Parte I – Da História Natural

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    NATUREZA, SOCIEDADE E REPRESENTAO:PELES, CORES E SIGNIFICADOS

    Parte IDa Histria Natural

    Por que a humanidade surgiu na frica? Para responder a essa pergunta precisamosinterligar uma srie de fatores.Porm um deles foi fundamental para o surgimento doshomindeos no continente africano. Trata-se do sol.

    A inclinao da Terra com relao ao Sol, conforme nos explica Carlos Moore, favorecea incidncia de radiao solar na regio equatorial. O continente africano e a Amricada Sul recebem mais incidncia solar que as demais partes do globo. Toda essa radiaosolar foi fundamental para que houvesse energia suficiente ao florescimento da vida.Alm disso, a radiao elevada evitou que nas regies citadas ocorresse a formao de

    grandes geleiras, mesmo nos perodos mais frios pelos quais passou o planeta.

    A incidncia solar tambm determinou adaptaes na populao de homindeoshabitantes da frica, conforme evidencia Moore.

    O fentipo de uma espcie desenvolve-se ao longo de complexosprocessos nos quais as mutaes genticas randmicas favorveis sofixadas pela seleo natural. As taxas elevadssimas de melanina nosprimeiros representantes do gnero homo so um bom exemplo deuma soluo evolutiva e adaptativa nas latitudes subequatoriais, ondeo bombardeio de raios solares e ultravioletas era muito intenso e muito

    provavelmente tornou invivel a existncia de homindeos brancosdurante um longo perodo na histria da humanidade. (MOORE,2007, p.36)

    Mas antes que nossos antepassados apresentassem a pele escura, foi preciso se livrar dadensa pelagem que os recobria. Esse foi um dos saltos adaptativos mais transformadoresda espcie humana. E est relacionado diretamente com a necessidade de manter atemperatura do corpo estvel em regies equatoriais e subequatoriais, com grandeincidncia solar.

    H anos pesquisadores investigam porque perdemos os nossos pelos, quando ficamosnus, e como se deu essa mudana. Atualmente, a cincia consegue fornecer algumasrespostas para esse enigma da espcie humana. Enigma que desencadeou uma srie deoutras alteraes nos corpos de nossos antepassados, at atingirmos a humanidade queapresentamos hoje. E um dos passos determinantes para atingirmos o statusde humanofoi a pele escura. Sem ela, na melhor das hipteses, ainda seramos cobertos de pelos e,na pior, estaramos extintos.

    Os pelos so a caracterstica definidora dos mamferos. Todas as espcies mamferasapresentam pelos. A maioria dos organismos mamferos tem uma vasta cobertura pilosa.

    Outros, como baleias e golfinhos, elefantes e hipoptamos, alm dos humanos,apresentam pelos bastante esparsos. Mas qual a funo dos pelos?

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    Os pelos tm como principal funo proteger a pele de agresses mecnicas, comoabraso, umidade, radiao solar, parasitas. Tambm servem como proteo, medidaque propiciam a algumas espcies camuflagem, e identificao, pois o padro da

    pelagem permite reconhecimento de membros de um mesmo grupo. Afora isso, apelagem tem funo comunicativa, uma vez que, em situaes de perigo ou luta, umanimal pode eriar os pelos, demonstrando que est prestes a atacar seu adversrio.

    Outra importantefuno dos pelos auxiliar na regulao da temperatura corporal. E foiexatamente por esse motivo que ns humanos perdemos nosso casaco de pele natural.

    Nossosltimosantepassadospeludos foram osaustralopitecos. Esses indivduoshabitavam uma regio na frica, com vegetao mais frondosa e viviam sobre asrvores, alimentando-se de frutas, folhas, sementes e razes.

