Paróquia São João Batista -...

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Paróquia São João Batista ANO IV - Nº XV. SETEMBRO 2018 DOCUMENTO 105 DA CNBB Leigos e leigas (8) O capítulo II do documento 105 da CNBB vai tratar do leigo como “sujeito eclesial”. Essa expressão tem aparecido muito atualmente nos documentos e orientações da Igreja. Então, seria bom ter bem claro o que isso significa. Quando estudamos português aprendemos algo mais ou menos assim. Na frase “João dirige o carro”, ‘João’ é o sujeito, ‘dirige’ é o verbo, e ‘o carro’ é o objeto, porque é dirigido por alguém. Há algum tempo, a impressão que se tinha é que o clero era o sujeito na Igreja. Era quem fazia. E os leigos e leigas eram objeto. Só recebiam. Eram dirigidos, ensinados, orientados. Agora compreendemos que é bem diferente: leigos e leigas são sujeitos na Igreja. Participam das decisões, do planejamento, da formação, da celebração, da ação evangelizadora e pastoral. Não são apenas colaboradores dos padres e bispos, mas pessoas igualmente corresponsáveis. Daí é que vem a expressão “comunhão”. É a igualdade na dignidade, embora sejamos diversos no que fazemos. “Antes de sermos diferentes somos todos iguais” (n. 105). “Não é evangélico pensar que os clérigos – ministros ordenados – sejam mais importantes e mais dignos, sejam ‘mais’ Igreja do que os leigos” (n. 109). Todos participamos do “Sacerdócio comum”. Essa expressão não quer dizer uma coisa sem importância, banal, sem valor, mas uma realidade que é de todos, comum a todos e todas. Jesus nos ensina a ser sujeitos da nossa vida. E, como sal, fermento e luz, ser sujeitos na Igreja e na sociedade. Agindo com “coragem, criatividade e ousadia” (n. 119), com “liberdade e autonomia” (n. 126). Cada pessoa com seus dons, com o seu jeito de ser, formando uma unidade na diversidade. Cristo, como cabeça, garante a unidade e harmonia de todo o corpo. Pe. José Antonio de Oliveira Bebendo nas fontes da Sabedoria Os judeus de Alexandria, no Egito, estavam sofrendo muito, sendo discriminados e oprimidos por parte dos governantes gregos ou romanos. Eram muito injustiçados e explorados. Sofriam com a pobreza e o desprezo. É nesse contexto que, no final do século I a.C, pouco tempo antes de Jesus nascer, surge o Livro da Sabedoria, trazendo uma palavra de esperança e um forte apelo à justiça. Seu objetivo é animar os judeus fiéis e, ao mesmo tempo, fazer um apelo àqueles que governam a terra, para que “amem a justiça” (Sb 1,1). É este livro que foi escolhido para ser estudado, aprofundado e refletido por nós durante o Mês da Bíblia deste ano. O tema é: “A Sabedoria é um espírito amigo do ser humano”. Embora seja um livro de grande importância e riqueza, não consta na Bíblia usada pelos evangélicos. A razão é que não foi escrito em hebraico como quase todos os textos do Antigo Testamento, mas em grego. Além disso, foi escrito fora da Terra Santa. Por essa razão, não entrou na primeira tradução da Bíblia, que é usada pelos evangélicos. Ao ler esse livro, vamos ouvir a súplica dos justos e perceber a importância da verdadeira sabedoria em nossa vida. Vejamos alguns exemplos: “A Sabedoria é um espírito amigo dos seres humanos” (Sb 1,6); “A vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento irá atingi-la” (Sb 3,1); “A Sabedoria se mostra facilmente a quem lhe tem amor, e se deixa encontrar por aquele que a procura” (Sb 6,12). O livro que nos mostrar como nosso Deus é “amigo da vida” (Sb 11,24.26). O tema da justiça está muito presente em todo o livro. Desde o primeiro versículo: “Amem a justiça, vocês que julgam a terra” (Sb 1,1), pois “a justiça é imortal” (Sb 1,15). Esses textos querem mostrar o sofrimento dos justos que, muitas vezes, é consequência de julgamentos injustos, assumidos por pessoas de coração duro. Os justos são mencionados cerca de 27 vezes: sofrem, resistem e gritam por justiça. O julgamento de Deus contra os ímpios ou injustos aparece cerca de vinte vezes. Um texto em especial revela a maldade, a crueldade de alguns: “Vamos oprimir o pobre e o justo (...). Vamos submeter o justo a insultos e torturas, para sabermos de sua serenidade e avaliarmos sua resistência” (Sb 2,10.19). Mas, ao mesmo tempo, o livro mostra a firmeza e a perseverança de quem confia em Deus e não desiste de lutar: “Então o justo estará de pé, cheio de coragem, diante daqueles (ímpios) que o oprimiram e lhe desprezaram os esforços” (Sb 5,1). Vale a pena conhecer um pouco mais desse tesouro. Durante o mês de setembro teremos uma formação bíblica na paróquia, todas as terças e quartas, com o objetivo de aprofundar um pouco mais os “livros sapienciais”, com destaque para o da Sabedoria. Não perca essa oportunidade! Pe. José Antônio de Oliveira Para início de conversa... Para início de conversa...

