Participação Feminina no Mercado de...

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82 Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.6, n.6, p.82-97 , jul/dez.2015 Participação Feminina no Mercado de Trabalho Danilo Dias Muniz acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário Estácio Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected] Felipe Barcellos Bacha - acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário Estácio Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected] Julia Massini Pinto - acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário Estácio Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected] Resumo Este estudo procura evidenciar a mudança do papel da mulher na sociedade e consequentemente o crescimento significativo da mesma no mercado de trabalho, apresentando um pouco da história feminina traçada desde os primórdios até o século XXI, assim como mostrar as dificuldades por elas enfrentadas e a diferença que ainda existe em relação aos homens, principalmente no quesito salário e cargos no trabalho. Concluiu-se, por meio de pesquisas bibliográficas e dados do IBGE, Instituto Vida e Carreira, Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) e Catho, que o diferencial entre homens e mulheres de salário e de níveis de cargos no emprego diminuem a cada ano, porém esta queda não é muito significativa. Concluiu-se também que mesmo conquistando um espaço maior no mercado de trabalho, a mulher continua sendo a principal responsável pelas atividades domésticas e criação dos filhos, fatos estes que são responsáveis pelos principais influenciadores negativos dela no mercado de trabalho. Palavras-chaves: Mercado de Trabalho, Mulheres, Desigualdade no Trabalho, Diferença Salarial. Introdução Este artigo trata sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho. Antigamente, as convenções ditavam que o marido era o provedor do lar, enquanto as mulheres realizavam basicamente afazeres domésticos e cuidavam dos filhos. As que tinham necessidade, exerciam tarefas como costuras e comidas para venda, sendo mal vistas pela sociedade e não valorizadas. A mulher foi introduzida no mercado de trabalho quando a I e II Guerras Mundiais ocorreram (1914-1918 e 1939-1945), momento em que os homens iam para as frentes de batalhas e elas tinham que assumir o lugar dos maridos no mercado de trabalho. Devido a enorme quantidade de homens que foram mortos nas batalhas, e sobreviventes que voltaram para seus lares incapacitados, elas continuaram trabalhando.

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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.6, n.6, p.82-97 , jul/dez.2015

Participação Feminina no Mercado de Trabalho

Danilo Dias Muniz – acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário Estácio

Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected]

Felipe Barcellos Bacha - acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário

Estácio Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected]

Julia Massini Pinto - acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário Estácio

Uniseb de Ribeirão Preto. email: [email protected]

Resumo

Este estudo procura evidenciar a mudança do papel da mulher na sociedade e

consequentemente o crescimento significativo da mesma no mercado de trabalho, apresentando

um pouco da história feminina traçada desde os primórdios até o século XXI, assim como

mostrar as dificuldades por elas enfrentadas e a diferença que ainda existe em relação aos

homens, principalmente no quesito salário e cargos no trabalho. Concluiu-se, por meio de

pesquisas bibliográficas e dados do IBGE, Instituto Vida e Carreira, Programa das Nações

Unidas para o desenvolvimento (PNUD) e Catho, que o diferencial entre homens e mulheres

de salário e de níveis de cargos no emprego diminuem a cada ano, porém esta queda não é

muito significativa. Concluiu-se também que mesmo conquistando um espaço maior no

mercado de trabalho, a mulher continua sendo a principal responsável pelas atividades

domésticas e criação dos filhos, fatos estes que são responsáveis pelos principais

influenciadores negativos dela no mercado de trabalho.

Palavras-chaves: Mercado de Trabalho, Mulheres, Desigualdade no Trabalho, Diferença

Salarial.

Introdução

Este artigo trata sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho. Antigamente, as

convenções ditavam que o marido era o provedor do lar, enquanto as mulheres realizavam

basicamente afazeres domésticos e cuidavam dos filhos. As que tinham necessidade, exerciam

tarefas como costuras e comidas para venda, sendo mal vistas pela sociedade e não valorizadas.

A mulher foi introduzida no mercado de trabalho quando a I e II Guerras Mundiais

ocorreram (1914-1918 e 1939-1945), momento em que os homens iam para as frentes de

batalhas e elas tinham que assumir o lugar dos maridos no mercado de trabalho. Devido a

enorme quantidade de homens que foram mortos nas batalhas, e sobreviventes que voltaram

para seus lares incapacitados, elas continuaram trabalhando.

