. (D) aumentar o consumo de carne pela populao.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO II Implicaes do suporte, do gnero e/ou enunciador na compreenso do texto DESCRITOR D9 Identificar a finalidade de texto de diferentes gneros

GABARITO: B DISTRATORES: O distrator (A) no a resposta adequada, porque, no obstante o texto faa referncia explcita escrita rupestre, sua finalidade no , tal como seria em um texto de cunho didtico, descrever particularidades da gravura em si. H, em vez disso, a inteno de promover uma empresa (uma churrascaria). A propaganda usa a gravura como um intertexto, inserindo-a explicitamente no corpo do texto publicitrio, conduzindo o leitor analogia entre a figura e a churrascaria, por uma srie de metonmias e sindoques: gravura boi carne sonho do homem (gula pela carne, desde o primrdios pr-histricos). Assim, pela referncia figura, coloca-se a necessidade humana de se alimentar de carne como um instinto que unifica o homem pr-histrico ao homem contemporneo, induzindo o leitor a sentir a necessidade de saciar esse impulso e, para isso, ir churrascaria mencionada. As frases apresentadas pelo cartaz (suporte/ gnero, alis, tpico do discurso publicitrio) so as responsveis pela srie de encadeamentos descritos anteriormente. A legitimidade da churrascaria apresentada pelo seu tempo de existncia no mercado (dez anos) e por ser caracterizada como a que deixa a carne no ponto certo. O distrator (C) no satisfaz a questo, visto que, embora haja no texto uma referncia explcita ao hbito e desejo humano de se alimentar de carne, a prioridade do texto divulgar, por meio da propaganda, uma empresa o texto quer vender um produto/ servio. Em relao a (D), ainda que haja a preocupao implcita, por parte do texto, de fazer com que o leitor consuma mais carne, o objetivo central promover a churrascaria o leitor visto como um consumidor. Deve-se, pois, respeitar a hierarquia entre as informaes apresentadas no texto, para saber qual informao deve ser vista como figura (vender o produto/ servio divulgado pela propaganda) e qual deve ser interpretada como fundo (aumentar o consumo de carne pela populao).

27) TEXTO SE A VIDA LHE DER UM LIMO, FAA UMA LIMONADA

O sentido da palavra sublinhada o de (A) oportunidade. (B) alegria. (C) dificuldade. (D) tristeza.

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TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D2 Inferir o sentido de uma palavra ou expresso GABARITO: C DISTRATORES: A palavra limo apresenta o trao semntico azedo, interpretado como negativo. O distrator (A) pode ser interpretado tanto em uma perspectiva positiva como negativa (uma oportunidade pode nascer ou no de uma dificuldade), no correspondendo, pois, necessariamente, ao sentido da palavra destacada no provrbio. O distrator (B) no satisfaz a questo, visto que a palavra alegria no apresenta trao interpretado como negativo, equivalente a azedo, encontrado na palavra limo. Embora (D) apresente valores negativos em sua constituio semntica, no se encaixa perfeitamente questo, visto que o provrbio apresenta como limo um entrave, um obstculo, uma dificuldade a uma ao, no necessariamente englobando a noo de tristeza ao sentido daquele termo.

28) TEXTO A BONECA Deixando a bola e a peteca Com que inda h pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam. 5 Dizia a primeira: minha! minha! a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava. Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. J tinha Toda a roupa estraalhada, E amarrotada a carinha.BILAC, Olavo. Palavras de encantamento. So Paulo: Moderna. v.1, p.60.

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Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio. E, ao fim de tanta fadiga, Voltando bola e peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca...

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No poema A boneca, o vocbulo em destaque E, nos versos 7, 12 e 17, assume, respectivamente, os valores (A) aditivo, aditivo, conclusivo. (B) adversativo, aditivo, conclusivo. (C) aditivo, adversativo, conclusivo. (D) adversativo, conclusivo, aditivo.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO IV Coerncia e coeso no processamento do texto DESCRITOR D12 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios etc GABARITO: B DISTRATORES: A questo exige que se perceba a relao entre as oraes interligadas pelo conectivo e, observando os valores que esse elemento pode assumir, em funo do contexto. (A) incorreta, pois o primeiro e apresenta-se sob valor adversativo (verso 7), absorvido das oraes por ele relacionadas. Ratifica-se tal afirmao pela substituio daquele conector por conjunes adversativas (mas, porm etc.). (C) inadequada, pois, alm do primeiro e ter valor adversativo, o segundo se apresenta sob valor aditivo (verso 12) Toda a roupa estraalhada e amarrotada a carinha so informaes que se somam, para caracterizar o estado da boneca. (D) no est certa, porque, como se dissera, o segundo e tem valor aditivo e o terceiro (verso 17) apresenta-se sob valor conclusivo, encaminhando a progresso textual para uma concluso do discurso algo equivalente acontece nos contos de fadas na expresso e foram felizes para sempre. No caso do conectivo do verso 17, a concluso no se refere orao anterior, mas sim ao fechamento do texto como um todo.

