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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: OBESIDADE EM ESCOLARES PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES

Autor PROF. LUIZ CARLOS LEDUR

Escola de Atuação COLÉGIO E. CARLOS ARGEMIRO CAMARGO – EFM

Município da escola CAPITÃO LEÔNIDAS MARQUES

Núcleo Regional de Educação CASCAVEL

Orientador ENEIDA MARIA TROLLER CONTE

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Disciplina/Área (entrada no PDE)

EDUCAÇÃO FÍSICA

Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar (indicar caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

CIÊNCIAS, PORTUGUÊS, MATEMÁTICA, ARTES,

Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL QUE SE ANCONTRAM ACIMA DO PESO IDEAL

Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)

Rua: Atubá – 133 – Centro

Capitão Leônidas Marques – PR

Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou

A Produção Didático Pedagógica, justifica-se pela importância que o tema “Obesidade em Escolares Pré-Adolescente e Adolescentes” representa para a saúde pública, para a saúde do escolar e a formação de escolares saudáveis em todas as dimensões do ser (psicológicas, sociais, físicas).

200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

E ainda como um fenômeno da atualidade que vem tomando grandes proporções entre a população de forma geral, com grande influência do meio em que vivem. Os objetivos da produção didática pedagógica são: de informar, esclarecer, orientar, estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis, tem também o objetivo de identificar escolares com sobrepeso e obesidade a partir do IMC (Índice de Massa Corporal) e escolares com percentual de gordura acima dos critérios estabelecidos como normais. Como metodologia para desenvolver o trabalho utilizou-se: palestras, pesquisas bibliográficas, avaliação antropométrica, relatos e trocas de experiências entre os escolares.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Atividade física, Alimentação, Avaliação Antropométrica, Saúde.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - CASCAVEL

LUIZ CARLOS LEDUR

UNIDADE DIDÁTICA

OBESIDADE EM ESCOLARES PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES

CAPITÃO LEÔNIDAS MARQUES – PR 2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE - 2010

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CASCAVEL

LUIZ CARLOS LEDUR

OBESIDADE EM ESCOLARES PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES

Material Didático Pedagógico, Unidade

Didática, apresentado à Secretaria de Estado de Educação – SEED. Como requisito parcial de participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, na área de Educação Física.

Orientadora: Prof. Eneida Maria Troller Conte (Unioeste - Marechal Cândido Rondon-Pr).

Capitão Leônidas Marques – PR 2011

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................4

2 ORIENTAÇÃO AOS PROFESSORES ........................................................6

3 ETAPA 1.......................................................................................................7

4 ENTENDER O QUE É OBESIDADE............................................................7

5 ETAPA 2.......................................................................................................9

6 ENTENDER AS CAUSAS E EFEITOS DA OBESIDADE............................9

7 ETAPA 3.....................................................................................................11

8 ASPECTOS NUTRICIONAIS.....................................................................11

9 ETAPA 4....................................................................................................13

10 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ............................................................13

11 ETAPA 5 ..................................................................................................18

12 OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA..........................................................18

13 DICAS PARA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA......................................19

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................21

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INTRODUÇÃO

Percebendo a inquietude dos alunos que se encontram com excesso de

peso, do sentimento discriminativo em que geralmente eles se colocam em

relação aos seus colegas ou são colocados, e também pela necessidade de

comentar, conversar sobre suas dificuldades apesar das intervenções e

orientações realizadas durante o período normal de aula, individual e também no

grande grupo, e ainda com a preocupação com a saúde e uma melhor qualidade

de vida para os alunos, optou-se em realizar o presente estudo.

A obesidade durante a infância e principalmente durante a adolescência

tem importante impacto no desenvolvimento psicológico. Discriminação, apelidos,

dificuldades de se relacionar, baixa estima, isolamento social são muito

freqüentes na vida das crianças obesas, principalmente do sexo feminino. Esses

aspectos comprometem em longo prazo a escolaridade, os relacionamentos

afetivos e a busca de trabalho.

