OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ... · ensino da Matemática, no estudo...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
ESTUDO DIRIGIDO: O ENSINO DA FUNÇÃO POLINOMIAL DE 1º GRAU
ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E ANÁLISE GRÁFICA.
José Aparecido Bortolato1
Paulo Domingos Conejo2
RESUMO
O presente projeto discute os procedimentos metodológicos relativos ao
ensino da Matemática, no estudo da Função Polinomial do 1º Grau através da
resolução de problemas e análise de gráficos. Foi aplicado no 9º ano do ensino
regular fundamental, para atender às dificuldades de aprendizagem e análise do
conteúdo, que estão presentes em todos os níveis e modalidades desse ensino. A
proposta é que, por meio da resolução de problemas, os alunos possam apropriar-se
do conteúdo de Função do 1º Grau e desenvolver uma visão global, ou seja,
desfragmentada, daquilo que estão estudando. Em geral, o ensino desse conteúdo é
feito em partes separadas, fragmentadas de tal modo que o aluno encontra muita
dificuldade em compreender o todo. O que se propõe, ao contrário disso, é partir do
todo para a compreensão de cada uma das partes, de maneira que o aluno possa
inferir sobre os problemas propostos e entender como resolvê-los. Para alcançar os
objetivos, os roteiros dos conteúdos contemplaram a resolução desfragmentada e
sua análise gráfica. A elaboração dos planos de aula norteou-se por critérios
estabelecidos na organização do projeto dirigido, o qual privilegia a transposição dos
conhecimentos empíricos para os conceitos científicos e suas relações.
Palavras-chave: Matemática; desfragmentação de conteúdo; resolução de problemas;
análise de gráfico.
1
Professor PDE/2013 – UNIOESTE. Pós-graduado em Educação da Matemática. Professor da rede pública do estado do
Paraná. [email protected].
2Professor Doutor do Departamento de Matemática da UNIOESTE – Campus de Cascavel,
Paraná. [email protected].
INTRODUÇÃO
As dificuldades de aprendizagem e análise do conteúdo em Matemática,
estão presentes em todos os níveis e modalidades de ensino.
Esses limites resultam de inúmeras variantes que envolvem desde a
formação de docentes, a falta de estrutura e de materiais didáticos adequados,
a descontextualização do ensino com a realidade do educando, a falta de
metodologias e de avaliações adequadas, os desencontros entre aquilo que é
proposto em currículos e programas educacionais com o ensino que se efetiva na
prática, entre outros.
Quando se trata dos alunos do ensino médio, seja do ensino regular ou da
EJA, os problemas são agravados pela falta de domínio dos conteúdos do ensino
fundamental, os quais se configuram como pré-requisitos para a apropriação dos
demais conteúdos.
Assim, conforme apontam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná – Matemática:
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios. (PARANÁ, 2008, p.45)
Diante disso, este estudo se justifica pela necessidade de proporcionar aos
educandos novos meios de estabelecer relações e conexões com os conteúdos
matemáticos do ensino médio.
A proposta é que, por meio da resolução de problemas, os alunos possam
apropriar-se do conteúdo de Função do 1º Grau e desenvolver uma visão global
daquilo que estão estudando. Em geral, o ensino desse conteúdo é feito em partes
separadas, fragmentadas de tal modo que o aluno encontra muita dificuldade em
compreender o todo.
O que se propõe, ao contrário disso, é partir do todo para a compreensão de
cada uma das partes, de maneira que o aluno possa inferir sobre os problemas
propostos e entender como resolvê-los.
Na escola os conteúdos não devem ser de senso comum, mas sim científico,
e devem ser ministrados na ordem de começo, meio e fim, relacionados,
integralizados e sistematizados, Saviani (1991).
No ensino da Matemática é importante compreender a aula como prática
educativa, na qual o ensinar não é explicar, o aprender não é escutar e o
conhecimento não se encontra apenas naquilo que é expresso nos livros didáticos.
Assim, a qualidade do ensino está em promover a aprendizagem do aluno e,
principalmente, oportunizar lhe o desenvolvimento de sua criticidade e de sua
autonomia diante da realidade social. Portanto, faz-se necessário avançar no sentido
de proporcionar aos educandos uma educação que lhes permita interagir com
autonomia, criatividade, criticidade e responsabilidade na sociedade.