29) TEXTO

Nquel Nusea. Disponvel em www.niquel.com.br. Acesso em agosto de 2010.

O filhote percebe que Nquel Nusea no sabe ler, porque: (A) Nquel Nusea substitui as personagens da histria. (B) Nquel Nusea altera as aes das personagens da histria. (C) Nquel Nusea inverte a sequncia da histria. (D) Nquel Nusea recria o final da histria.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO V Relaes entre recursos expressivos e efeitos de sentido DESCRITOR D16 Identificar os efeitos de ironia e humor em textos variados GABARITO: B DISTRATORES: Em sua narrao, Nquel Nusea cita as personagens principais da verso tradicional do conto Chapeuzinho Vermelho - a prpria Chapeuzinho (essa de chapu vermelho), o lobo e a av a velha). Assim, a alternativa (A) no adequada questo. (C) incorreta, porque a narrao de Nquel Nusea no uma sequncia invertida das aes apresentadas no conto tradicional, mas sim uma reinveno dessas aes, a partir da reformulao das personagens principais. Note-se que possvel imaginar as imagens que Nquel v no livro, conforme a sequncia de sua narrativa (no primeiro quadro, a figura de Chapeuzinho; no segundo, o encontro com o lobo; no terceiro, a figura da av e sua substituio pela figura do lobo, j vestido com as roupas da av). (D) Nquel Nusea no recria o final da histria, ela altera toda a verso tradicional em si, ao caracterizar as personagens diferentemente do que elas aparecem no conto tradicional, e ao alterar o enredo original da histria.

30) TEXTO I

IBGE: BRASIL NO TEM DEPSITOS DEFINITIVOS PARA LIXO RADIOATIVO O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) lanou o livro Indicadores de Desenvolvimento Sustentvel 2008 (IDS 2008). Nele, os pesquisadores constataram que apesar de produzir 13.775 metros cbicos de resduos radioativos, o Brasil ainda no tem, com exceo do depsito de Abadia de Gois - que contm os rejeitos do acidente com csio 137, ocorrido em Goinia, em 1987, depsitos finais para onde encaminhar esse material perigoso com segurana. (...) como se as pessoas guardassem rejeito radioativo txico em casa. Por mais que o mantenham em segurana, o ideal que o rejeito radioativo v para o local no qual ser, definitivamente, armazenado, explicou o pesquisador Judicael Clevelrio, da Coordenao dos Recursos Naturais do IBGE. Segundo o pesquisador, a questo polmica e envolve decises polticas. Voc deve colocar [o rejeito radioativo] em um local onde possa vigi-lo, para ver o que est acontecendo, intervindo quando necessrio, e ao mesmo tempo longe do alcance das pessoas. A entra a questo de quem quer um depsito perto de sua casa? Essa questo ainda no foi resolvida pelos canais responsveis, disse.Disponvel em http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=2652. Acesso em agosto de 2010.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)TEXTO II

Nquel Nusea. Disponvel em www.nquel.com.br. Acesso em agosto de 2010.

Em relao aos textos I e II, pode-se afirmar que: (A) os textos I e II no esto relacionados tematicamente. (B) os textos I e II tratam de um problema social. (C) apenas o texto I apresenta uma crtica a um problema social. (D) apenas o texto II apresenta aes para um problema social

TPICO III Relao entre textos DESCRITOR D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos que tratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido GABARITO: B DISTRATORES: O distrator (A) inadequado, visto que os textos I e II abordam uma mesma temtica: a problemtica do lixo e o desenvolvimento tecnolgico. O distrator (C) incorreto, porque ambos os textos criticam um problema social: o desenvolvimento tecnolgico desvinculado de uma preocupao ambiental. O distrator (D) no responde ao enunciado, uma vez que o texto 2 critica um problema social, mas no prope aes destinadas a solucion-lo. Ao contrrio, o texto 1 apresenta uma soluo para o problema em Voc deve colocar [o rejeito radioativo] em um local onde possa vigi-lo, para ver o que est acontecendo, intervindo quando necessrio, e ao mesmo tempo longe do alcance das pessoas.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)31) TEXTO

Um meio parente meu, do interior do Estado de So Paulo, visita pela primeira vez a capital em meados da dcada de 30. Vai, claro, visitar a maior atrao turstica da cidade: o arranha-cu Martinelli. No saguo de entrada, aproximando-se do elevador, ouve o ascensorista perguntar-lhe: Em que andar o Senhor quer ir? Sem hesitar, respondeu: Quarqu um qui num seja o trote.GENETTE, Gerard. Mortos de rir. In: Folha de S. Paulo. Mais!18/nov./2001, p.6

O humor dessa anedota gerado a partir do duplo sentido de um determinado vocbulo. Marque a opo cujo contedo apresente esse vocbulo. (A) arranha-cu (B) ir (C) andar (D) trote

TPICO V Relaes entre recursos expressivos e efeitos de sentido DESCRITOR D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expresso GABARITO: C DISTRATORES: As opes (A), (B) e (D) apresentam vocbulos cuja semntica no apresenta, neste texto, margem para gerar ambiguidade, por isso so inadequadas resposta.