O excesso de gordura e de peso corporal não deve ser encarado

simplesmente como um problema estético. Pelo contrario é um grave distúrbio de

saúde que reduz a expectativa de vida e ameaça sua qualidade. Existe grande

número de evidências que permitem afirmar que o maior acúmulo de gordura e de

peso corporal assume importante papel na variação das funções orgânicas,

constituindo-se em um dos fatores de risco mais significativos associado a

morbidades específicas e ao índice de mortalidade.

“A obesidade e amplamente influenciada pelo meio em que vivemos,

disponibiliza quantidades excessivas de alimentos altamente calóricos e redução

de atividade física” (Mattos, 2005; p259). As grandes porções alimentares, o

consumo de dietas altamente gordurosas e calóricas e a redução da atividade

física são componentes que contribuem para o aumento da obesidade. As

pessoas se movimentam cada vez menos, gastam menos energia e acumulam

mais gordura no organismo.

A obesidade tem varias conseqüências, precoces e também a longo prazo,

como relata; (SPINOLA, 2005; p.297)

A obesidade transformou-se em um dos mais importantes problemas de saúde publica em varias regiões do mundo e atualmente afeta populações em países industrializados e

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naqueles em desenvolvimento. Nas ultimas 3 décadas, o numero de indivíduos obesos aumentou de forma expressiva, atingindo proporções alarmantes, principalmente nos Estados Unidos.

“Sabemos que a atividade física isoladamente não é método eficaz para

perda de peso, contudo, o aumento da atividade física (consciente, sem

excessos) facilita o controle de peso em longo prazo e melhora a saúde geral do

organismo, acompanhada por uma intervenção na dieta alimentar” (ZANELLA

;2005, p.268).

As ferramentas terapêuticas para o controle de peso são: adaptação na

dieta, atividade física regular, mudança de hábitos, farmacoterapia e cirurgia

bariátrica.

A Obesidade, definida Segundo a Organização Mundial de Saúde em 1998

como "Doença na qual o excesso de gordura corporal se acumulou a tal ponto

que a saúde pode ser afetada", demonstra a preocupação desta entidade com as

possíveis conseqüências do acúmulo de tecido adiposo no organismo

O interesse na prevenção da obesidade na pré-adolescencia e

adolescência se justifica pelo aumento de sua prevalência com permanência na

vida adulta, pela potencialidade enquanto fator de risco para as doenças crônico-

degenerativas e mais recentemente pelo aparecimento de doenças como o

diabetes mellitus tipo 2 em adolescentes obesos, antes predominante em adultos.

Além disso, freqüentes intervenções em crianças, principalmente antes dos 10

anos de idade ou na adolescência, reduzem mais a severidade da doença do que

as mesmas intervenções na idade adulta, por que mudanças na dieta e na

atividade física podem ser influenciadas pelos pais e poucas modificações no

balanço calórico são necessárias para causar alterações substanciais no grau de

obesidade.

A obesidade infantil está associada a conseqüências negativas para a

saúde da criança e do adolescente, incluindo dislipidemias, inflamações crônicas,

aumento da tendência à coagulação sanguínea, disfunção endotelial, resistência

à insulina, diabetes tipo 2, hipertensão, complicações ortopédicas, alguns tipos de

câncer, apnéia do sono e estato-hepatite não alcoólica. Quadro psicológico

conturbado, com diminuição da auto-estima, depressão, distúrbios da auto-

imagem, também está associado à obesidade infantil (VILLARES; 2009, p.309).

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Também o reflexo das ações da mídia sobre a população com critérios de

cultura de um corpo perfeito. O traço mais característico do jovem obeso é a

inatividade, tornando-se esta a principal causa da obesidade e do sobre peso por

estabelecer o início do circulo vicioso: falta de atividade física induz ao aumento

da quantidade de gordura corporal, o que incapacita mais o jovem a realizar

esforços físicos que, por sua vez, o torna ainda menos ativo.

