PARASITOLOGIA_AULA4
-
Upload
mariliapatrao -
Category
Documents
-
view
3.048 -
download
0
Transcript of PARASITOLOGIA_AULA4
LeishmanioseDoença de Chagas
- Hemoflagelados -
Profa. Dra. Marilia Patrão
Leishmania braziliensis
Tripanosoma cruzi
Leishmanioses do Velho mundo:Leishmania tropica tropica: cutânea urbana, tipo clássico de lesões secas;Leishmania tropica major: cutânea de ocorrência rural, tipo clínico de lesões úmidas;
Leishmanioses do Novo mundo (subspécies de Leishmania braziliensis):
Leishmania braziliensis braziliensis: cutânea e cutaneomucosa grave, podendo apresentar metástases, "úlcera-de-Bauru ou espúndia";
L. braziliensis guyanensis: tegumentar benigna, sem a ocorrência de metástases "pian bois";
L. braziliensis peruviana: cutânea benigna "UTA";
L. braziliensis mexicana: lesão benigna que ocorre com freqüência no pavilhão auricular e que raramente determina lesões metastáticas, "úlcera de 10s chicleros";
L. braziliensis pifanoi: responsável pelos quadros dramáticos de leishmaniose tegumentar difusa.
LeishmanioseLeishmaniose
Caracteres e Técnicas utilixadas na identificação do subgênero e/ou espécies dos parasitos do gênero Leishmania (adaptado de Lainson e Shaw, 1987)
1) BiológicosMorfologia das formas evolutivas através das microscopias óptica e eletrônica;Desenvolvimento nos hospedeiros invertebrados, modelos experimentais vertebrados e em meios de cultura.2) lmunológicosReconhecimento por anticorpos monoclonais e policlonais através da imunofluorescência indireta;- Teste de Noguchi-Adler; Serotipagem de fator de excreção;Teste de imunidade cruzada em vertebrados.3) BioquimicosEstudo do RNA (ribossômico) através da análise de sequência;Estudo do DNA através da análise da sequência, da densidade de flutuação, dos fragmentos da clivagem por endonuclease de restrição e dahibridização in situ;Caracterização das isoenzimas;Reação em Cadeia da Polimerase - PCR;Estudo da composição da membrana através de lecitinas e análise de ácidos graxos;Radiorrespirometria.4) Distribuição geográfica5) Aspectos clínicos da infecção humana
LeishmanioseLeishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Três principais agentes causadores das leishmanioses humanas no Brasil:
- Leishmania braziliensis: leishmaniose cutaneomucosa, tegumentar americanaou úlcera de Bauru.
- Leishmania donovani : leishmaniose visceral ou calazar;
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea
Agentes etiológicos:
1. Leishmania (Viannia) braziliensis;2. Leishrnania (Eannia) guyanensis;3. Leishmania (Viunnia) lainsoni;4. Leishmania (Ilannia) shawi;5. Leishmania (Eannia) naiffi; 6. Leishmania (Viunnia) amazonensis;
Parasito digenético: para completar seu ciclo biológico, precisa de dois hospedeiros, um vertebrado e um invertebrado (heteroxeno)
Várias espécies de mamíferos
Insetos flebotomídeos
Formas evolutivas: amastigota, promastigota e paramastigota Amastigota: interior das células parasitárias ou livre: ovais, esféricos e fusiformes(grande núcleo, cinetoplasto e vacúolos; sem flagelo livre, somente intracelular) Promastigota: forma alongada, com flagelo livre Paramastigota: pequena e arredondada ou oval; forma de transição Reprodução: assexuada, fisão binária
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutâneaCaracterísticas morfológicas – Leishmania ssp
Amastigota Promastigota
Amastigota no interior do macrófago
Promastigotas Paramastigotasaderidos ao epitélio
Leishmania ssp - Leishmania ssp - MorfologiaMorfologia
Cinetoplasto
Núcleo
Flagelolivre
Núcleo
Bolsa flagelar
Leishmania ssp - Leishmania ssp - MorfologiaMorfologia
Leishmania ssp - Leishmania ssp - MorfologiaMorfologia
Promastigota
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea - - VetorVetor
Mosca da areiaPhlebotomusGênero:Lutzomya
(30 gêneros diferentes utilizados como vetores: vetores específicos para diferentes formas clínicas da doença)
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – Hospedeiros vertebradosHospedeiros vertebrados
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – Ciclo biológico no vetorCiclo biológico no vetor
Amastigotas – encontrados nas células do sistema mononuclear fagocitário do hospedeiro mamífero, onde se reproduz
Picada do mosquito
Estômago do vetor:liberação dos amastigotas
divisão binária
Formação de promastigotas (formas infectantes)
Formação de paramastigotas
