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revista Ano 4 nº 14 janeiro a abril de 2015 Preparação integrada Com foco em crescimento e eficiência, Raízen traça estratégia para o ano-safra 2015/2016 em diferentes segmentos Nova base eleva eficiência logística na região Rondonópolis

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Ano 4 nº 14 janeiro a abri l de 2015

Preparação integradaCom foco em crescimentoe eficiência, Raízen traça estratégia para o ano-safra 2015/2016 em diferentes segmentos

Nova base eleva eficiência logística na regiãoRondonópolis

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Revista Raízen

Giro Rápido Raízen conquista selo

Energia Verde

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6Páginas Roxas

O valor do varejo

GestãoGovernança Corporativa

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24Infraestrutura Inauguração em

Rondonópolis

Marketing Campeões em construção

22Logística

No caminho mais seguro

34Raízes do Brasil

Expansão em São Paulo

36Açúcar

Doce commodity

8

NegóciosTransporte em massa

10

Responsabilidade SocialAinda mais inclusão

30Indicadores

Gigante açucareiro

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SustentabilidadeDiferencial sustentável

28

Índice

Segurança Melhores práticas

32

Capa Largada para o ano-safra16

GestãoDestino certo

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Dentro de um cronograma empresarial, a transição entre o encerramento e o início de um ciclo é um momento importante para analisar resultados e traçar novas metas. Na Raízen, a fase que antecede o começo do ano-safra representa esse período, no qual diversos setores da empresa traçam o planejamento. Confira nesta edição os detalhes da preparação para o ano-safra 2015/2016 das áreas Comercial; Etanol, Açúcar e Bionergia (EAB); Logística, Distribuição & Trading (LD&T); e Recursos Humanos (RH), além das principais estratégias para superar os desafios do mercado.

No varejo de combustíveis, a Oferta Integrada foi desenvolvida para impulsionar os negócios do segmento e engloba todas as ações de marketing da Raízen para o ano-safra. Considerados os embaixadores da marca Shell no Brasil, os revendedores participantes contam com ações promocionais e programas motivacionais exclusivos. Ainda nesse segmento, a Raízen tem expandido sua atuação em outra linha importante de negócios, a de Business to Business (B2B). Esses assuntos são temas das seções Páginas Roxas e Negócios, respectivamente.

Uma das maiores produtoras mundiais de açúcar, a Raízen é responsável por 2,5% do produto consumido em todo o planeta. Na seção Açúcar, conheça a estrutura que garante à empresa papel de destaque no setor, bem

como as principais estratégias de negócios e uma análise do atual mercado. Já na perspectiva de gestão, saiba mais sobre as diretrizes de Governança Corporativa e como a empresa implementa o conceito em suas atividades.

Com foco na expansão de seus negócios, a Raízen tem investido também em seus terminais de distr ibuição e unidades produtoras. Na seção de Logística, o principal destaque é a inauguração do novo Terminal de Rondonópolis. Com investimento de R$ 60 milhões, ele vai atender à crescente demanda do Centro-Oeste, além de ajudar a facilitar o transporte de biodiesel no país. Por sua vez, na seção Raízes do Brasil, entenda como o projeto de expansão da Unidade Paraguaçu vai mais que dobrar sua capacidade de produção.

Acompanhe também pro j e tos e ações direcionados para responsabilidade social e sustentabilidade. Neste ano-safra, a Raízen vai investir ainda mais na expansão do Programa de Qualificação para Pessoas com Deficiência. Pioneira mundial na certificação Bonsucro, a empresa tem 12 unidades produtoras com o selo ambiental que atesta as melhores práticas na produção de açúcar e etanol. Veja detalhes das iniciativas nas seções Responsabilidade Social e Sustentabilidade.

Boa leitura!

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Revista Raízen

Gerência de Comunicação Corporativa: Regina Maia

Jornalista Responsável:Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)

Coordenação:Lorine de Freitas

Produção Editorial: Cajá Comunicação Redação: Jorge Lourenço e Naiara EvangeloDesign Gráfico: Melany Sonim e Felipe Nogueira

Fotografia: Arquivo Raízen/Gustavo Morita/Lila Batista/Marcos Issa/Túlio Vidal/Paulo Altafin

Impressão: Ediouro

E-mail de contato: [email protected]

Tiragem: 5.500 exemplares

As declarações expressas neste documento são efetuadas pela Raízen na qualidade de licenciada da marca Shell e não refletem necessariamente a opinião da Shell Brands International.

O Editor

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Revista Raízen

4 Giro Rápido

A busca da Raízen pelos altos padrões de sustentabilidade foi recompensada novamente: em dezembro de 2014, ma is duas un idades p rodu to ras receberam a certif icação Bonsucro. Agora, Destivale e Diamante se unem às outras 10 unidades já certificadas. Outra conquista foi a recertif icação por três anos das unidades Bom Retiro, Costa Pinto, Jataí e Maracaí. Vale lembrar que a unidade Maracaí foi a primeira no mundo a receber a certificação, em 2011.

Com sede em Londres, a Bonsucro (Better Sugarcane Initiative) tem como principal objetivo estimular a redução de impactos ambientais e sociais na produção sucroenergética e é a pioneira no mundo voltada para o setor. Desse modo, todos os envolvidos no processo, sejam compradores, fornecedores e consumidores finais, terão a garantia de que o açúcar e o etanol foram produzidos respeitando a legislação, o meio ambiente e os direitos humanos.

Entre outros pontos considerados para certif icação estão os processos de produção de itens derivados das cana-de-açúcar e a lei que rege a posse e o usufruto de práticas agrícolas, meio ambiente e transporte.

A Raízen continua colhendo os frutos do empenho em produzir e comercializar energia alternativa. No encerramento do ano-safra 2014/2015, dez unidades produtoras da empresa tiveram a eficiência e a sustentabilidade atestadas por outro selo, o Energia Verde.

A primeira a receber o certificado foi Barra Bonita. Além de atender aos critérios de sustentabilidade do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista, ela comprovou a produção de bionergia com eficiência de ao menos 42 KW/h por tonelada de cana. Posteriormente, as unidades de Bonfim, Ipaussu, Gaza, Univalem, Costa Pinto, Rafard, Jataí, Caarapó e Macaraí também foram certificadas.

Lançado em janeiro deste ano, o Selo Energia Verde surgiu de um acordo de cooperação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, para certificar empresas geradoras e consumidoras de energia limpa e renovável de biomassa. Ele garante que pelo menos 20% da energia elétrica consumida pelas empresas certificadas são produzidos de forma sustentável.

De acordo com o diretor de Bioenergia, Planejamento e SSMA da Raízen, Juliano Prado, certif icações como essa são de extrema relevância, sobretudo considerando o momento em que o Brasil busca diversificar sua matriz energética.

Efici

ênci

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ada

Raízen conquista selo Energia Verde

Revista Raízen

Unidade Jataí foi recertificada por mais três anos

Unidade Barra Bonita foi a a primeira a receber o Selo Energia Verde

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A primeira unidade produtora de etanol de segunda geração da Raízen já está em operação. Considerado um dos principais projetos da empresa no último ano, ele recebeu o investimento de R$ 237 milhões. A estimativa é que a planta tenha capacidade de gerar 40 milhões de litros de etanol celulósico por ano. A partir de uma infraestrutura de ponta, a unidade pode expandir em até 50% a geração de etanol da empresa e, devido aos ganhos na cadeia de produção e eficiência, a expectativa é que até 2024 mais sete plantas sejam construídas.