O preconceito que afeta os alunos, deixando-os sem motivação para

superar alguns obstáculos, afetando o desenvolvimento de qualidades ou

necessidades físicas, sociais, intelectuais e emocionais.

Tem sido proposta como principal determinante nutricional dos jovens

obesos: crianças e adolescentes obesos tendem a consumir mais calorias à custa

de gorduras que os não obesos.

Diante da preocupação com a saúde e em melhorar a qualidade de vida

dos alunos pré-adolescentes e adolescentes, optou-se em elaborar esta unidade

didática.

Orientações aos Professores:

Nesta Unidade Didática, estaremos trabalhando com alunos em excesso

de peso e obesidade, analisando seu IMC (Índice de Massa Corporal), de todas

as séries do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Carlos Argemiro Camargo,

Município de Capitão Leônidas Marques, Estado do Paraná, em horário contrario

de suas aulas regulares. A estimativa é de aproximadamente 40 alunos de ambos

os sexos, as aulas serão em blocos de quatro horas aulas por unidade.

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ETAPA 1

ENTENDER O QUE É OBESIDADE

Atividade: 01

- Pesquisar, causas e efeitos da

obesidade em escolares.

- Assistir vídeos sobre o tema.

A Interpretação da condição de obesidade tem variado no tempo conforme

os valores culturais e científicos vigentes. A obesidade inexistiu como problema de

saúde quando da escassez de alimentos e da alta atividade física praticada pelo

homem, mas a seleção dos indivíduos portadores de mecanismos orgânicos mais

eficientes em estocagem de energia permitiu, com a evolução das sociedades, o

seu surgimento.

- Por causa, em grande parte, da revolução industrial, acompanhada de

mudanças nos hábitos de vida (menos atividade física e alimentação com maior

teor energético), o peso corpóreo da populações vem continuamente

aumentando. Hoje a obesidade é considerada epidêmica e grave problema de

saúde pública mundial, que se sobrepôs aos antigos, como a desnutrição e

doenças infectocontagiosas, inclusive em países emergentes como é o caso do

Brasil (ALMEIDA e FERREIRA; 2005, p.185).

- “Obesidade é definida como acúmulo excessivo de gordura no tecido

adiposo, em partes do corpo ou no corpo todo, com grande aumento de massa

corporal” (OLIVEIRA, 2005).

- Após a pesquisa

apresentar relatório

identificando as causas e

efeitos da obesidade.

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Atividade Física e Obesidade: Dentro das rotinas de exercícios físicos, o

procedimento mais indicado, de acordo com Grubbs (1993), citado por Oliveira

(2005), para provocar um impacto positivo no controle da massa corporal consiste

na participação de esforços que envolvam grandes grupos musculares, e que

possam ativar todo o sistema orgânico de oxidação para captar-se energia

(atividade aeróbica). A atividade física é de vital importância, tanto para a perda de

peso, como para a manutenção de peso. Para indivíduos obesos, com restrição

articular e dificuldades para fazer atividade física, exercícios aeróbicos de baixa

intensidade e longa duração são os mais indicados. Alem disso, a mobilização de

gordura em baixas intensidades de exercícios acontecem para fornecimento de

substrato de energia.

A atividade física diminui o risco de doenças cardiovasculares em obesos

(efeito hipotensor), além de aumentar a concentração do HDL-colesterol e

diminuir a concentração de LDL-colesterol. Verifica-se também aumento da ação

da insulina, importante fator para a prevenção da Diabetes Tipo II (BOCHARD

2003).

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ETAPA 2

QUAIS AS CAUSAS E EFEITOS DA OBESIDADE

Atividade: 02

Realizar palestras com:

Médico: sobre saúde

Psicólogo: Causas e estímulos

Segundo Oliveira (2005), os fatores que levam a obesidade são separados

em dois grupos distintos:

Obesidade Exógena: Desequilíbrio do gasto calórico com a ingestão

alimentar, levando o aumento de peso.