Essas mudanças também são sentidas na Matemática, o que leva a
questionar como a utilização dos conceitos tem alterado a utilização do espaço. No
entendimento e análise de conteúdos, e como esses conceitos e técnicas tem
interferido no modo de vida das pessoas diretamente ligadas à escola e à produção.
Para tanto, é fundamental que os conhecimentos tenham relação com a
realidade socioeconômica e cultural do aluno, que sejam contextualizados, que
sejam relevantes, que tenham significância e sentido. É preciso considerar que
muitos são os limites no ensino da Matemática. Assim, vale questionar como o aluno
irá interpretar e analisar a Função do 1º Grau, a partir do gráfico na resolução de
problemas fragmentados? Como a resolução de problemas pode facilitar a
aprendizagem do conteúdo de Funções de 1º Grau para os alunos? De que maneira
pode-se partir da visualização do todo para compreender as partes de um
problema? Como estabelecer relações entre os conhecimentos científicos e as
informações que os alunos trazem?
Na busca de responder a esses e a outros questionamentos que possam
surgir durante este estudo, busca-se intervir na proposta de ensino da matemática
no Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira, de modo a auxiliar educandos e
professores da instituição no ensino e aprendizagem dos conteúdos de Funções de
1º Grau. Possibilitando a resolução de situações-problema, com análise de gráficos
de Funções de 1º Grau, a partir de resolução de um problema desfragmentado (ver
o conteúdo com maiores dados possíveis).
Os alunos devem estabelecer relações entre os conteúdos científicos e os
saberes populares para a resolução de problemas matemáticos que envolvam
Funções do 1º Grau.
Para tanto, faz-se necessário compreender que a sociedade atual, como meio
de expandir o capital, provoca o acirramento da competitividade e das relações de
exploração e de exclusão social. Para a massa de excluídos do processo produtivo a
educação se configura como um meio de adquirir conhecimentos que possibilitem
sua interação social e o ingresso no mundo do trabalho como fonte de renda para
suprir as necessidades materiais de sua existência.
O ensino da Matemática é bastante desafiador, muitos são os limites e várias
são as dificuldades. Os diferentes níveis dos educandos, a falta de cursos de
formação continuada para professores, a falta de estrutura didático-pedagógica de
muitas escolas, a falta de condições estruturais para que o aluno ingresse na vida
escolar e tenha condições de permanência e de êxito na mesma, entre outros
problemas, refletem limites que constantemente precisam ser transpostos por
educandos e educadores.
Segundo Pontes (1994):
Para os alunos, a principal razão do insucesso na disciplina de Matemática resulta desta ser extremamente difícil de compreender. No seu entender, os professores não a explicam muito bem nem a tornam fácil. Assim os alunos não percebem para que ela serve, nem porque são obrigados a estudá-la. Alguns alunos interiorizam mesmo desde cedo uma autoimagem de incapacidade em relação à disciplina. De um modo geral, culpam-se a si próprios, aos professores, ou às características específicas da Matemática (PONTES, 1994, p.2).
Nesse sentido, é imprescindível que os educadores desenvolvam um ensino
matemático contextualizado e com significância para os alunos.
Mesmo que a intenção não seja fazer alusão ao pragmatismo, ninguém
aprende por aprender.
De nada adianta um conhecimento que não se configura na transformação do
sujeito e da sociedade na qual ele interage. A aprendizagem deve ser dinâmica e
estimular a curiosidade e o consequente interesse na busca de soluções de
problemas, de reflexão, de levantamento de hipóteses e da criação de novas
possibilidades para a sua intervenção no mundo.
Mas, para que a aprendizagem se efetive no ensino da Matemática, a relação
professor-aluno e o diálogo entre ambos é fundamental.
Assim, para Freire (2005):
[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelos mutantes. (FREIRE,2005, p. 91).
Dessa forma, quanto mais o professor exercita a relação dialógica com o
aluno, maiores serão as possibilidades para que a aprendizagem se desenvolva e
que os limites sejam transpostos.
O diálogo permite que o professor possa criar estratégias de ensino que
apresentem os conteúdos matemáticos contextualizados com a realidade dos
educandos, não só para que tenham sentido e significância, mas para que,
principalmente, tenham relações com outras áreas de conhecimento.
No ensino da Matemática, a resolução de problemas começou a ganhar
ênfase mundial no final da década de 1970. Em 1980, foi editada nos Estados
Unidos da América a “Agenda para Ação”, na qual buscava-se melhoria para o
ensino e a aprendizagem da Matemática.