O primeiro posto a receber o biocombustível está localizado em Piracicaba (SP), cidade sede do novo empreendimento. A localização estratégica próxima da Unidade Costa Pinto também confere ganhos logístico e de custo e influencia também na competitividade

dos produtos que chegam para atender à demanda crescente do mercado nacional e internacional.

Além da otimização na cadeia produtiva, o biocombustível figura como um produto mais sustentável por ser feito a partir de bagaço, folhas, cascas e outros resíduos da cana-de-açúcar. Assim, sua produção reforça ainda mais o posicionamento pioneiro da empresa na geração de energia renovável.

Para concretização do projeto, a tecnologia implementada foi resultado da parceria de sucesso da Raízen com a empresa canadense de biotecnologia Iogen Corporation. Em 2012, as empresas iniciaram testes de produção de etanol 2G, em Ottawa, no Canadá, com o intuito de desenvolver as melhores práticas para o desenvolvimento do projeto no Brasil.

Revista Raízen

Na vanguarda do mercado

• Investimento: R$ 237 milhões• Área: 30 mil m²• Produção estimada: 40 milhões

de litros de etanol celulósico por ano

Planta de etanol 2G em números

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Qual é a estratégia que sustenta a marca Shell como o grande diferencial da empresa no varejo de combustíveis?

Luciane Matiello: Atuamos em três frentes muito claras no segmento e uma delas é na força da marca Shell. Sabemos da importância de estar sempre presente no cotidiano dos consumidores para estabelecer um vínculo e garantir que a marca seja reconhecida. Para alcançar essa presença na vida dos clientes, outro pilar importante é o desenvolvimento de uma oferta completa, com produtos diferenciados, que seja integrada nas unidades de negócio. Por último, a execução, que fecha esse pacote e, juntamente com uma plataforma eficiente de relacionamento, consegue a aproximação necessária com os nossos consumidores, sejam eles de rodovia, cidade, B2B ou aviação.

Qual é a importância da Oferta Integrada para o plano de Varejo da Raízen e para os revendedores da marca Shell?

Gustavo Blattner: A Oferta Integrada consolida toda a proposta de marketing da Raízen para o ano. Nesse sentido, as ações e as campanhas promocionais exploram o portfólio de produtos e respondem

Revista Raízen

Principal ponto de contato da empresa com os consumidores finais, o varejo de combustíveis é um pilar estratégico do negócio da Raízen. Para oferecer ações diferenciadas aos consumidores e trabalhar no fortalecimento da relação destes com a marca Shell, uma das principais ações realizadas para os revendedores é a Oferta Integrada. Trata-se de um pacote de incentivos que inclui ações promocionais, treinamentos e motivacionais que, combinados, dão aos postos Shell uma grande vantagem competitiva. Nesta edição, o diretor de Trade Marketing, Gustavo Blattner, e a diretora-executiva de Marketing, Luciane Matiello, falam das estratégias de Marketing que suportam o Varejo da Raízen e da Oferta Integrada.

O valor do varejo

6 Páginas Roxas

Luciane Matiello é diretora-executiva de Marketing da empresa

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Revista Raízen

Gustavo Blattner é diretor de Trade Marketing da Raízen

evento também busca engajar os revendedores e reforçar a importância da correta execução para que as iniciativas sejam bem-sucedidas.

Sobre as campanhas motivacionais, o Você Conquista! tem, a cada ano, recebido mais participantes, ou seja, o empenho dos revendedores está cada vez maior. E o programa O Cara ganhou mais importância.

Esse aspecto motivacional é fundamental para fortalecer o varejo?

LM: Os programas motivacionais são importantes métodos de incentivo e de premiação para aqueles que executaram as melhores práticas em seus negócios. Consideramos não só o crescimento de volume de vendas, mas também premissas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) e excelência operacional. Nesse cenário, a parte motivacional é crucial para alcançar as metas estabelecidas pela Raízen, garantindo que os postos e a empresa estejam alinhados pela busca dos melhores resultados.

Os treinamentos também fazem parte desse pacote. De que forma essas atividades de capacitação auxiliam na transmissão dos valores da empresa, como segurança e excelência operacional?

GB: Os treinamentos são essenciais para transmitir a cultura de foco em excelência operacional, melhores práticas e para um atendimento diferenciado. Temos uma equipe especializada para trabalhar esse ponto e também possuímos uma plataforma exclusiva de acesso às atividades, o Portal de Treinamentos da Raízen. Para ouvir as principais demandas de atividades de capacitação, ao longo do ano realizamos fóruns com revendedores de rodovia e de cidade, onde recebemos feedbacks e colhemos informações para aprimorar cada vez mais as nossas ações. Desse modo, construímos a quatro mãos toda a grade de treinamento. A preparação das atividades de Varejo da Oferta Integrada reproduz muito o olhar dos nossos revendedores.

às necessidades do nosso planejamento de varejo. Essas iniciativas são resultado de um minucioso trabalho que visa não só apresentar os diferenciais dos produtos oferecidos mas também os benefícios adicionais de escolher os postos da rede Shell. Para tal, mapeamos as oportunidades do mercado e desenhamos um plano completo de marketing que envolve todas as unidades de negócio do varejo: combustíveis, conveniência e meios de pagamento. A partir dessas ações, buscamos também entender os consumidores ao longo do ano, com o objetivo de reforçar a conexão entre eles e marca Shell.

Como os revendedores da marca Shell têm contato com essa proposta de valor da Oferta Integrada?

GB: Anualmente, no início do ano safra, apresentamos aos revendedores a estratégia e o planejamento da Raízen para o segmento de combustíveis e todo o pacote de ações para aquele ano. Isso pode incluir novos produtos, programas motivacionais, treinamentos e ações promocionais. Esse

“Atuamos em três frentes muito claras no

segmento e uma delas é na força da marca Shell”

Luciane Matiello Diretora-executiva de Marketing da Raízen

“A Oferta Integrada consolida toda a proposta de marketing da

Raízen para o ano-safra”

Gustavo BlattnerDiretor de Trade Marketing da Raízen

Revista Raízen

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O que você quer ser quando crescer? Os jovens pilotos brasileiros terão ainda mais incentivo para acreditar no sonho de conquistar as pistas nacionais como profissionais. Na temporada 2015, além de patrocinar a equipe Shell Racing na Stock Car, a Raízen apoiará novos talentos no Kart, na Fórmula 3 e no Brasileiro de Turismo – portas de entrada para as principais categorias automobilísticas.

Essa novidade faz parte da nova proposta de patrocínio da empresa, que vai desenvolver o programa de jovens talentos batizado de Academia de Pilotos Shell Racing, um projeto inédito no Brasil. Outra novidade da temporada é a equipe principal da Stock Car, que contará com a nova dupla de pilotos formada por Valdeno Brito e Ricardo Zonta.