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Paróquia São João BatistaANO IV - Nº XV. SETEMBRO 2018

DOCUMENTO 105 DA CNBBLeigos e leigas (8)

O capítulo II do documento 105 da CNBB vai tratar do leigo como “sujeito eclesial”. Essa expressão tem aparecido muito atualmente nos documentos e orientações da Igreja. Então, seria bom ter bem claro o que isso significa.

Quando estudamos português aprendemos algo mais ou menos assim. Na frase “João dirige o carro”, ‘João’ é o sujeito, ‘dirige’ é o verbo, e ‘o carro’ é o objeto, porque é dirigido por alguém. Há algum tempo, a impressão que se tinha é que o clero era o sujeito na Igreja. Era quem fazia. E os leigos e leigas eram objeto. Só recebiam. Eram dirigidos, ensinados, orientados.

Agora compreendemos que é bem diferente: leigos e leigas são sujeitos na Igreja. Participam das decisões, do planejamento, da formação, da celebração, da ação evangelizadora e pastoral. Não são apenas colaboradores dos padres e bispos, mas pessoas igualmente corresponsáveis. Daí é que vem a expressão “comunhão”. É a igualdade na dignidade, embora sejamos diversos no que fazemos. “Antes de sermos diferentes somos todos iguais” (n. 105).

“Não é evangélico pensar que os clérigos – ministros ordenados – sejam mais importantes e mais dignos, sejam ‘mais’ Igreja do que os leigos” (n. 109). Todos participamos do “Sacerdócio comum”. Essa expressão não quer dizer uma coisa sem importância, banal, sem valor, mas uma realidade que é de todos, comum a todos e todas.

Jesus nos ensina a ser sujeitos da nossa vida. E, como sal, fermento e luz, ser sujeitos na Igreja e na sociedade. Agindo com “coragem, criatividade e ousadia” (n. 119), com “liberdade e autonomia” (n. 126). Cada pessoa com seus dons, com o seu jeito de ser, formando uma unidade na diversidade. Cristo, como cabeça, garante a unidade e harmonia de todo o corpo.

Pe. José Antonio de Oliveira

Bebendo nas fontes da Sabedoria

Os judeus de Alexandria, no Egito, estavam sofrendo muito, sendo discriminados e oprimidos por parte dos governantes gregos ou romanos. Eram muito injustiçados e explorados. Sofriam com a pobreza e o desprezo.

É nesse contexto que, no final do século I a.C, pouco tempo antes de Jesus nascer, surge o Livro da Sabedoria, trazendo uma palavra de esperança e um forte apelo à justiça. Seu objetivo é animar os judeus fiéis e, ao mesmo tempo, fazer um apelo àqueles que governam a terra, para que “amem a justiça” (Sb 1,1).

É este livro que foi escolhido para ser estudado, aprofundado e refletido por nós durante o Mês da Bíblia deste ano. O tema é: “A Sabedoria é um espírito amigo do ser humano”.

Embora seja um livro de grande importância e riqueza, não consta na Bíblia usada pelos evangélicos. A razão é que não foi escrito em hebraico como quase todos os textos do Antigo Testamento, mas em grego. Além disso, foi escrito fora da Terra Santa. Por essa razão, não entrou na primeira tradução da Bíblia, que é usada pelos evangélicos.

