Palestra

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O PROBLEMA DA SECULARIZAÇÃO NA IGREJA A igreja está passando por um momento dramático e angustiante. Nos estamos vivendo o que podemos chamar de CRISE DA POS-MODERNIDADE. O que Paulo chamou de Outro evangelhoquando escrevendo aos gálatas, é praticamente o único evangelho que temos ouvido nos dias atuais. O Neo Pentecostalismo tem mudado muito o conceito e característica da igreja BIBLICA e verdadeiramente Cristã. E isso alterou também o seu conceito diante da sociedade, assim como afetou o seu desempenho. Pois, apesar de nossas diferenças, sempre desfrutamos de bom conceito na sociedade. A honestidade era uma de nossas características. A integridade era uma das qualificações sempre vista no meio cristão. A moral elevada sempre vinha associada ao termo "evangélico".

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O PROBLEMA DA SECULARIZAÇÃO NA IGREJA A igreja está passando por um momento dramático e angustiante. Nos estamos

vivendo o que podemos chamar de CRISE DA POS-MODERNIDADE. O que Paulo chamou de “Outro evangelho” quando escrevendo aos gálatas, é praticamente o único evangelho que temos ouvido nos dias atuais.

O Neo Pentecostalismo tem mudado muito o conceito e característica da igreja

BIBLICA e verdadeiramente Cristã. E isso alterou também o seu conceito diante da sociedade, assim como afetou o seu desempenho.

Pois, apesar de nossas diferenças, sempre desfrutamos de bom conceito na

sociedade. A honestidade era uma de nossas características. A integridade era uma das qualificações sempre vista no meio cristão. A moral elevada sempre vinha associada ao termo "evangélico".

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Entretanto, hoje somos manchetes, não por esses qualificativos, mas pelas

evidências de fraudes, escândalos sexuais e financeiros. Somos taxados de exploradores da crença popular. A igreja é conhecidos como "a indústria da fé".

Hoje a nossa preocupação não é só com as religiões e seitas que estão em derredor

do cristianismo, procurando a quem possa tragar. Mas as heresias e os modismos que estão em nosso meio, cegando e arrastando muitos para a perdição.

Citar 2Pd 2.1-3 ; 17-22 / Ap. 2.6 e 14-15

E o que Satanas quer com tudo isso – 2Co 11.2-3

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“Indo Filipe para uma cidade de Samaria, ali lhes anunciava o Cristo. Quando a multidão ouviu Filipe e viu os sinais miraculosos que ele realizava, deu unânime atenção ao que ele dizia. Os espíritos imundos saíam de muitos, dando gritos, e muitos paralíticos e mancos foram curados. Assim, houve grande alegria naquela cidade.” (Atos 8.5-8)

As pessoas não só ouviam, mas também viam as coisas que Filipe fazia. Filipe

pregava aos ouvidos e aos olhos. As pessoas não apenas ouviam dele belas palavras, mas também viam por intermédio dele grandes obras.

Filipe aprendeu com Jesus que a pregação não consiste apenas em palavras, mas deve ser uma demonstração do Espírito e de poder. Hoje há gigantes do saber nos púlpitos, mas anões na demonstração de poder. Os

samaritanos foram libertados de aflições físicas, controle demoníaco e, sobretudo, de seus pecados. O evangelho produziu salvação, libertação e alegria.

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Hoje as pessoas escutam belos sermões, mas não vêem vida. A igreja é mais conhecida pelos seus escândalos do que pelos seus milagres. A igreja

divorciou a pregação da vida. E a cidade não esta nada feliz com o que tem visto da igreja.

Uma igreja bíblica destaca-se, sobressai. Não tanto por suas instalações e templos. É

relevante quando conquista importância para seus membros e para a sociedade que está à sua volta.

E Porque isso esta acontecendo com a igreja?

Porque a igreja esta passando por um processo na pos modernidade que

chamamos de Secularização religiosa.

