PASSES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ROUSTAING … SUA VIDA E SUA RELAÇÃO COM A CIÊNCIA ESPIRITA ......

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1 CIÊNCIA ESPÍRITA Distribuição gratuita PERIÓDICOS & NOTÍCIAS: Uma nova forma de levar o conhecimento espirita ao público interessado em teor científico. PASSES INDIVIDUAIS E COLETIVOS OS PASSES COLETIVOS SÃO REALMENTE EFICAZES? VEJA UM BREVE RESUMO, BASEADO EM PESQUISAS, SOBRE O COMPLEXO TEMA ROUSTAING QUEM FOI E PORQUE É TÃO ADMIRADO POR UNS E DESPREZÍVEL POR OUTROS. UM BREVE APANHADO SOBRE SUA VIDA E SUA RELAÇÃO COM A CIÊNCIA ESPIRITA LEITURAS POR ESPIRITOS RELATÓRIO DA SPR SOBRE EXPERIMENTOS COM MÉDIUM PARA VERIFICAR A CAPACIDADE DE LEITURA DE ESPÍRITOS REVISTA Edição 8 - JUN/2016 w w w . r e v i s t a c i e n c i a e s p i r i t a . c o m Foto: wallpaper.net CHICO XAVIER DE VOLTA? ARTIGO QUE FEZ ESTUDO EM GRAFISMOS DE UM MÉDIUM E IDENTIFICOU FORTE SEMELHANÇA COM OS DE CHICO XAVIER

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CIÊNCIA ESPÍRITA

Distribuição gratuita

PERIÓDICOS & NOTÍCIAS:Uma nova forma de levar o conhecimento espirita ao público interessado em teor científico.

PASSES INDIVIDUAIS E COLETIVOS OS PASSES COLETIVOS SÃO REALMENTE EFICAZES? VEJA UM BREVE RESUMO, BASEADO EM PESQUISAS, SOBRE O COMPLEXO TEMA

ROUSTAING QUEM FOI E PORQUE É TÃO ADMIRADO POR UNS E DESPREZÍVEL POR OUTROS. UM BREVE APANHADO SOBRE SUA VIDA E SUA RELAÇÃO COM A CIÊNCIA ESPIRITA

LEITURAS POR ESPIRITOS RELATÓRIO DA SPR SOBRE EXPERIMENTOS COM MÉDIUM PARA VERIFICAR A CAPACIDADE DE LEITURA DE ESPÍRITOS

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Edição 8 - JUN/2016

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CHICO XAVIER DE VOLTA? ARTIGO QUE FEZ ESTUDO EM GRAFISMOS DE UM MÉDIUM E IDENTIFICOU FORTE SEMELHANÇA COM OS DE CHICO XAVIER

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NESSA EDIÇÃO

ARTIGOPasse Coletivo e passe Isolado, entenda um pouco mais sobre cada um(11-14)

PERIÓDICOSInvestigação da manifestação de Chico Xavier. Não deixe de ler o artigo e suas entrelinhas.(15-34)

RELATOS DE PESQUISAExperimento da SPR para testar visão de espíritos(35-41)

CIÊ

NC

IA E

SPÍR

ITA

NOTÍCIASReplicação do fenômeno das mesas girantes (4)

VOCÊ SABIA?O processo de comunicação mediúnica não ocorre por ondas ou freqüências?(5)

CONHEÇA A HISTÓRIAJean-Baptiste Roustaing. Uma influência negativa ao espiritismo cientifico.(6-10)

Divulgue para seus amigos

ESPAÇO DO EDITORPesquisas de impacto (3)

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ESPAÇO DO EDITOR PESQUISAS DE IMPACTO

O a m i g o e e s t u d i o s o s o b r e o espiritismo, Eduardo Lima, apresentou no ano passado no I Simpósio de Ciência Espirita uma notória e fundamental palavra que bem resume o futuro da temática espirita atual: MÉTODO

Essa palavra vem bem a calhar em todos os sentidos, principalmente porque, quando um pesquisador busca investigar algo, se este utiliza de um bom e adequado método cientifico para fazer as verificações, poucas ou nenhuma critica surge sobre sua pessoa.

Aos poucos, com o tempo, vamos aprendendo que as ideias propagadas sem verificações testáveis tendem mais a complicar a cultura e conhecimento espirita do que a ajudar. É comum vermos pessoas, médiuns ou espíritos afirmando isso ou aquilo, mas sem base alguma senão a própria opinião. Bom, para a ques tão das op in iões , Kardec já recomendava um bom método, este que pretendia verificar se outros espíritos diziam a mesma coisa e se um mesmo espirito dizia a mesma coisa em médiuns diferentes. Além disso, após as opinões, ainda assim somente seria publicado algo com uma boa análise dos fatos. Assim surgiu a Codificação Espirita.

Na atualidade temos uma enorme gama de pesquisas quem vem sendo feitas. Hoje em dia, é claro, com um rigor bem maior que o empregado no passado, pois o tempo fez aprender sobre como alguns médiuns fraudavam e como outros d e m o n s t r a v a m v e r d a d e e m s u a s manifestações. Podemos dizer que hoje todo pesquisador busca primeiramente eliminar a fraude, para depois somente iniciar sua pesquisa para obter maior aprendizado sobre o tema que vai estudar.

Desde nossa primeira edição viemos falando sobre as duas grandes “frentes" de pesquisa, uma voltada para comprovação do espiritismo e outra voltada para a compreensão do mesmo. Nossa revista está focada nessa ultima, voltando-se para um publico específico e exigente, um grupo

de leitores que já não se satisfazem mais com os atuais passos que o espiritismo brasileiro vem dando ao longo do tempo, portanto temos que ir em busca de desafios para preencher lacunas ainda em aberto. Temos um desafio maior, que é o de divulgar dados e fatos que muitas vezes vão contra algumas das afirmativas espiritas, ou seja, temos a obrigação de publicar dados e conclusões sobre determinadas temáticas que contrariam crendices populares ou mitos espiritas, mas que o façamos da melhor e mais justa maneira.

Nessa oitava edição decidimos abortar temas focados na mediunidade e para isso buscamos a publ icação de alguns resul tados que trazem um grande aprendizado ao meio espirita em geral.

Temos um artigo que retrata a vida de Roustaing e sua relação com o espiritismo, demonstrando algumas partes históricas onde fica evidente a falta de rigor cientifico dele, mesmo recomendado por Kardec. Isso pode parecer pouco, mas por traz de uma pessoa “referência” (para muitos) vem-se toda uma estrutura baseada em fé e “modelação” de regras para a publicação de algo de interesse próprio. Os leitores irão entender um pouco mais sobre a relação do atual cenário espirita.

Estamos trazendo também um estudo investigativo, onde nos parece que a manifestação discreta de Chico Xavier demonstra-se ser muito evidente. Mais importante que a comunicação de um nome de grande referência ao espiritismo, são as circunstancias e meios como isso ocorre. Aproveitem para aprender ao máximo com isso. O “matuto de MG”, como era chamado, parece continuar a trazer ensinamentos, basta querer vê-los.

Nossa edição está “recheada” de i n f o r m a ç õ e s i m p o r t a n t e s , e n t ã o publicamos um exemplo de experiência com médium, onde o objetivo era testar os limites das capacidades de um espirito ler ou ver algo. Tirem suas conclusões.

Os passes fazem parte de um breve artigo documental, onde novos fatos e dados no futuro possam mudar nossa opinião, mas com o que temos hoje, já é possível tirarmos algumas conclusões.

Uma boa e singela leitura a todos.

Sandro Fontana

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOSO que podemos aprender com os novos dados que vem surgindo proveniente de novas pesquisas no campo psíquico e espirita?

REVISTA CIÊNCIA ESPÍRITA MAR/2016

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NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES

FENÔMENO DE MESAS GIRANTES É REPLICADO COM SUCESSO NA ALEMANHA

Já faz algum tempo que um grupo de médiuns alegam replicar o fenômeno das mesas girantes e efeitos de materialização. Embora ainda seja ouvido mitos no meio espirita de que tais fenômenos não vem a ocorrer por “não ser mais necessário”, isso evidentemente é uma boa desculpa para a ausência de médiuns predispostos ou desenvolvidos para tal.O fato é que existe o Grupo Felix que alega possuir tal poder e isso despertou o interesse da comunidade cientifica mundial interessada na fenomenologia. Numa primeira rodada de testes, envolvendo materializações e ectoplasma, ficou evidente uma boa qualidade de fraude, ou seja, não havia materialização alguma, senão boas técnicas fraudulentas. Isso pegou muito mal para grupos espiritas, uma vez que o argumento de fraude ficou mais evidente.O cenário mudou um pouco depois de uma serie de experimentos que envolvia e fenômeno das mesas girantes.

O pesquisador Stephen Braude pode presenciar e atuar usando certos controles contra fraude e pode atestar a veracidade do fenômeno.

Foram instaladas câmeras infravermelho que puderam mostrar detalhes não vistos ou percebidos em experiências normais, no entanto mais experiências devem ser feitas pois o fato do médium ter fraudado anteriormente numa experiência de ectoplasmia, isso ainda o deixa em “check”. Geralmente médiuns que se negam a experimentos são visto como farsantes pela comunidade cientifica em geral.Para se aprofundar, o leitor pode buscar o artigo em:Journal of Scientific Exploration, Vol. 30, No. 1, pp. 27–55, 2016

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A COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA NÃO SE FAZ POR ONDAS OU FREQUÊNCIAS

Se existe uma relação entre terminologias estas são telepatia e comunicação mediúnica. Embora o foco de pesquisas hoje estejam separados, a fenomenologia é a mesma, isto é, comunicação. É comum encontrarmos em diversos livros as expressões “ondas mentais”, “manter sintonia”, “elevar a frequência” entre outros. Tais expressões são meramente ilustrativas (oriundas da física), ou seja, agem de uma forma simbólica para demonstrar algo muito complexo, mas que pareça simples ao leigo. Isto é o que chamamos de MODELO. Um bom exemplo disso é o Modelo Atômico de Bohr. Com certeza todos aprenderam na escola que o átomo é como um “planeta” (prótons e nêutrons) que possui “satélites" girando ao seu redor (elétrons). Isto é uma idealização ou “modelo visual lógico”, mas já se sabe que a verdade não é bem assim. Para o espiritismo cientifico o mesmo acontece, sendo assim nenhum pesquisador dedicado poderá usar conceitos de física para tentar compreender o mundo espiritual. Isso está implícito no O Livro dos Espíritos e no O Livro dos Médiuns. Quando Kardec repassou as informações fornecidas pelos espíritos, ficou claro que o espirito “viaja na velocidade do pensamento” e o seu “eu” está sempre presente nisso. No entanto deixa claro também que tais aptidões dependem do nível evolutivo de cada um, lembremos então que há espíritos que precisam ir de aerobus de um lugar para outro, mas outros em nível mais elevado não. Mas se pensarmos: qual é a velocidade do pensamento? Podemos dizer hoje, com certeza, que não sabemos. Talvez (apenas talvez) ela seja algo próximo do que vemos no entrelaçamento quântico, no entanto, o que podemos afirmar é, nem de perto, a comunicação espiritual (telepática) é igual a uma onda eletromagnética. A parapsicologia foi uma das ciências que mais evoluiu neste campo, conseguindo demonstrar que a telepatia ocorre mesmo a grandes distâncias, num tempo extremamente curto e em locais opostos do planeta. Essa descoberta converge totalmente com as escritas de Kardec, explicitando que a comunicação mediúnica não pode, em hipótese alguma, ser algo magnético ou com ondas (e frequências), se assim o fossem: teriam sua velocidade limitada a velocidade da luz; sofreriam interferência do campo magnético do planeta; e não transporiam determinados materiais físicos. Sem comentar que demandariam muita energia para fluir de um lugar a outro, especialmente a longas distâncias.

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Você Sabia? RESUMOS IMPORTANTES

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ROUSTAING POR: KRAYHER

Jean-­‐Baptiste   Roustaing,   nasceu   em   Begles,   no   dia   15   de  outubro   de   1805,   e   desencarnou   em   Bordeaux,   no   dia   2   de  janeiro   de   1879.   Begles   e   uma   comuna   francesa   na   regiao  administrativa   da   Aquitania,   no   departamento   Gironde.  Atualmente  estende-­‐se  por  uma  area  de  9,96  km².     Ao   longo  de   sua   vida,   foi   advogado   e   jurisconsulto,   ocupou   o   cargo   de  bastonario  da  Ordem  do  Advogados  de  Bordeaux   e   foi   autor  de  diversos  trabalhos  jurıdicos.  Declarou-­‐se  Espırita,  apos  o  contato  com   o   Livro   dos   Espıritos   e   o   Livro   dos   Mediuns.   Em   seguida,  tomando  uma  missao  similar  a  de  Kardec,   foi  o  coordenador  da  obra:   Les  Quatre   EW vangeles   –   Spiritisme  Chretien   ou  Revelation  de   la   Revelation   ("Os   Quatro   Evangelhos   ou   Revelaçao   da  Revelaçao"),   obra   psicografada   pela   medium   belga   EWmilie  Collignon.       Roustaing,   adotou   um   cognome,   St.   Omer,   para   a  publicaçao  de  seus  artigos   jurıdicos,  o  que  era  uma  pratica  comum  da  epoca,  porem,  preservando  seu  nome  de  batismo  para  a  publicaçao  dos  Quatro  Evangelhos.       Era   _ilho  de  François  Roustaing,  comerciante,  e  de  Margueritte  Robert.  Teve   tres   irmaos:   Joseph,  Alfred  e  Jeanne.    Roustaing  teve  uma  infancia  e  juventude  difıceis  pela  situaçao  _inanceira  de  sua  famılia,  que  o  obrigaria  desde  muito  cedo,  a  trabalhar  duro  para  que  pudesse  custear  seus  estudos.  Tinha  tambem  uma  saude  