Segundo o gerente de Motosport e Patrocínios da Raízen, Vicente Sfeir, o objetivo da iniciativa é oferecer suporte para que os pilotos estejam sempre lutando pela vitória. “Após detectarmos a carência de investimentos nas categorias de base, percebemos a possibilidade de criar esse projeto. Além de oferecer uma ótima estrutura para esses pilotos, sabemos da relevância de fazer parte de uma equipe que carrega os valores da marca Shell, o que pode influenciar em um futuro promissor”, explicou.

Diante dessa nova estratégia, os pilotos já foram definidos. Na Shell Racing Kart, foram selecionados Gianluca Petercof, de 12 anos, e Yurik Carvalho, de 16 anos. Apesar da pouca idade, eles já foram campeões brasileiros de Kart: Gianluca na Júnior Menor e Yurik na Sudam, ambas categorias de base, além de colecionarem outros títulos nacionais e internacionais.

Na Fórmula 3, a principal categoria de acesso à Fórmula 1 e Indy, Pedro Cardoso receberá o apoio da Raízen. Ele destacou-se na Fórmula Junior, que admite participantes de 15 a 21 anos. Por sua vez, na única categoria de acesso da Stock Car, a Brasileiro de Turismo, Dennis Dirani foi o selecionado após vencer quatro vezes o Campeonato Brasileiro de Kar t. A escolha dos pilotos foi feita por meio de um processo seletivo, conforme os critérios da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

“O intu i to da Academia de Pi lotos She l l Rac ing é oferecer ferramentas e oportunidades para que esses jovens desenvolvam suas habi l idades e cheguem às categorias principais com boas chances de se tornarem campeões”, finalizou.

Raízen apresenta nova proposta de patrocínio no automobilismo e, na temporada 2015, investe também em novos talentos nas categorias de base

Revista Raízen

8 Marketing

Campeõesem construção

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Revista Raízen

Os integrantes da Academia de Pilotos Shell Racing

Yurik Carvalho

Piloto da Shell Racing Kart

Gianluca Petercof

Piloto da Shell Racing Kart

Denis Dirani

Piloto que atuará no Brasileiro de Turismo

Pedro Cardoso

Piloto que atuará na Fórmula 3

Novidades na Shell Racing A equipe Shell Racing também inicia a temporada 2015 com novidade: Ricardo Zonta chega para fortalecer ainda mais o time, ao lado de Valdeno Brito. Os pilotos formarão o primeiro time da categoria com dois campeões da badalada Corrida do Milhão. Além da nova dupla de pilotos, a Raízen prepara novas ações que serão realizadas nos autódromos, com o objetivo de aproximar ainda mais os pilotos dos convidados.

Nesta temporada, o campeonato vai contar com 12 etapas e a corrida de estreia foi realizada em 22 de março, em Goiânia. Segundo Sfeir, as expectativas são grandes, pois Zonta tem um currículo vitorioso. Aos 38 anos, ele coleciona conquistas em Kart, F-3 Sul Americana, F-3000, Mundial de FIA GT e World Series. O piloto também mostrou seu talento na F-1, categoria em que estreou em 1999 na BAR, e passou por Jordan, Toyota e Renault. Mas foi em 2007 que Zonta começou sua carreira na Stock Car e, seis anos depois, foi campeão da Corrida do Milhão.

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Revista Raízen

Transporte em massa

No segmento de Business to Business

(B2B), a linha Shell Evolux impulsiona o crescimento da

Raízen no mercado

Conhecido pela sigla B2B, o Business to Business é a modalidade de negócio usada para transações entre empresas. Para a Raízen, o segmento é um dos pilares da comercialização de combustíveis e, com o giro médio de 5 bilhões de litros de produtos comercializados por ano, ela atende a diversos segmentos, como companhias de transporte de passageiros e carga, indústrias, ferrovias, mineradoras e a construção civil. Nesse cenário, os produtos diferenciados fortalecem cada vez mais seu posicionamento no mercado.

Atualmente, o Shell Evolux Diesel representa a maior oferta de produto para B2B da Raízen. De acordo com a gerente

de Marketing B2B e Diesel da Raízen, Lorena Araujo, o diesel aditivado é reconhecido por ser o melhor disponível no mercado (saiba mais no box). “O maior poder de limpeza do Shell Evolux Diesel é comprovado por testes, entre outros benefícios, como melhor potência e performance do motor e economia de consumo do combustível”, destaca.

Outro produto é Shell Evolux Arla 32. Ele é uma resposta à nova fase do Proconve (P7), que torna obrigatório o uso do Arla 32 em veículos movidos a diesel fabricados a partir de janeiro de 2012. Os produtos da linha Expers completam a oferta para B2B. Um deles é Expers Frota, que é um sistema de gestão que

10 Negócios

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Revista Raízen

As vantagens de Shell Evolux Diesel

• Disponível nas versões S-10 e S-500

• Redução de 3% no consumo de combustível

• Redução de emissão de CO2

• Maior potência e melhor performance do motor

• Anticorrosivo que oferece maior vida útil ao motor

Sempre alerta!Par te do DNA da Ra ízen, os ques i tos de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) são também transmitidos para os clientes de B2B por meio da orientação das equipes de vendas. “Com informação e bons exemplos, tentamos oferecer, além dos produtos, as nossas boas práticas bem-sucedidas de SSMA”, reforçou a gerente de Marketing B2B e Diesel da Raízen.

oferece controle e eficiência para grande frotistas. O outro é Expers Frete, meio de pagamento que chegou ao mercado como alternativa ao fim da carta-frete, agora proibida por lei.

De acordo com Lorena, as ofertas abrangem um segmento fundamental para a Raízen. “Devido ao grande potencial de crescimento da área de transporte de cargas, a Raízen quer expandir ainda mais seus negócios nesse segmento e deve buscar novas possibilidades de atuação”, aponta Lorena.

“Devido ao grande potencial de crescimento da área de

transporte de cargas, a Raízen quer expandir ainda

mais seus negócios nesse segmento e deve buscar novas

possibilidades de atuação”

Lorena AraujoGerente de Marketing B2B e Diesel da Raízen

Obrigatório para veículos a diesel fabricados a partir de 2012, o Arla 32 é uma das apostas da Raízen para o segmento

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Controles sólidos e governança corporativa estruturada garantem à Raízen a confiança de acionistas e da sociedade

12 Gestão

Revista Raízen

Governança Corporativa

expansão

responsabilidade

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confiançainvestidores

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Maior produtora mundial de açúcar e etanol de cana e uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, a Raízen se destaca como uma das maiores empresas do país, com faturamento de R$ 60 bilhões e cerca de 30 mil funcionários.

Decisões relacionadas às suas áreas de negócio impactam cidades inteiras e causam reflexos nos mercados em que atua. Diante dessa influência, a empresa carrega uma grande responsabilidade: a de agir com ética e transparência perante seus stakeholders: clientes, fornecedores, colaboradores, órgãos governamentais, parceiros financeiros e acionistas. E o conceito-chave por trás desse posicionamento é a governança corporativa.

A estrutura de Governança Corporativa busca assegurar que o comportamento dos administradores e dos colaboradores de uma companhia esteja alinhado com seus interesses e com suas responsabilidades junto aos stakeholders. Na Raízen, as áreas que promovem e sustentam esse conceito são auditoria interna, controles corporativos, controles de negócios e compliance (saiba mais sobre cada uma delas no box abaixo).