Obesidade Endógena: Acontece o ganho de peso por fatores de

desequilíbrio hormonal, proveniente do metabolismo tireoidiano, gonodal,

hipotálomo-hipofisário, de tumores e síndromes genéticas.

-Segundo Damaso (2001), a obesidade pode ser classificada em quatro

tipos, de acordo com a distribuição dos depósitos de gordura:

TIPO I – Caracterizado pelo excesso de massa adiposa corporal total sem

concentração particular.

TIPO II – Caracterizado pelo excesso de gordura subcutânea na região

abdominal e do tronco, também conhecida como do tipo andróide ou obesidade

do tipo “maça”, pois o aspecto corporal do individuo assemelha-se a esta fruta. A

obesidade tipo II está associada ao aumento da fração LDL-C, estimulando o

desenvolvimento de problemas cardiovasculares e a resistência ã ação da

insulina. Este tipo de obesidade manifesta-se sobretudo nos homens sob efeito

hormonal da testosterona e de corticóides.

- Realizar debates entre o

grupo sobre os temas

trabalhados.

10

TIPO III – Caracteriza-se pelo excesso de gordura visceroabdominal, que

também está associada a problemas cardiovasculares e a resistência ã ação da

insulina.

TIPO IV – Caracterizado pelo excesso de gordura gluteofemoral, também

conhecida como do tipo ginóide ou de obesidade do tipo “pêra”. A obesidade do

tipo IV pode estar mais suscetível a alteração nos períodos de gestação

(principalmente repetidas) e desmame precoce. Este tipo de obesidade manifesta-

se principalmente em mulheres sob efeitos hormonal dos estrógenos, em geral a

a partir da puberdade. A obesidade pode, ainda ser classificada fisiologicamente,

em hipertrófica, hiperplásica e hipertrófica/hiperplásica.

A obesidade hipertrófica está relacionada ao aumento das células de

gordura (adipócitos), e ocorre freqüentemente em adultos. A obesidade

hiperplásica representa o aumento no número de adipócitos, ocorrendo

principalmente nos primeiros anos de vida, na adolescência e em períodos de

gravidez (último trimestre da gravidez), tornando-se estes susceptíveis ao

desenvolvimento de obesidade. A obesidade hipertrófica/hiperplásica relaciona-se

ao aumento tanto no número quanto no tamanho das células de adipócitos, e

ocorre em períodos similares a hiperplásica (DÂMASO, 2001).

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ETAPA 3

ASPECTOS NUTRICIONAIS

Atividade: 03

Palestra com Nutricionista:

- Alimentação ideal.

- Ingestão calórica de gordura.

- Modificação comportamental.

Segundo (Elias; 00) “A alimentação exerce grande influência sobre o

indivíduo, principalmente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar, estudar

e divertir-se, sua aparência e sua longevidade”.

Nutrição é a ciência que estuda a modificação dos alimentos dentro do

corpo, suas funções e suas relações com a saúde e a doença.

Nutrientes são substâncias encontradas nos alimentos, ou seja, proteínas,

carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais e água. Cada uma dessas

substâncias possui uma função específica no organismo.

Proteínas: constroem e conservam o organismo. São chamados também

de construtores.

Hidratos de Carbono: fornecem energia para o corpo, por isso são

chamados de energéticos.

Gorduras: além de fornecerem energia, ajudam no transporte das

vitaminas A, D, E e K através do organismo.

Vitaminas e minerais: têm um papel fundamental na vida das pessoas da

infância à fase adulta e devem ser consumidos corretamente desde bebê. São

substâncias essenciais, das quais o corpo necessita para diversos processos

metabólicos.

- Realizar debates e relatórios sobre os

temas abordados.