Grandes desfavores à

Ciência Espírita

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muito   fragil.   As   vicissitudes   fısicas,   e   as  di_iculdades   _inanceiras   o   acompanharam   ate   a  vida   adulta,   situaçao   que   de   modo   geral   era  comum  a  epoca.     Concluiu   os   estudos   prima r ios   e  secundarios  no  College  Royal  de  Bordeaux,  tendo  seguido   para   Toulouse   com   o   intuito   de   cursar  Direito,   sendo   ele   mesmo   o   _iador,   levando   em  consideraçao  os  escassos  recursos  da  famılia.       Lecionou   literatura,   ciencias,   _iloso_ia   e  matematicas   especiais,   em   Toulon,   onde   residiu  de   1823   a   1826.   e   desse   modo   conquistou   seu  diploma  em  Direito.       Estagiou  em  Paris,  de  1826  a  1829,  vindo  a  ingressar   na   advocacia   por   volta   de   1830,  (conforme  registrou  o  presidente  da  Ordem  dos  Advogados  de  Bordeaux,   o  Dr.  R.  Brouillaud,   em  1871).       Em  janeiro  de  1847,  vinte  anos  mais  tarde,  retornou  para  Bordeaux.       Em  3   de   agosto   de   1847,   inscreveu-­‐se   na  Ordem  dos  Advogados  de  Bordeaux,       Em   11   de   agosto   de   1848,   para   o   ano  judiciario  de  1848-­‐1849,  devido  ao  seu  prestıgio  e   seu   exito   pro_issional,   foi   eleito   bastonario  desta   mesma   ordem.   Este   tıtulo   e   conferido   ao  advogado   de   maior   saber   jurı dico   e   de  reconhecida   probidade   pessoal   e   pro_issional.  Sua   cultura   e   saber,   tambem,   alçaram-­‐no  jurisconsulto.       Em  1852-­‐1853,   foi   indicado  secretario  do  Conselho.       Em  24   de   agosto   de   1850   casou   com   sua  prima   e   viu va,   sem   _ilhos   do   primeiro  matrimonio,  Elisabeth  Roustaing.       Em  2  de  agosto  de  1855,  deixou  as  funçoes  administrativas  da  Ordem.       Em   1858,   foi   acometido   de   grave  enfermidade,   apos   30   anos   de   labor,   como  consequencia   foi   obrigado   a   se   afastar   das  atividades   pro_issionais.   Permanecendo   como  advogado  consultor.    Em  1861,   restabelecido   em   sua   saude,   retornou  aos  trabalhos  de  advogado.       Roustaing   tambem   se   dedicou   as   açoes  bene_icentes,   de   modo   especial   em   Bordeaux   e  no  distrito  de  Targon,  regiao  de  Entre-­‐deux-­‐Mers,  onde   possuıa   na   comuna   rural   de   Arbis,  propriedade  adquirida  em  1855.  Conforme  seus  discıpulos   e   amigos   registraram   em   nota  publicada  sob  o   tıtulo:   "Les  Quatre  EW vangiles  de  J.-­‐B.  Roustaing.  Reponses  a  ses  Critiques  et  a  ses  

Adversa ires",   Publicado   e   distribuıdo   em  Bordeaux  e  Paris  em  1882.       Roustaing   foi   um   "homem   de   coraçao  simples  e  de  espırito  humilde".  Uma  parte  deste  artigo   pode   ser   encontrado   na  Revue   Spirite   de  1883,  Ediçao  de  Julho,  pagina  307  em  diante.  

CONTATO  COM  O  ESPIRITISMO    

  De  1858  a  1861,  perıodo  em  que  sofria  de  graves   enfermidades,   possivelmente   sob  profundas   re_lexoes   existenciais,   Roustaing   se  interessou   pelo   fenomeno   das  mesas   girantes   e  das   supostas   comunicaçoes   com   o   mundo  espiritual,  que  alcançavam  grande  publicidade  na  Europa  e  na  America.  Muito  similar  a  maioria  dos  homens   de   pensamento   crıtico   e   antagonico,  encontrou   grande   resistencia   em   aceitar   as  explicaçoes   dadas   aquela   fenomenologia,  mostrou   forte   ceticismo,  mas   inclinou-­‐se   para   o  seu  estudo  e  analise.    

Relatou   suas   primeiras   impressoes   na  obra  Os  Quatro  Evangelhos:  

   "Minha   primeira   impressão   foi   a   de  incredulidade  devida  à   ignorância,  mas  eu  bem   sabia   que   uma   impressão   não   é   uma  opinião   e   não   pode   servir   de   base   ao  julgamento;   que,   para   isso,   é   necessário,  antes  de  tudo,  nos  coloquemos  em  situação  de  falar  com  pleno  conhecimento  de  causa.  (…)  Sabia  e  sei  ainda  ser  ato  de  insensatez  aprovar   ou   repudiar,   aGirmar   ou   negar   o  que   se  não   conhece   em  absoluto,   ou  o  que  se   não   conhece   bastante,   o   que   se   não  examinou   suGicientemente   e   aprofundou  sob   o   duplo   ponto   de   vista   teórico   e  experimental,   na   medida   das   faculdades  próprias,   sem   prevenções,   sem   ideias  preconcebidas."  (Os  Quatro  Evangelhos  (5ª  ed.,   vol.   I).   Rio   de   Janeiro,   FEB,   1971.   p.  58.)    

E  continuou:    

"Com  a  minha  vida  inteira  irresistivelmente  presa   à   pesquisa   da   verdade,   na   ordem  Gísica,   moral   e   intelectual,   deliberei  informar-­‐me  cientiGicamente,  primeiro  pelo  estudo   e   pelo   exame,   depois   pela  observação   e  pela   experimentação,   do  que  haveria  de  possível,  de  verdade  ou  de  falso  

REVISTA CIÊNCIA ESPÍRITA JUN/2016

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nes sa   comun i cação   do   mundo  espiritual  com  o  mundo  corpóreo,  nessa  doutrina  e  ciência  espíritas."  (op.  cit.  p.59)    

Apos   leitura   de   O  Livro   dos   Espıritos   e   do  Livro  dos  Mediuns,  ambos  publicados   por   Allan  Kardec,   sob   a   egide   do  C U E E .   R o u s t a i n g  declarou-­‐se   Espı r i ta ,  chegando   ate   a   enviar  carta   ao   Codi_ icador,  dando   testemunho   da  transformaçao   que   havia  s e   o p e r a d o   em   s u a  maneira  de  ser.  Debruçou-­‐se   sobre   a   Historia   da  Humanidade,   e   vasculhou  todos  os  pontos  de  coesao  das   verdades   reveladas  naquelas   duas   obras   com  os   textos   antigos   e   ditos  sagrados,   concluiu   para   a  veracidade  incontestavel  e  racional   da   realidade  e s p i r i t u a l   e   d a  c o m u n i c a ç a o   d o s  Espıritos  para  os  homens.       Apos   a   leitura   de  O  Livro  dos  Espıritos,  escreveu:  

"(…)   uma   moral   pura,   uma   doutrina  racional,   de   harmonia   com   o   espírito   e  p rog re s s o   d o s   t empo s   mode rno s ,  consoladora   para   a   razão   humana;   a  explicação   lógica   e   transcendente   da   lei  divina   ou   natural,   das   leis   de   adoração,   de  trabalho,   de   reprodução,   de   destruição,   de  sociedade,   de   progresso,   de   igualdade,   de  liberdade,  de  justiça,  de  amor  e  de  caridade,  do   aperfeiçoamento  moral,   dos   sofrimentos  e  gozos  futuros."  (op.  cit.,  p.  58.)    

  Para   conhecer   intimamente  os   fenomenos,  participou   do   grupo   familiar   de   EWmile   A.   Sabo,  que  viria  a  se  tornar  secretario  pessoal  de  Kardec  em  1865.       Neste   grupo   familiar   em   Junho   de   1861,  seis  meses  mais  tarde,  iria  conhecer  o  casal  Emilie  e  Charles  Collignon.    

  EWmilie  Collignon  seria  a  medium  que  viria  a  psicografar   a   obra   Os   Quatro   Evangelhos   ou  Revelaçao  da  Revelaçao.    

Enviando   carta   a   Allan   Kardec,   Roustaing  declarava  abertamente  seu  posicionamento:    

"Depois   de   ter   estudado   e  compreendido,  eu  conhecia  o   mundo   invisível   como  conhece   Paris   quem   a  estudou  sobre  o  mapa.  Pela  experiência,   trabalho   e  observação   continuada,  conheci  o  mundo  invisível  e  seus   habitantes   como  quem   a   percorreu,   mas  sem   ter   ainda   penetrado  em  todos  os  recantos  desta  v a s t a   c a p i t a l .   N ã o  obstante,   desde   o   começo  do  mês  de  abril,  graças  ao  conhecimento   que   me  p r o p o r c i o n a s t e s ,   d o  excelente   sr.  Sabò  e  de   sua  família   patriarcal,   todos  b o n s   e   v e r d a d e i r o s  espíritas,  pude   trabalhar  e  trabalhei   constantemente  todos   os   dias   com   eles   ou  em   minha   casa,   e   na  presença  e  com  o  concurso  

de   adeptos   de   nossa   cidade,   que   estão  convictos   da   verdade   do   Espiritismo,  embora   nem   todos   sejam   ainda,   de   fato   e  praticamente,   espiritas ."   (Carta   de  Roustaing  a  Kardec.  Revista  Espırita,  Junho  de  1861)    

  Em  dezembro  de  1861,  quando  do  segundo  encontro   com   a   Sra.   Collignon,   Roustaing   recebe  uma   mensagem   psicografada   pela   medium.  Semelhante   ao   que   ocorrera   com   o   Prof.   Rivail,  quando   alcançou   grande   progresso   em   seus  estudos   e   analises   sobre   as   comunicaçoes   e  fen o menos   medi u n icos ;   Rousta ing   era  supostamente   recrutado   pela   espiritualidade   a  uma  tarefa  missionaria.       Dessa   forma   Jean-­‐Baptiste   Roustaing   deu  inicio   a   uma   missao   de   coordenador,   de   todo   o  material   que   seria   psicografado   sobre   os  Evangelhos,  os  Dez  Mandamentos  e  Jesus,  atraves  da  mediunidade  de  EWmilie  Collignon.    

REVISTA CIÊNCIA ESPÍRITA JUN/2016

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Em  maio   de   1865,   ja   com   todo   o  material  preparado,   recebe   instruçao   dos   espıritos   que   o  assistiam,   para   a   publicaçao   da   obra.   O   trabalho  recebe  o  tıtulo  sugerido  pelos  espıritos:  Os  Quatro  Evangelhos  –  Espiritismo  Cristao.       A_irmam   alguns   biografos   que   Roustaing  adicionou,  sem  consultar  os  espıritos,  o  subtıtulo:  “ou   Revelaça o   da   Revelaça o”,   mas   na o  encontramos   referencias   para   a   con_irmaçao  desta   a_irmativa.   O   que   poderia   de   certa   forma  levantar  a  hipotese  _lagrante  de  fascınio.       A   elaboraçao   da   obra   estendeu-­‐se   de  dezembro   de   1861   a  maio   de   1865   (3   anos   e   5  meses).   O   lançamento   foi   nos   dias   5   de   abril   (2  volumes)   e   5   de  maio   (ultimo   volume)   de   1866,  conforme   anuncios   feitos   por   Auguste   Bez   em  L'Union   Spirite   Bordelaise   (imagem   pagina  anterior).    

  Mu i t a   c on fu s a o ,   d e s encon t ro s   e  dissidencias  viriam  a  acontecer  apos  a  publicaçao  destas   obras.   O   proprio   Codi_icador   da   Doutrina  Espırita,   ao   ler   tais   obras,   emitiu   opiniao  destacando   seus   pontos   negativos   e   positivos,  sem  concluir  a  favor  ou  contra.  Evidenciando  seu  carater   diplomatico   e   uni_icador,  Kardec   limitou-­‐se   a   dizer   que   a   realidade   sobre   os   pontos  polemicos   tratados   na   obra,   deveriam   ser  sancionados   pelo   tempo   e   o   porvir.   No   entanto,  nao   podia   esconder   seu   desapontamento   em  veri_icar   que   o   metodo   de   composiçao   destas  obras   nao   obedecia   o   sancionamento   da  universalidade   como   a   doutrina   espı rita  determinava.   Nao   houve   aferiçao   universal,   e   a  revelaçao  fora  dada  unicamente  por  uma  medium.  As  obras  exploravam  o  carater  religioso  e  mıstico  de  Jesus,  alimentando  o  fascınio  e  o  maravilhoso,  extrapolando   as   bordas   da   reencarnaçao,   que  mais   se   parecia   com   a   ideia   apresentada   pelo  Hinduismo,   e   a   ordem   de   progressao   dos  espıritos.  