De acordo com o Diretor de Tesouraria, Controladoria e Planejamento, Rafael Bergman, os conceitos da governança corporativa abrangem todas as esferas de negócio e têm uma mensagem uníssona: a Raízen é uma empresa que atua de forma ética e que busca a maximização de valor para seus acionistas de forma sustentável.

“A nossa postura como empresa depende da atuação de cada um de nossos colaboradores e administradores. A estrutura de governança tem o papel de facilitar a promoção de uma cultura de controles e conformidade”, explica Bergman.

A governança corporativa permeia todas as esferas da empresa: desde a tomada de decisão até o nível operacional. Suas principais ferramentas são comunicação, treinamento, políticas, manuais e procedimentos.

Controles internos As práticas de governança corporativa são desenhadas com base nos requerimentos de conformidade legal, nas expectativas dos acionistas e no mapeamento de riscos a que a companhia está exposta. Desse desenho resulta um conjunto afinado de controles internos, cuja efetividade precisa ser monitorada constantemente. As áreas de Auditoria Interna, Controles Corporativos e Controles de Negócio da Raízen trabalham para garantir a efetividade dos controles e a aderência das atividades às políticas internas e às leis.

“As práticas que compõem a governança corporativa precisam evoluir junto com as demandas dos acionistas e da sociedade na qual seus negócios estão inseridos. Dessa forma, serve como base para a execução da estratégia de longo prazo da companhia e para o alcance de resultados sustentáveis”, continua Bergman.

Vale ressaltar que a Raízen dispõe de um Canal de Ética, o qual possibilita a colaboradores e stakeholders comunicar às áreas competentes as situações que estão desalinhadas do Código de Conduta da companhia.

A estrutura da governança corporativa na RaízenA estrutura da governança corporativa é composta por uma equipe multidisciplinar formada pelas áreas de Auditoria Interna, Compliance (Jurídico), Controles Corporativos e de Negócio, e também conta com o trabalho de uma firma independente de auditoria externa para revisão das Demonstrações Financeiras e avaliação do ambiente de controles internos da Raízen. Nesse contexto, é importante ressaltar que o trabalho de consultoria de processos realizado pelas áreas de Controles auxilia na identificação de necessidades e, consequentemente, oferece o serviço sob demanda das áreas.

Cada uma delas tem responsabilidades e funções bem definidas, com objetivos em comum: fomentar uma cultura de conformidade, por meio do suporte na definição e na revisão de processos alinhados aos padrões de conduta da Raízen e à legislação aplicável, com foco na transparência e na responsabilidade pelos resultados.

Revista Raízen

“A estrutura de Governança Corporativa

tem o papel de facilitar a promoção de uma cultura de controles e

conformidade”

Rafael BergmanDiretor de Tesouraria, Controladoria e Planejamento

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Para otimizar tempo e custos em viagens corporativas, Raízen estimula planejamento e desenvolve ferramenta online para busca de melhores preços de passagens aéreas

Revista Raízen

Não é preciso ser um especialista para saber que planejamento é a palavra-chave para uma viagem bem-sucedida. Seja na hora de reservar as passagens ou a hospedagem desejada, o cálculo é simples: quanto maior a antecedência, menor o preço da passagem e maior chance de disponibilidade de acomodação. Dentro de um negócio, essa organização é ainda mais crucial, pois impacta em tempo e orçamento.

Assim, com o intuito de tornar as viagens corporativas ainda mais produtivas, a Raízen estimula as melhores práticas de organização. De acordo com o gerente de Infraestrutura da companhia, Fernando Bado, o primeiro passo é averiguar se a viagem é realmente necessária para a demanda de trabalho ou se existem outras possibilidades, como vídeo ou teleconferência.

“A par t i r da constatação da necessidade de v ia jar, estimulamos a organização de agenda e, nesse sentido, a antecedência é a palavra de ordem. Fazer isso ao menos sete dias antes pode representar até 35% de economia na compra de um bilhete aéreo, por exemplo”, explica Bado, que complementa: “Outra questão é a concentração de assuntos, ou seja, aproveitar o deslocamento para resolver o maior número de pendências possíveis”.

Essas e outras orientações integram a Política de Viagem da Raízen, disponível para os funcionários na intranet. A partir dessa iniciativa, a empresa objetiva desenvolver uma cultura de planejamento, para otimizar os deslocamentos e buscar ainda mais competitividade.

14 Gestão

Destino certo

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Eficiência em agendamentoPara alcançar esse nível de excelência operacional na organização de viagens, a Raízen disponibiliza um sistema exclusivo de selfbooking. A ferramenta busca passagens aéreas e economiza também no tempo: 90% das compras são realizadas em até cinco minutos. Implementada em abril de 2013, a página pode ser acessada via link na intranet da empresa.

Segundo o coordenador de Infraestrutura da Raízen, Fábio Turon, do ano-safra 2013/2014 para 2014/2015, foi registrada a redução de 18,7% em gastos com viagens corporativas: “A plataforma já tem rendido ótimos frutos para a Raízen e representa um avanço no processo da reserva da passagem, no qual o funcionário pode reservar até mesmo seu assento”.

“A partir da constatação da necessidade da viagem, estimulamosa organização de agenda e,

nesse sentido, a antecedênciaé a palavra de ordem”

Fernando BadoGerente de Infraestrutura

da Raízen

Revista Raízen

Economia na bagagem• Voos na terça, quarta ou quinta-feira costumam ser mais baratos;

• O mês de julho deve ser evitado. Além das férias escolares no Brasil, é verão no exterior e o preço das passagens sobe bastante;

• Evite remarcações. Elas não são reguladas pela ANAC e podem ser muito caras;

• Se precisar cancelar a reserva de um hotel, tente fazê-lo com 48 horas de antecedência. Isso evita custos adicionais.

Em um mesmo voo, os consumidores podem encontrar variação de preços no momento da compra das passagens aéreas. Isso acontece pois existem diferentes fatores que determinam esses valores. De acordo com o relatório de 2014 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as companhias aéreas buscam a ocupação máxima das aeronaves e, por isso, oferecem diferentes serviços para atender às preferências dos passageiros. O objetivo é único: alcançar a rentabilidade desejada naquele voo.

Desse modo, para cumprir essa meta, a todo momento, de acordo com a procura e a proximidade da data do voo, as tarifas são ajustadas. Segundo a Anac, essa dinâmica permite que se mantenha a prestação de serviço adequada aos passageiros e que se tenha diversidade de público.

Outros fatores também são levados em consideração, entre eles ações promocionais de empresas concorrentes, alta e baixa temporada, eficiência e credibilidade da empresa e distância da linha aérea. Considerando esses e demais influenciadores, fica ainda mais claro que a antecedência e o planejamento de qualquer viagem são essenciais quando se busca a otimização de custos.

Como são calculadas as tarifas aéreas?

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Revista Raízen

16 Capa

Revista Raízen

ano-safraLargada para o

Em qualquer categoria do automobilismo, os momentos que antecedem a luz verde na largada são de tensão. Centenas de horas de trabalho de equipes inteiras repousam sobre esses poucos segundos. Trabalho dos mecânicos que garantem o bom funcionamento de todo equipamento, dos engenheiros que calculam a quantidade de combustível de cada volta e do próprio piloto, que treina exaustivamente até conhecer cada trecho do circuito. A preparação correta para uma corrida pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.