    Completamente adaptado, o australopitecos enfrentou uma grande mudana climtica h3 milhes de anos, quando a Terra passou por um perodo de resfriamento global. Adiminuio da temperatura teve implicaes severas sobre o estilo de vida doshomindeos. As baixas temperaturas reduziram a pluviosidade e, consequentemente, aquantidade de gua doce disponvel. Assim, o cenrio em que viviam os nossosancestrais primitivos sofreu alteraes definitivas. As reas mais arborizadas, comalimentos disponveis, perderam a vegetao devido alterao do regime de chuvas.

    No lugar da densa cobertura vegetal, surgiram os campos abertos que conhecemos comosavanas.

    Tais modificaes ambientais foraram os australopitecos a buscarem alimentos e fontes

    de gua doce em reas maiores. Passaram, ento, a percorrer longas distncias sob o sol.Portanto, as mudanas climticas foraram um comportamento mais ativo de nossosantepassados. Mais atividade fsica demanda mais atividade muscular, que resulta emaumento da temperatura corprea. Como equacionar tal situaocoberto por um grandecasaco de pele? Mas perder a pelagem no foi nada simples.

    No artigo A Verdade Nua e Crua, a antroploga Nina Jablonski explica que uma dasgrandes modificaes sofridas pelo corpo dos homindeos primitivos, juntamente com a

    perda de pelo, foi a alterao do suor. Mamferos com corpo coberto de pelo tem umsuor mais oleoso que o humano. Esse suor, apesar de diferente em sua composio

    apresenta a mesma funo: resfriar o organismo pela evaporao dos fluidos sobre apele. No entanto, por ser oleoso, o suor, aps se acumular sobre a pele, entre os pelos,diminui a evaporao e perde a eficincia em reduzir a temperatura corprea.(JABLONSKI, 2013)

    Nos mamferos, o suor produzido por trs tipos de glndulas: crinas, sebceas eapcrinas. As duas ltimas so as mais presentes na maioria dos mamferos e soresponsveis pelo suor mais oleoso. Uma das modificaes presentes em nossosantepassados foi a reduo substancial das glndulas sebceas e apcrinas e o aumentosignificativo do nmero de glndulas crinas. Tal mudana permitiu a produo de um

    suor mais lquido e leve, com maior capacidade de evaporao, consequentemente,maior eficincia na perda de calor. (JABLONSKI. 2013, p. 24)

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    Essas duas modificaes, a perda de pelos e a alterao da composio do suor,garantiram aos homindeos a possibilidade de percorrerem grandes distncias em buscade alimentos e gua sem sucumbirem ao superaquecimento. Para se ter uma ideia daeficincia dessas alteraes fisiolgicas, em 2007, Daniel Lieberman, de Harvard, eDennis Bramble, da Universidade de Utah, publicaram um artigo na revista SportsMedicine. Os autores compararam a eficincia do sistema de resfriamento pelo suorentre humanos e outros mamferos. Chegaram concluso de que um humano teriavantagem ao competir com um cavalo numa maratona, durante um dia quente (ApudJABLONSKI, 2013, p. 25).

    De acordo com Jablonski (2013, p. 26), o modo de vida mais ativo do australopitecostambm favoreceu a dieta de nossos antepassados, que passaram a se alimentar decarne, por volta de 2,6 milhes de anos atrs. Apesar de mais calricos, alimentos deorigem animal demandam mais energia para serem obtidos, principalmente pelo

    deslocamento que exigem dos predadores. Portanto, perder pelo e obter um bom sistemade resfriamento ajudou bastante.Outras modificaes anatmicas que os australopitecossofreram, como pernas mais longas, tambm ajudaram a dissipar o calor e propiciarammaior velocidade, facilitando, alm da caa, a fuga dos predadores. Afinal, ainda noestvamosno topo da cadeia alimentar.

    Locomovendo-se melhor, resfriando-se melhor, diversificando a alimentao, oshomindeos conseguiram se adaptar s novas condies impostas pela natureza. Noentanto, a autora assinala que estavam com a pele mais exposta radiao ultravioleta,da qual os pelos os protegiam. Para sanar esse problema, foi preciso outra alterao

    substancial no aspecto dos nossos antepassados.

