Origens Dos Desequilíbrios Regionais No Brasil - Redações - Bredarafael

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    Enviado por Bredarafael, jan. 2013 | 28 Pginas (6306 Palavras) | 25 Consultas| | |

    Origens dos desequilbrios regionais no brasil

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO

    CENTRO DE CINCIAS JURDICAS E ECONMICAS

    DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

    JOELSON CRUZ

    RAFAEL BREDA JUSTO

    VANESSA FOSSE DAVID

    ORIGENS DOS DESEQUILBRIOS REGIONAIS NO BRASIL

    VITRIA

    2011

    JOELSON CRUZ

    RAFAEL BREDA JUSTO

    VANESSA FOSSE DAVID

    ORIGENS DOS DESEQUILBRIOS REGIONAIS NO BRASIL

    24 Pginas maio de 2013

    3 Pginas dezembro de 2012

    65 Pginas maro de 2013

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    Trabalho apresentado ao curso de Cincias Econmicas da Universidade

    Federal do Esprito Santo UFES, como requisito parcial para aprovao na

    disciplina de Formao Econmica do Brasil I, ministrada pelo professor

    Arlindo Villaschi Filho.

    VITRIA

    2011

    SUMRIO

    1. INTRODUO............................................................................................04

    2. AS ORIGENS DOS DESEQUILIBRIOS REGIONAIS...............................06

    2.1 NORDESTE...............................................................................................11

    2.2 SUDESTE..................................................................................................16

    2.3 REGIO SUL............................................................................................17

    2.4 REGIO NORTE.......................................................................................18

    2.5 CENTRO-OESTE......................................................................................19

    2.6 DIFERENAS REGIONAIS DA BASE TECNICO-CIENTIFICO

    BRASILEIRO..................................................................................................20

    3. DECOLAGEM DE SO

    PAULO................................................................21

    4. CONSIDERAES FINAIS.................. .....................................................23

    5. REFERNCIAS..........................................................................................24

    3 Pginas maio de 2013

    17 Pginas setembro de 2013

    As origens do servio social no brasil...SNTESE: AS ORIGENS DO SERVIO SOCIAL NO

    BRASIL. O Brasil era modelo econmico como...

    as origens do servio social no brasil... XVI SEMINRIO DE PESQUISA DO CCSA ISSN

    1808 - 6381 AS ORIGENS DO SERVIO SOCIAL

    NO...

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    1. INTRODUO

    O presente trabalho tem como base a cronologia e o contedo dos tres

    primeiros captulos do Livro Desequilibrios Regionais e Concentrao

    Economica no Brasil de Wilson Cano e Desequilibrios Regionais no Brasil:

    Um Enfoque Neo-Schumpeteriano, relativo tese de Mestrado de Giovana

    Figueiredo Rossi Casali.

    O perodo que compreende entre os anos de 1850 a 1930 foi marcado por

    intensas modificaes no sistema produtivo brasileiro. A introduo de novas

    tecnicas, empreendimentos e novas formas de aproveitar o terreno brasieliro

    contribuiram para a ocupao do territorio, e a medida que essas

    modificaes vinham acontecendo levavam tambm a um deslocamento

    populacional, industrial, etc. que fazem que hoje consigamos ver a disparidade

    economica e habitacional dentre as regioes brasileiras. O local onde

    conseguimos verificar um alto grau de mudanas foi no estado de So Paulo,

    que hoje o estado mais desenvolvido e mais habitado de todo o Brasil.

    Agora devemos nos perguntar ; por que o estado de So Paulo o mais

    desenvolvido e com maior populao? E essa ser nossa principal fonte de

    investigao neste trabalho. Atraves desta indagao iremos investigar os

    motivos de cada regio no ter conseguido se desonvolver como So Paulo.

    Passaremos ento a analisar cada regio; Amaznia, Nordeste, Extremo Sul,

    Minas Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo. (GALA, 2003)

    No caso nordestino, que foi um dos primeiros locais do territrio brasileiro a

    ser amplamente usado desde os primrdois da colonizao, podemos citar

    duas fases da atividade economica; a de subsistncia e a da cana de aucar.

    A segunda foi uma atividade muito rentavel no comeo. Porem quando os

    preos baixaram, por causa da concorrncia das Antilhas, o mercando entrou

    total decadncia, ate sua quase extino. Dessa forma no houve qualquer

    viabililidade de implantao de um setor industrial. Portanto podemos

    considerar as atividades econmicas no nordeste apenas para fins de

    subsistncia e ocupacional (CASSALI, 2007).

    A Amaznia se tornou parte fundamental no mercado internacional, dado seu

    grande potencial na produo de ltex, caracterstica que lhe rendeu o titulo de

    economia da borracha, aproximando-se at da produo cafeeira em So

    Paulo. Porm, como veremos adiante, isso no favorecia a implantao de um

    mercado regional interno, pois no havia remunerao aos empregados, tendo

    em vista a propria natureza do trabalho. O processo de urbanizao era

    limitado, alm de os lucros serem, em sua maioria, transferidos para o exterior.

    Assim as indstrias no se desenvolveram nesse local (GALA, 2003)

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    O extremo sul do Brasil teve sua ocupao original com a pecuria, se

    especializando na produo de gado, cavalos, mulas e agricultura alimentar,

    todos voltados principalmente para o consumo do mercado interno. Vemos

    assim que essa regio tambem no foi capaz de dar o famoso salto industrial.

    Seja pela disperso e desconcentrao de suas atividades produtivas, seja

    pelo problema da distncia dos centros conmsumidores.

    Na regio Sudeste, logo aps a

    desarticulao da economia aucareira, se desenvolveram importantes

    atividades econmicas que serviram de base para o processo de implantao

    do sistema industrial (CANO, 1998).