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Secularização é o ato de tornar aquilo que é sagrado em profano. No caso da Igreja, é substituir os valores de Deus pelos valores de uma sociedade sem Deus. "E não vos conformeis com este século", exorta a Palavra de Deus, "mas transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

No sentido mais geral secularismo refere-se a tudo aquilo que pertence à maneira

de viver deste mundo, em oposição ao valores e vontade de Deus;

O secularismo acontece na Igreja quando ela permite que o sistema ideológico do mundo e sua filosofia de vida relativista, determinem os valores e comportamento dos crentes. É quando a igreja é influenciada ao invés de influenciar.

Secularismo é a pratica do mundanismo - Mundanismo é o pecado de permitir que os apetites, as ambições ou a conduta de um crente sejam moldados conforme os valores do mundo –

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A secularizaçào é, portanto, um fenómeno ou um processo por meio do qual o que é espiritual deixa de ter valor para as pessoas. O espiritual, no sentido bíblico, torna-se obsoleto, fora de moda, quase rançoso.

Muitos indivíduos "secularizados" são religiosos.

1. SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. IITM 3.1-5

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Frequentemente, estas más características aparecem em um contexto de fora da igreja. Mas o que Paulo esta dizendo é que estas qualidades de caráter são frequentemente exibidas por pessoas conhecidas pela sua "religiosidade".

A "aparência" poderia incluir a frequência à igreja, o conhecimento da doutrina cristã, o uso de clichés cristãos, e o acompanhamento das tradições de uma comunidade cristã.

Tais procedimentos podem fazer uma pessoa parecer boa externamente, mas, se faltam as atitudes internas de fé, amor, e adoração, a aparência pública é vazia e sem significado.

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CARACTERÍSTICAS DO SECULARISMO RELIGIOSO

– A característica mais acentuada do secularismo na pós-modernidade é o seu relativismo ético-moral; – Em uma sociedade onde não há absolutos, cada um formula o seu padrão de certo e errado; – A verdade é simplesmente uma questão de foro íntimo. Cada um faz a sua verdade. Ninguém mais pergunta o que a bíblia diz sobre:

Aborto;

Homosexualismo;

Sexo.

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– O Cristianismo não se reduz a um código de moralismo ético, mas é, sobretudo, um chamado para sermos povo de Deus no mundo, a fim de fazermos a diferença moral na sociedade –

É estarmos no mundo, sem mundanizarmo-nos.

Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?

Jesus tratou muito bem o povo. A ele pregou, alimentou, curou, ressuscitou muitos

dos seus mortos. Foi com o povo que andou e Se confundiu. Mas, será que as bênçãos ministradas ao povo geraram, neste, a compreensão de

quem era Jesus?

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Ser agraciado com milagres do Cristo não produz, necessariamente, o conhecimento-experiência de Jesus Cristo que salva.

Seria bom que as pessoas que enfatizam o "Deus que faz" se lembrassem que a Salvação vem pelo "Deus que é".

Igreja não é, necessariamente, a comunidade dos que foram agraciados com

milagres por Jesus. É a comunidades de transformados por Cristo.

O SECULARISMO FEZ DO CRISTIANISMO UM PRODUTO DE MERCADO

– O Evangelho tem muito a nos oferecer, entretanto, ele não existe simplesmente nos atender nas demandas de nossas ostentações;

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– Conquanto o Evangelho exista para benefício do homem, ele não é um produto oferecido ao gosto do “cliente”; – Certamente um dos grandes males da modernidade é a visão de fé consumista que tomou conta de alguns seguimentos religiosos do Cristianismo atual – Se a visão é a de mercado, a tendência é adaptar o Evangelho às demandas do mercado religioso; – Nesta perspectiva a mensagem pode ser reduzida a chavões e bonitas frases de efeito. O homem pós-moderno não tem tempo para pensar e refletir, o que ele quer é sentir; – Se o homem deseja entretenimento, ofereça-mo-lo. Se a galera gosta de música alta e algumas badalações, transformemos o culto em uma espécie de programa livre e deixemos as pessoas se divertirem; o bezerro de ouro

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– Que Deus nos dê da Sua graça para enfrentarmos sensata e firmemente essa tendência ao cristianismo de liquidação, que cada vez mais oferece uma fé a “preços” mais acessíveis. O homem é o centro gravitacional da religião secularizada; A espiritualidade pós-moderna tirou Deus do trono e entronizou o homem; É exageradamente antropocêntrica;

Na espiritualidade da modernidade, Deus é compreendido como mero poder a ser utilizado; - manipulação da Divindade.