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Com a Revolução Industrial, período de intenso desenvolvimento tecnológico e

surgimento de novas máquinas, houve uma considerável transição da mão de obra feminina

para as fábricas. O trabalho da mulher era muito utilizado e preferido pelos empresários, uma

vez que elas aceitavam salários inferiores aos dos homens, pelo mesmo serviço realizado.

No Brasil, o aumento da participação feminina no trabalho ocorreu na década de 1970,

quando era notável a expansão da economia, da urbanização e da industrialização. Esse

momento se fez favorável à uma incorporação de novos trabalhadores, inclusive do sexo

feminino. Hoje as mulheres se infiltraram em todos os setores do mercado de trabalho e

atingiram cargos de alta responsabilidade. No entanto, é importante ressaltar que a participação

feminina no mercado de trabalho, desde o início até hoje, é conduzida, juntamente, por um

elevado grau de discriminação.

Além de enfrentar a discriminação no mercado de trabalho, como a desigualdade salarial

e apresentar uma porcentagem significativamente menor nos cargos mais importantes, a mulher

está deixando a maternidade e projetos pessoais para depois da obtenção do sucesso

profissional.

O presente artigo está organizado da seguinte forma: um pouco da história da

participação da mulher no mercado de trabalho, a questão da desigualdade que as mesmas

sofrem em relação ao salário e cargos no trabalho e os fatores que influenciam a mulher no

mercado de trabalho.

O objetivo do artigo é investigar a história da mulher no mercado de trabalho, bem como

verificar como a mulher do século XXI já conquistou o mercado e cada vez o vem conquistando

mais, e ao mesmo tempo, como ainda existem desigualdades em relação aos homens. Também

será mostrado como ela está se comportando e quais as dificuldades e fraquezas enfrentadas.

1 Quadro Teórico

1.1 A História da Mulher no Mercado de Trabalho

Nos primórdios da humanidade, a partir do surgimento das relações familiares entre

homens e mulheres, as mesmas nasciam e já eram educadas com o objetivo de satisfazer os

homens, cuidarem da casa, dos filhos e da alimentação. Devendo ser mais educadas do que

instruídas, gerando a imagem ideal da mulher como esposa e mãe (OST, 2009).

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Segundo Barros (1995), na antiguidade, sobretudo no Egito antigo, a tecelagem

constituía uma ocupação reservada às mulheres, cabendo-lhes tosquiar as ovelhas e tecer a lã.

Também há registros de trabalho feminino na ceifa do trigo, no preparo da farinha e na massa

do pão, enquanto os homens o assavam. Na Roma e na Grécia antiga a situação das mulheres

era semelhante, mas no cenário entre gauleses e germânicos a situação da mulher aproximava-

se mais da do homem, chegando a participar de guerras e da construção de residências, sendo

que a agricultura era de sua exclusiva responsabilidade.

Na Idade Média a agricultura continuava sendo a principal atividade das mulheres, ao

lado dos trabalhos de tapeçaria, ourivesaria e fabricação de roupa. Do século X ao XIV as

profissões comuns aos dois sexos se avolumam, havendo mulheres escrivãs, médicas e

professoras. No Renascimento as mulheres vão perdendo várias atividades que lhes pertenciam

e se confinam entre as paredes domésticas (BARROS, 1995).

A participação da mulher no mercado de trabalho teve seu início com a I e II Guerras

Mundiais, respectivamente de 1914-1918 e de 1939-1945, quando os homens foram para a

frente de batalha e as mulheres passaram a assumir os negócios da família. Quando tais guerras

acabaram, trouxeram consigo a perda de muitos dos homens nos campos de batalha e o regresso

de muitos dos demais, mutilados ou impossibilitados de exercer o trabalho como anteriormente.

E justamente nesse momento as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos

para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos maridos (PRIORE,

BASSNEZI, 1997).

De acordo com Priore e Bassnezi (1997), no século XIX, com os avanços tecnológicos

e a consolidação do sistema capitalista, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para

as fábricas. E desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Foi determinado na

Constituição de 34 que sem distinção de sexo, o trabalho de igual valor deveria receber o mesmo

salário, que a mulher não deveria trabalhar das 22 às 5 da manhã, proibiu-se o trabalho da

mulher grávida quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois e a dispensa da mesma

pelo simples fato da gravidez.

