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¦r..-.,^.. ,...,,,.l,,,!.r„„^„,..,.,... , ,{ , -n, Z, ¦-: ..,,¦,¦¦ :»v,,::rl'*,^rM'(.ii'.''^-'- MATE... PARA VIVER ANO V RIO, 15 DE NOVEMBRO DE 1911 DOM CASMURRO Diretor: BRICIO DE ABREU Redator chefe: ÁLVARO MOREYRA 12 páginas A CONFUSÃO F.RA GERAL Machado de Assis- DOM CASMURRO - Pág. 343 1$000 [~G R A N D E~H E B DOM ÃdARI Õ~B RÃSiL E IRQ j 1$000 FRIO OU QUENTE FAZ BEM A GENTE A SEMANA BRICIO DE ABREU A viria de um diretor dc jornal no Brasil, principalmente dr um jornal de divulgação cultural- é cheia de contrastes e de um pitoresco admirável. Nâo vou falar aqui das luta» crurntas que se tem que sustentar contra a inveja, a mal- datlr. n bnicòte, daqueles que criticam tudo, acham tudo ruim r muna fizeram nada. Não. Isso se tomou chapa Quem DK referir an lado pitoresco da profissão e da condição tle diretor. dias entrou no meu escritório um novo, Como todo nnto nn literatura nn Rio. veio do Norte. Vontade de vencer, dificuldades de vitla, falta de jornal para se iniciar, tudo isso, que aqui im Casmurro vimos mil vezes ele me contou. Como sempre abrimos missas portas e nossas colunas. O rapazinho an deparar comigo, teve um arzinhn de contrariedade. ²Eu queria falar ao dr. Bricio de Ahrcu, naturalmente o sr. deve ser parente dele... ²Não. sou eu mesmo... O rapaz ficou embaraçado, "enguliu cm seco" e tímida* mente continuou: E' que eu supunha que o senhor fosse um velho... Diiem Ia no norte que o senhor é o pai do dr. Bricio Filho. dias, em um café da rua do Rosário encontrei-me com um rnmancista conhecido. Conversamos e, em dado momen- to diisp-tue ele, com o tom mais convicto do mundo: ²Meu caro, estive hoje. com um homem Importante. que me afirmou que vocc é um sujeito perigoso e extremista, crein me* mo que afirmou ter noticia de que não muito você era anarquista. Smii mm pena do homem importante e do meti amigo pçriiinr. Ilespedi-me dele convicto de que. multo breve ele iria ili/cr isso pelos jornais e, pensando ainda no caso, descia a rua dn Ouvidor, quando encontrei o meu amigo Santa Rosa que Ini lufii dizendo* ²Enlão, heim, seu malandro, nâo quer dar o braço a torcer, porque não gosta do Tristão de Athavde. finge, não diz nada a ninguém, mas é um católico peior que os do centro K riam. A mim você não engana. Conheço uma faml- lia que ve da intimamente com a sua, e que me asseverou que uiré vai à missa todos os domingos, comunga e tem em ca»a nma série de poesias e escritos católicos... Seu "ca- tolic; Ah: . Retruquei cu muito espantado. Não sabia i.u ni nto isso um jornal dc Minas, que se edita em Belo (.*. falando de jornalistas dizia: rín dr Abreu que é comunista"... si-, Tristão de Atliayde no "O Jornal'' várias vezes ti "os esquerdistas de DOM CASMURRO... ¦iilanto. "A Tarde" de Salvador quase dois anos. le jornais e jornalistas dizia "o liberal Bricio de ¦ «. sr. Mario do Norte (?) escrevendo no Ceará, dizia lírio espirito democrata que é Bricio dc Abreu".,. e Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de lorma amabilísslma dizia: le Abreu esse espírito que luta pelas idéias da dcttio- lc ., ", enquanto Henrique Pongetti cm um dos seus o (.lolin. não muito dizia: "Bricio é irrequieto, irrita, mas é bom o tem um espírito liberal, e nâo quer liguem"... Ia dias recebi um livro aqui, com o titulo; "Porque ", dc um sujeito que nunca vi e outro do sr. Tenórlo lueique onde haviam dedicatórias, mais ou menos s e onde se lia "A Bricio esse espírito pleno de «if. etc. O que eu quero é "goza"' "tutu sln". o uuc lalta,., Maa u que eu quero é "goza"!. g*g^^'^ & m Bfca My.ttJriaiH*W A PÁTRIA: n -Diário de São Paulo" publicou uns meses um artl* gn dn sr, Manoel Vilar Alves onde havia um trecho assim: "lirifin de Abreu, escritor de teatro e diretor de DOM CAFMt RRí). depois de viver no jornalismo parisiense vários arm*; iinje é um fascista "enragé" que chega a fazer meetings (De Pedro Bruno. Quadro premiado, cm 1920, com a "Viajem á Europa). Sobre esse quadro, do nosso grande artista, Coelho Net to escreveu: . . .E' o interior de uma casa pobre, aberta sobre um horizonte largo e luminoso. Um grupo de mulheres, marcando idades, várias, ajusta e cose os panos de uma bandeira imensa. .. .Afigura-se-me ver ali, naquele estaleiro sagrado, naquela oficina devota, a Pátria em construção. E quem è que verdadeiramente a constrói senão a família? Quem a edifícou para agazalho de todos senão a mulher? De onde sai ela contente e robusta para o trabalho, heróica para as batalhas, abnegada para todos os sacri- fidos, senão dos lares?* .,, E são elas, em verdade, as mulheres, que no-la-ão de dar, a Bandeira, unida em todos os seus panos, que hão de levantá-la, gloriosa, para que se abra, larga, toda desfraldada, e paneje triunfalmenle ao sol, na altura. Hão de ser elas, as mulheres, as avós, as mães, as esposas, as donzelas, que farão a nossa Bandeira, cosendo-a, bordando-a no lar, para que a levem, vitoriosamente, e cantando, as gerações do futuro, essa ge~ ração que eslá, no quadro, agarrada ao colo, na esteira brincando com um raio de sol e, adiante esten- dendo a mão a uma dobra da Bandeira. .. .0 juri naturalmente votou o prêmio ao pintor pela execução da obra; eu votaria pelo poela que soube vestir uma idéia augusta com o pane sagrado em que se envolve a Pátriai DAS QUALIDADES DA TERRA HA' nestas partes do Brasil seis meses de verão e seis dt Inverno: os de veria sâo de setembro até fevereiro, os de inverno de março até aposto. Assim que quando nesta provin- cia do Brasil é inverno nestes Reinos é verão, e os dias quasi sempre silo tamanhos como as noites, uma hora somente crês- cem e minguam. Cursam stm- pre ventos çerats, no inverno seis meses Sul e Sueste, no verão Nordeste. Sempre correm as águas com o ren to por cosia, e por isso se não pode navegar de umas capitanias para outras se não esperarem por monções para trem com tis águas de uma parte e seis de oulra, e guando vão contra tempo as embarcações correm multo risco, arribam as mais das vezes ao porto donde saíram. Mete-se no meio e, na força deste verão, oito dias ante os Santos, uma tormenta dc ven- to Sul que dura uma semana, este 6 mui certo e geral, nunca se acha que naqueles dias faltas- se. Multas embarcações esperam por este vento e fazem com ele sitas viagens, Esta terra sempre PESO DE MAGALHÃES GANDAVO ( 1 õ 7 0 ) i ouente quasi tanto no inverno como no verão. A vlração do Vento geral entra tio meio-dia pouco mais ou menos, é tão fres- CO este vento e tão frio gue ndo se sente mais calma, e ficam re- creados 0,1 corpos das pessoas Dura este vento do mar, até de madrugada, torna dali a calmar outra vez por causa dos vapores da terra que o apagam c quan- da amanhece está o céu todo co- berto de nurens e as mais das manhãs chove nestas partes e a terra fira toda coberta de nevoa, porque tem muitos arvoredos e chama a si todos esses humo- res. E tanto que este geral acal- ma começa a ventar da terra um vento brando que nela se gera, ati oue o Sal com sua qnen- tura o torna apagar e limpa tu- do outra res e faz ficar o dia claro e sereno, entra logo o ven- to do mar acostumado. Este ven- to da terra i mui perigoso e do- entlo: e se acerta de permanecer alguns dias, morre muita gente assim portugueses como índios da terra: mas quer Nosso Senhor que aconteça isto poucas vezes: e tirado este mal, é esta terra mui salutlfera e de bons ares- onde as pessoas se acham bem dispostas e vivem muitos anos, principalmente os velhos teem melhor disposição e parecem que tomam a renovar, e por isso al- guns se não querem tornar ás suas pátrias, temendo que nelas se lhes ofereça a morte mais ce- do. Os ares de pela manhã, são mui frescos e sadios: multas pes- sons se costumam alevantar cedo porque se aproveitem deles em quanto tem esla virtude. A terra cm si ê lassa e deleitada; acham- se nela os homens algum tanto fracos c minguados das forças que possuem cd neste Reino por respeito da quentura c dos man- timentos que nela usam, Isto i em quanto as pessoas sâo novas na terra, mas depois gue por tempo se acostumam ficam tão rijos e bem dispostos eomo se aquela terra fora sua mesma pá- tria. Manda-se dar nesta terra aos enfermos carne de porco, pa- ra qualquer doença è proveitosa. e não faz mal a nenhuma pes- soa: o peixe tambem tem a mes- ma qualidade e põe muita sus- tâticta aos doentes. Esta terra i mui fértil t viçosa, toda coberta de altíssimos e frondosos arvore- do», permanece sempre a oerítí- ra nela fnrerito t verão; isto raie sa chover-lhe muitas vezes e ndo haver frio que ofenda ao que produz a teria. por baixo destes arvoredos grande mato e mui basto e de tal maneira esti escuro e serrado em partes que nunca participa o chão da qnen- tura nem da claridade do Sol, e assim está sempre ft úmido e manando água de st. As águas que na terra sc bebem são mui sadias e saborosas, por muita que se beba nâo prejudica n saude da pessoa, a mais dela se torna logo a suar e fica a corpo desativado « são. Finalmente que esta terra tão deleitosa e temperada que nunca nela se sente frio nem quentura icbcfa. -- Na semana passada um comitê dos muitos que ha no Rio enviou-me um convite para não sei que cerimônia t, no oilhftlnho i|iic o acompanhava li isso: "Vous qui, je sitls iliMilunirni snr, ctes du roté De Gaullc", ,. etc. E, uma casa francesa ciinhcclda declarou-mc nâo dar mais anúncios ao Dn^l CASMrHKO por quanto eu era um lervoroso partidário tlf Tetnín". < "mo se vê, desde que tenho o DOM CASMURRO, sou ll*-l<>. pai do sr. Itricio Pilho, macróbio, fascista. Democrático, 11'iíista, anarquista, comunista, católico, liberal, o tipo do su- jeitn hnm. mão. nocivo, amigo tios que começam, irreverente, nialurn, e no entanto, ninguém disse que eu era, o que real- mente %n\\ e do que me orgulho enormemente, Isto é, profun- oamcntr dn samba, profundamente verde e amarelo, profun- aatnrnte brasileiro. .. Beatrix Reynal e a poesia do nosso tempo •' . a última hora recebo nos recortes do "Lux" um ar- " pulilicado na líiiía, de um sujeito que ninguém sabe r|" e, naturalmente um desses gênios abafados na Pnivín- ' *|un desanda em descomposturas ao CASMURRO e a sua 11 ¦" * que di/, qne en sim "medalhão e passadistn",., rprraiidi) que o sr. Ataulfo de Paiva AS NASCENTES da poesin ds Béatrlx Reinai não eítfco situadas na alma conturba- da deste século trágico. Nascem seus versos de um coração u«e «e rnnservoii »clm», como sc conserva, As veies, no iilchu de uma Hfre)a ttrraznda pelo ódio, o santo maia frágil. A poesia de hoje tem um gosto de panfleto, mesmo quando teu- ta embeber sua mensagem amar- ua 110 mel lírico de uma ant.l- ga humanidade conformada ou ²Que sentimentos sob o llrls- mo de certos versos admiráveis dos nossos poetas atualiitasí ¦ ²A queixa contra uma épo- m'que desviou o curso dn rio eterno tia poesia para o leito dns praças públicas molhadas de suor e de sangue, ²Que sentimos naquele an- selo velado de cantar ns peque- nas alegrias ou ns pequenas d6- res do lndivlduo7 .. O desespero de 11Ã0 poder fiiRlr ao apelo rios grandea «n- timentos coletivo». HEKRIQUE PONGETTI A poesia de Béatrlx Reynal í a realização Instintiva desse so- nho, hoje t-So sonhado, tàe man- ter o coração acima do tumulto, Quando os homens mais es- timarlam trocar os gritos de comando e de obediência, que resumem esta época, pela foliei- dade de ouvir o livre canto do coração, seus versos teem a lie- leia e a Importância de um to- nue rte dispersar dirigido nos poetas: Vinde sem receio! pare- ce ela dizer, Subiremos a uma altura de onde poderels coníes- sar sem vexames iine ainda voa enternece o perfume de uma flor, o riso de uma rriançn, Vln- de sem receio: prometo-vos a alegria de reouvir o coração co- mo se nada deste mundo empes- tado houvesse pesada dentro dele. AU FOND DU COEUR i uma ponte alta e longa sobre o lem- po, O que fermenta explodi debaixo dela, nâo alcança Os ca- mlnhantes. E estes marcham sem obstii- culos por um caminho que leva à reconquista de um paraíso perdido; aquele antigo mundo onde sc gloriavam de encontrar acústica os sentimentos Íntimos do indivíduo, O nspéto mnis Impressionante da tragédia contemporânea é o fundo do coração, os sedimentos das emoções comuns material precioso de alguns séculos de poesia, Reparai como se tornou turvo e complexo o veto enntan- te e cristalino; conto nos esp-an- ta o encontro daquela trnnspa- rêncln onde se refletiam ns lá- grlmas sem amnreor o o sorriso sem sarcasmos dos antigos rl- madores, dos antigos transflRU- radores de alegrias e magoas cor- rlqtielras. AU FOfíD DU COEUR "-"*" tou s de i .inl.ir Pertenço tambem A legião doi vencidos pela grandiloqüência e pela gravidade deste século. n5o ouço as vezes Intimas do meu coração abafadaí pelos dolorosos ecos do universo feri- do na carne e no espírito. As vezes me refugio no silêncio Ilusório rios ermos para provocar o humilde e difícil milagre da restituição do meu coração aos fatos íntimos da minha vida. Esta felicidade nfio pode mais ser minha, como não será de ml- Ihõcs de homens do meu tempo. A Béatrlx Reynal, grande poe- tlca. Deus permitiu que seu cora- ção se conservasse acima, bem lonfifl do Inferno baixado à terra. Em todas ns épocas Ele perml- tln que alguns poeta.? conservas- sem n doçura dns emoções sim- pies e ns cnntassem, fazendo do seu canto o roteiro para o retor- no inevitável. AU FOND DU COEUR foi pa- ra mim esse Inestimável roteiro: pl<* me deu a sensação da reron- qulsta de um tempo tristemente perdido. OLHOS FECHADOS Álvaro Moreyra Há, de certo, santos anônimos. Passaram pelo mundo, desconhecidos. Desconhecidos, seguiram para a eternidade. Não teem devotos. Ninguém lhes pede nada. Orações, promessas, todas as vozes humanas que, num instan- te ao menos, invocam 09 companheiros junto de Deus, nunca os invoca- ram. São, talvez, os santos mais felizes, Possuem a bemaventurança perfeita, (iozam em paz o descansa dos dias passados aqui em baixo. O sono deles foi um adeus. Não foi como ¦ é ainda o nosso sono: um até logo que se á vida. Machado de Assis di- zia: "Dormir é a forma interina dc morrer". Pelo menos, dormir é ficar so- zinho. Cada um dorme o seu suno. Acordados, to- dos vivem com todos. Por isso, desde que começou a haver muita gente no inundo, acordar tem sido sempre um verbo que me- te medo, O medo inven- tou as superstições, os provérbios, os hospícios e outras defesas perdidas. Que adianta, por exemplo, ao saltar da cama, por o direito no chão antes do esquerdo? De que ser- ve repetir: "Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga", ou o contrário: "Deus ajuda a quem madruga"? En- louquecer, alguma vez foi útil aos loucos própria- mente ditos? E as rezas, as figas, os breves evj- taram que acontecessem os maus encontros, as de- savenças, as brigas fata- lissimas? Um médico francês rc ceitava para os doentes estas palavras, que de- viam ser pronunciadas com convicção, de manhã cedo: ²Sinto-me bem! Sinto- me mesmo muito bem! Nenhum dos doentes es- capou. Marco Aurélio tambem usava pensar, logo que abria os olhos, nas pes- soas desagradáveis que ia ver, e se consolava assim: ²São ignorantes do bem e do mal. Eu, que contemplei a natureza do bem: o belo, e a natu- reza do mal: o feio, na- da posso sofrer de tais Nada sofreu. Acredito. Porem, a imperatriz Faus» tina, que se levantava co- mo se deitava, de cabe- ça vazia, gozou muito mais. Essa é a questão. Quem atrapalhou foi Hamlcto: Dormir... Dormir... Sonhar, quem sabe?... Até hoje ninguém sou- |N.

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MATE...PARA

VIVER

ANO V RIO, 15 DE NOVEMBRO DE 1911

DOM CASMURRODiretor: BRICIO DE ABREURedator chefe: ÁLVARO MOREYRA

12 páginas A CONFUSÃO F.RA GERAL Machado de Assis- DOM CASMURRO - Pág. 343

1$000 [~G R A N D E~H E B DOM ÃdARI Õ~B RÃSiL E IRQ j 1$000

FRIO OUQUENTE

FAZBEM

AGENTE

A SEMANABRICIO DE ABREU

A viria de um diretor dc jornal no Brasil, principalmentedr um jornal de divulgação cultural- é cheia de contrastes ede um pitoresco admirável. Nâo vou falar aqui das luta»crurntas que se tem que sustentar contra a inveja, a mal-datlr. n bnicòte, daqueles que criticam tudo, acham tudo ruimr muna fizeram nada. Não. Isso Já se tomou chapa QuemDK referir an lado pitoresco da profissão e da condição tlediretor.

Há dias entrou no meu escritório um novo, Como todonnto nn literatura nn Rio. veio do Norte. Vontade de vencer,dificuldades de vitla, falta de jornal para se iniciar, tudo isso,que aqui im Casmurro já vimos mil vezes ele me contou. Comosempre abrimos missas portas e nossas colunas. O rapazinhoan deparar comigo, teve um arzinhn de contrariedade.

Eu queria falar ao dr. Bricio de Ahrcu, naturalmenteo sr. deve ser parente dele...

Não. sou eu mesmo...O rapaz ficou embaraçado, "enguliu cm seco" e tímida*

mente continuou:E' que eu supunha que o senhor fosse já um velho...

Diiem Ia no norte que o senhor é o pai do dr. Bricio Filho.

Há dias, em um café da rua do Rosário encontrei-me comum rnmancista conhecido. Conversamos e, em dado momen-to diisp-tue ele, com o tom mais convicto do mundo:

Meu caro, estive hoje. com um homem Importante.que me afirmou que vocc é um sujeito perigoso e extremista,crein me* mo que afirmou ter noticia de que não há muitovocê era anarquista.

Smii mm pena do homem importante e do meti amigopçriiinr. Ilespedi-me dele convicto de que. multo breve eleiria ili/cr isso pelos jornais e, pensando ainda no caso, desciaa rua dn Ouvidor, quando encontrei o meu amigo Santa Rosaque Ini lufii dizendo*

Enlão, heim, seu malandro, nâo quer dar o braço atorcer, porque não gosta do Tristão de Athavde. finge, nãodiz nada a ninguém, mas é um católico peior que os do centro

— K riam. A mim você não engana. Conheço uma faml-lia que ve da intimamente com a sua, e que me asseverouque uiré vai à missa todos os domingos, comunga e tem emca»a nma série de poesias e escritos católicos... Seu "ca-tolic;

Ah: . Retruquei cu muito espantado. — Não sabia

i.u ni nto isso um jornal dc Minas, que se edita em Belo(.*. falando de jornalistas dizia:rín dr Abreu que é comunista"...si-, Tristão de Atliayde no "O Jornal'' várias vezes

• ti — "os esquerdistas de DOM CASMURRO...¦iilanto. "A Tarde" de Salvador há quase dois anos.le jornais e jornalistas dizia — "o liberal Bricio de

¦ «. sr. Mario do Norte (?) escrevendo no Ceará, dizialírio espirito democrata que é Bricio dc Abreu".,. e

Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio,lu o nosso aniversário de lorma amabilísslma dizia:le Abreu esse espírito que luta pelas idéias da dcttio-lc ., ", enquanto Henrique Pongetti cm um dos seuso (.lolin. não há muito dizia: — "Bricio é irrequieto,irrita, mas é bom o tem um espírito liberal, e nâo querliguem"...Ia dias recebi um livro aqui, com o titulo; — "Porque

", dc um sujeito que nunca vi e outro do sr. Tenórlolueique onde haviam dedicatórias, mais ou menos

s e onde se lia — "A Bricio esse espírito pleno de«if. etc.

O que eu quero é "goza"'

"tutu sln".o uuc lalta,., Maa u que eu quero é "goza"!.

g*g^^'^ & m Bfca My.ttJriai H*W

A PÁTRIA:

n -Diário de São Paulo" publicou há uns meses um artl*gn dn sr, Manoel Vilar Alves onde havia um trecho assim:

"lirifin de Abreu, escritor de teatro e diretor de DOMCAFMt RRí). depois de viver no jornalismo parisiense váriosarm*; iinje é um fascista "enragé" que chega a fazer meetings

(De Pedro Bruno. Quadro premiado, cm 1920, com a "Viajem á Europa).Sobre esse quadro, do nosso grande artista, Coelho Net to escreveu:

. . .E' o interior de uma casa pobre, aberta sobre um horizonte largo eluminoso. Um grupo de mulheres, marcando idades, várias, ajusta e cose os panos de uma bandeira imensa... .Afigura-se-me ver ali, naquele estaleiro sagrado, naquela oficina devota, a Pátria em construção. E quem

è que verdadeiramente a constrói senão a família? Quem a edifícou para agazalho de todos senão a mulher?De onde sai ela contente e robusta para o trabalho, heróica para as batalhas, abnegada para todos os sacri-fidos, senão dos lares? *

.,, E são elas, em verdade, as mulheres, que no-la-ão de dar, a Bandeira, unida em todos os seus panos, quehão de levantá-la, gloriosa, para que se abra, larga, toda desfraldada, e paneje triunfalmenle ao sol, naaltura. Hão de ser elas, as mulheres, as avós, as mães, as esposas, as donzelas, que farão a nossa — Bandeira,cosendo-a, bordando-a no lar, para que a levem, vitoriosamente, e cantando, as gerações do futuro, essa ge~ração que lá eslá, no quadro, agarrada ao colo, na esteira brincando com um raio de sol e, adiante esten-dendo a mão a uma dobra da Bandeira... .0 juri naturalmente votou o prêmio ao pintor pela execução da obra; eu votaria pelo poela que soubevestir uma idéia augusta com o pane sagrado em que se envolve a — Pátriai

DAS QUALIDADES DA TERRAHA'

nestas partes do Brasilseis meses de verão e seisdt Inverno: os de veria

sâo de setembro até fevereiro, osde inverno de março até aposto.Assim que quando nesta provin-cia do Brasil é inverno cá nestesReinos é verão, e os dias quasisempre silo tamanhos como asnoites, uma hora somente crês-cem e minguam. Cursam stm-pre ventos çerats, no inverno seismeses Sul e Sueste, no verãoNordeste. Sempre correm aságuas com o ren to por cosia, epor isso se não pode navegar deumas capitanias para outras senão esperarem por monções paratrem com tis águas de uma partee seis de oulra, e guando vãocontra tempo as embarcaçõescorrem multo risco, arribam asmais das vezes ao porto dondesaíram. Mete-se no meio e, naforça deste verão, oito dias anteos Santos, uma tormenta dc ven-to Sul que dura uma semana,este 6 mui certo e geral, nuncase acha que naqueles dias faltas-se. Multas embarcações esperampor este vento e fazem com elesitas viagens, Esta terra sempre

PESO DE MAGALHÃES GANDAVO( 1 õ 7 0 )

i ouente quasi tanto no invernocomo no verão. A vlração doVento geral entra tio meio-diapouco mais ou menos, é tão fres-CO este vento e tão frio gue ndose sente mais calma, e ficam re-creados 0,1 corpos das pessoas

Dura este vento do mar, até demadrugada, torna dali a calmaroutra vez por causa dos vaporesda terra que o apagam c quan-da amanhece está o céu todo co-berto de nurens e as mais dasmanhãs chove nestas partes e aterra fira toda coberta de nevoa,porque tem muitos arvoredos echama a si todos esses humo-res. E tanto que este geral acal-ma começa a ventar da terraum vento brando que nela segera, ati oue o Sal com sua qnen-tura o torna apagar e limpa tu-do outra res e faz ficar o diaclaro e sereno, entra logo o ven-to do mar acostumado. Este ven-to da terra i mui perigoso e do-entlo: e se acerta de permaneceralguns dias, morre muita gente

assim portugueses como índiosda terra: mas quer Nosso Senhorque aconteça isto poucas vezes:e tirado este mal, é esta terramui salutlfera e de bons ares-onde as pessoas se acham bemdispostas e vivem muitos anos,principalmente os velhos teemmelhor disposição e parecem quetomam a renovar, e por isso al-guns se não querem tornar ássuas pátrias, temendo que nelasse lhes ofereça a morte mais ce-do. Os ares de pela manhã, sãomui frescos e sadios: multas pes-sons se costumam alevantar cedoporque se aproveitem deles emquanto tem esla virtude. A terracm si ê lassa e deleitada; acham-se nela os homens algum tantofracos c minguados das forçasque possuem cd neste Reino porrespeito da quentura c dos man-timentos que nela usam, Isto iem quanto as pessoas sâo novasna terra, mas depois gue portempo se acostumam ficam tãorijos e bem dispostos eomo se

aquela terra fora sua mesma pá-tria. Manda-se dar nesta terraaos enfermos carne de porco, pa-ra qualquer doença è proveitosa.e não faz mal a nenhuma pes-soa: o peixe tambem tem a mes-ma qualidade e põe muita sus-tâticta aos doentes. Esta terra imui fértil t viçosa, toda cobertade altíssimos e frondosos arvore-do», permanece sempre a oerítí-ra nela fnrerito t verão; isto raiesa chover-lhe muitas vezes e ndohaver frio que ofenda ao queproduz a teria. Há por baixodestes arvoredos grande mato emui basto e de tal maneira estiescuro e serrado em partes quenunca participa o chão da qnen-tura nem da claridade do Sol, eassim está sempre ft úmido emanando água de st. As águasque na terra sc bebem são muisadias e saborosas, por muita quese beba nâo prejudica n saude dapessoa, a mais dela se torna logoa suar e fica a corpo desativado «são. Finalmente que esta terratão deleitosa e temperada quenunca nela se sente frio nemquentura icbcfa.

-- Na semana passada um comitê dos muitos que ha noRio enviou-me um convite para não sei que cerimônia t, nooilhftlnho i|iic o acompanhava li isso: — "Vous qui, je sitlsiliMilunirni snr, ctes du roté De Gaullc", ,. etc. E, uma casafrancesa ciinhcclda declarou-mc nâo dar mais anúncios aoDn^l CASMrHKO por quanto eu era um lervoroso partidáriotlf Tetnín".

< "mo se vê, desde que tenho o DOM CASMURRO, soull*-l<>. pai do sr. Itricio Pilho, macróbio, fascista. Democrático,11'iíista, anarquista, comunista, católico, liberal, o tipo do su-jeitn hnm. mão. nocivo, amigo tios que começam, irreverente,nialurn, e no entanto, ninguém disse que eu era, o que real-mente %n\\ e do que me orgulho enormemente, Isto é, profun-oamcntr dn samba, profundamente verde e amarelo, profun-aatnrnte brasileiro. ..

Beatrix Reynal e a poesia do nosso tempo

•' . a última hora recebo nos recortes do "Lux" um ar-" pulilicado na líiiía, de um sujeito que ninguém saber|" e, naturalmente um desses gênios abafados na Pnivín-' *|un desanda em descomposturas ao CASMURRO e a sua11 ¦" * que di/, qne en sim "medalhão e passadistn",.,rprraiidi) que o sr. Ataulfo de Paiva

AS NASCENTES da poesin dsBéatrlx Reinai não eítfco

situadas na alma conturba-da deste século trágico.

Nascem seus versos de umcoração u«e «e rnnservoii »clm»,como sc conserva, As veies, noiilchu de uma Hfre)a ttrrazndapelo ódio, o santo maia frágil.

A poesia de hoje tem um gostode panfleto, mesmo quando teu-ta embeber sua mensagem amar-ua 110 mel lírico de uma ant.l-ga humanidade conformada ou

Que sentimentos sob o llrls-mo de certos versos admiráveisdos nossos poetas atualiitasí ¦

A queixa contra uma épo-m'que desviou o curso dn rioeterno tia poesia para o leitodns praças públicas molhadas desuor e de sangue,

Que sentimos naquele an-selo velado de cantar ns peque-nas alegrias ou ns pequenas d6-res do lndivlduo7

.. O desespero de 11Ã0 poderfiiRlr ao apelo rios grandea «n-timentos coletivo».

HEKRIQUE PONGETTI

A poesia de Béatrlx Reynal ía realização Instintiva desse so-nho, hoje t-So sonhado, tàe man-ter o coração acima do tumulto,

Quando os homens mais es-timarlam trocar os gritos decomando e de obediência, queresumem esta época, pela foliei-dade de ouvir o livre canto docoração, seus versos teem a lie-leia e a Importância de um to-nue rte dispersar dirigido nospoetas:— Vinde sem receio! — pare-ce ela dizer, Subiremos a umaaltura de onde poderels coníes-sar sem vexames iine ainda voaenternece o perfume de umaflor, o riso de uma rriançn, Vln-de sem receio: prometo-vos aalegria de reouvir o coração co-mo se nada deste mundo empes-tado houvesse pesada dentrodele.

AU FOND DU COEUR i umaponte alta e longa sobre o lem-po, O que fermenta • explodi

debaixo dela, nâo alcança Os ca-mlnhantes.

E estes marcham sem obstii-culos por um caminho que levaà reconquista de um paraísoperdido; aquele antigo mundoonde sc gloriavam de encontraracústica os sentimentos Íntimosdo indivíduo,

O nspéto mnis Impressionanteda tragédia contemporânea é ofundo do coração, os sedimentosdas emoções comuns — materialprecioso de alguns séculos depoesia, Reparai como se tornouturvo e complexo o veto enntan-te e cristalino; conto nos esp-an-ta o encontro daquela trnnspa-rêncln onde se refletiam ns lá-grlmas sem amnreor o o sorrisosem sarcasmos dos antigos rl-madores, dos antigos transflRU-radores de alegrias e magoas cor-rlqtielras.

AU FOfíD DU COEUR "-"*"tou s de i .inl.ir

Pertenço tambem A legião doi

vencidos pela grandiloqüência epela gravidade deste século.

Já n5o ouço as vezes Intimasdo meu coração abafadaí pelosdolorosos ecos do universo feri-do na carne e no espírito.

As vezes me refugio no silêncioIlusório rios ermos para provocaro humilde e difícil milagre darestituição do meu coração aosfatos íntimos da minha vida.

Esta felicidade nfio pode maisser minha, como não será de ml-Ihõcs de homens do meu tempo.

A Béatrlx Reynal, grande poe-tlca. Deus permitiu que seu cora-ção se conservasse acima, bemlonfifl do Inferno baixado à terra.

Em todas ns épocas Ele perml-tln que alguns poeta.? conservas-sem n doçura dns emoções sim-pies e ns cnntassem, fazendo doseu canto o roteiro para o retor-no inevitável.

AU FOND DU COEUR foi pa-ra mim esse Inestimável roteiro:pl<* me deu a sensação da reron-qulsta de um tempo tristementeperdido.

OLHOSFECHADOS

Álvaro Moreyra

Há, de certo, santosanônimos. Passaram pelomundo, desconhecidos.Desconhecidos, seguirampara a eternidade. Nãoteem devotos. Ninguémlhes pede nada. Orações,promessas, todas as vozeshumanas que, num instan-te ao menos, invocam 09companheiros junto deDeus, nunca os invoca-ram.

São, talvez, os santosmais felizes, Possuem abemaventurança perfeita,(iozam em paz o descansados dias passados aqui embaixo. O sono deles foium adeus. Não foi como ¦é ainda o nosso sono: umaté logo que se dá á vida.

Machado de Assis di-zia: "Dormir é a formainterina dc morrer". Pelomenos, dormir é ficar so-zinho. Cada um dorme oseu suno. Acordados, to-dos vivem com todos. Porisso, desde que começou ahaver muita gente noinundo, acordar tem sidosempre um verbo que me-te medo, O medo inven-tou as superstições, osprovérbios, os hospícios eoutras defesas perdidas.Que adianta, por exemplo,ao saltar da cama, por opé direito no chão antesdo esquerdo? De que ser-ve repetir: "Mais valequem Deus ajuda do quequem cedo madruga", ouo contrário: "Deus ajudaa quem madruga"? En-louquecer, alguma vez foiútil aos loucos própria-mente ditos? E as rezas,as figas, os breves já evj-taram que acontecessemos maus encontros, as de-savenças, as brigas fata-lissimas?

Um médico francês rcceitava para os doentesestas palavras, que de-viam ser pronunciadascom convicção, de manhãcedo:

Sinto-me bem! Sinto-me mesmo muito bem!

Nenhum dos doentes es-capou.

Marco Aurélio tambemusava pensar, logo queabria os olhos, nas pes-soas desagradáveis que iaver, e se consolava assim:

São ignorantes dobem e do mal. Eu, quecontemplei a natureza dobem: o belo, — e a natu-reza do mal: o feio, — na-da posso sofrer de tais

Nada sofreu. Acredito.Porem, a imperatriz Faus»tina, que se levantava co-mo se deitava, — de cabe-ça vazia, — gozou muitomais.

Essa é a questão.Quem atrapalhou foi

Hamlcto:— Dormir... Dormir...

Sonhar, quem sabe?...Até hoje ninguém sou-

|N.

Page 2: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

CIRANDAAcaba de aparecer !De Clovis Ramalhete

O romance esperado !

Página 2 TEMPO E...DOM CASMUllllO DE CACHOEIRAt)e Dalcidio JurtindutAcaba dc apurcar !CHOVE NOS CAMPOS

T

AHI

si soubessels, Jovens cole-aas tio Centro Acadêmico Onzecio Ayo.sio, o bem que leu aomou velho coruçfio ii gem-ro-

slrlarle de vosso convite] U veterano,qu loi como vús algum «lin, come-cava a ser Invadido pelo mnis tnstedo.i sen Um pinos: o sentimento daInutilidade cia presença e do estor-co; e ja pensava em encostar tum ear.tó ns amins cnm quo, algumdia. pelejara o Dom combate, O lm-paciento o rijo tropelar rins novasgerações mais lho parecia ameaçai3e assalto, do que p rom essas de lio-mensgciu e vc '~

A Impngnaçao ao curso de BUPaulo foi tao viva, que, segundo pa-reco. S, Paulo esteve a pique deperder a partida o que tecla — quemsabe, — mudado todo 0 curso <Unossa História,

Vieram a baila, em carga cerrada,as deficiências da citlitdttlnha ptu*vlnriana, sem acomodações para oscursos e para os estudantes; as al-íleiilúades do seu acesso, com osaiHfcadelios e perambelm da bor-rida serra ap Cuüatao; a escasses

O DIREITO(Conferência pronunciada na Faculdade de Direito de São Paulo)

observa Fllomtiíl Üuelfl -¦ viver, e 0 sempre atual,

E' de esperar que o i«do Processo, que mulos w

guarda do Brasil —lentado veterano as vossíçaa e alegrias e mostraiem ouvir n palavra da sua medita-çáo e experiência.

Eu nâo vos falaria de coraçãoaberto, se nilo vos contessasse queboa parte de meu alvoroço se deve1 vaidade e amor próprio saiLsfcl-tos. At* os santos - rios quais cs-tou Uo longe — suam e penam, nodizer Imaginoso dos afriolOfticos, para-rrivols pragas os

inflssfio dc tragl-isso nerescentar,¦]¦ acreditado, que

Jardins

perigo de se inietar com o "desagra.davel dialeto" paulistano o talarK mui no dos moços das outras pro-

Por umas como estas, t que eupenso, as vezes, que, 6« Deus concedeaos seus bemaventuardos a vls&o si-mui ti nua de presenie e futuro, o cs-petüculo das cousas da terra, douatos, opiniões, e certezas dos Homensdeve ser um dos, preciosos elemeri-tos da bemaventurança.,.