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Água: pode-se dizer que sem água não há vida, pois ela é o principal

componente do organismo. A água participa da composição de todos os líquidos

e células orgânicas, desempenhando diversas funções essenciais ao

metabolismo normal.

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ETAPA 4

MEDIDAS ANTOPOMÉTRICAS

Atividade: 04

Após determinar o IMC (Índice de Massa

Corporal), avaliar as Dobras Cutâneas,

Tricipital (TR) e Subescapular (SE)

para calcular o percentual de gordura,

Através das fórmulas de Lohman

(1986) e Slaughter et al. (1988).

Sem dúvida , o IMC (Índice de Massa Corporal) é a forma mais fácil e

difundida para a avaliação da obesidade. A relação entre o IMC e o risco de

morbimortalidade associado à obesidade é curvilínea e permite que vários níveis

de riscos sejam identificados . Vale ressaltar que o IMC não é capaz de quantificar

a gordura corpórea , assim sendo em alguns grupos étnicos, o percentual de

gordura corpóreo não corresponde precisamente ao peso.(RIBEIRO FILHO, 2005;

p.230).

Para se calcular o IMC (Índice de Massa Corporal), utiliza-se a seguinte

fórmula: IMC = peso ÷ altura².

Os valores relacionados para o IMC são:

NÍVEIS DE IMC E RISCO ASSOCIADO À OBESIDADE

IMC (kg/m2) Risco de Morbimortalidade

Eutrófico: 18,5 a 24,9 Normal

Sobrepeso: 25 a 29,9 Moderado

Obesidade grau I: 30 a 34,9 Aumentado

Obesidade grau II: 35 a 39,9 Grave

Obesidade grau III: Maior ou igual 40 Muito Grave

- Os trabalhos de avaliação devem ser feitos individualmente

- Confecção de gráficos

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Segundo Mcardle, Katch & Katch (1981), a lógica para a medida das

pregas cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo

corporal total da gordura fica localizada nos depósitos adiposos existentes

diretamente debaixo da pele e essa está diretamente relacionada com a gordura

total.

A medida da espessura de dobras cutâneas em determinados locais do corpo,

desta forma, pode ser um bom subsídio para a predição da quantidade de gordura

corporal.

Edwards (1950), citado por Guedes (1987), refere que a literatura

especializada menciona a existência de aproximadamente 93 possíveis locais

anatômicos onde uma dobra cutânea pode ser destacada. Está claro que a

utilização de tantas medidas tornaria este método extremamente demorado e

inaplicável para o objetivo de nosso trabalho em academias, mas normalmente

são utilizadas de 3 a 8 locais de medida, que são suficientes para nos dar uma

visão significativa do componente de gordura subcutânea.

As dobras cutâneas mais utilizadas são as localizadas nas regiões do tríceps,

subescapular, supra-ilíaca, abdominal e da coxa; além dessas, é comum,

também, a utilização da medida de dobras nas regiões do bíceps, tórax, axilar

medial e da panturrilha medial.

Dobra Cutânea Triciptal

É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no

ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do

acrômio e o olecrano.

Dobra Cutânea Subescapular

A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal,

seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros

abaixo do ângulo inferior da escápula.

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Dobra Cutânea Panturrilha Medial

Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a

articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e

o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o

polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.

- Para calcular o percentual de gordura (%G) pode-se utilizar duas

fórmulas:

Somatória de dobras – ΣDC – neste caso são mensuradas as dobras Tricipital

(TR) Subescapular (SE) e Panturrilha Média (PM) e aplicadas a cada tabéla

específica, conforme se apresenta:

Meninos – Dobras cutâneas (TR + SE) DC (mm) 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Muito Baixo

Bai- xo

Nível Ótimo

Moderada- Mente Alto

Alto

Muito Alto

% G 2 6 8 13 18 23 26 29 32 35 38 Meninas – Dobras cutâneas (TR + SE) DC (mm) 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