    De acordo com Jablonski, enquanto cobertos de pelos, acredita-se que os homindeostivessema pele rosada, como os chimpanzs. Em 2004, a equipe liderada por AlanRogers, da Universidade de Utah, investigou alteraes genticas referentes cor da

    pele humana. A hiptese dos pesquisadores indica que, ao ter a pele exposta ao sol, semproteo da vegetao ou dos pelos, a seleo teria favorecido os alelos de MC1Rresponsveis pela pigmentao da pele. Os pesquisadores conseguiram rastrear asorigens de tal alterao em fsseis de 1,2 milho de anos. Tal alterao genticaestpresente em todos os africanos de pele escura(ROGERS, 2004 apud JABLONSKI,

    2013, p. 26).

    No artigo, Jablonski afirma ainda que a perda de pelos no foi um meio para um fim;isso teve profundas consequncias para as fases subsequentes da evoluo humana,

    como ela explica:

    A perda da maioria do nosso pelo corporal e a conquista dacapacidade de dissipar o excesso de calor corporal por meio do suordas glndulas crinasajudarama tornar possvel o extraordinrioaumento do nosso rgo mais sensvel a temperaturas, o crebro.

    Enquanto o crebro do australopitecos tinha, em mdia, 400centmetros cbicos mal comparando, tamanho igual ao do crebro

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    do chimpanz , o do Homo ergaster era duas vezes maior. Noperodo de 1 milho de anos o crebro humano aumentou em outros400 centmetros cbicos e chegou ao tamanho atual. Sem dvidaoutros fatores influenciaram a expanso de nossa massa cinzentaporexemplo, a adoo de uma dieta suficientemente calrica para servir

    de combustvel para esse tecido que exige tanta energia. Mas a perdado nosso pelo corporal foi um passo decisivo para que nostornssemos cerebrais.(JABLONSKI, 2013, p. 29)

    Como vimos, uma das solues adaptativas que permitiu a nossos antepassadosperderem a proteo pilosa e manterem-se seguros da radiao solar foi a pigmentaoda pele. Esse conjunto de alteraes adaptativas abriu caminho para outros tipos decomunicao, como elenca Jablonski.

    (...) pintura corporal, cosmticos, tatuagens e outros tipos dedecorao da pele so encontrados em vrias combinaes em todasas culturas, porque se tornaram uma prova de associao a um grupo,de status e de outras informaes de importncia vital socialmente,antes codificadas pela presena de pelos. Tambm empregamosposturas corporais e gestos para transmitir nossos estados emocionaise intenes. E usamos a linguagem para expor em detalhe o quepensamos. Vista dessa forma, a pele nua no s nos refrescou ela

    nos tornou humanos.(JABLONSKI, 2013, p. 29)

    Diria mais: vista dessa forma, a pele nuae escura, nos tornou humanos. Porque sema pigmentao as dificuldades em resistir ao sol, mesmo com todas as outrasadaptaes, seriam muito maiores.

    Agora que conhecemos os motivos que levaram a pele humana a escurecer, vamoscompreender como, aps o surgimento da humanidade moderna h 200 mil anos, nossa

    pele passou por novas adaptaes at apresentarmos hoje um vasto continuumde cores.

    Como vimos, h pelo menos 1,2 milho de anos nossos antepassados j apresentavam apele escura. Em decorrncia disso, o homem moderno tambm conhecido comoHomosapiens,que surgiu na frica h aproximadamente 200 mil anos, idntico a nsanatomicamente, tambm tinha a pele escura para suportar a intensa radiao em baixaslatitudes.