Segundo Hoffmann e Leone (2004), a partir da década de 70 intensificou-se a

participação das mulheres na atividade econômica em um contexto de expansão da economia

brasileira, num acelerado processo de industrialização e urbanização, sendo que as

trabalhadoras eram em sua maioria jovens, solteiras e pouco escolarizadas. A participação

feminina no mercado de trabalho prosseguiu na década de 80, apesar da estagnação da atividade

econômica e da deterioração das oportunidades de ocupação. Nesta mesma década, as mulheres

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com idade acima de 25 anos, chefes e cônjuges, com níveis mais elevados de instrução e com

nível de renda não muito baixo, foram as que mais aumentaram sua participação no trabalho

remunerado.

A década de 90 caracterizou-se pela intensa abertura econômica, pelos baixos

investimentos e pela terceirização da economia e traz consigo a continuidade da crescente

incorporação da mulher na força de trabalho. No entanto, nesta década, incrementou-se o

desemprego feminino, indicando que o aumento de postos de trabalho para mulheres não foi

suficiente para absorver a demanda feminina por trabalho. A força de trabalho nos anos 90, em

decorrência do estreitamento do mercado de trabalho para os jovens e da participação da mulher

adulta na atividade econômica, apresentou traços diferentes, ficando mais adulta e com maior

participação feminina (HOFFMANN, LEONE, 2004).

De acordo com Gomes (2005) somente a partir da segunda metade do século XX é que

se reuniram oportunidades para a inserção da mulher em atividades profissionais mais variadas.

No final do século XX e no início do século XXI, a inserção da mulher no mercado de trabalho

remunerado provocou profundas transformações no mercado e na família. A economia

informacional global possibilitou oportunidades para as mulheres no campo da educação, os

avanços tecnológicos e o controle da gravidez, bem como o movimento feminista, também

contribuíram para o alastramento da mulher no mercado de trabalho.

O processo da inserção das mulheres no mercado de trabalho no século atual, apesar de

parecer estar se consolidando, não é um fenômeno simples e vários problemas são enfrentados

pelas mesmas no mundo todo, como: salários menores do que o dos homens por trabalhos

equivalentes; dupla jornada; deficiências nas políticas sociais, o que impede o acesso aos

serviços de apoio familiar, como creches, refeitórios e outros equipamentos sociais para

mulheres de menor renda; menores chances de capacitar-se profissionalmente nas áreas

rentáveis , cujas vagas são destinadas majoritariamente aos homens; e falta de voz nos espaços

de decisão e de poder para negociar acordos coletivos de trabalho, em razão das desigualdades

de gênero nas próprias relações sindicais (GOMES, 2005).

A trajetória da mulher nos últimos séculos, sobretudo no Brasil, é extraordinária: de

uma educação baseada exclusivamente ao cuidado do lar, período colonial, para uma

participação tímida nas escolas públicas mistas em meados do século XIX, seguida de uma

presença hoje majoritária em todos os níveis de escolaridade, bem como uma expressiva

participação no quadro docente da educação superior e significativa presença na política do país

(OST, 2009)

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1.2 Desigualdade Salarial e de Cargos no Trabalho

No Brasil, apenas na Segunda Constituição que se deu em 1934, foi assegurada a

igualdade de salários entre homens e mulheres, a proibição do trabalho destas últimas em

condições insalubres, preconização da assistência médica e sanitária à gestante, garantindo-lhe

um descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego (BARROS, 1995).

Mesmo com a igualdade de salário entre os sexos sendo assegurado pelo Poder

Legislativo, o rendimento de trabalho da mulher é inferior ao do homem, mesmo o rendimento

dela sendo crescente. Segundo a pesquisa do IBGE de 2010 (Mulher no mercado de trabalho:

perguntas e respostas), no Brasil, em 2003, a média anual dos rendimentos mostrou que as

mulheres ganhavam em torno de 70,8% dos homens. Em 2009, esse percentual aumentou para

72,3%.

Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e o mesmo

agrupamento de atividade, a diferença entre os rendimentos persiste. Tanto para as pessoas que

possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo.

Verificou-se ainda que a graduação superior não aproxima os rendimentos recebidos por

homens e mulheres, pelo contrário, a diferença acentua-se (IBGE, 2010).

