OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Fazer a leitura da Crônica "O conde e o...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: LEITURA: Formando Leitores Letrados, tendo como referência algumas
Crônicas dos anos 20 de Rubem Braga.
Autor OLÍVIA SASSO
Disciplina/Área (ingresso no PDE) LÍNGUA PORTUGUESA
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
COLÉGIO ESTADUAL SÃO JOÃO BOSCO- EFM
Município da escola PATO BRANCO
Núcleo Regional de Educação PATO BRANCO
Professor Orientador SONIA MERITH CLARAS
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO- UNIVERSIDADE DO CENTRO-OESTE
Relação Interdisciplinar HISTÓRIA
Resumo
Tem-se observado nos últimos anos nos índices do IDEB, que
a leitura tem importância decisiva para o exercício efetivo da
cidadania, pois, conforme esses dados, percebe-se que um
grande número de nossos educandos apresentam
dificuldades, tanto na leitura como na interpretação do que
leem. A escola é um dos espaços privilegiados para a
formação de leitores, entretanto, esta não vem atendendo às
expectativas e nem às demandas sociais atuais. Sabe-se que
os professores pelas formas que levam a ler os textos de
estudo determinam o interesse, as apreensões e as relações
que os alunos têm com os textos apontados para estudo. O
desafio a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os
educandos aprendam a ler com criticidade. Pretende-se, com
este projeto, despertar nos educandos por meio da leitura, o
conhecimento crítico e reflexivo sobre diversos temas
possibilitando transformá-los em leitores letrados e cidadãos
autônomos, independentes do seu grau de dificuldades. O
projeto iniciará com uma pesquisa bibliográfica visando formar
conceitos e ideias sobre diversas crônicas de Rubem Braga.
Nosso objetivo é relacionar as crônicas do autor às questões
atuais da nossa sociedade. Neste contexto, pretende-se que
o aluno se torne um leitor ativo não só na sala de aula, mas
em outros momentos, fazendo assim, um hábito diário.
2. APRESENTAÇÃO
Imagem 1. Crianças na biblioteca envolvidas com a leitura
Fonte:http://imguol.com/c/entretenimento/2013/07/02/foto-sala-de-leitura-escola-estadual-de-sp-
1372800168763_615x300.jpg
O ato de ler tem importância decisiva para o exercício da cidadania.
Neste contexto é que as pessoas devem estar envolvidas diariamente com
ações de leitura.
É neste sentido que o projeto de intervenção tem como finalidade
incentivar, motivar e despertar o prazer de ler em sala de aula e em outros
ambientes. O respectivo material será desenvolvido com o primeiro ano do
Ensino Médio no período noturno do Colégio Estadual São João Bosco –
Ensino Fundamental e Médio, em Pato Branco. Serão 32 aulas com alunos da
faixa etária de 14 a 17 anos, aproximadamente. O objetivo do projeto é
proporcionar a formação de um aluno verdadeiramente leitor, um leitor assíduo,
engajado, questionador, que sinta necessidade do texto escrito em sua vida
diária.
Segundo as DCE’s – Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica – Língua Portuguesa (2008, p. 48):
...é tarefa de a escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interpretação. Essa inserção permite ao aluno explorar a língua em seus diversos aspectos, ampliando sua visão de mundo, desenvolvendo o senso crítico e consequentemente, melhorando o meio em que está inserido.
O aluno precisa saber que a leitura deve ser tomada como uma prática
social a ser devidamente inserida na vida cotidiana, e este aprendizado tem
início na escola, mas que não deve terminar nas experiências acadêmicas. O
desafio a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os educandos
aprendam a gostar de ler. Para Solé (1998, p. 36):
A partir do Ensino Médio, a leitura é um dos meios mais importantes na escola para a consecução de novas aprendizagens. Isto não significa que não se considere mais necessário insistir em seu ensino, de fato, durante toda a etapa do Ensino Fundamental e às vezes também no Médio, continua-se reservando um tempo para a leitura.
A leitura abre o leque em duas esferas: uma de que adolescentes e
jovens melhorem suas habilidades e, progressivamente, adquiram o hábito da
leitura; na outra, eles devem utilizá-la para ter acesso a novos conteúdos nas
diversas áreas que formam o currículo escolar.
