Panorama Pernambuco - Edição 02 - 2014
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PERNAMBUCO
INFORMATIVO TRIMESTRAL . Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper
NÚMERO 02 . ANO 1 . OUTUBRO . 2014
Investimentos previstos por Setor de Atividade e por Região de Desenvolvimento
Geração de empregos prevista em todo o Estado
Demandas na indústria por matéria-prima e por qualifi cação profi ssional
INFORMATIVO PANORAMA PERNAMBUCOPublicação Trimestral da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco AD DIPER.Tiragem: 2.000 exemplares
Governador do Estado de PernambucoJOÃO LYRA NETO
Secretário de Desenvolvimento EconômicoMÁRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS
Diretor Presidente da AD DiperJENNER GUIMARÃES DO RÊGO
Área responsável:DIRETORIA DE SUPORTE ESTRATÉGICO DA AD DIPER
Edição:ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA AD DIPER
Diagramação:CLICK COMUNICAÇÃO E DESIGN
Av. Conselheiro Rosa e Silva, 347 - Recife - PE - Brasil - CEP 52.020-220
3 EDITORIAL
4 RESULTADOS DA ECONOMIA PERNAMBUCANA5 INVESTIMENTOS PREVISTOS Regiões de Desenvolvimento6 EMPREGOS PREVISTOS Regiões de Desenvolvimento7 INVESTIMENTOS PREVISTOS Setor de Atividade8 EMPREGOS PREVISTOS Setor de Atividade9 DEMANDA POR MATÉRIA-PRIMA11 ARTIGO Rota Nordeste
Índice
O momento é de mudança. Vivemos um período de incertezas no cenário econômico nacional perante a expectativa do pós-eleições. Não é à toa que 2015 vem sendo apontado por economistas como um ano de baixo crescimento, já que serão necessários ajustes nos pilares da economia nacional. Mas é fato que o Nordeste des-ponta quando o assunto é desenvolvimento e Pernam-buco, em posição de destaque, coloca-se na vanguarda desse movimento.
A economia pernambucana recrudesce diante da nacional e a prova inequívoca está nos números do PIB. Enquanto a indústria de transformação brasileira, por exemplo, amargou uma taxa negativa de -3,1% no primeiro semestre de 2014, a de Pernambuco alcançou a taxa positiva de 4,8%. Nos últimos nove anos (de 2005 a 2013) o Estado cresceu mais que o Brasil puxado pela chegada de grandes empreendimentos e de empresas ligadas a diversas cadeias produtivas. Mais de 800 em-presas chegaram ao Estado contabilizando a geração de mais de 500 mil oportunidades de emprego para os per-nambucanos.
Esse resultado vem da adoção de um crescimen-to planejado e estruturado em políticas públicas e de uma estratégia baseada na descentralização do desen-volvimento no Estado. Aqui na AD Diper, nós estamos oti-mistas em relação a novos investimentos e acreditamos no trabalho que estamos desenvolvendo. As políticas de atração de investimentos estão mantidas e estamos em-penhados ao máximo na consolidação desse desenvolvi-mento de forma perene e organizada. Após a chegada de grandes empresas, nossa tarefa passou a ser consolidar clusters a partir da projeção das demandas de matéria prima e de mão de obra especificadas por esses inves-
tidores. Com esse “norte”, nós também incentivamos o empreendedorismo local e informamos as prioridades nas grades curriculares das escolas técnicas e cursos pro-fissionalizantes.
Nesta reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), deveremos aprovar mais de 25 projetos industriais de implantação e ampliação que se juntarão aos outros 52 já anunciados este ano. Esses números comprovam que as crises têm prazo de validade e que o empresariado continua a tomar decisões quando pensa nos seus investimentos de médio e longo prazo.
Esta segunda edição do Panorama traz o levan-tamento detalhado dos dados econômicos apresentados nas 85ª e 86ª reuniões do Condic realizadas este ano, com destaque para o forte processo de interiorização. Quase 73% dos investimentos no ano e 88% dos em-pregos prospectados no mesmo período, seguem para o interior do Estado.