    No estado de Minas Gerais economia mineradora auferia grandiosos lucros,

    pois contava com uma baixa inverso de capital, tendo em vista que esse no

    se fazia necessario dada a natureza do trabalho. Dessa forma, um dos nicos

    gastos que os capitalistas tinham era o salrio dos garimpeiros. Assim essa

    atividade contribuiu para o desenvolvimento de um mercado interno. Porem

    onde inxergamos um maior grau de contribuio para o desenvolvimento

    industrial verificado na regio Sudeste foi a economia cafeeira. Como o Brasil

    era o maior produtor de caf, essa atividade sempre rendeu muitos lucros,

    pois os preos sempre foram elevados no mercado internacional, assim esses

    lucros serviam de capital primitivo para o posterior gigantesco processo de

    desenvolvimento que vemos at hoje na regio sudeste, no qual

    examinaremos mais adiante (CASSALI, 2007).

    2. AS ORIGENS DOS DELIQUIBIOS REGIONAIS

    O perodo que compreende os anos de 1930, aps a grande depresso, e at

    meados da dcada de 50, marcado por diversos acontecimentos que

    explicam a formao econmica de vrios pases, principalmente aqueles que

    eram estritamente dependentes de um mercado externo, como o caso

    brasileiro, e que aps a grande depresso e a Primeira Guerra sofreu com

    grandes crises de superproduo, e em especial a crise do caf.

    Nessa etapa o governo brasileiro teve que buscar formas de conter essas

    crises que assombravam a economia, e fizeram o Brasil, segundo Furtado,

    Deslocar o centro dinmico, ou seja, de

    uma economia exportadora para uma economia voltada para o

    desenvolvimento interno, e em especial o setor industrial, acarretando

    superavites no Balano de Pagamentos. A partir deste momento os pases

    subdesenvolvidos tm que desenvolver a indstria que antes comprava das

    grandes potncias. Volta da venda de industrializados dos EUA e Europa para

    os pases subdesenvolvidos, mas h algumas tarifas alfandegrias para

    garantir o Protencionismo. A entrada de multinacionais e transnacionais nos

    pases subdesenvolvidos evidencia a entrada de capital externo, os tornando

    mais dependentes, acendendo no pas o debate acerca da industrializao, do

    protencionismo, do desenvolvimento e do papel que o Estado deveria exercer

    nesse momento. (Acesso em 05 dez 2011, disponvel em

    http://www.slideshare.net/professormario/a-industrializao-do-brasil-atividade-1-

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    http://www.slideshare.net/professormario/a-industrializao-do-brasil-atividade-1-

    ma)

    O processo de industrializao pode ser definido como um processo de

    transformao geral, tanto nas atividades propriamente industriais, nos seus

    aspectos produtivos e tcninos, quanto nos aspectos econmicos, polticos,

    sociais e culturais. Entretanto, o crescimento industrial no foi equilibrado

    regionalmente, apesar de ter sido um perodo de intenso desenvolvimento

    tecnolgico e econmico, mudanas polticas, sociais e culturais. Dessa

    forma, originam-se dois tipos de regies - regies desenvolvidas, que seriam

    as regies lderes, que realizam inovaes, apresentam elevados ndices de

    desenvolvimento tecnolgico e econmico, e, portanto, de desenvolvimento

    sociopoltico-cultural; e, por outro lado, esto as regies subdesenvolvidas ou

    atrasadas, as quais no realizam inovaes, mas importam tecnologia das

    regies desenvolvidas, apresetando baixos ndices de desenvolvimento.

    Verifica-se, dessa forma, um fenmeno de desequlbrio regional, com regies

    desenvolvidas e subdesenvolvidas coexistindo dentro de uma mesma regio

    maior. A localizao econmica reflete-se na distribuio da renda dessa

    regio. (Acesso em 05 dez 2011, disponvel em

    http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/5/TDE-2008-02-

    28T073040Z-1022/Publico/texto%20completo.pdf )

    Entre o final do sculo XIX e as primeiras dcadas do sculo XX o caf

    exerceu uma grande importncia para a economia do pas, pois era

    praticamente o nico produto brasileiro de exportao, o cultivo dessa cultura

    era desenvolvido especialmente nos estados de So Paulo, Rio de Janeiro,

    Esprito Sanro e algumas reas de Minas Gerais. (Acesso em 05 dez 2011,

    disponvel em: http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?

    tipo=ler&mat=3348).

    A crise de 29 atinge o Brasil gerando um desequilbrio no balano de

    pagamentos. Ela ocasionou falncia de muitos produtores de caf, com isso, a

    produo cafeeira entrou em declnio. Aps a crise que atingiu diretamente os

    cafeicultores, esses buscaram novas alternativas produtivas, dessa maneira,

    muitas das infra-estruturas usadas anteriormente na produo de transporte do

    caf, por exemplo, passou, a partir desse momento, a ser utilizado para a

    produo industrial, inclusive os capitais acumulados no cultivo do caf. Vale

    resaltar que o crescimento industrial no foi somente atravs do transporte, a

    mo de obra estrangeira foi um fator importante para essa nova era. Os

    italianos, alemes e espanhis, por exemplo, que antes trabalhavam na

    produo do caf, foram fundamentais para

    essa nova etapa de desenvolvimento econmico. O Estado tambm contribuiu

    a esse sentido, realizando grandes investimentos nas indstrias e infra-

    estrutura, como ferrovias, rodovias, portos, energia eltrica, entre outras.

    (Acesso em 05 dez 2011, disponvel em

    http://www.slideshare.net/professormario/a-industrializao-do-brasil-atividade-1-

    ma)

    A dcada de 1950 o perodo por excelncia das polticas regionais,

    simbolizando uma nova atuao do Governo Federal na tentativa de reduo

    das disparidades entre as regies brasileiras. criado toda uma infra-

    estrutura de apoio ao desenvolvimento das regies menos desenvolvidas,

    alm da institucionalizao de incentivos e subsdios.