Tem-se observado que no Curso de Ensino Médio, no período noturno,
do Colégio Estadual São João Bosco do Núcleo de Educação do Município de
Pato Branco Paraná, que os alunos matriculados no primeiro, segundo e
terceiro anos têm grandes dificuldades na leitura e na interpretação de textos
longos. Portanto, os alunos devem ser motivados a desenvolver ações de
leitura de forma gradativa, tornando-se leitores assíduos, conscientes e críticos
capazes de pensar e interagir no mundo tão competitivo, transformando-se em
leitores letrados e cidadãos autônomos. Com a apropriação da linguagem
literária os educandos tornam-se usuários competentes que descobrirão rumos
diferentes, novas maneiras de pensar, interagir na sociedade como cidadãos
críticos e atuantes, refletidores diante das tomadas de posições e das
construções de argumentos para defenderem pontos de vista acerca de que
leram.
O projeto iniciará com uma pesquisa bibliográfica visando formar
conceitos e ideias sobre diversas crônicas de Rubem Braga. Neste contexto,
pretende-se que o aluno se torne um leitor ativo não só na sala de aula, mas
em outros momentos, fazendo assim, um hábito diário.
3. MATERIAL DIDÁTICO
3.1 MOTIVAÇÃO
Despertando para a leitura. Assistir ao vídeo: http://youtu.be/yFtdZ5J8yJA
A importância da leitura_mpeg1video.mpg
Professor!
Após assistir ao vídeo, proporcionar aos alunos uma breve reflexão
sobre os diferentes olhares e significados que a literatura produz em nossa
vida. Refletir sobre o quanto a literatura possibilita que possamos entender
melhor, e com criticidade, o mundo que nos cerca.
ATIVIDADE 1
3.2 Histórico do autor Rubem Braga
Através da leitura do texto a seguir sobre um pequeno histórico das
ações de Rubem Braga, os alunos poderão analisar sua atuação enquanto
cronista do século XX.
Professor, apresentar o texto abaixo na TV Pendrive e ler com os alunos.
primeira
semana
Rubem Braga: nunca deixou de escrever regularmente crônicas para
jornais e revistas, vindo a constituir um verdadeiro fenômeno: o de ser o único
escritor a conquistar um lugar definitivo na nossa literatura exclusivamente
como cronista. Abordando sempre assuntos do dia a dia, falando de si mesmo,
da sua infância, mocidade, primeiros amores, empregava tudo o que escrevia
de um grande amor à vida - a vida simples, não sofisticada, dos humildes e
sofredores. Tinha predileção pelas coisas da natureza, tomando
frequentemente como tema o mar, os animais e as árvores. Não apenas
as suas crônicas de amor, exaltação à mulher, mas também as que dedicou a
passarinhos, borboletas, cajueiros, amendoeiras e pescarias. São das mais
belas páginas da nossa literatura.
Duzentas crônicas escolhidas é uma reunião dos melhores textos
produzidos por Rubem Braga, entre 1935 a 1977. A escolha das crônicas foi
feita pelo próprio autor, com base na seleção original do amigo Fernando
Sabino.
Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Rio de Janeiro: Record,2004.
Após a leitura e debate do legado do autor, deixar que os alunos
interajam entre si e com o grande grupo.
Professor! Nesta etapa levar os alunos no laboratório de informática
onde serão organizados e distribuídos em pequenos grupos, de acordo com a
disponibilidade dos computadores, onde farão pesquisa orientada sobre a
biografia de Rubem Braga, registrando sua pesquisa de forma resumida no
caderno de leitura.
ATIVIDADE 2
3.3 Leitura e análise da crônica:
Fazer a leitura da Crônica "O conde e o passarinho" que está inserida no livro
"200 crônicas de Rubem Braga".
Professor, a crônica está disponível no site:
Segunda semana
http://rubem.wordpress.com/grandes-cronicas-brasileiras/
Após a leitura da crônica, o professor deverá perguntar o que os alunos
entenderam da crônica. Explorar através da oralidade a interpretação e a
criticidade. A seguir, solicitar a realização das atividades propostas.
Leia os trechos da crônica “O Conde e o Passarinho” de Rubem Braga.
E faça o que se pede a seguir.
O CONDE E O PASSARINHO1
“Acontece que o Conde Matarazzo estava passeando pelo parque. O Conde
Matarazzo é um Conde muito velho, que tem muitas fábricas. Tem também
muitas honras. Uma delas consiste em uma preciosa medalhinha de ouro que o
Conde exibia à lapela, amarrada a uma fitinha. Era uma condecoração (sem
trocadilho)
[...]
No parque havia um passarinho...
[...]
Torço pelo passarinho. Não é por nada. Nem sei mesmo explicar essa
preferência. Afinal de contas, um passarinho canta e voa. O Conde não sabe
gorjear nem voar. O Conde gorjeia com apitos de usinas, barulheiras enormes,
de fábricas espalhadas pelo Brasil, vozes dos operários, dos teares, das
máquinas de aço e de carne que trabalham para o Conde. O Conde gorjeia
com o dinheiro que entra e sai de seus cofres, o Conde é um industrial, e o
Conde é Conde porque é industrial. O passarinho não é industrial, não é
Conde, não tem fábricas. Tem um ninho, sabe cantar, sabe voar, é apenas um
passarinho e isso é gentil, ser um passarinho...