Ao ler esse livro, vamos ouvir a súplica dos justos e perceber a importância da verdadeira sabedoria em nossa vida. Vejamos alguns exemplos: “A Sabedoria é um espírito amigo dos seres humanos” (Sb 1,6); “A vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento irá atingi-la” (Sb 3,1); “A Sabedoria se mostra facilmente a quem lhe tem amor, e se deixa encontrar por aquele que a procura” (Sb 6,12). O livro que nos mostrar como nosso Deus é “amigo da vida” (Sb 11,24.26).

O tema da justiça está muito presente em todo o livro. Desde o primeiro versículo: “Amem a justiça, vocês que julgam a terra” (Sb 1,1), pois “a justiça é imortal” (Sb 1,15). Esses textos querem mostrar o sofrimento dos justos que, muitas vezes, é consequência de julgamentos injustos, assumidos por pessoas de coração duro. Os justos são mencionados cerca de 27 vezes: sofrem, resistem e gritam por justiça. O julgamento de Deus contra os ímpios ou injustos aparece cerca de vinte vezes.

Um texto em especial revela a maldade, a crueldade de alguns: “Vamos oprimir o pobre e o justo (...). Vamos submeter o justo a insultos e torturas, para sabermos de sua serenidade e avaliarmos sua resistência” (Sb 2,10.19). Mas, ao mesmo tempo, o livro mostra a firmeza e a perseverança de quem confia em Deus e não desiste de lutar: “Então o justo estará de pé, cheio de coragem, diante daqueles (ímpios) que o oprimiram e lhe desprezaram os esforços” (Sb 5,1).

Vale a pena conhecer um pouco mais desse tesouro. Durante o mês de setembro teremos uma formação bíblica na paróquia, todas as terças e quartas, com o objetivo de aprofundar um pouco mais os “livros sapienciais”, com destaque para o da Sabedoria. Não perca essa oportunidade!

Pe. José Antônio de Oliveira

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Expediente - O Precursor

Realização: Paróquia São João Batista Direção: Pe. José Antonio /Pe. Rodrigo Artur Produção: PASCOM Impressão: Gráfica e Editora Dom Viçoso Circulação / Tiragem: Mensal - 1.500 exemplares Distribuição gratuita

Endereço: Praça Monsenhor Gerardo Magela, nº 12 Centro - Barão de Cocais / MG

Espaço LitúrgicoA Igreja nos ensinaA Igreja nos ensinaPor que há divergência entre a Igreja Católica e as outras Igrejas Cristãs quanto ao rito do batismo?