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    alm da institucionalizao de incentivos e subsdios.

    As polticas regionais no Brasil tm como objetivo principal a reverso das

    desigualdades que foram historicamente sendo criadas entre as regies que

    compem o Pas. Alm disso, visa explorar positivamente a diversidade

    ambiental, socieconmica e cultural existente, procurando explorar o potencial

    de cada regio. (Acesso em 05 dez 2011, disponvel em https ://

    docs.google.com/viewera=v&q=cache:nKfhgp5O_NIJ:www.coreconpi.org.br/pa

    pers/download/18/Monografia1997Profissional.pdf+acendendo+no+pa%C3%

    ADs+o+debate+acerca+da+industrializa%C3%A7%C3%A3o+do+protecionis

    mo+do+desenvolvimento+e+do+papel+que+o+Estado+deveria+exercer+ness

    e+momento&hl=ptBR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESimifHXfWY_iE5x_E3IPQI

    9JrkB5vr25XNZIdwn2fU6wyipdRfX_R4undt0vB9dvIQdbdDWzR3tCLGhVrBaSj

    cEOMNiU16C5-

    yP9cUrIA3ElDisF2HwEt0Y7d0iANXUCOLAV&sig=AHIEtbRKBQn8WuwhXzyH

    0ds3swtdsHGjSw&pli=1 )

    Tais contribuies do Estado trata-se de um "Plano de Metas" criado por

    Juscelino Kubitschek(1956-1961), um modelo econmico auto-sustentvel,

    propondo uma espcie de rompimento com o modelo agrrio-exportados e

    com a oligarquia latifundiria que a economia brasileira era submetida. A idia

    era a de que exportando matrias-primas o pas estava fardado ao

    aniquilamento e perecimento. Logo, para os nacionalistas, a soluo

    econmica para o pas era a de substituir a elite agrria por uma revoluo-

    burguesa. Para isso, JK comprometeu-se com o processo de industrializao,

    confiado a ele pelos nacionalistas. E assim, lutava contra o Imperialismo

    atravs da batalha contra o subdesenvolvimento brasileiro, embora seu Plano

    de Metas venha a ser criado com investimentos diretos do capital externo, o

    que recebeu apoio dos liberais e oposio das esquerdas que eram contra a

    entrada do capital estrangeiro. (Acesso em 05 dez 2011, disponvel em

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_de_Metas)

    Com o "Plano de Metas", 2/3 de seus recursos era destinado para estimular o

    setor de energia e transporte. Aumentou a produo de petrleo e a potncia

    de energia eltrica instalada, visando assegurar a instalao de indstrias

    (Grfico1).

    [pic]

    Fonte: Acesso em 05 dez de 2011, disponvel em:

    http://www.slideshare.net/professormario/a-industrializao-do-brasil-atividade-1-

    ma )

    Subdividido em setores, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek era

    marcado por investimentos em estradas, em siderrgicas, em usinas

    hidreltricas, na marinha mercante e pela construo de Braslia e baseava-se

    em 30 metas, divididas em:

    Setores da energia (1 a 5),

    Setores do transporte (6 a 12),

    Setores da alimentao (13 a 18),

    Setor da indstria de base (19 a 29),

    Setor da educao (30).

    Tinha-se como meta sntese a construo

    de Braslia, embasada por meio de emprstimos, notadamente dos Estados

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    Unidos, e pelo Imposto Compulsrio sobre combustveis, ambos

    administrados pelo BNDE, atual BNDES.

    Outros investimentos estatais durante o Plano de Metas:

    Setor Petrolfero - investiu na Petrobrs e dobrou sua produo

    Setor Siderrgico - investimentos na Companhia Siderrgica Nacional e na

    Belgo-Mineira(capital misto) com crescimento de 80%

    Setor de Comunicaes - criao da Embratel

    Setor Energtico - investimentos na Eletrobrs com duplicao da produo

    Sade - aumento em 70% dos leitos em hospitais

    Educao - investimentos na educao profissionalizante (a exemplo do

    CEFET) e criao da UnB com o sistema de crditos

    Agricultura - expanso da fronteira agrcola - menor crescimento do

    Plano(40%)

    Moradia Popular e Saneamento Bsico' - investimentos concentrados na

    regio Sudeste

    Criao da SUDENE Transportes - investiu em Rodoviarismo com a

    construo de grandes rodovias, a exemplo da Belm-Braslia. ( Acesso em

    06 dez 2011, disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_de_Metas )

    "Os esforos (de desenvolvimento regional) ganharam maior importncia a

    partir dos anos 50, com as grandes obras de infra-estrutura e oapoio

    insdustrializao no mbito do Plano de Metas e a criao de instituies

    como a Superintndncia de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), o

    Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Superintendncia de Desenvolvimento

    da Amaznia (SUDAM). Nos anos 60 e 70, destacaram-se a criaes da Zona

    Franca de Manaus e do Fundo de Investimento do Nordeste (FINOR) e,

    recentemente, dos Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-

    Oeste"

    (SEIFFERT, O. M. L. B, 2001, P.02) (Acesso em 06 dez 2011,disponvel em :

    https ://docs.google.com/viewer?

    a=v&q=cache:nKfhgp5O_NIJ:www.coreconpi.org.br/papers/download/18/Mono

    grafia_1997Profissional.pdf)

    Todavia, a implementao do Plano de Metas no conseguiu surtir o efeito de

    crescimento que era esperado. No final da dcada de 1950, a concentrao

    de grande parte dos investimentos do Programa de Metas em So Paulo e a

    grande seca nordestina de 1958 contribuiu fortemente para a tomada de

    conscincia dos desequilbrios regionais da economia brasileira. A questo

    regional passou a ser tema de destaque no cenrio poltico nacional e foi

    objeto de uma especfica poltica econmica (CANO, 1998).