Assim,  escreveu  Kardec:    

“Esta   obra   compreende   a   explicação   e   a  interpretação   dos   Evangelhos   (de   Jesus),  a r t igo   por   ar t igo .   ( . . . )   A s   par tes  correspondentes   às   que   tratamos   no  Evangelho   segundo   o   Espiritismo   o   são   em  sentido  análogo   (...)   como  nos   limitamos  às  máximas   morais   que,   com   raras   exceções,  são   claras,   estas   (máximas)   não   poderiam  

ser   interpretadas   de   diversas   maneiras;  ass im,   jamais   foram   assunto   para  controvérsias   religiosas.   Por   esta   razão   é  que   por   aí   começamos,   a   Gim   de   ser   aceito  sem  contestação...                            “O  autor  (Roustaing)  desta  nova  obra     (“Os   Quatro   Evangelhos”),   julgou   dever  seguir   um   outro   caminho.   Em   vez   de  proceder  por  gradação,  quis  atingir  o  Gim  de  um   salto.   Assim   tratou   certas   questões   que  não   tínhamos   julgado   oportuno   abordar  ainda,   e   das   quais,   por   consequência,   lhe  deixamos   a   responsabilidade,   como   aos  Espíritos   que   as   comentaram   (...)   Convém,  pois,  considerar  as  explicações  apresentadas  como   opiniões   pessoais   (dele,   Roustaing   e  dos  Espíritos  que  as  formularam...)                             “...  por  exemplo,  Roustaing  dá  ao  Cristo,  em  vez  de  um  corpo  carnal,  um  corpo  Gluídico   concretizado,   com   todas   as  aparências  da  materialidade,  e,  de   fato,  um  agênere.   Aos   olhos   dos   homens   (...)   Jesus  deve   ter   passado   em   aparência,   expressão  incessantemente  repetida  no  curso  de  toda  a  obra,   para   todas   as   vicissitudes   da  humanidade.   Assim   seria   explicado   o  mistério  de  seu  nascimento  (...)                             “Sem  nos  pronunciarmos  pró  ou  contra   essa   teoria,   diremos   que   ela   é,   pelo  menos,  hipotética   (...)  Sem  prejulgar  a  obra  de   Roustaing,   diremos   que   já   foram   feitas  objeções   sérias   a   essa   teoria   (do   corpo  Gluídico  de  Jesus);  em  nossa  opinião  os  fatos  podem   perfeitamente   ser   explicados   sem  sair   das   condições   da   humanidade  corporal...”.  (...)  até  nova  ordem  não  daremos  às  suas  teorias  (de  Roustaing  e  dos  Espíritos  reveladores) ,   nem   aprovação,   nem  desaprovação,   deixando   ao   tempo   o  trabalho  de  as  sancionar  ou  contraditar...”  E  fez  questão  de  dizer  que,   “ao   lado  de  coisas  duvidosas”   a   obra   de   Roustaing   “encerrava  outras ,   incontestavelmente   boas   e  verdadeiras.   (...)   Convém,   pois,   considerar  essas   explicações   como   opiniões   pessoais,  que   podem   ser   justas   ou   falsas,   e   que,   em  todo   caso,   necessitam  do   controle  universal  (...)  da  concordância  universal,  corroborada  por  uma  rigorosa  lógica…”  

Roustaing  por  sua  vez,  respondeu  as  criticas  sem  

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esconder   sua   profunda  decepçao   pela   indiferença  de  Allan  Kardec.  A  resposta  de   Roustaing   pode   ser  encontrada  em  sua  obra.  (J.  B .   Roustaing,   em   “Os  Quatro   Evangelhos”   –  ediçao  da  FEB  –  Ano  1920,  pags.  50  a  52).       Kardec,   nao   mais  tratou  do  assunto,  e  pouco  d e p o i s   r e t o r n a v a   a  espiritualidade   em   1869.  Antes   no   entanto,   ambos  seguiram  adiante  com  suas  ocupaço es .   Rousta ing  conseguiu   atrair   uma  quantidade   consideravel  de   adeptos   a   favor   de   sua  causa ,   mas   i s so   na o  impediu   que   as   _ileiras   do  espiritismo   segundo   o   paradigma   de   Kardec,  engrossassem   consideravelmente.   As   assinaturas  da   Revista   Espırita   e   seu   numero   de   adeptos  continuava  a  crescer.     Jean-­‐Baptiste   Roustaing   desencarnou   no  dia  2  de  janeiro  de  1879,  tendo  seu  sepultamento  ocorrido   no   cemiterio   da   Chatreuse,   no   jazigo  Gautier.   Nao   deixou   descendentes.   Diante   do  jazigo,   usou   da   palavra   o   sr.   Battar   (discurso  registrado  no   Journal   de  Bordeaux,   do  dia  06  de  janeiro  de  1879),  entao  bastonario  da  Ordem  dos  Advogados   de   Bordeaux,   que   fez   extenso   elogio  do   colega,   ressaltando-­‐lhe   as   qualidades   de  excepcional   advogado   e   de   conhecido   benfeitor  no   campo   da   caridade   prestada   aos   pobres   e  doentes.       Kardec   jamais   se   declarou   inimigo   de  Roustaing,   como   pretendem   apontar   alguns  espıritas   exaltados.   E   a   verdade   e   que   Kardec  jamais   se   declarou   inimigo   de   quem   quer   que  fosse.   E   apesar   de   nao   as   ter   aceitado   (obras   de  Roustaing),   nao   encontramos   registros   de   que  tenha   declarado   abertamente   ou   na   SPEE,   que   a  obra   nao   era   espırita,   deixando   este   julgamento  ao  criterio  dos  adeptos  do  espiritismo  e  do  futuro  que  reservaria  tal  distinçao.     No   Brasil,   Bezerra   de   Menezes   foi   quem  introduziu   as   hipoteses   roustanguistas   no   meio  espı r i ta ,   e   as   apresentou   como   ensino  doutrinario,   algo   que   nao   ocorreu   na   França   ou  no  resto  do  mundo.    A  FEB  muito  in_luenciada  por  

Bezerra   de   Menezes,   deu  asas   as   dissidencias   desde  m u i t o   c e d o .   C o m o  c o n s e q u e n c i a   d e s t a  associaçao   imprudente,  colocou   em   xeque   sua  c r e d i b i l i d a d e   c om o  r e p r e s e n t a n t e   d o  Espiritismo.   EW   por   este  motivo   alvo   de   durıssimas  c r ı t i c a s ,   d o s   mu i to s  adeptos   defensores   da  pureza   doutr ina r ia   e  estudiosos   da   Doutrina  Espırita   sob   o   paradigma  de   Kardec.   O   resultado   foi  desastroso,   e   pode   ser  ver i _ i cado   pe lo   a tua l  movimento   espırita,   que  aceita   sem   ressalvas   tudo  aquilo   que   tem   o   carimbo  

da  FEB,  na  maioria  das  vezes  desconhecendo  seus  metodos   de   aferiçao   para   publicaçao   de   obras  com  o  subtıtulo  de  Espıritas.       Aos  leitores  que  desejarem  compreender  o  motivo   de   tantas   confusoes,   disputas,   brigas   e  d i ss ide nc ias ,   recomendamos   o   es tudo  comparativo  que  vem  sendo  realizado  por  alguns  grupos   espıritas,   com   o   intuito   de   demonstrar   a  evidente   solidez   do   ensino   baseado   no   C.U.E.E  pelo   Espiritismo   contra   os   Quatro   Evangelhos,  organizados   por   Roustaing.   Veja:   https://www. f a c ebook . c om/med i a / s e t / ? s e t =a .201103626895016.1073741830.201057866899592&type=3  

Referencias  consultadas:  

1 . .   h t tps ://pt .wik ipedia .org/wik i/ Jean-­‐Baptiste_Roustaing  2.   http://oblogdosespiritas.blogspot.com.br/2010/02/allan-­‐kardec-­‐x-­‐roustaing-­‐hora-­‐da.html  3.   http://dossieespirita.blogspot .com.br/2014/08/chico-­‐xavier-­‐e-­‐wantuil-­‐de-­‐freitas.html  4 .   h t tp ://www.ofrancopa lad ino .pro .br/mat158.htm  

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Uma   conversa   num   grupo   fechado   sobre   o  espiritismo   me   levou   a   buscar   algumas  respostas   frente   a   um   tema  muito   interessante  que  envolve  a  pratica  atual  do  passe  nos  Centros  Espiritas:  Passe  coletivo  funciona?  

Depois   de   algumas   trocas   de   mensagens   e  analise   de   argumentos,   pros   e   contras,   _icou  nıtida   a   necessidade   de,   primeiramente,   se  de_inir  o  que  e  o  passe.  

Em   termos   historicos,   envolvendo   sua  origem   no   meio   espirita,   ela   vem   da   pratica   e  estudos   de   Franz   Anton   Mesmer   (1777),   um  medico   que   dedicou   boa   parte   de   sua   vida   ao  estudo  da  possibilidade  de  existir  uma  “energia  magnetica”   capaz   de   sair   de   uma   pessoa  (agente)   e   nutrir   um   doente   (receptor).   Tal  hipotese   veio   ser   aceita   posteriormente   por  Kardec   e   devido   a   isso   o   termo   “passe  magnetico”  vem  sendo  usado  ate  os  dias  de  hoje  no  espiritismo.  Uma  grande  contribuiçao  para  o  meio   espirita   cienti_ico   se   deu   atraves   das  experiencias   do   pesquisador   Albert   De   Rochas  (1899),   onde   _icou   evidente   que   algum   tipo   de  energia   (sutil)   surgia   das   maos   de   certas  pessoas.  De  Rochas  pode  veri_icar  isso  com  o  uso  de   mediuns   videntes,   onde   esses   declaravam  inclusive  perceberem  variaçoes  de  cores.  

Com   base   nesses   fatos   historicos,   _ica  evidente  que  o  passe  se  trata  de  alguma  forma  de  

energia   emanada   pelas  mãos   de   um  médium   ou  agente  possuidor  de  tais  poderes.  

Estudos   recentes   sobre   esse   tema,  abordados  em  nossa  primeira  ediçao  da  Revista  Cie ncia   Espı rita   (nessa   mesma   sessa o)  demonstram   que   tal   energia   esta   relacionada  com  a  emissao  de   fotons  e  atua  diretamente  no  sistema   imunologico   dos   receptores   (JOINES,  2013  e  OLIVEIRA  MONEZI,  2003).    

Num  estudo  posterior  de  Monezi  (2013),  um  efeito  notorio  veio  a  ser  percebido  em  pacientes  sob   a   condiçao   de   estresse,   evidenciando   mais  uma  vez  que  a  imposiçao  das  maos  surtia  algum  efeito   sobre   o   ser   humano.   Vale   ressaltar   que  Monezi,   para   manter   um   rigor   cienti_ico,   usou  grupo   de   controle   placebo,   onde   pessoas   nao  possuidoras   da   energia   do   passe,   aplicaram  dentro   do   mesmo   rito   (Reiki),   as   maos   sobre  pacientes  idosos  e  o  mesmo  resultado  nao  veio  a  ocorrer.  

Com   esses   tres   estudos   recentes,   somados  aos   estudos   do   passado   parece   _icar   evidente  que  existe  uma  energia  que  emana  das  maos  de  certas   pessoas,   e   estas   nao   precisam   ser  mediuns   efetivamente,   uma   vez   que   o   nome  “passe   magnetico”   e   apenas   um   termo   usado  dentro   do   espiritismo   para   descrever   uma  energia   de   conhecimento   antiga   da   parte  oriental  de  nosso  planeta,   tambem  chamado  de  energia  Ki  (Japao)  ou  Chi  (China).  

PASSES COLETIVOS OU INDIVIDUAIS? O QUE OS ESTUDOS MAIS RECENTES SUGEREM SOBRE ISSO? QUAIS SÃO OS FATOS OU MITOS QUE CERCAM ESSA INCÓGNITA SOBRE ESTE TEMA?

Por Sandro Fontana

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Em  um  estudo  mais   recente,  publicado  em  nossa   revista   (ediçao   6   -­‐   DEZ/2015),   Moreira  Freire   &   Silva,   analisando   essa   mesma  energizaçao   (ki),   porem   na   agua,   com   o   auxilio  de   uma   medium,   puderam   replicar   alguns   dos  experimentos  de  De  Rochas,  evidenciando  que  a  agua  se  _luidi_ica  e  que  dependendo  do  receptor,  essa   energia   muda   de   cor.   Os   pesquisadores  sugerem  mais  estudos  para  tentarmos  descobrir  qual   cor   se   relaciona   a   algum   tratamento   em  especı_ico.  

PASSE,  PRECISA  SER  MEW DIUM  OU  NAxO?  

Pelos   resultados   obtidos,   e   a   grande  abordagem   cultural   e   religiosa   dos   envolvidos,  parece   _icar   claro   que   a   transmissao   do   passe  nao   precisa   de   alguma   mediunidade   em  especı_ico,   ou   seja,   a   fonte   geradora   da   energia  “magnetica”   ou   “Ki”,   independe   da   necessidade  da   açao   de   espıritos   para   que   ela   ocorra.   Por  outro   lado   a   reciproca   tambem   e   verdadeira,  onde,  essa  energia  sutil  sendo  produzida  por  um  agente  requer  um  estado  de  concentraçao,  nada  impede   que   exista   um   controle   por   parte   do  mundo   espiritual,   onde   este   atuaria   de   forma  complementar   e   auxiliar.   Isso   parece   _icar   bem  demonstrado   com   o   uso   da   mediunidade   de  videncia   na   veri_icaçao   da   variaçao   de   cores,  demonstrando   que   a   energia   nao   e   transmitida  de  uma  unica  forma.  

Vale   comentar   que   os   experimentos   de  JOINES  (2013)  usaram  100  pessoas  e  dentre  os  emissores   haviam   meditadores,   curandeiros   e  pessoas  normais.  Houve  um  caso  de  pessoa  dita  normal   (sem   crença   ou   aptidao)   que   veio   a  demonstrar   a   mesma   emissao   de   fotons   bem  acima  do  normal.  

O  PASSE  COLETIVO  FUNCIONA?  

A   resposta   para   essa   pergunta   nao   e  simples  e  nem  de_initiva,  mas  nos  cabe  aqui  dar  um   parecer   frente   aos   dados   coletados   por  estudos   dentro   dos   padroes   cientı_icos   que  possuımos.  

Na   conversa   com  colegas   espiritas   sobre  o  tema,  veio  a  surgir  uma  das   inumeras   fontes  de  estudos  (ou  opiniao)  que  defende  a  ideia  de  que  o   passe   coletivo   funciona   de   fato.   Isso   nos  

obrigou   a   eleger   um   desses   trabalhos   e   tecer  uma   analise   mais   detalhada   nos   argumentos  para  tal  hipotese.  

Selecionamos   um   artigo   publicado   no   site  Correio   Espirita   [1],   onde   o   autor,   Jacob   Melo,  defende   a   hipotese   de   que   o   efeito   do   passe  coletivo   possui   mesmo   efeito   que   um   passe  individual.   Salientamos  que  nossa  breve  analise  apenas   confronta   ideias   e   entendimentos   e,   de  forma  alguma  o  autor,  ate  por  nao  sabermos  se  o    mesmo   ainda   possui   a   mesma   opiniao   sobre   a  tematica.  

Em   um   p r ime i r o   momen t o ,   n a o  encontramos  argumentos,  de  Melo,  oriundos  de  experimentos  ou   testes,  nem  mesmo  de  alguma  bibliogra_ia  sobre  o  tema,  ao  exemplo  do  livro  de  De   Rochas,   onde   efetuou  muitos   testes   e   expos  os  resultados.  

No   inicio   do   artigo,   Melo   expoe   bem   suas  de_iniçoes,  onde  ele  diz:  

Para  o  entendimento  acerca  do  que  proponho  tratar  neste  artigo  gostaria  de  deixar  claro  o  que  deGino  como  passe  coletivo:  trata-­‐se  daquela  aplicação  de  Gluidos  em  que  um  ou  mais  passistas  se  posicionam  de  frente  ou  lateralmente  a  várias  pessoas,  num  ambiente  único,  e  direcionam  ou  emitem  Gluidos  para,  com  o  auxílio  da  Espiritualidade,  envolver  a  todos  num  mesmo  “clima  Gluídico”,  de  uma  só  vez.  Por  outro  lado,  o  passe  individual  é  aquele  em  que  um  passista  assiste  diretamente  a  um  paciente  por  vez,  ainda  que  numa  cabine  coletiva.  