Em toda a América Latina o cenário é quase o mesmo, essa diferença salarial representa

17%, independentemente do nível de educação, idade ou tipo de emprego, exercendo o mesmo

trabalho que os homens, as mulheres ganham menos (INSTITUTO VIDA E CARREIRA,

2015).

De acordo com indicadores do IBGE (2015), dentro da população ocupada, os homens

prevalecem predominantes nos grupamentos de atividade. Apenas no grupamento da saúde,

serviços domésticos e outros serviços que as mulheres possuem uma maior participação.

Mesmo apresentando uma menor participação do que a dos homens na maioria dos

agrupamentos, nota-se que de 2003 para 2015, elas ganharam participação em todos os

grupamentos, exceto o de indústria.

Outro fator a ser notado é o de que as mulheres continuam recebendo um rendimento

médio habitual no trabalho principal bem inferior que o dos homens. Mas, assim como houve

uma diminuição na diferença da participação entre os sexos nos grupamentos de atividades, o

mesmo ocorre com o rendimento. Aos poucos a mulher vai se aproximando do homem no que

diz respeito ao mercado de trabalho.

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Rendimento médio habitual da população ocupada masculina, por escolaridade, segundo

grupamentos de atividade – 2009

Rendimento médio habitual da população ocupada feminina, por escolaridade, segundo

grupamentos de atividade – 2009

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De acordo com indicadores do IBGE (2015), dentro da população ocupada, os homens

prevalecem predominantes nos grupamentos de atividade. Apenas no grupamento da saúde,

serviços domésticos e outros serviços que as mulheres possuem uma maior participação.

Mesmo apresentando uma menor participação do que a dos homens na maioria dos

agrupamentos, nota-se que de 2003 para 2015, elas ganharam participação em todos os

grupamentos, exceto o de indústria.

Outro fator a ser observado é o de que as mulheres continuam recebendo um rendimento

médio habitual no trabalho principal bem inferior que o dos homens. Mas, assim como houve

uma diminuição na diferença da participação entre os sexos nos grupamentos de atividades, o

mesmo ocorre com o rendimento. Aos poucos a mulher vai se aproximando do homem.

Na pesquisa realizada pelo grupo Catho (2007) sobre diferença de remuneração por

sexo, pode-se notar que, quanto maior o faturamento da empresa, maior a diferença entre a

remuneração anual dos executivos homens em relação às mulheres nos postos mais altos. Nas

companhias que faturam acima de US$ 100 milhões, as mulheres na presidência ganham 76%

do salário dos homens. Nas que faturam entre US$ 15 e 49 milhões, elas ganham 90%. Uma

das justificativas para esse resultado é a regionalidade, pois enquanto 35% dos homens mudam

de cidade durante a carreira, em busca de novos empregos que fornecem maiores salários,

apenas 3% das mulheres o fazem.

Além da diferença salarial, é evidente ainda uma diferença entre cargos executivos

ocupados por homens e mulheres. Nota-se pelo gráfico abaixo da pesquisa salarial da Catho

(2007), que as maiores porcentagens de ocupação feminina estão em níveis hierárquicos mais

baixos que os homens.

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Em 1932, a Carteira de Trabalho e Previdência Social tornou-se documento obrigatório

para toda pessoa que venha a prestar algum tipo de serviço a outra pessoa, seja na indústria, no

comércio, na agricultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica. A Carteira de Trabalho

e Previdência Social e hoje, por suas anotações, um dos únicos documentos a reproduzir com

tempestividade a vida funcional do trabalhador. Assim, garante o acesso a alguns dos principais

direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e FGTS (IBGE,

2012).

Mesmo diante do predomínio masculino, constatou-se que as diferenças de inserção

entre homens e mulheres foram reduzidas em 2011, com as mulheres aumentando sua

participação em todas as formas de ocupação. Por exemplo, quando se analisa a população

ocupada feminina se constata que o crescimento da participação da mulher no mercado de

trabalho ocorreu de forma expressiva na condição de empregada com carteira de trabalho no

setor privado, enquanto a população masculina apresentou queda.