Na oportunidade, agradeço ao articulista desta edição, o geógrafo Henrique Jorge Tinôco de Aguiar, que contribuiu com um texto sobre as políticas de desenvol-vimento operacionalizadas pela Sudene através dos seus fundos de financiamento e de benefícios e incentivos fiscais.
Por fim, entendemos que nosso desafio, aqui na AD Diper e na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, é muito grande e exige esforço e planejamento. Com Per-nambuco crescendo acima da média nacional, nós esta-mos e podemos contribuir mais para o desenvolvimento do Nordeste e para a minimização das diferenças entre as regiões brasileiras. Uma ótima leitura e bons negócios!
3PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
EditorialPor Jenner Guimarães,diretor presidente da AD Diper
Região MetropolitanaMata NorteAgreste CentralSertão do MoxotóMata SulAgreste SetentrionalSertão do Moxotó
14332111
Tabela: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição por RDs
Gráfico: % Projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic por setores de atividade
24%
20%
12%
8%
4%
Gráfico: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição na RMR e no Interior do Estado
Tabela: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição por setores de atividade
Região de Desenvolvimento (RD)Região MetropolitanaInterior
Quantidade
Total 25
de implantação de fábricas, 13 de ampliação e dois em isonomia.
Os 25 projetos estão distribuídos em 17 muni-cípios, sendo 10 do interior e sete da Região Metropo-litana do Recife (RMR). São eles: Arcoverde, Belo Jardim, Bom Jardim, Bezerros, Cabrobó, Carpina (02 projetos), Escada, Goiana, Igarassu (03), Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes (02), Moreno, Olinda, Paulista (02), Petrolina, Recife (04) e São Caitano. Das doze Regiões de Desenvol-vimento (RD) do Estado, sete foram contempladas: RMR, Agreste Central, Agreste Setentrional, Mata Norte, Mata Sul, Moxotó e São Francisco. Dessa forma, a maior parte dos projetos, exatos 56%, distribui-se na RMR, enquanto os 44% restantes se espalham pelos demais municípios.
4 PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
É importante destacar que há uma variedade quan-to à distribuição dos 25 projetos por setores de atividade, abrangendo especificamente 11 áreas produtivas, destacan-do-se a metalmecânica, que atraiu seis projetos; a agroindús-
tria, com cinco; e bebidas, com três. Dessa forma, os investi-mentos ganham pluralidade e trazem mais estabilidade no longo prazo, possibilitando ao Estado uma menor dependên-cia de um único setor.
*Fonte: Condepe/Fidem
Resultados daeconomia pernambucana
A economia pernambucana encerrou o primeiro semestre de 2014 com um crescimento do Produto In-terno Bruto (PIB) a uma taxa de 3,5%*, enquanto a brasi-leira obteve 0,5% no mesmo período. Nos primeiros três meses do ano, o PIB estadual chegou aos 5,2%, mas no segundo trimestre ficou em 1,9%, o que trouxe a média abaixo dos 4% no fim do ciclo semestral. No entanto, Pernambuco se manteve acima da média brasileira, cujo desempenho no segundo trimestre foi de -0,9%.
Nesse cenário, o Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), em seu 86º encontro (segundo do ano), aprovou 25 projetos de in-dústrias no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). São 10 projetos
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
44%
56%
MetalmecânicaAgroindústriaBebidasEletroeletrônicaMinerais não-metálicosPlásticoArtefatos (madeira/papel)GasesPapelPlástico/metalmecânicaProdutos químicos
MetalmecânicaAgroindústriaBebidasEletroeletrônicaMinerais não-metálicosPlásticoArtefatos (madeira/papel)GasesPapelPlástico/metalmecânicaProdutos químicos
65322211111
Setor Atividade Projetos por setor
Total 25Fonte: AD Diper
5PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Os investimentos industriais previstos do último Condic totalizam R$ 894,5 milhões, sendo R$ 646,8 mi-lhões destinados ao interior e R$ 247,7 milhões à Região Metropolitana do Recife (RMR). Assim, 72,3% dos recursos seguem para os municípios Estado adentro, fortalecendo o processo de interiorização do desenvolvimento, enquanto o Grande Recife recebe os 27,7% restantes. O protagonismo é para a ampliação da Klabin S.A, em Goiana, Mata Norte do Estado, que vai investir R$ 342,4 milhões para aumentar a produção de papel e criar uma nova linha de produtos.