32) TEXTO

A RAPOSA E AS UVAS(MONTEIRO LOBATO)

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Certa raposa esfomeada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisa de fazer vir gua na boca. Mas to altos que nem pulando. O matreiro bicho torceu o focinho. __ Esto verdes murmurou. __ Uvas verdes, s para cachorro. E foi-se. Nisto deu o vento e uma folha caiu. A raposa ouvindo o barulhinho voltou depressa e ps-se a farejar... Moral da estria: Quem desdenha quer comprar.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)Muitas vezes a variao do grau das palavras apresenta um sentido conotativo. Marque a opo que contenha o sentido figurado do vocbulo em destaque no perodo: Certa raposa esfomeada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos... O valor conotativo que o diminutivo destacado apresentou no texto foi (A) de intensidade. (B) pejorativo. (C) afetivo. (D) de tamanho pequeno.TPICO I Procedimentos de leitura DESCRITOR D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expresso

GABARITO: A DISTRATORES: A opo (B) inadequada por apresentar um valor conotativo que tem por objetivo diminuir negativamente um determinado conceito, o que no o caso do vocbulo em questo. A opo (C) talvez seja uma das mais escolhidas pelos alunos, pelo fato de a linguagem que foi utilizada ao longo do texto trazer traos afetivos, porm a opo inadequada porque a questo no se refere ao valor atribudo linguagem no texto como um todo e sim a um nico vocbulo. J a opo (D) permanece no nvel literal.

33) TEXTO O PO NOSSO DE CADA DIA Consumido desde a Pr-histria, sendo talvez o primeiro alimento elaborado pelo homem, o po sempre esteve presente na simbologia religiosa e nos rituais de diferentes sociedades. Na Antiguidade, no Egito, na Grcia e em Roma, ele era dado em oferendas aos deuses e mortos. Com o Cristianismo a partir da ltima ceia, quando Jesus dividiu o po entre seus doze apstolos dizendo que era o seu corpo e quem dele comesse teria vida eterna ganhou o significado de alimento do esprito. Mas nunca perdeu sua condio de alimento bsico, sinnimo de condio mnima de subsistncia, refletido em expresses populares como ganhar o po.Globo Cincia, jun. 1992.

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A finalidade desse texto (A) divulgar. (B) informar. (C) persuadir. (D) resumir.Tpico II Implicaes do Suporte, do Gnero e/ou Enunciador na Compreenso do texto Descritor D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gneros GABARITO: B DISTRATORES: O distrator (A) inadequado porque o texto proposto no tem por objetivo fazer a divulgao de um produto e sim informar curiosidades acerca do po nosso de cada dia. O distrator (C) incorreto, pois o texto no visa ao convencimento de um pblico-alvo. O distrator (D) no est correto, pois o texto no nos fornece informaes suficientes para sabermos que se trata de um resumo de outro texto.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)34) TEXTO

CAULOS. S di quando eu respiro. L&PM, Porto Alegre, 1976. s/p.

A partir do momento em que a TV desliga o homem, pode-se inferir a seguinte crtica: (A) o domnio do meio de comunicao sobre o homem. (B) o domnio do homem sobre os meios de comunicao. (C) homem e TV so uma perfeita combinao. (D) o homem no gosta de ver TV.

TPICO II Implicaes do Suporte, do Gnero e/ou Enunciador na Compreenso do texto DESCRITOR D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso GABARITO: A DISTRATORES: O distrator (B) traz, em seu contedo, o contrrio do que se infere da imagem. O distrator (C) seria correto se no fosse pelo ltimo quadrinho. Aquele que optar por ele estar levando em considerao apenas os dois primeiros quadrinhos. O distrator (D) incoerente quanto ao contedo das imagens mostradas pelos quadrinhos.