Nessa pitoresca refrega pela pos-so dos cursos, houve, mesmo, depu-tado — e nfto dou menores — queestranhou a indicação de SSo Paulo,nesta simples e desdenhosa exceçãofui min ator! a:"Nâo

3 passado.fto h* sinton

os homens da'lei.Uma sociedade sem tradiçlo e tilo

condenável e perigosa, como um vel-culo fc-m frcia». -Sun viila scra sem-pre oltlcll c precária qual a da ar-vore. a que taltc um bom slsirniade ralies.

Nenhuma das suas onras cera oselo da pcrpoiuiíl-ide, pnis uma expe-riencra mllenfiria nos demonstra, quen&o hft Obra durável e Dcnlflzcja, -e

nela nfto emrim, cir. proporção nde-quada, o passado, o presente o i ta-turo; e aquelas oBrns, lenas so c.vmo presente, sío. rie ordinário, frutospecos e pereci V"'"

Signo da tradlçüo; e sc pôs. desceberço, ao serviço da traüiçao Eles» denomina, com eleito, por umadata. E uma data * uma aurora

desafio a Invcsnetiçáo Histórica.Por que Onze rie Agosto? E •

curiosidade, que a dtiia despertou,rrurso dos tempos, f a

sei porque se anda com 9,[Paulo para c6. e Sfto Paulu"para lâ, Em nada aqui se fala. que

inao venha 3. Paulo".

Parece Impossível, senhores, con»densar-ae em tSo poucas palavrastamanha soma de Ignorância hlsto.ria. do Ingratidão, e de injustiça,Mas, Süo Pnulo, Jâ carregado doslouros dn construção da Pátria, nflollcou maior importância a esse de-snbafo de rivalidade provinciana,continuou a prestar bo Brasil osmais altos. ma's cobresveis serviços. Estu íoi. tem shft de ser, em todos os tempos.generosa vingança de írmio.

Quando os liolanJ-~- ---o parecia perdido para

ilosonar o heregei holandês". Assim

) Cen.rncolegas

hoje. _. .recen-r-nasririin FMrinri Brasileiro vpenharios na iaiela essencialcompletar a nossa independência jlitlca com a independência lnte

fiação de dnis rrir.-r.s e.e cmvusridlcas e sonai.- mr, ern Ollr.cia, itro em Süo Paulo.

Essa loca li 7/7t çri o rio.- cursi* lrvr

nembieia Constituinte, uma temp

da primeira Infância c

s do

glslat . quei Almeida Nouuelra pOs ao mi-

cance de todos nos. em resumo Ie-llz, nas suas deliciosas "Tradiçooje Remlnlscfnctfls",

Trocaram-se doesios, alguns cmpesados e crus, eomo nos recontrr.s ependências dos herOLs e deuses deHomero, tenrin cabido o quinhãomais amargo a glorioíTi Baía. quall-ficada, em pleno Parlamento, de"BabilOnla do Brasil", e "cloaca de

o disse o granrie vieira re -ate inetremia a lingua de o pronunciar"),no seu famoso sermfto pelo bom su-cesso das armas de Portugal contraas de Holanda, em íace do Santls-slmo Sacramento exposto,

Ouviu o Senhor Deus dos Exerci-tos as palavras

"piedosamente reso-lutas, mais protestando, que oran-do" do seu Inslgne Ministro.

Penso que foi a partir dessa vi-tória. humanam(.nie inesperavel, des-de es.=a ma nl resta proteção celeste,na encruzilhada dos nossos destl-nos. que ficou decreiado de pedra ecal. para todo o sempre, que "Deusé brasileiro",

Como quer que seja, eu velo napromulgação da Lei de Onze deAgosto de 1B27 ou melhor, na :ora>llZHÇâo rios cursas Jurídico,» em 83oPaulo c Olinda, depois de tamanhaalonrria regionalista, um exemplotipico da Inclinação brasileira da Dl-vina Providencia.

Nfto sei, realmente, se haverá ins-tltulçío ou medida, que tenha maisconcorrido, do que esses dois pontosde fixação da naclonnliriade. para aformaçfto deste Brasil em que vive-mos. E. dica o que disser o pessi-mismo de sistema, este Brasil em quenfis vivemos, tudo bem visto e. soore-tudo, bem ro mirado, air.ripoucos lugares do mundo atado. em que se pode. agora, viver,

Orguihal-vos. portanto, meus Jo-vens colegas e amigos, ao nome devosso Centro Acadêmico. Peste ie.mos. de lodo o coração, esta auspi-ciosa data de Onze de Agosio.

Nos anais das duas Casas de Di-reito que nela se fundaram, hft maisde um século, multo particularmentenos anais desta Casa de SSo Paulo,refulgem os nomea dos maiores ser-

vldorei do Brasil; tio nobres, tiapuros, tio cheios de benemerínclao majestade, que passam o» regi-mes, sucedem-se as Instltulçftes, enfto hfl icnnoclasmo, que os possamarear ou destruir.

Poi. certamente, um (rrande bem,na quadro Inicial d» formaçfto doBrasil, que estes "homens rie destl-no", fadados a influir e governar,tenham formado a personalidadenesta terra predestinada, de tftoilustre passai-, e de porvir tao ra-dloso Vindos de todos os pontos daimensa Pátria, e aqui Irmanados aesta dltosa gente paulistana, emcu.ta tempera entra tanto de recato,como de arrojo, eles daqui levaram* veneraçSo pelo passado, o entu-slasmo pelo presente, e a corajosaesperança nn futuro, condições desucesso da sua obra de republica-

Poi. sem duvida, um grande ecer-to. e um eraníe bem. que ie nftomultiplicassem, de lnlelo. os cursosjurídicos para que o encontro noimesmos cursos, de brasileiros de to-das as províncias tao variadas, cl-montando amlitades para toda a vi-da. pudesse insuflar nos fuiuros dl-rgentes do Brasil, um maior conhe-cimento e um maior amor da suaterra, c da sua gente.

E fot, sobretudo, providencial, queum dos lugares escolhidos para se-de de curso juridico fosse a cidade-zlnha provinciana, que se transi or-marla neste grande e rico empóriopaulista; porquanto, assim, os ho-mens da Lei disciplinariam a rique-sta, humaniza ndo-a; e. em troca, aIntensidade da vida econômica nflopermitiria que a ciência do Direitose estagnasse, e perdesse o senso dasrealidades.

E' possível, senhores, que muitodo que venho dliendo nfto seja portodos aplaudido. E', mesmo, prova-vel que haj- quem nfto compartl-lhe as nossas alegrias pela funda-çfto. que este dia relembra.

Todos nós sabemos que, de quan-cio em quanlo, volta a moda de senialslnar a obra rios Juristas, e dese atribuir aos homens ria lei todosos males — alguns deles imagina-rios — que aflljam ou tenham afll-Bldo o Brasil, e, ati. a humanidade.O bacharel em direito torna-se obode xplat

i e dos

azelasE. embora nunca se vi:se ~m

tenha pedido a extinção da mediei-na ou dos médicos, por ter algunsdesles liquidado o doente, nem a daengenharia e dos engenheiros, porter ruído alguma pont*. ou algumedifício (nue. acaso. * o próprioClube de Engenharlai, Ja vimosapregoadas a desnecessidade da cl-íncia do Direito, t a lmpresclndlbl-lldarle de se acabar com os baeha-reis e doutores em Direito.

A experiência — nio h* dúvida— seria mais que origina;: s#rlaúnica, Pois afnda estí por arriare-cer sociedade sem lei, e sem quem aedite e execut*."O Dirito — escreveu Harlan SM-ne. grande procurador geral dos Es-tados Unidos — o Direito repousaem fundações tfto sílldaí e profun-das quanto as da mesma socleda.de.NSo há elemento de organização so-cia; mais Indispensável ao bem es-tar social do que o bem ordenadodesenvolvimento e a boa apllcsçflo

Al eus amigos dominicaisw—fc/ZEM os livros santos qu*m È Deus criou o domingo pa-

-*S ra a descanso. ,lfas comoDeus põe e o homem dis-

põe, o descanso dominical vertisendo alterado gradativamentedesde o começo dos tempos, aponto de hoje em dia o domin-go ser o dia mais laborioso dasemana. Ordinariamente des-partamos nestes dias destinadosao repouso com um pesado pro-grama metido na cabeça e o de-sefo de cumpri-lo religiosamente,chova Ou faça sol. Quem podesolr, sal para a sua estaçãosinhade canseíra, correr pelos cam-pos, vtidear os rios, subir morrose serras, procurar em suma tra-calho- agitação, massadas e amo-laçôes. E quem não pode, ficapor aqui mesmo, delirando pelasruas, pelas praias, pelo futebol,pelos subúrbios e cinemas, arras-tando a familia ou o tédio, quan-do não tem um terno tioi-o pnramosfrnr ou uns sapatos aperta-dos para afrouxar.

Eu, como todo cidadão de. meutempo, tenho tambem o meuprograma dominical, muito mo-desto. é verdade, mas que me sa-tlsfai com vantagem pelos pra-zerts qui oferece. E' possível queo meu programa dominical, pelamonotonia e Invaríabílidade queaparenta, cause lástima a quemde longe o observa. Quem me vâtodos os domingos metido em ca-sa. esttratío numa poltrona, portraz de uma barreira de livros,ká de lamentar a minha falta degosto e o jioticn ninor aue votoaos meus pobres pulmões tiomaltratados pelo ar da cidade.Nâo sabe, entretanto, que aca-to muito mais ti opinião do mmfígado e dos meus rins, que de-testam os condimentos estranhase os saculejos dos veículos tipoClasse-mâdta. sefa da Lcopoldinaou da Central do Brasil.

Nem sempre a gente se diver-te como quer e sim como pode.E. para falar a verdade, se mefosse permitido dlvertlr-me áminha vontade, era preciso queme pusessem na mão, não umtesouro, mas a lâmpada maravl-lhosa. de Aladíno. Somente deposse, deste precioso objeto eupoderia dlvertlr-me mais do queme divirta nn companhia deusesprodigiosos amigos que são

MARTINS D'ALVAREZ

s llvrt No s iavcl i-\rclatlclr,

gres façanhas rocambolescai «

aventuras dignas dt Símbad, omarítimo. Tudo o que peço elesme dão. Tudo o que sonho elesme oferecem, com essa prodtua-lidade dos Que não sabem o quepossuem. Converso com eles sem-pre fascinado, coma quem se de-sedenta num poça de sabedoria.Dos seus ângulos variados trejoa perspectiva que desefo, o mun-do que me apetece. E com elesnão há mistérios, nem subterfil-glos, nem vacilaçôes. Somos umpunhado de asas libertas, semrecalques e sem rumos, debaixodo sol.

Agora, por exemplo, tenho aomeu lado "o Gigante dc Bot.ns"de Ofélia e Narba; Fontes. Eleme diz que evoluiu, cresceu, mo-dificou-se por força das círcuns-tãncias e do tempo. De peque-nino conto passou a ttope.a Ms-tôrtca. Ganhou um prfmto porIsso. Entrou para a biblioteca dobrastleirinho. Da nossa conversanascem surpresas gostosas. Eleme diz francamente que passoudos domínio âa ficção para osda realidade. Quer dizer- naclo-nattzou-sc brasileiro. Entrou pa-ra a nossa história eom o nomede Diabo Velho, filho de. Anhan- ,di/era e fundador de Goiaz. E êcom prazer que ele me oferece tisua bandeira, para que eu gosee reviva uma das mais heróicasaventuras da humanidade.

Aceito, tá tora ê domingo efaz bem a gente ir para o cnm-po. Mas ir para o campo sim-plesmente, viver num domingotinnífo destes uma aventura pas-soda. hà dois séculos, deixa a de-setar. preríso de um companhei-ra vibrante e fot>cm. que saibamuito, que conheça tudo, que merevele a natureia e os prodle-losque a natureza esconde. K mebate continência George Russellfíarrlson. Harrlson é professar erurr levar-me pela mflo. Offire-èc-me, como um bastão "O Rn-i7intT.cc da Física". Com isto. tils-me ele. assim como Moisés fezrebentar aquti das rochas, vocêdom esticará a Energia, fará o

Som adquirir asas. os olhos ne-rem através de átomos, daráolhos ã Memá'ia, capturara a

Melodia, sobrepujará a sabedoriadn tempo. Aceito. Tomos osúoí», observar tncantados como

o Som percorre o fio, eomo o vi-dro aguça a visão, eomo a vistaconquista o Espaço. E por fimquedo boba de ver o Efeírort res-gatado e de saber que o Vidro émats precioso do que o rubi,

Mas denals desse tumulto queobriga a pensar, só uma idéia meocorre; repouso. E neste mo-mente nada mais repousante doque

"Ciranda", o bontto romancede Clovis Ramalhete. Dois dedosda prosa com Dlttnha, as intlmt-dades de Mario, as gracinhas doIrn-oto, esse pequenino mundode cotsinhas perversas, miúdas einteressantes, que marcam tãotem a fMonomlp cotidiana dasnossas pensões familiares, are-í.im a nosua tmaglnaeâo e aou-çam a nossa perspicácia, comoum tônico re.parador. Api* 'âogostoso estdalo com Clovis Ra-mníhete pelos bastidores dessasactetiide em menores, apraz-mtfísteider os membros num espre-ri-hamento sadio e dar graças aDeus termos uma família quenos escore o barca e nos Hvredesses mares tentadores, porem,tormentosos.

ZWo*,', disso, toca ei rtgressar.A 'arde se avtsinha e com a tar-de rem-me um deselo suptnti-mente passadista de bancar o H-rico. de ler versos, de conversa'com. os poetas. Abro "Eti PeiêsleBrésnienne" de Henrl de Lan-levíl Tenho de? anos de ritmosna minha frente Ritmas nom»a vethos. Poemas de eahelos cnm-prtdos e bugorl nas trancas So-netos deseahelados, em ritmosabsolutos, bastante fo^oafinlcos epruca ln'etenlveis. Mas em tudoeme Inn-evV arrumou M tf"tiírnhi tit-ic.fn G-ntinV ou nequpno,porem- noesta. Não de.vln sPr deoutra forma, üma rtntnloqtn separece multo eom uma ctua-de-cômodos Para habitá-la nrttíe-m. í veicíntíir da carta de ft-eivca, mns nfío dn indispensávelpara c aluauer. A versão travre-sn de Lant.eitll está caprichadaCaprichada e embaladora. A'mediJ.r< oue a gente vai avançan-dn descobre a cada passo o ras-tro do poeta. Sr "L.á Poésle Bre-slllenne" vão fosse obra de pne-ta, sf> poderia ser de alto esvt-nfísmo. £' pena que tu lâ es-teia de volta. Boa noltt, Lan-íítlü.

AFONSO PENA JUNIOR

do Direito, e ninguém nssurne, emface da comunhSo, dever mais sa-grado, do que aquele que tem a seucargo a rlaboraçfto e a exccuçAo das

O Direito reside na própria ral?,da civilização; pois ciência, arte. cs-mírcio. a capacirtale. em cnmunhftest povos, de esforço cooperativo —coisas que. em nosso espirito, seidentificam com a civilização - sôse tornaram possíveis eom o estabe-leclmento da ordem social, e aó oDireito, por sua ven. torna possívele acompanha, nccessarlaniente. essaordem, nresuposto de elvillaicS«">.

Reconheçamos, entretanto, queuma tal negaçSo gerai ia rlenetadei Dlreltn e dos seiis servidores ser*atitude **¦ alguns extremistas, e,talver. simples "boutade" para darcalafrio ao burguês.

Mas ao lado dessa critica malhumorada, que allra a esmo ISo so-mente pnra negar e destruir — cri-tlca, nortanto, de fundei e tenden-cin anarquista — conhecemos e. ca-da dia. lemos ou ouvimos censurasdiscriminadas e bem Intencionadas,censuras, cttjo exame flesanalxomdoe sereno, nos Jurlstis. nós os ho-mens destinados a Julgar, devemosfazer, com prnpOsltos de arrependi-mento e emenda.

Algumas delas sfto. manlfeslamen-te, Improcedentes Fundam-se noprocesso de se apreciar e criticarlima ípoca i luz das experiências esentimentos de ípoca posterior; Istoê. de se a-illcar an passado, crlté-rios e medidas que s«5 a mudançadas condições veio a produzir ecriar Tal a que Increpa nOF legls-tis do sículo passado a falta dasprovidencias, que hoje sfto rorren- .tes. para remediar. senSn sanar, o»

do Industrlallsmo.As Instituições Jurídicas desse

gínero. isto í. de fundo econômico.jo no curso de sua existência e porforc% do prrtprlo funcionamento, re-velam Ir convenientes e falha*. eaeahim criando o c.ima propicio amodificações e remAdtos legislai!-

to. aqui no Brasil, quanto se aflr.mar pois a Ir.ierveoçSn do Estado'eomeçou multo antes que o malatingisse a gravidade a nue checou

Juristas rie lerras altamente clvill-fadas foram multo mais cego.», maistardos e inertes rio que os juristasbrasileiros Podemo?. -vis ter a eon-ciência tranqulla quinto a e*te ca-pitulo de acusações.

Aparentada a esta e eivada domesmo defeito, t s dn nflo terem osnossos legistas imprimido ao nossodireito o sentido social ou coletivo.

Eu Jâ aplaudi publicamente, emuito de coraçflo esta orlentaçftolegislativa do Governo da Repúbll-

E sou, por isto. insuspeito par»observar, em defesa dos Juristas dopassado, que o principio Inplradordessa leglslaçlo nflo surgiu, própria-

W, eomo conilçflo existencial da so-ciedade; t, em conseqüência, todaveí que o interesse coletivo o "xl-glu, de modo permanente ou tran-sitírlo. sofreu o do Indivíduo, per-

dispensáveis restrições.Por outras palavras: o principio

foi sempre o mesmo; a spllca:fiodele í que dependia das drninsilin-das de tempo e lugar; so se Impou-do os sacrifícios Individuais nrde oInteresse social o reclemasse, real eIndiscutivelmente.

Basta, lembrar, no ferrenho direi-to romano, a supremacia da fiALUSPCPULI. e a rio direito público /.o-bre quaisquer pactos privados, nüosendo, mesmo, dlfictl apontar-se aflllacio do no»o "RealustamentoEconômico" no«so e da Rnr

presente, o rigor rta lógica com oa'Mas

-- pergunto eu — donde viraessa tendência a. iinerpn.iaviio ju-dalrn, dDsvirallzfl-la. cia lei, tender.-

E' iiossivi*; fjuc «ri irno meu entfiKüT adcrííi ancrriçar. er'ri«'5apari".*;mcntei tln

grafo ifin r"Da nova

No proêmfr.rniado 'in

i Nova;. oa devedores daquela*

remotas eras. tflo facll e rapldamen-le, como quem apaga o glu numquadro negro...

Percorra-se a nossa antiga legls-Iftçíto de terras, e Posturas Munlcl-pais. desde as das Ordenaçfles. leia-se o teor das velhas Cartas ae Ses-maria e ver-se-» que a no«" nm.priedade territorial, assim come a urbana, nasceram sob o pr].

¦al

mado do Interesse da comunhãoA lei já st reservava a definiçãodo conteúdo e dos limites desse dl-reito. Veji-se, ainda a legislaçãopomballna de depois do terremotode Lisboa ati que ponto o legisla-dor levava essa faculdade soberana,' sçfto pública. En-Contra

guerrado aor

il i

e crise;s sacrifícios

nor ¦

E, vindo ao nosso tempo, nilomos. antes de 30 e em olena «.cia da ConstituiçãoIndividualismo — nflo tivemos as i«*isdo inqulllnato. as de moratória, asde prolblçío de comércios e fixaçãorie preços, as do recuo de prédios asde vacina obrigatória? E nflo aori-param os tribunais toda essa legiíia-çSo sob a larga formula social rio Dl-reito?

Quantas e quantas instituições se-nhores. hoje condenadas, tiveram, aseu tempo, o aniparu da lei por se-rem eniJlo indispensáveis fl presT-vaçSo da sociedade; e perderam, de.pois, esse amparo, por tererfl perdi-do. com a mudança dos tempos, arajftn social de aua existência1 Ahistoria das Instituições Jurídicasesta cheia delas: e Baste-nos citarcomo exemplo de primeira ordem ¦Instiiulçfto do íeudallsmo.

Detenho-me, finalmente, diante deuma critica na qual talvez, tenha-mos de reconhecer nAo toda, masuma ponta de raifto; e ft qual. porIsto meímo. devemos prastAr maioratençflo. ft procura cas causas e re-médios do mal.

Juristas, no* cons em mos' a tridas correntej da vida, alheios a vidarefractírlos as suas tnsptraçflef. iexigências; e que em conseqüência

ínt"* Ti.ir.to n-,.- p'*.E

,rXxlr.ad" ria r.rvurc-.a l-.nnna <¦ 50

Porque sO essa cultura da pro.un-dldade e perspectiva ao quadro das

reaiiracAci perdem asheras rie ho;.e. .'Ao o Últ"vient de parailre".

L'm exemplo pitorcsc

nós.

alderado Inerente d noçflo de Direi- flor, esquecidos de que esta -

Pouco rie;*,.-.*.! r!p pr.inv.iirarln u no- leca.i e cenernsero Cfiriieo .Jo Proccs-so Cl*.11. que loi. m°is r.=,ta r-atr:

KV"™''rV'V"V ,1"' '.?„ ,f,X,sv

?»".;=-** ¦=.*',., ,.-', •'" ' ZZ

™'"ííá

'irXX.';xxi -,-,. r., ¦- -,-,,.. ¦?¦";-> i * -

lira ir um. «.m< uma MM- %è,£!'l& ?"Banalização da ciência"INFELIZMENTE,

a literaturabrasileira atravessa neste mo-mento um período de desfa»leclmento, causado pelas tra-

duc&es, em quantidade asflxian-te. Traduções que o público sòaprecia pela quantidade queabarrota as livrarias, e raras sãoaquelas, que o fator qua.idade,Influe no espirito do leitor.

Atualmente, c assunto maisexplorado, pelas traduções, enf-eando a tomar um caráter epidè-mico, é relativo a médica.

E' o que chamam os editores,a vulgarização da medicina. Co-mo se fosse necessário vuluarlzar,a coisa ma's usual, corriqueiro,que a medicina. Todo mundo«abe medicina sem ser medl?o.nem cursar os Intermináveis seisanos de uma Faculdade. Arte de(curar. geralmente o víslnho satle'mais

do que o médico asslst.cn-te. O amigo do doente tem sem-pre uma valiosa opin'3o, discu-te, aprova ou nlo a terapêutiraprescrita pelo médico, fala maldeste, Indica substituto, decifraos sintomas, eomparando-os comuma moléstia que teve o seu pa-rente, faz diagnóstico, tudo sem«er esculâplo, e nem ler as taistraduções sobre medicina. Paraentender de medicina, nâo é pre-elso erudição, nem mesmo, estafornecida nelns livros comercial-mente traduzidos.

OD0RIC0 PIRES PINTO

Há exceções, e raras sao elas,"Memórias de um Cirurgião","Maravilhas da Medicina". "Fo-Ilias do ff diário de um clinico",sio exemplos.

Em outro aspecto poderemosCitar "Biografia de um embrião","A cidadela", alguns volumes da"Coleção ria Vida" e "Caçadoresde Micróbios". Sao livros Inferes-«antes, que divulgam assuntos demedicina, sem querer tomá-labanal.

DOM CASMURROtem novo endereço

PRAÇA MARECHALFL0R1AN0, 55 — 2.°«nd. — Tel.. 42-1712(rede interna) — RIO

Tsto, entretanto, nSo aconteceeom o livro de autoria do dr. Eu-rico Giupponl. que primou embanalizar um determinado e deli-cadíssimo assunto mídlco de ca-rater puramente científico — ocâncer.

"A luta contra O câncer" é Olivro que a "Veechl Editora" ex-pfls 4 venda, em uma boa e ho-nesta tradução do dr. Ellas Da-vldovlch.

O dr. Eurlço Giupponl. da Uni-versídade de Roma, escreveu umtrabalho de 104 páginas sobre ocâncer, sua origem, seu desenvo!-vlmento, sentomalogia e terá-pêutica, ilustrando sua obra comdiversos "clichês" de micro-foto-grafias, aparelho de rádio, etc, ea tudo Isto denominou de um li.vro de divulgação, elaro e pre-ciso.

Clareza t precisão, Justamen-te o que nilo existem na "A lutacontra o Câncer". Geralmente oleitor para as obras de divulga-çáo, è aquele que nâo conhece oassunto, que vai procurar tirar dolivro, um esclarecimento.

Ora, no livro do dr. Giupponlí exatamente o contrário. O lei-tor neóflto com toda boa venta-de nSo conseguirá passar da pá-Bina 50.

Porque anatomia patológica ídifícil, e o dr, Euríco começa se.tlivro tratando da hlstologia pa-tológlca dos tumores, chegandnao ponto de estampar miern-fo-tograflas de cortes histológlcos.

A displlcíncia do dr. Enricopara eom o leitor chega ao ex-tremo, de. em quatro páginas(47-48-49.50! do seu trabalho,dogmatizar sobre assuntos aindanio resolvidos, que estSo em dis-eussâo nas sociedade cientificas,como sejam, certos fatores queInfluenciam ou nSo o câncer: aalimentação, a raça, idade, sexo eherertitarlerfarle.

Para o leitor que tem noçflodo assunto, "A luta contra ocâncer" dá impressío que o dr.Eurlco Giupponl estava escreveu-do um trabalho cientifico, e queno meio do livro, talvez reconhe-eendo o valor cientifico deste,resolveu transformá-lo. em umlivro de divulgado, aereseeiitnn-do alguns capitulei Mbrt a te.HpíUtiCk.

Um canceldrogo. lendo a obrado dr. Giupponl, dirá, que estena tran?formação que tez passaio seu trab.ilho de cientifico paradivulgação, esqueceu de mandarpara o editor a sua colaboraçãopessoal, deixando somente opi-nlôes, definições e transcriçõssde autores vários.

Mas, náo 6 um livro cientifico,deixaremos as opiniões dos can*ceróloiros...

Não fosse o dr. Eurlco Giuppo-nl residente na Itália, nnde exer-ce a clinica cirúrgica, eu acre-ditaria ser o seu livro uma mo-dfllirlade, de "agente", arma se-freta empregada por raros cll-nlcos da nossa cidade, com o fitocomercial, de agarrar os doentesque Inocentemente chega

st-ação da Calçada Do-cas.

E" o próprio (Jr. Giupponl.quem nos '.eva a admitir tal jul-zo a respeito do seu trabalhoVelamos o que ele d:zi

Pág. 126:"Quem escreve estas páginas t

um cirureiSo oue viu os malefl-cios do câncer"...

Mais adiante;"Os que lerem este livro hSo de

observar bem todo o corpo, e seacaso uma mulher encontrar tlmtiódulo no seio, sentirá palpitar ocoração e correrá assustada aocirurgião".,,

Um pedacinho mais:"Quanto mais cedo os paclen-

tes se submeterem a nossa ob-servacSo, tanto maiores serio aaprobabilidades de cura",

E Indicando a sua clinica es-crevei

"Eu, que trabalho, há mais dcdois anos como elrurg r\o no Ins-tllliín R.irllrtlrtclco dos Ho»tiltai,da Real Universidade de Roma,no Pnllclinico, estou num postodc observação de primeira or-dem"...

Banalizando um tema clentlfl-co, que ainda 6 cedo para sairdn amb-ente dns laboratórios, odr Eurlco Giupponl, se propôs àfazer um trabalho dc divulgaçãosobre n câncer, escrevendo "1luta contra o rancei-". q.,lf. ns0

't

mais do que uma auto-dlvulga-

Dom Casmurro

SK» lil-M 1 II,..

IrKIil \ 1

ITMllVA - t;,ir.,Tr.VITrtlll.*, — fiiu-T»'-1 -*1 .,1117. OF. FiMI \ - ¦' '¦*¦ FK' I

Page 3: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

'¦¦¦*¦¦ :p.fo./'-fo;" ...,, ;.s-i-a»iB,-»i ' . ¦ '-

Imlai 11» livraria*

IRANDACloris Uamallwie

DOM CASMURRO

I 0 romance esperado ! ¦¦•--------¦¦¦^^¦¦^^¦¦¦li^™

... ESPAÇO Wflna 3 Aím /wrfns ou livrariasCHOVE NOS CAMrOS

DE CACHOEIRA/Jc Dalcidio Jurandyr

Uma visita ao atelier do pintor Pedro BrunoA GRANDE EXPOSIÇÃO QUE SE INAUGURARA' AINDA ESTE MÊS-

0 ENAMORADO DE PAQUETA' - VIDA DE ARTISTAtados para ¦

i-avilha! Noiei, rapl-nulos: "Madona das

lialvoias". "Cnlr dn tarde", "Anscliisno mar". "Bnnlio", "Guanaberlniia ",linda composição simbólica, desuna-dn a uni grande sucesso. NAlades delongos cabelos, vestidas apenas derenda das espumas, afloram no cl-mo dns vaiiiis tin Guanabara, A' mn-nelrn wagnerlnna, parececomo ns filhas do Reno. '

lor poela par*O mar. sempre

ou revoltas, un.s tardes clis macl ifrndns de brlanar, palhctadi. r

muita obra-prlmras impede que

redu/ a produ-

mbienle dos

'Kd

i que,

In n conhecida

i :;&¦ d.- rai-rv

lem plnladn carregando ...remendando-Bs. esle lide ndo-as aosol ardente de Paquetá,

O mar. peln variedade rica e Intl-nua de temas para a Imagiuaçilo deum Byron, mu Osslan, * lambem pa-ra um artista como Pedro Bruno,modelo único,

FlgiinirtW ainda na Exposlçfto Pe-dro Bruno, o quadro "Ma¦ '-de", qne é uma composlçüo

A figura de Beethoven.num trunfe de Inspiraçãoaquele "frisson" Irreprimível de tn-ria obra rte verdadeira nrte e quetnuila vm se Iransmuda em lfliiit-

Polire Beellioven! Vencido pelapaixão que na época — 1801. n vo-luvel e linda Juliei» Guiceiardi lhe

çfto'lhe ¦i noite

. felicidade

K. que dfwi- das Arvores queprivilegiadas em Pequei* —-(Innibru-flnls"' sniiKurntr-.s. p.adns por Pedro Bruno paraos rlias mais doces e dolornsr.s davida: aqurles "flambovant:" "*ampara e nfio deixa niorr(rio-os, depois de secovileas qu' os envotvde flores?

Lilü FEI DE SOOU SOARES - PintorO princípio de uma história - Com 8 anos, uns rabiscos — Portugal,Paris, Espanha, e outros lugares — A saudade do maracatú — Ahistória de um amigo que lê inglês — E' máscara ou não é? — Pin-

tura e poesia — Um njntor nooulatPAULO DE MEDEIROS E ALBUQUERQUE0-v-:;"::;fo:fo;fo,,.'=V.' , „,„ ,, , |, ,|,. „,,, nhar. tm diriam qur rir não Unha

,-¦ ,, , tllr!il ,:rt;i.|,„.„ \i,|.| " mínimo leito para n nes orlo, Ou-¦ i. , ¦!-.,- .un i-i.nliir ,i liKliiHa '""¦- m*1' '"¦"¦ humorados, acharam

i. , .',, iiiiiim-ii-, ,1,- I .ni/ IV- nue r, mr mui. pr-.mell».

in--. i i ni.,,,ii ,i„, <|1-, la no Heii- nns Ili n |m-rm l.uii Pedro de Sou-

,i mn |>. -ii.iliii.-ii ,-, pei,, srtil.i, rnm Trio .tiiiilnr. Era umit" • ..rn i, nome mi com n fuma. assombro! As rrnnlras da época

''. i ...ilintr.. innu, eu ia tiiicn- moslram-se ainda um pnurit ali*-

rin.rU * semnr* assimlira, um dia n met

fni estudar em Pnrtucal. Fei todo ncumo de humanidade* no ColírioBrandão dn Pnrlo. E ainda emiti-ii liava com aourla mania antles n*rihltrar. Faria » cara dos proíe»so-res. fazia » rara de dona .Maria quelavava a roupa para os esludanlerdn colégio acima i-ltado. E eacnn-dido chegava a ponto de. de_ -e» rmquando, rabiscartnr do Tolíglr *

r já que estava em PoNunat re-aolvrn aproveitar • viajem e denum pullnhn *U « resto da Europa.Foi a Pari», viajou pela Etpanha raprendeu uma porção de rolsa*.

Quando mala tarde vai tou " "*-elfe. vinha eom uma saudadf da-nada de um ma rara tu* In lio, Ar umfrevo, de uni pastoril. Mas por nu-tro lado M havia provado erande*rolsa*. Havia comido em Moiitpar-nasse, vira o l.ouvre, fora ainda,rima vei, alé o deserto * vira umaporrlo dr ramelo» e dromedário*.Ma* nada dUno po*-1» matar a* aaii-dades qur o Jovem I.uli Pfdro de

i Recife,ttma testemunha do tempo cou-

li.u qur o Jovem quando chegou pa-reria um rstrantrlro extasiado antetudo que fosse nitidamente Peruam-huiann. lm trevo, por mala «urrapa,fatia cnn. que o jovem Lul» Pedrode Soiwa Snare» abri*»* a hora lan-ç.. mio frito* de eiintcnlameiito.

V. n que acontece com riiuila lente,tinha forçosamente qne acnnterer

tamhem rnm o Jovem. Em 1D10 ra-«ouse enviuvando seis ann» mal* tar-rir. F rrromeçara afora com aquelavelha mania; pintar. A((ire. depol»qur tomara mal* umas aulas comTeles Júnior, «eus bonecos Já apare-riam um pouco melhore».

Depol» o tempo (ol passando. 1,1nn Reclír, l.tii» Pedro de Suma Soa-res continuara a pintar, Ma* »n rnmmetade dn nomei I.uli: Soare». O Pe-dro de Sotita ele deixou para quemqniie»*e. F.ra capai mwmo rte náodar um quadro quando ele tivesseque assinar.