Entre os investimentos rumo ao interior, também se destaca a decisão da Arborem Agroflestal, que vai in-vestir R$ 251,8 milhões para se instalar em Petrolina, no Sertão do São Francisco. O número é tão representativo que coloca a RD do São Francisco como segunda maior captadora de investimentos do 86º Condic e terceira no acumulado de 2014, lista atualmente liderada pela Mata Norte. Após duas reuniões do Condic no ano, esse montan-te já soma R$ 1,1 bilhão.
Investimentosprevistos
Por Região de Desenvolvimento
Gráfico: % dos investimentos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic por Região de Desenvolvimento (RD)
Gráfico: % dos investimentos acumulados em 2014 por RD
Total de investimentos em indústria aprovados na 86º reunião do Condic Percentuais dos investimentos industriais aprovados na 86º reunião do Condic - Interior x RMR
Região MetropolitanaInterior
Fonte: AD Diper
Região MetropolitanaInterior
R$ 247.673.495,00 R$ 646.836.590,64
Região de Desenvolvimento (RD) Investimentos
Total R$ 894.510.085,64Fonte: AD Diper
27,7%
72,3%
Tabela: Distribuição dos investimentos (R$) em indústria por Região de Desenvolvimento (RD) aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Mata NorteSertão do São FranciscoRegião MetropolitanaAgreste CentralMata SulAgreste SetentrionalSertão do MoxotóAgreste Meridional
Mata NorteSertão do São FranciscoRegião MetropolitanaAgreste CentralMata SulAgreste SetentrionalSertão do Moxotó
Mata NorteRegião MetropolitanaSertão do São FranciscoMata SulAgreste SetentrionalAgreste CentralAgreste MeridionalSertão do Moxotó
345.229.589,00 255.216.742,56 247.673.495,00
28.138.603,47 9.387.078,00 8.234.577,61
630.000,00 -
347.327.289,00 255.216.742,56 305.410.267,20
30.053.603,47 129.745.500,61
45.684.577,61 630.000,00
1.640.000,00
Região de Desenvolvimento Investimento (R$) Acum. 2014 (R$)
Total 894.510.085,64 1.115.707.980,45
1 Região Metropolitana do Recife 14 municípios + Arquipélago de Fernando de Noronha
2 Zona da Mata Norte - 19 municípios
3 Zona da Mata Sul - 24 municípios
4 Agreste Central - 26 municípios
5 Agreste Meridional - 26 municípios
6 Agreste Setentrional - 19 municípios
7 Sertão do Moxotó - 7 municípios
8 Sertão do Pajeú - 17 municípios
9 Sertão de Itaparica - 7 municípios
10 Sertão Central - 8 municípios
11 Sertão do Araripe - 10 municípios
12 Sertão do São Francisco - 7 municípios
1
2
3
6
4
5
7
8
9
10
11
12
38,6%
28,5%
27,7%
22,9%
27,4%
31,1%11,6%
3,1% 0,9%
0,1%
0,1%
0,1%
1,0%
2,7%
4,1%
6 PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
1 Região Metropolitana do Recife 14 municípios + Arquipélago de Fernando de Noronha
2 Zona da Mata Norte - 19 municípios
3 Zona da Mata Sul - 24 municípios
4 Agreste Central - 26 municípios
5 Agreste Meridional - 26 municípios
6 Agreste Setentrional - 19 municípios
7 Sertão do Moxotó - 7 municípios
8 Sertão do Pajeú - 17 municípios
9 Sertão de Itaparica - 7 municípios
10 Sertão Central - 8 municípios
11 Sertão do Araripe - 10 municípios
12 Sertão do São Francisco - 7 municípios
1
2
3
6
4
5
7
8
9
10
11
12
Empregosprevistos
Por Região de Desenvolvimento
Os investimentos previstos projetam a geração de 7.232 postos de trabalho, dos quais 6.652 ofertados no interior do Estado e os 580 restantes na Região Metropoli-tana do Recife. Assim como no quesito investimento, a Ar-borem Agroflestal também chama atenção na geração de mão de obra para o interior: são 6.105 oportunidades para a região do vale do São Francisco, que alcança a marca de 73% dos empregos previstos no acumulado do ano. A RMR tem a segunda posição, com 999 empregos anunciados, quase 12% do total. Para se ter uma ideia da importância
desse número para o Sertão do São Francisco, durante o ano de 2012, os empregos previstos no âmbito do Prode-pe para a RMR foram 6.377. O Agreste Setentrional é a ter-ceira colocada na geração de mão-de-obra em 2014 pelo Prodepe, com 497 oportunidades, que representa algo em torno de 6% do total.