Abel e Caim;

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Na espiritualidade pós-moderna, não se preocupa com o que podemos fazer para Deus e o Seu Reino, mas preocupa-se com o que Deus pode fazer por nós.

Os pregadores desse "outro evangelho" defendem uma definição do homem, ensinamento este que enfatiza o rebaixamento de Deus e a desvalorização da obra expiatória de Cristo.

Provações e tribulações? Nem pensar! Não há espaço para o sofrimento. O crente, como homem de fé, deve decretar, determinar, "profetizar", exigir a saúde física e as bênçãos materiais!

É como se qualquer declaração na boca do crente fosse uma profecia. As palavras

humanas são "mágicas".

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Outra marca do secularismo religioso é a exagerada ênfase na experiência sensitiva irracional. Nesta perspectiva, o Evangelho tornou-se empirista e focado em experiências fantasiosas e não na Palavra de Deus.

Não é mais o Evangelho do conhecer a verdade que liberta - Jo. 8.32, mas, o Evangelho da sintomania;

Na espiritualidade pós-moderna, sentir é mais importante que saber. Nessa expressão de fé não há lugar para “culto racional” – Rm. 12.1;

Na espiritualidade pregada pelos religiosos humanistas, a vida não é para ser

refletida, mas apenas sentida. Nesta dinâmica de fé, as pessoas são induzidas a abrirem mão do senso crítico, daquilo que a Bíblia chama de discernimento. Basta viver, se deixando levar pelos sentimentos;

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Daí, nessa perspectiva, o “culto” precisa oferecer mais entretenimento do que reflexão bíblica. Mais efeitos pirotécnicos do que quebrantamento de coração. Compreender a verdade fica para depois;

Precisamos enfrentar essas tendências, reformulando nossas enquetes litúrgicas, a fim de que o culto seja de fato, Cristocêntrico e feito para Deus e não para nós;

Resgatemos a reflexão bíblica em nossos cultos, para que haja mais compreensão do que intuição em nossas reuniões.

Quando adoramos ao Senhor, fazemo-lo também, com os nossos sentimentos.

Contudo, não permitamos o mero sentimentalismo em nossas reuniões, pois o culto da “sintomania” não gera crescimento espiritual saudável da igreja.

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Em muitos seguimentos evangélicos hoje, não é o conteúdo da pregação que conta, mas a performance e habilidade do pregador em atender os anseios do “mercado religioso”;

A tônica do presente século é o prazer e o lazer. Sendo assim, o culto precisa ter um aspecto de entretenimento, pois é sentir-se bem o que o homem secularizado deseja;

“...mais amigos dos deleites do que amigos de Deus...”

Nesse tipo de espiritualidade vive-se uma fé peregrina, perambulando de igreja em igreja atrás de movimentos, sem, contudo estar comprometido com um ministério em especifico.

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A espiritualidade que a Bíblia nos propõe, inclui a possibilidade de desfrutarmos as bênçãos de Deus, mas é, sobretudo, um chamamento a vivermos fielmente e comprometidos com a fé que professamos, ainda que isso exija de nos um viver alienado de todo esse luxo transitório.

Somente quando o povo de Deus se submete ao reinado de Deus e coloca-o com

preeminência em sua vida e se compromete com a Sua justiça como critério de vida e missão, é que conseguirá fazer frente à espiritualidade peregrina e descompromissada dos dias modernos.

Não podemos admitir qualquer espiritualidade que reduza Deus aos interesses do homem caído e corrompido. Deus é Senhor absoluto sobre tudo e todos, e não uma dinvindadezinha gestada pelos conceitos humanos para satisfazer o ego, caprichos e desejos particulares.

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Conclusão

A igreja precisa admitir que: “Ou ela se afasta dessas coisas, ou essas coisas a

afastará de Deus”