35) TEXTO EU BEBO SIM (Fragmento) Eu bebo sim Eu to vivendo, Tem gente que no bebe E ta morrendo. 5PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

Tem gente que j ta com o p na cova, 35 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)No bebeu e isso prova Que a bebida no faz mal.Luiz Antnio & Joo do Violo

Com base na leitura da letra do samba acima, assinale a opo cujo contedo indique sua tese. (A) Tem gente que no bebe e ta morrendo. (B) Tem gente que j ta com o p na cova e no bebeu. (C) A bebida no faz mal. (D) A bebida prolonga a vida. TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D7 Identificar a tese de um texto

GABARITO: C DISTRATORES: Os distratores (A) e (B) trazem os argumentos que sustentam a tese. O distrator (D) extrapola as informaes apresentadas pela letra da msica, ou seja, um acrscimo que no poderia constituir a tese do texto. Caro monitor, busque explorar com os alunos o que vem a ser um texto argumentativo e como ele se estrutura. Seria interessante levar para a sala de aula outros textos dessa natureza e nesses exemplares evidenciar o que seja a tese e os argumentos que a sustentam.

36) TEXTO TIRO AO LVARO De tanto levar frechada do teu olhar Meu peito at parece, sabe o que? Taubua de tiro ao lvaro, no tem mais onde furar 5 Teu olhar mata mais do que bala de carabina Que veneno estriquinina Que peixeira de baiano Teu olhar mata mais Que atropelamento de automver Mata mais que bala de revrverAdoniran Barbosa e Oswaldo Moles

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As palavras em destaque na msica so exemplos de que a nossa lngua pode variar (A) de acordo com o grupo social a que pertena a pessoa que fala e com sua idade. (B) de acordo com o lugar de origem da pessoa que fala e com a sua idade. (C) de acordo com a pessoa que fala e com o seu lugar de origem. (D) de acordo com a pessoa que fala e com o grupo social a que pertence.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO VI Relaes entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido DESCRITOR D13 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto GABARITO: D DISTRATORES: O distrator (A) parcialmente incorreto, pois a letra da msica no apresenta usos que caracterizem uma variao histrica. Os distratores (B) e (C) so inadequados, porque o texto no traz exemplos suficientes para caracterizar um falar regional. Caro monitor, alm de explorar o texto em todas as suas possibilidades, promova entre os alunos uma discusso acerca dos usos lingusticos apresentados na letra da msica como diferentes manifestaes lingusticas, prprias da oralidade, e no como erro. Busque explorar a questo do preconceito lingustico e a necessidade de adequao da linguagem a depender do contexto em que a interao ocorre.

37) TEXTO ELA LOIRA, MAS TO INTELIGENTE. O texto acima foi divulgado por uma emissora televisiva s vsperas da estreia de um programa de auditrio comandado por Adriane Galisteu. O emprego da conjuno adversativa MAS no enunciado gerou um preconceito em relao s loiras. Tendo em vista essa observao, qual das expresses abaixo desfaria o preconceito em questo? (A) Entretanto. (B) Por isso. (C) No entanto. (D) Contudo.

TPICO IV Coerncia e Coeso no Processamento do Texto DESCRITOR D15 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios etc GABARITO: B DISTRATORES: Os distratores (A), (C) e (D) apresentam conectores de valores semnticos parecidos com o da conjuno Mas, por isso no haveria alterao de sentido e o preconceito manter-se-ia. Caro monitor, seria interessante solicitar aos alunos que apresentem, em substituio ao conector MAS, outras conjunes que realcem contraste (caso das adversativas), de modo que o preconceito no texto seja mantido, e, na sequncia, que apresentem conjunes indicadoras de concluso (caso das conclusivas), com vistas a eliminar o preconceito marcado no texto.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)38) TEXTO

REVISTA NOVA ESCOLA. Ano XXV. N 234, Agosto 2010. p. 42.

O que o personagem Calvin leva em considerao para chegar resposta do problema de matemtica? (A) Os dados fornecidos pela questo. (B) O contexto situacional em que vive. (C) A distncia entre a casa de Dona Joana e a casa dele. (D) A velocidade do deslocamento.TPICO II Implicaes do Suporte, do Gnero e/ou Enunciador na Compreenso do Texto. DESCRITOR D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc) GABARITO: B DISTRATORES: O distrator (A) inadequado por ser incoerente com a resposta que o Calvin d ao problema de matemtica. Os distratores (C) e (D) apresentam os dados fornecidos pelo problema de matemtica e no o que Calvin levou em considerao para a resoluo da questo.