Tabela: Total dos empregos previstos para Interior e RMR, dos projetos aprovados na 86º reunião do Condic
Gráfico: % dos investimentos acumulados em 2014 por Região de Desenvolvimento (RD)
Gráfico: Percentuais dos empregos previstos para Interior e RMR,dos projetos aprovados na 86º reunião do Condic
Região MetropolitanaInterior
Fonte: AD Diper
Região MetropolitanaInterior
580 6.652
Região Empregos previstos
Total 7.232 Fonte: AD Diper
8%
92%
Sertão do São Francisco Região MetropolitanaAgreste SetentrionalAgreste CentralMata SulMata NorteAgreste MeridionalSertão do Moxotó
Tabela: Distribuição dos empregos previstos por Região de Desenvolvimento (RD) dos projetos industriais aprovados na86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Região MetropolitanaMata NorteMata SulAgreste SetentrionalAgreste CentralAgreste MeridionalSertão do MoxotóSertão do São Francisco
580104
4217
343-
106.136
999152221497355
3310
6.136
Região de Desenvolvimento Previstos Acumulado 2014
Total 7.232 8.403Fonte: AD Diper
1,81% 0,39% 0,12%2,63%
73,02%
11,89%
5,91%4,22%
7PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Dos 11 setores contemplados pelos projetos do último Condic, o de produção de Papel obteve a maior par-cela dos investimentos previstos. Com R$ 342,4 milhões, a Klabin S/A não só foi o projeto de maior orçamento, como também alavancou o setor de papel para o segundo lugar em atração de investimentos no acumulado de 2014, atrás do setor Agroindustrial, com R$ 353,2 milhões. Já a am-pliação da planta da Alcoa em Itapissuma, orçada em R$ 101,9 milhões, soma-se a outros cinco projetos que colo-cam o setor de metalmecânica na terceira posição. No acu-mulado do ano, há projetos oriundos de 13 áreas indus-triais distintas. O setor de plástico também ultrapassou a casa dos R$ 100 milhões em investimento no ano, com R$ 120,8 milhões. Dos demais setores, o de bebidas atingiu R$ 41,7 milhões e o de eletroeletrônica, R$ 23,7 milhões. Já a indústria de móveis, que não foi contemplada neste último Condic, está em sétimo no acumulado 2014, com
R$ 21,5 milhões. Vale salientar que o PIB pernambucano do último trimestre obteve desempenho positivo nos se-tores de agropecuária (16,8%), indústria (1,2%) e serviços (1,6%), segundo relatório da Condepe/Fidem.