Encontramos  um  problema  aqui  no  que  se  refere   a   “clima   _luıdico”,   isto   porque,   embora  s a i b amo s   q u e   a l g u n s   e x p e r im en t o s  demonstraram   que   isso   e   possıvel,   _icou   muito  evidente   que   essa   “força”   seria   extremamente  “fraca”  (Schwartz,  2011  -­‐  Radin,  XXXX),  me  re_iro  a  isso  pois  nao  temos  conhecimento  adequado    e  su_iciente   para   garantirmos   que   esse   “clima”    poderia   conter   a  mesma   e_icacia   que   um   passe  ou   “atingir”   efetivamente   todas  as  pessoas  num  mesmo   ambiente   _isico.   Em   outro   trecho,   Melo  cita  a  questao  da  fe:  

Todos  sabemos  que  a  fé  é  um  elemento  valioso  num  processo  terapêutico  qualquer;  no  passe  não  seria  diferente.  Portanto,  considerando-­‐se  que  o  paciente  já  parte  do  princípio  da  desconGiança  e  do  descrédito  ao  passe  em  análise,  essa  insegurança  gerará  um  grande  potencial  de  bloqueios,  contrário  ao  que  se  esperaria  de  uma  atitude  de  crédito  e  conGiança.  

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[1] http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/mediunidade-espiritismo/1560-os-passes-coletivos-e-os-individuais

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Nessa   questao   ha,   a   nosso   entender,   uma  grande   falha   cientı_ica,   pois   para   se   ter   certeza  de  um  elemento  energetico,  precisamos  eliminar  o  sentimento  de  fe.  Quando  o  autor  se  refere  a  fe  "ser  um  elemento  valioso  no  processo  terapêutico”  e   porque   ele   vai   mais   alem   do   que   a   questao  envolvida,   ou   seja,   nas   pesquisas   de   medicina  sabe-­‐se  que  a  fe  esta  ligada  diretamente  ao  efeito  placebo,  onde  este  pode  alterar  resultados,  mas  nao  pela  açao  do  agente  envolvido,  no  caso  uma  medicaçao.   EW   de   amplo   conhecimento   que   a   fe  esta   ligada  tambem  a  auto-­‐sugestao,  e   isso  num  contexto   espirita,   estaria   mais   vinculado   a  “sintonia"   ou   mentalizaçao   de   algo   do   que  propriamente   dito   a   uma   resposta   a   existencia  ou   na o   de   algum   _luı dico.   No   entanto  concordamos   com   o   autor   que   o   receptor  necessita  estar  predisposto  a  receber  tal  energia,  

porem  a  reciproca  nao  garante  que  por  se  ter  fe  ira   receber  algo  que  nao  esta  no  ambiente.   Isso  seria   mais   facilmente   explicado   pelo   fato   da  “sintonia   mental”,   ou   seja,   um   meditador   pode  melhorar   seu   estado   _isico   meditando   apenas,  “sintonizando”  um  ambiente  mais  propicio  onde  seu   proprio   organismo   se   adequaria   melhor   e  com   isso   teria   a   sensaçao   ou   percepçao   de  melhoria.  

Em  outro  momento  Melo  a_irma:  

Ao  contrário  de  só  vir  a  ser  acionado  quando  “impedimentos”  nos  passes  individuais  se  impuserem,  os  passes  coletivos  deveriam  ser  mais  

largamente  empregados  e  seus  alcances  melhor  explicados  e  explicitados.  

Nao  podemos  concordar  com  tal  a_irmaçao  pois  nao  vemos  embasamento  cienti_ico  para  tal.  Nao   ha   evidencia   alguma   de   que   o   _luido   do  passe   venha   a   _icar   no   ambiente   (gerando   algo  e_icaz),  caso  assim  o  fosse,  nos  experimentos  de  JOINES   (2013),   os   sensores   captariam   os  residuais,  fato  que  nao  ocorreu  e,  pelo  contrario,  veio   a   ser   detectado   somente   quando   o   agente  (ou   medium)   se   concentrava   na   imposiçao   das  maos,   nem   antes   e   nem   depois.   Fosse   assim  tambem,  nos  estudos  de  MONEZI   (2003),   todos  os   camundongos   demonstrariam   alteraçao   do  sistema   imunologico,   pois   se   encontravam   em  mesmo  ambiente.  Por  outro  lado,  tal  fato  parece  nao   ter   mesmo   efeito   na   agua,   onde   essa  demonstra   reter   essa   energia,   mas   ainda  

precisamos   saber   por   quanto   tempo   isso  permanece,  fato  ainda  a  ser  investigado.  

Em  outro  momento,  Melo  relata:  

No  passe  coletivo,  os  Gluidos  em  operação  não  precisam  passar  necessariamente  pelos  braços  e  mãos  dos  passistas,  já  que,  nesse  caso,  o  mais  comum  é  a  circulação  dos  Gluidos  partir  diretamente  dos  centros  vitais  dos  doares,  além  dos  Gluidos  dos  espíritos  aí  envolvidos.  

De  onde  parte  o  pressuposto  de  nao  haver  a  necessidade  da  imposiçao  das  maos  uma  vez  que    “o   mais   comum”   seria   a   circulaçao   dos   _luidos  pelos  centros  vitais?  E  de  onde  viriam  os  _luidos  

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Imagem retirada de http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu2/foto/0,,42673444,00.jpg

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dos  espıritos?  Nao  podemos  concordar  com  tal  a_irmativa  

pois   ela   nao   parece   ter   embasamento   teorico  nem   cienti_ico.   Sabidamente   os   espıritos  manipulam   os   _luidos   no   mundo   encarnado,  tanto   e   verdade   que   precisam  dos  mediuns.  Ha  evide ncias   de   que   residuais   de   _luidos  permaneçam   em   determinados   locais,   podendo  serem   manipulados,   mas   ainda   ha   que   se  estudar   muito   sobre   isso.   Na   primeira  a_irmativa,   desta   citaçao,   nao   vemos   razao  alguma   para   se   defender   a   ideia   da   nao  imposiçao   das   maos,   haja   visto   que   nos  experimentos   de   Monezi   com   camundongos,  estes   que   receberam   a   imposiçao   das   maos   e  demonstraram  tal  efeito  (na  analise  sanguınea),  o   mesmo   nao   veio   a   ocorrer   com   o   grupo  placebo   e   o   grupo   controle   que   estavam   no  mesmo   ambiente.   Vale   salientar   ainda   que   ha  relatos   de   mediuns   videntes   que   percebem   a  emanaçao  das  energias  sendo  transmitidas  pelas  maos  dos  mediuns  e  nao  por  centros  vitais.  

Outra  citaçao:  

A  grande  importância  a  ser  destacada  no  passe  coletivo  é  a  posição  mental,  tanto  do  passista  como  do  paciente.  Esperança,  fé,  oração,  conGiança  e  humildade  são  ideais  para  uma  boa  sintonia  nos  passes  em  geral,  sendo  nos  coletivos,  entretanto,  de  indispensável  efetivação  para  que  os  beneGícios  sejam  alcançados  em  sua  maior  força.  

Reforçamos  que  a  “posiçao  mental”,  embora  valiosa  por  de_inir  uma  receptividade,  nao  pode  garantir  a  recepçao  dos  referidos  “_luidos”.  Toda  essa  “sintonizaçao”  pode  gerar  uma  sensaçao  de  bem   estar   por   si   so,   como   um   placebo   ou  sintonia  com  um  “estado  mais  elevado”,  mas  nao  garante   receber   uma   energia   que   nao   estaria  presente,  onde  o  resultado  aparentemente  seria  o  mesmo.  

Melo  traz  em  seu  artigo  mais  detalhes,  que  deixamos   aos   leitores   mais   interessados   em   se  aprofundar   no   tema,   busquem   por   mais  informaçoes.  

Para   nos,   no   presente   momento   e   com   os  dados  obtidos  por  experiencias,  nao  poderıamos  “certi_icar”  o  passe  coletivo  como  algo  realmente  e_iciente,  nem  mesmo  certos  de  algum  bene_icio  em  especi_ico.  

Sugerimos   aos   leitores   que   poderem   com  um   senso   critico   todas   as   informaçoes   que  veiculam  no  meio  espirita,  tanto  em  livros  como  

pela   internet.   O   espiritismo   se   fez   por   Kardec  para   buscar   a   fe   racional,   embasada   em  muitos  testes  para  que  se  possa  realmente  concluir  com  mais  exatidao  sobre  algum  tema.  

BIBLIOGRAFIA  

DE  ROCHAS,  ALBERT  -­‐  Tıtulo  original  em  Frances  L’  Exteriorisation  de  la  Sensibilite  -­‐  1899    

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INTRODUÇAxO  

O   famoso   medium   Chico   Xavier,   apos   seu  falecimento,   deixou   muitas   duvidas   sobre   o   fato  da   possibilidade   de   que   ele   voltaria   a   se  comunicar.   Frente   a   essa   duvida   ha   grupos   que  a_irmam   que   ele   havia   deixado   uma   especie   de  senha   para   que   soubessem   que   ele   realmente  voltaria  a  fornecer  mensagens.  Por  outro  lado,  um  grupo   que   tambem   conheceu   o   medium,   a_irma  qua   tal   atitude   nao   se   parecia   com   o   estilo   de  Chico   Xavier,   portanto   essa   possibilidade   de  senha   seria   algo   para   se   evitar   que   muitos  mediuns  pudessem  vir  a  alegar  estarem  trazendo  mensagens  do  grande  lıder  espirita  brasileiro.  Como  e  de  amplo  conhecimento  no  meio  espirita  (Kardec,  1860  —  Aksakof  1890  —  Bozzano,  1940  —  Fontana,  2012),  como  fator  presente  em  todos  os   mediuns,   o   animismo   e   personismo   podem  in_luenciar   inumeras   pessoas   a   acreditarem  estarem   intermediando   o   medium   falecido   de  Uberaba,   para   se   evitar   isso,   sendo   verdade   ou  nao,   existindo   senha   ou   nao,   o   fato   e   que,   em  exceçao   ao   falecido   medium   Celso   de   Almeida,  nenhum  outro  medium  conhecido  ate   entao  veio  

a   demonstrar   manifestaçao   genuına   do   espirito  de  Chico  Xavier.  Pelo  fato  de  estarmos  em  constante  estudo,  onde  o  tema  principal  sao  cartas  psicografadas,  chegou  ate   nos   uma   amostra   que   despertou   certo  interesse.   Numa   carta   de   uma   jovem   falecida,  dirigida   a   seu   namorado,   alem   de   todas   as  informaçoes,  e  nomes  contidos  na  mesma,  serem  precisamente  condizentes,  observamos  uma  forte  semelhança   no   gra_ismo   da   carta   com   amostras  originais  do  medium  Francisco  Candido  Xavier.  A  partir  de  entao   iniciamos  uma   investigaçao  onde  se  pretendeu  eliminar  supostas  semelhanças  com  o   gra_ismo   do   medium   NIS   e   de   seu   mentor  Afonso   (nome   _ ict ı c io) ,   posteriormente  comparando   as   amostras   das   cartas   com  amostras  originais  de  Chico  Xavier.  Ao   longo   dos   anos,   observou-­‐se   empiricamente  que   algum   espirito   (mentor   ou   nao)   pode   atuar  como   um   intermedia rio   entre   o   espirito  comunicante   e   o   medium,   sugerindo   que   este  “espirito   comunicante”,   tambem   chamado   de  “controle”   por   muitos   pesquisadores,   atue   como  um  manipulador   do   medium   por   possuir   algum  tipo   de   sincronia/a_inidade/habilidade   com   o  mesmo  (Stead,  1921  -­‐  Fontana,  2014),          por      esse

PERIÓDICO DA EDIÇÃO VERIFICAÇÃO DE ESPIRITO CONTROLE SOBRE MÉDIUM EM PSICOGRAFIA

Estudo  Investigativo  de  Manifestação  do  Espirito  de    Chico  Xavier  através  de  um  Médium  de  Umbanda  

Sandro Fontana INSTITUTO DE PESQUISAS PSICOBIOFÍSICAS DE PORTO ALEGRE

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Resumo:   O   presente   estudo   surgiu   apos   uma   constataçao,   nao   planejada,   da   observaçao   de   semelhança   de   escritas   em   cartas  psicografadas  com  o  gra_ismo  original  do  medium  falecido  Francisco  Xavier  em  um  medium  umbandista.  Apos  veri_icaçao  detalhada  se  constatou  forte  semelhança  com  o  gra_ismo  original  do  medium  falecido,  diferenciando-­‐se  drasticamente  do  gra_ismo  original  do  medium  atuante  NIS  (nome  _ictıcio  do  medium).  A  investigaçao  contou  com  amostras  originais  de  um  dos  mentores  declarados  do  medium,  este  que  viveu  no  Brasil  em  sua  ultima  encarnaçao,  constatando-­‐se  nao  haver  semelhança  alguma  com  as  amostras  das  cartas  psicografadas.  Com  os  dados   coletados   foi  possıvel   concluir  que  o  plano  espiritual  nao   escolhe   crenças  ou   ideologias  para   se   comunicar,   sendo  essas  (crenças  e  religioes)  algo  limitado  a   ignorancia  terrena,  onde  muitos  difundem  preconceitos  e  separaçoes  em  vez  de  unioes  para  um  bem  comum.  

PEER REVIEW Aprovado Aprovado com ressalva

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motivo   e   possıvel   que   crianças   em   tenra   idade  viessem   a   ditar   cartas,   tanto   por   telepatia   como  de   forma   intermediaria   diretamente   com   o  medium.  Atualmente,   dentre   os   estudiosos   da   ciencia  espirita,   e   de   comum   acordo,   devido   alguns  estudos   (Perandrea,   1991   —   Rosher,   1961   —  Fontana,  2012)  que  cartas  psicografadas  possuem  um  hibridismo  na  escrita,  ou  seja,  que  durante  o  momento   mediunico,   em   psicogra_ia   mecanica   e  semimecanica,   ocorra   uma   mesclagem   entre   a  letra   do   medium   (em   predominancia)   e   do  espirito   que   esta   utilizando-­‐se   do   medium.  Seguindo  a  mesma  logica,  tais  informaçoes  devem  surgir   nas   amostras   veri_icadas,   fato   que   veio   a  ser   percebido   e   con_irma   o   que   tais   estudos  demonstraram  no  passado.    