    Aps viver por mais de 100 mil anos na frica, h aproximadamente 70 mil anos oHomo sapiensinicia a longa jornada humana para fora daquele continente. Comea a seaventurar na pennsula arbica. Acredita-se que tal migrao tambm tenha se dado

    devido a mudanas climticas, que tornaram a vida mais dura para nossos antepassadosmodernos. Evidncias genticas indicam uma grande diminuio da populao humana

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    no perodo. Estima-se que a humanidadeera constituda por um grupo com menos de 10mil pessoas. Chegamos bem perto da extino.

    Nossos sobreviventes deslocaram-se ento da pennsula arbica para a eursia. Depoispara a costa da ndia e depois alcanaram, h 50 mil anos, a Oceania. Posteriormente

    uma nova onda migratria levou o Homo sapiens a seguir rumo s regies de altaslatitudes da sia e da Europa.

    Por volta de 20 mil anos em meio ao auge de um perodo glacial, em que a grandecamada de gelo reteve muita gua dos oceanos, reduzindo o nvel do mar emaproximadamente 90 metros , parte da populao, ento residente na sia oriental,deslocou-se pela ponte de gelo que poca ligava a sia Amrica.

    Mas essa expanso, com permanncias prolongadas de grupos humanos em latitudesdiversas, trouxe a necessidade de novas adaptaes pele humana. Se para proteger

    nossos antepassados da intensa radiao solar em reas tropicais e subtropicais nafrica, nossa pele escureceu, para sobreviver em regies distantes do Equador, em altaslatitudes, onde a incidncia de raios solares muito menor, nossa pele precisariaadaptar-se novamente.

    preciso explicar que a radiao solar fundamental para a sobrevivncia humana.Sem a radiao ultravioleta, nossos organismos no conseguem metabolizar a vitaminaD responsvel pela absoro de clcio, elemento fundamental para a sade ssea. Almdisso, excesso de radiao ultravioleta reduz a concentrao de cido flico,indispensvel para o desenvolvimento de embries saudveis. Portanto, a pigmentao

    da pele humana precisa atender a essas duas funes: permitir que a radiao solarpenetre e forme a vitamina D, favorecendo a absoro de clcio, e impedir que oexcesso de radiao retire o cido flico.

    Uma pele escura em altas latitudes, onde a incidncia de sol menor, impossibilita aformao da vitamina D, impedindo a absoro de clcio. Por esse motivo, ao se fixarem regies com menor incidncia de sol, nossa espcie sofreu uma nova pressoambiental, que favoreceu a seleo natural de peles mais claras, capazes de permitir a

    penetrao adequada da radiao ultravioleta.

    Essa hiptese foi levantada pelos antroplogos Nina Jablonski e GeorgeChaplin(JABLONSKI e CHAPLIN, 2000). Para comprov-la, os pesquisadoresmediram a taxa de reflexo da luz na pele de diferentes grupos humanos. Tentaramassim demonstrar que as diferentes tonalidades da pele humana esto fortementerelacionadas mdia anual de incidncia de raios ultravioleta. Os resultadosencontrados pelos dois confirmaram a hiptese. Nas reas que apresentaram maiorincidncia de raios ultravioleta foram encontradas populaes de pele mais escura,conforme ilustram os esquemas.

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    O primeiro esquema demonstraa diferena da incidncia da radiao ultravioleta noplaneta, enquanto a segunda imagem, a distribuio dos diferentes tons de pele ao redordo globo. Conforme a hiptese de Jablonski e Chaplin, as reas mais claras, na primeiraimagem, prximas ao Equador, so as reas de maior incidncia da radiao ultravioletae tambm correspondem, na segunda imagem, s regies em que se encontram as

    populaes com peles mais escuras.

    Portanto, a pele humana precisou se adaptar s diferentes condies de isolao noglobo terrestre. Nossa pele tornou-se escura em regies de alta incidncia solar eclareou-se em regies distantes do Equador. Sabemos, ento, porque nossa espcieapresenta um continuumde cores to amplo, como explica o etnlogo Carlos Moore.