Imagem 2 :O passarinho Fonte:www.ingodoy.com.br
Interpretação:
a) Com base no trecho da crônica acima cite as características físicas,
psicológicas e econômicas dos dois personagens.
1 Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Rio de Janeiro:Record,2004,pg.25,26.
b) Se você fosse escolher, qual dos dois personagens você seria?
Justifique sua resposta.
c) Em sua opinião quais seriam os “condes” em nossa sociedade?
d) Por que o autor utilizou como sujeito um pássaro e um ser humano?
e) Escolha a parte da crônica que mais lhe chamou atenção. Use sua
criatividade e faça a ilustração. A produção será exposta num varal no
saguão da escola.
[...]2
Quando eu era calouro de Direito, aconteceu que uma turma de calouros
assaltou um bonde. Foi um assalto imortal. Marcamos no relógio quanto nos
deu na cabeça, e declaramos que a passagem era grátis. O motorneiro e o
condutor perderam, rápida e violentamente, o exercício de suas funções.
Perderam também os bonés. Os bonés eram os símbolos do poder.
Desde aquele momento perdi o respeito por todos os motorneiros e
condutores. Aquilo foi apenas uma boa molecagem. Paciência. A vida também
é uma imensa molecagem. Molecagem podre. Quando poderás ser um urubu,
meu velho Rubem?
Mas voltemos ao Conde e ao passarinho. Ora, o Conde estava passeando e
veio o passarinho. O Conde desejou ser que nem o seu patrício, o outro
Francisco, o Francisco da Umbria, para conversar com o passarinho. Mas não
era aquele, o São Francisco de Assis, era apenas o Conde Francisco
Matarazzo. Porém, ficou encantado ao reparar que o passarinho voava para
ele. O Conde ergueu as mãos, feito uma criança, feito um santo. Mas não eram
mãos de criança nem de santo, eram mãos de Conde industrial. O passarinho
desviou e se dirigiu firme para o peito do Conde. Ia bicar seu coração? Não, ele
não era um bicho grande de bico forte, não era, por exemplo, um urubu, era
apenas um passarinho. Bicou a fitinha, puxou, saiu voando com a fitinha e com
a medalha...
Imagem 2 :O passarinho Fonte:www.ingodoy.com.br
1. Analisando o texto acima, a continuação da crônica de Rubem Braga,
responda.
A) Enumere o texto em linhas.
2 Citado na página 25,26. Idem. A Crônica acima dá continuidade da história.
B) Da primeira até a sétima linha pode comparar com acontecimentos
recentes em nosso país. Que acontecimentos foram esses?
Professor!
Procurar fazer uma reflexão com o aluno e relacionar as greves
ocorridas por todo o país durante a visita do Papa, o movimento dos
caras pintadas da década de 92, a marcha das vadias, as marchas pela
paz e pela justiça entre outros. As atividades seguintes estão
relacionadas a tais questões. Todavia, você poderá utilizar outros
materiais, impressos ou on-line, a fim de dar conta dos movimentos
sugeridos.
ATIVIDADE 3
3.4 Releitura de imagem e interpretação de notícia
Imagem 4: Manifestação de reivindicação contra a corrupção no Brasil. Fonte: Jornal InformANDES,Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior- ANDES-
SN,junho,2013.
a) Observe a imagem acima e justifique a frase “O Brasil vai pra rua”.
b) Em sua opinião, o que motiva os adolescentes e jovens a ir às ruas
reclamar por alguma coisa?
Terceira
semana
C) Como está seu grau de satisfação com a situação atual de nosso
país?
D) Que sugestão você daria para que nosso país ficasse melhor?
Imagem 5
3 : Síntese dos estudantes.
Fonte: Jornal InformANDES,Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior- ANDES- SN,junho,2013, pg.8,9.
Leia o texto e discuta com seu colega.
a) Os estudantes hoje estão inseridos numa sociedade em que as classes
sociais se encontram em estado de inércia. A juventude tem mais
condições de lutar por seus ideais? Por quê?
3 Trecho extraído do artigo Sobre Vândalos, Antropófagos, Canibais, Tucanos Petistas e Pessoas de
Osvaldo Coggiola. Jornal InformANDES,Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
SuperiorANDES- SN,junho,2013.
b) Existem problemas apenas com a educação e transporte no Brasil?