    2.1 NORDESTE

    O Nordeste a regio "bero" do primeiro ciclo econmico do Brasil colnia -

    o ciclo da cana-de-aucar que inicia-se no sculo XVl, com formao de uma

    sociedade entre Portugual e Holanda. Nessa parceria, Holanda era

    responsvel pelo capital necessrio para a implantao dos engenhos no

    territrio brasileiro e pela comercializao final do produto na Europa.

    Portugual era responsvel pelo desenvolvimento das tcnicas de produo e

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    refino de aucar e pelo fornecimento da mo-de-obra necessria para

    trabalhar nos engenhos e que pelo menos 90% da renda gerada pela

    economia aucareira dentro do Pas concentrava-se nas mos dos

    proprietrios dos engenhos (CASALI, 2007).

    A Holanda passa a produzir aucar na regio das Antilhas e quebra o

    monoplio do aucar do Brasi. Holanda e Brasil tornam-se concorrentes

    diretos. A economia da cana-de-aucar entra em decadncia e os engenhos

    reduzem muitas vezes metade do nvel vigente no perodo de auge. Como

    um

    subproduto da economia aucareira tem-se a formao do serto nordestino.

    Na medida em que a produo de aucar ia aumentando o gado tornou-se

    importante para a produo da cana-de-aucar para auxiliar o transporte do

    produto, e como no Nordeste a terra era abundante, foi possvel o surgimento

    de um segundo sistema econmico, a pecuria.

    A pecuria exerceu dois importantes papis, no s para a economia colonial,

    mas que tambm determinaram toda a histria da regio Nordeste e do Brasil.

    Em primeiro lugar, deve-se destacar a importncia da pecuria para o

    desenvolvimento da economia aucareira. Quando a demanda por aucar se

    elevava, o movimento migratrio tinha o sentido contrrio. Assim, a pecuria

    consistia em um imenso 'reservatrio' de mo-de-obra, que crescia

    vegetativamente. Em segundo lugar, a atividade pecuria foi um importante

    fator de ocupao do territrio nordestino, com as "roas" localizando-se de

    forma dispersa por todo o serto (CASALI, 2007)

    Conclui-se que com a queda da demanda de acar, a economia nordestina

    passou por um lento processo de atrofiamento entre os sculos XVII e XlX,

    onde um setor que era de alta produtividade, aucareiro, perdeu importncia

    relativa e que teve como consequncia negativa a formao do complexo

    nordestino. O Nordeste foi progressivamente se transformando de um sistema

    de alta produtividade em uma economia em que grande parte da populao

    produzia apenas o necessrio para subsistir - caractersticas que em muitas

    reas perdurou at recentemente.

    Por fim, quanto infra-estrutura de urbanizao, transporte e comrcio, pode-

    se dizer que, em relao ao processo de urbanizao, este foi lento e

    atomizado. As

    poucas cidades existentes eram parcamente povoadas, com muitas famlias

    ricas possuindo casas nas cidades, mas morando nas grandes fazendas e s

    dirigindo-se aos centros urbanos, especialmente, em datas de comemoraes

    religiosas. E que a implementao ferroviria no propiciou os efeitos

    dinmicos como os que se verificaram no complexo cafeeiro. Se, por um lado,

    as ferrovias reduziram os custos de transportes para o algodo e para o

    acar, por outro, provavelmente por serem de propriedade externa, no foram

    capazes de ampliar as oportunidades de inverso aos capitais locais

    (CASSALI, 2007).

    O Brasil, segundo o censo demogrfico de 2000, apresentou que 47% de sua

    populao vive em estado de pobreza, sendo que a metade dessa populao

    vive no Nordeste brasileiro (Grfico 2), onde existe uma estrutura dual, tanto

    social, quanto econmica, com a populao e as atividades econmicas

    estando irregularmente distribudas em todo o seu territrio. No litoral

    localizavam-se as grandes propriedades agrcolas canavieiras e as cidades

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    localizavam-se as grandes propriedades agrcolas canavieiras e as cidades

    de grande porte, que haviam se trasnformado em grandes centros comerciais

    e administrativos. J no interior estavam localizadas as pequenas

    propriedades ou "roas", heranas do perodo aucareiro, que produziam para

    autoconsumo (CASSALI, 2007)

    Grafico 2: Pobreza e taxa de crescimento da renda "per capita" nas regies do

    Brasil - 1991 a 2000

    [pic]

    Fonte: Acesso em 06 dez de 2011, disponvel em:

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-

    63512008000100005&script=sci_arttext)

    Devido a insuficincia de renda muitas vidas so perdidas, a regio possui

    mais da metade de sua populao recebendo em mdia menos da metade

    de um salrio mnimo por ms e que cerca de 5% das crianas morrem antes

    de completar um ano de vida e os nordestinos vivem aproximadamente 5 anos

    a menos do que o restante do pas. (Acesso em 06 dez de 2011, disponvel em

    https://docs.google.com/viewer?

    a=v&q=cache:K_iWmUlxl3AJ:www.bnb.gov.br/content/aplicacao/eventos/forum

    bnb2008/docs/desigualdades_regionais.pdf+origem+desigualdade+regional+

    nordeste&hl=pt-

    BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESix0mU9YzSQAOvMVDz4wB5tVZbfQEr_Ehf