Bem, considerando o relativo desconhecimento de nossa parte quanto ao rito, isto é, à maneira com que outras Igrejas Cristãs administram o batismo aos seus fiéis, e ainda à razão – ou as razões – pela qual o fazem de tal modo, talvez a melhor resposta para esta questão nem seja o porquê da divergência – se é que ela existe –, mas a palavra da Igreja sobre o modo como entende ser válido o batismo, além da justificativa à referida palavra e do seu alcance pastoral.Segundo o Código de Direito Canônico, o batismo, sacramento irrepetível (cf. Cân. 845 – §1; Cân. 864) sem o qual os fiéis não podem receber validamente os demais sacramentos (cf. Cân. 842 – §1), só é válido quando realizado “pela ablução [banho] com água verdadeira [H2O, sem qualquer mistura], juntamente com a devida forma verbal [(N.), eu te batizo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo]” (Cân. 849). Evidentemente, é o batismo de Jesus a principal razão pela qual a Igreja justifica esta postura jurídico-teológica; pois, com efeito, Jesus quis ser e foi batizado por João nas águas do Rio Jordão (cf. Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 3,21-22). Batizado, conforme nos reza Santo Tomás de Aquino, o Autor do batismo purifica a água do Jordão para nos purificar e, assumindo a semelhança da carne do pecado, submerge o pecado nas águas da regeneração (cf. Summa Theologica, III, q.39. a.1).É esta a convicção que leva a Igreja a afirmar, sem qualquer dúvida, o batismo como o sacramento que incorpora os seres humanos “a Cristo, tornando-os membros do povo de Deus; perdoa-lhes todos os pecados e os faz passar, livres do poder das trevas, à condição de filhos adotivos” (Introdução do Ritual do Batismo de Crianças, 2). Por isso, ninguém – nem mesmo quem assim se autointitule – pode ser cristão/ã católico/a sem, antes, ser batizado/a (cf. idem, 3-4). Observemos o exemplo abaixo:Uma pessoa adulta, comprovadamente pertencente a uma Igreja não católica, católica quer tornar-se. A Igreja Católica, por sua vez, irá acolhê-la. No entanto, 1. Antes de acolhê-la, terá que certificar-se de que ela (a pessoa) recebeu ou não o batismo (se for o caso, através de consulta/s a alguma/s Igreja/s não católica/s mencionada/s pela pessoa. Afirmamos, por curiosidade, que a Igreja Metodista, sem dúvida, batiza validamente – cf. Guia Ecumênico da CNBB, 21). 2. Se ficar comprovado que ela não foi batizada, batizá-la-á, no devido tempo (cf. Cân. 851 – §1). 3. Ficando comprovado que ela é batizada validamente, segundo os critérios estabelecidos acima apresentados, e sem qualquer dúvida sobre o contrário (cf. Cân. 869 – §2), recebê-la-á como batizada, porque o batismo é irrepetível. 4. Se, porém, houver dúvida de que ela tenha sido batizada ou de que o batismo lhe tenha sido válido, “e a dúvida permanecer depois de séria investigação”, deverá batizá-la sob condição, com as seguintes palavras: “(N.), se não és batizado/a, eu te batizo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (cf. Cân. 869).Batizada, essa pessoa fica vinculada definitiva e sacramentalmente à “unidade que liga todos [...] ao alcance da plenitude de vida em Cristo” (Unitatis Redintegratio, 22). Católica, deverá, por isso, convencer-se dia a dia de que Aquele que nos une aos irmãos não católicos está muito acima daquilo que deles nos separa (cf. idem, 1). Esta, aliás, é uma tarefa de todos nós...

Pe. Rodrigo Artur

Fruto da GenerosidadeNós sabemos que Deus não precisa de nada. Não precisa de nós. Ele é o Senhor de tudo, de todos. Mas a Igreja precisa de bens para fazer o bem, para evangelizar, promover a fé, dar assistência, oferecer os sacramentos. Além disso, nós precisamos constantemente fazer a experiência de nos libertar da escravidão do apego, da ambição, do egoísmo. Assim, o dízimo é uma forma de oferecer a Deus, por meio da Igreja, minha colaboração, demonstrar gratidão, além de ser um remédio contra o apego e o fechamento. É chave para abrir o coração.Veja agora um pouco do que fizemos em julho com tudo o que a paróquia arrecadou:

Construção igr. de N. Sra. Perp. Socorro e outras obras: ...............................................................R$ 21.216,05Salários e férias: ........................................................................................................................................R$ 9.783,00Encargos sociais: .......................................................................................................................................R$ 4.867,82Dimensão Social e promoção humana: ............................................................................................R$ 4.100,00Água / luz / telefone / internet: ...........................................................................................................R$ 4.039,34Para o trabalho pastoral da Arquidiocese: ........................................................................................R$ 3.338,32Trabalho pastoral da Região Norte: ....................................................................................................R$ 3.338,32Para despesas do Seminário: .................................................................................................................R$ 3.338,32Transporte / veículos: ..............................................................................................................................R$ 2.890,12Manutenção e limpeza: ...........................................................................................................................R$ 2.613,00Culto (celebrações): ...................................................................................................................................R$ 1.228,20

“Façam a experiência do dízimo, diz o Senhor, e vocês verão se não abro as compor-tas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos” (Malaquias 3,10).

Cada um(a) dê de acordo com o seu coração. E que não seja de qualquer jeito, res-mungando, achando ruim, mas com alegria e gratidão. Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito colhe muito (cf. 2Cor 9,6-7).

Hino do GlóriaApós o humilde clamor do kyrie eleison é

como se abrisse o céu. Quando o fiel se reconhece efetivamente pecador, o faz confessando o amor de Deus: ele crê que sua entrega à poderosa graça divina não o decepcionará. Assim, quando, na missa, ele se reconhece pecador e pede ao Senhor que o torne digno de celebrar sua Eucaristia, está proferindo um ato de fé 1. Neste momento, a Liturgia deixa-nos pressentir o amor misericordioso de Deus que Se compadeceu do homem, da ovelha perdida, mandando-nos o próprio Filho como Redentor. Ele vem para nós entre o júbilo de milhares de anjos

que cantam como outrora nos arredores de Belém: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra ao homem por Ele amado (cf. Lc 2,14).

O Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si. É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes (IGMR 53).

Instrução Geral do Missal Romano deixa claro que é um hino doxológico – louvor e glorificação – no entanto, é o Filho que está no centro deste louvor. O louvor se dirige-se ao Pai, proclama a obra salvadora do Filho, imolado e vitorioso, nosso Senhor e Salvador, na unidade do Espírito Santo. O conteúdo central do hino é cristológico e pascal. O hino do Glória, pode ser dividido em três partes:

A primeira, o louvor dos anjos: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. A segunda parte, é o louvor a Deus pois a honra suprema pertence ao Pai por nos mandar o Seu Filho amado 2. A terceira parte, são louvores seguidos de súplicas a Cristo. Ele como cordeiro-vítima Se entregou por nós e Se tornou o Mediador da Nova e Eterna Aliança e no Espírito Santo abre-nos o caminho para a eterna felicidade 3. E termina com a inclusão do Espírito Santo, porém, essa inserção não constitui um louvor explícito à terceira pessoa da Trindade, mas relaciona o Espírito com o Filho, este que é o centro de todo o hino, e o Kyrios que habita desde todos os tempos no seio da Trindade.

Estamos diante de um venerável hino, cuja nota dominante é o júbilo do louvor, confiante e alegre. Assim, deve-se prestar atenção a esse fato na escolha dos cantos para esse momento do Glória. Não poderá ser substituído por um simples canto: o ideal seria cantar o próprio texto, tal qual foi transmitido desde a Antiguidade; e não esquecer que, como hino, deve ser cantado por toda a assembleia, ou então, alternando em dois coros, ou assembleia e coro. Os hinos não são recitados, a opção de recitá-los cabe somente quando não houver a possibilidade de cantá-lo.

A entonação inicial deste hino não é mais reservada a quem preside e pode ser feita por um solista ou pelo coral. Hinos se cantam, não se falam. O hino do Glória não seja substituído por qualquer hino de louvor ou por paráfrases que se distanciam demasiadamente de seu sentido original (Estudos da CNBB 79, n. 308).____________1. Steinmetz, Michel. Entrar no espírito da Liturgia. Petrópolis: Vozes, 2017.2. Rudroff, Francisco. Santa missa: mistério da nossa fé. Fortaleza: Imaculada, 1996. 3. Ibidem.

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SETEMBRO/201801/09 Reunião da Pastoral da Criança 15h

02/09 Reunião da Irmandade do Santíssimo Sacramento

08h

04/09 Reunião da Pastoral do Dízimo 08h04/09 Reunião da Pastoral da Comunicação 18h3005/09 Reunião da Pastoral da Criança 15h05/09 Reunião da Pastoral do Batismo 18h3009/09 Festa de São Gonçalo10/09 Reunião do Cursilho 19h3011/09 CAEP11/09 Reunião de Liturgia e Música 19h14/09 Festa de Exaltação da Santa Cruz

15/09 Festa de Nossa Senhora das Dores (Bairro Lagoa)

21/09 Reunião do CPP22/09 Assembleia Paroquial de Liturgia 14h

23/09 Festa de Nossa Senhora das Mercês (Água Limpa)

27/09 Missa no hospital 16h29/09 Festa de São Miguel28/09 Celebração do Perdão 19h3030/09 Jubileu de 25 anos da Pastoral do Dízimo 16h

25 e 26/09 Inscrições para preparação para o batismo

29 e 30/09 Encontro de Revisão Matrimonial (Cantinho do Céu)

Quando se fala em “Palavras Vivas” quem de nós nunca imaginou um monte de letras andando em alguma direção como se fosse uma animação? Quando na Bíblia pensamos nas pessoas ali citadas, percebemos que essa analogia não está tão distante da realidade.