Segundo o IBGE (2012), enquanto na população ocupada a participação feminina

aumentou 2,6 pontos percentuais (de 43,0% em 2003 para 45,6% 2012), a população ocupada

feminina com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 9,8 pontos percentuais (de

34,7% em 2003 para 44,5% em 2012). Os homens representavam 58,7% em 2003, a queda da

participação dessa forma de ocupação entre os homens foi de 3,6 pontos percentuais em 2012.

2.3 Fatores que Influenciam a Mulher no Mercado de Trabalho

A partir do século XIX, a ideia da mulher apenas como esposa e mãe começa a ser

combatida. Ela, que era educada com aulas que ensinavam como melhor desenvolver tarefas

domésticas e era instruída apenas com o necessário para casar e procriar, começa a ter uma

educação mais intensificada. As escolas começam a ter outras disciplinas que ajudaram no

desenvolvimento de meninos e meninas. Deste período em diante, a mulher passa a ser vista

sob novos aspectos. Começa-se a construção de um novo perfil feminino que busca realização

e desenvolvimento de suas potencialidades (OST, 2009).

Com a inserção feminina no mercado de trabalho, tanto os homens quanto as mulheres

possuem as mesmas obrigações e as mesmas dificuldades para a carreira profissional. Todavia,

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as mulheres possuem um desafio extra: elas têm que driblar a jornada dupla, que persiste na

maioria dos casos em função da maternidade (CASE, BOTELHO, 2001).

Segundo o Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (2014), o Brasil ocupa

a septuagésima nona posição no Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), estando entre os

países de desenvolvimento humano elevado. Entretanto, mesmo com o desenvolvimento

humano elevado, a taxa da participação na força de trabalho feminina representa apenas 59,5%

contra os 80,9% da masculina.

Em relação as dificuldades, as questões relacionadas à proteção à maternidade foram

tratadas apenas em 1919, na primeira Conferência Internacional do Trabalho, quando foi

formulada a primeira convenção internacional. Essa convenção deu abertura à uma série de

discussões e instrumentos internacionais, dedicados à proteção dos diretos da mulher no campo

previdenciário. A partir de então, vários países vêm reconhecendo o direito de proteção da

mulher durante e após a gravidez. (D’ALONSO, 2008)

Ter filhos pode dificultar e atrasar o sucesso profissional feminino, visto que mulheres

que possuem filhos costumam procurar empregos com perfil mais flexível e com uma jornada

de trabalho menor, consequentemente recebendo salários menores. Já para as mulheres com

mais de 40 anos, quando se passou algum tempo após o nascimento do filho, o salário quase

não é prejudicado, pois os diferenciais de produtividade diminuíram, e tendem a diminuir até

não influenciarem mais (D’ALONSO, 2008).

Segundo Barros (1995), em países, sobretudo com taxa de natalidade muito alta, há

muitos empregadores que preferem contratar homens a mulheres pelo fato das mesmas em cada

período de gravidez, ficarem meses afastadas para cuidarem dos filhos, fazendo com que a

empresa tenha que contratar e treinar outra pessoa que faça as suas funções nesses períodos de

licença maternidade. Os empregadores também atribuem às mulheres um grau de absenteísmo

maior do que nos homens, afetando assim a produtividade e os custos operacionais. A causa do

maior absenteísmo feminino se deve, mais precisamente, aos cuidados com os filhos.

A maior rotatividade feminina é outro fator que influencia negativamente nas

oportunidades de emprego das mulheres, pelo motivo do afastamento das mulheres do mercado

de trabalho, durante os primeiros anos de vida dos filhos. Sendo que a rotatividade masculina,

considerada menor, surge em decorrência da procura de um emprego melhor (BARROS, 1995).

Outro fator que interfere na demanda de mão-de-obra feminina é a proibição do trabalho

da mulher em determinados locais, horários e circunstancias. Atualmente, a evolução científica,

tecnológica e social, as intervenções legislativas referentes ao trabalho da mulher em

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determinados locais, horários e circunstancias, passaram a restringir-lhes as oportunidades de

emprego. Por um lado, a mulher recebeu certas proteções legais trabalhistas, mas por outro lado

afunilou as suas possibilidades e oportunidades de trabalho (BARROS, 1995).

De acordo com Barros (1995), outro obstáculo apresentado pelos empregadores à

contratação de mulheres é a força muscular, afirmando que as mesmas não possuem a força

exigida e suficiente para os trabalhos pesados como em manufaturas, carregamentos de cargas,

serviços de estivadores, entre outros. Entretanto, essa circunstância não pode ser considerada

motivo para segmentar o trabalho das mulheres, já que as inovações técnicas e tecnológicas

exigem cada vez menos força física em muitas das variadas circunstancias que envolvem o

trabalho mais pesado.