    E0njFYYWwkOqEMZKMvMqHuVRzWXKj9gVrYDUW9t5SBOOka4RSPsnUKq

    yEDzxSOVJa8LizxIxxXa-

    ySRoiPyrJcB6AowZ5U_l9nFSh&sig=AHIEtbSNntArZDTDcwl0fQTuD_Lgq92q

    8ASITEEEEE)

    Formou-se uma diviso geogrfica da produo, na qual o Nordeste era

    produtora de bens inferiores, tanto para o prprio mercado como para todo o

    mercado nacional. Ao mesmo tempo, era consumidor, principalmente as

    famlias mais abastadas, de produtos superiores produzidos no Sudeste

    No relatrio do GTDN (Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do

    Nordeste) presidido por Celso Furtado, tem como objetivo de estudar o

    desenvolvimento socieconmico da regio Nordeste e j descreve a regio

    Nordeste como um dos mais graves problemas a enfrentar na etapa do

    desenvolvimento econmico nacional, "(...) documento compreende uma

    anlise sucinta do problema que representa o Nordeste, no quadro do

    desenvolvimento nacional". (Acesso em 06 dez 2011, disponvel em

    https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:nKfhgp5O_NIJ:www.corecon-

    pi.org.br/papers/download/18/Monografia_1997Profissional.pdf+relat%C3%B3

    rio+do+GTDN&hl=pt-

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    rio+do+GTDN&hl=pt-

    BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESimifHXfWY0_iE5x_E3IPQI9JrkB5vr25XNZI

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    yP9cUrIA3ElDisF2HwEt_0Y7d0iANXUCOLAV9&sig=AHIEtbRqHNkF5iNIvRW

    s8NzQnIqBVqFwHA)

    De acordo com Celso Furtado, o Nordeste constitui um problema porque a

    disparidade do nvel de renda entre esta regio e o Centro-Sul seria maior que

    a observada entre as economias do Centro-Sul e a dos pases industrializados

    da Europa Ocidental. A renda mdia do nordestino, inferior a cem dolres,

    representaria uma tera parte da renda do habitante do Centro-Sul.

    O ritmo de crescimento da economia nordestina, nos decnios anteriores ao

    Relatrio do GTDN, havia sido substancialmente inferiores ao da economia do

    Centro-Sul. Projetando estas tendncias para 1970, haveria uma renda per

    capita de 120 dlares na ltima.

    A experincia histrica indicaria que as desigualdades regionais de nveis de

    vida, quando assumem caractersticas de sistemas econmicos isolados,

    tenderiam a institucionalizar-se. Ampliando-se a diferenciao entre os dois

    sistemas econmicos j existentes no territrio nacional, haveria risco real de

    manifestao de reas de antogonismos entre os mesmos.

    A ausncia de uma compreenso adequada dos problemas decorrentes da

    disparidade nacional de nvel de renda teria contribuido para que a prpria

    poltica de desenvolvimento agravasse o problema. Parte da renda gerada

    pelas exportaes nordestinas teria sofrido srio processo de eroso por

    conta da poltica cambial. Entre 1948 e 1956, ter-seia registrado uma

    transferncia mdia anual de cerca de 24 milhes de dlares do Nordeste

    para o Centro-Sul.

    O governo federal, despendendo no Nordeste uma soma de recursos muito

    superiores aos que ali arrecadava, atuaria no sentido de contrabalanar as

    transferncias feitas para o

    Centro-Sul. Porm, na medida em que estas tinham carter assistencial,

    ocorrendo em perodos de emergncia, no geravam empregos permanentes

    para a populao. A renda transferida do Nordeste para o Centro-Sul, de

    natureza distinta, teria efeito dinamizados da economia desta ltima regio.

    (Acesso em 06 dez 2011, disponvel em https://docs.google.com/viewer?

    a=v&q=cache:nKfhgp5O_NIJ:www.corecon-

    pi.org.br/papers/download/18/Monografia_1997Profissional.pdf+relat%C3%B3

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    s8NzQnIqBVqFwHA )

    Em geral, o GTDN aponta a deficincia estrutural dessa regio como

    decorrente da sua estrutura fundiria, baseada em agricultura de subsistncia

    de baixa produtividade. As principais sugestes referem-se necessidade de

    investimentos infra-estrutura, industriais, diversificao da economia e

    programas de resistncia s secas.

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    Com tudo isso, O Nordeste dos ano 70 eleva-se a oferta de bens primrios,

    que so utilizados nas indstrias manufatureiras: nos projetos aprovados pelo

    governo priorizam-se os investimentos na indstria qumica e processamento

    de matrias-prima, em detrimento das indstrias txtil e de produtos

    alimentares: novos ramos industriais so introduzidos, renovando as prticas

    comerciais e criando empregos de maior nvel de qualificao: verifica-se o

    crescimento do setor bancrio e novos hbitos de consumo so difundidos.

    (Acesso em 06 dez 2011, disponvel em:

    http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/5/TDE-2008-02-

    28T073040Z-1022/Publico/texto%20completo.pdf)

    2.2 SUDESTE

    O incio do desenvolvimento econmico do Sudeste se deu com a

    desarticulao da economia aucareira no sculo XVIII e abrindo caminho

    para a economia mineira, ocasionando um aumento significativo no nmero de

    imigrantes do Brasil para mo-de-obra, no sendo mais os escravos a maioria

    da populao (FURTADO, 2002).

    O Sudeste foi a primeira regio brasileira onde existia renda, demanda e

    mercado, fator importante para o seu favorecimento econmico. A

    urbanizao desenvolveu-se partir da minerao como atividade primria, mas

    estimulava outras reas como a agricultura e a pecuria (CASTRO, 1998).

    O ciclo mineiro conseguiu fazer uma interligao entre as regies do Brasil, de

    atividades primrias, secundrias e tercirias, com atividades de pecuria no

    Sul, Sudeste e Nordeste, assim como atividades manufatureiras no Sudeste.