Via alternativa
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – Ciclo biológico no mamíferoCiclo biológico no mamíferoPicada do mosquito
Promastigotas – presentes na laringe do mosquito flebotomídeo
Hospedeiro mamífero:Promastigotas fagocitados pelos macrófagos
Transformação em amastigotas dentro dos macrófagos
Divisão binária
Estouramento do macrófago e fagocitose dos amastigotas liberados
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutâneaCiclo biológico Ciclo biológico
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutâneaCiclo biológico Ciclo biológico
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – Aspectos clínicosAspectos clínicos
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – Aspectos clínicosAspectos clínicos
Diferentes formas: leishmaniose cutânea leishmaniose cutaneomucosa leishmaniose cutânea difusa
(depende do gênero de leishmania infectante)
Leishmaniose cutânea Leishmaniose cutaneomucosa
Leishmaniose cutânea difusa
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – EpidemiologiaEpidemiologia
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – EpidemiologiaEpidemiologia
Primariamente encontrada em animais silvestres comum em áreas rurais
Diferentes reservatórios naturais e vetores
Diferentes espécies
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – ProfilaxiaProfilaxia
Uso de inseticidas é pouco efetivo parasitose comum e áreas florestais
Evitar desmatamentos
Construir casas no mínimo a 500 m da mata
VACINA mais efetiva
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – DiagnósticoDiagnóstico
- Retirada de material da lesão seguida de esfregaço em lâmina, coloração e pesquisa em microscópio
- Exame histopatológico de fragmento da pele
- Retirada de material da lesão seguida de cultura do parasito
- Retirada do material da lesão seguida de inoculação em hamster
- PCR para pesquisa do DNA do parasito
- Teste de montenegro: inocula-se antígenos do parasita na pele, procurando por reação imunológica do hospedeiro
- Testes imunológicos (RIFI)
Leishmaniose cutâneaLeishmaniose cutânea – – TratamentoTratamento
Cauterização das lesões com nitrogênio liquido
Antimoniato de n-metilglucamina – 20 mg/kg/dia – 20 dias (cutânea) e 30 dias (cutaneomucosa)(Mecanismo de ação incerto)
Anfotericina B 0,5 mg/kh/IV/dia – 4 semanas(se liga à membrana plasmática do parasita)
Imunoterapia(modulação da resposta imunológica do hospedeiro)
Leishmaniose visceralLeishmaniose visceral
Agente etiológico – Leishmania donovani Leishmania chagasi Leishmania infantum
Morfologia e formas evolutivas – semelhantes a L. braziliensisFormas amastigotas encontradas em macrófagos teciduais (medula óssea, baço, fígado, placenta, entre outros), raramente encontradas no sangue
Leishmaniose visceral – Aspectos clínicosLeishmaniose visceral – Aspectos clínicos
Esplenomegalia
Alterações hepáticas
Alterações no sistema hemocitopoético
Alterações pulmonares
Alteraçõe renais
Alterações no aparelho digestivo
Alterações cutâneas
-Desenvolvimento abrupto ou gradual –
- Depende do estado geral do hospedeiro (mais comum em imunossuprimidos, desnutridos e crianças)
Leishmaniose visceral – Aspectos clínicosLeishmaniose visceral – Aspectos clínicos
Leishmaniose visceral – DiagnósticoLeishmaniose visceral – Diagnóstico
- Pesquisa direta do parasito (punção da medula óssea, biópsia de órgãos afetados)
- Métodos imunológicos (RIFI, ELISA)
- Outros métodos
Método de ELISA
Leishmaniose visceral – EpidemiologiaLeishmaniose visceral – Epidemiologia
Leishmaniose visceral – ProfilaxiaLeishmaniose visceral – Profilaxia
- Diagnóstico e tratamento dos doentes
- Eliminação dos cães infectados
- Combate das formas adultas do inseto vetor
Doença de ChagasDoença de ChagasAgente etiológico – Trypanosoma cruzi
Diversas formas evolutivas Flagelado Ciclo no hospedeiro intermediário e no definitivo
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologia
Formas tripomastigotas largas: sangue circulante
Formas tripomastigotas delgadas: sangue circulante
Formas epimstigotas: Dejetos de barbeiroMeios de cultura
De acordo com:(i) a forma geral da forma evolutiva; (ii) a posição relativa entre o flagelo e o núcleo; (iii) a localização da bolsa flagelar (local de saída do flagelo); e (iv) a localização do flagelo livre, podemos diferenciar as formas evolutivas dos
tripanossomatídeos.