A primeira recomendação dessa agenda é que a resolução de problemas
deve ser o foco principal da matemática escolar e sugere que os educadores
matemáticos dirijam seus esforços para que seus alunos desenvolvam a habilidade
em resolver tais problemas. (TRALDI JÚNIOR, 2002, p. 3).
No caso do Brasil, as discussões sobre a resolução de problemas no ensino
da Matemática começaram em 1980, mas ganharam forma a partir da publicação
dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Médio (PCNEM)
em 1998, os quais propunham que:
[...] é importante que a Educação se volte para o desenvolvimento das capacidades de comunicação, de resolver problemas, de tomar decisões, de fazer inferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e valores, de trabalhar cooperativamente. (BRASIL, 1998, p. 40)
Os PCNEM consideram que a aprendizagem da matemática pela resolução
de problemas é fundamental, visto que abordam os conceitos, as ideias, os métodos
matemáticos voltados às situações expostas neles, para que os alunos busquem as
soluções, explorando com isso inúmeras capacidades cognitivas.
Compreender ou traduzir um problema matemático consiste em transformar a informação que consta nesse problema em termos matemáticos com os quais o aluno possa lidar. Portanto, compreender um problema não significa somente que o aluno possa compreender e compreenda a linguagem e as expressões por meio das quais a sua proposição é expressa ou que seja capaz de reconhecer os conceitos matemáticos a que se faz referência. (MILAN et al., 2005, p. 28)
A compreensão do problema demanda que esse tenha relação com os
conhecimentos prévios do aluno, visto que a resolução desse problema necessita da
interpretação e da interação do aluno com o conhecimento.
Nesse sentido, Pires (2002) aponta que na resolução de problemas:
Espera-se que o aluno possa enfrentar o problema interpretando-o e estruturando a situação em que é apresentado. Além disso, é preciso que ele não só encontre respostas para uma questão, mas também e, principalmente, saiba formular a questão pertinente quando se encontra diante de uma situação problemática. [...] A recompensa de um problema resolvido não é apenas a solução, mas a satisfação do indivíduo em resolvê-lo por seus próprios meios, é a imagem que ele pode ter de si mesmo, como alguém capaz de resolver problemas, de fazer matemática, de aprender. (PIRES, 2002, p. 44)
Pode-se dizer ainda que
Problema é qualquer situação da nossa vida para a qual tenhamos que encontrar uma solução. Resolvemos problemas o tempo todo no nosso dia a dia. Da mesma forma que procuramos meios para resolver problemas na nossa vida, assim a resolução de problemas em matemática é proposta pelo professor para que o aluno possa expor e investigar novos conceitos. (PRIETO, 2007, p. 1)
Diante disso, a resolução de problemas configura uma maneira para que o
aluno possa apropriar-se dos conteúdos sobre Funções do 1º Grau.
Considerando que o aluno irá trabalhar com exercícios desfragmentados,
calculando valores dos coeficientes angulares e lineares, raiz ou zero da função, se
é função crescente ou decrescente, construindo e analisando.
METODOLOGIA
No ensino da Matemática é importante compreender a aula como prática
educativa, na qual o ensinar não é explicar, o aprender não é escutar e o
conhecimento não se encontra apenas naquilo que é expresso nos livros didáticos.
Assim, a qualidade do ensino está em promover a aprendizagem do aluno e,
principalmente, oportunizar lhe o desenvolvimento de sua criticidade e de sua
autonomia diante da realidade social.
Historicamente, as modalidades de educação têm procurado apenas habilitar
técnica, social e ideologicamente, para o trabalho, tratando a função social da
educação de forma controlada para responder às necessidades de produção
(PARANÁ, 2006, p. 27).
Portanto, faz-se necessário avançar no sentido de proporcionar aos
educandos uma educação que lhes permita interagir com autonomia, criatividade,
criticidade e responsabilidade na sociedade.
Essas mudanças também são sentidas na Matemática, o que nos levam a
questionar como a utilização dos conceitos tem alterado a utilização do espaço do
entendimento e análise de conteúdos e como os conceitos e técnicas têm interferido
no modo de vida das pessoas diretamente ligadas à escola e à produção.
Para tanto, é fundamental que os conhecimentos tenham relação com a
realidade socioeconômica e cultural do aluno, que sejam contextualizados, que
sejam relevantes, que tenham significância e sentido.