39) TEXTO I EU, ETIQUETA (Adaptado) Em minha cala est grudado um nome, que no meu de batismo ou de cartrio, um nome... estranho. Meu bluso traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nessa vida, em minha camiseta, a marca de cigarro que no fumo, at hoje no fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei, mas so comunicados a meus ps. Meu tnis proclama colorido de alguma coisa no provada, por este provador de longa idade. Meu leno, meu lenol, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xcara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabea ao bico dos sapatos, so mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidncias, costume, hbito, premncia, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anncio itinerante, escravo da matria anunciada. Estou, estou na moda!!!. 38 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010) duro andar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, troc-la por mil, aambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos do mercado. Com que inocncia demito-me de ser Eu que antes era e me sabia to diverso de outros, to mim mesmo, ser pensante sentinte e solitrio com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invencvel condio. Agora sou anncio, ora vulgar ora bizarro, em lngua nacional ou em qualquer lngua (Qualquer principalmente), e nisto me comprazo, tiro glria de minha anulao. No sou v-l anncio contratado. Eu que mimosamente pago para anunciar, para vender em bares, festas, praias, piscinas, e bem vista exibo esta etiqueta global no corpo que desiste de ser veste e sandlia de uma essncia to viva, independente, que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias to pessoais, to minhas que no rosto se espelhavam e cada gesto, cada olhar, cada vinco da roupa. Sou gravado de forma universal, seio da estamparia, no de casa, da vitrine me tiram, recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estticos, tarifados. Por me ostentar assim, to orgulhoso de ser no Eu, mas artigo industrial, peo que meu nome retifiquem. J no me convm o ttulo de homem. Meu nome novo Coisa. Eu sou a coisa, coisamente.http://www.administradores.com.br

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TEXTO II AO SHOPPING CENTER Pelos teus crculos Vagamos sem rumo Ns almas penadas Do mundo do consumo. 5 De elevador ao cu Pela escada ao inferno: Os extremos se tocam No castigo eterno. Cada loja um novo Prego em nossa cruz. Por mais que compremos Estamos sempre nus Ns que por teus crculos Vagamos sem perdo espera (at quando?) Da Grande Liquidao.PAES, Jos Paulo. Melhores poemas. So Paulo: Global, 2000. p. 197.

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Ambos os textos fazem referncia ao consumismo e demonstram as suas consequncias. medida que as pessoas consomem, tm sua essncia esvaziada, vaga, perdem suas identidades. A ideia de vaguido expressa nos versos do texto II pode ser observada no seguinte trecho do texto I: (A) Em minha cala est grudado um nome que no meu de batismo ou de cartrio (...) (B) Minhas meias falam de produto que nunca experimentei, mas so comunicados a meus ps. (C) Estou, estou na moda!!! (D) J no me convm o ttulo de homem. Meu nome novo Coisa.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO III Relao entre Textos DESCRITOR D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos que tratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido e daquelas em que ser recebido GABARITO: D DISTRATORES: Os distratores (A), (B) e (C) so apenas trechos descritivos do texto I, em que so mostrados estgios do esvaziamento da essncia do personagem, mas a ideia de vaguido expressa por meio do vocbulo COISA (palavra que ao mesmo tempo que significa tudo significa nada) no distrator (D).

40) TEXTO I EMIGRAO E AS CONSEQUNCIAS Neste estilo popular Nos meus singelos versinhos, O leitor vai encontrar Em vez de rosas espinhos Na minha penosa lida Conheo do mar da vida As temerosas tormentas Eu sou o poeta da roa Tenho mo calosa e grossa Do cabo das ferramentas Por fora da natureza Sou poeta nordestino Porm s conto a pobreza Do meu mundo pequenino Eu no sei cantar as glrias Nem tambm conto as vitrias Do heroi com seu braso Nem o mar com suas guas S sei contar minhas mgoas E as mgoas do meu irmoPatativa do Assar. Emigrao e as consequncias. In: Patativa do Assar: uma voz do Nordeste. So Paulo: Hedra, 2000.

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TEXTO II CANTO I As armas e os bares assinalados Que da Ocidental praia Lusitana,PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda alm da Taprobana, Em perigos e guerras esforados Mais do que prometia a fora humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E tambm as memrias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A F, o Imprio, e as terras viciosas De frica e de sia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vo da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.Cames, Lus de. Os Lusadas. So Paulo: Contexto, 1993.

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Ao se comparar os textos I e II, possvel afirmar que: (A) ambos os narradores se aproximam dos fatos narrados. (B) ambos os textos tratam de fatos reais. (C) ambos os narradores se aproximam das personagens. (D) ambos os poemas abordam as glrias de um povo.

TPICO I PROCEDIMENTOS DE LEITURA DESCRITOR D4 INFERIR UMA INFORMAO IMPLCITA NO TEXTO GABARITO: B DISTRATORES O distrator (A) incorreto, pois o narrador do texto II no se aproxima dos fatos narrados ele no participa dos acontecimentos do texto. O distrator (C) inadequado, uma vez que o narrador do texto II no se aproxima das personagens, diferentemente do que acontece no texto I, em que o narrador tambm personagem e se coloca de forma simtrica, na narrativa, aos outros personagens (S sei contar minhas mgoas/ E as mgoas do meu irmo). O distrator (D) no responde a questo, porque o texto I no trata de glria, mas das dificuldades e tristezas vivenciadas por um povo o povo nordestino.