ESPIRITISMO  VS  UMBANDA  

EW   comum,   mesmo   no   meio   espırita,   encontrar  preconceitos   ou   entendimentos   por   muitos  seguidores   e   lideres   frente   aos   umbandistas  (Franco,   2008),   chegando   a   caracteriza-­‐los   como  “espiritualistas"   para   evitar   uma   possıvel  confusao   de   doutrina,   excluindo-­‐os   do   segmento  criado   por   Kardec,   onde   este   atuou   na   tentativa  de   organizar   uma   estrutura   frente   ao   impasse  historico   no   seculo   XIX   (Carvalho,   2015).   EW   de  opiniao   de   muitos   estudiosos   que   Kardec  organizou  um  subgrupo  de  espiritualistas,   sendo  estes   os   que   acreditam   na   reencarnaçao,  comunicaçao   com   os   mortos   e   sobrevivencia   da  alma   (Kardec,   1859   —   Kardec,   1860),   assim  chamados   de   espíritas.   Um   estudo   de   Herivelto  Carvalho     (2015)   demonstra   que   Kardec  reconhecia  varias  escolas  espıritas,  cada  uma  com  sua   interpretaçao   (doutrina)   para   determinados  fatos.  Em  termos  de  ciencia  e  historia,  isso  passa  a  ser   facilmente   compreendido,   no   entanto   no  Brasil,   o   espiritismo   rumou   para   um   lado   mais  religioso   onde   a   crença   e   a   fe   destoaram  fortemente   dos   princıpios   basicos   kardequianos,  portanto   se   institucionalizou  o  nome  espiritismo  exclusivamente  ao  segmento  da  escola  kardecista  (doutrina),   mesmo   que   o   atual   espiritismo  brasileiro   possua   forte   in_luencia   da   escola  Rousteniana  em  seu  todo.  Embora   a   umbanda   siga   uma   linha   cultural   e  espiritual   aparentemente  diferente,   os  princıpios  de   crenças   sao   os  mesmos   aderidos   por   Kardec,  

nao   justi_icando   um   suposto   preconceito  institucionalizado   dentro   de   muitas   casas  espiritas   federadas   e   confederadas,   onde  muitos  consideram   os   espıritos   manifestantes   como  “inferiores"   ou   de   pouca   evoluçao.   Um   estudo  mais   amplo   sobre   este   tema   e   recomendado   e  necessario.  

MATERIAIS  E  MEW TODO  

Atuamos  em  varias  fases  para  podermos  chegar  a  um  denominador  comum:    

A)  Na  primeira   fase   foi   coletado  material   gra_ico  original  do  medium  (_ig.  1  e  2).    

B)   Numa   segunda   fase,   apos   investigaçao,   foi  obtido   amostra   de   gra_ismo   (em   imagem)   do  mentor  do  medium  NIS  (_ig.  3).  

C)  Numa  terceira  fase  foram  obtidas  amostras  de  escritas   (em   imagem)   do   medium   Chico   Xavier  (_ig.  4  a  9)  

D)  A  quarta  fase  consistiu  em  obter  amostras  (em  imagem)  de  3  casos  de  cartas  psicografadas  -­‐  tipo  “consoladoras”   -­‐   para   familiares   (omitidas   na  integra  para  preservar  a   identidade  do  medium),  duas   alem   do   primeiro   caso   onde   se   observou   o  gra_ismo  semelhante.  A  _inalidade  foi  compara-­‐las  e  isolar  as  escritas  hıbridas,  onde,  em  meio  a  uma  palavra   e   outra,   surgem   letras   divergentes   e  convergentes.  As  cartas   foram  psicografadas  sem  informaçoes   previas   das   pessoas   requerentes  nem  do  espirito,   sendo   todas  as   tres,   solicitantes  de  outras  cidades  que  nao  a  do  medium.  

E)   A   quinta   e   ultima   fase   faz   uma   analise   dos  gra _ i smos   convergentes ,   d ivergentes   e  semelhantes.  

Na   pagina   seguinte,   constam   duas   amostras  originais  do  medium  em  estado  consciente  e  fora  do  transe  mediunico.  Esta  amostragem  foi  obtida  por   um   ditado   do   pesquisador   ao   mesmo,   onde  tentou-­‐se   incorporar   algumas   palavras   que  poderiam   ser   confrontadas   no   experimento   e  tentou  analisar  as  possıveis  variaçoes  de  escrita  e  velocidade:

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Abaixo,  amostra  em  imagem  do  gra_ismo  original  do   espirito   Afonso   (nome   _ictıcio   do   mentor   de  NIS).  Estas  imagens  foram  obtidas  de  um  arquivo  digitalizado  na  cidade  onde  Afonso  morou.  Foram  cortados   (omitidos)   cabeçalhos   para   preservar   a  identidade  do  mesmo.  

Fig.  3  

A   seguir,   amostras   originais   (em   imagem)  do  medium   Francisco   Candido   Xavier.   As  amostras  foram  obtidas  pela  internet  em  sites  publicos  e  documentos  diversos.  

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Fig.  1

Fig.  2 Fig.  4

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Fig.  6

Fig.  5

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Fig.  7

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Fig.  8

Fig.  9

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Abaixo,   amostras   parciais   das   cartas  psicografadas   pelo   medium   NIS.   Todas  escritas   em   folhas   A4,   onde   nao   estao   sendo  reproduzidas   na   integra   para   preservar   a  identidade   do   medium.   Notem   que   em  algumas   delas,   ha   a   escrita   do   medium  em”semi-­‐transe”  para  ajudar  na  leitura:  

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ANAW LISE  DE  SEMELHANÇAS,  DIVERGE�NCIAS  E  CONVERGE�NCIAS  

Para   melhor   apreciaçao,   foi   criada   uma   tabela  amostra   (paginas   seguintes)   com   exemplos   de  gra_ismos   das   4   personalidades   envolvidas   na  pesquisa,   onde,   para   facilitar,   maior   exibiçao   de  imagens  constarao  a_im  de  colaborar  no  estudo.  

Num   primeiro   momento   se   constatou   grande  divergencia  entre  os  gra_ismos  do  medium  em  seu  estado   de   transe,   comparado   com   o   estado  consciente.   Embora   o   fato   da   escrita   ser   rapida,  durante   a   psicogra_ia,   observou-­‐se   alteraçoes   na  genese  gra_ica,   caracterizando  a  possibilidade  de  

um   punho   escritor   diferente   que   nao   o   do  medium.  Abaixo   algumas   imagens   com   o   gra_ismo   do  medium  em  transe  e  fora  do  transe.  Neste  ponto,  algumas  caracterısticas  ja  se  tornam  visıveis,  uma  delas  a  forte  tendencia  de  inclinaçao  para  o  lado  oposto  (esquerdo-­‐direito).  

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Amostra  em  estado  consciente.  Texto  ditado  pelo  pesquisador.  

Amostras  em  estado  de  transe.  Texto  psicografado  pelo  medium

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Frente   as   amostras   das   cartas   psicografadas,  comparada   ao   gra_ismo   do   declarado   mentor  Afonso,   constatou-­‐se   que   o   estilo   gra_ico   nao  sugere   semelhanças,   nem   em   estilo   nem   em  genese  gra_ica  para  a  maioria  das  imagens.  

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Amostra  do  gra_ismo  original  do  mentor  do  medium  

Amostra  em  estado  de  transe.  Texto  psicografado  pelo  medium  

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A   tabela   acima   faz   um   comparativo   frente   as  quatro   personalidades   envolvidas   no   estudo,  evidenciando   e   sugerindo   similaridade   entre   o  gra_ismo   do   medium   em   transe   com   o   gra_ismo  original  de  Chico  Xavier.  

A   seguir,   uma   analise   mais   detalhada   para  convergencia  de  algumas  letras.    

Observou-­‐se   nas   amostras,   genese   gra_ica   do  medium  de   forma  distorcida,   supondo-­‐se,  dentro  do   paradigma   espirita,   se   tratar   do   animismo/personismo  inconsciente  do  medium.  

ANAW LISE  COM  APONTAMENTOS  DE  SEMELHANÇAS  

Para   melhor   demonstrar   a   observaçao,  separou-­‐se   algumas   palavras   das   cartas  psicografadas  e  comparou-­‐se  as  mesmas  com  as  grafadas  em  vida  por  Chico  Xavier.  As  setas  vermelhas   indicam   os   pontos   basicos   de  convergencias.   Para   colaborar   com   o   estudo,  acrescemos  palavras  escritas  pelo  medium  em  estado   consciente,   sinalizando   com   seta   azul  algumas  diferenças  basicas.  

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Palavra Médium fora do transe

Médium em transe Mentor Amostras de Chico Xavier

"para"

N/C

“até”* Fragmentos* Letras "al"

“esperava(mos)”

N/C

“que"

��

�*

��

TABELA  AMOSTRA  

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Palavra   “esperava",   psicografada   por   NIS.   Abaixo   desta,   a   mesma   palavra   escrita   em   semi-­‐transe  mediunico:  

Palavra  “esperamos”,  grifada  por  Chico  Xavier:  

Palavra  “espirituais”,  escrita  por  Chico  Xavier:  

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Palavra  “que”,  psicografada  por  NIS:  

Palavras  “que”,  escrita  por  NIS  sem  transe  mediunico:  

Palavras  “que”,  grafadas  por  Chico  Xavier:  

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Similaridade  do  caracter  “g”.  

Amostra  de  carta  psicografada  por  NIS,  palavra  “segue"  e  “agora":  

Palavras  com  caracter  “g”,    escritas  pelo  medium,  sem  transe  mediunico:  

Amostras  com  o  “g"  no  gra_ismo  de  Chico  Xavier:  

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Junçoes  de  “es”  com  “t”.  

Amostras  retirada  das  cartas  psicografadas  por  NIS:  

Amostras  dos  originais  do  medium.  A  primeira  em  estado  de  semi-­‐transe:  

Amostras  originais  de  Chico  Xavier:  

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Veri_icaçao  da  palavra  “preciso”.  

Amostras  da  palavra  “preciso”  retiradas  de  psicogra_ias:  

Amostras  com  as  palavras  “preciso”  e  “precioso",  originais  do  medium,  sem  transe  mediunico:  

Amostra  gra_ica  de  Chico  Xavier:  

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Palavra  “ate”  e  junçoes  entre  “at"  e  “al”.  

Palavra  “ate”  psicografada  pelo  medium  NIS:  

Palavra  “ate"  escrita  pelo  medium  fora  do  transe  mediunico:  

Amostras  do  gra_ismo  com  junçao  de  “a”  com  “l”  em  açao  de  subida,  de  Chico  Xavier:  

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Sequencia   de   sobreposiçao   do   gra_ismo   psicografado   pelo   medium   com   gra_ismo   original   de   Chico  Xavier:  

Observa-­‐se   a   junçao   perfeita   entre   traçados   entre   amostra   do  medium   e   amostra   original   de   Chico  Xavier.  

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Outra  semi-­‐sobreposiçao,  onde  se  observa  perfeita  “sincronia"  da   letra  “a”  com  o  grama  que  forma  o  laço  de  subida,  uma  para  a  letra  “t”  do  medium  e  para  letra  “b"  de  Chico  Xavier:  

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CONCLUSAxO  SOBRE  A  ANAW LISE  GRAFOTEW CNICA  

Embora   o   autor   do   presente   trabalho   nao   seja  perito   em   grafoscopia,   as   amostras   parecem  evidenciarem   que   se   trata   do  mesmo   gra_ismo,  ora   observado   em   suas   semelhanças,   haja   visto  tendo-­‐se   isolado  outros   gra_ismos   considerados  inoportunos   devido   ao   hibridismo   esperado  (Perandrea,  1991).  Alem  das  semelhanças  apontadas  neste  trabalho,  encontramos  outras   convergentes,   omitidas  por  considerarmos   que   a   atual   amostragem   seja  su_iciente  para  exprimir  conclusao  sobre  grande  possibilidade   da   manifestaçao   do   espirito   de  Chico  Xavier  junto  ao  referido  medium.  EW   importante   salientar   que   utilizamos   apenas  tres  amostras  de  cartas.  Numa  busca  mais  ampla  percebemos   que   nem   sempre   tal   manifestaçao  ocorre,   ou   seja,   ha   amostras   de   cartas   onde   o  gra_ismo   evidente   do   falecido   medium   de  Uberaba  nao  esta  presente.  