Obstáculos culturais também afetam a estrutura ocupacional das mulheres, reduzindo

assim as oportunidades de alguns tipos de trabalho para as mesmas. Tais obstáculos culturais

caracterizam-se por temores em alguns países em contratar mulheres para profissões

consideradas masculinas, como de engenheiro, mecânico, supervisor, diretor, empreiteiro de

obras, caminhoneiro, eletricista, encanador, profissionais da área de tecnologia da informação,

entre outras (BARROS,1995)

No entanto, mesmo em meio a tantos fatores que influenciam negativamente a mulher

no mercado de trabalho, a mesma vem se destacando em relação ao nível educacional. Segundo

Ost (2009), atualmente, as mulheres além de terem menor taxa de analfabetismo, de 9,1%

contra 9,8% dos homens, possuem menor taxa de abandono, sendo que no ensino médio, as

mulheres estão mais presentes na idade escolar certa, de 15 a 17 anos com 52,2% de frequência,

contra 42,4% dos homens.

O Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento em uma pesquisa desenvolvida

em 2015 ainda conclui que 51,9% da população feminina apresenta ao menos uma parte do

ensino secundário contra 49% da população masculina.

No Brasil e no mundo, o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho

e a relativa redução das diferenças salariais entre os sexos recebem grande atenção. Porém, a

consequência natural de todas as mudanças citadas tem sido menos explorada, tratando-se do

crescente número de famílias cujas esposas são as principais provedoras do orçamento das

famílias. A mudança do status da esposa na composição da renda familiar traz consigo

alterações nos papéis desempenhados por estas no mercado de trabalho, nos casamentos e nas

famílias (MARRI, WAJNMAN, 2007).

De acordo com Marri e Wajnman (2007), o aumento na renda da mulher eleva seu poder

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de barganha, sendo que esposas que recebem mais que seus maridos possuem maior poder de

decisão e reduzem o tempo alocado em trabalhos domésticos, com suas carreiras colocadas em

maior importância. No entanto, receber mais que os maridos, não vem reduzindo as horas

dedicadas às atividades domésticas, dedicando muito mais tempo a esses afazeres do que seus

próprios cônjuges. Enfim, grande parte dos rendimentos familiares, atualmente, é proveniente

do trabalho das esposas.

Conforme aponta Ost (2009), pesquisas recentes comprovam a crescente participação

da mulher no mercado de trabalho e o aumento da sua importância econômica, bem como sua

responsabilidade a de ajudar no sustento da família e também o seu destaque profissional em

vários setores. Cresce também o número de mulheres em postos diretivos nas empresas. Tal

ascensão da participação da mulher na economia e do mercado de trabalho se dá em vários

países de maneira semelhante.

3 Metodologia

A metodologia escolhida para o desenvolvimento do artigo foi a pesquisa bibliográfica,

modalidade esta que recupera o conhecimento científico acumulado a respeito do tema em

questão (GIL, 2010). A principal vantagem da pesquisa bibliográfica para o referido projeto de

pesquisa reside no fato de permitir aos pesquisadores a cobertura de uma gama de fenômenos

muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna

particularmente importante pelo problema investigativo requerer dados muito dispersos pelo

tempo e espaço, devido à evolução histórica que envolve as diversas teorias que serão

abordadas.

E seguindo tal modelo, a pesquisa bibliográfica em questão foi desenvolvida a partir de

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, e dessa forma,

foi ela própria a metodologia adotada para explorar a problemática referente ao tema: A Mulher

no Mercado de Trabalho.

Os dados analisados neste trabalho foram obtidos de pesquisas bibliográficas e dados

do IBGE. O referido artigo foi desenvolvido de forma que os dados bibliográficos coletados

referentes à história da mulher no mercado de trabalho foram seguidos pelos dados coletados

em relação à desigualdade salarial e de cargos no trabalho, bem como pelos dados referentes

aos fatores que influenciam a mulher no mercado de trabalho. Os resultados referentes aos

dados obtidos na pesquisa foram apresentados a seguir, bem como as conclusões a que os

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pesquisadores chegaram, por meio dos resultados.