InvestimentosprevistosPor Setor de Atividade
Tabela: Distribuição dos investimentos em R$ por setor de atividade nos projetos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Gráfico: Distribuição % dos investimentos por setor de atividade nos projetos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic
Gráfico: Distribuição % dos investimentos por setor de atividade no acumulado de 2014
PapelAgroindústriaMetalmecânicaPlásticoBebidasEletroeletrônicaProdutos químicosMinerais não-metálicosGasesPlásticos/metalmecânicaArtefatos (madeira/papel)
AgroindústriaPapelMetalmecânicaPlásticoBebidasEletroeletrônicaMóveisMinerais não-metálicosProdutos químicosTêxtilGasesPlástico/metalmecânicaArtefatos (madeira/papel)
AgroindústriaPapelMetalmecânicaPlásticoBebidasEletroeletrônicaMóveisMinerais não-metálicosProdutos químicosTêxtilGasesPlástico/metalmecânicaArtefatos (Madeira/papel)
257.146.742,6 (2º)*
342.374.589,0 (1º)*
136.122.574,0 (3º)*
71.955.000,0 (4º)*
37.566.021,0 (5º)*
23.672.105,6 (6º)*
-9.336.075,5 (8º)*
9.387.078,0 (7º)*
-4.400.000,0 (9º)*
1.675.900,0 (10º)*
874.000,0 (11º)*
353.232.865,2 342.374.589,0 173.361.770,2 120.840.856,0
41.696.021,0 23.672.105,6 21.466.720,0 11.086.075,5 11.027.078,0 10.000.000,0
4.400.000,0 1.675.900,0
874.000,0
Setor Atividade Investimento Acumulado
Total 894.510.085,6 1.115.707.980,5 *Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
1%1%0,5%0,2%0,1%
38,3%
28,7%
15,2%
8%4,2%
2,6%
1,9%1%1%0,9%0,4%0,2%0,1%
31,7%
30,7%
15,5%
10,8%
3,7%2,1%
1,4%1%1%0,9%0,7%0,4%0,3%
8 PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
A decisão da Arborem Agroflestal de ir para Pe-trolina tende a impulsionar a demanda por mão de obra na agroindústria pernambucana. Os 6.105 postos de tra-balhos previstos no projeto de implantação da empre-sa - quase 73% das vagas no ano - trazem novo fôlego à agroindústria, que ainda se recupera dos efeitos da seca, e evidencia o setor na geração de trabalho por atividade industrial. No acumulado, já são 6.593 empregos previstos para o setor, o que significa 78,5% das vagas.
Com 348 vagas previstas, o segmento de metalme-cânica desponta como segunda maior demanda de empre-go no ano, sendo 203 anunciadas no último encontro do Condic. Móveis e plásticos estão praticamente empatados, com respectivamente 289 e 288 empregos previstos, en-quanto minerais não-metálicos geram 244 oportunidades.
Parte desses empregos demandados exige qualifi-cação técnica de 19 tipos, conforme a tabela da demanda
por mão de obra indica. São 298 vagas específicas para tais funções, entre elas, 200 para técnico agrícola, 20 para técnico em mecânica e 15 para técnico em administração. Há também 13 vagas para técnico em contabilidade e oito para técnico em produção.
EmpregosprevistosPor Setor de Atividade
Tabela: Distribuição dos empregos por setores de atividades nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Gráfico: Distribuição % dos empregos por setores de atividades no acumulado de 2014
Tabela: Demanda por mão-de-obra especializada nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic
AgroindustriaMetalmecânicaMóveisPlásticoMinerais não-metálicosBebidasEletroeletrônicaPapelTêxtilProdutos químicosArtefatos (madeira/papel)GasesPlástico/metalmecânica
AgroindústriaMinerais não-metálicosMetalmecânicaPlásticoBebidasEletroeletrônicaPapelArtefatos (Madeira/papel)Produtos químicosGasesPlástico/metalmecânicaTêxtilMóveis
6.156 229 203 144 138 117
83 62 42 33 25
- -
6.593(1º)*
244(5º)*
348(2º)*
288(4º)*
166(6º)*
117(7º)*
83(8º)*
62(11º)*
75(10º)*
33(12º)*
25(13º)*
80(9º)*
289(3º)*
Setor Atividade Investimento Acumulado
Total 7.232 8.403*Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
Encarregado de produçãoTécnico agrícolaTécnico cervejeitoTéc. em administraçãoTéc. em contabilidadeTécnico em desenhoTécnico em edificaçõesTécnico em elétricaTécnico em eletrônicaTéc. em instrumentação
Técnico em logísticaTécnico em manutençãoTéc. materiais plásticosTécnico em mecânicaTéc. em metalmecânicaTécnico em produçãoTécnico em químicaTéc. em seg. do trabalhoTécnico em soldagem
3200
11513
51344
262
2018352
Setor Atividade Setor AtividadeVagas Vagas
Total 298*Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
78,5%
2%2,9%
3,4%3,4%
4,1%
9PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Os 25 projetos industriais aprovados no último en-contro do Condic, além de acarretar investimentos e gerar empregos, demandam por uma variedade de matéria-pri-ma, tanto no período de instalação, como após o início das operações das empresas. Os dados obtidos em cada um dos projetos trazem 60 tipos de insumos, em que nove de-les estão entre os 100 principais produtos importados por Pernambuco*, ou seja, é um material já demandado por outras empresas em atuação.