Caro monitor, possvel que os alunos comparem as linguagens empregadas nos textos I e II e team comentrios sobre elas. Amplie a discusso, fazendo uma breve exposio acerca de quem foram Patativa do Assar (poeta popular brasileiro do sculo XX) e Lus de Cames (poeta portugus do sculo XVI), e sobre o contexto (scio-polticocultural-histrico) em que foi produzido cada texto.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)41) TEXTO

O folheto publicitrio apresenta uma contradio: deve atingir um grande pblico, mas, ao mesmo tempo, alcanar o leitor de forma direta, pessoal. No texto, essa afirmativa se justifica: (A) pelo suporte utilizado. (B) pela indicao de um endereo e telefone para contato. (C) pela utilizao de primeira e segunda pessoas verbais. (D) pelo uso de ilustraes atrativas.TPICO II Implicaes do suporte, do gnero e/ou enunciador na compreenso do texto DESCRITOR D5 Interpretar texto com auxlio de material diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, entre outros) GABARITO: C DISTRATORES: (A) inadequado, visto que o suporte (papel de tamanho pequeno a mdio) no garante que a mensagem seja neutra o suficiente, para alcanar um grande pblico e, ao mesmo tempo, direta, para atingir leitor em sua particularidade. O gnero bilhete, geralmente tambm escrito em pequeno papel, um exemplo de que o suporte no atende o efeito discursivo descrito na questo. (B) no responde a questo, porque a simples indicao de um endereo no gera o efeito de linguagem direta ao leitor, no insere a presena de um Tu discursivo na formulao do texto. A simples indicao de um endereo relaciona-se mais a gneros informativos (placas com nomes de rua, por exemplo) do que a gneros publicitrios. (D) incorreto, porque, apesar de as ilustraes serem um recurso recorrente em gneros publicitrios, elas no atingem necessariamente o leitor de forma direta, quando desvinculadas da linguagem verbal.

42) TEXTO CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU Embora haja elipse de um elemento conector, percebemos que os dois segmentos do ditado popular esto relacionados por uma circunstncia de: (A) tempo. (B) concesso. (C) condio. (D) causa.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO V Relaes entre recursos expressivos e explorao de sentido DESCRITOR D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da explorao de recursos ortogrficos / morfossintticos GABARITO: B DISTRATORES: A relao entre os segmentos se explica por uma quebra da lgica entre o dado (ferreiro) e o esperado (espeto de pau, em lugar de espeto de ferro). H uma concesso entre os dois segmentos (Embora a casa seja de ferreiro, o espeto de pau). (A) incorreto, porque no possvel inferir uma circunstncia de tempo entre os dois segmentos da frase. Essa afirmao se ratifica pela tentativa de se inserir conectivos temporais nos segmentos. (C) e (D) no so adequados questo, porque as relaes de condio e causa levariam sequncia lgica esperada (respectivamente, *se/ quando/ caso a casa de ferreiro, o espeto deve ser de ferro e *como/ porque/ a casa de ferreiro, o espeto de pau).

43) TEXTO A LUTA CONTRA OS ALIMENTOS "FRANKENSTEIN"

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O fato do mercado europeu e asitico no comprar soja transgnica ou carne de animais alimentados com soja GM um dos argumentos da ONG Greenpeace para lutar contra a liberao de produtos modificados no Brasil. O grupo lanou em sua pgina de internet (www.greenpeace.org.br) o 'Guia do Consumidor contra Transgnicos' para alertar os compradores sobre quais produtos encontrados em supermercados contm milho, trigo ou soja modificados em sua composio. A lista contm vrios produtos de grandes marcas, como Sadia e Perdigo, todas acusadas de trabalhar com vegetais 'frankenstein'. Segundo Simone Corinn, representante do Greenpeace, o Guia foi elaborado atravs das respostas das empresas alimentcias para cartas enviadas pela organizao ambiental. 'As empresas que puderam comprovar que no usam produtos transgnicos entraram na nossa Lista Verde. Quem simplesmente disse que usa soja ou milho brasileiro portanto no transgnico - e no nos apresentou testes entrou na lista vermelha. O simples fato da empresa garantir que compra soja brasileira no garante que a soja no transgnica'. Para no serem pegos em contradio, a ONG tambm faz testes independentes com os produtos, em laboratrios na Sua. Alm do fator mercadolgico, o guia do Greenpeace alerta para possveis danos sade causados pela comida com matria-prima GM. 'Os alimentos oriundos de cultivos transgnicos poderiam prejudicar seriamente o tratamento de algumas doenas de homens e animais. Isto ocorre porque muitos cultivos possuem genes de resistncia antibitica. Se o gene resistente atingir uma bactria nociva, pode conferir-lhe imunidade ao antibitico, aumentando a lista, j alarmante, de problemas mdicos envolvendo doenas ligadas a bactrias imunes', cita o relatrio. Simone Corinn ainda alerta para o fato da empresa Monsanto estar criando uma crise de dependncia no consumidor: 'As sementes da Monsanto contm um gene chamado terminator, que faz com que a soja no germine aps algum tempo', ela explica. 'Isso obriga o produtor a comprar os produtos 43 LNGUA PORTUGUESA

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)novamente, sem poder estocar uma parte da safra deste ano para o plantio da safra seguinte'.Disponvel em http://revistagloborural.globo.com/Globo Rural/ 0,6993,EEC354955-1641,00.html. Acesso em agosto de 2010.