4 Resultados

Tomando por base os dados obtidos no referencial teórico pesquisado a respeito do tema

A Participação Feminina no mercado de Trabalho, alguns resultados emergiram como resumo

do estudo desenvolvido em relação aos subtemas: A História da mulher no mercado de trabalho,

Desigualdade salarial e de cargos no trabalho e Fatores que influenciam a mulher no mercado

de trabalho.

Segundo dados bibliográficos, a história da mulher no mercado de trabalho é marcada

por variações de papéis influenciados diretamente por fatos históricos ocorridos pelo mundo.

Desde os primórdios da humanidade, as mulheres nasciam e já eram educadas com o objetivo

de satisfazer os homens, cuidarem da casa, dos filhos e da alimentação. Tanto na Antiguidade

quanto na Idade Média a agricultura era a principal atividade das mulheres, ao lado dos

trabalhos de tapeçaria, ourivesaria e fabricação de roupa. Noz séculos X ao XIV as profissões

comuns aos dois sexos se avolumaram, no entanto, no período do Renascimento as mulheres

foram perdendo várias atividades que lhes pertenciam e acabaram novamente se confinando

entre as paredes domésticas.

O que marca definitivamente a entrada da mulher no mercado de trabalho, segundo

dados obtidos, são as Guerras Mundiais de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945, quando os homens

foram para a frente de batalha e as mulheres passaram a assumir os papéis no mercado de

trabalho que antes eram exercidos apenas pelos homens. As mulheres começaram a trabalhar

em postos antes apenas masculinos, durantes as guerras e pós-guerra, pelos parceiros falecerem

em batalha ou voltarem incapacitados para o trabalho.

Outro fator marcante para a consolidação da mulher no mercado de trabalho ocorrido

no século XIX, foram os avanços tecnológicos e a consolidação do sistema capitalista, na qual

boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas, e desde então, algumas leis

passaram a beneficiar as mulheres. No entanto, somente a partir da segunda metade do século

XX, a mulher conseguiu se inserir em atividades profissionais mais variadas no mercado de

trabalho remunerado, provocando consequentemente profundas transformações no mercado, na

família e na sociedade.

Conforme referencial teórico, atualmente a mulher ainda possui salários menores do

que o dos homens por trabalhos equivalentes, exerce dupla jornada de trabalho, sofre pelas

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deficiências nas políticas sociais como a falta de creches, possuem menores chances de

capacitar-se profissionalmente nas áreas rentáveis cujas vagas são destinadas majoritariamente

aos homens e apresenta falta de voz ativa nos espaços de decisão e de poder para negociar

acordos de trabalho, embora venha ascendendo na representação política por vários países a

fora, inclusive no Brasil.

Em relação à desigualdade salarial das mulheres em relação aos homens, segundo dados

bibliográficos, consta que apenas na Segunda Constituição que se deu em 1934, foi assegurada

a igualdade de salários entre homens e mulheres no Brasil e mesmo com a igualdade de salário

entre os sexos sendo assegurado pelo Poder Legislativo, o rendimento de trabalho da mulher

mostra-se inferior ao do homem, mesmo o rendimento dela sendo crescente. Segundo a

pesquisa do IBGE de 2010, no Brasil em 2003 a média anual dos rendimentos mostrou que as

mulheres ganhavam em torno de 70,8% dos homens e em 2009, esse percentual aumentou para

72,3%. Verificou-se ainda, segundo dados do IBGE de 2010, que a graduação superior não

aproxima os rendimentos recebidos por homens e mulheres, pelo contrário, a diferença acentua-

se.

Conforme os dados da pesquisa realizada pelo grupo Catho (2007), há indicativos de

que quanto maior o faturamento da empresa, maior a diferença entre a remuneração anual dos

executivos homens em relação às mulheres nos postos mais altos. Nas companhias que faturam

acima de US$ 100 milhões, as mulheres na presidência ganham 76% do salário dos homens e

nas que faturam entre US$ 15 e 49 milhões, elas ganham 90%. Uma das justificativas para esse

resultado é a regionalidade, pois enquanto 35% dos homens mudam de cidade durante a

carreira, em busca de novos empregos que fornecem maiores salários, apenas 3% das mulheres

o fazem. Além da diferença salarial, a diferença entre cargos executivos ocupados por homens

e mulheres também é verificada, sendo que, as maiores porcentagens de ocupação feminina

estão em níveis hierárquicos mais baixos que os homens, sendo que em cargos de presidência

e vice-presidência, as mulheres ocupam de 7 a 8% dos cargos, sendo que os homens ocupam

de 92 a 93%.