Na Raízen, isso não é diferente. Responsável por produzir mais de 4 milhões de toneladas de açúcar e 2 bilhões de litros de etanol por ano, além de comercializar 23 bilhões de litros de combustíveis no varejo por meio da marca Shell, a empresa passa por uma preparação minuciosa para o começo de cada ano-safra. Nesta edição da Revista Raízen, confira como cada área do negócio faz seus preparativos para os desafios do ano.

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Revista Raízen

Plantio 18 meses – Acontece de dezembro a fevereiro, quando as chuvas são mais abundantes. Considerado o período ideal para a cana-de-açúcar, garante rápido cres-cimento e reduz a incidência de pragas.

Plantio de inverno – Começa em abril e diminui gra-dativamente até junho, já que a quantidade de chuvas costuma diminuir com a chegada do inverno. Requer técnicas especiais para garantir o crescimento em um período de estiagem.

Plantio do ano – Realizado de setembro até novembro, este plantio será colhido 12 meses depois. O método faci-lita o gerenciamento das plantações e otimiza a utilização de máquinas e mão de obra.

Os três tipos de plantio

de cana-de-açúcar

Terra fértilNa área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB), a preparação para o começo do ano-safra é fundamental. Diretamente atrelado a este ciclo da safra, o segmento agroindustrial trabalha esse momento em três pilares: plantação do canavial, manutenção do equipamento industrial e capacitação de funcionários. De acordo com o diretor executivo Agroindustrial da Raízen, João Alberto Abreu, a estratégia de cultivo de cana-de-açúcar é fundamental para garantir o fornecimento da matéria-prima às unidades de produção ao longo de todo o ano.

Hoje, a empresa planta a maior parte da cana justamente no período que antecede o começo do ano-safra, entre dezembro e fevereiro (saiba mais detalhes no box). Nos outros meses, tipos diferentes de plantio são planejados de acordo com a incidência de chuvas em cada época.

“Uma vez plantado, o canavial é um longo compromisso, já que ele tem vida útil de cinco anos. Então, é muito importante plantá-lo não só no período certo, mas em uma região adequada e com as técnicas corretas”, explica Abreu: “Do contrário, o produtor vai ter problemas com produtividade por um longo período”.

Garantido o abastecimento de matéria-prima, a parte industrial precisa estar preparada para processar a cana. Por ano, a moagem média da Raízen gira em torno de 60 milhões de toneladas. Para atingir um resultado tão expressivo – maior até do que a safra de países inteiros – as unidades produtoras trabalham ininterruptamente. E é aí que a manutenção ganha ainda mais importância.

Qualquer falha nos equipamentos industriais tem o potencial de interromper a produção de toda uma unidade. Para impedir isso, o maquinário é avaliado de forma preventiva, por meio de intervenções programadas, ou preditivas, com o monitoramento constante da condição do aparelho. Tudo isso é feito sempre com atenção aos custos de cada operação.

“Com o mapeamento e a programação de intervenções, conseguimos manter um ambiente de trabalho seguro, competitivo e em bom funcionamento”, afirma o diretor executivo. “O período de preparação para o ano-safra é muito importante para a manutenção, mas ela também acontece durante a safra. Em dias de chuva, temos que parar a produção e aproveitamos esses momentos para fazer reparos”, explica.

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Alta qualificação Terceiro pilar de EAB no começo do ano-safra, a capacitação permeia todos os processos de preparação. Hoje, 80% dos funcionários da área agroindustrial da Raízen trabalham tanto na safra quanto na entressafra. Para alcançar esse percentual, as mesmas equipes que trabalham na operação de equipamentos foram treinadas para executar a manutenção.

“Os funcionários que participam da operação e da manutenção passam a ter um conhecimento ainda mais profundo do maquinário, além de desenvolverem uma nova habilidade que lhes permite crescer profissionalmente. Do ponto de vista financeiro, isso também é muito positivo para a empresa”, reforça João Alberto Abreu.

O trabalho de capacitação inclui elementos como eficiência industrial, otimização de consumo de água e redução de perdas, todos com foco em aumento da produtividade. As áreas de Extração e Moagem, por exemplo, recebem workshops com técnicas para melhorar o resultado das moendas. Essas ações, aliadas à aproximação entre as áreas corporativas e operacionais, objetivam alcançar a excelência operacional.

“Ao aproximar o operacional do corporativo, você consegue estabelecer metas mais objetivas. O corporativo ganha uma visão mais próxima da condição real do negócio e o operacional entende os desafios da alta liderança, o que cria um intercâmbio muito positivo”, aponta o diretor Agroindustrial da Raízen, Eduardo Calichman.

Desafio logísticoOs problemas estruturais do Brasil são um grande desafio para as empresas. Segundo o Banco Mundial, o país perdeu no ano passado 20 posições no ranking mundial de logística e passou a ocupar o 65º lugar entre 160 nações. Em um mercado extremamente competitivo, o segmento sucroenergético é impactado por esse cenário e a área de Logística, Distribuição e Trading (LD&T) da Raízen trabalha para vencer esse problema.

“No começo do ano-safra, a preparação de LD&T considera, em especial, como ganhar eficiência e produtividade na movimentação dos produtos. É um exercício que fazemos constantemente”, conta o vice-presidente executivo de LD&T da Raízen, Leonardo Gadotti. “Isso leva em consideração toda a situação do negócio: o clima e a produção estimada, tendências de oferta e demanda local e global, além da leitura de fatores conjunturais levantados pela nossa inteligência de mercado, seja para o etanol ou açúcar”, complementa.

Essa busca constante por eficiência e oportunidades de crescimento tem direcionado os investimentos da Raízen em logística de liquídos para determinadas regiões do Brasil, sobretudo Centro-Oeste e Nordeste. Apesar da economia brasileira ter desaquecido em 2014, os estados que compõem essas áreas apresentaram crescimento acima da média.

“Nesse momento, a maior parte das nossas inaugurações de novos terminais acontece no Centro-Oeste. Esta região apresenta oportunidades muito expressivas, onde a logística é um importante diferencial”, aponta Gadotti.

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Segurança e eficiênciaAs grandes oportunidades de negócio nessas regiões também envolvem grandes desafios. É lá que se encontram alguns dos principais gargalos logísticos, como estradas em condições precárias e oferta limitada de modais. De acordo com o vice-presidente de LD&T da Raízen, movimentar cargas com segurança e de maneira eficiente nas áreas em questão é uma das preocupações da empresa.

“A pergunta que fazemos é: como usar essa estrutura rodoviária, muitas vezes precária, sem comprometer a segurança das pessoas envolvidas?”, ressalta Gadotti. “Para isso, ao longo de todo o ano-safra, temos programas de segurança voltados às áreas de distribuição e procurando formas de reduzir os riscos. Fazemos isso mapeando as rotas mais seguras, treinando motoristas e dando todo o suporte necessário às nossas transportadoras”, conclui.