Justifique.
c) Ruben Braga em suas crônicas faz menções de uma organização social
estratificada e das relações de poder. Cite exemplos do trecho da
crônica acima onde faz tal referência comparando com a organização
política e social dos dias atuais.
d) Na sua cidade ocorreu manifestação semelhante? O que estavam
reivindicando?
ATIVIDADE 4
3.5 ANÁLISE DE IMAGEM E TEXTO
Observe as imagens e parte do texto da homilia do Papa Francisco em
uma celebração na Jornada Mundial da Juventude.
Imagem 6: Multidão dá as boas vindas ao Papa Francisco/JMJ/2013.
Fonte:http://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2013/07/21/378156/2013072020541015
2168i.jpg
Imagem 7: Papa Francisco saúda os fiéis.
Fonte :PAULA-2013
Veja parte da homilia do Papa Francisco na missa para jovens em Copacabana
Queridos jovens!
[...]
Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o
mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem
sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do
amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu
não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos
salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como
escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos
envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para
todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é
apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais
acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo
para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece
mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos
sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
[...]
Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de
«extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim
é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar
e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do
egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo.
[...]
Fonte: http://g1.globo.com/jornada-mundial-da-juventude/2013/noticia/2013/07/veja-integra-da-homilia-
de-francisco-na-missa-para-jovens-em-copacabana.html
Através das imagens acima e a crônica “O Conde e o Passarinho”,
podemos perceber que existem no Brasil ações relacionadas com a busca de
direitos dos cidadãos e acontecimentos nas manifestações públicas (vinda do
Papa ao Brasil/passeatas pelo passe livre/contra a corrupção).
a) Estabeleça um paralelo entre as imagens 4,5,6 e 7.
b) Quem representa atualmente em nossa sociedade o urubu e o profeta
Jeremias?
c) Formem grupos de 3 componentes e conversem sobre as frases,
anotem em seus cadernos e socialize com o grande grupo.
“...É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da
força do amor...” (homilia do Papa na Jornada Mundial da Juventude).
“...A vida também é uma imensa molecagem. Molecagem podre...” (O Conde e o
Passarinho).
PROFESSOR!
Nesta atividade poderá ser sugerido aos alunos que
providenciem recortes de jornais/revistas que tenham em casa ou
busquem na internet, trechos que explorem tais assuntos, podendo
ser impressos para trabalhar a leitura em sala de aula e também a
relação com o processo de democracia existente em nosso país.
ATIVIDADE 5
3.6 COMPARANDO E REFLETINDO:
Crônica Louvação e a homilia do Papa
Leia o trecho da crônica4:
[...]
O jornal deu esse caso do padeiro de Brás de Pina que foi autuado
por estar fabricando pão com farinha de trigo pura. Entendeu-se
que a Prefeitura tem razão. Temos pouco trigo - e precisamos
misturá-lo. O padeiro será punido, mas que ele ouça este canto
matinal em seu favor.
[...]
Há orquestras tocando falsas músicas e oradores com a voz
embargada, pela falsa emoção; e o chefe de Polícia resolve punir
falsos crimes. Os partidos fazem uma falsa coalizão ou se colocam
em falsa oposição ou hipotecam falso apoio; e todos comem falsa
manteiga, bebem água de falsa pureza e tomam falsos banhos sem
água. De tudo isso nos queixamos aos falsos amigos; e todos nos
fazem falsas promessas, e nos oferecemos falsos banquetes;
quando tudo piora, o povo nas ruas promove falsos distúrbios,
quebrando falsos artigos de falsos comerciantes.
[...]
Sim, glória ao padeiro que acredita no pão. Não acreditam na paz
os homens que a fazem; até a guerra a fizeram sem acreditar.
Glória a ti, padeiro que fazes pão.
Setembro, 1946
Fonte: MORAES, 2013.
4 Fonte: BRAGA,Ruben, 200 crônicas escolhidas, Rio de Janeiro:Record,2004,pg.114,115.
Quarta
semana
A Crônica de Rubem Braga refere-se a um trabalhador do início do
século XX. Sua atividade é a de produzir o pão, mas com uma série de
situações envolvendo essa profissão. Analisando o texto, responda as
questões com seus colegas.
A) Quais são os tipos de gêneros apresentados nos trechos dos textos
analisados. ( O Conde e o Passarinho; O Brasil vai para a rua; O MPL tem
história; Queridos Jovens!)
B) Quais as personagens envolvidas na situação problema?
C) Qual o fato narrado? Onde aconteceu?
D) Quanto tempo percorrido na narração dos acontecimentos?