Essa demanda pode ser fonte de oportunidade para novos empreendimentos, que têm a chance de entrar na cadeia produtiva e se tornar fornecedores desses itens. Uma leitura dos dados da balança comercial no Estado revela que, historicamente, Pernambuco tem importado mais do que exportado. Entre janeiro de 2013 a agosto de 2014, apenas em dezembro/2013 as exportações supera-ram as importações, devido a venda de uma plataforma de perfuração para exploração de petróleo para o Panamá ao valor de US$ 1,2 bilhão. Nos demais meses, a entrada de produtos tem sido superior.
O malte, por exemplo, é o 10º na lista dos 100 principais produtos importados pelo Estado em 2014. O insumo, necessário para fabricação de cervejas e chopes, é uma das demandas da Puma Ind. de Cerveja, empresa que vai investir R$ 5 milhões para se instalar em Jaboatão dos Guararapes. A empresa pretende trazer 216 toneladas de malte por mês, ou seja, quase 2,6 mil toneladas por ano que se somam às atuais 79 mil toneladas importadas até agosto de 2014 (quase US$ 50 milhões em importações). A expansão do setor de bebidas em Pernambuco, eviden-ciada pela chegada de plantas como a da Ambev e a do Grupo Itaipava, deve aumentar ainda mais a busca pelo malte.
Outro insumo demandado e também presente na lista dos 100 principais produtos importados é o polipro-pileno, um polímero bastante utilizado na produção de plástico reciclável. Duas empresas listaram o polipropileno em seus projetos: a Acumuladores Moura, que vai ampliar sua linha de fabricação, e a Inoplast, que funciona em Car-pina e também pretende expandir a produção. A primeira necessita de 12,7 toneladas/mês, enquanto a segunda de 6,6 toneladas/mês. Em oito meses, já havia desembarca-do em Pernambuco cerca de 7 mil toneladas do produto ao custo de US$ 11,5 milhões. Entre as empresas em Per-nambuco que mais trouxeram produtos de fora em 2014, a Moura é a 11º colocada, com gastos de US$ 51 milhões.
Demanda pormatéria prima
Tabela: Nove tipos de matéria-prima demandas pelos projetos industriais do 86º Condic entre as 100 mais importadas em PE de janeiro a agosto de 2014
Gráfico: Balança comercial PE de jan/2013 a ago/2014 (US$ 1.000) ÁlcoolChapa em açoChumboLaminados não planos de açoLaminados planos de açoLeveduraMaltePolietilenoPolipropileno
1.200.000
1.000.000
800.00
600.00
400.00
200.00
0JAN/13 MAR/13 MAI/13 JUL/13 SET/13 NOV/13 JAN/14 MAR/14 MAI/14 JUL/14
Matéria prima
*Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
ExportaçãoImportação
10 PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Demanda por matéria prima
41.875 20.000 500.000 1.845.000 1.000.000 30.000 450
1.652.800 200.000 471
229.166 1.333 1.333 3.410 1.332 500
316.250 4.000 1.916 3.100 10.416 7.000
139.058 27.500 1.000
10.073.154 6.201.272 2.800 2
26.794
58.333 12.400 8.416
200.000 28.333 63
10.416 31 73 166 320 592 720 2.500
216.000 2.360 28.000 658.985 17.312 10.000
4 666 100 8.333 19.374 59.583 1.520 16.666 12.425
5
Lkgkgkgkgkg
tLL
kgt
unidunid
tkg
tkgkgkg
tkgkgkg
tmkgkg
Lt
kg
kgt
kgunid
kgL
kgtt
m³kg
tkg
m³kgkgsckgkgkg
tunid
kgkgkg
tkgkgkg
t
MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMAQuantidade InvestimentoUnid. Unid.