Houve multa rolsa. No Rio * emSío Paulo começou o movimento mn-dernl*t» encabeçado prlo» mal* re-presrnlallvo* vllltn*. Começaram aaparecer diversa» expnslçfie* de pin-tura, E vinham coisas horrorosas,an lado dr rolsa» lindas.

t, o lempn continuava a passar.E o anllfn menino I.ulr 1'rdro dr

15 — 11 — 1911 ^^mmm^^^m^m^m^^m^^mÊÊi^^^^^^^^^^m q. romance eiperadô !

fo*<iv3F!HÍ BflHN'^ri ^iOKi-aMle<tH!e!!^BBH Hrj-*-:Os •Ttoinbriviinl:;" .Mi;nlf:.-iK'S(i ii.js j /). ^^BÊÈ^m.frTsBU i. ^^ÊP^ISxatÊm ^sMBls»»»»»F!r*'-.'..plirndos na í-:\|mi:-içí\.' ( ^^^F JwC^'1L S~ \,JÊfâÊ&S&iÈmÊmÊtí \

profiimlii <|i.i- ns íirvi.ii'... ;i-.iii],i -\ iu;,UU-t. ,j#4í'-:-'i»^HÜ!«- r^^^PK--* íXoHM-Ánn Insplr.içii.i dc |j1 i> '-'«'-¦£ ¦'-^Ê^^Êmt^^^^<^^^^^^3t^^m^^^^m^^

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i n«™ ,1 '"K1*1" i" ri'vel..u ar- s'i-v- ]^.ii'iu:.."s i! ¦-.. n.-p-r:. a... Nii|i,.|-ã„: -() ,:<¦- ,'.,. ^,,-[,.1.,,-;,r-,-1 -,-r ,-:,• ..üi„ ,.:rr. i:,-i- rn i:!-,--,-- „¦ ........ n-. ml" nt :¦¦-™n.!,'i-, artistas. i'.i-. í iiinn )..iii:íi pai-iciiciu". „.il[írl ,.„, !lu!11(,, „„„.„,,,» , o.ii-.--- mil-, a- r-ip^n.. as rim-.-.-l^ - que

ire lindo Ncs.SB Cauda, ÍI ent:.'iií:i(!i :i;"iir-- i',-n-. i-::-a ,-v-,u;;m .(iimin M..|-:,-i. ,-uiiv.::,:,, iüVi .ihii-ii'.- tm America Iíiüi-: íi i.-.^a riii:i'ic::-i r-isciirlii-ri,nçfiocons- pm (ln|.(,s m" .,„ ,",„ j,,...,;l,

,,,.,.,. ,;„..-,¦,.., IIKi:, ;,,,„..,,'. -,,, i ,-nlu-n :-111 <{., ['-\ '.','-ijí "1

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1 " 'reileT ^:'¦, sfiiaviçlf:; [r:-rni"tl1(iv"i-,. (Intis iiHiurnls" Ou cs.is qur- ir r-,-n- "Saiimi.*": '-m IS1 n '-Pfllrln s •: •. ii.::íi:-.-c. r.Vr-iiflcnrto a mio aDentro (Ia Capela, uni ri.ii.Hnv [.:¦-:¦:!¦, ¦ ¦ ¦ ri- íih rrir-.-ry ;-r '¦¦¦. -raiiie q ^u.-idrn "Pftlrla" llie rtcii. BÍI- Uinn dr,1irn (1,1 Ranriclr-i"Cristo-, um oulro; "San Francisco paia clirr-rir ft rcnllznçflfi tle r.bi-as ml_ 0 cii„ci.,|o prêmio dn vlaurin. O .•:::. -..:,¦¦¦¦.¦. Z. i-.:¦-.-.¦ - ¦ -. .-; n r-r»-

de Asais falando nor ;-ií.-.-hm^-- m'i" s-ililnn- iiiuviii»' IJcsiicimn -u t rande i-iii-j^umiio nun 'ii-iri .-\r,-iii.-5fi c.x .i>ii. r-, \-n-onii-ns iilins iiiaiiili-stiii.-.V. s» v: l ¦: i - lin -.iii...- ,..^|„i,-,.--. de (icllitlade. u snurifwn i'ni-:!i., s>-. '¦-. ¦:-.,: m,-. 'n:;n ;>.-:.. ;.- -'n iL.; ¦ - ..i>- -'.":r

— [:.'.'. i|'ir* 'rar::. cm ii'.:::ir,-.í -i nii-irlro aaâc, qne semjü-e <|.-!i-,,.!:s'i-:i'.:.. a lo- rmflr. -in ij-.ie sc i-i-.n-.l-.-c n '"PAtna'".Néo há mais. cru Pa(ri"'í. um M"> !.'¦'". m-i ^.:ivr-- -A ¦¦ ;n::r,in.-;i .!:¦. i>-,n ,|„ ,. ,i;,.m,.:;:.,. escreveu r> resp-Ho Hctci-mdd-s-' r. ""-e rnrii-eito da

rrcsnlo onde nftn sc enconlem ira- i':i ' i-,-:iv.rl,i ri crillir''". A facilidade dn quadrn dn Pedro Brun.. -:ti-.;, .-.¦.- c-r-l-v-, Velln (iisse-ti:" o n:r.1or P"-çoí= dn passagem dr fir-.i "Z.-ln- : ¦ ¦ ¦ i: ¦ m: - -- dn nplIcaçíSu dn p: (i'--ri. ,.,;,.;, fl,.,:,.,ir l-T':r- hiidae, í;,l(.. rira Bruno nuo njn conliccln pessoal-

•ante dar" - ':'' "'^ H:;ll'":'-,! l]tl t]l'"'rt'-- ração, dc- c:aei"io< <1e^nni-s,. .--iis mrnte ri erande ,>sí-.-:-.-,.- Pi-oc-ire-i-onnta fífl" firvores plin:' árias - 'lüMdas senhalido num dia a fain,-.,. i;::nrlro- Z^^ t]tl.,K,\..,, ,;,. iviIm. Hnm,i 1:'.'i- o. pnurn depois, p.iri n^-a-i-crr-riie

lirias mi;h jiii-,,1... Uni hii;,. r>.:;1- l>ns- "A (,'-;":ni ", !-,n.1e nn r.M.ivrc. 'nlmi,,- "Pátriir, há n repr-senfa- o e'.i!:v-imada *l-l'IKi "1"" ll,'v'"m '''r ,l;1 u\r:-ir.-> la- H"-..-!:ikíii (i pr.Vllcio em: "Caçada rfln ,|n |.-.u-|-ii,,- (ie -,:,n insa pniivc A.-.'.Iiiiir- .-¦-,-;! n mii" rnrrilalida-causa milln dos de São r'rnncltr.1 de Assisi ile lavali". aliena «obre um Uon/mirr- lai-fn í'. I' .-:!/, N-- '., .. -n:;vM-»] :ni)ii nl.

veeni Ii-I.rr -¦ pn>.-irai ," i::;i... -;'.ie I*nr,.-:-,, ,;¦;:,-* f-n^ ,!„ WmsTler IbiUiiiiso. Um grupe de mulheres. niocnr mniaram-" aniiEn...ele lhes leva. Iodos os riii.s Pr-.ii-.-s-. .-.-'.i:.:-:-- ri ¦ r.i,-.!.-:!.-!-. :i-l <-,..«o r,,.i: .,,.,,,„ ;,!n(,, , ,,.,. ¦_.,,., n\..^.n „ ,„. ití, ,.-.,;,¦-i r,t::::Z< :¦• ¦¦:.--¦ íi-i-.-.i»rm blircns ou dc rormsis cslranhas, ,, •> -.-:.¦ ., ;, ,-¦„, l'c,\,n p-.,, f„ ,„ ,,..„,„ ,,„ wm h;l..!!,.-n ,,,,... . .... .;-,,,„, prVÁ -,.-r n-,- „ en-.--

tien'. (|i:e e^. (Íi-f.-'l-..:,-'i:..('-.'ü, ':(

:-.-- m, Mu-.-; ,ie H;-á.-:iiK,'i!'i- i--]i-n- í'.''';11"-'" ^ ^^'^"^"llrlT *% '-m^rí- '-¦'¦

fofo' fo :fo'*."'-o ePn.veréiir-la fl" rer los vi< ' a !¦.'¦"... . <!e-.' ','¦-, ? " ; " ,"'". .' "¦; ' "¦¦'' r' drn Rr-mo n mr- ma 0»" n tomnil

.,,. Dc.Mai-a-M- ainda, um mr.tui.ii.-lüo R^nili, l-o em nlio dias de Ta- 'l v , ... v '

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fo. '^'.i^m dr renAr-;;.. d" Mar':m. insp.i-ii- nue ofrm-en a_ cIiüiü. d- ]n-...» I.:.":-.. e „'.in:-.-::-;. :se •¦\;>-TÍm, a... ; ,,!m, -,ara a,-a=H:.i . ,-'e -n",,! -'fo r'-"'1 * 'ln'': = ';" ; ', : ^>-^'\-amls-loancc^a

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i-nbrindo-OS planloú enm "os

Tamoii)*1.'. . E' ;.:.ra ilem.M-.strnr oue .. V,r.'or fralrinde - pane.T -T-!.i--rr.ri-nr-ri-,. n.-. Z.r „.— v...!V-.-" ¦ i - "-cobrindo o»

L(1Rf.,ldi,t ,. „,„., irc,.tlrtas (,,-icinals Pedro Hruno e um m-s:re q-ie «In- sol, na aViiia. Hão de ser elns, ns ensftn pira iii-.e cilada coir.o a 6*ja.

¦j^^Mn DE ARTE

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HT »' L.'-;, A»S-.StfvtiS?ti-/ ,ea, « Biroiia devido a oalouraia Tf*

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ÍfK^^H Síjlffl3^^B'^^ plnU u.i.iirni^rteti.lfwr.ii.qiir-.e rr-Tíinne. H I ee 1-i.tve "Sttll

* «/.^..Wl^MJIW JB». S„ ,„,„„ ,l„, „,„, „hra, haa, , l.ll.íarla ,a, a,-inra 1, UL-Biiniba "ic-.< Boi", tle Luiz Soares ,,„,[ rra sua l.léh Inicial. '^ ¦" nMC.«.

I i- ,u. i iiiii-, rorrcii lim. r foi nrevenlr Talvei ikiiii entrasse iirefeiiamen- Mas tarde taremos um esiuao

m«t"t-«Wtinh"*. ""rà*

limlí.ií -""ni".'"-' m-ii ..mie'.' ¦!« ....- aciiliaiM de ler. le um .-nliíliili. -"^e^a lioesla rie e.-r- I^l^^,^!^^ u;'j;,'';, .^rl^i-V r*a't-

, , ,. deiiii. yUs .lorec .le lima ri-|ifliil...Vt«i lalver- seja cnfn.-f - ,...rii (nrI;t ,( hK((-,ria< |,r|(„i, ,„nm ap:lr,..

11 nl parentesis para ili/.-r i|iic iliii.in- ,,,,,„,„ (]iV|,,.Sn uuin. ih-.m.is iiiivlr la,l„ ,.,a la„ « pia,"a ,»,,.,„ ,.„„,„.,„ ,.,,,,:,,„ ,„

-,„,„: „. ,„„,„

" -.m'vèuír' ici'--"*!.. ,,«¦-.¦|,|- i.-v." ,,;"1'1" :,l"'rl,,!' •¦'' m«n *''" '"'' Sn"1-

Ir, pintores mn,. cie >l.s uimas Vi"éi!tr.','i''Íle "acr*.1it.iii. K nãn é (|ilnarlrrrr rale parealr... r,a„la. a.,a ,.,., vr.|il;H,p „„.„„„,, ,, „„,., „

"'"ad", nnnte dele ctt.iiln como um do* inalo-F. j:i que estí tcrniliciila a.|ii.'lii res iiitiMics hrasllelrn*. I fu a o c.in-c-

q.ieslãfi [lascnlr.s a oulra. Tm Hlali Mm ile uma il;n fnivrrsliladcs rinsfei-sc no Heclfc. drpnh dc insana IMarins fnlilos iiiip fli-em n ¦rlrritn.lula. li Salflfi (1"S liiili-|n*iid.-iiti-«. Ile- K lá eslava i-nui ludas as lelras olio Feljíi, 1'rrcs- l.an. A. Ili.di-ii.ii,-. ,,.. ,1,- |.,i|, s..iii-s.

ninvlniculi.. K " velho pintor l.níí fine lli-ar mal-, nu mi-n.i.s mascara-Soares. ti-vr i-ulán mui aliin-iaila rln, lim nã" houve liaria illsso. Ape-oporluiiiilnde. I»e uma h..ta liara nu- „:„ um Insto orgiilbo. Mah niiila.

rom tnuILi frci)iiriu-la. Eslrfis em Sãn A,|1(,(| „_, 1,^(„„|t.-u, ,[,.„,. ;,...>. u.>ralil» no Siilím de ítalo, nn Itin em „,,..,,, ofi^nl, n ,ilnl..i rs pôs doisdiverso» liieiires. (|imilnis. I.A cslnv.im: Maracnli. r

Ora. em IMO n |iinl»r I.uli Soares Pastoril. K milícias rleurliilias di-s-

prin. ..fiillar n(|i.1 o aue fni. Iniiisl- ríi.. fln npnrici. F. rie r.il |ir,.i'iirariii-m s.i ril r l.ul- Snaies li-ni r, scitii.r Iui' ^"-"i*" '...'' <>'¦ * i'»nlmi

le um capillilo selire a poesia dr ¦(ns portas no mesmo EÍiiero dni|Ules ninlf.es acima ri tados. llnsnielhir riekariiins ns coitadinhos erpnr. F drpnls parece nue eles Ja estin francamente drslsllndn de lareirrsos. I ns preferem a ril nl ura nu(ros n música. Talvez seja mlllln mellvir assim.

I.uli Soares ja foi chamado nlnlnponular. F ua verdade lalver sela omais popular de 110*^0» plntr

lite» popular* Ou ser*?Uma ce* um repórter teve de I.uli

Rnrire* a seciiíntr resposta ao fsrciuma perjrnntn:"— Viio teiilii, nrevencí-es contra a«rie classifica. Porem, encontro nn-rs fnnlc rie emoeilo tio n.ivo reall-s-mn dns modernistas".

f afinal de cnnlns a nue rsrnlnlierleiirrra I.nh Soares* Sei qur rK

ile plnli,.. rlAs*<¦ pinta "' Será

iulKn dn pintor 1é iiIruiu

a hiilól n |iln-lur I.uli Suare», esperava calaiiluliiii[iie npnreressc ¦ su» íraiidr oporlu-nlili.de, Tndns niVs a lemos. Portantoo pliiter lambem rsiirriiva. Com oinllnis voltados pala aquele nordestepara aquele Brcife do qual ela tan-

rejicão da paMas n mie e li-rrfulavpl í mie .

llpns pimularcH cncnntrarani rm l.un seu pintor. Quem nulrr-r rnnl.erillin nouci. ilo lieclfe. |.eS1i„ ,|, uni Iiro dc liai

depois¦ n S o r

ni |. Ile a ilo, i;i* t it bandido c

ração.

hxposiç.io si rovsT,wn\oFstA ati.Hlmenlp im Pfilace Hotel

a FniiosIçÜii de M Constantlno,

Kn sua maioria, fora alinn.s reira-

aetitc rspasleün r-Finsa .'ohreiudo pelo

pnhreía da eseniht. 'vemos por

rem nn mnls de u:n nuaflrr". tns

Ihnr a obra de Constanllno.Nas retraio.» ele " nos a;ir-*senta

nm tiniir-o n-eiiir-r Mas nns nanire-?a.> innnns f evrr^ivn E alem dfi

i-rinlo ovos. peíll-pols, frutas dlver-

Cii-iiias que se o sr M Cniislan-

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„~,,-,,.;-.,^-,,:SK,,,,

Acaba dc 'aparecer t

CIRANDADe Clovis Ramalhete

O romance eiperado !

Página 4 DOM CASMURRO .

MÍA-.S CARAS15 -11- 1841

Acaba dc aparvetr}CHOVE NOS t.AMpOS

DE CACHOEIRADe üiikUtk Jannlm

Bi duas almas liá Inteiramente dl-versas, esins sfio, mio Há duvida, a*dentes dois grandes poetas; Klops-tock e Carduccl. Quando o irande 11-rico alemão assegurou quo linha um»alta. .missão n cumprir, que desejavaser o Milton ila Alemanha, mui-tos íomburam dele No entanto, sou-be tudo vencer, cheio

: Johan

fácil amais bela di toda a literatura al'm,'i. Somente se lhe compara o "Jideu genial" do "Bucli dei* llederMas Heine eslá bastante afastaide Giieiitliei'. Nr sua obra piGuenilier toda a sua alma:

KLOPSTOCK E CARDUCCI"Voli Jenen Mui der Irut

Den Widcisinnd der siuini

net* i Cantarti poesia.

s linda»

i üoe

da que nos tala Goellie. Tudo o quiqtlls pouco depois se transforma viem realidade, Klopstock, ademais, ilnha a seu favor o ser um fiel lnierprete da alma de sen povo. Sua poe

recorda as paginas mais cheias dess.

weirie. Allft.'. de é o coros mento tle.*,!cadela que surgiu quando sumiuprOprio espirito alriiián e se desen-

Hi muita semelhançathe e Giicuthei'. E tambem enlreeste e Klopsioek. Da "Messlada" eite sua Influência sobre n sim car-reira literária nos fala Ooethe em.«eu livro iiiiioliiwatiiTi Verdadee Poesia'', Klopstock ioi mesmo umrenova dor dn esimiio poético ale-mio Sem ele talvez a poesia «er-inãnici nAo chegasse alé onde che-gou. Toi quase tudo uni prede-"» lambem ' "

titestj ve.rcmoa enlre aquele • Kl»-psioek, Esie é o cantor do senilmen-to místico da alma gerniftnlo», un-quanto que Carduccl i o pintor qu»trocou o pincel pela pena. Nn» obraide Klopstock, e princi pai men te n»,¦•Messlada". a nenle sente profun-dniiiente n espirito religioso nue we-rou tfio bela obra. A ¦¦Measiad»'

CELSO I1RANT

. Nos - ji* <¦ Schtl-

. Mas

ersonalidadeslo Gerhariit aquele rellirferaniento que escreveu c

*'mfi ainius «nue pref.

helímen dahá duvida que Klnpstoek t mala ¦mfio de que Ooethe e lanto quanloSclilllei*. A "Messlada" * o livroépico da mística religiosa alemãcantada em hexametros. Nio temo»duvida, ao lé-lo, de dir*r: * um IUvio encantador. Nno sei, porem, o

deixam indelével rccordnçftodo leitor, Ooethe o confessa na* sumemórias - "Verdade e Poesia"e em cenas pagina* (io autor"Fausto '

pode-se notar alguma ciaa que vem de Klopstock,

O poeta germânico quis ser o Mton da Inglaterra, e. na verdade,foi, E ser Milton signlflc» escre\

"Paraíso Perdido1'

s que

, náo e

ticos alemães pulularam. Minguei

quece daquele siiiBularíssimo sapi(eiro de Goerlitz, que conseguiu sium dus maiores poetas gcrmánlcirie todos o» tempos, e o mais qu<rido em sim terra. Chamou JncErrhrnr r escrevei] ti.» peii.-aiuciinmais piedosamente humanos de irda a literatura germânica:

e todas ss árvores penas.aineiii nã" .-criam suiiner.tr1>para a descrição dc todo o sofrlmm-

illna em que nr pomares sc cobrem* rleos frutos e os campos ie aia->tam de flores quando a primavera

» dl maeslo

oli al raceloacia In flor.

, .... religiosorie feitio bastante aproximado do"Paraíso Perdido".

Klopstock escreveu -Measlad»" *Carduccl "Odes Bárbaras". E eu en-contro nesses dois títulos, bem ca-rncterlzana. a diferença que ln entreiw dois poetas. Enquanto que Klops-tock í lodo místico, tuna «lm» con-rcnliaita etn si mesma. Calihirri * nbárbaro, o Atila qur semeia versos..

desunido. E n gínlo. Tanto Carducclquanto Klopstock, um cantando ai"Odes Bárbaras", outro a "Mesaia-da", sobem aos rumes altanelros d»«rte poética Carduccl á o cantor ria*«Irtrlns r das bclew Italianas. Nos(eus versos ha toda uma história dagrandeza Italiana. Sobre Oarlbalrllli» uma bela página rins "Odes BAr-bnras" em que o poeta, entre outrascoisas. dU:

Oloria a le. padre Nel torro fremK»¦pira rie 1'etni, spira nt' turblnlde 1'alpe II tuo cor de leonetncontro a' barbarl ed a' llrannl.

IistocK pertence, lambem. » essa 11-nha de poetas «lemáes que sao poe-ias universais pelo seu sentimeniu> pelo seu sentido de humanltarlsmoTudo o que realiaou na vida foinatural • decam» de uma ucichr.l-

linicn e boa poesia. Nas "Cartas aum lavem poeta", efscroveu RaliivrMaria Rllki; "Peigullia-me <.ocè sios seus verse* sáo bons. Pergunta-me, a mlm. Antes o fizesse a outros.Siivia-oe. ás revistas, uompsra-oa aoutras poesias, » se inquieta qua.iclu*m celta* redat&es náo aceitam seusensaios. Agora, «.tá voe* me pediuoue n aconselhasse*, peço-lhe queabandone tudo isso. Voe* olha o ex-tirlnr * * justamente o que nSo rie-t* fazer pov enquanto. Ninguém opode aconselhar ou ajudá-lo. So-mente ha um melo: tome a at me»-mo. Examine as causas nu* o levam¦ escrever; verifique al lem ela lai-teg no mais profundo do aeu cora-eáo. Confesse a «1 próprio si seriacapar de morrer no caso de lhe servedado o escrever. E antes de tudiIsso: pergu

luo, ama • vida. A tristeza C umproduto de nossos corações, pois náoexiste na natureza.

Nio existe, na poesia de Car-dueci, um pantelsnu a forma deOoethe, E' um pantelamo mais ln-lelecluallzado, sem a "força dn ler-ra'1 tão Imperiosa do poeta deFAUSTO, E' a velha Rom» que res-suscita para a glória. E' Tltere, osuave personagem do cisne man-Ltianu qeu ouve aa folhas sussurrai.Carduccl aoube, como ninguém, pln-lar aa diversas estacou» do «no.o nome da formosa Amarlllda ,,^nein náo conhece, por txetoplo.¦rjuele

D

Cntidlria, vereconda. austera lunn:Che vapcrl t lepol* peir i'alt« noiteSaliaiin ¦ !• da gll arborati r.ullllParea che In gara a le vlrglnee ateliêSI sveglla»er le ninfe in meiío ,)

erde.

riefte

¦alada "devo

Ed i

E a «*Notte dl Magglo'mis que í uma nova primavera noann. De todos os epidros de Carducclum há que st celebrizou pela grandequalidade de evocador que nos mos-tra o poeta: Ali- Pontl dei Clltutn-no". Neste poema perpassa um so-pro suave di remlntscíncla em quevemos a Roma antiga cm nnos cam-po> tão decantados nas "GeorglcaaVirgilianas", os pastores apascenta-

Klopstock, apesada t

¦ das mudas. Todo gra ide

. Cha-

liüiosa Ern Anerlus Srlc.-lus.

tlsmo pelo catolicismo. Sra,'

(rraiid* * preAs ]K>csias

cm toda

, decorre dai Julsanmenos rinlarlai. nio <darlpiro.t poetas de smado de Indiferente ante as lutasde sua pátria. Goetlie confessou quetudo o que deixara nn papel tora porele sentido. Nunca traçara uma II-nha que nio houvesse antes passa-dn pelo seu eoraçfto Ora. elt bem osabia, a guerra nio lhe falava nal-

outro» o flíits

Aprofunde-t» Intim»; t se * afirmativa, si podeafrontar tfto fort* pergunta com umforte e simples — "devo" - consti-tua, entlo, sua vida. segundo essanecensirtade: «u* vida tem que sei,at* nas stms horas mais tnslgntii-ranle» t Indiferentes, um signo e umtestemunho deste impulso".

Klopstock teve a vida assim, um»«Tlrmaçfto perene de seu destino ar-fistlco p poético. I" um doa poetasalemáe» mais fáceis pela insplraçáoi pela profundei* de idilas.

Como o trovador do poema goethe-ano. poderia dizer di si:

lEu canto como o pássaro)

» nada mais verdadeiro A artificia,lidade náo pode ter lugar na poesiaO terreno poético é como as campt-nas: tiflte só nescem flores natural''e oerf uma das.

Gioauè Carduccl t tambem umpoeta inspirado. Mas o seu vflo ele-vario náo o rielxa penenar uo In-tlm" rio cora cáo humano. E' maisum épico, t lembra o» nossoi con-

vida riogrla e d

rauipo. vid* i de i

BRINDISI IIAPUILE

Quando iu 1'elcl nereE i mandorli novelllTripudia de gll augelliI coro mudai,

E sen It primaveraPer le colune apriehiOcchi di i*infi «ntlch*Ch* guarda no 11 mortal.

I II sol cl j » gloveiultRiso l verrler salut*E pio aovra Ia mui*Landa sinchln» 11 ciei,

E II liavo de 1'spriltMove le biade lr, floreCome un sosplr damoreDt nuova após» II vel r

Fugsono, ahi fugsnn rapidi

i pradoa, enquantn Nel vergine r

f ile ODES BARBARASn Tlclcano rta pena en-

Klopstock " "

• oiforlfere. Ia fradda ícheggla

lampeggl»

ITÜRiOS falai efei-

a Única manelia dos sacerdotes deDeus se comunicarem com suasovelhas. Em verso deve ser dilo iu-do o que merece ser dito na vida.Estampando os seu» sonhos em for-ma de poasia. noa dou Klopsioek umpresente ríglo que atravessa os sé-culos. Em sua obra alguma culsaevtste rio mais puro e do mais osalá-nlco Osílnn. Todos sabemos o quan-to grandiosa foi a Influência dopersonagem Maephersonlai

O vinho! Carduccl tambem o

que dela havii

^niusittsuci

várias f

i iterm íca. Pn-i depois dele

aparecerfto. K n".o liá olvitre cies. Frederico von Spee. o can-ler'do "Rouxinol do proteslo , que.apesar de icsintu. andou semprepela viria em busca da fC. Quando

Klopstock é d rouxinoláguia. A grande glória d-eslá no seu grande semgistico Cantou tidastea da Itália. Com o tdemos a gengrafia •:atraente e amável. E nos seusdros íue teem. por vezes, pin,daa verdadeiramente inspiradas,enntramns panoramas as.-lm:

ete I a

a alemá. Goethc admiravt

r de TEMORA, senalgumas de sua» poesias lo

esmo. imitadas dele. De lier

tnosa rVNTOLOGlA encon¦ trechos do bardo cuta. .

amigo Cnnio o poeta

ti melhor amigo

um casaqumho da rma-se Moscatel...

pstock preferia a ess

¦ do t Heine

forn-ia sua pnesia. Em Giosuc Carduccl,ao conlrario. natta vemos da tris-teza ossiinica. Muito ao contrárioEle adora a beleza das coisas (, por

DER BUCH DER LIEUER. No sDER MESSIAS a gente nota pilunda iníluencia de Milton. Setupque leiltk aqueles primeiros versdo poeta alemáo, me recordo do 1glés. Aiíim está em Klopstockr

Simfto DarrTharaLi", n arlaiullrs

"Alui:

i- Voscl-

1 0]lH7.t bom que se diga. multo pouco temde alemá. Pois entío, onde está anossa alma mística? Mas ao lariodos seus defeitos, devemos nos re-cordar de que muitas lambem lo-ram «s boas qualidades de Opnz.a uma dessas influencias bcnCIicasfoi a elevação do nlvei comum, odesejo dc

ind asseguraGottsi

i poveOpuz

. Kla-

. Gottsclied, Her

não haveria Goellie. Nào estamos deacordo. Haveria Goetbe, sim. maaum Goetlie diferente. Opitz aper-felcoou a poética simples cios mine-smger e. ao que parece, foi o pri-meiro a Introduzir na Alemanha o

¦ niexanrinr.fi, imporinrio da Françn.De Opitz até Pnulo Fleming é ape-nas um passo. Fleming veiu da Si-lésla e se compadeceu profundamen-le do sofrimento-humano. Dal a suasemelhança com Bochme, e. afinal,com Iodou o> mistirus alrmães. Atechegarmos a Klo|).stock lemos quepassar por muito.» poetas, mas ve-mos que todos teem uma sú alma,e a alma é que Imporia. Só nflo i»-demos esquecer, rie forma alguma,Andreas óryphius que foi mais rieque uma segunda rdlç.lo de J.icõBoelime. Andreas Grjphíus repelij

. SalomSo:

Per qucllc 11 rosso sanemTutto ml supge Amor,E venegsíano lainnieLa vila al capo c al cuot.

i allor si sciogll»

O NINA RODRIGUES QUE EU CONHECI0CTAV1O DE FREITAS

Vaidade du v ladcs, i ludo è vai-

tudo.A infinita valdada rl

Desenhou a guerra e viu nela aprincipal causa da desgraça huma-na. Pelns campoi que passava sftvia cadáveres, No entanto, era aratío [lorida. Como que daquela voza primavera, ao Iiivcj de se cobrirde flores multlcores, se cobria deflores brancas — ns cru/e» rio cam-po-santo, Aliás, Iodos os campos

. agora eram i-atn|)(is-sn:ilos. De|>itls .de. Andreas Gryphlus a j>oeslti ger-

, mflnica floresceu com aquele rouxi-

i ria tempestade.', peneirou i

r do mundo, tfto b

pagador da grandeza italiana qifoi Gabriel D'Annunzlo. Ambos :parecem ate um ¦ certo ponto. MiD'An nu n rio i mais lírico, enquantoqur em quníe todos os poemas de.Carduccl sente-se o sopro épico. '

E íi existe diferença entre Cmtiuccf e DAnnunzio, verdadeira ar

Em fins do ano di UM vi entrarpela minha "republlea" utn iu-Jeito muito magro de umi palidegdoentia, bigodes grossos, porem »«-farinhados. dentadura cheia de den-

Lussezinha multo leve, que ele sa-bis, conter maravilhosamente, r quehavia chegaoo da Baia, onda acabarade obter distinção em todas ns ca-deiras do quinto ano, na vestutaFaculdade daquela capital,

Era Nina Rodrigues — o Raymun-do Nina Rodrigues, natural do in-terlt>r do Maranhão, que vier» para

Rio de Janeiro, onde desejavacursar o seu Ultimo ano méc.íco, eobter o ambicionado grau de doutor.

Da travessa do Decterro, onde «-sidiamos, passamos a morar na ruado Resende, cabendo-me ficar Ins-

alado no mesmo quarto a ele dea-tlnado,

— ele, sexto anlsta e eu caloiro dcmedicina: mas. nperar disso, sentia-mri.nos multo bem, um na rompa-nhla do outro."Multo bem", er» um modo d*dizer as coisa*, porque eu me sentiaum tanto encabulado, por ter ml-ficado, logo e logo, o fato eseanda-lusamente persistente, do meu com-panhetro estudar, t ao qual eu faziam inais estupendos esforço* deacompanhar nesta empreitada, semnunca o conseguir.

O Nina Rodrigues aproximava-sede sua banqulnha para estudar, logoás seis horaii da tarde eu. pnra náoficar atrás, dlrigla-me tambem *

naquela mesma oe*-s!Sn.

Era 1 i fim:. Aj

Clovis de iiusmãoNos primeiros meses de 1942"RONDON"

CONQUISTA DO DESERTO BRASILEIRO

Edição da Livraria José OlympioA vida rio Rrande sertanisla — Desbravaíncnto dossertões do noroeste— Romaiice, aventura, mistério— A maior Habel etnográfica do mundo — Terras

jamais pisadas pelo pé humano!

minhas pálpebras abriam-rliavam-.se. num pestanejar desor-denado de quem Já nin podli rio-minar o sono Irresistível que se

apoderava de mlm.Por fim, 'Tiido que r,Jo o vencia

naquela vlpllís; que nho tinha re-slstíncla — nos mui» quinte anoide idade — para Ir "dormir depois

desconcerta-- Vou ti deitai

n-lhe que quando ¦

«bancadoE As

Nin

íanliá. tiraráestudar.

et) e míla, qui.tidT me le-i o meu companheiro liáos seus livros df clinica

is seus cadernos de nbaervaçflej*I Isto todoa os dias, n ano inteiro:modo que eu nunca tive oportu-nfic de vê-lo deltar-se para dor--, nem levantar-* para pegar de'O no estudo.Ira uma coisa louca!,,.

Rodrigues só vivia par» es-Aquilo que para os oulro."

uma obrlfiaçán. parn ele era um',er incomcnsiiravel. A\À "lllrtan-

as mocinhas da vi/.mliancn, *ales, depois rio Jantar, ele o fa7ili%livro aberto: — olho na namora-olho na* páeliiM do Mito,si lia tanto a lio porfladnmen-

ele estudava com torto o nrnvei-spndo, pnr Isso. multo grande oetlnl rte conl-cctnienlo.'. armara-'o no seu céfebrn, fiabln e rteitrln-

i para

Eu o tinlia como meu oráculo.Qualquer duvida que me suma, nascinco matíriai do meu primeiroano, era sempre a ele que eu ie-corria, nunca deixando de ouviruma esplicaçáo pronta e eonvlnccn-ie so.bre o assunto que eu lubmetiaá sua apreciaçáo.

Certa vez. «u ainda lenho bempresente ao espirito, o professor deflsiea deu-noa um» llçáo que * mim.

embrulhada t eonftiía sobre "o pa-pei do coração como bomb» pro-pulsora rio saniue". Fui a ele.

Nina Rodngue». sobre o asaunto,cinco ou Mis tira» de papel, mimalinguagem ciar» e escorveiti, e quíaislm principiava: — "Destinado aImprimir o movimento circulatóriona torrente s»nguinea, o coraçftoexerce o papel de uma verdadeirabomba que, no liomem e noa anl-mai» superiores, e dupla, para ateu-der à duplicidade de suas funções..."E por ai discorreu brilhantemente aieo fim.

Naacído em uma cidadextnha doMaiantiio — Anajaluba — pobre eehela rie rlesconcertos sanitárloí, eleescreveu o aeu primeiro trabalho.ainda no quinto »no «eadêmico so- "

br» "A Morféia em Antjatuba".doença que ali eilsti» de um mododesordenado.

Impresitenída pel»s terríveis de-vastacAea provocadas por este mald«form«nt». ele «Ind» produiiu ou-tro» tr«balhos sobre "A Lepra noEstado do Maranhão" e "A Leprano Estado ria Bai»". Depois, outrosassuntos o fizeram esquecer a doen-ça de Hanwn.

Toi quando ele teve de apresen-tar a su» tese h Faculdade de Me-dicina rio Rio de Janeira para obtero itau de doutor. Ai ele lá se tinhavoltado Inteiramente pai» aa doen-ças nervosas, apresentando um mne-nlfloo trabalho nobre "Amyotro-phias de orliem perpheric»". Ou-tro» «ettiilram-ae a este, entre ouquais eu posso citar - "A Tbeorlftria polvnevrlte perlplierlca", "Myo-pathla »trophlc« progrensiva",

"Aba-al* choreiforme epidêmica do Nortedo Brasil", ete.

Nlo foi. porem. «Inda neste se-tor que Nin» Rodrifuea assentou de-flnitivamenW a »«a tenda, Nemneste, nem mesmo noa domínio» d»clínica mídic» feral, ond* náo pou-ca* foram »i mm* memórias lidasem congre.MOü elentlfleos e em «J-aocíaçfies mídicas, lanto ria Bala,como do Rio de Janeiro, t de 83o

Eleito, «pos brilhante concurso,proressor rie Medicina Lee«l da Fa-culdade Médica Baiana, foi ne*t«domínio que ele «sustou, por fim.os fundamento* de seus «studos nu.'tanto conseguiu ele obter, lanto noBrasil eomo no estrangeiro.

Aasim, sua aptldáo mais forte eque soube dominá-lo de um modoInsistente, todo o resto rie sua vida,foi para os estudos etnneráficos eem particular sobre » raça negra.

cl7.ad» ott náo, nue viera ds

á publicidade: —Brasil' .

de ser impresso *dado cm começo?

suportável, .

Iniciada ipia rie sei li

i depois.

ms, publicidade, te vi¦rrompida pouco tem-m o desapareciment,

do sEmieguca oa originafs «o saudou,

professor 0»L*ar Freire, este náo conseguiu, igualmente, levar a term«o Intento collmado. porque » martveto surpreende-lo. tambem, a me:,caminho ria Impressáo. sendo mes

rios maus farios da obta interrompida". Dal Homero Pires dlner. mprefacio do memorável trabalho:"Est llvr

lebelunger

sigo , retlv

Eiiardado pii áqm-lii riesgn

Bing'. sterbllcl Seele. der jue1 Meiif i Erloc

Die der Mcisiat aiMenscheit volleiidel.

Und dureh die er Adams Geschlecht[eu der Liebe dei Gottheit,

Leidfnd. getoedt und verherrlichet.iwieder erhoeht hat!

Isto nos lur. lembrar o PARADItSELOH1. Em todos os poemas do bar-do alemáo há nesse profundo sen-tldu de religiosidade. No HINO RACRIAÇÃO, os mesmos acento* mià-ticos ferem a nossa alma:

Ersterí UnetidllcherlWeiserl Allmaecr.tigerlOnaedlser1 HelllgerlJehova' Dnser Gott!

Desses versos e de oulros. profun-damenle religiasos. vamos nos re-cordar ao ler Goetlie. o Goetliecristão, ou, melhor, poeticamentecristão. Nesse misticismo nestaexaltação do que , de mais Intimoexiste na alma humana, Klopstockse irmana com Hoeldehlln. o suavebardo que cannlios. a vid* e

Sáo dois poi._Klopsioek, No enna Itália, um doipreendedures riamánico. Como ae

i beiez».

sabe, Glosué C«r-

rtando em pane estea dilivro foi publicado «fina

e edições e edtçftes se suce-todas esgotadas, graças *f

e á erudição encontradacm todas as sua.s páginas.

Malfadado o livro, antes de seipublicado, no qual foi estudad,"proveitosa e carinhosa me nt*" .história áos últimos afrlcanoa doBrasil, nào teve sorte mais feli*seu eminentíssimo suior.

Nina Rodrigues, íerte de espirl!er» de uma compleçfto fisic» da-mais delicadas, nuuacruel doença consumptlinlia assediando desde a mociaaueEste estado mais agravou-se em1906. quando ele resolveu embarcarpara a Europa, dirigiu ao-se direta-mente a Paris, onde fui encontrá-lo

¦no Hotel Belle Nouvelle, situado narua Lafayette.

O mesmo espirito.:itn de Inteligência srmas o seu estado da¦ iodos os stua amlgoa. os mnlorecuidados.

Fúra áouel» clditde em busca diresiflbelecimento de sua saude .nada conseguiu. Vlram-no Chauffard, Dieulafov. Hucharri, e umas¦mantas nutras celebridades mérilcas francesas. Nenhum aoube oqtilí rtiT.er. com franqueza, o queestava arrastando nara a morte, eirhora eu alerlasse Bensaúde, seu mtdlco assistente dlsendo-lhe queconhecera sofrendo daquele mal cor

iimptlvo desdn o «eu lempa de «

i observei nele;

crídlto que

Afric ,O primeiro trnbal1'!" r'" Nini

drlanes sobre este assunto rO* leu rm leu, ante» á* Mr

Rn-

Ntnctiem queriaum ser de nsftirito mo mn- ¦,..,.,--r ser dominado por aquela doen-

Foi quando uma hemonllse fulminante o pmstrou paia semnre. danrio assim a conhecer, aos seus me-rileos, a naturer.a do mal.