Outra estratégia para minimizar a exposição às situações de risco é a busca de novos modais. Como as rodovias estão entre as opções mais caras e menos seguras, a Raízen tem investido em alternativas para minimizar sua utilização nos próximos anos. Isso inclui o uso de dutos, cabotagem e ferrovias – que aliam segurança e eficiência.

“Sair das rodovias é uma tendência no negócio. Hoje, nós só optamos pelo modal rodoviário quando não há outras alternativas. Logística na área de líquidos é uma questão de escala e eficiência, onde agilidade e criatividade fazem a diferença”, pontua Gadotti.

“Ao aproximar o operacional do corporativo, você consegue

estabelecer metas mais objetivas. O corporativo ganha uma visão mais

próxima da condição real do negócio e o operacional entende os desafios da alta liderança, o que cria um

intercâmbio muito positivo”Eduardo Calichman

Diretor Agroindustrial da Raízen

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Posto não se discuteNa área comercial, o fim do ano-safra é o momento em que a empresa realiza uma análise de como o mercado vai se comportar e traça novas estratégias para o próximo período. São levadas em consideração variáveis como o desempenho de etanol nas unidades produtoras e a demanda por combustíveis nos segmentos de varejo e B2B, por exemplo. Essas prospecções ajudam a equipe comercial a definir quais serão as prioridades do novo ano-safra.

“Neste período do ano, fazemos um planejamento estratégico muito detalhado sobre onde vamos investir dentro das prioridades que mapeamos. A Oferta Integrada, pacote de ações de marketing e treinamento em postos, é atualizada ao fim de cada ano-safra e concentra os nossos principais objetivos para o segmento”, afirma o vice-presidente executivo Comercial da empresa, Teofilo Lacroze. “Continuamos focados em excelência operacional, sobretudo na venda ativa dos produtos na pista. É um quesito que melhorou muito desde a formação da Raízen, mas queremos aprimorá-lo ainda mais”.

Assim como a área de Logística, a previsão é de que o crescimento comercial da empresa também concentre-se nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, que avançam acima da média do resto do país. No entanto, Teófilo destaca que a companhia espera crescer em todas as regiões por meio de embandeiramento de novos postos.

Isso ocorre por conta do crescimento da frota nacional de veículos. De janeiro a dezembro de 2014, ela subiu de 82 para 86 milhões, segundo o Departamento Nacional de Transportes (Denatran) – uma expansão de aproximadamente 4%. O resultado é bem superior ao do PIB no mesmo período, que observou retração de 0,15%, de acordo com prévia do Banco Central.

“O Brasil vive um momento de arrefecimento econômico, mas o varejo de combustíveis tem o benefício de ser um segmento que cresce acima do PIB. Acreditamos que essa tendência vai continuar no ano-safra 2015/2016”, afirma Teofilo. “A grande questão é como o consumidor brasileiro vai se comportar diante deste cenário macroeconômico”, avalia.

Nos segmentos de Aviação e B2B, a área comercial vai trabalhar em busca de novos clientes. Apesar do impacto da retração econômica no consumo de diesel em grandes indústrias, o market share da Raízen no segmento de B2B ainda dá espaço para expansão. Segundo Teófilo, é preciso descobrir novos clientes em segmentos-chave, como o agronegócio, frotas de carga e construção. Por sua vez, o segmento de Aviação, demonstra que 2015 será um ano positivo com muitas oportunidades na aviação geral. Segundo o vice-presidente Comercial da Raízen, a empresa prepara-se para um ano desafiador, mas de crescimento.

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Capital humanoNo início de um novo ano-safra, o alinhamento de todos os funcionários com o plano de negócios é um dos principais fatores de sucesso na Raízen. É com esse foco, para promover um ambiente de alta performance, com clareza das expectativas em relação à atuação de líderes e equipes, que a área de Recursos Humanos organizou os processos de gerenciamento de RH em um Ciclo de Gestão de Pessoas.

O intuito da iniciativa é tornar claro aos funcionários os atuais procedimentos de gestão e como eles estão integrados, o que garante visibilidade e transparência das ações realizadas.

No começo do ano-safra, entre os meses de abril e maio, esse processo volta suas atenções para a etapa de Planejamento de Metas. Definidos pela liderança e acordado com os diferentes níveis, esses objetivos devem ser claros e tangíveis para que haja o engajamento de todos.

“Trata-se de um momento muito importante para a Companhia, onde todos precisam ter clareza de seu protagonismo no plano de negócio da Raízen e sobre quais são os principais desafios de sua área. Uma vez que isso esteja claro, o próximo passo é traçar um plano de execução estruturado para alcançar esses objetivos”, diz a vice-presidente de Recursos Humanos, Marina Quental.

“É papel da liderança alinhar as metas com suas equipes de maneira clara e transparente, definindo planos para alcançá-las e reconhecendo as conquistas durante o ano. Aqui também entra em ação um de nossos princípios: a meritocracia, que valoriza aqueles que fazem a diferença e entregam resultados além do esperado, em linha com as atitudes que valorizamos”, diz Marina.

Compromisso com pessoasMarina Quental ressalta que, para garantir o desenvolvimento do capital humano, a área de RH estimula o diálogo entre gestores e funcionários em todas as etapas do processo: no momento de estipular metas, ao longo do ano, ao fim de cada etapa e ao fim do ciclo.

Além de promover um ambiente de alta performance, esse tipo de ação também é fundamentado pelo compromisso com as pessoas, uma das competências de liderança da Raízen.

“O Ciclo de Gestão de Pessoas sistematiza os nossos processos de gestão de RH, garantindo a nossa competitividade e identidade organizacional na medida em que direciona todos com ‘o nosso jeito de fazer’, em todas as áreas do negócio”, afirma a vice-presidente de Recursos Humanos.

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Transportar combustíveis para as cinco regiões do país é um desafio que a Raízen encara com segurança e eficiência. Hoje, a frota de caminhões-tanque a serviço da empresa percorre cerca de 200 milhões de quilômetros por ano, mais de 90 vezes o total da malha rodoviária brasileira. Para garantir o bem-estar de terceiros e dos motoristas, além de preservar os ativos da companhia, o rotograma é uma das principais ferramentas.

Trata-se de um instrumento que traz todas as informações relativas à rota em questão, como trajeto ideal a ser seguido, pontos de parada e detalhes do processo de descarga do produto. A intenção é fazer do rotograma o guia do motorista de caminhão-tanque durante o trabalho.

O gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) para Transportes da Raízen, Eduardo Lucena, explica que a elaboração da ferramenta precede a execução de qualquer rota: “Quando temos um cliente novo, a transportadora designa um motorista mais experiente para fazer o trajeto. Ele faz esse percurso pela primeira vez e analisa todos os seus detalhes, como trechos perigosos”.

No caso dos postos de ser v iço da marca She l l , funcionários da área comercial da Raízen também avaliam o estabelecimento e os revendedores fornecem mais detalhes à transportadora, como o mapeamento dos pontos de descarga e a indicação dos tanques de cada combustível. Combinadas, essas informações dão ao motorista todo o suporte necessário para executar um bom trabalho.

“A própria transportadora faz a análise das melhores rotas, mas a falta de infraestrutura rodoviária em algumas regiões, como no Norte e no Nordeste, torna esse trabalho ainda mais importante. É preciso fazer um mapeamento extenso para evitar ao máximo estradas de terra ou pontes de madeira, por exemplo”, aponta Eduardo.