Na Exortação Apostólica Verbum Domini, o Papa Emérito Bento XVI nos escreve: “Na história da salvação sobressaem grandes figuras de ouvintes e evangelizadores da Palavra de Deus: Abraão, Moisés, os Profetas, os Santos Pedro e Paulo, os outros Apóstolos, os Evangelistas. Escutaram fielmente a Palavra do Senhor, e, comunicando-a, deram espaço ao Reino de Deus”, assim também somos chamados a junto a esses grandes mitos, sermos importantes na história da humanidade.

É fato que na juventude encontramos pelo caminho vários pontos de interrogação e buscamos respostas para tudo, inclusive do que está embaixo do nosso nariz. Quem nunca precisou ver para crer? São Tomé está aí pra isso! Nem sempre saber que Deus existe é o suficiente. É necessário viver uma autêntica experiência de amor assim como São João Evangelista que descobriu que estar ao lado Dele é sempre a melhor escolha.

Porém, o mundo tenta limitar as nossas capacidades e nos faz acreditar que os planos de Deus são impossíveis. Diante dos gigantes que surgem somos desafiados a vencê-los. Davi tinha pedras, nós temos a Palavra, os Dons, os Sacramentos, o Rosário e a Santa Doutrina da Igreja.

E por falar em pedra, o que dizer de São Pedro? Bruto, cheio de falhas e fraquezas mas, que colocou a vontade de Deus acima de tudo isso, fazendo com que esses problemas se tornassem fichinha diante da missão a ele confiada.

Vivemos caindo do cavalo quando tentamos fazer o que nos dá na telha, entretanto é certo que quando nos levantamos e deixamos a cegueira para traz, muitos nos seguem pelo testemunho e por tudo o que transmitimos. Se São Paulo fosse do século XXI provavelmente estaria em todas as redes sociais mitando, e, com milhões de seguidores. A única diferença é que com certeza ele não transmitiria nenhuma fake news. Um bom exemplo de fonte confiável é São João Batista que não ficava de lero-lero e ia direto ao ponto, levando a verdade doendo a quem doesse.

Essa verdade é fundamental para guiar quem está perto de nós; como Moisés fez com seu povo e os levou de encontro às promessas de Deus. Quem fica impressionado com os blocos de hoje que atraem multidões, nem imagina a galera que ele arrastou.

Os que desejam viver a vida ao lado de Jesus, segundo seus ensinamentos e provando do seu amor, precisam dar o seu sim a cada dia, como Santa Maria Madalena, que não só viveu um encontro com o Cristo, mas teve a alegria de testemunhar em primeira mão a sua ressurreição.

O importante é mantermos nossa fé inabalável diante dos desafios e confiarmos em Deus da mesma forma que Abraão, entregando a Ele o nosso tudo.

Jovens Precursores

Belo e profundo ensinamento de Santo Ambrósio, que nos ajuda a compreender como é importante a prática da Leitura Orante das Sagradas Escrituras. A Palavra transforma a nossa vida, ilumina nosso caminhar e nos aperfeiçoa na vivência da santidade. A Palavra é, pois, alimento para nossa existência. As Sagradas Escrituras não são um livro qualquer, mas um instrumento para entrarmos em contato com Cristo Ressuscitado. Por isso, a leitura de suas páginas inspiradas também deve ser feita de modo diferente.

No mês da Bíblia, queremos insistir na importância de participar dos Grupos de Reflexão. Temos roteiros para isso. São pequenos encontros semanais que fazem a diferença. Outra sugestão é praticar a Leitura Orante da Palavra de Deus: Leitura-meditação-oração-comtemplação. Pode ser sozinho(a) ou com outras pessoas. Reserve no mínimo 1h para esta prática e escolha um lugar calmo.

Leitura:Reze pedindo ao Espírito Santo que ilumine sua mente e seu coração para acolher a Palavra de Deus. Faça uma leitura lenta e atenta do texto, fazendo a pergunta: o que diz este texto? Leia com a convicção de que Deus nos fala sempre. Você pode repetir a leitura, alternando momentos de silêncio para prestar atenção em quais palavras mais se destacam no texto, que saltam aos olhos.