Somente depois rie morto, os seu,amlcos e admiradores vieram a ro-nhecer n melhor dns seus livros, Bn-

EM TODAS KS LIVRARIAS!!!"CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRA"DE

Dalcidio Juranãyrl.° PRÊMIO DO CONCURSO DE ROMAN-CES -'"VECCHI-DOM CASMURRO"

O MAIOR ÊXITO DE LIVRARIADO ANO I

VECrill KIHTOH-UIO-12*

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f;m Intia' »» Uírarín

CIRANDAl)e Clitvit Kaniiilhele

3 romance esperado*

DOM CASMURRO , i Página 6EM GERALDERRIERE LES PORTES CLOSES

La vie continue au Theatro Municipalpnr OUIA OBRY

\^\ ( .

%:

XIXf * A\ 4¦-'¦ie ttnnau — primeira bailarina do Municipal «Traraille "s nitiins" ieroguls especial parti

CASMURRROl

bailei du Thcatros Ia tiirectlon dr.

. Pour celui qui nt.¦ ííf piemière toislortel. le spectaclt•i* avec les meileu-tons des "Sylplii-

'ecc'-ttc es' le fruit d'un¦o-stnnt et obstine, qui ne

nti'. qui redoubte lorsque¦rr' Vi fem de Ia rompe

ileme ètnor, au-dcssusit. une vaste salte, nue. De» banes de fer c.ou-

dores" Aristhea Araújo Jorge tiAndréa Vivante. fidèles seniteursde Terpsichore. Auz trols cutresmurs. des photos des plus brtl-lantes étoiles eontemporaines deIn danse classique, dcdicacces riMaria Ole-ieva, direetrice deIT.cole ae Ballet du Thcat>o Mu-ntcipal. Parml elles, Ia grandeAnna Parlora. qui a consacrè sesdcbvts.

TOVT LE MOKDE A LA BARRE;

Du matin au solr. on ententltci le brult sec des chaitssons dtballet gllssanl sur le parquet aurythmc saccadé de ln musique etta 1-oi.r impèrieitse dn professeurqui cuide leurs moitvcmtnts. Cesou des chaussons sur lc parquetes! au irai -ba'lcttomane" ce quele son de Ia tanfare fef nu rlieialde conibat. il èvaille á Ia fols dessouvenlrs. des "saudades" et desespolrs. Le matin ces chaussonssont plus a-ands: Cest ín classe

1'fiprfí-

meltes

rt Cíirt/re

pointes, tctnpsíons drs clemer '

miner ia leçon

qit'eltes dotirit

•aatjcs.

elles mtmtout i

,sf fn

>»r sentes: Ia classenfants, La base de 1'cnselgiit-ment ne va-ie guêre.

Pfírmi les lottles pettlei. onsen! dèid nellement Ia vocatíou.ia passioii pour ln danse. cu l'in-dlttcrence. Cette "inoreiiinha"nitr a^ands ren.r noi rs au reoard *Q

15 _ 11 _ 1941

its aiment A puser aux en-s. pour 1« plnistr de sarjiVa

• ite de leurs repouses mata'tes. Comment le sauratt-on¦t age? Ou vnudrttit eti

¦utobus dt

11 li

capllalne de lonf" de clnètfta ou pri-

Republique... plus

i rt re que. le sort, ouou Its clrconstaiicesnen sitbstítiter a tes

¦tere que deu.rt.iqitcls on se prepare tfís qu*

Con a appris á marchei et a par-ler: le métier de roí <¦' le mêtttrde danseuse. Et encore le. premier.st-tl imposé par leu rircanstan-res. alort que inn rboisil llbrt-vient te second. Personne ne peutdevenir une grande danseuse ávioins de commencer son appren-tlssage nvant d'attelndre sei dtxnns, d partir de s!.t nns rie pré-férence, alors que les erercicespeuvent encore former les oj etles muscles.

Cet apprentissaoe est une dis-rtpline physique et marale de tou.Il, (ot trive a

e ballerlne achei'.. Po-

dia- rt udeslantes; pour deve-

nu danstiise-étoile. de. quinte drtngt ans d'ttudes. Et tout Itvnnde «' devtent pas danscusrétoile. Pour cela. 11 faut bienentre ch.ase encore que !'ent'ai-nement et ictiith

: scenthlier tout ce qu'venlr folie avec

Mime apre*1'cchelon itiprânchnréogrttphique. Ia danle danseur sont astrelnexe-rcices quotidieus, nu ise "rnuiller", de perdre

e de 1'tiie

trer, s'isoler dans Ia foulc desilives, entière in etn absorbée parIa musique, Ir. rytlime. le pasqiZellc veut crecuter à perfeclinn.Cest dèià cet isolem ent absoluque seule connait sur Ia scene lndaiise:-se-eloile.

Toute leçon de ballet comnwn-ce par des eierclces à Ia barre,appiní pmvisoiic, ensuíte abon-donne pour les "

dcmontable qu'ellts tt-vent dansleur Inqe pour Ia "leçon" qtt'cl!escontinuei ã se donner. de bonart. tous lei motins. La leçon detlanse académique n'omet jamais,mfme pOur lrs tirttstes les plusavances, les e.rercices elcmental-tes. F.'le doit eanstituer un rt-sumê complet de toute Iti disci-plUie classique. et 1'etfort dnitauquicnter avec ihabilett qu'onacqulerl.

tlés

Ci/gn,

pcecable.ehnov.r niroucttc cn soi est nette,st le rpthvie de Ia musique estenticrement respecte, c'c*t n»loli siicccs pour une danseuse "en

herbei". et ses commones molnshobilei acconrent pour Ia télícrfer, pnur l'embrasser Ia porter entiíomphe. Car une êcole de bai-let es! le chaip des plus apre*JílJniMÍes. mai.* ausst dr Ia solida-rife Ia plus dtstntfressee.

LES ROfS ET LES DANSEVSRS

ra- arand?" Vne de resquesttans banales et em-mies que les grandes per-

LA MORT DU CYG\K

des plus benu.r fllms tran-iU toitmêes dans les artrites'ai-ant-guc-re -La Mort riu•", aval! pour sufet feri.'-laborieuse des pcttts "rats",

des elires dcnsettsts de VOptrade Paris, dont 1'F.cnte de balletest un dcmi-tnternnt. Sans y «treloaes. lei enfaills v reçoivent enetfel une Sducatíai: complete, lesleçons de danse altemant avecdes lecons d'!ils!otre. de çeoara-phle, de arammaire, de malhe-

,oli4i ¦ - - "-

fffeí tíllcs "tu tichaussonnites enveloppés hãll\un chãle de latne.

¦ de ga:e e\les èpattle'

• ie piotramineOiiml ne leur .de se chance'

Sm tiidim a< IwrariaiCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRAl)t Dalcidio Jurtmdyt

»a^t^kMil o romance eaperado I I

¦•¦ --" - ^ Z I rW^ / A<

fn horre" _ msttdo* tmr Manha Delomar*. intlsle da rornr, de bnfte dn Municipal tertsm

sihlcs lutsidrr Ce mondeirarchie tlr\

immiiable. Tout au sommet de.ia puramtdc eití Ia danseuse état-le. ídole des petites, objet tí'en-vie pour les ainees. Elle est 'horsclasse". Puis, en dcseendtint lesdegres de iectielle. viennent les"granas sujeis" qui dansent engroitpcs de frois. les 'petlts su-lets" qui forment des groupes deI à 12. L'ccheton au-dessous estcelui des "cori/phces", chefs desmauvemeiits d'tnsemble du corps-deballet, On ne quitte pas iaclasse des corijphees arant d'avoiracquis une technique complete.les class tupen . qitf nou.i

ffílnl

feríiíilí/rte, une foi

(triture, il u a lescond quatírilles, qui execute K de.»

euf rie ffrotipe, A partirdu 2a quadrille on compte commefaisant partic, dons le; catírc* ducor p s-de-ballet. d:i personutlstabie de VOpéra. Les eleves deIa classe infèrleure. les -petites"

et les •¦demi-grandes" se voientoccasionueltcment confier desroles d'aclion et dtt emploís dettgu-uiils. Le passage d'une das-se Y Vaulre est marque par deseramens rigonrev.r. ataqueis, entemps normal. Ia presse pariiien-ne vont des chroniques dctail-lies.

LE CHAUSSON ET LE '

Ia damI A dUfiplii ti'I slque. Ia seul'*- rfíiHíetc ft It

FARIO BARROS

i part. Chaqm

etCe qui

)ourd'hut étre sa príncracteistique, Ia teclapointes. n'a que cenlro». Cest une acquballet romantique du siellnler, facililee par iadoplichai

Kl ri

: Iheti boufen de lo danse Blast

platl. quoiqiiil

que Ia dtinl-e le pied re-irteils poses àirit dèià dit

rfifon les iIa phologitiphiedebuts handicapee par le l-r.temps d'exposition qu'exigca:t u

tel ¦litlf. lesexaetes dans ce rio'tiion/cuf pas loin dans le paste.

Le "tutu", cette iupe de gaztbouffattte qui est derenne l'"unl-forme" de Ia ballerine ainti quele chatt-Kon de ballet en u.saveai:jorrd'hui on- été universclle-ment adoptts tip'fs le suecéséclatant du ballet "La Sylphide"d ropêra de Paris, en mal 1S32.Le peintre Eugéne l.amu. grandbcilletloinane et préeurseur deDegas. avalt desslné pour ManaTaglíoni. qui brilla dans le rolede Ia Sylphide. un costume aitssisimple que arúcieu.r. qui fi! fu-

npe rie "íons-

Cha;e blan. ir sas e

.<atin

Crônica de Porto Alegre

avec de lèaères modifica-iupe raccourcie. ete.l, tts

Ia -tênue de traraü" dêeuse classique, tuccédanttnique arecgue ã taillêet au "cothume". legue*

"merieilleuses" du Dirr

cLE COSCERT DES NATIOSS

OMME loittí

tribitemiqut

epoquts,ont eon-Ia dans»

bfe 4 ;*

e du ballet. louu

foi,t parfai! et suscepüble de í-.u»les developpements. Des maitresde bailei quttlaient leur lerranatale er laisaient le tour du qlo-

pau*nelle i :nct

du bailei Eleve de iltalien Ce-chetti. Anna Parlava, russe. e>tn-rnr rt Lo-itíres une ftiupe dt

inear-es unpe-iattx russes s'ap-pelai' Marius Pelitpa.i et etaitFrançais. A VOpéra de Paris.1'ltalienne Carlotta Zambelli sevoitat! eorps it âme à Veducationde çèncratíoiis de danseuse»françaises. secondèe ces dernii-

danseur Serge Lifar.issu des bai-lets russes ed Diaghilev.

Dans ce "con-.ert des natU-ns".le ca>actê-e national ne se perdpas, acquiert au contraire. Kitrelíef ineipère. Ainsi. lrs halleri-ne* et les dnnseurs bresiltens.eleves de Maria Oleneva. appor-tent au sanctttaire du bailei cias-stque le riche patrinwine de Iadanse b-esiltenne De grands bai-lets brisiliens qWils sont en tTalnde prepare' ucnr Ia saison prt>'chaine. defière les portes rlose*d-t Theãlre Municipal, en terontpreitve, une fois de plus.

i9|. -nor... rnm prlvt-,.. ,1= casa. « A* f.*o-L Ve.1.1 tudo l«»o. mut-

n mni-IrtiKlf rrinrt».

i ,1.*nt*ar*reram. i*m

iwi-nti. s Urraria Ame-li.fMl, a dn romírei-»,.-, .!,,*> Marliartn. Apftü

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,,'f.tríe ,t. MI,iiil*Hnr,.n-i* rntirelii» nua.

,1*1,» - - lleío fl. I.lvca-r. »ii n-.-.-. liranc* *ri

í tleprnd* dn mlnlitrs,

Page 6: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

______——— ¦-—-v- |. .|,.i|ii....lilfl.,||l,:, • ,..-ie-.r-.,-'.¦

rtenòri de aparecer !

CIRANDADe fliiDÍ» Ramalhete

r i-,,-„,i„ ,i„ i..;1™'», *'"*'"'•

O romance eiperado 1

Patina 6DOM CASMURRO .

CRITICA15 _ 11 — 1911

Acaba df aparecer 'CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRAfíc Dalcidio Jurniulyt

O romance esperado 1

A crítica esqueceu "Maria Ausência'1o grande livro de Mieta Santiago

A que a critica brasileira "do|,aiiae.,.,a ..- i.iain|a.„aif„ ao-.-,-¦¦ .A'' ¦'*' fl.'- 1 ,l!l,',,'. 1» *•-"

tlhlllitnde tios outros. Ou contra

df.iuitUna. Novamente, tenta it<aproximações, mas iitirus tlinttem peru mentais atiram-nn na >rtftu tle si mesma. Ne-— —rln /

SERVULO DE MELO

te. ine (o lido ccrcbialismo, i,

envolvendocijtii rjiie coiiwítie.i, Mio e.rUle n prro-etijKiçfln rie ruractcrttar os jjcrjona-pen». Todos eles ,'ito vaaos B Him-fluidos e também os lugares sito fii-po» e Impreciso»... Mas tl lf*.srfiii(io rviiireiirtn psicr.Irk;íc(» dn ntirrtitivari de/íiiitlo c pifCMO. ,"".'["^.'l'"",'.

n ilu íl«(, e- falo

descrlçArs dr v

"VOZES DA AMERICAaDe ALFREDO TOME'

(Especial para DOM CASMURRO)

A RELARDO Romero verteu params nanamos dt poetisas norlc-ame-

_ II IJ Latw ..„i,...,„ ^eiiisnll-llieicanas. tosse peque

j nosso idio- Quando olho outros Homens¦e]o logo você.

mordiidn,itros hom ei

•tidn n-nmle-

e r|iinl n A. f(V¦Ulra «anda e irii pressiona ri-(orno fín condfefln ríf-f/rí-rtriríii

i mulher destiuilada no lira-¦ peneírnfdo prirüeçiorír. '. A

No Itm do ruliiiii'*, surgeslncia. "o concentrador (iU,tt v'isiouárlo cm. loucurae cm delírio efetivo sr di;

/olumc causou-me A pele morena, os olhos cinzentolão dc mos- os cabelos revoltos.

,,-,, .,n.íl'hriVnVMüT''c''^'á^"iniUii'inciHc as poetisasà; ,„:,: í fofo» il.-ai.i-e-. ."•-;' "»»'"¦ «"""*¦'Z'"" ¦'Saa .a, ,,ai<,M.|a,l„s rol,,.!..»- Ktvalll l,a - " '

¦Mini,-irHde'i cMiiiiiWiiciilinlc ili» eir.oçau e a sln- vi.re ven'?.

,i,.a,ln aula,. K rara-ai» l»"- HlíHnlC». e r-pa l.a

IK.*iUe. P"»^« S,rr,S.f SK: Per. -aa„aa, reprad.l„ oraassoiiib.o em exun.ar^a »

^ ^^ T„|rlTC,ra watla. OI qual

àiinho..

i dc

dessas poe-a desnuda-

.,„„„«„„. ,„,,,,„._. í™,«'=l0L™«'S,Saoí |Vi™id„lr aamii pr,, .rr.a-

5, Escrevem o que vadacm. Por esta raeão, ras.

(rj-ias, de imagen

csj.l,.' n rfinnií

r-i.nrtío peni/íisn, rvpcriciina nue-Itctual e emotiva, .là a cunlierm co-mo poríiSd ,- iirff-íiiru.'.! sem re«,';i-rfles. atpenns. enco»rinriíio rm ...apofíto umo inrrn de /opo. k»i l»"*-

dn de Humano oíingin profundezasHumanas, à inoiietra Joyce, pretil

o de c. a prd-

fVrOÍ

nn (irocíinrn. a-tíí(jri.':rr o Irnn c Ii-iounsi de um só /óJego, .Uni rrli-tinda uma vez. E de vez cm quande

te moderna.

ru inili.-ersní tio século. Mitta San-impo, nn jiiíi fragilidade pessoal demulher, possue um cérebro atorvien-l.ido dos (tramas desse mundo an-nustiada de nossos dias, que sc íefi'nem ii es f o simples palavras: sexo,rilnehlro, f.nne, orgulho, materinlis-mo e. pranto, ncmonslar ter Mo tmeditado sohre o fiara trágica domundo, estruturando um romanat!e itlfias em rsíiín .'in! r titiigwlo.,„.„ ,n,« felicidade, momentos dt

ende beie-

¦riMlnliíídrirte aue -

•ireociipiiçao do cinw. dn excrior camlnlios tortuosos e falsosentem, o que pensam, o que t\\ao sc terminar a leitura desses '

piessSo exata de qne a vicia não|,i nv.ios destituída rie cicaiilos que soc fin-malissimo pessimismo Insisti te cm

pllcacta,a um teimoso'dar.

,ul- Hoje vi i i adm

LJI I.IIllilRO tllSIKOSTO

Eslabelcceiidfi-sc um¦nsilPiras e norle-amcrii, com a certeza intlisfaákiição iiue pesa sobre

* (lescaperi-¦eallelal

paralelo eptre poetisasanas, topa-se desde lo-çavel. de uma espécie deas nossas poetisas. Ar,-

poeiisa brasileira éo""

"de inspirações mentirosas

llins siram em torno de umaquando nau descambam para o

s malogrados, em meio a uma con-de desejos,amállcos o

sulcos dfrrein.sculo:

r-.i.m.ncar lascivos, uma Remaão de exclamações

i portSo todo :i/ul:j arco-íris de sabüo r• dc vela em mnntelEsorriso nranhado cie i.a nos sapat/iai:.1 pássaro lmpliime nrrro vermelho debaixoirrr.cm os eansos bra:vas rorlitias f1c cassp

islnha:

Yrarro

de n

í de s í-nip os ollios

il (te ex- Cão de lev • aconselha oUm de

n. i í/ti rnli.r Cltco.iciirnln a existênciaia, a desmeinoriada.

i páfinai <U surpr

ATAYVANO

nome lembra uin estran-gelro. Desses que che-gani hoje. E que amanhaestão nas colunas de 'o

doa os jornais. Gênios que onosso "querldissmo HlUer" no»tem mandado de presente. Alay-van já eslá ficando celebre. Aledenunciado foi. Não sabiam?Pois foi.. E' do melhor atestadode valor' que se pode imaginarpara um artista, este da dcnuii-cia..

Manuel Bandeira se abaloupara ver a exposição dele na Es-cola de Belas Artes. Manuel es-creveu mesmo sobre ele na suagecção de Artes plásticas de "A

Manhã". Dcpoisosr. Henri Len-teuí! também talou nele.

O querido Alvarus fez-lhe a. ca-ricatura. Caricatura não. Aquiloé o retrato da alma dele. Dizemque os grande carlcaturlstas sãoos que conseguem prender a ai-ma dos seus caricaturados nosseus traços. Foi justamente o.que Alvarus conseguia com oAtayvan.

ARI' DE ASDRADE

H ' muito não lia um rc-mance de quatrocentaspáginas, um desses ca-

lhamaços.de autor desconheci-do, que soem aparecer frequen-temente. Exiguldade de tempo,tendências e predileções nortea-das para estudos de naturezavaria, folclore e outros temas in-teressantes, que vivem a desa-fiar nossa argúcia e requerernossa atenção, afastaram-me,por completo, desse apetecidogínero llvresco Se, nalguns ra-ros momentos de folga, aprazia-me computsar obras de ficção ointuito cnllmadn oulro na o eraque satisfazer essa necessidade

do na sua angústia, rlingueínpara ajudá-lo, fora do circulo ioDOM CASMURRO. Aqui ele temo Álvaro Moreyra, o Brlclo. oFogueira. Al fora mais alguns.Até o Lúcio Cardoso já quis dar-lhe um ponto de apoio, Era ojue pedia Arquimedes. Mas Atay-van pensa como Van Gogh: malavale passar fome e criar, do quecober flambre c ser um burque-zinho qualquer. Artista de umaarte difícil como é a xilogravura,Atayvan vem realizando-a comgrande personalidade. Seus as-suntos prediletos sfio, já o disseManuel Bandeira, 5» coisas e osseres humildes da vida. Os ano-nimos, Os esquecidos. Marinhei-ros. Prostitutas, Malandros.Seus trabalhos todos, trazem amarra funda de um sofrimentosofrida de verdade. Os recantos,que nos mostra são tristes. Asfiguras quase sempre vistas decostas, teem uma tremenda rea-lidade. Tudo que ele faz e tor-turado. Uns navios, que a genteve. parecem surgir do fundo danoite, Os namorados agarram-se.

imperiosa de evasão à vida real,penetrar sorrateiramente mun-dos Imaginários e fantasmagórt-cos, onde vivem e pensam ml-riades de seres gerados na elo-eubração mental do escritor qusse compraz em fixar tipos e im-provlsar dramas que s5o — quan-do bem guisados — cópias au-têntlcas ria vida. Por esse mot!-vo. buscava, preferencialmente-a companhia de medalhOes con-sagrados — Machado de Assis,Era e Camilo — demônios da pe-na onde há sempre o que apren-drs e cuia leitura nunca é per-dlda. Raramente atendia aoapelo dos novos.

Abraçam-s feroz, violentamen-?s a vida é uma éter-

na luta.

Eles se a-eíiiam rom a brutall*dade dos desesperados. Para osquais até o amor é trágico. Etenebroso. Nâo .sei de nutro ..r-tlsta. que mais sc aproxime deDostulewski no desenhar de tl-

pos noturnos e torturados, do queeste modestíssimo e *"Atayvan.

angustiado

.< ão leitor. Umaii.- !>Wr*;n invade-o Ine.rpfl-

Ki- e o rfei-rnm cn, euforiamelndias de Ma;nrt (jue ri-

e nos predispõem ao dioni-

que nunca teve

Olhando os seus desenhosgente sente neles o reflexa rtoartista que os criou. A trlstdeles nos contagia. A torturaseus bonecos nâo pode ser crpreendida pelos que nunca S'tiram fome. Não fa/ mal que llietenham feito acusações mais immenos cruéis. A gente ja estalãu acostumado a estas coisas,que não tem mais tempo paiasentir a Injustiça que elas car-regam. Um dia virá a Luz. Edal, as criaturas .corno Atayvanpoderão aparecer. Sem perigo

algum para a sua liberdade rcriar.

... ...,. rlêncla c uc-ado através dc um )'iloi-a no século pa;

1 faço exrecaois sãn tSo dili.

si,i'ii!i'.nrooiis!vels. . .aa dleeurao ea.nilu,

^s imagens.

iSo

açalharios Meu amor belloiE tudo lssso extrava-nin gongórico que as DcsnecessArlo ponderar (

.do, enm um atrnzo de cem mpntnj- dn raça. do temperfÒS poetisas moder- (.hav,-lr.t sr- Snblrin que nãnrormals nos tema> n, frloí Ha.n, mm educainria aa mnutr.- fma.„ d, „,„,,.,, ,.„i,a

c jordas e geoinc il,,,,.(1rl^ n^<rr. cmr, "> prorr

coragem de

Uma pequenina maçã verde,ia«a zlntnrtn enlre as rniMrnsc despedaça n vidraçaE5 nm menino corre arqiiejante pela chuva

Veja-se açoram sentidos nemMiais ahorrlr. um fllete nPAZ Ql'T. FI.E PROCURA

n rileen nHll. *em despertar ,.profundar em InsmilaeBrs se-

- ' hisSo em NAO V A ;

riens rin Brasil rie.eri-arroubos do "temper

1 princn de trabalho r>

1 poderia recusar 110 doce ruma¦era nisls temn^radai ao sul1 ea harmonia * outros ronhecl-

\ pait qne ele procui

hem ama mnstra comn a palxioraponla Ho aiaraaüa a nün rira sentido»:

Q.nnala laia a™ autrr» haeima.•len^o 'evzo em vocí,Voee tem a voz mais puramnls deliciosa do qtts a deles.

A TltAlUÇAO

Não conhnro Inelff. muito medas po=tisas traduzidas Pouco [az.ses versos multa ooesia. o que. '.o

provo honesta tradução Ademais, .-fé-lo na convicção de aue orestavpintelectuais hrníilelros. ií\ que pariitda necessidade de melhor coiihcceliterária norte-americana. F, acertotifica-se plenamente com o sentirporque ela reseende a séeu o vintetosa. curta, dinâmica e universal.

Poesia é raclocí'_..I0, a forma não ifruturada em moldesíla existirá enquantoNum período de eueré ate um melo de se

Abelardo Rnm.er.duçôes. São excelente

punhos dei artistasnas bocas dos poetas.

Ele serfl sempre esse rapaumelo curvado. Meio tatibltate.Uma figura de Murger, DesseMurgcv, tão cilado. Muitas vezes

nenhum propósito. " """

ser ( inostr: ¦ cultu Vivepor ai. Ao DEUS dará. Vivendoa vida das suas criações. Cria-tura cheia de luz interior, perdi-da num mundo sombrio. Tímido,Humilde. Como uma crlanç-â.

meloa dos seus amigos. En-

quanto aguardamos que voltemos tempos de Luz. c de Sol, ire-mos animando as criaturas cumoeste humilde Atayvan. Elas sãoa nossa desforra, a nossa vln-gança, contra uma época em quese queimam livros na praça pu-blica. São a nnsia resposta a csque pretendem por algemas nos

São seres Interiormente Humi-nados, aos quais nos agarramos.E com eles. guiados pela sua LuzInterior, estamos atravessandoum Imenso e tenebroso túnel.

Li no fundo, no fundo pro

muito arai» »"'"¦ mus ™"""vla Luz que hã de. em breve, seDEUS quiser, iluminar outra vezn nossa face tr-rturnda.

E enquanto avançamos paraela. sufocando brados de revoltae de protesto, haveremos de tervoz para louvar os Atayvan e "o-

dos aqueles que -"'" - i,,ri

angústia »dera

l agonia. E nusí poemas, nas suasseus quadros, nos

% certeza de que

li Chove nos campos de Cachoeira"DALCÍDIO JURANDIR-CASA EDITORA VECCHI LIDA.-1941

SERASTIÀO ALMEIDA OLIVEIRA

Dois imperadores camaradasMARIO SETTE

A!i. rnidío de¦erirtenrto de

Foi com essa atitude que meaproximei de Dulcidlo Jurandlrem "Chove nos campos de Ca-rhoelra" que a Verchi-Edltoralançou ultimamente numa edi-cão convidativa. Haviam faladotanto dela, cm DOM CASMUR-RO. que não consegui vencer atentação de conhecer-lhe o pro-palado êxito literário.

"Chove nos campos de Ca-ehoelra", não sei porque, ourl-cou-me a uma lelturn quase Inln-terrupta, como se contivesse ln-visível força atrativa e penso oueIsso acontecera a quem lhe tu-lhele ns primeiras páulnas", qu»eu gostasse plenamente do lentoevolver sem termino empolgan-te, dessa tragédia obscura (líexlstêiiclns. definhando junt.unos alopndns do rio-mar nãn issoeu não gostei: mie eu apreciassea companhia i-abulosa e meflsto-feltra de um Eutanazto somnreIndolente. nllmenlando ldelasm6ibldn.s. Isso também não. maso cerlo é mie se. pnr raros mo-mentos, deixava n volume ouraatender aos reclamos da renll-dade. fnzla-o pensando na sorteíHn>.cl-.s rrli.luras Ínfimas nilP afantasia do autor faz definharJunto ans campos solltftrlns. *maiGCm do rio Imnledosn. E fniassim que cheguei an fim dovolume, sem dar mostras de can-saco, inrsnín sem rslur gostandodaqueles seres Irreais que se mo-vem numa espantosa decanfn-

mral rapaz rin alia-a nlm

mf

que é todo o vale amazônico, adescrição dessas cruclantes do-res que um autor, mui própria-mente, crismou de cplca-s em quese debale a população marajoa-ra — vaqueiras e pescadores —

população de quem so nos lem-bramos em cacos de louça, eo-

plando-lhe o motivo de seus oe-senhos primitivos mas artísticosPerlo 11 ira ndo o livro todo dobreia última página -acompanhandosempre aquele lrriquieto carocl-nho de tucumã que Alfredo, porum desses sortiléglos que so aimaginação proporciona, sonha-va com ele entrar, um dia, parnum crande colégio do Rio, am-bicão que jamais logrou realizare ainda, seguindo os percalçosdesse amor não correspondidoentre Eutanazlo e Irene - flBit-ros principais dn enredo. Masesse amor platônico, que traz en*fcltlçado o eterno palerma, aca-ba levando Irene á triste condi-çfio de uma gravidez Hegillio herói principalpre - a r ô n 1 c o Impressionante,Também não gostamos dn rnre-do do romance- desaprovandomesmo seu realismo forte, em-bora Isso esteja em moda nosdias que correm, realismo calca-do cm lli.Riicicom que nada lemde castiça, pelo contrário, despo-lidada e corrosiva, mas. """nnsslvcli-ieiitc, retrata o fa'.

dnquela cente

ração dessas vidas é t5o real qu#ncahnmos lendo o livro todo semdisso nos arrependermos e guar-dando em nosso sub-conclente aemoção dessa leitura. Confessa-mos que náo seriamos capa/es detrasladar para o papei tudoaquilo que Dulcidlo Jurandlr aifixou pnra contexhira de seu 11-vro. mas o que ele fez está feitoe com esse romance — nenen",difícil c ingrato - conseguiu no-meada, obtendo um prêmio 11-ternrln por si só dicniflcaiite;nao precisa ele. portanto, de nos-sa desplclenda opinião para ven-cer e subir mais alto. Ms o queele. fez nada mais foi que foto-grafar a vida numa superiorcondensação dramática, nao avida da alta sociedade que seexibe nas grandes capitais, masn corriqueira e miserável exls-tenda das povoações decadentes,onde quase ninguém se salva,dantes jossobra, no pau .mun-

i delírio

oue.

rinh: no i i rios

com o melo exuberante de vid» personagens i táo nítido, a iim-

DOM CASMURROtem novo endereço

eRAÇA MARECHALFLOR1AN0, 55 — 2°and. — Tel.i 42-1712(rede interna) — RIO

dn que é a fusão de todos os vi-cios e mazelas humanas; anuir-murarão lmproficua num diz-que-d.z-que Interminável, o avil-tamento pelo álcool, a negregan-da prostituição de corpos e ai-mas, aviltamento de costumesque leva o habitante de Caehnei-ra a praticar torpezas e desceraos mais negros degraus da mi-séria.

Vive a família de Irene umadessas vidas que só um Dostoie-vsky poderia conceber, naufra-gando-se no desalento e na to-me. A Blta com seus sete noivados gorados, Raquel apecan-do-se frenetlcamenle A idéia decaptar a simpatia de Eutanazloe não repara que Já está velha,muito velha: Henrlqueta cultl-valido sua doença e d. Dei aturaquerendo ocultar o defeito dasfilhas; Irene sempre volúvel edetestando Eutanazlo multo em-bora acabe nos braços de Rezen-dinho, Outros personagens en-chem o livro: Doutor Campos,julí desbragado, verdadeira es-ponja a absorver eopázlos unsatrai de outros e a praticar coi-sas piores, velho Araguaia eOuarlbão em eternas disputas,Major Alberto sempre às volta»com seus catálogos, tipo esqui-sito desses que se encontram emtodas as cidades pequenas per-seguidos por manias e cacoetes:Felieta, personagem que slntê-tlza todas «s misérias humanas.Inspirando mais que asco e ver-ganha, tristeza e piedade: I.u-cíola trenando para mãe na pes-soa de Alfredlnho, todos eles. emsuma deslizam pelo romance talqual sombras evanescentes rie-caindo sempre como re fora essasua missão na terra; temos atéa Impressão de que é toda Ca-ehoelra que se desintegra e vaisumindo e desaparecendo nospoucos, E não é para menosporque, já no fim do volume.Dt, Luatosa fechou oi caaipoi

morrendo nos carr.}^' ¦*

tia Europa, nas mn-China e nas (.fuás ri"?

delimitando ;que de comui

les celebrado?da cana de :-vorando cs b03 partidos, 1pero e á misípulaçào de eitive.

grafia do que o my:

tantas slngvmanclsta iiíesforço pararas e coisascerlam singgantes. escrliterário e 1com Dalciidbosquejou o;esplendida"Chove no.s

Tanabi, 3 d? nove

Porta ItíitaCrônicas

deÁLVARO MOREYRA

GiiniraURF.VBJ

Page 7: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

...,.,,.,, ~ ÍSW!t8IIW!tB . £ .-jr;iijl,r^\'!!|WWp'r1'«''riF,n' ¦|,;'

rm fo''"» "" Ufrirlo»

CIRANDADe Clovis Rmnalliete

O romance eaperàdo I

» reCISAMKNTE híi pouco) nX a«* um ni") *«vl' ornsiau

V 'i-'.*.:i'rit'

:i Ki-mcicia (lio-„„» d., primmrnlr, tlr n-

r luiT, niiuntin nliíiipm so ira-;'

' ... Jr .Tiiim rra miUÍ-

, (tf fikvuifln, teve a aiidneln. (X'i'1'1 clc tirsnr no filósofo-.'XVn i' v.-iilO!" Incontestável

i%'n"tilj'"i ".'Ci' "Dom Casmur-'¦'nl. IIS • 1",. , ,

-'V '¦'-",-'fi

iii"i:i nada demonstrou. tini* afirmara, novamente,,.,, n nesma Impotência cios que

-u,- niram esrrever sobre o.r

'¦:,,...¦n-.-.M-em. num avtlffo ln-',.,'nilf) Filósofos — repete

XVm tine indica clnramcnteX- tr; mio ,i obrn completa dejra.< Brito nu coisa mais Rta-;.'V-n" a falsidade como nrgu-r.-r 0:? C.r nn sua colossal ln-„;T»p'è!:cla em assuntos fllosíi--v*'* "Filósofos desconhecendojW'.*' naiurnts constlluem fe-ín-X-n comum entre nós. Foi o,-n ri" Farias Brito",p-,,, -i-spondri' a tamanha In-..».,-ici\ apenas transcrevo o¦',. i.i n-crevl em "Dom Casmur-,'•¦ M mais de um ano: "Sobre

.. -i:ri-ivievtn de ciências natu-...t tio pff.ínrfor brnííicfro. parnrc-, -c ,'c- nlisoíiifiT certeza, nem,,.,.-11,1 .«tcr-tier eiifrni* cm rif-j/.r/í!,- t- 'icccMiirfo somente','wi

dr sutis mais profundas,.-(.< -a base física do es-... " nesta, Farias Brito de-,.,,'r/: ,.(-,¦ versado em física,i-tlra e biologia. A exposiçãori'íra da obra de físicos c fl--¦..,-.(,„., cnmo Tclens. 'ob. cít,¦ r

'13.1 p srpt.ítt/fs). Weber, ffb.

X' ít' 33fi e seguintes'. Fcchner.X fin-, '* 242 í* .'CfJKÍríír.ll fl¦,,,-:•. ih. ptípi. tr. 256 e seciífil-, ttrr-ti uno ri/ir o estudo cul-jri-tfi rín.' ííÍ(!í'(7s eroíticfonisfas1 r:.r'rrr*- quanto ã psicologia,>¦'

'jiãa. n 210 c scpiifnícs». ns

,-r--'(--;i).s n trenologla de Galt.¦-'per- •!. 153 P sepiiinfesl e 1»r*X (ff Hcrckcl. 'Finalidade do¦.-.il",3 pffíi* cap. V. pág n. 83

.. '..¦.--r*

.,.*X n Mtw.fa bra^l-

iSo 1* n falso critico que,nu trís frases, como fez

icucimi deslrulr a obra

critico que se contradiznações que faz, usandov*,te a ma fe p a todo odemonstrando nãn ter

n a significação gran-" ; dn nosso pnrie-

1 DOM CASMURRO Página 7

Dai, •vi deitllsar a obra

1, ALAynO que muito gran-de fazenda de café se cha-•iut'o "gente de dentro"rrcorda F.verardo de Sou-

¦- os oVaiates nfio raro ha-a:-rci<Hdr> o ofício nas ci-

tfvtio mesma na Corte-¦•"t-io. encarregando-se da¦vrí'1 fie pnreíhas de roupas,

rt jt!<!>tri.s moços e os stnho--«. Cr-\iwa sólida, deveras,-cn tempre bem asesntada,

¦'.--*¦-,< nós snn malícia e por- da verdade.¦ '•ta vez a» timdisfas tam-'r?rrien'emente com curso¦ir. muitas delas, em casa

¦'-mn francesa, lalvez atiIt r;ri dn Ouvidor, encarte-

¦siitàrlos das St-m-içr.s,

•clros aprovettando aseus mestres, no oficio!!i"i r S. Crispíniano.

n .,( a confecção de¦.'tido ífn uso rfos tirnn-o- botas dc montaria

- tirlícados sapatos pa-ni. E tambem tome-!i?trí,-is frio queridos de'r tic iinlanho que o;•.parava.¦¦nt r roslnhetras des-

' de acordo com as es-"i rir cada qual. As-e tornaram afamados-c. rir forno e os eus-

» pe

mpe-. n rrande tratado de torno".¦rr-i rin rpoca. não consigna-i:nbairint-se ulanas do qui-

vrrtatlo a tãn preitíatnsa

TENDÊNCIAS15 - 11 — 1911

Em tada» a» livrariasCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRAUe Dalcidio Jurandyr1' 1'rímlo tJ» CuiicuMti 1'ocplll-

IJtirn CUBiiitirrriO romance esperado 1

i"'" nf r,rn, hôsvcíles, quasi sem-

.¦Yen dhto seriam, os banhos,«"'fíuriti! fui iíitos c potes pa-ri •esprltnreis bacias de cobre.Q:" ttlni trabalhosa e Ineõina-dt: r.ipir, ,ic desconfortável aos

ria íue faziam, com flí ahluçnes,df <eui cômodos verdadeiroscWaij. Prhi manhã, de quartof: 'i\'.u 'n. transportaram, nj":f."irs rnparítias, cm bandejasúiv.luirnle •¦cípctltur.is, o clãs-5!'*f-,-nfr rom leite, acompanhadole uma dezeva de guladlces. ca-f-''.' Vífrf itinfs inhorrisn

•"¦.'.¦ r,,,,,, ,rra> nnlkn,

"fundamento real, o critério fll-timo de Ioda a verdade..."