Embora, entende-se que isso não significa necessariamente que todo
conteúdo matemático tenha que ter uma aplicação direta no cotidiano do aluno.
Logo, é preciso considerar que muitos são os limites no ensino da
Matemática. Assim vale questionar: como o aluno irá interpretar e analisar a Função
do 1º grau, a partir do gráfico na resolução de problemas fragmentados? Como a
resolução de problemas pode facilitar a aprendizagem do conteúdo de funções de 1º
Grau para os alunos do 9º. Ano do ensino fundamental? De que maneira pode-se
partir da visualização do todo para compreender as partes de um problema? Como
estabelecer relações entre os conhecimentos científicos e as informações que os
alunos trazem?
Na busca de responder a esses e a outros questionamentos que pudessem
surgir durante o estudo, buscou-se intervir na proposta de ensino da Matemática no
colégio, de modo a auxiliar educandos e professores da instituição no ensino e
aprendizagem dos conteúdos de Funções de 1º Grau.
O projeto foi aplicado na intervenção aos alunos durante a fase compreendida
no cronograma da SEED, para a implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica, realizada de 06 de fevereiro a 22 de março de 2014. O cronograma de
atividades constitui-se de oito aulas ministradas nas quartas-feiras e nas quintas-
feiras e duas aulas ministradas numa sexta-feira, nas turmas C e D, de 9º anos, do
ensino fundamental, do período da manhã. Totalizando na carga horária exigida
para a aplicação do projeto. O público alvo foi de 70 alunos.
Para a realização e desenvolvimento das atividades propostas pelo projeto,
foram alvo de observação os seguintes critérios: a dificuldade de aprendizagem do
conteúdo apresentado; o déficit de aprendizagem de cada aluno, e o entendimento
do universo da turma (deficiência visual, déficit de atenção, desvio de
comportamento, bipolaridade e dislexia). Foi também foi observada a
compatibilidade dos exercícios com a série aplicada.
No início do projeto, foram envolvidos: a direção, a equipe pedagógica, os
agentes educacionais I e II e os professores dos outros Projetos de Intervenção
Pedagógica no Colégio Eleodoro Ébano Pereira. Nesse encontro inicial, cada
professor apresentou ao grupo os objetivos, as justificativas, e os encaminhamentos
metodológicos para o estudo da temática escolhida, bem como o público alvo.
No primeiro momento de contato com os educandos, em sala de aula, foi-lhes
apresentado o projeto sobre o tema “O Ensino da Função Polinomial de 1º grau
através da resolução de problemas e análise de gráfico”.
Os alunos foram orientados sobre o tema, o objetivo, o cronograma e, as
referências bibliográficas do projeto. Também foi comentado sobre o material de
apoio que seria utilizado no mesmo e foram esclarecidas dúvidas apresentadas
pelos alunos sobre o exposto.
Foram realizadas entrevistas de modo formal, por meio de questionário
semiestruturado, para investigar qual a percepção dos participantes sobre a
Matemática, e quais as estratégias que seriam utilizadas nas turmas. O objetivo foi
localizar, identificar e analisar algumas dificuldades na construção da Matemática.
Em alguns alunos foram observadas as seguintes dificuldades: déficit de
atenção, déficit de aprendizagem, baixa visão não aceita pelo aluno, bipolaridade,
dislexia, hiperatividade, não afinidade com a Matemática, lentidão na realização das
atividades, dificuldade em cálculo nos conceitos básicos e insegurança, geradora de
incapacidade.
Dificuldades na aprendizagem, observadas pela equipe pedagógica do
colégio nas salas em que foi realizado o projeto:
Quantidade de aluno Dificuldades na aprendizagem
1 Hiperatividade
1 Baixa visão
1 Bipolaridade
13 Déficit de atenção
Perfil do aluno, observado no questionário semiestruturado:
Porcentagem % Quanto a matemática
87 % Afirma não gostar de Matemática, porque tem dificuldade.
7% Afirma gostar, mas tem dificuldade.
6% Afirma gostar e não tem dificuldade.
100% Total
Na outra etapa do desenvolvimento do projeto, os educandos passaram a
entender os conceitos de relacionados à Função do 1º Grau, como: diagrama,
tabela, domínio, contradomínio, imagem, gráfico, e desenvolveram exercícios de
reforço: com diagramas, tabelas e gráficos.