Fonte: AD Diper
EPS - POLÍMEROS DE POLIESTIRENOFELDSPATOFOLHA DE PAPELÃOGARRAFAS DE VIDROGRANALHA DE AÇOGUARANÁ SD EXTRATOLÂMINA DE AÇOLAMINADOS NÃO PLANOS DE AÇOLAMINADOS PLANOS DE AÇOLENHALEVEDURALINGOTE DE ALUMÍNIO IMPORTADOLÚPULO AMARGOMADEIRA DE PINUSMALTEMILHOMILHONITRATO DE AMÔNIO B.D. (POROSO)ÓLEO MINERAL REFINADOPERFIL EM AÇOPERFIL UPLACA DE CIRCUITO IMPRESSOPLÁSTICO STRECHPOLIETILENOPOLIPROPILENORESISTÊNCIA A ÚMIDOSÊMOLA DE MILHOSUCATA DE POLIETILENO/POLIPROPILENOXAROPE SIMPLES (60% AÇÚCAR)ZINCO
ÁCIDOAÇO CARBONOAÇO GALVALUME 0,5 mmAÇO GALVANIZADOAÇO GALVANIZADO 4 mmAÇÚCAR CRISTALADUBOS E FERTILIZANTESÁGUA MINERAL POTÁVELÁLCOOLALUMINA TABULARAMIDO SPEEDANTENA 2,4 GHZANTENA 5 GHZARGILA PRETAAROMA ARTIFICIALARROZ EM CASCAARROZ SEM CASCABARRA CHATA / CANTONEIRACAL HIDRATADOCAULIM AMARELOCHAPA DE PAPELÃOCHAPA EM AÇOCHUMBOCOLACOMPENSADO NAVALCOMPOSTO POLIETILENO AZE MICRONIZADOCOMPOSTO PVC TUBODEFENSIVOS E INSUMOS AGRÍCOLASELETRODO E ARAME DE SOLDAEMULSIFICANTE POLIMÉRICO
Tabela: Matéria-prima mensal demandada pelas 25 empresas nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic
11PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
A criação das Superintendências de Desenvolvi-mento Regional (Norte e Nordeste), em 1959, foi um im-portante passo no exercício de políticas explícitas de de-senvolvimento regional e determinante para a construção de uma economia mais dinâmica, complexa e diversifica-da, observada nos dias de hoje.
Neste cenário, dois instrumentos desta Política de Desenvolvimento, operados pela Sudene, têm sido de-terminantes para atrair e viabilizar projetos estruturantes para nossa Região, quais sejam: i) os Fundos de Financia-mento e Desenvolvimento; e ii) os Incentivos e Benefícios Fiscais.
Os Fundos de Financiamento e Desenvolvimento, representados pelo Fundo Constitucional de Financiamen-to do Nordeste (FNE) e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), só com seu orçamento, disponibilizaram mais de R$ 60 bilhões para projetos no Nordeste, nos últi-mos 05 (cinco) anos, estando previsto para 2015, um mon-tante superior a R$ 15 bilhões, com recursos de natureza não contingenciável e taxas subsidiadas para os projetos de investimento que variam de 4,5% a 7,5% ao ano, pra-zos de até 20 anos e curva de amortização adaptável às necessidades do projeto.
De outra parte, como mecanismos adicionais que se somam a oferta de recursos através dos Fundos, temos os Incentivos e Benefícios Fiscais operados pela Sudene, com destaque para: i) redução fixa de 75% do imposto so-bre a renda e adicionais não restituíveis; ii) depósitos para reinvestimento; e iii) isenção do Adicional ao Frete para
*HEnrIquE JorgE TInôCo DE AguIAr - geógrafo, pós-graduado com MBA em Finanças pela Fundação Dom Cabral, é o atual diretor de gestor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene. Possui experiência de gestão nas áreas de Project Finance e operações Estruturadas, Análise de Projetos, operações em bolsa de valores e Mercado de capitais. Foi diretor de investimentos em Fundos de Pensão e superintendente do Banco do nordeste (BnB) nos Estados do Ceará e rio grande do norte e também atuou como conselheiro do Sebrae nos estados da Bahia, Ceará e rio grande do norte.