Vejamos, porem, fnrfos Britomt uma aventura do espirito, Atnutriria de Sylvio Rahcllo. Entre-tanto, de Uiro, devo dizer: n cri-tico de Farias quase que se prou.ctipti unicamente com o 1.° vn-lume da "Finalidade do Mundo",a primeira obrn publicada pelofilósofo e que possue 324 pàgl-nas. Assim, n 2." e o 3.c volu-mes da Finalidade, A verdadecorno regra das ações e o MurtifoInterior, possuindo cerca de 1300páginas, [otins reunidos, nãoteem nem n metade dn cltnçaodo .iá referido 1.° volume da Fi-rtnlído(fe rio Jlítirtdo, Portanto, deInicio, í sensato duvldar-se daeficiência dn critica r!e uma obrade seis volumes de Filosofia.

No euttinto, a Insegurança comqup o crítico comenta as Idéiasdo Farias Brito, alem de outros, pconseqüência de dote princípiosfundamentais que ele deseonlie-ce: ].n que os problemas fllosó-ficas são sempre os mesmos emtodos os tempos, resultando dis-so que o originalidade em filo-sofia consiste na maneira desentir com mais vigor lógico edialético tais problemas, ou cn-tão, na orientação dada pelo fl-lósofo às suas idéias, na ftnclade chegar à verdade; 2°) oue nnoexistem cm filosofia problemasque sc digam de interesse desleou daquele povoi a Filosofia bus-ea o conhecimento universal eencontra na humanidade o ele-mento para a sua ação salutar.

Deste modo, carecem de senti-do, entre outras, expressões queemprega o Imprudente comenta-dor de Farias: "a filosofia de Fa-rias Brito — se é que se pode di-?.er que há uma filosofia em suaobra — nada tem com a vida domelo e da época cm que viveu.Murcha e seca, está a pedir ummuseu de paleontologia" lop. cítp&fr. n. 341. A este disparateacrescentem-se mais estes: "Asua atitude toi antes de um cri.tico — de um historiador que cul-dou mais de iendí-nrlas unlversa-listas da fl Insufla do que dos pfcl-tos dessas tendências no Brasil,rm Mias formas p"!ilira.*. ou s;m-plesmente literárias"; ou: "DoBrasil só se ocupou Farias BritoIndiretamente c nem sempre eoma intellEcncla de um crítico nuesoube distinguir e valorizar fn-tos" Mb. págs. ns. 84 e G5>.

E. com efeito, não há maiorgloria para um filósofo do queconsidera-Io um homem que pro-cura o universal e o eterno, nhumanidade e não o indivíduoBem se vê oue Sylvio Rabeiln.des-onhecedor completo dessaverdade Incontestável, ingênua-mente faz o elogio do pensadorraciona lis*, a, quando diz com ares

Ci'íoti!í.i?ios cos/tirnrnm e fn-ztatn os serviços leves. E à lar-de em turmas areiavam as baciasutllizantlo-se da cinza de paud'alho e limões ao meio partidas.E alem das bacias os tachos decozinha da refinação do assucare da fabricação de goiabada.

Boticários e enfermeiras tam-bem nâo faltavam, sempre a pos-tns para o preparo dos remédiose a devida assistência aos doen-tes. Frcquen lem ente desem pe-nhavam eslas ainda o mister deponteiras, mostrando algumasadmirável perícia. Nas bdürns,imperavam purgantes e xaropes.Era o tempo do triunfo do sala-margo e do caraguatá. Começa-varri a aparecer os remediou pre-parados gue os velhos boticáriosdepreciaram. Não havia comouma poção fresca, bem fresquí-nha. O "Leroij, o raluá", tinha po-rem seus adeptos.

Os pagens acompanhavam osset?ftore*; quando em viagem, vãosó para os servir como tambempara o trato dos animais e a cen-serva dos arretos. Muitos deleshaviam acompanhado os senho-res até à Europa o que lhes In-fundia prestigio- sobretudo quan-do passavam por entender o

f-nncís e desta língua afamadasabiam "suas coisas". "Van ,útVan suâ". explicara um destespagens. aos seus malungos. eracomo a gente da França sc sau-dava prin manhã e ri noite.

Sendo o uso dos fósforos rela-tivamente moderno, era costumenaqueles tempos o da brasa. Re-clctmando-a dava o fumante umassovlo atendido logo por.um mo-leque. Quando ouvia falar em to-go. o negrínho ecHpsara-sc. vln-do pouco depois com uma brasa¦'¦•itro de uma colher. Algnvdos mais "scrclcpcs" dispensandoesta. traziam na própria mão.movtmentnndo-a como se foraoniva de chocalho.

Os moleques, companheiros defolguedos dos sinhosinhos, tnven-taram, para ot distrair- mil bnn-quedos. Em muitos deles de-manstravnm até extrema perícia.Até os sete, oito anos exerciama liderança destes folguedos. De-poí.s era esta incontrastavelmen-te exercida pelos meninos bran-

Ós chaveiros alem da guardadn que lhes e-ra confiado, '-mi-'¦cm serviam tle apontadores dosgrneros de armazém, do reco-nhedmento das chapas corres-nondenles à colheita de café.diária, etc.

Em fazenda* dc vulto havia atérclntoeims, conla-nns Everardodc Souza. Cuidavam dos relógiosdn tasa e dos de liolso. Comoaoicrtndos. mns já de categoriasuperior, acumulavam a estasfrnç.ies ns de dentistas, ou antes.de arrancadores tle dentes r as

rm npll-i. prlrllt-

rrrsai dos tlnaros. fie tm-F.m geral n barbeiro en-

dc curandclrlsmo e. mos-c perito na arte do mezi-

Farias Brito e uma aventura de i criticodo carrascoi "O unlversiilisla nfioviu nem sentiu o parlicularlsmotia terra e da gente que eramsuas. Ou se o viu foi como umincentivo para o que está dlstan-te e 6 universal. Um problema fnlsempre para ele um problema: noparticular encontrou sempre umelemento do universal: "o homemconsiderou sempre n htimanliln-de" (lb, pág. n. OfJi. Somente lssuvale pnr um atestado dc que Fa-nas Brito foi na mais nltn ex-pressão -- um filósofo rc o cri ti-co nem se apercebeu disso! i

A primeira preoctipaçfto do au-tor do Farias Brita ou uma aven-tura do espírito, é uma fantasiaque nada exprime para a aná-Use dn obra do imsso filósofo.Pois, se se quizer Imaginar quealguém escreve criando um "ln-tevloctitor docll que era uma es-pécle de parceiro, previamenteInstruído acerca das objeções epontos de vista que convlnhamao curso de seu pensamento", (lb.pág. n. 12i, quando muilo Indi-cn n habilidade do escritor emmostrar a coerência de seus sentimentos.

Passemos, porem, an mar decontradições cm que se afoga acritica de Sylvio Rnbeüo. A cha-ve de tantas incoer&nclas é amesma no inicio e fim do livro,n Farias Brito faltava "a dosebastante de interesse humano"(lb pág. n. 12i e n sua filosofia"não tem Janelas para a pnlssi-gem natural nem para a palsa-gem humana". Conclusão: a fl-losofla do pensador cearense nãnse preocupa com o problema dohomem, pois o Deus de FariasBrito Jamais foi sentido "huma-namente". "como a nenhum pro-blema sentiu com verdadeira hu-mmnldade" «!b pae. n, 23(11.

Entretanto, afirma n critico*"entre os problemas nue se filiamnn nmWcma da finalidade, Fa-rias Brito põe pm pvld&ncin o re-(ativo ii posirSo cio liomem den-

dn mundo". Mb. pae.

ALCÂNTARA NOGUEIRA(Especial para DOM CASMURROl

leriuite declarado que Sylvio Ra-bello elogia graciosamente cha-mando-o de "liomem de (tran-des reservas dc humanidade"!

Nfio ha dúvida, o crítico de Fn-rias prega uma nuvn fase para nhistória do pensamentoi a cria-Ção de filosofias nacionais. Don-de, os filósofos nntiKos. medir-vais, modernos e contemporfi.neos, spRiindo o que se depreen-de do pensamento de Sylvio Ba-bello, foram maus filósofos, por-qur nao se dc.xarim levar pelas"inriiienclas diretas" do melo

Rabello desconhece que, segun-do Plntfio, "a beleza t o esplon-dor da verdade". E Farias Britosabia disso.

Vejamos oulrn conllssllo docritico: "dessa consideração dnverdade universal e que deduz aposição dn homem na vida - - eda o Imperativo moral" ilb. paen. Mi. Enlão, preocupar-se coma humanidade, falar em "Impe-

ratlvo moral" é ou não ".nleres-se humano" ou abrir janelas pa-ra a "paisagem humana"? Con-titulemos apontando as contra-dlções; "atribue Parlas Brito apoesia umn função moral que euma maneira disfarçada dc pnra arte ao serviço do homem" (lbpás. n. 50): "da Interpretaçãoevata do espírito ter-se-lam umanova inspiração e uma nova fon-te de enerela para o governo hu-mano - objetivo de ordem mo-ral que e. cogitação permanenterm Farias Brito" i lb. pílg. n. 12*Como o critico falnti em obfef.rode ordem moral que é cogitaçãopermanente, num pensador sem"interesse hi

pari i. F.ram,'ador.

"Farlto ruopóe ã humanidadeUrííIo compreendida nos limitesdn seu naturalismo metafísico..."(lb. pfip. n. 87i, Ou, então, esiaoutra afirmação que Irá nos con-vencer Integralmente do seu com-ple*n descontrole. Ora, todos sa-bem que Spínoza foi, unr exc--lencla, um moralista Um santopreocupado com a fe'.l-ldnde lui-mana. Minha Filosofia', diria otrfnlo holandês, Pois bem, "a filo-snfln moral è a mesma nos doisfilósofos Ambos começam prinproblema de Deus para chegarem

i. pãC . 101 . T, ludo ir

infelizmente, unlversallstas! Foio crande crime de Farias Brito'

Outro pomo profundamentecontraditório na aventura de Syl-vio Rabello í, precisamente,aquele em que eli* Irata da "fon-

te splno/tana dn pensamento deFarias Brito". Dizi "mas FariasBrito desde o Inicio dc sua on-np na verdade uma espécie de rc-pe;idor de Spínoza". R reafirmacom mais vicnr: "o splnozlsmo deFarias Brito t* evidente nfio SO nasua orientação cera! em faceda teologia, equação maior den-tro da qual as demais estão com-preendldas eomo aspectos acres-jnrlos — mas em conceitos e pon-tns de vista de ioda natureza"HO pau. n. 94». Isto sleuifica,pois, nem mais nem menos, quetudo que Farias ensina foi en-stnndn por Spino;-a. Mas o (lesas-nado crlilcn ama a contradiçãoE loco na pactua seguinte come-ca. ele próprio, a se destruir:"mesmo quanlo ã questão teleo-lóct-a do mundo, negada vicoro-samente por Splno?a, achou Fa-rias Brito uma oportunidade pa-

nto d" lstaé porque falta a Farias Brito "do- . fazendo dos s

> fl

ntere * ne-

inflar i fide-lidade de Farias Brito ftfpróprias palavras — na coerín-ela dn seu pensamento, "pnde-riamos nsseaurar que o seu eon-celto de filosofia lem O slRiilfl-cado de humanidade, secundo nque se depreende dc algumas desuas arirmacões" Mb. pães. ns. 32e 33i. pepois dessa original mn-nelra de fazer critica, diz ele:"veremos depois que n dc

nlium problema sentiu com ver-dadelia humanidade"!

A razão, porem, dessa forcadaIncompreensão repousa no fatode Farias Brito ser um homem 11-vre e assim não pertencer a reli-pi5o alEuma, slnfin a da Verda-

Por isso. o critico mapondf--orirni todn fala

i dn s i s!s'ei*eimento _ nma consideração daverdade e nfio uma considerarãoda beleza". Certamente, Sylvio

dificuldade de se encontrar"um traeo propriamente nado-na! na obra do filósofo", Pn'.s,¦¦tivesse ele captado as crençasbrasileiras e entín teria abraça-dn o catolicismo" ilb. pSg- n.229».

Ora, isso fo! vontade perdida deJackson de Flgueredo. um Into-

lósofo da Êiargumentos base para umrepção finalista". F. escre*rrase sem sentidos: "podeirer, enlão, que onde Farlto não e splnnzlano Csplnnzlano, por forçar umn m-terpretaçãn que se ajuste ao en-cadeamento de suas idéias" 'thpar. n %i. Então, Farias Bri-to e ou não repetidor de Solnoza'Onde foi queo critico leu qilrpara Spli -

- ¦¦

pre

¦mento de Fa.rias? E o prnblcma da con-lfn-cia que Farias considerou sendoesta Deus. em nós? Onde leu Issoem Spínoza? E o problema daalma, tambem diferente nos doisfilósofos? Por cerlo o critico nfio

COSTUMES FAZENDEIROS (1000)AFFONSO DE E. TAVNAY

nheiro. recomendador de ehast-nhos, xaroplnhos, pílulas ou pll-do-as como muitos diziam, va-tendo-se das inúmeras hervas docampo e do mato.

Quanto ao pessoal "de fora",eis proeminentes personalidadeseram as da tropa. Delas o mestrearreador assumia as proporçõesde figura de alta Importância edti niif.Tinto cori/fntiÇfl rio pdfrríoe desempenhava elevada funç/lo

Representava o chefe de serrf-ço encarregado da comunicaçãodn fazenda com o tuttfido err;e-rio7. Eslava a seu cargo tudorjuunlo se referia à tropa demnnres que transportava caféao porto ou à estação do desti-nv. trazendo, em retorno, asmercadorias necessárias d la-zenda. com especialidade o sa'.

Os fazendeiros do Banannt pe-ralmente- antes dtl existência doseu ramal térreo, enviavam, o ce,-te para Jurumirtm, onde o em-cmrcavam para o Rio por vi': ma-rCJma.

Em regra era o arretador, ao,nc-tno tempo, hábil traçador cmcouro e, sob sua inspeção os tro-pelros confeccionaram as canoa-lhas, as bruacas. arrelame, tudoquanto fosse necessário ao mis-ter .Mas, nas grandes fazendas,fittvta sempre coneelros e selei-ros efetivos, oficiais da sonfagrossa^ que. muitas rezes tavtbemsabiam fazer obra mais fina

"Que espetáculo interesante ode uma tropa lusíáa bem arreia-da. composta de vários lotes deninares, de varlegadas pelagens-tendo por madrinha, o maior emais forle deles, levando visa va-beça alicia de pulsos para o cuco-rajamcnltí dns demais! exclamaonosso autor, evocando fd de nóslongínqua visão.

Em aglumas grandes fazendasexistiam excelentes "bandas deMiisicn". Alemães eram. ás ve-zes, os seus mestres. Tocavamnas festas da casa, e na-, de to-ra, as peças atroadoras de seurepertório estridente.

E nelas em geral comentamos,sobresnlam oi bumbos ensurde-cedores e. os ciíiiifjo-osos trombo-nes que vibrando unlsosamenleameaçaram a integridade dosllmvanos de seus ouvintes

Em outras propriedades exis-liam capelas decoradas a primor,

"Et eum spirttu ttidd... OHtif-mos várias reres de um destesbons acólitos.

As primeiras instalações proft--criífn.f,

com o ba'o característico e fatalaos cômodos mal areiados.

Não deitava de ser curioso ofato da maioria da; moradiasscnhnrinU, construídas

un o deichegaram a cotnar mais de mi!habitantes, haviam sido feitascm roçadas no meto das malasvirgens. A' escolha da sede de-terminara a proximidade de umaaguada. Aos poucos dc descortt-nauicntos do terreno melhoresescolhas se tinham imposto sen-do então cdlfícadas as bemfeíío-nas definitivas.

A rasa dc moradia, a casagrande, o solar do senhor da pro-priedade. ficava, em geral, emposição de maior destaque em re-lacão as demais construções. So-bradáo de velho estilo ca<acte-rlstícn português, atarracado. parvezes enorme, com terraço cu al-pendre. ao centro da fachada, lu-deado de janelas em renques ecom escadarias de acesso, com

dois lances, senão com duas"pre-

mui-

escadas.No terraço ou varanda, o

torto" das fazendas do oesl- .lista, à tarde, reunla-se a (ami-lia dn, fazendeiro para contem-ptar * beleza panorâmica dn lo-cal e. ao mesmo temvo, obser-tor o mniiincrtto seródln da la-zrnda: o espetáculo do gado çue.se recolhia aos abrigos çurrnlei-ros e mangueiras- dos carros deboi c rarroções das últimas Via-çcns rio café nu dos manttmentossaídos das roças, a chegada, for-viatura, contagem e revista, doscsr-avos, tendo por feitores, oucapatazes. como na mata minei-ra. c tio Prnrrfrrfa rfn RÍO, se dl-zla muito, homens de maior con-fiança dosfeitores, afmultas zonas,

A chefiada das torpas de re-tomo à caia, era motivo de rt-va curiosidade. E com interessese acompanharam o,t serviçosullerinres nns terreiros de cetèe outros mais de urgência, antesde anoitecer.

Se fi que não houvesse serão. .o mie era freouenie.

Continua ao terraço existia asala de espera, dando para o ta-lôa de visitas, em oemf ricr

iíreí rfispíntiiío tíefia''am a desejar quanto ace-<-tas comotíidads, indíspensa-veis à civilização hodlcrna. Aera do "water elouses" começa-va a abrir-se no Brasil de 1880,

,4' frenfe ou laferníitien.e àscasas grandes existiam bonitostardias- cultivados com capricho,tend oao centro o invariável re-puxo sobre tanque de azulejosem ijne viviam peixinhos de vivocolorido. Atrai das mansões, ouprrjiíirios às mesmas, surgiam ospomares, geralmente muito apra-zivcls e nb'angendn grande áreatoda plantada de árvores e ar-bustos frutíferos da maior dtver-sidade possível.

Nos das velhas fazendas se no-tavam em gera! as anosas man-queiras, faqueíras, enormes ca-juelros. tamarlndeiros, amexel-ras, fabotlcabeiras, de corpulèn-da por vezes admiráveis laran-feiras, amoretias. cambucaseiros-tamareiras, cabeltitíelras, frutasdo conde, marmelcíros, coqueiros,ingaseiros, pítanguelras. etc. As-sim lambem plantas dc especia-rín- cnmo a baunilha, cSnfca,cravo da índia, pimenta tio Rei-

Em local apropriado ficavamas hortas, tambem aprazíveis.

chamados

do t luxe de j Ilr,

"rtlt.e!'II (Of

ffíijrfos. Dispunham estas Ir/reli-nhas 'às vezes quasi larelas mes-mo) rir pnrnineií/os completos e.luxuosos. Fornecia sacristães aprópria fazenda, rada qual müíicspevílrdo no príiin.iicírtr os for-¦nuins df rfspt»'ta rm latim i"«f'que bárbaro! comenta E. de Sou-eu.

'nipre obra P.Vlie tllpnrcs assunto-!, dourados tansiosos cutuques. Para as rei et-t-ões. alem drt .ia'a comum, dotJiá.rln. o saldo dos grande* dias

onhecldo por "pa-

podesir tns rlrurii *st as

(itfiííidus e sortl-das de hortaliças da máxima va-riedaric e cuidadas quasi semprepor rhacareiros portugueses. En-tre estes •-rciominavam os ilhéusma* em geral todos estes reinoestinham a mais medíocre ciênciahorticola. ¦

"Muito interessante a irriga-çãò praticada nas hortas de an-antigamente: pelas principaisruas corriam regulnhos dáguanos quais de rfrsíducin em dislan-eia havia pequenas poças no pró-prio chão; destas poças tiraramos hortelães a água em cuiasamarradas em cabos de pau. as-sim arremessada aos canteirospróximos ao local".

Geralmente, dando para o for-âlm ficavam certas dependeu-cias da moradia tais camo a sa-ia de bllhax, a das armas e a daenrolo dos ifi'ii"-mnçns. cujo en-sino era ministrado por profes-sores competentes.

prosseguiu do ~~ -¦¦¦•-— -""¦

slnha-inhas Unhai

leu as paginas 41S e seculntes dt"O Mundo Interior", onde Faria»afirmando que Splno^a serve-s»"exclusivamente do método de-dutlvo" pnra chegar ã alma, e\tprefere adotar outro método,"parecendo-me que para desço-brlr a alma o único melo eflcauconsiste em interrogar a con-Clcncla". E continua mostrandno «eu ponto de vista.

Explica-se essa confusão deSylvio Rabello: ele desconhece oque e originalidade em fllosiflaa Imagina que as grandes con-cepçóes nascem como "arvores*em sementes", para me expres-sar com Faria mesmo. Os filo-sofos prendem-se uns aos outro'nas suas Idéias que ninguém po-de precisar, rigorosamente o quefoi criado. Aconselho que o cri-tico leia cuidadosamente a histó-ria da filosofia, para saber que amaneira de sentir de um proble-ma filosófico ou a direção dadaa esse mesmo problema, * o queem filosofia constltue original!-dade. Foi o que fe:' Farlss Bri-to cnm ei problema ria condeneis,em especial. Por Isso, )i o dlsspcerta vez e repito agora: FariasBrito é o filósofo da conclênela

Ainda sobre as relações de Fa-nas Urito mm Spínoza, o cometi-tndor contraditório nada maistnz do que repetir o que dl/. Fa-rias acerca rio pensamento spl-ro?.!ano i o que vem mostrar asua fraqueza Intelectual em daras origens do pensamento do fl-lósofo cearense. Mesmo assimtem a pretensão revoltante, 'pro-va provada de nua má féi de dl-rcr "que o historiador não conhe-cia tnda a obra de Spínoza: atra-vés da Ética p de alguns cnmen-tadores, entre eles Kuno Fischer,í, que apreendeu o pensamentodo filósofo de Amsterdam". Mbpãs. n. 1251. Tão torpe falsida-de vem em apoio ao que eu ]idisse: Svlvlo Rabello nem leu »obra de'Farias ou, se a leu, pas-sou uma vista de olhos. S:não,teria visto no 2° volume da Fl-nalldade, a pág. 191, que Fariascita a edlçãn de Emlle Bnisset —Oeuvres de Spínoza — que con-teem a obra completa do pensa-dor holandês, semelhante à d»Ch, Appuhn, que possuo, alem devarias outras. Mas nem e precisotanlo :até hoie nenhum cnmen-tador de Farias, adversário ounao, teve a leviandade de negarao nosso pensador um profundoconhecimento de Spinon, com-paravel, digo eu, ao de seus maio-res estudiosos, como Kuno Fis-eher. Gebhardt. Huan, Pulclnl.Poüock. Appuhn, Delbos, Brun-ner. ctr, para nfio citar outros,como Eerottva, Spgond. Siwek.Chartler. Ratner, Zwei?. Cou-ehoud. etc, autores estes que.com exceção do üitlmo, difícil-

nn.» colégios das Irmãs de Carl-dade e sabiam o seu francês."Algumas das discípulas, a titu-lu de "retnaçáo", por sua vet,transmitiam aos crloultnhos osensinamentos que tam recebendo,sendo assim comum ouvirem-sea cada passo, palavras nu ditasem francês... do Senegal ou ãaMartinicat...

Vários destes pretinhas chega-ram a aprender todas as marca-ções da quadrilha e doj íuTicelros,dansas clássicas da época. Ou-fros :iiotj (jeitosos, tambem. mo-tiíi*tFii'ot'n»!-sc nas polcas e ma-turcas Multas das marcas co-reográtlcas ouvimo-las quasi lr-rcconherlvelmente estropeaáascomo por

"En avant tous e Chai-ne de dames: A Ia ban túsl e Cher,de dan!

Nãn longe das residência se-nhortais ficavam as dependfn-cll, nosniiaiares t de ttsststên-eia. Disvunham de béttca mui-to bem provida, enfermarias, es-peclallsadas pora homens, mu-lheres i- crianças alem de. mater-nidade e creche e dirigida porboticária jirriíico, alguns comcarta de Ouro Preto passada pe-ío uresideníe de Minas Gfats,Isto pelo centro de prorirteín íoHfo e a Mata Mineira.

Eram semanalmente tm geral,Inspecionadas pelo médico da ci-dade, contratado para o prestlmode serviços profissionais, a tan-to pnr légua de caminhada, ge-ralmente vencida em tombo âe

As demais dependências comn-piente consistiam: na casa doadministrador, nas do chaveiro,e-icrirõa, marcenaria, earptnta-ria- tenda ou ferraia, casa doarrcíador, íunto da qual ficavamos quartos dos arreios e de todosos demais pertences âa trova;

polo! pn™ »..«'«« *> ">""• ™espioas. tulha ampla e bem en-

(rrlo. v>" " to." '" "'"¦.' '"'íán. arroz, algodão, a venda em

ri*., arpíillos htivta ri itspen-sas do toucinho, carne seca be-calhau, sal e outros conrfltnetiíosrie cozinha, para o pessoal daroça, da casa e tambem os ali-mentos de engorda para os ca-

pados das cevai.A notar ainda o quarto dos ar-

„to, rir montort». euln /««IM.caçambas, freios e demais per-tenns 1' melot, rm rfjro rromrie ^on prata portuguesa, as

quartos dos paocns dos hospedessempre movimentados, a prisão

escravos sujeitos a jiennlf-

mente Sylvio Rabello conhece.Acrescentando a Isso que, o Infe-llz critico, tambem nfto conhec»a obra de Bruno, que possuo vA-rias, alem de vários comentado-res, liara falar com segurança daobra de Spínoza e a Influênciadeste no pensamento de Farias.Tudo Isso concorreu para o de-saslre de eylvlo que se aventu-rou a falar em assuntos que en-tende superficialmente.

Ia me esquecendo: diz Sylvio ftpágina .IS. com desprezo: "Farias

Brito e bem um filósofo dos ter-mos médios. A sua filosofia, umafilosofia de boa vontade". Orafalar em boa vontade para umfilósofo em muilo splnozlano, è Ompsmo que dizer bom entendi-menlo, Sylvio Rabello. Então, ocritico náo leu o corolário daproposl'çâo KLIX. da Êtlea —"Volunlas et lnteliectus ur.um etldem sunt" e a sua demonstra-ção? Foi, pois. eloplo dos melho-res Como foi suprema glorlfica-çSo para o filósofo, afirmar "qu»

laivez se]a possível dizer-se queFarias Brito viveu a obra deSpínoza mais do qu.? o necessâ-rio", 'lb. pág. n. 107i, Nem se-ria prec!so tanto- somente apro-ximar-se um pou:o do ideal spl-noEiano * Rosar a delicia da be-maventurança, porque ê viver emDeus perenemente, amando Sverdade acima dc tudo, fazendo

i rotel vida.Finalmente, para completar a

«ua ruma de critico medíocre,Sylvio Rabello faz sensacionaldescoberta: "vetamos açora co-mn Farias Brito repudiando Opositivismo de Comte. aproveitadesse positivismo o seu espirito,mesmo quando parece contraria-Io e aparar-lhe os tentáculos"db. pàg. n. 159'. E assim, depoisda leitura de tantos despautérios.fica-se a interrogar: Farias Bri-to foi ou nâo um filosofo? Preo-cupou-se ou nSo com o proble-ma humana? Teve nu nâo idéiasoriginais? Foi ou não um splno-zlsta em todo o sentido? As con-tradlçio». a má fé e a lnhablll.dade do critico, foram o túmulode sen

'..vm Quantn a Farias

Br to ter [ei'o. como diz Sy.vioRabello, urna "aventura do espi-rito", conrordo, considerando 0aíraro cm assuntes filosóficosque reinou t> reina no Brasil ive-

*.p!o do llvr -'"Ma.' de

niifor gue aprn/r.,.„>™

multo escuros $

ra. dansa, cqultaçao As

aiitarvado quando traziamrlíttcado d$ aprendtsagem

"nIs velhas fazendas, fundadas

nas primeiras dCcadas da evita-rn cateetra havia sempre a ren-cfirtnn para «t tropas de passa-«em. Mim" ¦'"•, ••}"']"m,,fo.mr o suo pMleto ( Khde estradas de grande transito.

Fm locais escolhidos, "fio lon-ae da rasa grande, estabeleciam-se os terreiros (jlr.riiffOJ em qua-tiras encimados nelo lavrador eerquia-*r o engenho de cate cha-mado "máquina" no cesfe pau-lista.

Farias não passará Jamais,quanto existir ao menos um pru-dente amlen rta Filosofia — que aesta ofereça toda a sua viria, es-tudando-a com o mais decidid-»de seu amor Quanto ao livro deSvlvlo Rabello. foi, desune a da-mente, uma aventura desventu-rosa que o tempo se encarregaráde sepultá-la, iá que é cadáverem decomposição.

O mats antigo destes apare-thus de benefictamento era o ru-ãe "Ribas", o "ripas" dos ttumi-nenses e "carretâo" dos paulls-tas ocidentais. Em cocho ou ca-lha e movimentados por duasfuntas de bois rolavam as suasimensas rodas de madei-a de lei,levantando tremenda polvadelraa asfixiar todos os pobres "enge-nheiros".

O engenho de açúcar ficavaquasi sempre á tlharga do de ca-lé, ostentando a enorme arma-ção de suas moendas toscas tpouco rendosas, htoinh» e mon-joio apareciam mais longe.

São distante da casa grandeficava a residência dos escravos,cuias bemfeito'ías, em muitasfazendas, chegaram a ser domaior vulto.

Certas senzalas eram casas pa-ra dois casais construídas con-juntamente e formando os trislados de um "quadrado" sendo oquarto, alta cerca de balcustresprotegidos por telhado de barro.

Em outras fazendas o quadra-do era constituído por utn recín-to, fechado inteiramente. poraltos muros, a que se encostavamas casas dos escravos abrindo pa-ra uma alpendrada tambem qua-drilaeral dando para o páteocentral em paralelogramo.

Mais ou menos no centro dacerca ficava o (mico portão deentrada, grande, pesadáo. fecha-do por enorme chave. Bem nameto do quadrado ergula-segrande chafariz ãe límpida água.Ao lado da casa do chaveiro ftca-va o sino, grave. Impem fira. emseus plangcntes toques, prfnrí-palmente ás Ave-Maria e ds AI-tiornrínj.

Vimos numa velha fazendafluminense o quadrado munidode uma cerca exterior, onde tnoite, cornam enormes t fero-zes mastins, no redor das paredesdas senzalas.

Em oulras a crista do muro es-tava eríçada de agudos cacos deVidro.

Para as críaçOes. quasi todasde origem Ibérica, existia nasgrandes fazendas de Bananal tu-do quanto se tomava necessário,escreve Everardo de Souza.

"Os bois pernoitavam em cur-rals com ranchos para abrigo.As vacas de leite íinfiam "está-

bulas". Os suínos eram distri-buidos por chlgiieirõcs. chlquef-ros e cevas, conforme as idadese estada da engorda. Cs muartsdas tropas tinham piquete apro-priado, rom rancho ao centro,cobrindo tirande cocho para ri»rações de milho e abóboras e sal-Pura os ««mau ir sde rinnapastinhns de pernoite per mane-cendo durante o dia em cavala--iças, bem fiítas onde rereofamespecial trato.

Para a criação de "itirres eris-(10. ««.«nin ,.rrlfl.W, Ml*antn distantes, da sede da lazen-da. senrio quasi gue só adotndos,como reprodutores. ns li, men ÍOIoríiindoi rt" Reíim. como eram

(Comute ua vwg. II)

Page 8: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

w-mwm *

Acaba de aparecer!

CIRASDADe Claviê Ramalhete

ll* Prílllli. 1I11 t'ulii'i.l'«> Vei-i-hl.

O romance esperado 1

1'áginu 8 DOM CASMURRO i

FOI ASSIM...- n - ii.ii

rjEjMSJE ISMAR WflNDERLEYISMAIl

Wniirierley, que faleceu hi dlat em Frlbníin. era um Jovem |»rta V* ""¦ V*-B *• ¦*ri*» 'J.u"}''.nense. fundando nn Itin lim» efêmera revisto . "KvprrrsAo" — passando depol» i rertaeio de O KMI>cal", nuile eslese mr nlcun. tempo, re*. rssaiidn a Bom JeaiH de llabapoana. sua terra nolal. para redltlrum semanário rir liillucnrla Incal. O moco poela viu declarar.*» nn tominqiM ddadr a doenija que, em pou-

ee* meses, o levou ao túmulo • a mesma iiulillou* doença que matou, eom pouco mais cie 30 ano*, a Caarmirarte \hreit, que foi. con.ii aroi.lrceii a Ismar. da Baixaria Fluminense para tribuno, Ismar morrei, na canarie »eus pais. e está nn Cemitério rio* Prnlrslsiilr*. ao lado de mu h-min mais velho, # seu professor —Umn Wanderiev. oulro «morte I empe ia mento artístico que a doença inu II llí ou. Era de uma familia de Ira-dkionnls elementos dn Igreja 1'rntratante no Brasil, «ma vea que seu pai. que ainda eilslr, velho professor.Jornalista e poria, é elrmeiilo de destaque nessa rnnMaain re Mc los», hi mais de rlnqurnta ano» Possuindo«entra própria, senhor rte rilmns que lembram ventos noturno* rta» serras atilando a ramada do arvoredosolitário — a que ele se refere multas veies em seu* poemas dr poeta encantado pela rldade da» aerra* —o aulor ile '"Cani-ãii Inútil", livro em que serio reunido* todo* o* mu» trabalho* llterirlo*, *n». mesmomorto, uma rins primeiras figura» de Mia geração, que o tempo nio hi de esquecer. El» aqui aliuna do* poe-mas. rin dc*riitn*n poela de "Confio Inútil'l

PRIMEIRO POEMA DO ABANDONO

Pensar que, neste imlanlc, oulro nlhar le envolve,outros lábios murmuram rfores palavras ao* tem ouvidos.e outras mãos te afagam ns cabelos.,.

Pensar t/itr estás voltaria inteiramentepara outra paiaaaem humana ..Pensar que a distancia te fez esquecer o que eu le dlne em nearedo,pensar que deixas minha ardente canção ralar em volta de teu «er

sem uma resposta, sequer...Pensar nue nem ao menos uma vaga lembrançatu guardas ile mim...

aQVE FAREI ENTÃO !

Manhã tranqüila. Chitrcar de pássaros, Perfumes quentes de flore».Surge, na distância sem fim,pnra alem do nascente,a tua voz, que tremulanunte ressoa no cristal da manhã,chamando por mim.Ali,, responda, e oitvindo-te cantar uma canção de ninar,só agora reflito em como és criança,quanta coisa bonita irradiascam teu gesta, com tua beleza, com tua voz, com tua presença.,,

nmemente em tl- ¦ e fito triste.

i ouvidos a lua vos, ¦

Acaba dc aparecer)CHOVE NOS CAMPO.

