Palestra cactáceas

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r: Nilton de Brito Cavalcanti UTILIZAÇÃO DAS CACTÁCEAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NA SECA

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Nesta palestra podemos ver as informações sobre as principais cactáceas utilizadas na alimentação animal no semiárido nordestino.

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Page 1: Palestra cactáceas

por: Nilton de Brito Cavalcanti

UTILIZAÇÃO DAS CACTÁCEAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NA SECA

Page 2: Palestra cactáceas

Os agricultores e os animais na caatinga

Page 3: Palestra cactáceas

Mandacaru

(Cereus jamacaru P. DC.).

Família: Cactaceae.

Gênero: Cereus. Espécie: Cereus jamacaru P. DC.

Planta arbustiva, ampla distribuição.

Porte variando de 2,5 a 12,0 m de altura, copa medindo de 3,5 a 6,5 m de diâmetro.

Os frutos são bagas vermelho-vivo com 5 a 15 cm de comprimento e 25 a 37 g.

Matéria seca -13,92%; Proteína bruta -7,89%; Fibra bruta-14,56%; FDN - 50,49%; FDA - 42,82%; DIVMS-76,44%. Fonte: CPATSA, 2006.

Palma Forrageira Matéria seca-9,63%; Proteína bruta -5,92%; Fibra bruta-12,56%; FDN - 26,17%; FDA - 20,05%; DIVMS-74,05%. Fonte: Barbosa (1997).

O mandacaru

Análise bromatológica

Page 4: Palestra cactáceas

O corte do mandacaru

Page 5: Palestra cactáceas

Um grande mandacaru

Page 6: Palestra cactáceas

A queima dos espinhos do mandacaru

Page 7: Palestra cactáceas

O consumo do mandacaru pelos animais

Page 8: Palestra cactáceas

A parte comestível do mandacaru

Page 9: Palestra cactáceas

A retirada dos espinhos do mandacaru

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Efeito do consumo do mandacaru no peso dos animais

O experimento teve duração de 70 dias, sendo sete dias para adaptação dos animais às novas dietas experimentais e 63 dias para coleta de dados. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso com três tratamentos e seis repetições. Os animais do tratamento 1 passavam o período das 7:30 h às 12:30 h em pastejo na caatinga e das 13:30 h às 17:30 h eram confinados em gaiolas individuais de 1,5 x 1,0 m, confeccionadas com tela de arame e varas de marmeleiro para receberem a suplementação de mandacaru. Os animais do tratamento 2, eram confinados das 7:30 h às 17:30 h em gaiolas para receberem a suplementação de mandacaru e no final da tarde eram soltos no aprisco. Em cada gaiola foi colocado um bebedouro com água para os animais durante o período de experimentação. Os animais do tratamento 3, eram soltos das 7:30 h às 17:30 h para pastoreio na caatinga e recolhidos no aprisco ao final da tarde junto aos demais animais até a manhã do dia seguinte quando eram soltos na caatinga.

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Efeito do consumo do mandacaru no peso dos animais

Page 12: Palestra cactáceas

Efeito do consumo do mandacaru no peso dos animaisTabela 1. Número dos animais do tratamento 1(7:30 h às 12:30 h em pastejo na caatinga e das 13:30 h às 17:30 h eram

confinados para receberem a suplementação de mandacaru); peso vivo inicial; quantidade de mandacaru ofertada; peso de matéria seca estimada no mandacaru; consumo diário de mandacaru; consumo de matéria seca; consumo de fitomassa no período; peso vivo final; ganho de peso dos animais em relação ao peso vivo inicial.

Número do animal

Peso vivo inicial

(kg)

Mandacaru ofertado

(kg/animal)

Matéria seca

(kg)

Consumo diário de mandacaru

(kg/animal)

Consumo de MS

(kg/animal/dia)

Consumo de mandacaru

(kg/período)

Pesovivo final(kg)

Ganho de peso

(%)

1 25,87 6 1,03 5,12 0,88 322,56 27,32 + 5,60

2 24,58 6 1,03 4,56 0,78 287,28 25,84 + 5,13

3 28,75 6 1,03 5,32 0,92 335,16 29,88 + 3,95

4 26,74 6 1,03 5,25 0,90 330,75 28,13 + 5,19

5 29,32 6 1,03 5,48 0,94 345,24 30,83 + 5,16

6 28,54 6 1,03 5,22 0,90 328,86 30,24 + 5,96

Média 27,3 6,00 1,03 5,16 0,89 324,98 28,71 +5,16

Page 13: Palestra cactáceas

Efeito do consumo do mandacaru no peso dos animaisTabela 2. Número de animais do tratamento 2 (confinados das 7:30 h às 17:30 hs para receberem a suplementação de

mandacaru e no final da tarde eram soltos no aprisco); peso vivo inicial; quantidade de mandacaru ofertada; peso de matéria seca estimada no mandacaru; consumo diário de mandacaru; consumo de matéria seca; consumo de fitomassa no período; peso vivo final; ganho de peso dos animais em relação ao peso vivo inicial.