E) Que reflexão pode fazer sobre o comportamento humano que o autor nos
apresentou na crônica?
F) O narrador de certa forma representou a sociedade em que vivemos. Que
opinião de sociedade e organização política quis nos transmitir o autor
Rubem Braga?
G) Observe o trecho” De tudo isso nos queixamos aos falsos amigos; e todos
nos fazem falsas promessas, e nos oferecemos falsos banquetes; quando
tudo piora, o povo nas ruas promove falsos distúrbios, quebrando falsos
artigos de falsos comerciantes”. Responde:
Para você qual é o conceito de “falsos amigos e falsas promessas”?
H) Qual relação temos entre as expressões “o povo nas ruas promove falsos
distúrbios” com a imagem “O Brasil vai para a rua”?
A Crônica também está disponível nos sites:
Louvação (1946) [Crônica de Rubem Braga narrada por Edson ... soundcloud.com/.../louva-o-1946-cr-nica-de-rubem
http://livroerrante.blogspot.com.br/
PROFESSOR!
Providenciar para esta aula, a crônica na íntegra e distribuir aos alunos
para que façam uma leitura silenciosa. Ao término desta, o professor
fará a leitura em voz alta para a classe. Providenciar a gravação da
crônica Louvação, em seguida ouvi-la através da TV Pendrive a
reprodução feita por Edson Celulari.
ATIVIDADE 6
TRABALHANDO COM A CRÔNICA
UMA LEMBRANÇA
Foi em sonho que revi a longamente amada; sentada numa velha canoa, na
praia, ela me sorria com afeto. Com sincero afeto-pois foi assim que ela me dedicou
aquela fotografia com sua letra suave de ginasiana.
Lembro-me do dia em que fui perto de sua casa apanhar o retrato, que me
prometera na véspera. Esperei-a junto a uma árvore; chovia uma chuva fina. Lembro-
me de que tinha uma saia escura e uma blusa de cor viva, talvez amarela; que estava
sem meias. Os leves pêlos de suas pernas lindas queimados de sol de todo o dia na
praia estavam arrepiados de frio. Senti isso mais do que vi, e, entretanto, esta é a
minha impressão mais forte de sua presença de quatorze anos: as pernas nuas
naquele dia de chuva, quando a grande amendoeira deixava cair na areia grossa
pingos muito grandes. Falou muito perto de mim, e perguntei se tomara café; seu
hálito cheirava café. Riu, e disse que sim, com broas. Broas quentinhas, eu queria
uma? Saiu correndo, deu a volta à casa, entrou pelos fundos, voltou depois (tinha dois
ou três pingos de água na testa) com duas broas ainda quentes na mão. Tirou do seio
a fotografia e me entregou.
[...]
Tudo o que envolve a amada nela se mistura e vive, a amada é um tecido de
sensações e fantasias e se tanto a tocamos, e prendemos e beijamos é como
querendo sentir toda sua substância que, entretanto, ela absorveu e irradiou para
outras coisas, o vestido ruivo, o azul e branco, aqueles sapatos leves e antigos de que
temos saudades; e quando anda, a queremos de pé, diante do espelho, os dois belos
braços erguidos para a nuca, ajeitando os cabelos, cantarolando alguma coisa, antes
de partir, de nos deixar sem desejo mas com tanta lembrança de ternura ecoando em
todo o corpo.
Foi em sonho que revi a longamente amada. Havia praia, uma lembrança de chuva de praia, outras lembranças: água em gotas redondas correndo sobre a folha da taioba ou inhame, pingos d' água na sua pele de um moreno suave, o gosto de sua pele beijada devagar... Ou não será gosto, talvez a sensação que dá em nossa boca tão diferente uma pele de outra, esta mais seca e mais quente, aquela úmida e mansa. Mas de repente é apenas essa ginasiana de pernas ágeis que vem nos trazer o retrato com sua dedicatória de sincero afeto; essa que ficou para sempre impossível sem, entretanto, nos magoar, sombra suave entre morros e praia longe. Janeiro 1949
Sexta
semana
Professor:
CRÔNICA é um gênero textual em que se apresentam fatos do cotidiano
a partir da ótica particular do cronista. Nesse gênero, há poucos personagens,
linguagem quase sempre informal, simples, direta e, às vezes, poética. Pode
ser elaborada com a intenção de divertir, de emocionar, ou de fazer o leitor
refletir.
SARMENTO, Leila Laura,TUFANO, Douglas.PORTUGUÊS: Literatura,
gramática, produção de texto - 1. ed - São Paulo: Moderna, 2010.