Várias frentesNa maior ia dos casos, os motor istas recebem o rotograma impresso e, ao longo do tempo, atualizam o material sempre que for necessário. No entanto, algumas transportadoras têm ido além e já adotaram ferramentas como o rotograma digital, que conta com acompanhamento de geolocalização em tempo real e passa instruções faladas ao motorista.

22 Logística

Indispensáveis para os motoristas de caminhão, rotogramas ajudam a reduzir acidentes nas estradas

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Outro tipo muito usado é o rotograma vivo que existe para auxil iar na gestão de operações avaliadas como de alto risco. Um quadro de gestão é disponibilizado e atualizado o tempo inteiro por diversos motoristas de acordo com as condições do trecho. Em geral, ele fica instalado nas transportadoras e com acesso permanente aos motoristas.

“Nós sempre recomendamos a consulta ao rotograma para todas as viagens e a utilização de iniciativas diferentes. É por conta dessa preocupação com a segurança dos motoristas de caminhão que nós temos melhorado nossos resultados”, afirma o gerente de SSMA para Transportes da Raízen.

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Mudança de hábitoPara garantir que os motoristas usem corretamente os rotogramas e outras ferramentas de segurança, a Raízen aposta na conscientização. Com campanhas comportamentais e informativos, a empresa e as transportadoras apostam no envolvimento das famílias desses profissionais.

“Nosso maior objetivo é que eles voltem para casa da mesma forma que saíram para o trabalho e aproveitem as suas famílias. Por isso, integrar os familiares e conscientizá-los é muito importante, pois eles passam a cobrar uma postura cada vez mais segura do seu familiar”, ressalta Lucena. “Se os motoristas não estiverem conscientizados, nenhum esforço surte efeito”, complementa.

No caminho mais seguro

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“Nós sempre recomendamos a consulta ao rotograma para todas as viagens e incentivamos iniciativas diferentes, como o rotograma digital. É por conta dessa preocupação com a segurança dos

motoristas de caminhão que nós temos melhorado nossos resultados”

Eduardo Lucena

Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) para Transportes da Raízen

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24 Infraestrutura

Terminal de distribuição em Mato Grosso deve movimentar um bilhão de litros de combustíveis e aumentar a competitividade do biodiesel da região

A Raízen inaugurou, no dia 18 de março, uma nova base de distribuição de combustíveis em Rondonópolis (MT). Resultado de um investimento de R$ 60 milhões, a instalação deve movimentar um bilhão de l i tros de combustíveis ao ano, além de gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos.

O terminal está localizado no Complexo Intermodal de Rondonópolis (saiba mais no box) e faz parte de um plano de investimentos estratégicos da companhia na região, que

abrange R$ 120 milhões na expansão de infraestrutura no Centro-Oeste. Segundo Nilton Gabardo, diretor de Novos Negócios e Infraestrutura, o objetivo é se diferenciar com um planejamento estratégico de longo prazo.

“Apostamos na região e, portanto, a expansão das nossas ativ idades precisa estar acompanhada de ef ic iência logística. É importante não apenas crescer mas também contar com um nível de serviço diferenciado para nossos clientes do Mato Grosso”, afirma Gabardo.

Inauguração em Rondonópolis

Aliado logísticoInaugurado em 2013, o Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR) é considerado o maior do tipo no país. A obra é fruto de um investimento de R$ 730 milhões e conta com o modal ferroviário como seu grande diferencial. Por meio do CIR, a produção de grãos e biocombustíveis da região pode ser escoada para Paulínia e para o Porto de Santos.

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“O terminal de Rondonópolis será três vezes mais eficiente do que o padrão de mercado, justamente porque

reunimos nele o que de melhor existe em logística, tecnologia e

infraestrutura”

Nilton Gabardo

Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Raízen

EficiênciaOs investimentos vão elevar a eficiência logística do transporte de combustíveis para a região: o etanol e o biodiesel produzidos no Mato Grosso serão transportados pelo modal ferroviário até Paulínia (SP), cuja refinaria escoará gasolina e diesel para a cidade mato-grossense pelos mesmos trilhos.

“O projeto possui o viés de aproximar o Sudeste e o Centro-Oeste, dois grandes centros produtores e consumidores de derivados e biocombustíveis, se beneficiando da logística ferroviária casada”, destaca Luiz Filipe Gomes Saraiva, gerente de Projetos. “Buscamos ganhos de eficiência logística, pois o mesmo vagão que sobe com derivados para o Centro-Oeste volta carregado de biocombustível para Paulínia” explicou.

“Com a utilização do modal ferroviário esperamos ganho logístico de até 30% frente ao cenário de abastecimento rodoviário”, estima Saraiva.

Presente no evento, o governador Pedro Taques exaltou a iniciativa e a sua importância para o estado do Mato Grosso. “Não vamos ficar chorando a crise. Estamos segurando a balança comercial do país e não temos 2% da população do Brasil. Mato Grosso precisa de muitos investimentos como esse da Raízen; ajudamos muito o Brasil, mas está na hora de também contribuir mais com o nosso estado. Precisamos de um ambiente de negociação mais propício para novos investimentos”., apontou o governador, exaltando o trabalho das empresas que atuam no estado.

Antes do terminal, o mesmo transporte era realizado por meio do modal rodoviário e os caminhões-tanque precisavam cruzar cerca de 2 mil quilômetros até São Paulo. Além de aumentar significativamente a eficiência desse processo, o uso da ferrovia também é mais seguro e ajuda a atender um mercado em expansão.

“O Centro-Oeste é um dos grandes polos de produção de biocombustível do país e possui um mercado com grande potencial de crescimento, sendo uma região estratégica para a empresa”, explica Gabardo.

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, prestigiou a inauguração da instalação

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26 Infraestrutura

Segurança e tecnologiaO projeto em Rondonópolis teve início em 2011, quando a Raízen adquiriu o local para a construção da unidade. Os trabalhos iniciaram em junho de 2013 e foram aproximadamente dois anos de obras, sem a ocorrência de qualquer acidente. Com capacidade para armazenar 24 milhões de litros em 7 tanques, o terminal tem como diferencial a tecnologia e a alta performance no carregamento de produtos.

“Rondonópolis será três vezes mais eficiente do que o padrão de mercado, justamente porque reunimos nele o que há de melhor em logística, tecnologia e infraestrutura de combustíveis”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Raízen, Nilton Gabardo, responsável pelo projeto.

Desenvolvimento sobre trilhosNo ano-safra 2014/2015, a Raízen movimentou no mercado interno cerca de 3,8 bilhões de litros de etanol e outros 700 milhões de litros de biodiesel. Desse total, cerca de 20% foram escoados por trilhos.

No cenário nacional, a produção do estado é significativa. De acordo com informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Mato Grosso é responsável por 18% dos 3,4 bilhões de litros de biodiesel produzidos em todo o país – cerca de 600 milhões de litros. E a maior parte dessa produção é oriunda justamente das unidades de processamento localizadas em Rondonópolis.