    Como metais preciosos so recursos naturais no renovveis, veio

    decadncia do ciclo mineiro por sua escassez no mercado, dando lugar a

    pecuria que passou a ser a principal atividade econmica do Sudeste, em

    grande parte destinada ao auto-consumo segundo Furtado. Essa involuo

    econmica deu espao a produo cafeeira que se iniciou em meados do

    sculo XIX, devido aos seus altos preos provocados pela forte demanda

    internacional. A reproduo do capital cafeeiro foi o principal fator do processo

    de acumulao da economia brasileira, tornando-se o maior motor da

    economia do pas, seguido do processo de industrializao, que a partir da

    dcada de 1930 trouxe desenvolvimento a regio.

    O desenvolvimento do complexo cafeeiro, fez com que a regio Sudeste,

    principalmente So Paulo, apresentasse

    taxas de desenvolvimento bem maiores que as demais regies. Assim o

    crescimento dos desequilbrios regionais, iniciados a partir das economias

    aucareiras e mineradora, apresentava elevadas taxas de crescimento

    econmico e diversificao produtiva apresentada apenas em uma regio.

    Segundo Maria Tavares, a concentrao industrial no Estado de So Paulo,

    pode ser explicada por uma srie de motivos que resultaram na localizao

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    coincidente de uma infra-estrutura de transporte, comrcio, urbanizao,

    mercado, economias externas e capacidade empresarial na regio Paulista.

    2.3 REGIO SUL

    Segundo CASTRO, a colonizao da regio Sul foi voltada para povoamento e

    no para explorao, ondes suas principais atividades eram a agricultura e a

    pecuria de subsistncia em pequenas propriedades.

    A primeira atividade dessa regio surge com o desenvolvimento da economia

    mineradora, no Sudeste, que passa a demandar produtos da pecuria do Sul

    como mulas e bestas. Este foi o primeiro vnculo que o Sul criou com as

    demais regies, passando de uma produo de subsistncia para uma

    economia de atividade lucrativa.

    Segundo CASTRO, o declnio da economia mineradora forou o Sul a voltar a

    produzir internamente, s voltando a produzir para o mercado nacional no

    sculo XIX no desenvolvimento da economia cafeeira. Os produtos da regio

    sulina eram muito demandados pela imigrao europia, tornando o Sul um

    grande abastecedor de produtos alimentcios (cereais, vinho, produtos de

    granja, carne, etc), tanto para a regio paulista quanto para o Brasil, ficando

    conhecido como Estado Celeiro do Brasil.

    O desenvolvimento agropecurio eleva o nvel de renda, e faz crescer as

    pequenas indstrias e manufaturas de processamento de artigos derivados da

    pecuria, voltadas para o mercado regional. No incio do sculo XX, a

    pequena produo sulina quase se igualava a de So Paulo, sendo o nico

    caso bem sucedido de economia voltada para dentro do Brasil.

    O freio da economia sulina veio com o desevolvimento da indstria paulista,

    que por possuir mais tecnologias e recursos, consegue exportar para o sul

    produtos mais baratos e de melhor qualidade, levando a uma paralizao da

    economia sulina nos anos 50, porm ao mesmo tempo comea a expano

    das indstrias dinmicas (bens de capital), onde apresenta altas taxas de

    crescimento, mas contudo sua principal atividade cotinuou sendo a indstria

    de bens no-durveis.

    Grafico 3:

    [pic]

    http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/2076/2458

    2.4 REGIO NORTE

    A explorao econmica dessa regio comeou em meados do sculo XVIII,

    com o comrcio de produtos agrcolas como o cacau, madeira e o cravo, que

    se desenvolveu at meados do sculo XIX. A partir da entrou em destaque o

    Ltex, devido alta demanda externa por borracha, Sua cultura era composta

    principalmente por pequenos produtores (CASSALI, 2007).

    As exportaes do ltex equivaleram metade das exportaes do caf,

    porm essa atividade no foi capaz de estimular a infra-estrutura em outras

    atividades econmicas por causa do transporte do produto que era fluvial e

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    no surgiu estmulo de urbanizao, que gerasse uma demanda por produtos

    secundrios de forma a ampliar o surgimento de outras atividades

    econmicas, levando a uma regresso econmica em 1910 (CANO, 1998).

    O Norte s voltou a apresentar taxas de

    crescimento, quando o governo federal no perodo da Segunda guerra mundial,

    investiu em infra-estrutura que facilitasse a extrao da borracha, como a

    Rodovia Belm-Braslia.

    Nos anos 1950 e 1960, a regio Norte apresenta altas taxas de crescimento,

    principalmente nas indstrias extrativas minerais, fatureiras e no setor de

    servios. A Zona Franca de Manaus foi um dos principais agente econmicos

    da regio, que proporcionava as empresas que ali se instalavam regalias

    como incentivos fiscais e subsdios, e tambm atraiam trabalhadores, a partir

    dos grandes projetos agropecurios de infra-estrutura, como energia,

    telecomunicaes e transportes.

    Segundo Diniz (1995), entre 1970 e 1985, a regio Norte elevou as

    participao na produo nacional de 0,8% para 3,1%. Essa elevao pode

    ser explicada pelos incentivos fiscais via Sudam e Suframa regio, assim

    como pelo desempenho da Zona Franca de Manaus, com indstrias de bens

    de consumo durveis e no durveis e a extrao de recursos naturais, ferro,

    amianto, ouro e madeira.

    2.5 CENTRO-OESTE

    A ocupao dessa regio tem incio com a busca de minrios e pedras

    preciosas, originando assim uma atividade de pecuria na regio.