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).
Em 2013, foram 298 processos de concessão de benefícios fiscais (62% de redução de 75% do Imposto de Renda), vinculados a investimentos (novos e de mo-dernização de projetos) da ordem de R$ 27,2 bilhões. Até setembro/14, foram 164 processos de benefícios concedi-dos e R$ 13,7 bilhões em investimentos vinculados a estas concessões, o que denota a relevância destes mecanismos na atração e manutenção de empreendimentos, em suas mais diversas modalidades, em nossa região.
Resta óbvio, pois, que as decisões de investimen-tos devem contemplar um exame amiúde da opção Nor-deste, numa perspectiva de disponibilidade de funding com custos atrativos, prazos compatíveis e renúncia fiscal de até 75% do imposto real devido, em fruição de 10(dez anos), além da possibilidade de reaplicar parte do impos-to devido em sua operação local e obter descontos nos custos de fretes marítimos na importação de máquinas e equipamentos, sem considerar, ainda, outros atrativos que podem ser intermediados juntos aos Estados, a exemplo do que faz com extrema competência a equipe da Agencia de Desenvolvimento de Pernambuco – AD Diper, atraindo para o Estado uma planta automotiva, plantas industriais de alimentos e ações de integração de suas cadeias ânco-ras com estruturação de base de fornecedores locais.
A hospitalidade nordestina é extensiva aos negó-cios, a parceria é um insumo de construção de efetividade no desenvolvimento regional. Venha conferir os caminhos para a Rota Nordeste.
Rota Nordeste
ArtigoPor Henrique Tinôco*
1 2 3Os outros, você vai descobrir
quando chegar aqui.
Um dos estadosque mais cresce e gera
empregos no Brasil
Em 2012, o PIB pernambucano tevecrescimento de 2,3% enquanto o brasileirocresceu apenas 0,9%. E, entre 2007 e 2013
foram criados mais de 500 mil novosempregos em todas as regiões do Estado.
Dez motivospara investir em
Pernambuco
Localizaçãoestratégica
Um dos principais pontosde distribuição para a América doNorte, Europa, África, Ásia e toda
a Região Nordeste.
Mais investimentosem infraestrutura
A ampliação de serviços como energia elétrica,gás natural e abastecimento de água. Modernizaçãodas estradas, portos e aeroportos. Transnordestina,Transposição do São Francisco, Arco Metropolitano
e grandes obras criando novos polos logísticos.Tudo isso conferiu ao estado a 7ª melhor posiçãoem infraestrutura no ranking da FDI Magazine,Revista do Financial Times entre os estados da
Amédica do Sul em 2014.
5 6 7Melhor portopúblico do País
O Porto de Suape também ganhou,em 2012, a premiação de melhor
infraestrutura portuária pela revistainglesa “The New Economy”.4
Grandes projetosestruturadores
Mais de 50 bilhões de Reais eminvestimentos vieram com a RefinariaAbreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul,
Petroquímica Suape, Estaleiro Promar eos polos automotivo e farmacoquímico.
Educação e qualificaçãoprofissional
Pernambuco vem investindo forteem capacitação profissional e na
infraestrutura acadêmica de excelência.
Inovação, ciênciae tecnologia
Através de pesquisa, desenvolvimento emuita inovação, Pernambuco vem setornando cada vez mais competitivo.
9 10Novo modelode gestão pública
Gestão democrática e regionalizada com focoem resultados. O modelo Pernambucano de
gestão virou referência para todo o Brasil, alémde ter conquistado, em 2012, o prêmio das
Nações Unidas (UNPSA).8Incentivosfiscais
São vários programas oferecendoincentivos fiscais em três esferas:
federal, estadual e municipal.
Mais vantagens
Além de incentivos fiscais, o Governo dePernambuco dá suporte para a realização
de investimentos no Estado: apoio na seleção ecapacitação de mão de obra e no desenvolvimentoda cadeia de fornecedores. E você ainda conta com
uma equipe especializada em promoção deinvestimentos (Invest In Pernambuco).
Acesse e veja porque,quando o assunto é investimento, Pernambuco é o lugar
investinpernambucowww.
.pe.gov.br