Segundo o texto, os alimentos transgnicos so prejudiciais ao homem porque: (A) podem aumentar a resistncia de bactrias. (B) podem ocasionar prejuzos para a agricultura. (C) podem aumentar a resistncia a bactrias. (D) podem alterar produtos de grandes marcas alimentcias.

TPICO IV Coerncia e coeso no processamento do texto DESCRITOR D8 Estabelecer relao entre a tese e os argumentos oferecidos para sustent-la GABARITO: C DISTRATORES: (A) incorreto, porque o texto afirma que alguns transgnicos possuem genes de resistncia antibitica que, caso atinjam uma bactria nociva, podem-lhe conferir imunidade a antibiticos, o que dificultaria o tratamento de determinadas doenas humanas ou animais. (B) inadequado, porque, apesar de todas as problemticas, o cultivo de transgnicos propicia o desenvolvimento de vegetais mais resistentes. Se tal cultivo fosse totalmente prejudicial, no haveria a preocupao de impedir seu aumento na agricultura brasileira. (D) no responde a questo, visto que o uso de transgnicos pode afetar a composio dos alimentos, mesmo quando estes so produtos de grandes marcas, fato que pode interferir diretamente na sade dos seres humanos. Caro monitor, voc poder levar para a sala de aula outros textos que tratem do assunto explorado no texto em questo e promover um debate sobre alimentos transgnicos e suas implicaes na sade dos seres humanos.

44) TEXTO [...] Porque... assim, com a pessoa que voc t de repente, porque tem vezes que voc t ficando, t ficando, t ficando, e a de repente voc j t at namorando, com aquela pessoa, se voc encontra com ela todo dia e tal, mas nunca chega um amigo e fala Ah, essa sua namorada?, e tal, voc fala, , ele fala, minha namorada, meu namorado [...].CHAVES, Jaqueline. Ficar com: um novo cdigo entre jovens. Rio de Janeiro: Revan, 2001.

No texto, a palavra voc indica uma referncia: (A) ao leitor. (B) a uma pessoa relatada. (C) ao entrevistador. (D) a uma pessoa indeterminada.PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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TPICO VI Variao lingustica DESCRITOR D10 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto GABARITO: D DISTRATORES: (A) inadequado, pois o narrador do texto, em nenhum momento, se dirige ao leitor. (B) incorreto, visto que o narrador relata uma situao hipoteticamente, no se referindo a uma pessoa real em si. (C) no atende ao enunciado, porque o texto no deixa pistas sobre o pronome voc se referir a um interlocutor, mas sim a um ser inserido dentro de uma hiptese (uma espcie de sujeito oculto no da sintaxe, mas do discurso).

45) TEXTO Bezerro de vaca preta Ona pintada no come... Quem casa com mui feia No tem medo de outro home. 5 Meu fio, mui bonita De duas faia uma tem: Ou qu bem a toda gente Ou no gosta de ningum.

FALCI, Miridan Konox. Mulheres do serto nordestino. In: DEL PRIORE, Mary (org.) HIstria das mulheres no Brasil. So Paulo: Contexto, 2004.(Adaptado.)

No texto, a rima entre as palavras come e home justifica-se por: (A) uma incorreo na pronncia. (B) uma marca da oralidade. (C) um registro informal da escrita. (D) uma variao regional da lngua.TPICO VI Variao lingustica DESCRITOR D10 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto GABARITO: B DISTRATORES: (A) inadequado, uma vez que as palavras enfocadas, ao retratarem caractersticas da fala, indicam uma variao da lngua, e no um erro de pronncia. (C) no atende questo, visto que a lngua escrita no apresenta tais registros, mesmo quando empregada informalmente. (D) incorreta, pois as palavras destacadas no indicam uma variao regional da lngua, pela grande amplitude desses registros, na modalidade oral do portugus brasileiro, no pas.

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)46) TEXTO QUINCAS BERRO D'GUA Salvador. Quincas (Paulo Jos) um funcionrio pblico cansado da vida que leva. Um dia ele resolve deixar sua famlia de lado e cair na farra, ganhando fama como Quincas Berro D'gua, o rei dos vagabundos. Quando ele encontrado morto em seu quarto, sua famlia resolve apagar os vestgios de sua fase arruaceira e lhe dar um enterro respeitvel. S que seus amigos surgem no local e decidem lev-lo para uma ltima farra.Disponvel em: http://www.adorocinema.com/filmes /quincas-berro-dagua/. Acesso em agosto de 2010.