DE CACHOEIRADe Oalcidln /«rn,irf(r

O romance esperado 1

Acendo um cigarro. Penso tSinto que. um dia, o vento —

a mesma vento que agora sopra trazendo-me atrar-me-ti, tamhem. a notícia de queti carteia de luas mãos,o beijo de tua boca.o perfume de teus cabelos —(oh, n perfume de teus cabelos!)serão apenas diluídas lembranças de uma felicidade morta..,

—Que farei, então, pessegueiros floridos?ni

SANJAEstou nos jardins da meiga Friburgo, entre lírios e maanolla»,Há em tudo um festim de perfumes estranhosna gente simples que rem da camposubindo dos caminhos sem fim nas colinas fran fadas em ouro e púrpura do horizonte,/hambulam bandas gárrulos de lindas mocinhas de cabelos negros,e entre elas esta uma que me sorri para mim — ê a mais bela entre todas.Dei-lhe o nome de Sanja,porque Sanja é o nome que lembra os trens e es estepes dos polo» esquecidos...

I VESTOU PERDIDO MIM CAMINHO ORNADO DE FLORES...

O encontro que acaso tiremos, amor, no jardim onde as bêtulas desenhavam no eltílo sombra»

[disformes,fez tle um tomem que eu era n objeto inútil que agora sou.

Levo a cot ti ar ns estrelas que á noite bruxoletam lá no ceu.

passo ns dias. os instantes que foram meus,a procurar no mistério insandaeel de tua ausência inexplicável,

mn gesto, um sorriso, um tregeito. uma lágrima — vindos de U —

ou um leve mover de teu vestido de seda que, nào vi nunca mais.

Ocbalde meus braços tentam vencer a incomen nuravel distânciaem busca de teu corpo, no intuito de estreitá-lo num carinhoso amplexo,em vão monta nas asas do sonho, e saia num desespera a procura das claras manhas

que viram nascer nossos anseios, as nossas preces, as nosas primeiras juras de amor —•

-Vcis claras manhãs que te surpreendiam debruçada nas saudosas atitude»,cm que tua imagem me deslumbára —

afim de sorver gotas lenuissimas de leu hálito perfumado,

Mas, veem-mc á lembrança os panegiricos que teci ás tuas madeixas

que se moviam como leques de tamareiras ao sabor da brisa noturna,veem-mc ri lembrança as ternas palavras que eu pronunciava aos teus ouvidos;vem-me ri lembrança tts luas zangas infantis e as queixas que fatias do menino da esquina

[por um nada,veem-mc, lambem, ã lembrança os sustos que- levavas a um simples cair de folha morta —

quando estávamos a sós horas sossegadas,e mais os frêmitos de tua carne reacendendo fl hortensinsapós o contacto dc meus lábios — e mais o final dc romance vivido entre nós dois, amor!

E sinto, então, que estou perdido no caminho ornado de flore»,onde as borboletas, em suaves adejos nem pressentemoue me trazem ao pensamento o inapagavel alago de tuas mãos...

isto jiannranifi du nhraOocthe, sobretudo na

essência do scu.pensamen-to luminoso, lima rorncicrísdcdtransparece, rom evidência irre-cusavel: a procura permanenteda harmonia da iinliírein.

O criador (tentai tia "Fausto",citios nlhns viveram sempre vo!-lados para o espetáculo còsmi-

¦•en, nãn compreendia que tantoa existência, como as manifesta-çfies espirituais do homem, dei-xassem de ser pelo menos um es-fortio ininterrupto no sentido dacomunhão com as forças tia Na-tureza.

Dai. esse- sopro rie totalidadetine. como um rela de. selva n te-cnndar n mundo vcge'.al. percor-re tada a sua ohra. insultando-lhe os elementos Cir. a .'riipuín-rtiam ua tragetória do pensa-mento humano.

Em Goethe, porem, essa har-monta da Natureza, nue i tieft-nldorn da sua rida c das suascriações, coniiintamcntc com osfatores intrínsecos, quer tli:cr.individuais, se prende a fatoresertrinsecos. dc condições histó-ricas e culturais. Pode di:er-se,de um mndn geral, que Coethe,na sita significação mais pro-funda, foi o resultado dc umacultura completamente formadae tie uma longa experiência his-tórica.

E' um fenômeno conhecido dosque estudam a evolução cia hu-manjdadc, esse de homens t/uc,em determinados instantes, sur-gem na vtda de um povo, cra cn-cornando (i.s suas aspi-ações po-Iftícas, ora dctermlnando-lhe no-vos rumos econômicos e ora sln-tetizando íi; linhas fundamentaistío setí patrimônio espiritual.

Este lülinio c o caso de Goc-the. Quando o poeta das "Ele

gtas Romanas'' apareceu para omundo, já assimilara, com o po-der miraculoso dos ocnlos. todaa crperiâncía espiritual da suaraça.

E onde, ao meu ver, a Ineorpa-ração dessa experiência do seupovo, como conteúdo da sua ci-elóp.cn jjrocíiiçfio intelectual, seevidencia com maior força, è nodenso entrosamento dos elemen-tos da psique popular com osmais requintados da cullura pro-funde que a sua obra apresenta.

Goethe não concebia nada iso-lado da Natureza. Para ele oUniverso era um conjunto finr-móntec, movimentando-se. cmtodas as direções e nos mais va-rlados riiwioí, rto .teníldo da per-felç/lo, que é a harmonia inte-gral.

Que ê o homem? Goethenõ-la diz: uma partícula na so-ma da Natureza Nilo uma par-ticula descategorízada, a confun-

Gcethe e a harmonia da natureza

qt>C'llC(t

de NORMAND DE SAtlír-se com as outras, uma paiticula htcrarqiiizada, detentordc vlbuiçõcs próprias c de subitância especifica.

,Vk co.icctiitnçrlondo Ziíi ií..i iinínTiíoharmonia aa Natureza deixe deser essiitcial. Isto quer quandovlsuall-.ti o inundo fisteo, querquando contempla o rniírido fn/-mano, E fio vertical é a suaconciéiieía tia totalidade cásmt-cn. que n gênio alemão, pelo cs-tudo da nalure-a física.

i psicolofila íiiji

1

ção dde ali

Foi sem dúvida ri enricelin harmonia da Naturezadeu à abra dc Goethe umasa une todos os seus exêgetai-.tnonimcs etn reconhecer: adade A'exp'lcaçãn thdc. ...larrjas controvérsias

A unidade da obif "planejada", sustentam,ares de quem di: a iVtiinndade, alauns comcnltrtlnrcsIros. r esles evidentementea ratão, negam a afirmativa do.primeiros. ,4 esse respeito tgrande crh "

Não [iriííc. cm verdade, haver I"unidade planejada" na ohra de H<eHB!C\'V«*-.'¦!).Goethe È nâo pode. por miti'asratões. O pensador germânicopublicou Os seus livros, desde rt menet a essa pretensa "ttnld.mocidade atr a velhice, sem or- . . ...vrr/n" vdo o tornecem,denação alguma e esses líc-os entanto. Porque ai o que pcabranrjcin vários gêneros literá- pttrsccr "planeiado" é apenarins. Os tirimclros sc, na essin- resultante, lógica e luminosa,Cia. representam o mesmo espiri- uma personalidade intcirttn:tn c a mesma sensibiHdadc que fe rCn'í:cdn. GncHf nttnnirimais tarde se revelariam numa plenitude dn' suas forcas rplenitude impressionante, não dnr-as. Ji não era mais aqiacusam absolutamente nenhuma espirito qne .¦? distribuía, no ¦pr-cociifjíiçfio de plana. São tra- no dos valores cjVí.rn.-. cmrinffio- e.Tpoíifilitens, sem o me- nhas flutuantes. Agora cra uunr indício de um compromisso realidade espiritual scdirneneom desdobramentos posterio- da c eçrvncíounr-se e.rt tenres. absoluiarnetnc estareis.

Os outros, os da época da ma- Como crp!lcar-sc, então,turldadc, poderiam fornecer, face de ludo Isso, a unidadeanatftndos mlunciosamcntc, ele- conlrorcsivci qne apresentamentos de convicção relativa- obra goetheana. Se, como viu

41 ritrnu pesam»(DE UM LIVRO DE MEMÓRIAS)

LENTAMENTE

escrevo um co-mentir In polillcn, o» olho* pre-farto* nn telefone. T.' * hora

(IMrla da minha aniútlia.Nio é ponílvel continuar, que ..

pensamentn ne fixa, ohiUnarto, nnmparelhn de metal, afuardindo a vo*.de que dependerá a praier ou amar-(or de meu dl». Por que nin joa-i.]onf. a pena e nin faço a llt*fão?

Vm erro trmulíir com l.ilá quetanto tolpela o meu oritilh». Há ai¦um* coisa nela de mistério», r ahi-clnantr que* ns meus vinte t duUano* nio percebem.

No trabalho ?E*lremei;n, E* o novo aml|o Ce-

lestlnn que me procura. A {randerabeca afunila no Ura» ma Iro Tra-jo de prelo A bota e*ti sempre cri*-pada, porque, explosivas, *altam-lhem palavra* de revolta e zombaria, deartista ofendido e nefado.

Que lem Torí?

anmbra,Sorrio-lhe. Mostro-lhe a* tira*

quase em branco e ennfesso-lhe o vv-boiamenlo mental.

Convida me a sair. InsIMe por le-var-me a ver n* sen* livro*, nn quar-lo de pensin.

Como tantos, vive Celestino o seudrama interior, de homem que, háíet ano*, luta. em tío, sara Impo.« nome t conhece a fracasso.

Atravessa nm mnmento lerrlvelConta-me a última cilada de um *e-erelirln rte revista, que publicara un:

OLIVEIRA E SILVA

E' n que você vê! Aquele ani-mal ii-nll.e-mr bem. pede-me colabo-raçln. apenas para uma perfídia,Náo e a primeira i-ei. Já me per-deu rtua* crônicas e acabou dandodesculpa* tolas.

Ouço Celestino, raladn, niiando-lhe a rabeca que balança. De re-nenle para, aponta um velho sobra-do:

E' aqui, Vamo* entrar.Enflamo* por um corredor e*curo

e louro, nnde se arrastam aa chtne-la* de d, Lulia — a duna da pen•In. Aquela hnra, nenhum hn*pede.Quando lhe *nu apresentado, d. Lu'-ta lem o sorriso irlste, que esconde,talvei. Ire* meaes de pagamentoatrasadn, dn nutro, .IiiIji me, de rer-to. da niriiu rifa, da mes,ma fanil-lia de Celestino, e hmrnta-me.

Sua mio t forrta, mole, com anel*.Sorrindo, bale no hnmbrn dn meu«mi(n, t. enm a vo* de InflrsAes In-

"Sen" poeta, lembre-se um pouco

nagro. Disfarça a pequena cn

E ontem ? Que mUlri-ineu ? — Indago.

A face de Paulo Ser tio pe:lefjrla. Sua voa t velada:

Nio sabem que aconteceu '.leus aml(ns I Que surpresa I

— Maa,júli.in. In Irr rnm pi>-ii :

sii rc.ee faltou a festa. I'Violei» ainda pediu i roínsisii. pitt, esperar qulme minutos. Tinhaferiei» de sua presença.

Paulo Ser tin continua, eom ar miiterloso

Eu iperfeito, rie casaca,vo i tapeia. A* oito hora"taxi" e quando vou pagar ao enaleur a corrida, salta ie uma haranha a Antnnieta, Inteiramente dtalhada. Grita-me !

— Paulo I Eu nio quero'! Fe,Je pnr ludo que nfio vis i festaTu me edora

í t. d.Acarrava-me .

mr esqueço,do..

A dona da

ELA EUA lão graciosa naque-le vestídinho de sarja azul marl-nho e de blusasinha branca...Dcsprcndia-sc tanta mocidade,tanta ternura do seu ser... E eugostava tanto dela...

Vm dia balou um vestido deseda tão rico quanto decolado.

Passei a ter-lhe aversão.

PENSAMENTOSdo hnémlo. Ma* rea|e t4 quase (ril.:

QUEM DISSE que vlatt

qualquer nue seja é boafGoethe,

Ah, logo vt... /HA' UMA ESPtClH de gente

ADOLFO SCHWEITZIM

que cu admiro: a oue paisa pelavida sem conhece-la.

Mas ndo a invejo.

Um programma para a sua sensibilidade:Cartaz literáriodo chá das cinco

IRAVIDIie 1MJIPIÍTODAS AS QUINTAS-FEIRAS DAS 17 A'S 17,30

Escrito e organizado porLEONIDAS BASTOSe apresentado pelo locutorRAMOS DE CARVALHO

"COMO E' POSSÍVEL condtfztr-se bem no mundo quando amaioria nâo faz outra coisa a nãoser obedecer as teis da bío.>x.iido gavião?" — perguntou Pa-nait tstratl aa morrer,*

NAO SEI POR QUE dizem qutOs homens stío maus, quando, norealidade. sAo apenas inocentes.

Quem sabe diter-me em queconsiste a maldade do mundo?*

SOU PROPENSO a crer que. to-in o mal cometido no munaa lemis suas razões dc ser.

SI OS MEUS INIMIGOS sou-binem o Quanto mi compadeço

SO' DEVÍAMOS SENTIR umador quando provocada por nósmesmos. *

"EGO" — tím pronome quesustenta lodo a peso do mundoe sobre o quat ainda recai todoo peso das suas desgraças.*

Um homem que diz que não iegoísta t um homem que tido sa-bc o que tftí.

EGOÍSTAS somos até tio amarao próximo, Amamos alguém, oualguma coisa porque nos senti-mos bem assim fazendo.

+Vm homem deixa de amar u'a

mulher quando se convence deque a falta da mulher amadanão mais <''" faria mal.

-o

VIVER limito nào - vivtr mm-tos OIIOI.

Tanto «arriríctn,e a» dnna* rte pensün — boas bnr-Eiieias — nin rompreemlem. Escre-vn. até de madrugaria, o meu livro"O Deu* necessário", que t um re-aittna de toda uma filosofia, E nemmrveco considerava o...

No quarto de Celestino-, quase vasio,empoelrado, pecas de roupa* espa-lham-*e no ehln. Nenhum rahlrte.Abre uma grande mala, de fecho*enferrujados, nnde livro*, em desor-dem. se misturam a bloco*, tira* rtepapel Explica :

— Para que guarda* paletós r calcas? Minha mala t para na livro*,o* meu* paníl», essas ron**» quefaço enm o sanftie, rum o esnirlto.D. Lulia, que t obtusa, quer, i for-ca, meter »« roupas na mala. .IAmr cansei de lhe -llr.cr o meu *l*te-ma ile vida.., Sal daqui sempre res-miinfamlo,.

ridícula, aquela hora, eom o hnlelpróximo, cheio de tente, e ih carrosque parsavam. Reagi:

Mas eu nin posso, Antonleta 1E' um» resta de arte ! Nio devofallar, D. Violeta 4 minha amiga...rtevo-lhe muito* obséquio*... TemparMncia... Vai para casa,,.

AntonleU teme. suplicnnte :Nio seja* mau, querido. Eu *el

que te vai* perder! E' o primeiropedido que le faço .' Vem comi to !

ofeeante rte

prêmio de

- Nioaqui, na rua, dlan-

le rte (*traiiho*. .. Larga-rVI uma expressão nova n

lo. Aquele corpo leve, macnenle enl-me nos braços..i bar.sllnh» e fui buscar unIr na primeira f.irmiicia...

demento reciOuvi-lhe * s

— V*1! N"Ele" pode v

Hi um i

- Mass fi.illi.ni,

irrlso Inrirclfrns-cl, umuln no* olhos de Ceies-acendem as primeira*

s de ontem. A t

hraen*. teatral i

andam laieuilo por aqui Ti de vocéal Qu* rn .

Ihcle nio seria do Faul* Sl

Page 9: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

¦> — - *-»»—•"

iZi

Um Iodas <i» livraria»

CIRANDADt Clmi» Ramalhete

Q romance esperado !

UOM CASMURUO ,Para Você Página 9

15 — 11 — 1911

Em toda* as livraria»CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADe Dalcidio JurandyrI" IWmJii ,l,i <',,tit..|.inr. Vooclil-

lium Cnsiiiiirro

O romance esperado t

IE LEVE sueestoes os Loucos imvixosIdéias precursoras UEPOIS

que Erasmo de tihllrlrinde t) "KIokío da LonVirn" e qtin Gramei non *Dmliuii.» ei l)i*iiiitf;.|iiiiiMii)i-..

ter loimtt cmimrrnçAo de talent.

i.ti* i* in'i:iinlia, focallr.el a figura de Nisla Ftiirrsla, a notável

certa falta de entendi mento. não lír,,i iriaii-.i'"'" muiiia por muitas pessoas dl retamente Inteveass-

í)t | rt.nr rn que mais a apreciaram, achatem, multas, deflcten-

,„ n» ii-.il*» niiwraflcos... Apreciariam, sejimdo comunicaram, aa-

h,r n-n |Hiiii*n in ni* a respeito da Ilustre patrícia. . .\n ,.;, ii in ar certa riírliniiu vinte, eu deveria ter dado. eomo

.fl„pjfit „ >is»i" tralmlho ile Nisla Floresta (visto aludir a mui-

ln< foii.ii »c ii* 'conhecesse. . ."> sendo absolutamente impossível en-

foiii(«r '"¦' ,,vro At ""¦ »»'ori*'

t mm ¦!¦¦•• 'inação, indicarei a liingratia — •¦História de Nlsln

finrfin ,«» siiiulo da Câmara, o fino escrilnr e acadêmico, que,cnm f,.p 1 volume, enriqueceu «nbremodo a rnletánea em organiza-

(in i. Mifi.inr» direi de passagem, que será a história do futuroso- e.|.-i]. que nós us do sul. em geral, rnnhecemos Ml per fiei-

n lin n de .tdautn da Câmara, o interesse profundo quen » Nlsia Floresta. Interesse que desfiava ver partilhadomulheres do Brasil, que á essa precursora tanto devem.

!¦».<• luro. anies de um artigo verdadeiramente magistral» ntiiiiiiario no "Correio da Manhã", ignorava, totalmen-

itnf, lia um século, alguém eom a autoridade de Nisiah.itm pelns direitos econômicos, sociais e poli t ir nu da

¦..íi" ¦'¦¦l)n

ira i amigos.I pn;

ni te

mulhernn rroniqueta tão ligeira, um estudo completa, comie satisfaçam, "in lotum", curiosidades aguçadas.ni li ns estudos, excertos que descrevem a passagem dtlieln Kuropa, seu encontro com escritores como Man-a. csrrilores que conhecemos tanto como se fossem

ifercio aos r

liido, entre os freqüentadores do seu "salon", em Pa-Aueiisto Comlo, já idioso, gravemente enfermo.

°sin lornoii-se adimiradora entusiasta de Clotilde deri r-lhe u t ti mulo, ein 5 de abril de 1815, compõt uma

frileira puhliradn «* i Pari 1 1'1'JK

com fina sensihiliflade por mine. Ivan Lins, que,i, hoje, comigo, nesta crônica tada consagradate-rlngrandcnse;nr prece, sobre o teu túmulo! tima lágrima, queio, tãn cedo quanto o teu iniciado i

r pequenino tributo de uma estrangeira, que o nioesse sido dada a ventura de conhecer-te em vida, pois,« teu. nno alimentam os preconceitos nacionalista),

¦ homens e retardam o verdadeiro progresso da hu-

p aíeltiota. passante apenas pela lerra, como a flurAlais fc]i7 do que ela. lodavia encontrasle nus teus

m grande gênio, que conservou o teu perfume no seu'oiim a restai zelava pelo fogo sagrado do templo!

:1c i> es pane, agora, pelo mundo Inteiro noa seus in-a lia llio* (jue tp imortal Uaràu, lanto quanto a ele pró-

ii. (eu nome panará às gerações vindouras com unia• ior, pois, iiAii e a adi mira vel ficção de um grande poe-rinn iCErneratiora de um grande filósofo que tira, porinullier da degradação em que ainda se ncnntra!cie de Vaus, as homenagens sinceras o o profundo re-le todas as mulheres de coração. A ti, minha prece devoto de fraternidade: queira o Grande — Ser torná-loilo o finam luas sublimes virtudes!

e tle amor, dorme o sono dos justos em

r ti" llvrn. i teoria da

n — pnnar-nm.

'V.lrl.i piM „ \|„|

encarou rom mnis bcnevolíiicln ...f|uc, nn Idade Media, iram tristesobcedada* ¦ recebiam como trnia-

¦ ..¦ir,, r.t-. '^-ririii.ii."' ri •"""" "" rr,:'"r "«'Uai n monumen-rtíltcmlni nnllrn (i- '* rtn bnm-írnsn que t pairlinfiiiifi

_ _ ^ ¦ocnt.iti níi» ü1'!!" rnmltm * onde repousa a eonclen-

,1» or.Fi-n'.ii-m ivk^i.h.X,.,,. ° rennintp, a sliiRiilartrtarie ele rs-n i.r.n.-iv.iríl,, rSr, nei. ,io. r--i rft ¦***¦. I,ilfl componando n deforma-

iln. dente* n. "lei,, em.-.. ,1-, **" H" "pMqiia. f e «rm]lfe fnl n

lliâil RENDAS...chegara a lamentar, romcomo Aphra Behn. a nn-prndígio, ainda hoje, des-10. conseguira i

litln. qual o — viver da pena., ,u.ht 1*111110 Aphra Rehn tiveram, na Kuropa lambem outra ea-i _ Cliristine de Pisan, essa, contemporânea de Jeanne d'Arc,

seu Francês, século XVI. juntava rima para os torneios deoferece ndo-as aos vencedores, aos nobres e, muita vei, a Car-

liieeursora Chri

pnnln de. com sua penaa Justiça e a l'ai. (1).

ílrcianlo, com muito maior relevo que essas duas intelectuaisteiias. a nnssa patricia nurterlograndense, eom um cspiriliiilnsauiciitl.e evoluído, com uma ilustração adquirida, quase ando acato, foi única no seu (empo, durante um período em que

i |)üis novo, ainda predominavam o analfabetismo r o pre-

imiti num Eslado longínquo, isolado, pela falta de eslradasrn, ilr qiinlqucr comunicação alem da que trariam raros virM-

. mi ns jangadeiros que se arriscavam a viagens...¦», iinhecia. nu antes nãn adivinhou o que ho.te se chama "in-

ihio culiural", que nos afoga em livros, publicações, traba-1 sem it menor estimulo, teve a audácia de consagrar-se ao

¦ mn. pnra, á maneira dos nossos mais vibrantes abolicionistas,ler % causa rio elemento servil,mulo partido dos seus conhecimentos, foi, durante muitosfÍEiir',1 destacada lin magistério.

verdade que pregou idéias por demais avançadas para seuMas, dentre essas idéias, muitas se consubstanciaram em

»» cívicas, que, na pedagogia moderna, sâo básicas para a for-

«¦in llnresia foi, assim, no senlido exato — admirável pre-

sele anos passados na Europa. loi expoentea usando sen?açào nos meios mais exigentes.da Récamier, da Stael, um — "jalon"'. Rece-

mais destacadas daa letras, das arte», da so-

sou tanta surpresa quanlo o seu físico, que em <

mestiças...lír — fosse brasileira tão bela senhora, impo-de olhos escuros, cabelos em cachos, repartidos

.árias lingua* utillr.ou-se delas para vários livros;e: Itínéraire du 'un voyage en Allemagne; Sciiitille•iliana; Fragmenta (que deve ser parle de suas Me-o muitos ensaios, enorme correspondência.i. aqui, todos os seus trabalhos, nem os que apare-és, comn: "Opiisctilo Humanitário", que reúne ses-ns e que seu ilustre biografisla, Adatito da Câmaradas melhores obras da escritora social, panfletária,

i pena ao serviço da rehabilllação moral e

,,„1„, ,te,,.,l. Jf7'fln„e » n„ ¦ ÊmJÈÉÊH^ÊÊ^k ¦'

¦nr-r-diiíl,- „ ^rt-h.rt. „ «enrtMiln'' n^H^K' ^^^^'^P -''""* In' "'•!» A* tn^tí.tls., fflHfcjíe-S» 'W*' ''

P»'a ír.^nhr-rtj. rt,. /tr R»lt*rf1 : Í^Ê!^ê\\*~ jSSSsL *

A.S

rendas triunfarão ainda A'flo ,<tt!iciirfo mais que ;a:cr, eneste ano — "malgri tout". feitou os cabelos tnrnhem cr,

ela

PERDERTn slempre he preferido perder

antes que ganar contra Ia rnrrlen-le, emptranrin vlnlencla a apártan-dome de mis dereehns.

Ganhar eamllleiirlo Injiistlcla •Infâmia, rs, Intieanirnle. perder, por-que nunca penlemi» mis queruanun perdemns nuestra própria ra-tlmaelón.

f.a Inqulelurl de I* ennclenrla ar

bleIa

porque se m más íurrtc. menns tm-criipulosn; «anar con Ia grosseria deiInsulto, es Umblén perder, porque *lInsulto es un trapn sticlo, ou» eivlenlo agita, y oue al agllnrse, seTiielve .oiilrn qiilen |n estrlmió.

Es slempre más eletanle nerderqur títtur inandn Ia perversMad. ei'ncatin. Ia intriga, o, simplesmente,ei esmltio Inrluosn,., mo que bienpileile llevar si ésilo. pero rioiirie sererogen alguAos ? na pnros tli-

BILVIA WATTEAÜ

Çiidij jerdo as preferi-das? Difícil prever se haveráqualquer prcferfncta, tào caprl-ehosa e versátil sempre foi a Mc-da...

A julgar, porem, pelos mode-los das melhores casas, nâo so-mente o clássico bordado inglêsserá considerado de fino gosto,mas ainda outras rendas em co-res, em preto, predominarão so-rVí os crepes e tulles, organzas,etc, ete.,

Kendas... rendas que destroemas rendas... arrazam carteirasde cheques!

Que quer a leitora? A Modanão tomou conhecimento daguerra, das lulas políticas t so-ciais.

As rendas mais finas, mats ea-ras. ser&o disputadas pelas mu-lheres elegantes.

Como sempre foi a mais preclo-sa. a — "chantilly". essa gosaráde enorme voga... E a — "cltan-

tilly preta" será. penso, a maisdisputada.,.

Ve a leitora este elichir E' comti "chantilly"

preta que esta Itn-da criatura se torna Irresistível.

E' igualmente de renda "chan-

tlllu" o lenço, esse lenço cheio d»siqnificnçâo. que ora sitbstitue Oleque, lenço que ela traz rt mãopara deixar cair, de quando etnguando, mostrando com isso. àpessoa mais próxima — que lhequer fala- — rt parte.

São aluda de renda "chantil-

lil". nt ricc.s luvas, gênero "mi-

taive". deixando d mestra os de-dos com ttrtos anéis, o perfume— "chantilly", última criação derlaubtgant .- constituem requin-tes de elegância.

Quanto as cores para o verãopróxima, segundo parece, alemdo branco, teremos vários íonsde rosa... Em figurinos amerlea-nos, htl referência ao famoso —"rosa Rio", um rosa gue lembrauma pttaln de "Laurent Carie"esmagada- um rosa quente.Mas teremos tambem outros tons.como — antigo, à Jacqitemlnol;cereja, petunía, ciclamen:

Mas. por hofe. pensemos só nasrendas, no meio dt adqueri-las,-.

MADO.

RAPSÓDIA BUCÓLICAO PEftl/EJVO CEMITÉRIO

-ad»,

mie.

imagem, a daqueles a quem choro: Pai, Fs-ação desta querida trindade que me foi, alatia, é digna (pelo amor i Humanidade, doile ser incorporada à lua lembrança",

lujnto escreveu Nisia Floresta, a mesma vibrarãoi .uma te „m grande sofrer, liansmudadn em hon-->¦¦•'•. iicla Iteligiao da Humanidade.""*•,"" •<"!«' ""Ir... «m nrol fl. mulher Irilrrlo'«nceilns e rotina do scrulo XIX,

nn.Liito, „„„„, „„,„„ Ni,|, P|0r„u , ,aml„,i0

riJTTII MAfiARINOS TORRES

O ribeiro jegueagitai espreitam cir lorno Üt'uinlaao, íobre uma colina gue descepara ' prtttío, lev ntam-ie espei-sos e aveludados clpcslres, hieráli-cos t sombrias, imprimindo umsentimento de me'- ncolia tio sitio

A sombra dessas tíriwcj enlre avegetação humilde gue cresce avontadt, percebem-ie pequenos tu-mulos gttt taram nm tfin pi-iíado*de tal. 1'edaços de madeira, rema-nescente> de velhas cru tes pretas,apresentem-se erguidas, aqui e ati.

E' uni pegnenr cci (frio de al-liem. triste e. pabrr ne- desolação do«ihoiiíono, a saudade e a piedatte aindo riurram sendo um ila. Ou nl.

A 'norte, pois, ti domina duas ve-

A*rtn »el entretanto, a 711c jjcnjnr.,,Dr-íffrncndoí aqueles gue ntio teem

oüto* para contemplar es belezas da

Frlittí agitrtrs qut ndo teem matscorocrla para sentir s dores da Vida!

MXUS MORTOSEu tom, en ritMmo, um pcntiens

eemitfrío. Tnmlirm lenhn ment mor.íoi, Eles porém, níto wlitn enterre-tios sendo para os Ditlros; quanlo ti¦ ndo rim

íntfo r1 IllM

O gue deles lenho vara mlm. * t\mesma expressão trnnauila e. hoa tiarosto df meu pa . t tt nttvuriir dat-u-ra asilaria do olhos de mfnlin mfte;

tnr.es pequeninas mios

Hnat d.t mtus filhai; t tudo tainda em minha alma t enche

AS BORBOLETASUma teoria de borboleias iuu,

lundins. jaiiido do bosque, revoati ngc un regato, tspairant-se ipela campina e te dispersam ao

mercê dos ventos.

transitória ria ciisálld .O homem ocoinpnnftn, aíónifo. o

Olhar, os volteios da i-*j ineerlo da.tborboletas, tfto frágeis na tenuidadee, suas um de seda. mas tttr- brlasno brilho das corts que as revestem.SSo como fotjos ftitaos di dia, quebrilham A plena luz do sol.

E, entretanto, em sua Iragiteta or-Cdnfco, nn (ireL-tífatfe dê sua rida.tis borboletas sáo mais forte: qne ohomem t rirem mais que rte. Mor-tas elas nin se latem poerrn, seusriespoios tniardam a aparência da vi-rin, f^n persistência da forma, ua con-anuidade das cores opulentas. Nelasnâo se vf íâniais n eadever.

As borboletas sio o mistério ea

AS AVE-MARIACe ume Ivreja. de ttur ndo nn a

torre, mas que eu imaqinara eshel-

dos, na vibraedn do ar, de tons rieopalo rio nr pü seu lo, o Itique cnm»patsadn rins Air-Marta. Meus icnil-men tos se expandem ne doçura darinocrtíi t eu tenha rt seinacAo de nifontirs perfumada' de inctnsa vemeitrhcitdo a espaen Minltri ntnin sernutiinrie tia harmonia unliima, rfarríinircin. cmlinlrrr/d jirrln melanenliagfir tnom»tiío sal rnr.

f rtcolhtdo, n pinta. • «orando

Quanta poderia ler a rida 'rumaria.nV iV,<-!ii. tic traiuiuilititiar. ár stintt-

Houvera entregue á tarefa de que-orar o ritmo que a natureza. 11a exa-berôncia de sua vida r na erolu-Cito rfí suas forças criadoras, impôs

Sem a umblçdo. sem a mfí ft. sema maldade, ceda c -atura imderia en-eonlrar na vida. dias parn sua uri-tura, assim como ns prtísnroit c»core-

turren fom

t que, 1dequisas de velli,

Itália, um famoso escritor recolh*da tradição, se me depara n seguinteepisódio:

Catarina de Fiemiê, a çrande San-ta, após haver testemunhado a mor-te trtlgtea de um jovem, >eln e felít,a grifii os iiotcntattn* ita cidade Ua-vam, por um capricho, feito cortara i-ahci.ti. íiircti - risonhti. e tio (litnlela liavía jxidida aliviar o protuntln

prttrti, esvlamoit, cnm horror, apesarrin humilde reslgttaçóo de tua alma;

— Como suportar por mais lempo

fliaram tantos priiripitw brlns esilos. nAo conseguiram lazer rfn wnin-(fo uuin i-ejirfírteln »iní» niipôrtírelparn a vida humana.

F eu a .'.'.'Sí-irrifrii- c.(^< pensariam-tns na rabeca, eontlniia ouvindo adocrun tln' notai rniiVir,*t,iri(i* rl<,< <¦-

DIANA VILMAR

Çío, o llpu do homem

(iríio hoitirtii p,.|it.('ie.Se e ifid.idc ,|iif o

I)I;mutiis e,»i;trtcati«. d.

re ptilijiiBífteí humanas e '|de. pe.

aíncía nutria preterínclaa orien-

coliiplpxn.s. cheias tic are.c.jis e mi-'

ta, tergiversa, ratselnndo t, base paraehegsr. por uma rlemoristraçfio, porabaiirdo A uma Cnnclusflo Inniftítica

e concertos sbstrusos, profanavnngellzador, seus entoa perder-se-¦arislol-massem rm s»llra e jmmba-

ilrtAn n*n d rtet^arla m-ar-se. Corre-lo-la a pe-¦*m n sane Por t.sao, na-

1 da compreensfto e nn

. magnlíiro na >

eoncPtlos. [>reí*itl!Ki-ndnr r-.<* verna- ti rntni-rnríin/ P«P"i^™"lten™'"è«es, megolOmniio. n:f- Uli|.-fn nnrnn- «.. nnvu le|. e nlltart.» sorrindo as

fn/er- ãe irm .-oirln-ir- 'srtllin '•,- i'.:f- n rcirncSn '

<<F cni-tirar. com"à.-i

raptador de vihract.ií.* nvúnlMi,'," i-unm NSn ^(^'[¦"m^NWTeVê"humanas -fa* nflo s,ihe ty.it- D":-.» morreu'NAo se iiitlmlria cnm n sordldei-. r-n» i>.n-rn- a rrenes da tltialldurt»« «WUrroUJjar ¦ p»H,«J„ , » ,„. ,!, „.,„ A. n-r.,-^ ,;, -,.,„ ,*„_me como Hanilei, e,e tem rtmioína rn na noile terrível nelo nrftTtrim'rr,lvl'lsXnm "¦' r-','',!,l!ll*-'; '-'''i» '¦¦' ii-i-ritrlo ma.» i>cr 'er de.-coberlo a

aonhando... f. ,\n,\a nn rom pBrabOiico, tieM-«™'S,,':;?,r". ,:r:,..;.',l,"1l;'..,r";r:' ;:;,"r;,',;"-.";," "¦" ¦"¦•'•¦"¦ •"* •(ie-.se o perüim- lem] rt» dlnnea. a.s- teste dSr ptji.iUn ó'i;e ri Sn rni-^ití""plra-o, absorvendo a loucura • a verHrtrle'- . rin,,^. ««,,;,,„ «¦ = ;*Prnzer morto porque e.*tara* mo-tn e n-mDelva-.se tirar pfla «erpenre «n fnuer '^:n.- ;r.rra paí, cavar-te uma

alio ainda meios rie rectiawar o te- R-fuclaclo. ícuadri num Indlvidi».dln r. Ettindn e.Masaadnr oa vonra- i-m-r» dieio rl- dr-tlir.-ín mansa oueUte do talento. derílltra t»:-! ,-Mnri-r "\,-»< <,<i<>~anO «nie parere mallgnldade. » ».í e.-.->- ..a. ;,*.„,. ^„, „.,^„, ; t~-mr, „m H.,rlr !.l;,.;í„ „. .„ „ ,„„ „.,. „„, ,,,, "¦ ;

Srí ¦».,. l."T" "T ""T" """" "" «•""'-¦¦¦" ln.nrn.T<rrl rm,

DrpcnsAo lôrv d rt""" * '"3 nrnr"'1" Kim*"-

rnisns. uma \er. rjtie renhece a d-t- •- fieViv^fie-"^ "í"-™*

^v^Vritãrtllldade das palavnw t aj.tim, a? ela te Ira «'nrtrai-rin «mniiaiiin"7». parece snfijsmar- "O.- hnmein rnirm «r, -m ^i™,,-V, „„,.„J1 .._'tentaram a morte cia realidade pru per rntCrlrn ai nareri".'melo tle palHvra.». a- i-ual» ,<erv:n r:"|ni-r:n ria prtlnrla indlvldii»para aí rlaíse.» dc cot.-n.» e njln para l',r'-r-« !¦-=,-, ,*'.,, ,,1-a in-> »«'¦,,t•¦¦'' ¦¦ * ¦'¦ •¦-...., <-..,-,

m!*',,,", 'n^T^!^'".' Ali:m"

;-°" "' r",'"r-' ri" «lltltew MfOlll-.fi-

UtJ * .J.í, i „ ^,\ " ol0'' r!" T nn "1,n ri!1 TebAidR maia

ram ai ri ?' , sabedoria, to- Inr.re rin.» homena mat) nertn do re„_

e lfr.'11'itm f*d'i?lr indo o miir.rtn ete eTclama trliiníanrr- **!'th' n-''icom tim InlinlM '.arl^riadr d„ ,,,p..:- fr, nl!„ ,,j„ rrivinVr^fSe n'-n v*''#"

Ihzs!'Zr2ZTZ'\%z,í tiKíííSiiSra"brr.ís':"Xí,r£C£''rBrr°£ H?°£rTr'"""™""».""nhi.m»nS°

emrrta^ "•"üdade ns- rtaM*er'mT/do*«l«ndon(?e d^det"r NlftKhe OU Paplnl? "r^bre «if triunfo n.nhum «1

..£' £""£"'""""" T " '"'• """ *"""• - ""n™ ¦°í!™r!S:E»r,nh. MilIlSK llmonttí. !f.?".,:SÍH"1

"'"» *"*» "<"""

RIO DE JANEIROIQUE ALEGRIA VER QUE UNA CIUDAD 1AN

BELA ESTA' EN AMERICA !l

Nilii—» intlos a Rio!