DISCUSSAxO  

Acreditamos  que   este   trabalho  possa   interessar  a   muitos   espiritas.   Com   certeza  muitos   terao   a  curiosidade   da   referida   pessoa   (medium),   no  entanto  para  nos  pesquisadores  o   foco  esta  nos  fatos   e   nas   evidencias,   estas   que   podem   nos  trazer  e  garantir  oportuno  aprendizado.  Para   o   referido   caso  ha   algumas  possibilidades,  mas   dentre   elas   um   fator   e   evidente:   A   “mao"  que   escreve   as   cartas   durante   o   transe  mediunico  nao  e  somente  do  medium.  EW   perceptıvel   uma   mesma   genese   gra_ica   em  muitas  das  amostras,  devidamente  alinhado  com  suas   caracterısticas   de   escrita   (medium),   como  velocidade   e   posiçao,   mas   ha   a   evidente  mudança   de   gra_ismo   em   alguns   momentos,  condizendo  com  estudos  anteriores.  Se,   na   hipotese   de   nao   ser   o   gra_ismo   de   Chico  Xavier,  a  semelhança  entre  o  autor  das  mesmas  e  patente,   haja   visto   a   variaçao   de   gra_ismos  coincidentes   ser   muito   ampla.   Contudo   as  amostras    divergem      totalmente      do                referido  

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mentor   do  medium,   este   com   gra_ismo   de   estilo  totalmente  diferente  das  amostras  coletadas.  Para   o   caso   de   veracidade   da   hipotese   central,  onde   o   gra_ismo   refere-­‐se   a   manifestaçao  oportuna  e  discreta  do  falecido  medium,  nada  de  novo  haveria  com  ele,  uma  vez  que  passou  a  vida  em   plena   humildade   e   ajudando   pessoas   que  perderam  seus  entes  queridos  a  superar  essa  fase  transiente   da   materia.   Nada   mais   esperado   que  mantivesse   sua   discriçao,   ajudando   agora   os   “do  lado   de   la”   a   falar   com   os   encarnados,   agindo  como  um  escritor  para  os  espıritos,  so  que  agora  transpondo   dimensoes,   estando   do   lado   “oposto  do  veu”.  Ainda   em   se   tratando   dessa   hipo tese,   o  aprendizado   pode   ir   mais   longe,   pois   a  demonstraçao   do   espirito   de   Chico   Xavier  manifestando-­‐se   em   um   medium   de   umbanda,  mesmo   que   para   fazer   trabalhos   de   uma   “linha  kardequiana”,  so  vem  a  nos  trazer  a  informaçao  de  que   realmente   o   espirito   em   estado   encarnado,  fadado   a   perdurar   temporariamente   com  restriçao   de   suas   faculdades,   passa   a   ser   uma  _igura   ignorante   frente   ao   mundo   espiritual,  dedicando-­‐se  a  crenças  de  religioes  como  se  cada  uma   possui-­‐se   o   verdadeiro   conhecimento   e   a  verdade.  Os   fatos   parecem   evidenciarem   que   o   mundo  espiritual   pouco   se   importa   com   as   religioes   ou  com  o  discernimento  limitado  do  Homem,  agindo  de  forma  identica  com  o  passar  dos  anos,  mesmo  que  a  humanidade  lhes  deem  nomes  diferentes  ou  lhes  atribuam  caracterısticas.  Ao  que   vemos   e   identi_icamos,   nos   parece   que   o  mundo   espiritual   age   realmente   por   interesses  que   lhes   sao   proprios,   nao   se   importando   com  crenças  ou  disputas  terrenas.  O  referido  estudo  nao  encerra  o   tema,   sugerindo  mais  estudos  ao   longo  do  tempo,  onde  poderiam  ser  abordados  aprofundamentos  sobre  os   limites  e   idealizaçoes   das   religioes   e   o   preconceito  gerado  entre  elas.  Recomendamos  analise  grafoscopica  futura  sobre  os  gra_ismos,  a_im  de  conferir  a  analise  do  autor.  

CONCLUSAxO  

Entendemos   como   evidente   a   manifestaçao  discreta   do   falecido  medium,   demonstrando   que  

nao   ha   preconceitos   dos   seres   mais   nobres   e  espiritualizados   com   outras   crenças   ou   culturas,  ao   contrario   do   que   vem   ocorrendo   num   meio  onde   o   nıvel   compreensıvel   sobre   essa   tematica  parece   ser   inerente   em   sua   base   cultural,  moral,  religiosa  e  cienti_ica:  o  espiritismo.  

BIBLIOGRAFIA  

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KARDEC.  ALLAN  (1860)  -­‐  O  Livro  dos  Espıritos  -­‐  ebook  

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Ed.  FEB    

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Especial):  59-­‐71,  1991    

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do  Instituto  Pernambucano  de  Pesquisas  Psicobiofısicas  

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Ediçao  –  Ed.  Liv  e  Ed.  Universitaria  de  Direito.  

JOSEW  BOSCO  (2005)  -­‐  A  Ciencia  da  Escrita  -­‐  MADRAS  

FALAT  &  REBELLO  (2012)  –  Entendendo  o  Laudo  Pericial  

Grafotecnico  e  a  Grafoscopia  –  1a  Ediçao  –  6a  reimpressao  –  Editora  Jurua  –  Curitiba-­‐PR  

FONTANA,  SANDRO  (2012)  -­‐  Mediunidade  Mensuravel  -­‐  https://www.scribd.com/doc/94859105/Mediunidade-­‐Mensuravel  

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CARVALHO,  HERIVELTO  (2015)  -­‐  O  Espiritualismo  Moderno  como  uma  Escola  do  Espiritismo    -­‐  Revista  Ciencia  Espirita  -­‐  Ediçao  OUT/2015  

FRANCO,  Divaldo  (2008)  -­‐  Palestra  publicada  na  internet  -­‐  https://www.youtube.com/watch?v=jiSlMMCtSlE

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INTRODUÇÃO  

Os   assim   chamados   testes   de   livros   que   nos  temos   que   examinar   sao   tentativas   feitas   pelo  controle   Feda   da   Sra.   Leonard   de   indicar   o  conteudo   de   uma   certa   pagina   de   um   livro   em  particular   o   qual   a   Sra.   Leonard   nao   tenha   visto  com   os   seus   olhos   terrenos,   e   que   nao   era,   no  momento   da   sessao,   do   conhecimento   do  assistente.   Por   exemplo,   Feda   pode   dizer   ao  assistente   que   o   comunicador   quer   que   ele   va   a  estante  de  livros  entre  a  lareira  e  a  janela  em  seu  estudio,  e  na  terceira  prateleira  de  baixo  pegue  o  setimo   livro   da   esquerda   para   a   direita   e   abra-­‐o  na   pagina   48,   onde   na   terça   parte   _inal   ele  encontrara   uma   passagem   que   pode   ser   vista  c omo   uma   men s a g em   a p rop r i a d a   d o  comunicador   para   ele.   Nos   casos   mais   tıpicos   o  interior   da   residencia   do   assistente,   e   mesmo   o  nome   do   assistente,   sao   desconhecidos   a   Sra.  Leonard.  O  proprio  assistente   e   improvavel  de  se  

lembrar  conscientemente  qual  livro  ocupa  o  local  exato   indicado,   e   mesmo   que   ele   tenha   lido   o  livro,   o   que   ele   frequentemente   nao   fez,   e  praticamente  certo  que  ele  nao  sabe  o  que  esta  na  pagina  especi_icada.    Um   bom   teste   de   livro,   portanto,   excluiria   a  

telepatia   ordinaria   do   assistente   enquanto  explicaçao,  e  faria  extremamente  difıcil  supor  que  Feda   extrai   sua   informaçao   de   qualquer   ser  humano  vivo.  Assim  pareceria  que  ou  ela  e  capaz  de   exercer   clarividencia   pura   —   isso   e,   obter  conhecimento   de   aparencias   fısicas   que   estao  alem  do  alcance  dos  sentidos  de  alguem;  [1]  ou  de  que  ela  esta  em  comunicaçao  com  algum  espırito,  encarnado  ou  desencarnado,  que  tem  este  poder.  EW   de   forma   a   excluir   telepatia   do   assistente   que  Feda   professa   interesse   nos   testes   de   livros.   Ela  dira  ao  assistente  que  nao  passou  por  isso  antes:  “Ele   [o   comunicador]   deseja   lhe   passar   um   dos  testes  de   livros...   testes  que   impedem  as  pessoas  de   pensarem   em   telepatia”,   ou   “este   teste   e   para  

RELATÓRIO DE PESQUISA

PROCEDIMENTOS  DA  SOCIEDADE  DE  PESQUISAS  PSÍQUICAS    DO  ORIGINAL    

Proceedings  of  the  Society  for  Psychical  Research  -­‐  Parte  LXXXI  -­‐  Abril  de  1921  

por  Henry  Sidgwick  

Resumo

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O   presente   relatorio   cita   a   introduçao   de   um   dos   procedimentos   da   SPR   e   traz   uma   demonstraçao   de   como   eram  elaborados   experimentos  mediunicos   controlados   para   testes   de   leitura   de   livros   com   uso   de  mediuns   no   inicio   do  seculo   XX.   Neste   referido   trabalho   o   relator   detalha   alguns   dos   casos   pesquisados   na   epoca   com   a   medium   Gladys  Osborn   Leonard   e   sua  mentora   Feda.   O   autor   analisa,   entre   as   hipoteses   variantes,   para   veri_icar   se   a   comunicaçao  poderia   ser   oriunda   de   espıritos   ou   de   algum   fenomeno   paranormal.   Este   estudo   traz   a   tona   algumas   informaçoes  importantes   ao  meio   espirita,   onde   _ica   evidente  que  nem   todos  os   espıritos   conseguem  efetuar  determinadas   açoes  simples,  tais  como  veri_icar  ou  ler  uma  pagina  de  um  livro,  estando  no  mundo  espiritual.  O  trabalho  parece  evidenciar  a  dissociaçao  da  “tridimensionalizaçao”  com  a  percepçao  da  “visao”  em  outra  dimensao,  isto  e,  demonstrando  que  a  visao  nao  passa  de  uma  especie  de  percepçao,  onde  sugere  estar  associada  a  varios  fatores.  Um  destes  e  o  “efeito  memoria”      tambem  conhecido  por  telemetria.    

PEER REVIEW Aprovado Aprovado

[1] O termo clarividência é algumas vezes usado para expressar a visão externalizada ou semi-externalizada de “espíritos” tais como a Sra. Leonard (ou Feda) parece ter. Entretanto, eu me acostumei a usá-lo no sentido definido acima, embora sem uma implicação de uma analogia no sentido da vista. Isso é chamado por Myers em Human Pernonality de telestesia.

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excluir   qualquer   ideia   que   [voce]   possa   ter   de  telepatia”.  Perceba-­‐se  que  os  testes  de  livros  nesta  coleçao   sao   sempre   fornecidos   atraves   de   Feda  c omo   uma   i n t e rmed i a r i a .   M e smo   o s  c om u n i c a d o r e s   q u e   p o r   s i   m e sm o s  ocasionalmente  controlam  diretamente,  tais  como  A.   V.   B.,   sao   representados   como   ditando   seus  testes   de   livros   a   Feda.   Feda,   entretanto,   nao   e  geralmente   representada   como   ela   propria  percebendo   o   interior   do   livro   fechado.   Essa   e   a  funçao  do  comunicador.    A   origem   dos   testes   de   livros   nao   nos   e  

exatamente  conhecida,  e  provavelmente  nao  pode  ser   determinada;   pois   o   conhecimento   desperto  da  Sra.  Leonard  enquanto  ela  esta  em  transe  e  na  maior   parte   das   vezes   muito   imperfeito,   e  naturalmente   nos   nao   estamos   em   contato   com  todos  aqueles  que  realizaram  sessoes  com  ela.  No  temos,   entretanto,   uma   grande   coleçao   de   testes  de  livros  dados  em  1917,  1918  e  janeiro  de  1919.  E   eu   penso   ser   provavel   que,   se   eles   ocorreram  antes   de   1917,   eles   eram   bem   infrequentes,   ou  nos   terıamos  ouvidos   falar  mais  a  respeito  deles.  Nossa   coleçao   e   heterogenea.   Ela   contem  primeiro  muitos  —  cerca  de  63  —  recebidos  pela  Srta.   Radcliffe   Hall   e   (Una)   Lady   Troubridge   (ou  juntas  ou  apenas  uma  delas)  como  assistentes  [2],  e  muito   cuidadosamente  escritos   e   anotados  por  elas.  Esses  eu  chamo  os  testes  de  livros  A.  V.  B.,  o  comunicador  sendo  o  mesmo  A.  V.  B.  que  exerceu  um   papel   importante   nas   sessoes   de   Leonard  relatadas   pela   Srta.   Radcliffe   Hall   e   Lady  Troubridge   em   seu   artigo   recentemente  publicado  nos  Proceedings  S.  P.  R.,  Vol.  XXX.    Entao  nos   temos  12   recebidos  pela  Sra.   Salter,  

supostamente  vindos  de  seu  pai,  Dr.  A.  W.  Verrall,  cujo  nome  e  familiar  aos  leitores  dos  Proceedings  como  o  comunicador  nos  casos  “Statius”  e  “Orelha  de  Dionısio”.  Estes  eu  chamarei  de  testes  de  livros  A.   W.   V.   E   ainda   nos   temos   os   testes   de   livros  recebidos  por  cerca  de  37  outros  assistentes,  um  ou   mais   de   cada   —   o   Rev.   C.   Drayton   Thomas  enviou  19  —  e  examinados  tanto  quanto  possıvel  por  Lady  Troubridge  ou  pela  Sra.  Saltar.    EW  perceptıvel  atraves  desta  coleçao  de  testes  de  

livros   que   cada   assistente   tem   seu   comunicador  especial.  Assim  nos  testes  de  livros  recebidos  pela  Srta.   Radclyffe  Hall   ou   Lady  Troubridge   (a   quem  para  abreviar  chamarei  de  M.  R.  H.  e  U.  V.  T,  ja  que  

e   assim   que   elas   se   chamam   em   seu   proprio  artigo   mencionado   acima)   o   comunicador   e  sempre   A.   V.   B.,   embora   ocasionalmente   A.  W.   V.  ou   outra   pessoa   e   dita   estar   presente  participando.   Similarmente   naqueles   recebidos  pela  Sra.  Salter,  A.  W.  V.   e  sempre  o  comunicador,  embora   algumas   vezes   acompanhado   pela   Sra.  Verrall   ou   por   A.   V.   B.   O   comunicador   da   Sra.  Beadon   e   sempre   o   seu   marido,   e   assim   por  diante.  Percebe-­‐se  pela  descriçao  geral  que  eu   forneci  

de  um  teste  de  livro  tıpico  que  o  plano  de  referir  o  assistente   para   uma   certa   pagina   para   uma  “mensagem”   fornece   uma   grande   oportunidade  para   validaçao   subjetiva.   E   de   fato   em   alguns  casos   nenhuma   indicaçao   de   qualquer   tipo   e  fornecida  da  natureza  da  mensagem,  e  em  alguns  casos  a  descriçao   e  muito   super_icial.  Raramente  acontece   de   o   assistente   dizer   antes   pela  descriçao   de   Feda   exatamente   o   que   ele   espera  encontrar.   A   coisa   toda   e   frequentemente  apresentada   a   ele   como   um   enigma,   como   se   o  comunicador   dissesse:   “Veja   se   voce   consegue  adivinhar   o   que   eu   quero   dizer   quando   eu   digo  que   ha   uma   mensagem   para   voce   em   tal   e   tal  pagina”.   Seria   um   erro,   entretanto,   supor   que  quase  em  qualquer  pagina  de  qualquer  livro  algo  que   possa   passar   como   uma   mensagem   seja  encontrado;   e   ha   claro   ainda   menos   chances   de  quando  as   indicaçoes,  mesmo  vagas,  da  natureza  da   mensagem   sao   dadas,   a   mensagem   quando  encontrada   se   adequara   a   elas   [3]   A   di_iculdade  esta   em   decidir   o   que   pode   ser   legitimamente  esperado  em  termos  de  coincidencias  acidentais;  e   esta   di_iculdade   esta   presente   em   muitos   dos  casos   a   serem   considerados.   Isso   e   obviamente  uma   questao   sobre   quais   pessoas   sao   provaveis  de   formar   julgamentos   diferentes   em   alguma  extensao,   e   que   tipo   de   vieses   podem   entrar   em  cena.  Por  esta  razao  eu,  como  uma  pessoa  externa  aos   experimentos,   fui   pedida   a   dar  meu   parecer  sobre  a  evidencia  coletada.  Eu  nada  tive  a  ver  com  a   tarefa   de   coleta-­‐la,   e   nenhum   teste   de   livro   de  sucesso   para   contribuir,   entao   talvez   seja   mais  facil   para   mim   abordar   todos   os   casos   de   um  ponto  de  vista   igualmente  externo,  que  pode  ser,  e.g.,   para   Lady   Troubridge   ou   Sra.   Salter,   que  podem  possivelmente  ser  pensadas  em  perigo  de  julgar   seus   proprios   casos   diferentemente   dos  

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[2]    Quando  a  Srta.  Radcliffe  Hall  e  Lady  Troubridge  sentavam  juntas  com  a  Sra.  Leonard,  como  elas  normalmente  faziam,  uma  delas  agia  como  tomadora  de  notas.  