Na etapa seguinte, os educandos realizaram atividades propostas sobre:
conceito desfragmentado de Função do 1º Grau, domínio, contradomínio, imagem,
coeficientes angular e linear, raiz ou zero da função, gráfico, domínio, contradomínio
e imagem, tipos de funções.
Após, realizaram exercícios de reforço sobre o conteúdo visto. Foi realizada a
identificação e o mapeamento das dificuldades, solucionando-as durante a aula. A
maior dificuldade dessa etapa foi o domínio das regras de matemática básica, para a
solução das equações.
Na sequência, houve o desenvolvimento de um trabalho onde o aluno criou a
sua própria equação de Função Polinomial do 1º Grau, a resolução desfragmentada
utilizando: a equação do 1º grau, o coeficiente angular, o coeficiente linear, a raiz ou
zero da função, a tabela, o gráfico, e a observação no gráfico (se é crescente ou
decrescente). O objetivo do trabalho foi dar segurança ao aluno na resolução do
conteúdo; observou-se que todos realizaram com poucos erros.
No próximo encontro houve somente a resolução de exercício de Função
Polinomial do 1º Grau, utilizando: a equação do 1º grau, o coeficiente angular, o
coeficiente linear, a raiz ou zero da função, a tabela, o gráfico, a análise do gráfico
com observação se é crescente ou decrescente, os pontos do coeficiente linear e o
zero ou raiz da função.
Houve a necessidade de novos exercícios, porque os exercícios eram muito
difíceis para o universo do entendimento dos alunos do nono ano, então utilizou-se o
livro acadêmico da série do 9º ano do ensino fundamental.
Nos encontros posteriores, foi realizada uma lista avaliativa impressa, a qual
expressa toda a implementação do projeto, utilizando a resolução de exercício de
Função Polinomial do 1º Grau: a equação do 1º grau, o coeficiente angular, o
coeficiente linear, a raiz ou zero da função, a tabela, o gráfico, a análise do gráfico
com observação se é crescente ou decrescente, os pontos do coeficiente linear e o
zero ou raiz da função.
Todos os alunos realizaram as atividades, com menor grau de dificuldade.
Na última etapa, realizou-se a conclusão do projeto de implementação.
Através da lista avaliativa, observou-se que a maioria dos participantes teve
aprendizagem através do projeto, e o entendimento desfragmentado do conceito de
Função Polinomial de 1º Grau.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível constatar que este projeto aplicado no Colégio Estadual Eleodoro
Ébano Pereira, aos alunos do 9º ano do ensino fundamental regular, período
matutino, correspondeu às expectativas de aprendizagem.
O método metodológico ofertado no projeto ofereceu uma ferramenta
importante para nortear o conhecimento do aluno e suas diferenças cognitivas,
através de exercícios criados e resolvidos.
A maior perspectiva foi uma sequência da relação do conteúdo
desfragmentado pelo aluno, quando realizou a análise do gráfico, transformou em
uma relação metodológica, que facilitou a análise de gráfico, e sinalizou uma nova
ótica da aprendizagem, observou-se isso, na aprendizagem relatada pelos alunos.
O conteúdo desenvolvido no projeto foi encaminhado e orientado por uma
sequência pré-estipulada e planejada, e foi uma ferramenta imprescindível para o
sucesso da prática em sala de aula. Houve necessidade de alterar e balizar algum
exercício para se adaptar à série e seu conhecimento, só possível porque existia um
planejamento flexível.
O projeto foi ancorado dentro da lei das diretrizes e bases da educação
nacional, e também respeitou as diretrizes e concepções educacionais da escola.
Por esse motivo o projeto está relacionado ao entendimento do conteúdo
proposto, e tornou-se um transformador, incentivador e facilitador metodológico, no
aspecto relacionado ao desenvolvimento intelectual autônomo.
Observou-se isso quando os alunos realizaram as atividades, através das
interações dos exercícios. Foi possível através da consolidação da técnica na qual
ele mesmo concebeu o exercício, e depois fez a sua resolução individualmente, em
sala, superando vários obstáculos, como o medo da Matemática, criando uma
consciência de que pode aprendê-la.
Constatou-se que o método aplicado foi bastante significativo para a
aprendizagem do conteúdo proposto, na acepção que possibilitou aos alunos uma
interseção conceitual da resolução de problemas do cotidiano.
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