Número do

animal

Peso vivo

inicial(kg)

Mandacaru ofertado

(kg/animal)

Matéria seca

(kg)

Consumo diário de mandacaru

(kg/animal)

Consumo de MS

(kg/animal/dia)

Consumo de mandacaru

(kg/período)

Pesovivo final

(kg)

Perda de peso

(%)

7 27,27 6 1,03 4,53 0,78 285,39 26,40 -3,30

8 23,78 6 1,03 4,21 0,72 265,23 23,21 -2,46

9 28,41 6 1,03 5,25 0,90 330,75 27,58 -3,01

10 26,07 6 1,03 5,28 0,91 332,64 25,49 -2,28

11 29,61 6 1,03 5,32 0,92 335,16 28,83 -2,71

12 28,07 6 1,03 5,27 0,91 332,01 27,33 -2,71

Média 27,20 6,00 1,03 4,98 0,86 313,53 26,47 -2,74

Page 14: Palestra cactáceas

Efeito do consumo do mandacaru no peso dos animais

Tabela 5. Número de animais do tratamento 3 (soltos das 7:30 h às 17:30 h para pastoreio na caatinga e recolhidos no aprisco ao final da tarde); peso vivo inicial; porcentual de matéria seca consumida na caatinga; peso vivo final; perda de peso dos animais em relação ao peso vivo inicial.

Número do animal Peso vivo inicial

(kg)

Matéria seca consumida pelos animais na caatinga (estimada)¹

(% PV)

Peso vivo final

(kg)

Perda de peso em relação ao peso vivo inicial

(%)

13 27,45 0,82 26,08 -4,99

14 29,36 0,88 28,08 - 4,36

15 26,81 0,80 24,92 - 7,05

16 26,69 0,80 25,32 - 5,13

17 27,58 0,83 26,14 - 5,22

18 26,89 0,81 25,61 - 4,76

Média 27,46 0,82 26,03 -5,25

(¹) matéria seca consumida pelos animais na caatinga foi estimada em 3,0% do PV.

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A degradação de áreas nativas de mandacaru

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Plantio de mandacaru

Page 17: Palestra cactáceas

Crescimento do mandacaru na caantinga

Page 18: Palestra cactáceas

O FACHEIRO (Pilosocereus pachycladus).

Família: Cactaceae.

Gênero: Pilosocereus.

Espécie:Pilosocereus pachycladusPlanta arbustiva, ampla distribuição.

Porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m.

Os frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g.

Análise bromatológicaMatéria seca- 13,67%; Proteína bruta –7,87%; Fibra bruta-18,33%; FDN – 48,14%; FDA – 40,22%; DIVMS-77,66%.Fonte: CPATSA, 2006.

Page 19: Palestra cactáceas

A utilização do facheiro

Page 20: Palestra cactáceas

O consumo do facheiro pelos animais

Page 21: Palestra cactáceas

O consumo do facheiro pelos animais

Page 22: Palestra cactáceas

O xiquexique (Pilosocereus gounellei).

Família: Cactaceae.

Gênero: Pilosocereus. Espécie: Pilosocereus gounellei.

Planta arbustiva de ampla distribuição.

Porte variando de 2,5 a 3,7 m de altura, copa medindo de 1,5 a 4,5 m.

Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g.

Análise bromatológicaMatéria seca-11,19%; Proteína bruta -6,12%; Fibra bruta-19,72%; FDN – 59,13%; FDA – 21,46%; DIVMS-68,89%.Fonte: CPATSA, 2006.

Page 23: Palestra cactáceas

A queima do xiquexique

Page 24: Palestra cactáceas

Caprino consumindo xiquexique

Page 25: Palestra cactáceas

Caprinos consumindo xiquexique

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COROA DE FRADE (Melocactus bahiensis).

Família: Cactaceae.

Gênero: Melocactus.

Espécie: Melocactus bahiensis

Planta de caule globoso, cônico de ampla distribuição no semi-árido.

Porte variando de 5,7 a 26,57 cm de altura e diâmetro de 12,5 a 24,5 cm.

Frutos são bagas vermelho-claro com 1,6 a 2,5 cm de comprimento e 0,5 a 0,8 cm de diâmetro com peso de 0,52 a 1,23 g.

Matéria seca-12,41%; Proteína bruta -7,69%; Fibra bruta-27,23%; FDN - 51,27%; FDA - 38,59%; DIVMS - 78,42%.Fonte: CPATSA, 2006.