Vamoi Iodos a ver Ia ciudad marsvillosa,vamos a ver Ia sierra de b TIJucacon >u floresta majntuosa.Subirem!» e» ei lindo treitcilo jujtietÓL.Une por ei aire uciende, tiMpendidu de um t

)' al eerro Pao de Afúcnr,Nns b.iniirrmo» cn cl ajui ami v lou nadr ias plava» dc Ipanema y Copacabana.

Iremou a Ia deliciosa ísln de raqueta'Urna de Ml, flnre*. y ptacldei,qne parece Ia islã de Rnbinson ('iiimeTambem Iremos a Niterói, linda ciudad.multai dei Etladn dr Itio de .lanelro,orlada de ptayai, lonora de mar.

Prenderemos a hablar pnrtutuM,En nn Irem iiiblremos, entre bnunen rie loia Ia ciimbre dei Cnmivario,a ver Ia ennrme enialiia de Jesus.PasKearemiM por Ia avenida llln ílranctipor Ia raile Ouvidor, Ia rambla Beira Mar,La calle ravsai.dú. con au rubcHo palmar,El tran Jardim Botânico, de beleia ,lti nar.F.n ei Alto Boa Vista, veremos Ia eatnda

noa hasta ei lato de laa liadas.rol Ia

y los morros i|Ut- Jttc(anInmadti* de Ia mano.Iremos a Ia linda ciudad de Petropolls,— ilena de hortensias,

.* a Ia agreste ciudade de Tecrsopolls,donde hay un monle amdo,tlamado lleilo rie Dlos.En un trem veloi

rlendo Ia mafla elar

rneda -rurda.

• Balaa Rio. 1

de .,.NIüoí. ... „. mlHa juRar ron los nlnns braaíleAna,a ensanchar Ia ronda americanade laa republicas hnmanaa!

CA8TÚN nr.tfiiiA

f"Para loa Nlftoa de America", Da eoltofta ano * «.i,nr,„„,i, (rí,„ 1, rrl,n„i t„ „„»,,. "^ **U

V T I L

RODRIGO OOTAVIO

Ias í mn riepiwltci para vflnai espe-cies de microorganiamos. que com ocalor do ambiente prolíteram .vshastes das flores 5e cletrroram inpi-da mente, transformam-se em locoade liifccçflo,

Nflo quer isso, no entanto, signlfi-car. Qiie devamoa privar-nos dn.» rio-

mit>rno iiiroiiiimrnvel pais iraiiMor''mar o ambiente mais modesto numamUieiHe princi pesco, desde nua aodispíi-ias. pílula iniiiicrin. aosro edepois conhecimento.» dp higiene ,.

Nas modernas habltacfics da Ami-

mun n piiinii,- mun'. A Vfir ryrr-

dlsposltio do eepuiw, lüürc a aaucli.

ca.., a verde eslS muito apreciadapara interiores. Os mistérios da cio»rúflla desperiaram o interesse doaclentl.ítaj,.. A clorotlla tem, diíem•les. lama influencia sobre Iodos o*

a noçdo iitil sabermoi

a iims nidrcaçfla A*

América.., Por que nSo sefml-lnP

N1W0N

Page 10: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

ll^p,|nil,r!íW!.l,.il.' !•'¦»¦ ' ^— ¦' ¦¦» '¦' ¦ :.-'¦' -' ;'.,--.„-a-i.'.-,.r CT-r,a.a--n-rrT-e-i,,i..,,.W|i.i-rea- ,,,,,.-,-,..-,,, .,,-,-..- ,.,.....,.....,,,-..,.„-;-•,--r—i-r-ar-. «RH

Em todas as livrarias

CIRANDADe Clovis Ramalhete

O r.omancc esperado I

Piieinn 10 DOM CASMURRO i

HOJE TEM ESPETÁCULO¦ XA'1'AMENTE aa.trct que,

vinil i: (<Vro.ili»»','"" do l-'c-rão, tratam as cniiipnulilti-i

o empresaria rie que se tra-a de uma prima.' Foi tanto...¦)'. Palm cr tm pegou na "Iscn"

-. da l

malas poro¦nipounla,

i Silva- devoítade Minas c S. Paulo, coma sua "troupe" mambembe, en-tendeu dc ocupar, ás prestas oTeatro Recreio pnra uma curtaesl adia dc um mâx e mel", nn

c rmn ¦¦chovltiac" rnmn liiulo -"O Canário", da-: .,.-„. j. Wandpr-lm e Marln t.,!'/¦-. 1'nm rcrao-

t que havia purodo cspcletcilo dcr ti

",,'¦<-'¦.>-¦!"._i.ii:

c «i<.-.-:/ (i peça. sem maiores cut-dtidos. O resultado foi o que nâopodia deixar dc ser: upcstir deveria curlastdntíe existente pelaestreia da companhia, o jjili./lrosaiu decepr In nn do c mal huma-raân, pois muito gente houve quedeu pelo engodo,

Ura natural que Isso aconteces-sc, pnrquanto tratava-se de eni-sn velha, anunciada como nova.dc umn mistificação imposta copúblico Tem sido este o maiorerro dc grande vüuieio de em-prcsàríos. Enquanto tais vraces-,o- forem usados no nosso teti-Iro n publico não llie pode darn atenção que vivemos a espe-ral- Dcpnls, sr dl: que n cinemamatou n teatro! Há de matar. Ocinema uno lança mão de tais,iuriccoi-fsns rrcnrsns. Ile rcslo.rn cnsn presente- a mistificação,/,.( dupla: n'cm de unia peça ve-lha toi lhe dado n titulo de. "Cn-

nàrio" enm o claro e indisfar-explorar

e dc . 1 luirr

rrlha..- ai n fazer coisas do <

aparto da

» JJÍIKlellacntc do que muita gentehon... Ora. a peça nada lem aver rom o burro. Dele não pos-sue slquer a dcccncla.-- O tttifln eiitrnu ali apenas para cha-„,,,,(- -y/ nu nôo uma ucrdadcl-

"chaiitaoc" qur n prdprf,

me lor ,, pape'

-. fr) dis'ral m i Sllvi rlc vli

i-n "poo" q-:e nt o;.-(.-"¦n lhe Imr.hr/i am. p-> q:i(i"!nnem s/f,"c>- thc tic-nm cotia ine-dita Há anos correu a: pelosicatms mna comédia intituladao "Eciln qne. c-a meu", si nãn*,i! cn; ,-:¦¦"'¦),'? /inundo única-mente pr'n sr. .1 ..'rendciei,.

rr,m e'r explorando n raioi InrFii-íífi.n qur vi: ia para-

Em

sentada, nada ,:

,,,,.,, ,. repelir. ..Vsc é o seu nome dc artista queiai'snfrci- ns naturais consequen-Cias da Impostura. Velam la sto sr. Procoplo Ferreira ou o sr,Odilon de Azevedo calam cm tallaço...

F' por

enm 'um

pii!1lfro que. se obstinarm nãn lhe concedei a conslde-rneca qne merece. Entretanto,cie hem oue Ic: Hls a um nutro,ic'i'l:ivtehln, a uma dcferéncinmais rarl-ihosa. Pnraue- sem la-vn<; f* ti>,i tira-idr arlísta dc co-media. Um dos mawcs do Bra-sll. Tem lalenlo, possua umap-adlQtnsa intuição da cena; amobilidade de sua mascara c in-compararei. Mas cm lugar deser vm artista mimado pelo pú-

OS "CARAS" MAIS GOZADOS QUE JA'EMBARCARAM NUM "TREM DE LUXO',

^^ aFi>aaaV «^^- •.•minA"B| ^^^. ^^r fÉIH

Saztt Fitls. sendo beijada por engano...

Hai Rnach produzindo TREM las mãos de enguia, versattllsiimas.DF. UJXO caro " United ArliftS que traduzem e ácfirien: todas cier;-T!'-,-.-i ir ,'-,-.";.-"¦ c-irirn <i- <¦<>- süiíficecs }'vr mais complicaria rm

i TU KM 11F. LUXO

mais nímr-.r.Vjii tini ii

pessoa fazendo rios suas ti viagemtoda: Pe.tsit Kelly — epalcrmarta tclmca cojiio jamais foi vista Mar-jnrie Woodu-ortli — um amor depequena que se Inma mãe pnr umanecessidade |)!,-lií:!-.,'nrrfi r rm ate r>(tm nn: linha.,. Dcnnls O Kcrte

rie .1/íiijiini-, jíin.e rrironfMiniín sc-1-pre pela frente, cO'.io escudo pro-teiar o temperamento! Kinskey, o

sem prever que. em caria quiiómc-tm percorrida, prin menos, drz sur-presas acniitrccriauí. F. assim mes-ma cheirou o TREM DE LUXOcote está no Odean divertindo os"tens" cariocas rom ai melhoresbolas ria temporada..

A SEMANA TEATRAL"0 Canário", comédia em 3 actos, de J. Wanderley e Mario Lago,para estréia da Companhia Palmeirim Silva, no Teatro Recreio. —"Esta noite ou nunca", três atos de Lili Hatvany, pela Companhia Dul-

cina-Odilon, no Teatro Reninanin como deveria ser.

r de um empresária rt.itn um eterna tropesto.outros, com menos me-

i. andam cheios dc dl-a bancar n nfnlo De¦ulpn> Exclusivamente

UocUa apreciaçãolação. O elenco

crlm apresenta é

i cena não

Pinttccn.! articuladas Desse mo-do- e, nessas condições, estã-se a•¦e- que a representação passaimediatamente a um plano se-cuvddrln, desde que sc intente!a:er sobre n ej-fjcídctíío umahonesta e serena apreciação. Emtodo raso, uma verdade deve serproclamada, tle friícto, e è o quevem a ser a seguinte: tri ns er-ccpclonaís qualidades de ator dosr. fnlmcrim Silva poderiam tersalvo aquela "coisa" do apupopúblico. Principalmente no I eII ntns. Nesses tlols atos, n açãodn peça se paralisa estupidamen-te em torno de dílos repetidos,a mofar-nos dc tédio. O sr. Pai-nicntn então não representa cpe-nas: Inventa, colabora, muttipll-ca-se de tal maneira e cotn fnigraça expontânea, que. Ilude opublico e salva a situação.

Dal decorre a importância que,rm teatro, sc deve atribui' aoscirandes artistas- áquetcs que sal-vam muita vez a reputação deautores medíocres. O nosso tea-tro está cheio de casos da mes-rua natureza. Como, por exem-pia, se f.iícrpreíu o exilo cons-tante das pecas rio -""¦ -'oraciv

explica nn proporçãomn criação dn partecopio Ferreira

Porque Sonjâ Henie venceu?A I está umn persunta inte-

ite sobre a vitória deHenie na leia?

E-"c. pergunta lorr.a-sc aindanmls .^"Rular cm sc levando nacouta a sua especlallzaçãj, quan-rio de £.,a apresentação na leia!Sim, Sonja Henie nos rol apre-ienta.a como "a campeã olympl-i.a .is ;intinação -ohre o gr.o".Imíirrlriem. pois um pais coino oíiosío cm que (lo "rcIo" so ci-iilieci'!.!"1* bebidas rotrlcer.dlcr,devotamos -i simpatia e r-j i -i

grarmes popularidade a unn ar-lista f|,i-! tinha a grande Glóriadc .-

r&i'

¦obrei prlm 1 til-

20tin Centudeliciou, o nosso público, ficouconhecendo "uma nova estrelafjue surgia diferente". E assim(oram nos chefiando, oulros denempenhos, igualmente aprecia-dos e vitoriosos.

Finalmente, um belo dia, a ga-lantc Sonja Henie, resolveu co-nhecer o Rio de Janeiro, e aquichegou em pleno carnaval, con-iplsinii loco toda admiração doaseu:; "íans"

qiiç tiveram a ven-tura de conhecé-la de perto!!! Eo miluare rxlraordinário íC verl-ficou: — Sonjn Henie era umaverdadeira bonecabela mito r s sedutora quetela nos mostra.-.E desde então, quando se anun-cia. e quando se projeta no ecran,um filme de Sonja Henie. todosos cariocas, sentem até as ln-rhiòiicias do seu sorriso encan*lador, e das pistas nevadas, ondeela desusa .is glórias olímpicasdc seus patins maravilhosos ....Estes comentários vem a pro-púsíto com o próximo lançamen-to da mais recente interpretação

fo*',» DUCUÍ Ci [•> A",. ;,! * ín.-) .-Araíaiana, ffitóao *

MA(;» jaim; p£SA Si

.„ ^ —.- A COMEDIA DAS I OOI GARGALHADAS.'

I^-v '/>ík\ "SORTE DE CABO^imm ... esouadra:hJKÓ^z/ -DOROTHY _ 1^

\^ LAMOUR *í|ui

w&eBOB

ii w r tiHnnirio de doiniiipo para n Carioca:10 (1.1 manhã, 1/2 cüa, 2, 3.50, 5.40,"„'ili c li.HII horas.

BALCÃO — 3S300

NAC. ,MUAllDADEG.ASI>ONaVimcA5,fj__£_ Ai UMIDADE','. AERONÁUTICAS, 6

\5w

CHOVE NOS CAMPQ, IDE CACIIOK.|RA0S llrr ""ÍI'',"; J"'""i» ||

u-H-iwi | o rÍfn;;:';ii;;;^l

perfeitamente dn excelente aco- Mus nón ? i ¦ ,.,., „. UIhlmeiito que, por essa época, le- Iniacsn ¦,>> „ . ',". '¦'—,\ '¦:

ve dn parte da imprensa e do oon-r ric>e-<-, -, ... .rrj,.,','- w jpublico cariocas. Trata-se de noxsa iniprc-¦:, ,.

',-..'". ¦¦'¦

uma comedia leve. Irônica, senti- favnrai-d „,. -r , ¦ ..,¦."¦,'¦.!.ineníní, CHCíiH/nrtnm, cu.tltn. co- ar'iihro .'„ .. r ]'i Çlítri dc resto, quast todas as pe- vcttn M-id, •¦¦ ,. ¦¦-.¦ ;S

çtis que compõem n repertório da qor dn rer-/-.,-.- .. "¦•• ¦"troupe". E tanto è assim que. nrltstn, dr r ',/". r|

apezar dc rrprUado, esta a ta- riu. rim i c < -. ,.,."•'• .-rer tiirin bilheteria que a "Sln- ditava nn «¦-, -;-,-.',, .;;'"'- ,:.í¦ronín lníicti/xirfa" "(io eoiiíCffiiíH, mento, ''>¦• . .... ,

"^ U

A rra. Dulcina dc Moraes lem ,.„,,„ „/..,'.,, ,. " ' "i viJO.IO PLÁCIDO r,i.iali,iili(.,Sa tfr rrliili na peta „,„„„, . , li ií

írifi vestidas, dns quais, dois Ctf tf? qlir „,;,, ,., ,.,, r-)| i„ „ „ „, ,, , . . , ,, rlt.tlriio.í. e um de per fei'O pos- ,-ci^n- .'¦'¦' -,; . *'-'

1Camrtrqo? F.ssas peças sfíe,. ca- culo »,<t!<» rirfclln provem, . Snbr-^e oue rise r-^dadn na ,,', ,,,'„" ' '¦> '„¦„ „„l„„.,la uma inarll,..., „„„, aa-. -a. „,„-„, „, ,„,,, ¦„,-,* '

^' ;„,,,„.,»„, , ' -;¦¦ '

(!,r.i',,inrifí\ O sucesso delas se de poluir uma vm Iraqulnha . . d r fo ' ' ,'/

' '¦•¦ ?:r.nillra na prnra,rt"a ,/e «0", an- ?"a rf ora mnlío ri/raça ,c nn- ""',"' „,,,.

',„eM ,,„,.„ '•

•¦«<'<'•' Sn, , j,„,i aa.naiia »„ pai,, ta ar Pra- Ha air,iia„, ,„¦ na ,„,„ trr0| da 'Zif™ ."i,,,-,, ,,"„,," l>e.„ara ,1 - . ..' Icapto Ferirlia a !n-, aaino mi- arpirsrnlacJo. J ™" °

,''„[l'l"o Baer-á", pe- ''"" á' A" '' - !rilo teatral e literária. Esta A Companhia nuulctr.trOdiUm ,-ril-'- e„ f'e'anto que a sra Dul- Pf"í""'n Vl'""-' "'¦-'-, {ohu-vaçtm, aqui lançada ao e<>r. ,„„,,,,. (,„ „l,,y:r,l,lh) ,,,.,,rc..,„ (.,,,a'de Mivílr< !lc„.,.,l,/rn ,.,,,„ dc !-¦¦¦¦>¦ - ¦ara aa pr.ro. poale cai.am e.pnn- a„ ...,„„„„,„ „,„r,i„a,l„- . In.,,,- „.,„ „.T,.r,t,;„ pal„, lo„, aaul »»"™;p ' "'" '"

, ?Io a ,ii,,l,a „ai,,- Jl-a o lempo „,.„ mr „„a niiii en/iarn na, , „,M . „, „„,, „j„ ,, „. anaaníou. r. « aa a- qur r o grande reltftcador de cAlculos da direção, deu-nns. As .,,,„ „„,., ,,,-j'a fni ">' ': sua rl- r'.cnnr.lr ..-¦-- ¦-..,'filórttts falsas, dirá si a razão es- ear-elnts. uma "rcnnsc" ,1a rc- 'te- morena

'Jã teria ela refleti- t<,ulu<ida c ... ... |

tá OU não do UOSSO lado, mei}ia ..;;,,„ „niíc n|/ „,,,„.„¦¦ (lr ,;„""„,,„, 0ll ,-„,,.ultndn urna 'mu- '¦'¦indo

nur, ¦;•- .... y.Ainda, quanto à representação. aulorta de lili llalranii. l-adu- r;/í(f- ,/r chisie'' Sito purrre .. f aijit: a ¦;

devemos dizer que o sr. Mario cão tfn ilustre Icatrólago brasí- Todavia Irmos a convicção rir '¦""'"'. c" "' JSahthrrrii nns drtrncailta mis lelio. *r. OdriaUb- Vitnm. A li,- c/;te 0, (nns rosco.', brartrn o; ¦'>".' <'""' ¦'' ¦¦¦•..

$papeis em que freqüentemente ça iti foi representada aqui no ,,.„,'* tl.„,nrinm ,,,,,,lr, „,ellior '"''"

,".hr.':f/" "' '"

aparara ria niaVn. .anííi-maMi,. íl„. pr!», ellnraa aa 133», na Prelo a.ir.ila, iam inniío melha, „„ ,,¦„,,,„ ,..„. . ....^ ,,ricse çenein de papeis, esse ator Teatro Rival. l.cmbramo-iios á sua. epiderme. Leopoldo F- -¦

tiiIii nos fni pressiona nem nns

Inútil insistir: nãn der. uão ||| "T^ieV-^^M " 4ÍC '"%tlitrá mais. O sou periodti de Inl- \\^^^^^^T^\ ^b »tciarão teatral há multo vai .'on- 1^-^^ ^ W i V» tA D .'¦''' Vl.-Vlf: Dlfo ('M:i i\ |

?e'a',:,°i„"„'.iaií',!',nC'3a,n'iiofo wQ±J^^^ T* -'Í' 0E riM.IM! N"~ 1

com elcgdacíae apurn^A^a ea-^ IjÊÊ^m '^^^P%. Â^^^k f^¥ *S W NA0 l'V-KÍ'-"i 1

Vtnrçn de -reclisar" um aalan ^BF Jp\ JBTsz, M& "*\-

wÊt^ \ fí D,: U'X(I" I

une. I» nn, naUin, llplrn,. a „i„ H^ ^

*& ''- *» -~- ¦* W*7^ È II (,'f 1/ I \/III 1

p™r","i?.™'Vá'í»"a.-n."n3«,r''e l^-."S ^hSaaí ^"p*, ife** n,''', /,' „','" Iperfeitamente passível. ', mSTTZ ^^ sÜM f3fS* 'í-'* ''/-^' I

Por /ir», tini ffidipfM rejwiro J^rJfc^lvV ¦'VV" --''-^- • JÊÊM !'

m pato ¦^^^^^^^^^^r^^^Mm ITtí wriírnitrttiíT (ie cnr/clrn ' ¦ " 1 "# V à 1

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SSaro„,™,ítfe"Sa";„nEfol,.:,7r | fi K | "f

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L^ ' 'fol^

âjg^rrraírVSpí.^fofo-ifofoa ¦•Broadway Limited.'i^g^, **—, ém^&Injustiça que se tai a r«íi ní-i; -^-^^ ^. |.

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1. mimo» Bo.il. Hrrle. cm ,?" H\t,\> ^«jM* "?¦St ^gfo

tJSfc fo^*fíÍr., ¦. M"Quero rasar-me contigo" - nue n\i Vy V\\* Z^- ^^S^W^ '~~^ •• &$$ 9È? vH

a 30th Celnury-Fox vai apresen- XI ultó^ \VHl^ ^^' ^**^*---Ç. Js^fif '

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ther?. e mais celebridades dos .a,^Mfo* ' V* ^^ S' * iL, ' 1palco., e tin-- estúdios rndiofõnl- tCfl»- >'"' AjBT --' >-*&»¦ W-

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cos da America que contribuem ^^•?''¦H^fi ''"' ^ ^fc '"«*£' 1 1

para a rspelaculosa bclesa art Is- - / ., MÊP /Tu. -1 -iÊr ^BB-' .W ¦ *¦&¦. J^é l , ¦lie», romtalira , riniaiaal ae f' 7- «.a

f^yZ ' -^ * • * '"Z" -<^'Z ' .fl'.,' JjJ

I

me que responde definltlvanicn- >/ ç y+ /^ \ -à^ •foí^^-i^ ^ESliíF ?1le pororir Sm]» llrnle vrr.rau X^. a^ tJ f fcfíS*—^^ 1na c.Mlir.a c pupularitlade do pú- —-y^.,.-.;J% ---'==.. - — *^.-1f)g^'-ai™-»?a!S- :.. 1bllro brasileiro] ~"

!'ÜM€LH0C FILMEI 194 l!'g|.

( WÊÊÊtÊmémmàUàÊà/UUmàm^^K Este lilme não ser.i esibidolfiem nenhum outro cinema 1,1 |de S. Paulo pelo menos II I

PROIBIDO AI£' 14 ANOSCONRAD VEIDT

gg cine-JORnRL BRPSiLemo mo d.i.pjk

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¦Waba de aparecer !

CIRANDAIte Clovis Ramalhete

O romance esperado !

DOM CASMURRO i Páitina 11FIM DE FESTA15 — 11 — 1911

Saibam que...

Em tudag aé livrariasCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADe f)alcídia Jurandyr

0 romance esperado !

JÊÊ; I ImOTV' '»24 flU""'Ia uni ' ¦ ¦ 4ÍSPt" ¦ ^^F^P^k.^i^SUÍ^^^HOB'""•<">¦>. n- ^m! y., 'T&uHpISH

¦-¦ - j- \ ¦ '^áfilS*^. wV/1.í"/. \»a» íafci^i vmN7 '"'jl'.#'"' \ fl &}S""'efeW' V* *%a^^l VvSl

*lr •*-""j"*' .^^ ^y^^ w^âW&tÊ^Ê

'• liillHKiIiliaHHV. i¦•' ¦¦¦¦ >¦"¦¦'¦'¦ ¦'! '>£ S.-f.vros*' scj-rt muiío breve apresentada pela "ColitAS . X XX X.XX'XX'"

"X '"" ","""!'' """¦ Aqui rrmo< Grr.rgc R:c;a. .• ¦ i / t r,,.!'n S!-rtiti„r „(, i...,.,-,„fr,. j.cnjmíiítní;. iíi[f cíi*-i..;i;ojOI jl r'"ümf < 'alor.

||! NOS CINEMAS¦tn rnmi!i-: o metro tem a

Ijl II ri S li A tli: APRESENTAR,jn\> l KA1VI-0RD KM "UM

HOSTO DE MULHER

Jo.in Cranford.melhor filme de toda a lottsacarreira da querida "estrela".Enredo furte, tn.-icisf ralmenteconduzido pnr Oçiirne Cultor, en-redo que sr diria criado esper'al-mente para "falar" através ria

de mulher"nmo csiielái-u

te destaIoda un

uln

com entusiasmo, detalhando estee aquele "instante" de JoanCranford, soberba na enigmáticaAnna Hnlm "a mais cruel mulherde toda a Europa", fJKtir.i queria compõe crini verdadeira ce-nlalirlade entre Melvyn rioiiRlas

rad Vcidl Versão da peçtl"II .dc Tm

fois"fni

de Fia

!>«" musicaELÍZABETH ZUG NA E. H. M.

ptoa de Chopin, traduz estadosdulma, esperanças e aiifiiiMia* da"mulher de roslo de ti»|o e tora-çln rie demônio", n mulher quetn estremecer de horror toda F.%-tornlmn e que era, entretanto,¦Penas uma vtima do mundoGlorioso filme eaae que o Metrotios dá esta semana, Que sensa-(So vnl ele faier, estamos certos!

NO METRO COPACARANA,"GENTIL TIRANO", E NO ME-TRO TIJUCA, "FOLIA NO íiSI.O"

Os afortunados "irmãos" doMetro da rim do Passeio, o Me-tro-Cnpocabana, A Av. Copara-bana. 749. e o Mctro-TIJuca, áPraça Saenz Pena, mudaram es-ta semana seus cartazes, iam-bem, O Melro-Copacabana me-rece, Robert Taylor, no ei pela-cular tecnlcolor "Getil tirano"que esta quinta-feira última es-teve na tela do Metro da rua doPasseio: o Metro-Tljuca oferece-ra um romance "írferit?" dP Rran-dc espetáculo: "Folia no gelo",com Joan Cra«ford entre JamesBte«-art e Le»' A.vres. A seguirce dois crandes. belos e vitorio-sos cinemas apresentarão MickeyRooney e Judy Garland em "Son-Buc de artista", iBabes in Armsi.

NO S LUIZ E CARIOCA A"SORTE DE CABO DF. KSQUA-DRA", A COMEDIA DAS 1.0(11

GARGALHADAS í

Nao é multo comum o cinemanes oferecer uma comedia como aque o São Luiz e Carioca come-çaram a exibir quinta-feira últl-mi.

Com efeito, tudo em "Sorte tíecabo de esquadra" conviria ao rl-so, e é rindo ás j-arcalharins quesc assiste, do principio ao lim, odesenrolar do original e engraça-do argumento, O principal pa-pei do filme foi entregue a HobHope, que aparece na pele de umrecruta que treme como varasverdes ao ouvir um barulhinhode tiro... Sua doce "partenaire"e Dorntliy Lamour. a sedutoramorcnlnha dc personalidade magnétlca. que nos surge estontean-te de graça e beleza no papel -Iaflllia do comandante do refil-mento no qua! Bob Hope sentoupraça. . "Sorte de cabo de es-quadra" 6. como poderá ser ve-

He radio

> York eom o noforel pianista es-s. por suti ie; er-riiscipulo cie Antônio Rublns-...'A'!/. Autor de rant.. prctii para piano. Albrrtcalgum tempo ti,-,. Estado, Ur-.tlos. é considerndc'tr. io tendo orupzclo canos ,-a rijo.- importante!cc América do Norte, enlre outros o de direloi''XTX.V Ü,- Vitcricrmente o tie protetor da¦'"lio, , rie Micliitiatt. Mus Zuci talvez a alunalestre. empreendendo presentemente uma -tour-¦americanos, vem precedida de ótimas referencias¦nsa -yankee' . O sr, Oscar Thompson, por.\tss zug poderá ser considerada como uma dasen ser; sexo. Encontra na jovem pianista, uma-irr ei,ida,r.trrprc!acr.fS óüniamente concebidas",-o n seu Dmpi-í.tnn rie cstrSa no Ria. Falho em- ...¦. m-rrn narff saliente. estSo a "Sonata- op.¦ise" op. 44, de Chopin. Beetho-

fareis dc interpretar. Nesses au--} do ;

-P.-tort

1'iuitn

¦ hríhs: andada. Dos

' de Bach-Pir,¦¦¦¦¦ ¦,., r...7..ulJ Dp. tri. ji, ft. aliás pouco¦;.!-.¦- líí-^rüt-.Tnii í/j,!irn interprctalt-.a e prnhti-r. •(.'

jwiir.n trnd<t;trta rom muita propriedade foi¦¦¦'¦<, tlr Claude Debussy.¦•¦:i::nr..,r_r Vila Lc.bos.. houve falta de compre-¦¦¦¦•¦ ifraçan rio fr.rlo v.uf.ral, comn por exemplo!.*,«_ !..;h.y cnrlr o motivo rin "Crr-nTtrin" apa-¦¦'r'Xf-""", h"10

eçtíeíe trio conhecido acorde':.'7r.«r,na mníccfiofiou uin programa extenso e va-'¦". pciy.na-- c:r Urahr-ií,. Jnnas. Tsclirtcpnin eaplaudida por uma assistência regular e en-

• poderá formar ao lado riosOTÁVIO DE ALMEIDA

PANORAMA ESPORTIVOMULATA INDISCIPLINADA

n; ER1K CERQVEIRAi cruic amrila cnm uma [*-cci*lÇa danada, com um ile-pri-manui-cr na cama, ileixando o tempo correr, a vott-iiltlrns de rcloub c pouro se Inrnmndan-lo com

esteja acontecendo por m(«'¦'il li .iria;.KlniBlc for llfr'ilclxamos vrnr.

<¦ dc alguns

I, poi

nno permite uniau tantas musas, ratãoImt cana apatia, tão caraelerisllen doa

I"'l«\la futflxiiisüõn""" '"''"" ''" F' M' F ' l""'"10 na arbitra-ipln fni um df,se!, dlail que_ nfi(| fosJle M íomprom|SM|"™ «lando descanso merecido e luslo ao1-mi é n dlahn

antel"".^'?»^,1"? '""í.1"0, ,itmnr*l,"1° ''«U qu« da ena-ames de lajrr. fme.itlo uma an.llise rctrosprcllvn dofmiiriiiKlo fnif.s nmreatiles, ulttiaçne» rtlfirels e proble-ti ¦¦ .1 pi-n-iir pnr q,lr ,..„.;,„ m dlrl.tri.te, do flltelml'mi. .mi um nifii, ,|,, ,-omhater a Indisriplinn no ( a.,

rrtitetllo p « Indisciplina é francamente combatlvelfl'* iniiltn. .In. eslii proi-arin i]iif rsl» iirnililínclí ttAomies iifiuco se iiinninnilam nm as miiltn* pnls anbein¦' "-I , liinnr.in ii tiii|Kirtánt*1;i evluiil,i p, l;l entidade em

rlflcíido pelos que forem ao BSoLuiz e Carioca, a melhor come-dia destes últimos anos.

UM "TREM DE LUXO", COM 08MELIIOKKS COMEDIANTES DATELA, NUMA DISPARADA DE

BOM III MOR. NA TELA OOODEON

O Odeon começou a exibir ofilme da United Artista "Trem deluxo", o cartaz de maior comlcldade que Hal Roach Já produbiu,confiando a sua dlreçào a Gor-don Douglas.

Feito unicamente parn rir. comtodos os ingredientes necessário»para uma farsa irresistível,"Trem de luxo" explora uma si-rie de situações jamais fixada pe-Ia "camera", onde veremos osmais populares cômicos de Hol-ly»'ood, fazendo um cruzeiro dealegria de Chicago àquela cida-de, nu;n expresso da Peensylva-nla. onde ncr.titece todas as sur-presas, cada qual mais absurda,mais confusa e, sobretudo, deso-pllante, paru o fígado das pia-leias. Nesse comboio viaja VlctorMcLaglen — fazendo o maqulnia-ta; Marjorle Woc.lotth - ban-cnndo a mãe por acaso, FatsyKelly — erradíssima, desagella-da e sem sorte icoltadlnha I»;Zazu Pilts — atrapalbando seentre os próprios dedos; Deniils0'Keefc — com tempo ainda pa-ra fazer galanteios e Leonicr*Klnsky — o tal - parvo, ridldl-culo e cínico, fazendo dns suas eprovocando as melhores "bolas'que oferece "Tr<*m de luxo", aopúblico carioca.

ERAM fl SOLTEIRftES"Dizem ai [iló=off5 de certa rs-

cola que o "homem é um animalpolítico"... Outros afirmam queé um "ser econômico e .tij-omais,.. Sacha Guilry. porem, doalto da sua sabedoria onlpresen-te rm tude o que faz. declara ai-to e em bom som que o hnmr m é.antes de tudo um ser matrlmo-samento, pense lá comrt pen-sar... haja como entender. , F.para provar o acerto do seu elevado pensamento ícz o filme"Eram 9 solteirões". Um filmetemperado ao eelto de Gultry,Com multa malícia, multa verve,multa i-lílnalltíade Filme queapanha sempre o espectanoi nesurpresa e o conduz por um mun-di encantador de ironias e "bn-

gues". ocultando multa i/erdaie.DEPOIS DE AMANHA NO BRO-ADMAY. O FILME "ETERNAS

MELODIAS , <A VIDA DEMOZART)

Muitas sâo as fisnras de m"-slcas célebres, que há longos anoaapresentam valores tão altos que,se conservam vivas na recorda-

EM Apresenta '™A ofxwiosa puçadiferente rie (orlas ,-is outras

A MAIS BELLA MULHER DA FRANÇAconiiÉi de hrnml i It» liécio di Baplista lunioi t iiiii Peixoto, coni montagem de Collomb

1.600 REPRESENTAÇÕES EM PARIS!qua tio continuar no Rio, Iodes ea noites, aa 20 e 22 horas, no

liiA 1KU luVAL, com estupendos cnadianlea dtReservem «eui lugarespois a procura é grande =mii\

breve, n "Comédia rio Cora«;ào',de Paulo Gonçalves, para cujamontagem recebeu um auxiliodo Serviço Nacional de Teatro.A Companhia permanecera noçan dos povos. Quase todas elasdificilmente, sc poderia dizer ciuenina seta maior rio nue a outra.A figura rie Mozart. porem, temum limar rie destaque porque ogrande muslelsta. desde os 7 anosde idade, deslumbrou não somen-te cm seus

, da'tambem todos aqueles que sentlam o poder misterioso cia flau-ta musical. E' sobrí o meninogenial de Salrburgo que a ENIC,dc Roma, editou "Eternas melo-dias", n próximo rartaz que aUfa lançará, segunda-feira noBroadu-ay. na soberba interpre-tacão de Conchita Mnntenegro eOino Cervl Este lindo filme, dia-tribttldo pela Italfllm. foi dirigidopelo conhecido cineasta carmineGallone e é considerado a poesiado século na arte de um (fnio.Como complementos: Cine Jor-nal Brasileiro, iDIP' e Ufa-Jor-nal.

NOS TEATROS

teatro Regina, os leitores encon-trarão um- referência que os ori-entará na rubrica "A SemanaTeatral", de Joàu Plácido, nestenúmero de DOM CASMURRO.Mas Já a "troupe" anuncia, paraTeatro Regina até o dia 19 de dezembro, pa.rttiido a seguir paraSão Paulo, onde estrelará com apeca "Nunca me delxarás", noteatro SanfAna, daquela capi'tal.

Desde ontem que o cartaz dtsteatro Serrador afixou peça nova— "Papai Felisberto", rie Coldo-nl. tradução do sr. Gastão Pereira da Silva. A peça foi escrlta há tresentos anos, mas ao quedirrem, ainda guarda um saborde novidade... Foi, assim, reti-rado dn cartaz o "Pão Duro", dosr. Amaral Cmrgel que nào al-cançou o éxtto que se esperava,conquanto houvesse agradado.

Igualmente, o teatro Rival,desde ontem que está apresen-tando aos seus ;renuentadores

uma enmédla Inédita para o públlco carioca — "A mais hela mu-lher rie França", rie Louis Ver-neiul que os escritores Bailsta

Jiinlor e Lui; Peixoto traduzirampara Eva e seus comediantes.Pela referencia da critica trata-se de uma peça rie classe, apre-sentada com montage-m a rigor.