    Na segunda metade do sculo XVIII, a pecuria era a principal atividade

    econmica realizada nas grandes fazendas de gado e a sua ocupao era em

    grande maioria formada por mineiros que trabalhavam na pecuria antes do

    inicio do ciclo do ouro, que com a decadncia das atividades mineiras

    migravam para o Centro-Oeste (FIGUEIREDO, 2007).

    Em meados do sculo XX, surge um forte investimento por parte do governo

    Federal em infra-estruturas de estradas, energia e telecomunicaes, sendo

    mais tarde transferida a capital federal para o Centro-Oeste (Braslia). Na

    dcada de 1960, o governo federal foi o principal indutor das mudanas

    socioeconmicas verificadas nessa regio. Foi nesse perodo que o Centro-

    Oeste superou as demais regies brasileiras, obtendo uma taxa de

    crescimento elevada, acima at da mdia nacional (MONTEIRO NETO;

    GOMES, 2000).

    No anos 70, o Centro-Oeste se desenvolve com a produo da soja,

    acompanhado de uma nova fase de povoamento, com famlias vindas do Sul.

    Tambm se destaca a produo de milho, arroz, bovinocultura, suinocultura e a

    avicultura. Segundo Aristides Monteiro Neto e Gustavo M. Gomes, esse

    crescimento se explica com a criao de infra-estrutura econmica e social,

    devido a expanso dos gastos pblicos em financiamentos e subsdios ao

    setor de agronegcios.

    2.6 DIFERENAS REGIONAIS DA BASE TCNICO-CIENTFICA

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    2.6 DIFERENAS REGIONAIS DA BASE TCNICO-CIENTFICA

    BRASILEIRA

    Os indicadores cientficos e tecnolgicos existentes revelam, sem dvida, um

    grande desnvel da base tcnico-cientfica entre as grandes regies que

    compem o territrio brasileiro. Tomemos como exemplo bsico um fator

    fundamental para o desenvolvimento cientfico e tecnolgico, ou seja, os

    recursos humanos qualificados para a pesquisa (Tabela 1).

    Disponivel em; http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-

    88392000000300004&script=sci_arttext. Acesso: 05 dez 2011.

    Como se pode verificar, as trs regies menos desenvolvidas (Nordeste,

    Centro-Oeste e Norte), juntas, agregam apenas 18% dos pesquisadores

    existentes no Brasil de acordo com o levantamento feito pelo CNPq. Esse

    problema ganha dimenso ainda mais preocupante ao se considerarem outras

    informaes associadas distribuio

    regional de recursos humanos qualificados para a pesquisa.

    3. A DECOLAGEM DE SO PAULO

    A gnese do desenvolvimento industrial do estado de so Paulo iniciou-se em

    meados das dcadas de 1880-1890, por meio dos capitais advindos da

    superproduo cafeeira e das iniciativas dos imigrantes europeus, que

    impulsionaram aqui o processo de industrializao (MAMIGONIAN, 1976).

    De acordo com MAMIGONIAN os empresrios-fazendeiros tentaram implantar

    um sistema industrial, no entanto no foram bem sucedidos. Porm a

    capacidade empresarial foi muito importante, pois eles promoveram estradas

    de ferro, introduo da imigrao europia - que tinham uma capacidade

    produtiva maior do que a dos escravos, eles eram grandes comerciantes e

    exportadores de caf e mesmo com capitais modestos conseguiram levantar

    grandes imprios industriais - e contriburam para a implantao de uma rede

    bancria. Com essas importantes bases, a indstria paulista superou a o Rio

    de Janeiro, crescendo mais do que o dobro da indstria de todo o resto do

    pas diversificando em alguns segmentos mais dinmicos, de bens de

    produo, buscando atender o mercado nacional.

    Tabela 2: Concentrao da Produo Industrial brasileira:

    |Regio |1907(%) |1919(%) |1939(%) |

    |So Paulo |15,9 |31,50 |45,4 |

    |Guanabara |30,2 |20,8 |17 |

    |Rio de Janeiro |7,6 |7,4 |5 |

    |Minas Gerais |4,4 |5,6 |6,5 |

    |Rio G. do Sul |13,5

    |11,1 |9,8 |

    Fonte: Censos industriais adaptados por CANO, Wilson, Razes..., p.268.

    Vrios fatores pesavam a favor de So Paulo; tinham o maior nmero de

    empresrios, mo de obra mais bem preparada, mercado amplo e slido,

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    empresrios, mo de obra mais bem preparada, mercado amplo e slido,

    alm de excepcionais condies de infra-estrutura. Cano tambm aponta para

    um fato muito importante para se entender a decolagem de So Paulo,

    segundo ele as terras em So Paulo eram mais frteis, as tcnicas vindas dos

    cafezais fluminenses foram aperfeioadas e introduzias no Oeste paulista

    contribuindo para uma maior produtividade, o processo de construo das

    ferrovias fora mais intenso em So Paulo, a mo de obra imigrantes que era

    paga gerando assim um mercado interno. Assim a partir da dcada de 1930,

    com o processo de substituio das importaes e a crise de 29, So Paulo j

    se tornara o principal plo industrial do Brasil.

    A crise de 1929 e sua recuperao provocariam o deslocamento do eixo

    dinmico da acumulao, do setor agroexportador para o industrial.

    Desarticulando o comrcio exterior, isto causaria forte reverso no

    abastecimento interno: as restries s importaes forariam a periferia

    nacional a importar, agora, produtos manufaturados de So Paulo; este, por

    sua vez, deveria, crescentemente, importar mais matrias-primas e

    alimentos de outros estados. Passava-se, portanto, a integrar o mercado

    nacional sob o predomnio de So Paulo. periferia, nada mais restava do

    que se ajustar a uma funo complementar da

    economia de So Paulo,

    embora mantendo ainda sua antiga dependncia do exterior, atravs de

    suas exportaes tradicionais (CANO, 1998, p. 63).