Ficou constatado também, segundo pesquisa bibliográfica, que alguns fatores acabam

influenciando positivamente e negativamente a presença e ascensão da mulher no mercado de

trabalho. Conforme dados obtidos, ter filhos dificulta e atrasa o sucesso profissional feminino,

além das questões relacionadas à proteção à maternidade terem sido tratadas apenas em 1919

na primeira Conferência Internacional do Trabalho. Há também empregadores, segundo

pesquisa, que preferem contratar homens a mulheres pelo fato das mesmas, em cada período de

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gravidez, ficarem meses afastadas para cuidarem dos filhos. E, alguns empregadores também

atribuem às mulheres grau de absenteísmo maior do que nos homens, relativos aos cuidados

com os filhos.

A maior rotatividade feminina é outro fator que influencia negativamente nas

oportunidades de emprego das mulheres, pelo motivo de afastamentos das mesmas durante os

primeiros anos de vida dos filhos. Outro fator que também interfere negativamente na demanda

de mão-de-obra feminina é a proibição do trabalho da mulher em determinados locais, horários

e circunstancias. E outro obstáculo apresentado pelos empregadores à contratação de mulheres

trata-se da força muscular, afirmando os mesmos, que a mulher não possui a força suficiente

para os trabalhos pesados. Obstáculos culturais também afetam o mercado de trabalho para as

mulheres, reduzindo as oportunidades de alguns tipos de trabalho para as mesmas pelo fato de

não se querer contratar mulheres para algumas profissões consideradas masculinas.

Em contraponto aos fatores que interferem no trabalho negativamente, a mulher vem se

destacando em relação ao homem no que diz respeito ao nível educacional. Segundo dados, ela

apresenta menor taxa de analfabetismo (9,1% contra 9,8% dos homens) e está mais presente no

ensino médio e chega mais ao nível superior, com uma taxa de 15,1% de frequência na

população de 18 a 24 anos, enquanto os homens somam 11,3%. Outro indicador é a taxa de

abandono, sendo que no ensino médio, as mulheres estão mais presentes na idade escolar certa,

de 15 a 17 anos com 52,2% de frequência, contra 42,4% dos homens.

As pesquisas apontam que algumas mulheres sustentam os filhos sozinhas ou recebem

mais que os maridos, mas nem por isso conseguem reduzir as horas dedicadas às atividades

domésticas. Pesquisas também comprovam a crescente participação da mulher no mercado de

trabalho e o aumento da sua importância econômica, bem como sua responsabilidade de ajudar

no sustento da família e também o seu destaque profissional em vários setores.

Conclusões

Ao longo deste estudo, discutiu-se a inserção feminina no mundo do trabalho. A história

da participação das mulheres no mercado de trabalho, assim como as diferenças sofridas em

relação aos homens e os fatores que a influenciam no trabalho, sejam eles positivos ou não,

eram os principais objetivos do artigo. Por meio do atingimento deles, pode-se notar que as

mulheres vêm ocupando um espaço cada vez maior no mercado de trabalho, com ocupação de

cargos que antes eram considerados estritamente masculinos e com uma desigualdade menor

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de salários entre os sexos. Porém, mesmo conquistadas as vantagens de leis protetoras e

apresentando um nível educacional maior, os dados da pesquisa indicam que elas sempre vão

possuir a desvantagem da maternidade, que a faz apresentar taxas de absenteísmo e rotatividade

maiores e ainda são elas que são as principais criadoras dos filhos, fazendo-as ter uma dupla

jornada.

Convém observar, por fim, que a discussão aqui levantada ainda carece, certamente, de

um amadurecimento teórico e de um acúmulo de conhecimentos sobre outros estudos que

possam, por sua vez, enriquecer a análise. É, portanto, pelo fato de estar limitado por essa

condição de imaturidade que o presente estudo se apresenta como uma simples contribuição

para uma reflexão e discussão sobre aspectos considerados relevantes para o êxito de

empreendimentos conduzidos por mulheres.

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