O êxito constante rio "Ebrio",no Teatro Cariai Gomes, com aCompanhia Vicente Celestino. *um desses fenômenos teatraisque não se explica. Como proriu-ção teatral a reça deixa muito adesejar, entretanto, o seu suces-so e positivo. E de tal modo temesse sucesso re acentuado, que aConpanhia já adiou a piémiereda "Mestiça", a nova peça que odeverá substituir no cartaz, aautoria da sra. Gskla de Abreu,nnúsira original de Ary Barroso.

A Companhia Palmerim Silvaestreiem a semana pa-ssada, noteatro Recreio, com uma come-dia intitulada "O Canário", riaparceria M. Lago - J. Wander-ley. Ao que pat-cce a peça dea-pertoti uma rerla rurlosidarie Oempresário Palmerim pensa fa-zer com ela toda a Mia têmpora-da naquele teatro, que é. alias,apenas cie um mês de ácz dias-

Panorama radiofônicoCOSTUMES FAZENDEIROS

s da Paulieèa. para a Cidade Mttra-n f,hô Totico que veto fater uma temporada Itgefi«.-a. £' Sn.7raniott Scuvero nue ingressa na P. ft. A.-3rlnha qur aproveitando a estada aqui parti gravar, canttvintes do Rádio Club. Finalmente, ê Isaura Garrla queao microfone ria emissora de Ctíar Ladeira. Mas. entre

que s. Paulo nos mandou, o itit-Jhor. comn nittc"— '—Totiro. rnviíii embora a sua rsprcíalidade setaQuanto ao moit iraeu. podemos classitirr Vassosambas de breque, ndo corresponde ao carta! quetíeire.nte...

. .,» elementos¦nora. foi Slió

para palcoO cantor dt

as festelos ria _ Francisco Alves, quecrtto produto tendo

tente os paulistas que buscaram outros cíf-noj.;j cariocas, rrifcíarom o seu t'do... Enfre oj qutndo Silva, "o carrfor dai multidões" que foi an¦ novas lnt,rulac;ies do Rádio Club de iá. Com o.lu Dorival Cavmi. cheqanan porem atrasado parasora de J Dummar. Outro viajante ilustre fo<e emnrtende uma tourrrèe pelo pais, a serviço de

s segurado a oaraante por mil contos...

cer elogios. Seu repertório, fugindo ds letras . ,,.„ .„„,ífíi tjpoca em que os tambores de Momo fá começaram a rufar re-estufa um ponto alto na música brasileira, haja vista as últimasmposlções de Arl Barroso que o querido astro da Tupi cantou parai presidente Vargas.

no I\cto. considerado como o "mnifir cortar humorístico- do>. ao que temos observado já esgotou o repertório, terçando aem que atua a dai uma justificativa sen pe nem rabecari dom tipo pròx-mo passado, ouvimos o locutor avisar que porapresentar a Pensáo da Pim-i de força maior, deiravoPor que o sr. Teofilo de Barras. Homem de grandes recursos como

*JbiL °PT.- ""^ acaba eom al apresentações diárias do ereadotde Piiiiplnela. taiendo-as três veies por semana''

landn°T V" S,'t'"", Net° nSo d"Ta de '•"-0 essa fome de "gaita1-, te-

A Radio Transmissora, iniciou uma fase de ascer.sdo, procurandoretornar tios áureos tempos. Sua programação atual, digamos eomfranqueia, nada fica dever ás grndes emissoras. Apesar de nâo possuirastros de renome, a emissora da rua do Mercado, apresenta contudoprogramas que valem a pena ser ouvidos. Ainda esta semana fCe-tio»um numero rie sensaçüo que foi o broadeast -Donos do Carnaval"umn transmissão rios últimos sucessos pare. o carnaval da vos de seuscriadores. Outro numero interessante /oi o programa Portngnfs que con-içr!(i rie Manoel Jtfontefro. Esmeralda Ferreira. Joãoros. atem das Revelações Portuguesas, um n ti merorádio, pois trata-se de calouros em canções portu-de Oliveira ,inédito em nguesai.

ARMANDO MIGUEIS

. Dii que os seus pupilos ven-

rilei ,,. ii linilscipllna: _ incutir nn «splilln dcnilc tln cjpnrlr. De outra itimirlra é prrdrr

imensa realizaram doniliien tiltfitn •> umn pro-ir fulHiol rnm ricrínda, ,nn a prcoeiipticio deili"rin. cm liitnr ,|r, tm|n. fará Ism, porem,Iniradiiri-s <,(<.«»ni .'tlm tnl,,. ,|i*nlni tia venlailel-'» t..tilitifln, „„,]„ ,Hm .1 turma rin riranlnto-iiT.iirln, iimirii s.* InrnmntlniKl.i que ilrpnls te-

Dua. palavra* que tüU) m casam, Zlilnho qut

CENTROS & PASSES Viste o "mestre" como ficou abafado no domingo?

—- Aquele empate foi de amargar. Ati a gaita falhou na ho-ra do soai... * *Pímetiítj ntio acredita no azar

cerâo de qualquer maneira.Ora, esta ê muito boa De Qualquer maneira não há quemvença, a resistência do Glorioso ,* * Onde está o Reitben? Que Reuben?Aquele que o Flamengo mandou buscar em Buenos Atras.

-— Sâo sei. Ele já cheqoit .,* *A torcida maduretrense está mesmo por conta com os fui-'Cf dn F. M. F. Domingo último houve novos dtstúrblos lá pelo

estádio do Anlceto.E o Elisio?

Coiiíiítua falando loslnho...

c?! ir mo tios". Em fazendas flumi-nenses os burricos espanhóiscomeçaram a aparecer, muitoaahados Os seciltanos muitomais tarde foram importados.

Em várias fazendas eiUtlmcriçaôes de gansos t tambem depavões cuja grandes penas, derara beleza, se utlltsavam na eon-fecção de luxuosos abanadores demoscas, manejados por criouli-nhos durante as refeições emdias de gala, porquanto nos eo-mun.s os nbnrtnríorei eram de ti-ras de pano, ou de papel visto-so, nu nítida, mais isntplesníente,de singelos ramos de arvoredoaromdtícos, quasi semvre cave-lelras, eucaliptos ou canforeiras.

A alimentação dos escravos ba-nanalenses contitia, em ubstân-ein, de deliciosa angu e feijãopreto ou rastlho bem nlouclnha-do.¦ Era esta allis a fórmula geralalimentar de toda a escravatu-'o rins cafesals.

Aos grandes caldeirões da pre-closissima leguminosa se nrffcfo-mun om corne seca, ora carnesfrescas- de vaca, porco ou carnel-

Em separado preparavam-se'os acessórios, mandioca, cará. ba-tntn doce, milho novo em espi-gas, abóbora, inhame, taloba,eouve, cenoura, mandíogulnha,mannaríta.

"Nos cafesals existiam ranchosde abrigo confr-n as chuvas tam-bem utilizados par as contnhasprovisórias.

Nas proximidades desses ran-chos faslnm-se geralmente plan-tações de laranietms e bananet-ras escolhidas, de grande provei-to para a neçrada".

A alimentação do gado bovt-no consistia em gramtneas devdrias qualidades Inclusive ca-nns taquara, alem de milho emespiga, abóboras e sal As vacasleiteiras, davam-se rações deapua com fubd e tambem laia-gens de cozinha.

Aos mutires e aos cavalos, alemdas fartas pastagens, de gordu-ra, angola e grama variadas, mt-lho à farta em espigas, abóbo-ras canas e sal. Alndn nâo seconheciam os destntegradottros eiam aparecendo um ou outro dc-bu'hndor.

Os suínos nutríam-se dc. pasta-gem de seus mangiteiroes de mi-lho cm espiaas descascadas. Pn-rn os cevados, o milho era emgrão c bem a molecldo nnpua.Alem Ide consumiam '-estos detubéiculos, lobretudo inhamt,

Em prol de uma placa a Âpolonia Pintoe Leopoldo Fróes no antigo Trianon

-nírtlln fl» rir-,

.fPpnlrto rrfle*

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».»rr|. Firn,., .'.'.'.' ll«n b''r,'.'*„,| V.VrMr, '.

.' |Ín°|i,I¦írlaiVilr. -Matto» .... liai» c,M,lln r.,r»n» <!|,i-ity-HrrlM R.tci.. .... tino Mar|n..t„.í Alm»Ma .'

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W. Rrnrj St ¦'•» cir-ra,¦'.»' F^ri-oir- llilnn«.«". "••• 1.»» ..ih.,,» s- p,ii,„ r:; ,;\Unnt\ Oi.meii .... |1 Otl Matir-.l i-rppiiant lln.i.i.».» c. »i-o,. .... ,.»» .,„„ „. r,p„,„ ¦ •.

5„„„Jfarrtrlrtii S. Mal, . Jinn MaHa A lU Pnlx!in t%nnnI R. CerqiiHr* . , . tina nnhlm ijnnn

*mi-l1n niilmarAei . . »l«ni rere. M^haí"'.''.'".' .' i(„n.i

Irt,pr ni'lmarjlM . . Iinn MaP[a n BranrlSo' .' .' 1 fn*in-amerino N- Feriei.. f i n« AnlnnlcD, crui I |nnn

^'ÃrVoTn^mhríro' . ', l\Z Mrln^llnn^T'^" ' ""^

.'ÍJíill "a. n,,í,",r" ¦ !!!! '"'"¦"" "»""•'""¦*¦'.' ii"!¦ rim, Rfhítro .... linti Alalr Bnti-telrn . . itnn,,Bnh#rtn Rlh*ltn . . (mo Antenor Hai-rifira . K-i.n

pilrnMlhi r™ ' ' " !

Ii Contrlliltlçin p,M r„jn

LI- r"Í.,IT" • • Jli; ?;;;;';" »«»*-»« n.Maria Ptixoto .... fino

' ' ' *_

Ary P*lmt« niht, . . f 1QC1 TOTAT, , . 5:Tft7*fiiiX

frutos « verduras* cruasl semprecozidas em avantaiades caldet-ifies. Os ovinos alimentavam-sequasi exclusivamente da pasta-gem tomando sal ds luas novas

Para as moléstias dos animaisconsultavam-se veterinários pri-ticos cujos merllrnmcntfls consis-tlam. geralmente, em produtosda nossa flora. O interessante

qut n quasi todos os fítratt-mlm hen-

teduras, e tregettos cabaltstlcnsde origem africana.

Para bicheira nifo havia comouma boa benzeriurn;tnha. Assimtambem para enxotar cobra bra-bn tio pasto, mittei-tosas rezaseram de salitt<TÍ<sl-no ctclto.Afonso de ff. Taunay

Page 12: PARA VIVER Diretor: BRICIO DE ABREU Redator …memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00226.pdf · Dieta", aliás uma ótima e bem feita revista do Rio, lu o nosso aniversário de

Devido ao ouminto do

praça do papel, encarecidode 1009c em 6 meiei,

«DOM CASMURRO»¦e vé na contingência deaumentar, proviioriarfiente,

o ieti preço para

1$000pedindo, por itso, desculpai

aoi íem leitorei

^^—| ANO V |^^—— RIO, 15 DE NOVEMBRO DE 1941 |—i^m| N,° 226 (——.

DOM CASMURROAS GRANDES REPORTAGENS EXCLUSIVAS

Dé o leu"BOM CASMUR«o.

ouaílioarlo o romponha ,„10,000 ASSINANTii

Comi-a qae .-, ,mi«„ine haja mc!m.

PREÇOS

Por 6 mciei .5OSO002SSO0O

Pop«l,

Devido oo aumento de100'r no preço d<fomos obrigodoi a

tar proviioriomcipremei

RONDON: - Conquista do deserto brasileiro"não ha mortal cristão que não célebre,com hóstias de quinino e boca em praga,a missa arquilitúrgica da febre".

Fome — "Não temos mais tropas, nem bois, nem fornecedor, nem dinheiro"PARA "DOM CASMURRO"

•I *\/\r\ ¦•¦ 0nde IOfa ° lle'I Ul lW .«no e a floresta bru-lyV/O11 aS°ra ^ abriram

picadões largos. Deor.de em onde. calados de branco,eobertoi de (elhas rudimentares, eas veies de palha, erguiam-se ospostos telegrâficos de Rondon. Pon-cos homens perdidos naqueles semíim guameclam as pequenas cida-delas da civilização. De licite asen-a s do-mestiços quase às portaA flexa do inrlio era cons.ame pe-rlgo. E mais terrível ainda do quea fera e o btigre a doença estavaem ioda parte. Esguelrava-se pe-U frestr, rias Janelas, pelo vSn tiastelhas. Também la como no seringalfamoso cie que oos tala o poeta :"nio hi mortal rrlstfin que nin re-

[lebre.com hóstiai de quinino e bom rm

[prata,• missa .irqiiiliiurgira ria libre".

Em cada um rias velhos pousos ciaprimeira expedição açora se crzulauma eslaçUo telejiràf.CD,. desajeita-da aqui, levantada por mao inhâ-bll, mais adiante perfeita, garrida,«JsorlHd» aos encantos naturais dapaisagem nu âs plantações que selevantavam do terreno ainda recen-temente queimado e ertmo bicos riepássaros sedentos abriam-se em di-recSo ao orvalho dn céu. Guia,broios, rosários, diamaniinog pa-recls. Ponte de Pedra, Capanema.Üo i-ale ci-. Ciinhi para n rln Ri-belr,*io do Ouro. Do Rio do Sumi-douro so Ribeiro dos CAgados. Tre-ientos quilômetros de linhas, trm-

NO

seu retorno, em 1907. es-riudara Rondon uma va-rlante para o Sepotuba, eacabara pnr concluir como

vantajoso o abandono rie Diaman-tino e do Rio Cuiabá ronio base deabastecimento das colunas pene-tradoras. O Sepotuba sob qualquertagens. Através do Porlo de Ta-plrapoan, naquele rio e AldeiaQueimada em pleno Chapadfio s1.. A Serra do Norte po-

pres s lll( ICH-ílS

Udascfei1 ¦ segur Nao

. daqueles lados granel _restas a vencer. E' umn flora me-diocre em que abunda o sapé e& samambata e apenas os grandestroncos carbonizados, que se encon-

3ue teria sido a mata daquelas ban-

ss. antes rios bandeirantes e doipoalelros. teu a lm ente pobre é aíauna do Sepotuba. Em compensa-çío as pragas sao abundante.'. Abe-lhas rias mais variadas e.tp*cteS «aqueles pequeníssimos gafanhotosque em certas épocas escurecem 0eéu. "Esse Chapaddo quase sem-

Êre arenoso e de clima quente è o

den dos gafanhotos que por ai pro-

foi-

) lev

beeelrss ri

doo de c

ViO, :

i de 4

:aml-

"Com intervalo de uma hera.la-nos um dos expedicionários, —começavam as tropas a partir seguin.do na frente as de muare* e suceder.-rio-se rs outras: cada tropa dirigidap'r um encarregado ou arreieiro, au-xillado por tri; a seis tocadores alemdaa praças que se destinavam as de.

do comboio"'. Mal despontava

s llmltí

-> Juruena.

o dia e a inicia-

ParaguaiTapajós alé cerca de 2." paraente Na época em que pe-netramos os Áridos campos dos Pa-

recls, — més de setembro. — Já aapariç.io dos saltões desses acrldlosera enorme. Por toda parte extraor-dinArlos enxames de mínimos gafa-nhotos er.tr-rpeclam os paios doe""' " mpamento doRio i

ficando emroupa que linhamostamente"estragada. Penso que sfioesses mesmos acrldlos que de temposem tempos emigram para os pampasargentinos; pois quando marchar ca-mos da Cabeceira des Veados paraPonte de Pedra no Saciriu-lna tive-mos ociislflo rie observar a sua l.nl-gracfin para as bandas do sul em ta]quantidade que o céu escureceu denuvens formadas desses terrlveli de-vastadores'.

ntrírio rio que acon-tecera no ano anterior, a viagem,mesmo ali em seu* primor d los erafeita rom particulares cuidados. "Osa campa men tos eram dispo-tos em re-(Angular, com três lados fechados pr-laa cangalhas # cargas rio combr,iolendo o quarto apoiado quase sem-pre nn margem rto rio. ribeirão. cCr-rego ou cabeceira. As barracas riosoficiais eram armadas no centro des-se riuarlrilntrro. Guardando o acam-pa.menlo tínhamos na nossa itintilhaalguns moloss"s. Ela se compunha demais de vinte figuras, na maioria defina raça, — oncelros, vearieiros, an.deiros. perriigueiros e paquelios".Baseada no triste exemplo dn expedi-çSo estrangeira massacrada faria ai-guris ano» nas cabeceiras do Caí

vigiamnoturna realizada por t

ApOs o Jantar, o comandante rio con-lincente escalava os dezesseis homensque deviam realizar a guarda rioquadrilátero durante a noite e riasoito atí A madrugaria aqueles ho-mens se rcve.savam. Em rada verti-ce do quadrilátero ficava um solda-

~ "itináâS^W

CLOVIS DE GUSMÃO

VER

o homem da Idade da Pe-dra vivo. recluso no coraçãodo Brasil! Esís emoção ns-saltou Roquette Pinto em

1912. Imagine-se a que nfio teriamexperimentado Rondon e os seus ho-mens ao partir de Taplrapoan, em1908, E sob essa emoção é que seorganliou a grande expedição a Ser-ra rio Norte. Muilo mais bem apare-lhada do que a primeira, essa novacoluna agora mobilizava nada menos

vinte de corte: SO burros dc rurga e

ço do gado. E' verdade que desses

de José Joaquim Ferreira, deveriamficar a margem do Juruena e aliconstruir ranchos e plnniar roçasMas dr qualquer modo aqueles ho-mens lambrm podiam ser conslde-rados como pane da coluna porqueIriam rrlar. A sua retaguarda, umponto de apoio sobre o alto seriAo.Uma turma de engenheiros do ExCr-cito. os tenentes Nicriau Bueno Hor-ia Barbosa. Emanuel Amarante. JoílcSalustiano Lj-ra e Temlstocles deSouza Brasil acompanhavam a cn-pedlçSo, E ela ia desta vet dotariade um corpo de saúde bem aparelha*(fo. de um geôlogo-rlnógrnío. r> dr.

grafo. A expertòi-.fía Indicara a itnn.don que o único modo de prevenirassaltos dos Nhanblqnarns. evitandomortes rie um lado e rie outro, era aexpedlçAo apresentar-se poderosa-mente organizada. E. com o seuenorme comboio de cargueiros, osseus clarins, as suas ten rias lmpro-vlzavam vilas dentro dos descampa-ries. nSo se pode dizer que aquelacoluna que marchava para o desço-nhecldo nfto tivesse um impressio-nante aspecto. Dentro dos surrôes ourobçrtas pelos oleados. mantlmentos"

quatro meses rte jorr " ~

do. tropeiro ou vaqueiro. E durantea noite a fogueira era reavivada per-manentemente. Até às oito ria noitee nfio havia necessidade de vigias. Avida do acampamento era intensissi-ma. Em torno ria fogueira iam seagrupando os oficiais e era a sualuz que quase sempre se realizava oJantar. Pela manha era ao som rieclarln que o acampanie.no desper-

Oi dias. quando • evperitçflo acam-paia. ele sali pelas redondezas a

vaçiies eram 1.1o clarl.ldenies queforneciam sempre o melhor triiçnrloa palmilhar. Zaôlo. Irmfto rie Tcloiydeveria servir como intéprele. poisera conhecedor do idioma travadodos Nhambiquaras. E cila a dia a

i-lia. Ho-

icho edífic tender

tinham parlido. Até iquclros e tropeiros qur ainda tinhamdiante dr si a pi-Ka rios hols ou orodeio rins burros iresmalhado».

O boi *. naquelas Asprras chapa-das matogressenset um liei aliado iohomem na luta contra c. sol e asareias. Só quem cortou por uma vezo áspero deserto rto nordeste e viuo branco daquelas caveiras que nssi-ralam a rota dns vlajantri. poder*ter uma Idéia perfeita rie como odestino rins homens e dos animais aeacham ali eni relatados. Inventa-rlando um recuado período ria viriacolonial brasileira, um historiadornos fala rie certa fase em que. lnsu-lado em remoias paragens, teve ohomem de recorrer ao bnii como a suail.iir-a matCrin prima. E fez do cou-

o robria; o chapéu

. ril.it-uMacir, qur Holldor

li-illriris m ariosi de e

para trabalhos daquela na-io alrr, s: Aii cir nillhrrimc::li] rias :e-Slnes a qup Lualmc:-,tr sr acliaiamacllmaiados. Naqueles dias dlstan-tes. porem, o soldado dc que se.po-clerla dispor ei a. com raras e\cc-pçícs, o rebotalho rio que a rldadeengendrava de pior. O voluntária-rto mesmo, so vir.a anos mais lardc e

ítii obrlgaiórlo do que havia

lorldoa. rolares, tesouras, facas, ichados e algumas fardas velhas doEüerclto para os cacique.' amigos que

NO

dia «1 de Julho de 1506partiu a expedição de Tapl-rapoan com destino a Al-dela Queimada de onde seria

atingido o Úlllmo acampamento do

to possível organizados, seguiram osexpedicionários chapadâo afora. Avanguarda sob n comando do (enenlaFerreira era composta de soldadosmados de machados, terçadi

sapato, a; pernrua.'. a i-amn cm q-.ic cledade a rale riu m:ilan<irai:r'm.

^jf^^^j^^^fg^t^^"Banho nn Ponta Fine

nascia, vivia e morria: 0 alforge emque levava pelos perdidos ermos asua passoca de carne: o baú em queguardava os magros haverei: o bal-de, o si.rrSo, a dobradiça rias portas.Em Mato Cirosso o boi Jâ n.lo temmais aquela Importância de que ohistoriador nas fala. Sua utilidadeassume, entretanto. aspcctos inteira-mente novos. De couro se faí o pe-queno barco para e passagem riosrios, E na zona dos pântanos, quan-io um pequeno gaiola nao e rarotransportar-se a carna para barca-ças de fundo cliaio que os bois lm-pulsfonam, a nado, na direção dosbarrem cru. E: 'lcle.iteinel.tr paia liieespinhosa tarefa nfio é qualquer boique serie. Mesmo pnra o transporteele deve ser preparado minuciosa-mente. E escangalhar um boi chii-cro nflo é nperaçAo assim facll, con-ta-nos um viajante: — ""Revestido»das albardas primitivas rte pau. cou-ro cri. e palha ajustada em peque-nos feixes pelo lado de dentro sal-iam os garrotes. pulam, esperneiam,atiram-se fts Arvores, rojam-se aochfto. até que os arreios se desfaçamem pedaços. Vilo os vaqueiros en-(ão caçar |ielos campos as peçag rits-semlnadas durante as terríveis rea-çfies". "Escangalham de novo o inl-mal. Turio recomeça. No fim demultas hora?, submetem-se, acal-mam-se. Ent8o recebem a rarga. As.sim se Inicia a viagem para pousarp*uco alem; porque .no primeiro o.a.jfi é grande coisa fazer o.s garroiescaminharem alguns qui fimetros''. <\1-drla Queimada, em pleno Chapadâo,nfto chega a ser uma mina; e umalembrança. Os primeiros que atravésdo Sepotuba, demandaram os caiu-pos rios Parecís ainda a encontra-ram viva e feliz. DAreís e preslatl-vos, cs Parecis ensinaram aos novoshabitantes dn ,'ua terra pelos valesdos rloa Verde, Paiiagnlo e Sarre on-de c que se podia obter o ouro' ne-gro, A recompensa que tiveram riequem mais usufruíra dos seus con-aelhos, o seriguelro Virgílio da Cnj-ta Marques, foi aquela: a sua ve-lha Aldeia foi Inronrtlarta e os seuafilho* tiveram rie reconstrui-la maisalem. Al em Aldeia Queimada a ex-pedlçflo acampa. E í rte Aldeia

%Queimada que a expcrllçio par:,

cada levante dr quartel, a cada mo-tlm freaseado, sucedla-se a titulo de

mens para o, ser.fles do noroeste.Desie modo ao oficial e ao própriocomando, se Impunha Imediatamen-te dois grandes problemas: aman-sar. em primeiro lugar, os homens *em seguida fazé-lns produzir. Na-turalmcnte que num e neutro casoas dificuldades eram .sem conla. Edal as drserçfie.s r a necessidade dese Impor a disciplina por métodosviolentos. Ue uma turma rte rerru-tas se conta que aportaram ao caisrie Caceres rtansando e cantarnlan-rio toadas de samba, E foi precisoque o oficial deitasse mflo à coro-nha ria plsloln parn que o.s mais ie-ni(entes compivci-.íicscni a íimaçrio.

ANTES

rto Rio Papagaio, exa-minando as ruínas rte umaaldeia Nhatnblquara, con-rlulra Rondon pela l.lexis*

tincla de antropófagos entre aqilé-les Índios, ao contrario do que en-tflo afirmavam os próprios Parecis.ÍTIep seriam anles, fiiiüivoios rio quecarnívoros, A '1 rie agosto, chegava acoliiiia ao Papi.c.iio -nhrr (. qual rie-

.-ampai ii trizexperiiçiin sofria :...

dentes com o fogo que um rios expe-dicionários involuntariamente atea-ra. Agosto no sertfio é o mes desoalheira e ninguém sabe quandotermina uni Incíndio depois de ales-do :'Todo o Chapadâo, — conln*nosRondon em seu Diário, — em der-rrricr rie nos se apresentava toma-do de fogo voraz que se alastrava

getaçfio ressequida c deixando aprlssi o negrume ria destruição, Itise-Ins, ráptls, pequenos mamlfrroí •

mas, maxalalagas, — saracuras riochaiiadAo — mal nonsegtilam es-capar A rapidez do terrível elemento.— -ropanandn-sr aos salios para

i rllstlil

'30 rie Julho de 1

S***^ T

o Ju-

balho rte expli-ra-

e Rondou que rom

clclrs circulo; liimttliisns. e ,-sleiapenas ferina tios. Iam Inexorável-mente aperianrio-sc da periferia pa-ra o centro, até devorarem r destrui-rem ludo o que Unham fecharin noir.tcrlor cio seu íitnliiln. O nu.iiifilo.

rias dificuldades pnrn se salvar riaseli.iiiiiis (im- li, I1iihn.il invadido '"-rto " caminho rta nossa marcha. Aínove horas rin ni

Escoiã ti» VUantu -senhora (/uc é a professora ia acata,

lci-1. Tolnry era um inestimável nu-xlllar nfio apenas mm o baiednr ctemato, como pari ai caçadas. Todos

dio. Fell74iirnte. hvaiitou-se umatarifa bemfazrja que. obrigando aschamas a dobratem-sc sobre si mes-mas. em sentido contrário ao rtacarrpira rm que vinham acabouafastando rie nós pavorosas roluinvasoras que fugiam açoitadasriireçfio do norte". Mas apesar ria-' voravel o incíi ' "

. In durante dias e dias peloipiidão afora, O incêndio "

Ez zsi! r"í:;*™.!';s:Nh:H;," *>" ="a» ¦¦ «">"•<" «• >"•<¦• "•'-•" -¦>blquaras. Tolor.v. depois de uma ion-ga excursfio ao redor du acampa- cifles e as velhas prciferlndo Imprc- lis -!nr-,.-ji,r.nr, t¦-.:.- -¦¦• .¦¦ -,..ni,-:un cotifi-s^irn a siia iiiipnrtfliirl.. raçôc.s ri' nialclii,,*,,-?. vo'n-, nm .-> -,-..-. q;.- ]:.¦;. ;.', "dali parn rllante. At/ aqui, dl/se atrev.to roço rir mvasnres ás :u- co:u;i!-.ri:id..i.-- .-rar, . ;--.- j:ele. Tolor.v sabe memo. Pa là. rias vlugnllvas rios cicmõnios proie- de retorno, Perlc-. -\- ¦e mostrava a mata que começava tui-es ria; florestas e do povo Nhani- de^criiim rrrtativ :¦¦" "-¦ ;;, ;;engrossar. — lô océ sabe memo. biquaia c, anteçcnnflo os iim-/es do esta-a rra n ruim ,a . > y..

Ir.faurio banquete, apressavam ns íla a enria do ma. r _ ,

NOITE

alta. o acampamento míseros prisi .t:elm . . . V. ,- ;-n:i.-r, c!.i:--.; :',- :.-. - [¦ K '{

Uldorme, A roda da fogueira. hcmrns iSo iif*crss:-nd s e.r .... :m- a C::i: .--.ir. :¦¦"¦: -i -que è como uma flor nt tre- íerem rins canseiras do liiccssame mente vraurie a ;¦ ..-.-,.

marrflo e contam casos. Ue quan- saram a noite Inteira a l,::i: .- -n <r, ,„ . . .^ ir _ ,rto rm vez. nm daqueles homens vai 0-' espectros cra rins em - ;i "i: >'¦:'¦- c:-, ..,.„ c,.,^,.,, ....... ..... . . ,,Jogando pedaços de troncos racha- nação por n:;;,¦.,-¦• -.•:•< ., ;¦¦ ::-.'-.= -,m- (..;

_, ...._, ,.„....,.,.„...,dos na visprra. sobre u chama. cccHini -er rir ibi;:a. i:r.i, Prn= ... tí, .yi. ;] [)i;.r> .... ,_ ;Os que dormem, liormlráo snrrr.n- ^,;ií "1"t.t-.,.u;!.i ciivi,!!.-, |f|:i <i ri".ti n,;),. .,.,,,.,„ ]',..., , ¦ , ,ri-s, porque aqiieln chania UmaL. <o ^ <V-vK*W » «'™' de Homens orgami-üçíii n-rc',1 r-- "--..apaga. SI se apasar as sentlncins c*m" aqueles r, em f.ns dn més t:e p(,,, n ,r,; ,.,|;.,lllo p ..... ... ..;correm iierlg" rie Mria. T-*dos es(.'.o agcsiu. i-.-ta-.a a ci-.ur.ii |n-ii"i:a,.; ^.'"--1:1 r1-, im-i-a --t-- ¦ ¦ ¦-. ¦¦ ->lembrados cia sentlncla que dormiu ra a 2,3 quiiúmcuiv -.:<¦ ,\:,.c-i,i Q;i--|- flr. ..... ...... .,..¦„..,, .. , •.Junio da fogueira e arord-u na bn- mada. i-.ns tmitscii'. r.o J,i: ,:¦. ,.i. ... ^[lr . ....-,. ...,,,ca rta onça. E como ninguém ali .,^-cmbro de .W ronir-uirr.v.- d(, ,,0 af ;wovl.jr:,-; ¦'-,,:q'.:ei o mesmo deslliv. o acamjü- rt' " '¦'

? "¦' h:Z-;--:.-'^:r.j :-r..--:- >f... .,;.,,.,.',,,.,.. .. , '-

memo |>orte dormir sacecacla, que 'c-™- la ¦ '"L,,il H'a'.iv;ira:.--i o Df n- -irr[,;i ,..-.,..1,, ,-,. clv-ma "iinca 'e apagará camrnto do Juruena. E a e-,p..rii...:o ^ „n ,„',..fl(1 ,n^ ... r

' ...

;r,,.r,"rr;r:h^',.;;r*.,r;r'";;...:':' «^z^. ^z^- -.¦-.,._

' ' . „ ra„!,|.a,laaa, „„.,! „,„„,.'

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". ' '"Z.

/»V conler."amcn(n rie Rm-inii ni,-t;o rLi.ia vr-z mais i-lnro Os Nh.in;- 0fo- '.,'"11 :"; ¦ ^ : '- !f 1 por atingir aquela popula- blq-inra; nâo rram n-üu-v.dw: "L n rn"i'' ('Mn " '\^y çao primitiva que poderia fi- [;M,]ni;irio'., ma!'ra:ai:,-s. íer:::n.; ou- Brai;"m

~ ""°" ^.'fo.'; v ..foi m

li mais interessantes do muncio. eia i--i'"''-'' Vví -'¦¦¦-¦¦=-. -r '-n^ifo-ic- eèi;-i,i -.«-.-iera re-r-:í;": ¦:¦::•

nfio era. tnfelizme.ue. paidlliaci,, pe- ,r nf.,n;; rrI1'(:,-,o"r"sc d'fei-.cle ,'-m dn na-ifr^io i-i-ir.ple-- : -,-¦ •los homens que o acampa nha vam. j,;;;i pref.Lso vencer a sua hrsilliria- '' '"''' '"que cies viam :i.'s Nhambiquaras (i(, rnn':ar a -ua i-onílançi E cí-iL.t:-.¦

-:., ,-.- -.¦;.•:eram os devoradorea de carne huma- p,-ócura de contar:,-, com ns Nham- ^'^ ll:l"fi "'•"P*'"-'-"-'1 " ' ' ¦"" ¦na, n perigo o a imirle. Multus sol- biquariij. aeg-.ilu a expediiiâo ute ,]'.ie L":na riebarle ' As :: .•¦•¦ f-ra- <tdados, enfrenianclo a lei mllliar. umil r]-,,r.ne i-ii-r- i?:;l s* ;r-.a:vívi i>i(!í.-i'.o d.ir n-.als i.rr.i ¦¦¦¦¦-¦-*. ç !h-processo e a prisão pelo crime oe Plante dos olhos de todos. Éra ia entào o êxodo pnr :>.-¦ <• :¦¦abandonarem ns compaolirlros na Serra cio Norte neros'. A oulra .ar" * *¦--'•hora d0 combate e ria desventura. Alenci.rlliier.se arer.i-.s-i —- -•:-.'haviam dcseriario e aquela hora es- lauelmentr c.-ras ne ¦---- -.. -is i:tarlam retomando para Taplrapoan • n,ft]or AvlIa i "A im-.r ,-.j :<-.

DA

retaguarda, porem, chega- tlln"; ii'ier-r" 'iV.7q"i-.>*< -»' ¦ >•'vam noticias desoladoras. "^'"'."wV.V. '

,-,":., ,,,. '

, --, .Todo 0 trabalho qne custa- ', remessa luti-a-"-'' *-'-'ii ™ra tantos sacrifícios, tanto ...r.. -.i-,fo,,- for'--"- - -----

'«'i- »dinheiro e tantas vidas IA eslava Jl „|

*,r!i -fo-T-fo - ¦-'-,,*-, -3 "

ameaçado de ruir por (erra. Natu- „.„abaria r ,,vfo'-fofo- ----;*=aalraant, ,e preriiiou su.rdar .Ul- !! 'Z,' *'Z'',Z„

Z •' ~--?Io de tudo. Mis noticias como aque- gctn carne no a !'ã-v <-'- - '¦'!

Véspera rie minha -.n" •> - '-"s

Chegaram os rie i';i:- -s ".-'':' c<^¦^^^^^^""¦^^^^^^^^— dns teem desrria ;o nr. - i;--» ' -

DOM CASMURRO SIi£;C •',;Tam •¦«»« a»J...„ t"0"1 °s seringueiros —:--...(

pavo- T«tn noVO «ndtrsço senhor Coronel com- ' •'*' '¦""- eaaÇ* MARECHAL aml,a paaUrula,. a :a • ar,-„l-,: g

FLORIANO, SS -. 2.' Sl,"ioT,',ZÍ° o-,"-"'a "S

¦lidar - Ttl.t 42*1712 chegaremos ao Jur-iei , ' *- .-'-' *(rade Internai) — Rio ^rí".^™..".". -:.~ S.«^^^^««.^^ dor, nem dinheiro",

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E os que ali no acampamento dor-miam fazlam-no com o sono chrtode pesadelos. "Os rxpedlcionArioipouco dormiam, conta-nos ainda oDiiirtn rie Rondon. Muitos nos con-w.am ter ouvido, alta noite, rumoao sol poente, som parecidos com odas flautas rios Índice, provrnien-tes talvez rie algum aldelamento es-tabelrclrio para essa banria... Oque nHo estaria passando pelo espi-rito rios nossos soldadoe e tropelroa

de Indícios evestígios rios Nhambiquaraque sò por si bastava para arreba-

i mais (rias.

iropoítgla. cie nudam cheias lendas seculartreteclrias em torno desta naçío deaelvicolas ? Imaginaram, de eerto, atribu reunida em festa solene nomelo de ritos evocatlvos de influin-cias misteriosas e pervei

mat. da tropa". "Todo-, e

lontinua o grande interesse nacional pelahomenagem, que sob o patrocínio de"DOM

CASMURRO" e por iniciativa deGuimarães Martins será prestada â memóriade LEOPOLDO FRÓES, e APOLONIA PINTO,com a inauguração de um placa em bronzeno Hall do "CINEAC",

antigo Teatro Trianon,onde os dois grandes artistas obtiveram osmaiores êxitos do Teatro Nacional.

Damos em outro local a lista de subscriçãopara a placa, que está sendo confeccionadapelo grande escultor CÉSAR DORIA.