Análise bromatológica

Page 27: Palestra cactáceas

Aspectos da ocorrência da coroa de frade

Page 28: Palestra cactáceas

Coleta e retirada dos espinhos da coroa de frade

Page 29: Palestra cactáceas

Retirada dos espinhos

Page 30: Palestra cactáceas

Oferta da coroa de frade aos animais

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Mandacaru sem espinhos Cereus hildemannianus K. Schum

Família: Cactaceae.

Gênero: Cereus. Espécie: Cereus hildemannianus K. Schum .

Planta arbustiva encontrada vegetando nas regiões costeiras do Brasil (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro) e na Argentina, Paraguai e Uruguai.

Porte variando de 2,5 a 5,0 m de altura, copa medindo de 1,5 a 3,5 de diâmetro.

Frutos são bagas vermelho-vivo com 5 a 12 cm de comprimento e 20 a 32 g.

Matéria seca-14,32%; Proteína bruta-8,82%; Fibra bruta-17,51%; FDN-56,29%; FDA - 47,22%; DIVMS-89,13%. Fonte: CPATSA, 2006.

Análise bromatológica

Page 32: Palestra cactáceas

Aspectos do mandacaru com e sem espinhos

Page 33: Palestra cactáceas

Cultivo do mandacaru sem espinho

Page 34: Palestra cactáceas

Viveiro de produção de mudas de mandacaru sem espinho

Page 35: Palestra cactáceas

Mandacaru sem espinho aos 10 anos na caatinga

Page 36: Palestra cactáceas

Avaliação do crescimento do mandacaru sem espinhos

Page 37: Palestra cactáceas

Avaliação do crescimento do mandacaru sem espinhos

T 1 (Areia)

T 2 (Solo)

T 3 (Areia + esterco)

T 4 (Solo + areia)

T 5 (Solo + esterco)

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Avaliação do crescimento do mandacaru sem espinhosTabela 3. Comprimento de brotos e peso de raízes do mandacaru em função de diferentes tipos de mudas e substratos.

Comprimento do broto (cm)

SubstratosTipo de mudas (gemas)

2 4 6

Areia 16,4 c B 16,8 d B 31,6 c A

Barro 36,5 b A 39,2 c A 36,0 c A

Areia + esterco 70,50 a B 78,2 a B 97,8 a A

Areia + barro 49,5 b A 53,8 b A 56,0 b A

Barro + esterco 68,8 a C 90,8 a B 102,7 a A

Peso de raízes (g/planta)

Areia 35,0 c B 47,2 bc B 73,7 c A

Barro 32,5 c B 43,5 c A 48,0 d A

Areia + Esterco 55,0 b B 61,2 ab B 118,7 a A

Areia + Barro 78,7 a B 66,2 a B 90,0 b A

Barro +Esterco 30,1 c B 42,5 c A 40,2 d A

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Page 39: Palestra cactáceas

Avaliação do crescimento do mandacaru sem espinhos

Tabela 2. Peso total, matéria seca, diâmetro da raiz principal peso do mandacaru em função de diferentes tipos de mudas e substratos.

Substratos

Peso fresco total (g/planta)

Matéria seca(g/planta)

Diâmetro da raiz principal (mm)

Comprimento da raiz principal (cm)

Areia 183,4 e 37,3 e 5,4 b 39,8 ab

Barro 380,7 d 74,7 d 6,1 b 35,1 bc

Areia + esterco 1289,6 a 252,9 a 8,4 a 31,2 c

Areia + barro 630,0 c 126,0 c 8,2 a 43,0 a

Barro + esterco 1082,1 b 221,1 b 7,5 a 30,9 c

Tipos de mudas

2 gemas 669,2 b 133,5 a 7,22 a 36,05 a

4 gemas 699,6 ab 142,5 a 7,25 a 36,25 a

6 gemas 770,8 a 151,2 a 7,35 a 36,65 a

C.V. 13,5 18,4 11,7 16,8

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Page 40: Palestra cactáceas

Plantio do mandacaru sem espinhos na caatinga

Page 41: Palestra cactáceas

Plantio do mandacaru na comunidade de Barreiro, Petrolina, PE.

Page 42: Palestra cactáceas

Unidade demonstrativa de mandacaru sem espinho na comunidade de Sítio Tomaz,

Canudos, BA

Page 43: Palestra cactáceas

Mandacaru sem espinho na comunidade de Sítio Tomaz, Canudos, BA

Page 44: Palestra cactáceas

Unidade demonstrativa na Faz. Humaitá, Curaçá, BA

Page 45: Palestra cactáceas

Unidade demonstrativa na Faz. Humaitá, Curaçá, BA

Page 46: Palestra cactáceas

Mandacaru sem espinho no município de Glória, SE

FOTO: Nilton de Brito

Page 47: Palestra cactáceas

Unidade demonstrativa na comunidade de Manga Nova, Lagoa Grande, PE