[3]    No  Apendice  A  serao  encontrados  alguns  experimentos  de  correspondencia  aleatoria.  

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testes   de   livros   recebidos   pelos   outros.   Essas  damas  portanto  me  pediram  para  encarregar-­‐me  do  Relatorio.      Antes  de  prosseguir  com  ele  e  melhor  eu  dizer  

que  eu  nao  tive  participaçao  alguma  em  veri_icar  os   testes,   tendo   simplesmente   aceitado   os  registros   como   eles  me   foram  entregues,   tanto   a  respeito   do   que   foi   dito   nas   sessoes   quando   em  sua   subsequente   veri_icaçao.   Essa   veri_icaçao   foi,  t a n to   quan to   eu   po s so   j u l g a r,   mu i t o  cuidadosamente  realizada  em  cada  momento  que  eu  _iz  uso.  Aqui  e  ali  eu  _iz  perguntas  para  deixar  certos  pontos  claros,  mas   isso   e   tudo.  Ao  citar  os  registros  das  observaçoes  de  Feda,  para  deixar   a  leitura  mais  facil,  eu  alterei  o  seu  linguajar  infantil  —  omitindo  o  ceceio  do  l  pelo  r  e  alguns  de  seus  erros   de   pronuncia.   Eu   tambem   ocasionalmente  troquei   pontos   _inais   por   vırgulas   ao   citar   os  registros,  mas  nunca  de  forma  que  o  sentido  fosse  alterado.    Deve-­‐se   entender   desde   o   inıcio   que   muitos  

testes   de   livros   e   itens   deles   sao   fracassos  completos,  e  que  a  aparente  precisao  e  riqueza  de  detalhes   no   que   o   comunicador   diz,   e   que   a  con_iança   expressa   por   ele   de   que   o   teste   seria  bom,   nao   sao   garantia   de   sucesso.   Eu   portanto  busquei  tabular  o  numero  de  sucessos  e  fracassos  dos  casos  diante  de  nos.  Grosseiramente  falando,  de   cerca   de   532   itens,   pouco   mais   de   um   terço  foram   completamente   ou   aproximadamente  bem  sucedidos![4]  Mas  eu  nao  acho  que  isso  realmente  nos   diga   muita   coisa;   primeiro,   porque   a  classi_icaçao   e   difıcil   e   imprecisa;   e   segundo,  porque   a   importancia   evidencial   dos   casos   bem  sucedidos,   embora   improvaveis   de   ocorrer   pelo  acaso,  varia  enormemente.    Assumindo  que  o  sucesso  de  qualquer  teste  de  

livro   sob   exame   esta   alem   do   que   pode   ser  atribuıdo   pelo   acaso,   nos   temos   que   fazer   tres  perguntas   sobre   o   conhecimento   supranormal  exibido   —   signi_icando   por   conhecimento  supranormal   aquele   nao   possuıdo   por   meios  normais   pela   Sra.   Leonard.   Primeiro,   esse  

conhecimento  foi,  ou  pode  ter  sido,  possuıdo  pelo  assistente,   e,   portanto,   obtido   telepaticamente  dele?   A   descriçao   precisa   da   estante   de   livros   e  dos   seus   arredores   e   para   alem   dos   limites   do  teste   de   livro,   ou   dos   livros   proximos   a   ele,   e  normalmente  deste  tipo,  ja  que  a  estante  de  livros  na  casa  do  assistente  deve  como  regra  assumir-­‐se  ser  do  conhecimento  dele,  e  a  aparencia  e  tıtulos  dos   livros   nela   sao   provaveis   de   terem   passado  pelos   seus   olhos.   Alguns   experimentos   foram  tentados,   entretanto,   em   que   precauçoes  especiais   foram   tomadas   para   excluir   o  conhecimento  por  parte  dos  assistentes  de  quais  livros  _icavam  em  locais  particulares.    Uma   segunda   pergunta   e,   o   conhecimento   foi  

possuıdo   por   qualquer   ser   humano   que   possa  assumir-­‐se   em   contato   com   a   medium   ou   o  assistente?  Existem  3  casos  em  nossa  coleçao  em  que   os   livros   estao   localizados   em   uma   casa  desconhecida  ao  assistente,  mas  bem  conhecida  a  um   assistente   anterior.   Esses,   entretanto,   nao  foram  bem  sucedidos  como  testes  de  livros.    Uma   terceira   questao   e,   o   conhecimento   foi  

adquirido  pelo   comunicador  antes  de   sua  morte,  de  forma  que  a  sua  memoria  pudesse  ser  a  fonte  da  qual  foi  extraıdo?  Na  ausencia  da  primeira  e  da  segunda   possibil idades,   a   terceira   iria ,  naturalmente,   caso   a   clarividencia   possa   ser  excluıda,  dar-­‐nos  evidencia  de  sobrevivencia.        Se  todas  essas  3  perguntas  foram  respondidas  

na   negativa,  mas   somente   entao,   nos   parecemos  levados   a   assumir   pura   clarividencia   —   um  conhecimento   de   aparencias   fısicas   nao   obtido  atraves   dos   sentidos   de   alguem[6].   A   evidencia  para   isso   e   bom   lembrar   ser   no  momento  muito  escassa   [7],   seja   supondo   a   mente   perceptiva  encarnada   ou   desencarnada,   entao   seria   muito  interessante   se   isso   pudesse   ser   estabelecido  atraves  dos  testes  de  livros.  De  acordo  com  Feda,  e   geralmente   clarividencia   exercida   pelo  comunicador   que   e   a   fonte   do   conhecimento  mostrado.   Observar-­‐se-­‐a   que   as   tres   fontes   de  conhecimento   supranormal   mencionadas   acima  

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 [4]  A  seguir  estao  maiores  detalhes.  Existem  34  assistentes  cujos  testes  de  livros  foram  veri_icados  (2  outros  falharam  em  nos  enviar  suas  notas,  e  3  outros  foram  incapazes  de  identi_icar  a  estante  de  livros  em  que  o  livro  era  dito  estar).  Esses  assistentes  tiveram  entre  eles  146  sessoes  em  que  os  testes  de  livros  foram  fornecidos,  e  nessas  sessoes  cerca  de  532  itens  separados  de  testes  de  livros  ocorreram,  nao  incluindo  declaraçoes  sobre  tıtulos  e  outras  coisas  externas.  O  numero  de  itens  em  uma  sessao  variou  de  1  a  15.  Desses  532  itens  92  podem  ser  classi_icados  como  bem  sucedidos;  100  aproximadamente  bem  sucedidos;  204  fracassos  completos;  40  fracassos  quase  completos;  96  dubios.  Tomando  as  duas  primeiras  classes  juntas  podemos  dizer  que  cerca  de  36  por  cento  das  tentativas  foram  aproximadamente  bem  sucedidas.    

[5]    Eles  sao  referidos  concernentes  a  outros  assuntos  nas  paginas  372-­‐374.    

[6]    Nesta  lista  de  possıveis  fontes  de  informaçao  eu  ignorei  uma  sugerida  por  Feda  porque  eu  nao  posso  dizer  que  a  compreendo.  EW  a  de  que  leitores  anteriores  dos  livros  deixaram  traços  psıquicos  reconhecıveis  nele.  Como  ela  coloca  em  uma  ocasiao  (veja  abaixo,  pag.  357):  “Ao  ler  um  livro  eles  de  certo  modo  o  psicometrizaram  e  deixaram  um  pensamento.”  Isso  aprece,  de  certo  modo,  envolver  algum  tipo  de  clarividencia  qualquer  que  seja  a  interpretaçao  que  demos  a  isso.  

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—  o  assistente,  outras  pessoas  vivas,  e  a  memoria  do   comunicador   —   podem   trabalhar   juntas,   ou  quaisquer   duas   delas   podem,   e   quando   elas   o  fazem  podem  talvez  fortalecer  uma  a  outra.  Seria  interessante   descobrir,   se   pudessemos,   se   o  conhecimento   possuıdo   tanto   pelo   assistente  quanto   pelo   comunicador   e   mais   provavel   de  chegar   ao   controle   Feda  do  que   aquele   possuıdo  apenas  pelo  assistente.    De  forma  que  o  leitor  passa  saber  algo  sobre  o  

que   ele   esta   embarcando   eu   irei   concluir   esta  sessao  introdutoria  com  um  teste  de  livro  tıpico  o  qual,   penso   que   concordarao,   e   decididamente  bom,   embora   na o   ta o   completo   quanto  gostarıamos.  Ele  e  acompanhado  por  uma  notavel  exibiçao   de   conhecimento   de   coisas   externas  proximas  ao   livro,  o  que  deve  aparentemente   ter  tido  uma  origem  supranormal.    O  teste  de  livro  em  questao  foi  com  A.  V.  B.  em  

12  de  setembro  de  1917.  M.  R.  H.  e  U.  V.  T.  estavam  ambas   presentes,   uma   delas,   como   era   seu  costume,   anotando.   Feda,   que   tem   seus   apelidos  para   a  maioria   dos   assistentes   e   comunicadores,  chama  A.  V.  B.  de  Ladye  —  um  apelido  usado  pelos  amigos   de   A.   V.   B.   durante   a   sua   vida   (veja  Proceedings  XXX.,  pag.  344).  

F.   [8]   Agora,   para   hoje   ela   [A.   V.   B.]   quer  fornecer   outro   [i.e.   teste   de   livro].   Ela   esta  voltando   para   os   proprios   livros   [de   M.   R.  H.],  sao  os  livros  que  partem  da  janela.    [Este  conjunto  especı_ico  de  prateleiras  foi  

identi_icado   com   o   teste   de   livros   anterior;  entao  sua  mençao  aqui  nao  e  evidencial;  mas  em  vista  do  que  se  segue  deve  ser  lembrado  que   nessa   epoca  M.   R.   H.   e   U.   V.   T.   estavam  anonimas  a  Sra.  Leonard.  Acredita-­‐se  que  ela  nao   conhecia   os   seus   nomes,   e   e   quase  impossıvel  achar  que  ela  alguma  vez  tivesse  estado  no  apartamento  de  M.  R.  H.]  F.  (s.v.  Mas  la  nao  poderia  haver  19  livros,  

Ladye!)  Poderia  haver  19  livros  em  uma  _ileira?  A.  Sim.  

F.   Ela   diz   que   e   o   19º   livro   a   partir   da  janela.    A.  Em  que  prateleira?  F.  Essa.  (Aqui  Feda  indica  a  altura  com  sua  

mao).  A.   Eu   gostaria   de   ter   essa   altura   correta.  

Eu   vou   _icar   de   pe   e   voce   vai   me   tocar  exatamente   onde   voce   acredita   que   essa  prateleira   encostaria   em   meu   corpo.   (Feda  toca   a   saia   da   assistente   apenas   um   pouco  abaixo  da  parte  de  cima  de  um  bolso  lateral  da  saia).    F.  Ela  diz  que  e  o  19º  livro  e  a  pagina  52,  e  

esta   perto   do   topo   da   pagina,   mas   nao   e   a  primeira  frase.    A.  EW  sobre  o  que?  F.  Feda  nao  pode   fazer   isso.  Oh  O  que   ela  

quer  dizer?   Isso   e  engraçado!   (Feda  começa  a   puxar   [um   ornamento   usado   pela  assistente]).   Ela   diz   que   de   um   certo  modo  tem  relaçao  com  isso.    A.   Voce   quer   dizer   esse   [ornamento]   que  

voce  esta  tocando?  

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[7] O trabalho mais importante que já foi feito sobre o assunto com algum sucesso foi uma série de experimentos conduzidos pelo Prof. Charles Richet, cujo relatório foi publicado nos Proceedings da S.P.R. , Vol. V., em um artigo chamado “Relation de Diverses Experiénces sur la transmission mentale, la Lucidité, et autres Phenomènes non explicables par lês Donnés Scientifiques actuelles.” Para clarividência, ou como o Prof. Richet a chama, Lucidité, veja as páginas 77-116 daquele artigo. Os experimentos foram feitos com diferentes sujeitos hipnotizados, que tentaram descrever ou reproduzir desenhos em envelopes fechados mantidos próximos a eles, ninguém sabendo o conteúdo do envelope particular. O que pode ser visto como sucesso foi obtido em cerca de 10 por cento dos experimentos, o que é cerca de três vezes acima do que o acaso produziu em um experimento paralelo.

[8] Nos diálogos citados neste artigo F quer dizer Feda e A significa assistente. Feda tem um modo de entremear suas conversas com apartes, geralmente se referindo ao comunicador mas algumas vezes aparentemente a si mesma. Estes apartes são colocados entre parênteses e precedidos pelas letras s.v. significando sotto voice (em voz baixa).