Tutorial... fazendo a vontade de Deus

Pauta Jovem

Meditação:O que o texto diz? Ruminar, refletir, aprofundar, repetir as palavras significativas e aplicar a mensagem hoje. Buscar ver o sentido e significado de cada frase ou palavra. Observar quais palavras mais se repetem, o trecho que vem antes e depois; qual o sentido deste texto estar ali.Ligar a palavra com a vida atualizando-a, interiormente (o que ela fala para mim), externamente (o que fala para a sociedade) e transcendente (que sonho ele me inspira). Pode-se ainda alargar a visão ligando o trecho com outros textos da Bíblia. Por isso, é bom ter em mãos um caderno separado para este fim. Oração:Conversar com Deus a partir do texto e responder às interpelações. O texto me pede para ser mais agradecido, compassivo, arrependido, adorador, etc.Ler de novo rezando o texto e respondendo a Deus. Formular um compromisso de vida e escolher uma frase, versículo que servirá para que você se recorde do compromisso feito.Contemplação:Ver a realidade com os olhos de Deus; mergulhar no seu mistério e saborear as realidade divinas. Nem sempre chegamos à contemplação pois, os demais passos tomam muito tempo. Todavia, é possível que a contemplação aconteça enquanto você estiver lendo, ou meditando, vai daquilo que o Espírito Santo quer falar para você no momento.

“Quando tomamos nas mãos, com fé, as Sagradas Escrituras e as lemos com a Igreja, a pessoa humana volta a passear com Deus no paraíso”. (S. Ambrósio)

Catequese

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Pastoral do Batismo

Mês das vocações

Todas as vocações são importantes e contribuem para a construção do Reino de Deus. Neste ano do laicato, queremos destacar a importancia da vocação leiga. O leigo tem como vocação própria, estabelecer o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, na cultura, na política, etc., ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo”. O leigo chega aonde o sacerdote não chega. A nossa paróquia externou sua gratidão publicando uma bela mensagem aos leigos/as. Confira a mensagem no nosso site: http://paroquiasjb.com.br/mensagem-aos-fieis-leigos-e-leigas

Em agosto celebramos os 41 anos de ordenação sacerdotal do nosso pároco, o Padre José Antônio. Agradecemos por ele ser este fiel amigo, este pai espiritual que conduz os nossos passos sempre em direção a Deus.Do mesmo modo que chamou Pedro, Tiago, João… e foi-lhes dizendo: ‘Vem e segue-me’, um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: ‘José Antônio, vem, que eu te farei pescador de homens’. Que bom que a resposta foi um sim generoso.

No último domingo de julho, no setor Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, aconteceu o segundo encontro em comemoração aos vinte e cinco anos de implantação do dízimo na nossa paróquia.O encontro foi momento de falar sobre a importância do dízimo na vida da comunidade e relembrar histórias, momentos e pessoas que colaboraram e colaboram com a pastoral.Além de um delicioso chá partilhado, houve apresentação teatral do grupo Estrela Guia.

Chá Jubilar da Pastoral do Dízimo

Festas nas comunidades

Em agosto nossas comunidades comemoraram as festividades em honra a seus padroeiros com novena, procissão e confraternização.A Comunidade de Sagrada Família celebrou a festa da Sagrada Família refletindo durante os dias da novena o tema da Semana Nacional da Família: “O Evangelho da Família, alegria para o mundo” (a mesma temática do IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco, que aconteceu em Dublim, Irlanda, em agosto).A comunidade do Socorro comemorou a Festa de Nossa Senhora Mãe Augusta. Tradição, fé e religiosidade marcaram mais uma vez a festa da padroeira do Socorro. Ainda em agosto, o Cônego Nedson

Pereira de Assis, veio celebrar o seu jubileu de 25 anos de ordenação sacerdotal com a nossa comunidade. O cônego foi pároco em Barão de Cocais por dez anos e veio celebrar e agradecer a comunidade com quem tanto aprendeu.

Soprando a velinha...

Juventude atuante

No dia 26 de agosto, no Cantinho do Céu, a Pastoral da Juventude promoveu o encontro ‘Jovens em Ação’. O encontro foi marcado por palestras sobre sexualidade, aborto e drogas; comunicação e conexão; e perdão.

No dia 19 de agosto, no Salão Paroquial, aconteceu o encontro de formação e espiritualidade da Pastoral do Batismo. O encontro foi assessorado pelo seminarista Delvair.

No dia 15 de agosto, o Padre Rodrigo Artur comemorou mais um ano de vida. Que o Espírito Santo continue guiando os passos do nosso vigário.

Vai Vai acontecer...