Ler toda a crônica “Uma Lembrança”, disponível no site:
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/o-sol-dos-incas-o-senhor-rubem-
braga-es-1913-rj-1990
3.7 Interpretação da crônica “Uma Lembrança”.
1) Com base nas informações anteriores responda:
a) O que é uma crônica?
b) Quem escreve crônicas?
2) Assinale a alternativa incorreta:
a) Rubem Braga é um escritor brasileiro contemporâneo que se destacou na
produção de romances urbanos dando ênfase aos problemas de corrupção na
política social.
b) A crônica é um gênero encontrado nas páginas de jornal e revistas que, em
certos momentos de elaboração estética das informações do cotidiano, merece
permanência entre o que há de melhor no patrimônio literário do Brasil.
c) Gênero muito desenvolvido no Brasil, a crônica pode enfatizar: memórias,
lembranças da infância, reflexões literárias, poemas em prosa , pequenos
contos.
d) A crônica brasileira privilegia a linguagem escrita e falada no centro urbano,
dando ênfase ao registro coloquial e informal da variedade padrão da Língua
Portuguesa.
3) Com relação ao gênero do texto "UMA LEMBRANÇA", é correto afirmar que
a crônica:
a) Consiste na apresentação de situações pouco realistas, em linguagem
metáforica.
b) Possui modelo fixo, o diálago quase sempre é objetivo.
c) Tem função primodial informar o leitor sobre problemas políticos.
d) Parte do assunto do cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
4) A crônica é um gênero textual produzido, em geral, a partir de fatos do
cotidiano.
a) Qual fato teria gerado motivação para o cronista Rubem Braga escrevê-la.
5) Observe a linguagem empregada na crônica em estudo. Há expressões da
linguagem coloquial? Justifique sua resposta.
6)Trabalho em grupo (três alunos). Pesquisa no laboratório de informática.
Assuntos a serem pesquisados
- A origem da crônica;
- O cronista de si mesmo;
- O cronista à distância;
- A crônica moderna;
- Cronistas brasileiros modernos;
- Tipos de crônica: (descritiva; narrativa; narrativo-descritiva; lírica; reflexiva;
metalinguística; comentário). Solicitar uma cópia de cada crônica para o
enceramento final das atividades pedagógicas.
PROFESSOR!
Para essas atividades, distribuir uma cópia da crônica na integra, fazer a
leitura, comentário do tema explorado. Pedir aos alunos quais são as
lembranças que ainda os emocionam. A seguir passar no quadro as questões
de interpretação. Para a pesquisa é necessário que reserve com antecedência
o laboratório de informática. Durante a pesquisa os alunos deverão anotar no
caderno para ser apresentada na próxima aula. Para o enceramento do Projeto
será apresentado as leituras das crônicas escolhidas pelos grupos, covidar os
pais, os alunos das outras series, professores, diretor(a), coordenador(a); APM
para assistirem e observar como foi desenvolvido o Projeto de Intervenção
Pedagógica.(último dia de aula).
ATIVIDADE 7
3.7 TRABALHANDO COM OS CAMPOS LEXICAIS
Professor!
Poderá encontrar a crônica, no livro 200 crônicas escolhidas e no site:
http://oitavoanocp2.blogspot.com.br/2012/03/rubem-braga-luto-da-familia-
silva.html
Após leitura da crônica,o professor comenta sobre as principais ideias
depreendidas do texto e executa as atividades sugeridas explorando os
campos lexicais.
3.8 CAMPOS LEXICAIS
Os campos lexicais consistem no agrupamento de um conjunto de
lexemas de um texto, desde que nesse grupo haja pelo menos um traço, um
sema comum. “Esse mesmo traço mínimo de significação ou sema, deve servir
de denominação ou hiperônimo para o conjunto, cujos elementos serão
chamados de hipônimos” (LIMOLI, 1997, p.25 apud CLARAS, 2010).
De acordo com LIMOLI (1997, 2005), na montagem dos campos lexicais
além da hiperonímia, há outra relação de sentido que contribui para a
complementaridade da significação global do texto, a polissemia.
PARA SABER MAIS:
Sétima
semana
Segundo o minidicionário
brasileiro de Alpheu Tersariol,
Polissemia significa o ter
uma palavra muitas
significações.
A segmentação, a montagem do campo lexical pode ser iniciada, em
qualquer texto, com hiperônimos mais recorrentes, como:
Tempo, espaço, atores;
Categoria sensorial: gustativo, visual, auditivo e tátil;
Vida versus morte;
Alegria versus tristeza (...).
Professor:
Poderá ser feita a interpretação oral, enfatizando os hiperônimos e
hipônimos, para que o aluno possa em seguida realizar as atividades dos
campos lexicais.