O texto apresentado tem por funo: (A) avaliar um filme. (B) resumir um filme. (C) promover um filme. (D) comentar um filme.

TPICO II Implicaes do suporte, do gnero e/ou enunciador na compreenso do texto DESCRITOR D9 Identificar a finalidade de textos de diferentes gneros GABARITO: B DISTRATORES: (A) incorreto, pois o texto, em momento algum, avalia o filme ao qual se refere - No h julgamento de nenhum aspecto quanto qualidade da produo mencionada. (C) no responde a questo, visto que o objetivo principal do texto no promover o filme, tal qual uma publicidade. Para tal fim, geralmente so utilizados cartazes, propagandas em rdio e televiso, entre outros gneros, e, geralmente, h um julgamento apreciativo do produto a ser vendido. (D) inadequado, porque um comentrio apresentaria um julgamento de valor em relao ao filme se bom, regular, ruim. O texto, em passagem alguma, apresenta tal avaliao.

Monitor, explorado o texto em todas as suas possibilidades e comentada a questo, voc poder solicitar aos alunos que produzam textos de gneros que atendam finalidade expressa nos distratores (A), (C) e (D), tomando como referncia o assunto do texto aqui analisado.

47) TEXTO I GUIA PRTICO DE BOAS MANEIRAS E ETIQUETA Evite grias e jarges - Evite grias e jarges, que, alm de causarem m impresso, demonstram pouco conhecimento ou mau uso de vocabulrio.Disponvel em: http://www.apparenza.com.br/informe/arti go_secretaria.pdf. Acesso em agosto de 2010. (Adaptado)

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MDULO IORIENTAES PEDAGGICAS LNGUA PORTUGUESA 8 ANO (2010)

TEXTO II MANUAL DE BOAS MANEIRAS E ETIQUETA Grias: - Podem ser usadas na intimidade, em sociedade quando do mais sabor ao que se conta. Devem ser evitadas diante de pessoas mais velhas ou de mais cerimnias.Disponvel em: http://www.dicaspraticas.com.br/arti cles.php?article_id=801&rowstart=1. Acesso em agosto de 2010.

TEXTO III Gria um dialeto social empregado por um grupo a fim de suprir necessidades peculiares de comunicao. O uso da gria marca a diferena de um grupo em relao a outro, o que torna a gria fator de identidade. Palavras prprias aos falantes de certos grupos e mesmo modo s prprios de encadear palavras numa orao tornam-se marcas do falar de um grupo e no de outros. A gria tambm pode ser designada como jargo. Como exemplo de diferentes grias, lembramos as que so usadas por surfistas, funkeiros, profissionais de vrios ramos (vendedores ambulantes, economistas, juristas).In: DISCINI, Norma; TEIXEIRA, Lcia. Passaporte para a lngua portuguesa. So Paulo: Editora do Brasil, 2007.

Em relao aos textos I, II e III, possvel afirmar que: (A) os trs textos avaliam o uso de grias. (B) o texto I apresenta a gria como recurso estilstico. (C) o texto II restringe o emprego de grias. (D) o texto III valoriza o uso de grias. TPICO III Relao entre textos DESCRITOR D21 Reconhecer posies distintas entre duas os mais opinies relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema GABARITO: C DISTRATORES: (A) incorreto, visto que, embora os textos I e II sejam contra o uso de grias, o texto III no se preocupa em julgar, positiva ou negativamente, tais registros - seu objetivo apenas descrever caractersticas prprias de tal registro lingustico. (B) no atende ao enunciado, pois a noo de recurso estilstico traz consigo uma a ideia de apreciao a algo, o que o texto I no apresenta, de modo algum, em relao gria. Ao contrrio, o texto I critica veementemente o emprego de tais expresses. (D) inadequado, porque o texto III no defende ou critica o uso de grias, apenas caracteriza condies de emprego de tais registros.

Caro monitor, converse com os alunos sobre as situaes de comunicao em que as grias frequentemente so empregadas. Leve-os a atentar para a necessidade de adequao da linguagem ao contexto de uso: com quem, para que, com que inteno, quando, onde se fala.

PROJETO (CON)SEGUIR MDULO 1 8 ANO

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Disponvel em http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem /noticia_exibe.asp?cod_noticia=2652

O humor da tirinha se concentra na relao entre: (A) linguagem informativa e linguagem potica. (B) sentido denotativo e sentido conotativo. (C) linguagem verbal e linguagem no-verbal. (D) lngua escrita e lngua falada.

TPICO V Relaes entre recu