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologia
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologia
http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologia
http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologiahttp://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologiahttp://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69
Trypanosoma cruzi - morfologiaTrypanosoma cruzi - morfologiahttp://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69
Barbeiro
Classe PhlebotomidaeOrdemHemipthera
Triatoma infestansPanstrongylus megistus
Trypanosoma cruzi – vetor biológicoTrypanosoma cruzi – vetor biológico
Modo de transmissão:
Inoculação das fezes do Barbeiro no orifício causado pela flebotomia.
Hospedeiros intermediários (reservatório):
Trypanosoma cruzi – ciclo biológicoTrypanosoma cruzi – ciclo biológico
Trypanosoma cruzi – ciclo biológicoTrypanosoma cruzi – ciclo biológico
Trypanosoma cruzi – ciclo biológicoTrypanosoma cruzi – ciclo biológico
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Fase AgudaInflamação local em de porta de entrada, miocardite (rompimento das
células infectadas e formação de exsudato inflamatório).
Fase CrônicaForma Indeterminada- assintomático ou latente
Forma Cardíaca – cardiopatia: cardiomegalia, hipertrofia dos vasos, despopulação neuronal, fibrose
Forma Digestiva – lesão neuronal (plexo mioentérico), alteração das mucosas, hipertrofia das células musculares , inflamação crônica, fibrose, alterações peristálticas
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Fases da doença
Fase aguda: sinal de Romagna/chagoma de inoculação
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Fase aguda: miocardite chagásica aguda (lesão nos feixes nervosos)
Trypanosoma cruzi – aspectos clínicosTrypanosoma cruzi – aspectos clínicos
Fase crônica: cardite chagásica (hipertrofia cardíaca e fibrose)
Trypanosoma cruzi – epidemiologiaTrypanosoma cruzi – epidemiologia
Trypanosoma cruzi – epidemiologiaTrypanosoma cruzi – epidemiologia
Trypanosoma cruzi – epidemiologiaTrypanosoma cruzi – epidemiologia
Fase Aguda:Pesquisa direta - alta parasitemia microscopia do
sangue a fresco (gota espessa ou coloração)
Pesquisa indireta – anticorpos inespecíficos IgG e IgM
Fase Crônica:Exames sorológicos – ELISA (anticorpo conjugado a
enzima). Reação colorimétrica
PCR (polymerase chain reaction)
Trypanosoma cruzi – diagnósticoTrypanosoma cruzi – diagnóstico
Combate ao barbeiroinseticida, controle biológico
Melhoria das moradiashigiene e limpeza
Triagem sorológica dos doadores de sangueidentificação e seleção
Trypanosoma cruzi – profilaxiaTrypanosoma cruzi – profilaxia
Trypanosoma cruzi – tratamentoTrypanosoma cruzi – tratamento
Terapêutica ineficaz
Nirfurtimox – age contra formas sanguíneas e parcialmente contra formas teciduais
8 a 12 mg/kg/dia, durante 90 dias
Benzonidazol – age somente contra formas sanguíneas
5 a 8 mg/kg/dia, durante 60 dias