    O homem, como ser biolgico, inevitavelmente surgiu desses passos,

    os quais precisam ser conhecidos em detalhes, reconstituindo-se noapenas os caminhos evolutivos da humanidade, mas tambm suadiversidade geogrfica, uma vez que as diferenciaes fenotpicas dosseres correspondem, em muitos casos, a uma estreita associao entreo gentipo e o ambiente. (MOORE, 2007, p. 35)

    Alm da pele, as populaes humanas na frica sofreram outras adaptaes. Porexemplo, a despeito de termos perdido a maioria dos pelos no corpo, nossas cabeasainda so cobertas por eles. Para Jablonski, nosso cabelo serve como isolante trmico.J as diferenas entre cabelos mais grossos e crespos e cabelos mais finos e lisostambm tm explicaes na associao do gentipo com o ambiente.

    Quanto ao cabelo na cabea altamente provvel que ele tenha

    permanecido para ajudar na proteo contra calor excessivo no altodela.Essa noo pode soar paradoxal, mas ter cabelo denso na cabea

    cria uma camada de ar como barreira entre o couro cabeludo que sua ea superfcie quente do cabelo.Assim, num dia quente e ensolarado o

    Fonte: The Race ProjectFonte: JABLONSKI e CHAPLIN, 2000.

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    cabelo absorve o calor, ao passo que a barreira da camada de arpermanece mais fria, permitindo ao suor no couro cabeludo evaporarnaquela mesma camada de ar. Cabelo espessamente cacheadoproporciona a melhor cobertura para a cabea nesse aspecto, porqueaumenta a espessura do espao entra a superfcie do cabelo e o couro

    cabeludo, o que permite a passagem de ar. Ainda resta descobrir sobrea evoluo do cabelo na cabea humana, mas possvel que cabeloespessamente cacheado tenha sido a condio original dos humanosmodernos e que outros tipos de cabelo tenham evoludo medida queos humanos se dispersaram na Terra a partir da frica tropical.(JABLONSKI, 2013)

    Assim como a cor da pele e os cabelos sofreram presses adaptativas, outras caractersticasfenotpicas tambm podem ser explicadas como resultados adaptativos. Um desses caracteres

    o formato dos narizes humanos.

    Os humanos arcaicos, surgidos em regies mais aquecidas como africa, apresentam nariz com abertura ampla e septo baixo, enquantoalgumas populaes africanas que migraram h cerca de 70 mil anos,para povoar uma regio fria como a Europadesenvolveram outraforma anatmica para o rgo, com as narinas estreitas e septo alto.Em ambos os casos, o nariz continuou desempenhando a mesmafuno como rgo externo do sistema respiratrio, ou seja, permitir aentrada do ar. Entretanto, segundo parece, um nariz estreito permiteque o ar se aquea antes de atingir os pulmes e o organismo possafuncionar a temperatura ideal de 36 graus. Os indivduos com narizlargo, vivendo em regies aquecidas, no dependiam desserecurso.Em ambos os casos, as presses ecolgicas relativasinteragiram com as mutaes genticas aleatrias para constituirtraos fenotpicos adaptados aos ambientes respectivos. (MOORE,2007, p. 37)

    Portanto, temos um quadro das adaptaes humanas, desde a perda da cobertura pilosade nossos antepassados, passando pelas variaes da cor da pele humana, comorespostas adaptativas s diferentes presses ecolgicas que os grupos humanosenfrentaram ao migrar pelo globo. Pele, cabelo e narizes so as evidncias dessasrespostas adaptativas.

    At este ponto de nosso percurso, exploramos questes biolgicas da espcie humana.Questes cujo entendimento indispensvel para a compreenso do que ocorreu

    posteriormente. Sendo assim, vamos elucidar de que forma as respostas adaptativas da

    humanidade a diferentes condies ambientais foram socialmente significadas. Como as

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    diferenas fenotpicas dos diversos grupos humanos foram representadas em cadacultura.