LE  CANAPEW  BLEU  

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F.   Sim.   Bem,   ela   diz,   se   voltar   sua  mente  para   isso,   aquilo   que   voce   encontrara   na  pagina   52   te   levara   de   volta   a   algo   ligado   a  isso.   (Aqui   Feda   toca   [o   ornamento]  novamente).   Ela   esta   rindo,   ela   diz   que  apesar   de   se   lido   de   um   modo   esta   ligado  com   aquele   [ornamento],   ainda   assim   de  outro  modo  vai  _icar  em  linha  com  as  outras  mensagens.   Isso   pode   ser   lido   de   dois  modos.   Ela   diz,   uma   pessoa   lendo   isso   que  nao  soubesse  a  conexao  com  o  [ornamento]  le-­‐lo-­‐ia   como   apropriado   para   as   outras  mensagens.      [Isso  signi_ica  como  se  referindo  de  algum  

modo   a   pesquisa   psıquica   cujas  mensagens  de  testes  de  livros  anteriores  a  M.  R.  H.  e  U.  V.  T.  estiveram  sendo  interpretadas  fazer].    F.   [continuando].   Agora   o   que   ela   esta  

fazendo?   Feda   nao   sabe   o   que   esse   pedaço  quer   dizer,   mas   ela   esta   mostrando   a   Feda  um   quadro.   Ela   apenas   piscou-­‐o   diante   de  Feda.       [Feda   prossegue   descrevendo   o   quadro,  

rapidamente   identi_icado   pelos   assistentes  como   uma   pequena   pintura   chamada   “Le  Canape   Bleu”,   que   estava   pendurado  proximo  a  estante  de  livros  em  questao,  uma  fotogravura  dele  e  dada  na  pagina  anterior].    F.   Alguem   esta   sentado   sem   usar   muitas  

roupas.   [Isso   foi   dito   em   um   tom   muito  chocado   sugerindo   desaprovaçao   pela  ausencia   das   roupas].   Eles   estao   inclinados  assim.   (Feda   assume   uma   posiçao,   ela   se  inclina   para   a   frente   a   partir   da   cintura,  estende   seu   braço   direito   e   deixa   sua   face  cair  em  cima  do  braço  estendido).    A.  O  que  mais  voce  consegue  ver?  F.  Bem,  uma  perna  parece  estar  um  pouco  

sobre   a   outra,   assim.   (Feda   assume   uma  posiçao  com  suas  pernas  tao  bem  quanto  ela  pode   fazer   sob  uma  saia;   ela  eleva   sua  coxa  direita   ate   quase   tocar   seu   corpo,   deixando  cair   ao  mesmo   tempo  a  perna  esquerda  ate  que  o  joelho  quase  toque  o  chao).  Voce  pode  ver  somente  uma  perna  claramente,  a  outra  parece   estar   embaixo.   [Este   na o   e ,  naturalmente,   um   trecho   preciso   da  descriçao].  Feda  acha  que  e  alguma  coisa  que  voces  tem.  A.  Qual  de  nos?  

F.   Feda   achou   que   era   da   Srta.   Una   [U.   V.  T.],  mas  Feda  nao  tem  certeza  porque  Ladye  pode   frequentemente   dar   coisas   atraves   de  voce   [de  uma  para   a   outra]   assim  Feda  nao  sabe  dizer  qual.  Feda  nao  vai  pular  dela  para  isso  ainda.      A.  Voce  pode  ver   se  a   _igura  esta   sentada  

ou  deitada?  F.   Nao   esta   deitada,   esta   sentada,   porque  

Ladye   pode   fazer   Feda   fazer   isso   nessa  cadeira.  Ha  algo  que  parece  a  Feda  bastante  redondo.  A.   Ela   fornece   esse   quadro   apo s  

mencionar  os  livros?  F.   Sim,   enquanto   fornecia   os   testes   sobre  

os   livros,   repentinamente   aquele   quadro  apareceu   rapidamente.   Feda   ve   que   ela   nao  tem  muitas  roupas,  a  mulher  nao  tem.  Ladye  diz   que   voce   deve   colocar   isso   em   um  linguajar   mais   artıstico   do   que   Feda.   Sabe,  ela   esta   mostrando   o   quadro   para   Feda   de  um  modo  divertido,  uma  aparencia  de  preto  e  branco,  o  quadro  parece  retratar  luz  contra  escuridao;   mas   Feda   nao   consegue   ver  qualquer   cor.   [As   cores   reais  do  quadro   sao  muito  sombrias  e  neutras,  a  _igura  branca  se  destacando   em   um   fundo   preto.   O   cabelo  ambar-­‐negro   da   mulher   realçando   o   efeito  preto   e   branco   parece   ter   sido   captado   por  Feda].  Ela  diz  algo  sobre  alguma  coisa  com  4  linhas   descendo.   Feda   acha   que   isso   tem   a  ver   com   o   que   a   _igura   esta   sentando   em  cima.  Ela  esta  rindo.    A.   Nao   ha   engano   agora   onde   os   livros  

estao.  F.   Ela   diz,   nao,   ela   acha   agora   que   ela   os  

conhece   pelo   coraçao.   EW   uma   posiçao  engraçada  naquele  quadro.  Feda  acha  que   e  boba,  porque  voce  nao  consegue  ver  o  rosto.  Oh!  Feda  ve  que  os  dedos  nao  estao  bastante  retos,   Feda   ve   que   tres   deles   estao   curvos,  mas  o  dedo   indicador   se   estende   reto,  mais  ou  menos  assim;  (Feda  assume  uma  posiçao  com   sua  mao   direita  mostrando   o   segundo,  terceiro   e   o   quarto   dedos   curvados   para  dentro,   mas   o   indicador   estendido,   quase  reto)  Ladye  esta  mostrando  Feda  que  o  pulso  e  a  mao  fazem  um  contorno  bastante  suave,  nao  mostrando  demais  os  ossos  ou  as  juntas,  como  voce  ve  algumas  vezes.  

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Isso  termina  toda  a  porçao  da  sessao  ligada  ao  teste   de   livro.   O   quadro   tao   minuciosa   e   tao  a p rox imadamen t e   d e s c r i t o   p e r t e n c e ,  naturalmente,   a   classe   de   coisas   externas   —  aquelas   sabidas   aos   assistentes   e   possivelmente  telepaticamente  apreendidas  deles.  Mas  deve  ser  lembrado   que   a   descriçao   nao   esta   inteiramente  de   acordo   com   a   sua   lembrança   consciente   do  quadro.  Eles  pensaram  a  epoca  que  a  descriçao  da  posiçao  e  a  aparencia  da  mao  direita,  que  eram  de  fato  realmente  precisas,  estavam  erradas.  Nos  nao  podemos,   entretanto,   assumir   que   eles   nao  r e t i n h a m   u m a   i m p r e s s a o   c o r r e t a  subliminarmente.  Outro   ponto   importante   a   observar   e   que   o  

quadro  tinha  sido  bem  conhecido  ao  comunicador  quando  vivo,  assim  sua  memoria  pode   ter   sido  a  fonte   de   informaçao.   Ela   pode   te-­‐lo   “piscado  diante  de  Feda”  a  partir  de  sua  propria  mente.  Ele  foi  comprado  apos  ter  sido  visto  em  uma  exibiçao  por   A.   V.   B.   e   M.   R.   H.   juntos,   tendo   sido   depois  pendurado   na   casa   delas.   O   aposento   em   que   o  quarto   _icava   pendurado   no  momento   da   sessao  nao  foi  conhecido  a  A.  V.  B.  quando  viva  [9],  nem,  portanto,  a  proximidade  do  quadro  com  a  estante  de   livros.   Itens   do   mobiliario   ou   outros   objetos  que   pertenceram   ou   eram   familiares   a   A.   V.   B.  estavam   no   aposento,   e   alguns   destes   foram   em  ocasioes  posteriores  bem  descritos  por  Feda  (veja  Apendice  B).  Eu   agora   me   volto   a   veri_icaçao   da   parte  

constituindo   o   teste   de   livro   em   si.   A   prateleira  cuja  altura  tinha  sido  indicada  provou-­‐se  ser  uma  na   qual   os   livros   de   dois   testes   de   livros  anteriores   tinham   sido   selecionados.   Esses   dois  volumes   t inham   s ido   temporar iamente  removidos   para   propositos   de   veri_icaçao   e  anotaçao   [10],  e   isso   introduziu  uma  di_iculdade.  Devido  o  fato  de  que  as  personalidades  de  transe  a_irmavam   que   os   testes   de   livros   eram,  geralmente   falando,   preparados   de   antemao   em  um  tempo  inde_inido  —  nao  selecionado  e  lido  na  epoca   da   comunicaçao   —   Feda   tinha   sido  assegurada   anteriormente   de   que   os   livros   nao  seriam  movidos.  Esperava-­‐se  assim  evitar  duvidas  quanto  a  qual  era  a  ordem  dos  livros  no  momento  da  seleçao.    

Infelizmente   isso   produziu   nesse   momento  outra   ambiguidade.   Deveriam   os   conspıcuos   e  cuidadosamente   marcados   espaços   vazios  pertencentes   aos   livros   temporariamente  ausentes   serem   contados   como   livros   ate   se  chegar  ao  19º,  ou  nao?  Sem  olhar  para  o  interior  dos  livros,  foi  decidido  que  o  19º  volume  a  partir  da  janela,  na  prateleira  como  deveria  estar,  nao  na  prateleira  como  estava  no  momento,  seria  aquele  referido.  Esse  revelou-­‐se  ser  Orval,  or   the  Fool  of  Time ,   por   Owen   Meredith.   O   livro   tinha  pertencido   ao   comunicador,   e   tinha   de   fato   sido  dado  de  presente  a   ela  pelo  autor  em  1878.  Nao  tinha   sido,   no  melhor  de   sua  boa   fe,   sequer   sido  lido   ou  mesmo   aberto   por  M.   R.   H.   ou   U.   V.   T.   O  poema   esta   numa   forma   dramatica,   e   a   linha  indicada  —  a  saber,  uma  perto  do  topo  da  pagina  52,   mas   nao   a   primeira   frase  —   de   fato   a   linha  seguinte  ao  primeiro  ponto  _inal  e:  

Hoje—amanhã—ontem—para  sempre!  

Essa   linha   deve,   acredito,   ser   vista   como  con_irmando  em  algum  grau  as  duas  coisas  ditas  por   Feda   sobre   a   passagem   perto   do   topo   da  pagina   52.   Feda   disse   que   essa   frase   seria  apropriada   ao   ornamento   que   ela   tocou,   e  tambem   de   algum   modo   a   pesquisa   psıquica.   O  ornamento   tinha  uma  historia  que  o   levava  a  ser  visto  em  um  nıvel  acentuado  com  um  sentimento  que   pode   ser   resumido   nas   palavras   da   linha;   e  quanto   a   pesquisa   psıquica,   era   a   esperança   de  provar   a   continuaçao   da   vida   do   indivıduo   alem  tumulo,   ou,   como   as   vezes   expressamos,   viver  “para   sempre”,   que   levou   M.   R.   H.   e   U.   V.   T.   a  devotar   tanto   tempo   e   energia   a   pesquisa  psıquica.   Eu   acho,   portanto,   que   se   deve   admitir  que  encontramos  sem  qualquer  esforço  excessivo  um   certo   ponto   com   a   dupla   adequaçao  necessaria.   Isso   e   su_iciente   para   excluir   a  coincidencia   acidental?   Nossa   decisao   depende,  ao  menos  parcialmente,  do  acumulo  de  evidencia  similar   encontrada   em   outros   casos.   Mas   talvez  nos  possamos  expressar  um  desejo  natural  de  que  a   descriçao   aqui   e   em   outras   partes   fosse   um  pouco  mais   de_inida  —   que   nos   tivessemos,   por  exemplo,   uma   correspondencia   tao   inequıvoca   e  completa  quanto  a  do  quadro  que  Feda  descreveu.  

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[9] Rigorosamente falando, A. V. B. conheceu o apartamento de M. R. H. sem a mobília, mas ela morreu antes que fosse mobiliado e ocupado.

[10]  A  Srta.  Radclyffe  Hall  e  Lady  Troubridge  tinham  a  pratica  de  incluir  em  seus  registros  uma  copia  completa  da  pagina  inteira  em  que  uma  mensagem  era  a_irmada  estar.  

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Teria  sido  mais  satisfatorio  se  a  linha  tivesse  sido  citada,  ou  se  nos  tivessemos  sido  avisados  de  que  as   palavras   “ontem”   e   “para   sempre”   ocorriam  nela,  ou  que  a  linha  implica  a  continuaçao  atraves  da  vida  e  apos  a  morte.    Com   relaçao   a   questao   da   memoria   do  

comunicador  aqui  como  a  fonte  de  conhecimento,  nos   podemos   sem   duvida   assumir   de   que   ela  tinha  lido  o  poema,  e  lido  neste  volume  particular.  Mas   e,   acredito,   muito   improvavel   que,   se   ela  lembrou   a   linha,   ela   associasse   nesta   vida   de  algum  modo  com  o  numero  da  pagina  em  que  ela  ocorre.   Esta   e   uma   associaçao   a   qual   nos   nao  fazemos   ao   ler,   a   menos   que   haja   uma   razao  especial  para  ela.    

______________________  

Este  texto  foi  traduzido  por  Vitor  Moura.  

Nós  da  RCE  apresentamos  o  referido  artigo  para  agradecer  e  homenagear  a  SPR  ,  pela  demonstrada  a  contribuição  que  esta  Sociedade  tem  feito  pelo  espiritismo  cientiGico  mundial.  

Para  se  obter  maiores  informações,  visite  o  site  da  Society  for  Psychical  Research,  acessando:    http://www.spr.ac.uk  

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Jornal de Ciência Espirita

Um dos mais completos sites da atualidade que aborda o espiritismo de

forma clara e precisa, trazendo noticias,

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Codificação Espirita.

Para saber mais, acesse:

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Caros leitoresChegamos ao final da nossa edição.Acreditamos que poderemos fazer mais, por isso é importante a participação de todos os espíritas pesquisadores e interessados em fazer pesquisa espírita.

Meus sinceros agradecimentos a todos os que participaram dessa edição, direta ou indiretamente:

Felipe Fagundes Suely Raimundo Rafaela Respeita Victor Machado