Nesta atividade pretende-se que o professor oriente os alunos quanto às
semelhanças e diferenças entre as formas de manifestações públicas. O que é
possível ler através das imagens.
LUTO DA FAMILIA SILVA
“Crônica: ‘‘LUTO DA FAMÍLIA SILVA” - BRAGA, Rubem: 200crônicas escolhidas.
A assistência foi chamada. Veio tinindo. Um homem estava deitado na calçada.
Uma poça de sangue. A Assistência voltou vazia. O homem estava morto. O cadáver
foi removido para o necrotério. Na seção dos "Fatos Diversos" do Diário de
Pernambuco, leio o nome do sujeito: João da Silva Morava na Rua da Alegria.
Morreu de hemoptise. [...]
[...] Moramos em várias casas e em várias cidades. Moramos principalmente na rua.
Nós pertencemos, como você, à família Silva. Não é uma família ilustre; nós não
temos avós na história. Muitos de nós usamos outros nomes, para disfarce. No
fundo, somos o Silva. Quando o Brasil foi colonizado, nós éramos os degredados.
Depois fomos os índios. Depois fomos os negros. Depois fomos imigrantes,
mestiços. Somos o Silva. Algumas pessoas importantes usaram e usam nosso nome.
É por engano. O Silva somos nós. Não temos a mínima importância. Trabalhamos,
andamos pelas ruas e moramos. Saímos da vala comum da vida para o mesmo local
da morte. Às vezes, por modéstia, não usamos nosso nome de família. Usamos o
sobrenome "de Tal". A família Silva e a família "de Tal" são a mesma família. E, para
falar a verdade, uma família que não pode ser considerada boa família. Até as
mulheres que não são de família pertencem à família Silva. [...]
[...] Nossa família, entretanto, é que trabalha para os homens importantes.
A família Crespi, a Matarazzo, a família Guinle, a família Rocha Miranda, a família
Pereira Carneiro, todas essas famílias importantes na América do Norte, na
Inglaterra, na França, no Japão. A gente de nossa família trabalha nas plantações de
mate, nos pastos, nas fazendas, nas usinas, nas praias, nas fábricas, nas minas, nos
balcões, no mato, nas cozinhas, em todo lugar onde se trabalha. Nossa família
quebra pedra, faz telhas de barro, laça os bois, levanta os prédios, conduz os
bondes, enrola o tapete do circo, enche os porões dos navios, conta o dinheiro dos
Bancos, faz os jornais, serve no Exército e na Marinha. Nossa família é feito Maria
da Polaca: faz tudo. [...]
3.9 Atividade de escrita:
Observe as sugestões seguintes sobre possíveis hiperônimos, ou seja,
prováveis agrupamentos de campos lexicais. Faça uma releitura da crônica
encontrando hipônimos, palavras que se relacionem que digam respeito aos
hiperônimos sugeridos.
Levantamento dos Campos Lexicais 1
I – ENQUADRAMENTO SITUACIONAL
Actorialidade Temporalidade Espacialidade
Homem(2x) Neste momento Calçada
Cadáver quando necrotério
Sujeito depois(3x) Diário de Pernambuco
João da Silva (5x) nunca Rua da Alegria
seus amigos sempre vala comum
nós(8x) várias casas
joãos da silva(2x) várias cidades
Avós na rua
Índios mesmo local
Degredados América do Norte
Negros Inglaterra
Imigrantes França
mestiços... Japão Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 2
Visual Gustativo Auditivo
Assistência Sangue que saía da boca Assistência/tinindo
Poça de sangue Cadáver removido
Sangue-azul Corpo vai baixar à vala
Sangue-vermelho/vermelhinho Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 3
III – Vida X Morte
Vimos lhe prestar esta homenagem Poça de sangue
Trabalhamos Homem estava morto
Andamos pelas ruas Necrotério
Gente de nossa família trabalha Morrer de hemoptise
Vala comum da vida Corpo vai baixar à vala comum Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 4
IV – Belo X Feio
Amigos Poça de sangue
Irmãos Homem morto
Homenagem Cadáver
Família é que trabalha Necrotério
Nós auxiliamos várias famílias Morreu de hemoptise
Gente de nossa família trabalha Vala comum Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 5
V – Negação
Não temos avós Não usamos nosso nome
Você não possuía sangue-azul Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 6
VI –Profissão X Trabalho
Ervateiro Plantação de erva mate
Pastor Nos pastos (cuidando das ovelhas/ pregador)
Fazendeiro Na fazenda
Usineiro Nas usinas (minerais/açucareiras)
Operários Fábricas
Mineiro Minas ( ouro, pedras preciosas)
Balconista Comércio
Cozinheiro Cozinha Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
Levantamento dos Campos Lexicais 7
VII – Movimento X Estaticidade
Assistência/tinindo Deitado na calçada
Leio o nome do sujeito Homem morto
Vimos lhe prestar esta homenagem Cadáver
Morreu de hemoptise
Corpo vai baixar à vala comum Fonte: BRAGA,Rubem, 200 crônicas escolhidas, Luto da Família Silva, Rio de Janeiro:Record,2004.