Muito Baixo

Bai xo

Nível Ótimo

Moderada mente Alto

Alto

Muito Alto

% G 4 10 15 20 24 28 30 33 33,5 38 40 Meninos – Dobras cutâneas (TR + PM) DC (mm) 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

Muito Baixo

Ba I xo

Nível Ótimo

Modera- damente Alto

Alto

Muito Alto

% G 6 10 13 17 20 24 28 31 35 38 42

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Meninas – Dobras cutâneas (TR +PM) DC (mm) 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

Muito Baixo

Baixo

Nível Ótimo

Modera- damente Alto

Alto

Muito Alto

% G 7 11 14 18 21 25 29 32 36 39 43 Fonte: Lohman (1987).

* Em cada figura encontra-se especificado quais as dobras deverão ser somadas.

Aplicação de Fórmulas específicas – Neste caso são mensuradas as

dobras Tricipital (TR) e Subescapular (SE) e aplicadas as seguintes fórmulas:

1a Fórmula: Meninos e Meninas brancas ou negras, Fórmula de Lohmann (1986)

%G= 1,35 (TR+SE) – 0,012 (TR+SE)2 – C

2a Fórmula: Meninos brancos ou negros com somatória de dobras Maior 35mm,

formulas de Slaughter et al. (1988).

%G= 0,783 (TR+SE) + 1,6

Meninas brancas e negras

%G= 0,546 (TR+SE) + 9,7

TABÉLA DE CONSTANTES:

Sexo/ Idades

Raça

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Masculino

Bca. 3,1 3,4 3,7 4,1 4,4 4,7 5,0 5,4 5,7 6,1 6,4 6,7

Neg. 3,7 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 6,0 6,3 6,7 7,0 7,3

Feminino

Bca. 1,2 1,4 1,7 2,0 2,4 2,7 3,0 3,4 3,6 3,8 4,0 4,4

Neg. 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0 3,3 3,6 3,9 4,1 4,4 4,7

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Critérios estabelecidos pelo Fitnessgram para percentual de gordura

corporal por sexo e faixa etária:

Idade Masculino Feminino

7 à 17 10,0 à 25,0 17,0 à 32,0

Após as avaliações serão construídos os gráficos;

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ETAPA 5

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

Atividade 05

Participar de programas de

atividades físicas no contra-turno

escolar.

Quando se fala em Educação Física, referimo-nos a um extenso campo de

ações. O interesse básico é o movimento humano, mais especificamente a

educação física se preocupa com a relação entre movimento humano e outras

áreas da educação, isto é, o relacionamento do desenvolvimento físico com o

mental, social e o emocional na medida em que eles vão sendo desenvolvidos.

Esta preocupação pelo desenvolvimento físico com outras áreas do conhecimento

e desenvolvimento humano contribui para uma esfera única da educação física,

pois nenhuma outra área trata do desenvolvimento total do homem, com exceção

da educação no seu senso mais geral possível. A história mostra que as verdades

e crenças, dentro de uma sociedade, em relação ao homem e seu corpo, resultam

em conceitos bastante diferentes e programas que hoje chamamos educação

física. A educação física é determinada culturalmente pelo o que o homem pensa

de seu corpo, como ele pensa de si mesmo em relação ao seu corpo e como ele

pensa que seu corpo deve ser treinado, exercitado, disciplinado, desenvolvido,

educado...(BARBANTI, 1990).

Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na Modernidade,

e implicam na convergência de uma série de elementos: as tecnologias para tanto

vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços

- Troca de experiências entre

os colegas.

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voltados para o corpo vai expandindo; a higiene que fundamentava esses

cuidados vai sendo substituída pelos prazeres do corpo; a implicação lógica do

processo de secularização com a identificação de personalidades dos indivíduos

com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado com o corpo

transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponde à expectativa

desse tempo, um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual, os vestígios

de naturalidade sejam eliminados (SILVA, 2001, p.86).