    Apesar da crise de 29 ter promovido efeitos muito negativos para a economia

    brasileira, j em 1933 a economia tinha nveis de recuperao bem

    consideraveis, e segundo CANO, no periodo de 1933 a 1939, o Brasil crescia

    na ordem de 11.3% ao ano, e nos perodos posteriores crescia tambm a

    taxas elevadas. Isso ocorreu pois o programa de substituio das importaes

    visava no s as industrias de bens de consumo, mas tambem siderrgicas,

    plstico, metal transporte, etc.

    Assim com o desenvolvimento das insdustrias em So Paulo, as outras

    regies passavam a exportar para So Paulo, dada a necessidade que esse

    tinha de materias-primas. Portanto o que verificamos e um deslocamento do

    centro dinmico; de uma economica exportadora para um sistema insdustrial

    Paulista, que se deu atraves da acumulao de capital promovida pelo

    sucesso da economica cafeeira. (GALA, 2001).

    4. CONSIDERAES FINAIS

    A partir dessa anlise concluimos que os desequilibrios regionais no Brasil

    derivam das atividades econmicas que foram realizadas desde os

    primrdios da colonizao, e o desenrolar destas fizeram com que

    adrentrassemos no territrio brasileiro buscando outras atividades que

    geravam lucros. Desta forma, nos locais onde as atividades foram mais

    rentaveis verificamos um contigente populacional maior, seja esse de pessoas

    de fora do pas ou de regies dentro do Brasil que buscavam por trabalho.

    No nordeste o que predominou durante vrios anos foi o plantio da cana de

    aucar. Porm, como ja

    vimos anteriormente, essa economia se esfacelou ao se deparar com uma

    queda desacerbada dos preos. Na regio Sul a atividade econmica que

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    prevaleceu foi na verdade mais para a subsistncia propriamente dita,

    portanto essas atividades no eram um ramo que auferia grandes lucros e por

    isso crescia pouco em detrimento de outras regies. No Norte prevaleceu a

    extrao de especiarias como; latex, madeira, cravo, etc. que no propiavam o

    desenvolvimento de um mercado interno, portanto dificultava seu

    desenvolvimento. O Centro-oeste so iria ver um cresimento consideravel so

    depois dos anos 70 com os investimentos governamentais, isso deixou essa

    regio muito atrasada em relao ao sudeste.

    O desenvolvimento da regio Sudeste se deu atraves da desarticulao do

    sistema aucareiro, isso abriu espao para que se buscasse novas

    alternativas. Da iniciou-se a extrao de pedras preciosas especialmente em

    Minas Gerais. Porm a atividade que deu mais certo foi a economia cafeeira,

    gerando grandes lucros, que promoveram o desenvolvimento de um mercado

    interno. O sistema cafeeiro foi mais rentavel na regio do Oeste-Paulista onde

    as terras eram mais frteis e as tcnicas adotadas na produo eram mais

    desenvolvidas, pois tiraram proveito das falhas da produo dos cafezais

    fluminenses. O desenvolvimento dessa atividade fez com que a concentrao

    populacional e econmica ficasse na Regio Sudeste, principalemte com o

    desenvolvimento industrial que se verificou nessa regio.

    5. REFERNCIAS

    CANO, Wilson. Desequilbrios regionais e concentrao industrial no Brasil.

    Campinas: Unicamp, 1998.

    - Razes da concentrao industrial em So Paulo.

    Campinas: Unicamp, 1998.

    CASSALI, Giovana Figueiredo RossI. Desequilbrio Regional no Brasil. Um

    enfoque: Neo-Schupeteriano. 2007. 291 f. Tese (Doutorado) - Curso de

    Economia Aplicada, Departamento de Economia, Universidade Federal De

    Viosa, Minas Gerais, 200.

    Disponvel em http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/5/TDE-

    2008-02-28T073040Z-1022/Publico/texto%20completo.pdf

    CASTRO, Antonio Barros de. Ensaios sobre a econmica brasileira. Rio de

    Janeiro Editora: Forense Universitria, 1988.

    DINIZ, Cllio Campolina. Globalizao, escalas territoriais e poltica

    tecnolgica regionalizada no Brasil. Belo Horizonte: Cedeplar, 2001.

    FURTADO, Celso. Formao Econmica do Brasil. So Paulo: Companhia

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    GALA, Paulo Srgio de Oliveira Simes. Origens do Desequilibrio Regional no

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    Econmica do Brasil. 1 ed. So Paulo: Saraiva, 2003, v. 1, p. 226-248.

    OLIVEIRA, Cristiano Aguiar de. DESIGUALDADES REGIONAIS E POBREZA

    NO NORDESTE: UMA ANLISE ESPACIAL DO CRESCIMENTO PR-

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    POBRE NA DCADA DE NOVENTA. Disponvel em: . Acesso em: 05 de dez.

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    MAMIGONIAN, Armen. O processo de industrializao em So Paulo. Boletim

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    MARQUES, Beatriz. Regies produtoras de caf no Brasil. Disponvel em: .

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    TAVARES, Maria da Conceio. Da substituio das importaes ao

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    SILVESTRE, Maria Elizabeth Duarte. REVISITANDO O GTDN Ensaio sobre

    as origens do planejamento regional. Disponvel em: . Acesso em: 05 de dez.

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  • 12/6/2014 Origens dos desequilbrios regionais no brasil - Redaes - Bredarafael

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    Acesso em: 06 de dez. 2011

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    Retirado 01, 2013, de http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Origens-Dos-

    Desequil%C3%ADbrios-Regionais-No-Brasil/577745.html

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