2. Atividade de leitura e compreensão da crônica “Luto da Família Silva”,
com base nos campos lexicais de 1 ao 7 responda:
a) Em relação ao quadro 1, responda:
Quem são os personagens?
_____________________________________________________________
Onde e quando acontecem os fatos?
_____________________________________________________________
b) Qual a relação entre os campos lexicais ”visual, “belo x feio” no que diz
respeito ao percurso do homem morto na crônica?
_______________________________________________________________
c) Quais são as figuras relacionadas aos sentimentos eufóricos “vida x morte”
encontrada na crônica?
_______________________________________________________________
d) Em relação ao quadro 5, quais são as palavras ou expressões que
representam negatividade, ou seja, negação?
______________________________________________________________
e) No quadro 6 “ profissão x trabalho”, responda:
Quais as profissões que trabalha a Família Silva?
______________________________________________________________
Qual a relação de trabalho com as profissões citadas acima:
______________________________________________________________
Para quem a Família Silva trabalha?
______________________________________________________________
Com base no quadro 1, relacione diferentes espaços citados na crônica.
______________________________________________________________
g) De acordo com o quadro 7 “movimento x estaticidade” a Família Silva
desempenha uma rotina diária agitada. Identifique na crônica esta mobilidade.
_______________________________________________________________
De acordo com o mesmo quadro, exemplifique onde a Família Silva
morava.
_______________________________________________________________
4. AVALIAÇÃO
Avaliação das atividades referentes ao projeto observando a
participação, o interesse, a oralidade, a leitura e a execução das atividades
propostas, bem como a apresentação das pesquisas para os colegas e a
autoavaliação dos trabalhos desenvolvidos durante a execução do projeto.
5. ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
Leituras, análises, interpretações dos textos, das crônicas e das
imagens que abrem espaços para a criticidade, para novas estratégias e
interações.
As análises das crônicas propostas possibilitam ampliar e diversificar o
gosto pela leitura, também incentivar o aluno na busca de novas referencias
culturais e "sua leitura de mundo".
Os critérios de escolha das crônicas levaram em conta à linguagem, o
gênero, a adequação ao grau de dificuldade no processo de desenvolvimento
de habilidades e competências de leitura do aluno. Portanto, a leitura é
explorada em todos os textos, seja na construção crítica ou na exposição oral
do educando.
As atividades de leitura contém um encaminhamento que une,
naturalmente os níveis de compreensão e interpretação do texto com objetivo
de levar os alunos a apreensão do tema, o levantamento de hipóteses,
captando o que não está explicito e, com base na coerência interna do texto,
prevendo o que está por vir; relações de causa e consequência, de
temporalidade e espacialidade, comparação ( estabelecendo semelhanças e
diferenças).
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas,Rio de Janeiro, Ed Record, 2004.
CLARAS, Sonia Merith. Semiótica, Leitura, Análise Linguistica: uma
proposta de intervenção no ensino fundamental. 2011. 366 f. Tese( Doutorado em Estudos de Linguagem)- Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.
SARMENTO, Leila Laura,TUFANO, Douglas.PORTUGUÊS: Literatura,
gramática, produção de texto - 1. ed - São Paulo: Moderna, 2010.
Sites consultados e sugeridos:
Sobre a vinda do Papa.http://youtu.be/G-JzPTdO0Ck http://www.youtube.com/watch?v=WtAYpM35NAk
http://blogs.estadao.com.br/radar-tecnologico/files/2013/07/papa-francisco-foto-2013-estadao-marcos-de-paula1.jpg
http://3.bp.blogspot.com/-
http://rubem.wordpress.com/grandes-cronicas-brasileiras/ http://oitavoanocp2.blogspot.com.br/2012/03/rubem-braga-luto-da-familia-silva.html
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/o-sol-dos-incas-o-senhor-rubem-braga-es-
1913-rj-1990
Louvação (1946) [Crônica de Rubem Braga narrada por Edson ...
soundcloud.com/.../louva-o-1946-cr-nica-de-rubem
http://livroerrante.blogspot.com.br/
www.imagens.usp.br
MORAES, Salete Sonáglio, Pato Branco, Paraná, 2013, foto:arquivo pessoal