De acordo com Fonseca, et al (1998). A atividade física é um importante

determinante das características físicas dos adolescentes, pois a obesidade em

adolescentes resulta no desequilíbrio entre atividade reduzida e excesso de

consumo de alimentos densamente calóricos, tendo mostrado que o número de

horas que um adolescente passa assistindo TV é um importante fato associado a

obesidade, acarretando um aumento de 2% na prevalência da obesidade para

cada hora adicional de televisão em jovens de 12 a 17 anos. Outro fator

comentado por Fonseca, et al (1998), o hábito de omitir refeições, especialmente

o desjejum, juntamente com o consumo de refeições rápidas, fazem parte do

estilo de vida dos adolescentes, sendo considerados comportamentos importantes

que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. O consumo alimentar

como um todo não tem sido consistentemente associado ao estado nutricional.

Dicas para a prática de Atividades Físicas:

- Adolescentes e adultos jovens, de ambos os sexos, podem beneficiar-se com a

atividades físicas regulares.

- Atividade física não precisa ser intensa para trazer benefícios à saúde.

- Atividades moderas, realizadas na maior parte dos dias da semana, trazem

benefícios em todas as idades. Isto pode ser feito numa sessão de caminhada

rápida (30 minutos ou mais), ou em atividades mais intensas e menos

prolongadas (como correr ou jogar basquete por 15-20 minutos).

- Mais benefícios podem ser derivados da atividade física regular se esta for de

intensidade ou duração progressivamente crescente, respeitadas as

características individuais. É importante lembrar, porém, que o risco de lesões

também aumenta quando a atividade é muito intensa ou prolongada.

- Procure usar sempre roupas leves, tênis e meias confortáveis;

20

- Utilize o espelho sempre que possível para corrigir sua postura;

- Faça os exercícios dentro do seu ritmo, sem forçar;

- Procure fazer todos os exercícios da forma correta;

- Não dispense o alongamento. Ele é fundamental para dar elasticidade aos músculos, para que você não se machuque durante os exercícios;

- Beba muita água antes, durante e depois da malhação, para hidratar;

- Faça os exercícios, de preferência, pela manhã ou no fim da tarde. Nunca, depois do almoço.

- Procure aproveitar o tempo que você passa malhando, afinal você está contribuindo para a sua saúde.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, B., FERREIRA, S.R.G. Epidemiologia, Guia de Transtornos Alimentares e Obesidade, Barueri-Sp; Manole, 2005, 185 p.

BARBANTI, V. J., Aptidão Física- um convite a saúde – São Paulo – SP, Manole, 1990.

BOUCHARD, C; Atividade Física e Obesidade. Barueri-Sp: Manole, 2003. P.469.

DÂMASO, A. Nutrição e Exercício na Prevenção de Doenças. Rio de Janeiro-Rj: Medsi, 2001.

D.C.E Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física; Paraná-2008.

MATOS, M.I.R. Terapias Comportamentais, Guia de Transtornos Alimentares e Obesidade, Barueri-Sp; Manole, 2005, 259 p.

OLIVEIRA, R.J. Saúde e Atividade Física: Algumas Abordagens Sobre Atividade Física Relacionada à Saúde. Rio de Janeiro-Rj; Shape, 2005.

SILVA, A.M. Corpo Ciência e Mercado, Campinas-Sp, Ad. Associados, 2001.

VILLARES, S.M.F., Obesidade Infantil e Exercício; Revista da ABESO; Edição 13, ano IV- abril-2003.

NAHAS, Markus Vinicius, Atividade Física, saúde e qualidade de vida: conceitos e

sugestões para um estilo de vida ativo – 5a Ed. Ver. E atual. – Londrina-Pr;

Midiograf, 2010.

PETROSKI, Édio Luiz; Antropometria-técnicas e padronizações; 5a Ed. –

Florianópolis-SC; Editora Fontoura; 2011