A instalação também representa um grande avanço para a própria região e deve aumentar a competitividade do biodiesel mato-grossense, que concorre por mercado com a produção do Rio Grande do Sul. Na safra 2014/2015, por exemplo, 50% do produto movimentado pela Raízen veio do Mato Grosso. Nos próximos anos, a tendência é que essa participação aumente gradativamente.

Avanço na regulaçãoHoje, o mercado de biodiesel ainda é regulado pelos leilões da ANP. Isso define os volumes adquiridos a cada bimestre e fixa o limite de preço para comercialização. De acordo com o diretor de LD&T da empresa, a tendência é de que esse cenário mude um dia.

“Quando essa mudança acontecer, o grande diferencial das empresas que trabalham com biodiesel será a logística. Poderemos movimentar volumes bem maiores do produto, uma vez que atuaremos também como trading de biodiesel”, disse o executivo.

Localização estratégica do terminal, que fica próximo de áreas produtoras de Mato Grosso e tem acesso ao modal ferroviário, é um dos seus diferenciais

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“Com o uso do modal ferroviário para fazer o

transporte de combustíveis na ida e na volta, poderemos

ter até 30% em benefícios logísticos frente ao cenário de abastecimento rodoviário”

Luiz Felipe Gomes Saraiva

Gerente de Projetos da Raízen

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Planejamento de longo prazoUm dos principais desafios da Raízen no mercado brasileiro é otimizar o transporte dos produtos para aumentar sua competitividade. Em um país com gargalos logísticos consideráveis, a empresa investe em formas de diversificar seus modais – e o uso das ferrovias, como no Mato Grosso, faz parte desse esforço.

No ano-safra 2014/2015, as rodovias responderam por 68% das movimentações executadas pela Raízen. Nos próximos anos, o objetivo é reduzir essa participação para 50% e expandir a participação dos modais ferroviário, dutoviário e aquaviário. Além dos ganhos de eficiência, essa mudança no panorama logístico também torna o transporte mais seguro e reduz as emissões da empresa.

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Quanto vale um produto agrícola? Certa de que a cana-de-açúcar não deve ser medida apenas pelo seu valor final no mercado, a Raízen acredita que todo o processo de cultivo deve seguir um elevado padrão de sustentabilidade. E é essa certeza que fez a empresa conquistar 12 certificações Bonsucro em suas unidades produtoras nos últimos três anos.

Exigência nas exportações para a União Europeia, o selo ambiental é o primeiro do setor sucroenergético e atesta que a empresa usa as melhores práticas na produção de açúcar e etanol. Na vanguarda do mercado, a Raízen foi a primeira empresa a conquistar a certificação Bonsucro no mundo em 2011. A busca constante pela chancela da certificação reforça o compromisso da empresa de estabelecer altos padrões de sustentabilidade em sua cadeia produtiva, o que coloca seus produtos derivados da cana-de-açúcar em outro patamar de qualidade.

“Há uma tendência clara de que todas as cadeias do mundo sigam critérios que vão além de indicadores de produção. A evolução de parâmetros que medem os desempenhos ambiental e social é uma necessidade para a longevidade de qualquer negócio”, evidencia a gerente de Desenvolvimento Sustentável, Marina Carlini.

Pilares de desenvolvimentoPara receber o certificado Bonsucro, as unidades produtoras precisam atender aos cinco princípios baseados nos pilares ambiental, social e econômico. São eles: cumprimento da lei; respeito aos direitos humanos e trabalhistas; administração da eficiência e produção; gerenciamento da biodiversidade e serviços do ecossistema; e melhoramento contínuo das áreas-chave do negócio.

Alinhada a esses princípios, a Raízen pretende certificar, no próximo ano-safra, mais duas unidades produtoras: “Considerando que o padrão pode ser utilizado como uma ferramenta de gestão, se torna então possível identificar quais os gaps da unidade produtora quanto aos diferentes temas tratados no âmbito dos indicadores”.

Até 2020, a ideia é que todas as unidades produtoras de açúcar e etanol da empresa estejam certificadas pelo padrão Bonsucro. Além de engajar o público interno para uma produção mais sustentável, esse processo contribui para a difusão de parâmetros mais sustentáveis na agroindústria nacional, o que beneficia o próprio desenvolvimento do país.

DiferencialRaízen fecha o ano-safra 2014/2015 com 12 unidades certificadas pelo padrão Bonsucro, o mais importante do setor sucroenergético

28 Sustentabilidade

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sustentável

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“Há uma tendência clara de que todas as cadeias do mundo sigam critérios que vão

além de indicadores de produção.A evolução de parâmetros que medem

os desempenhos ambiental e social é uma necessidade para a longevidade

de qualquer negócio”Marina Carlini

Gerente de Desenvolvimento Sustentável

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30 Responsabilidade Social

Ainda mais inclusãoApós a primeira edição do Programa de Qualificação para Pessoas com Deficiência (PCD), iniciada em 2014, a Raízen promove novas ações com o intuito de expandir ainda mais a iniciativa

Mesmo amparadas pela Constituição Federal, as Pessoas com Deficiência (PCD) ainda encontram obstáculos para ingressar no mercado de trabalho. Publicado há mais de 15 anos, o Decreto nº 3.298/1999 visa assegurar os direitos e a integração social desses cidadãos, porém, ainda é preciso avançar. Entre os pontos sensíveis está a capacitação especializada para o público. Atenta à questão, a Raízen desenvolveu o Programa de Qualificação para PCD, inicialmente nas comunidades próximas das unidades produtoras. Após o encerramento da primeira edição, em dezembro de 2014, a empresa iniciou a expansão do projeto.

Os novos cursos devem ser realizados em março e junho de 2015. Neste ano, o planejamento inclui novas atividades de divulgação em municípios em que a Raízen atua e que ainda não receberam o programa, bem como o fortalecimento das ações em cidades que já contam com a iniciativa. O objetivo é ampliar a ação e preparar ainda

Colhendo os frutosNa primeira edição do Programa de Qualificação, Antônio Roberto Moraes Melo, de 33 anos, e Cintia Maria Santille, de 19 anos, foram destaques do curso de auxiliar administrativo ministrado nas cidades de Jaú (SP) e Igaraçu do Tietê, respectivamente. Com ótimo desempenho, eles foram aprovados no processo seletivo da Raízen.

Desde novembro de 2014, Antônio faz parte do quadro de funcionários da empresa. Antônio é deficiente auditivo e foi admitido no cargo de balanceiro na Unidade Diamante. “Na infância, após uma pneumonia, tive perda de 40% da audição, porém nunca me privei de levar uma vida como de qualquer outra pessoa. Depois de concluir o ensino médio, realizei cursos técnicos, como o de Recursos Humanos e, mais recentemente, de Auxiliar Administrativo oferecido pela Raízen”, contou Antônio.

mais profissionais para a imersão no mercado de trabalho, que a cada dia se mostra mais competitivo.

A coordenadora de Responsabilidade Social da Raízen, Eliane Stopa, acredita que a importância do projeto está ligada à inclusão social. “Percebemos que a inserção desses profissionais no mercado de trabalho gera uma mudança de mentalidade de todos e, a partir da percepção do potencial e das habilidades de cada um, é possível desenvolver um ambiente de trabalho fortalecido pelas diversidades”, destacou.

O projeto é realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e tem como base de atuação as comunidades onde a Raízen atua. Com experiência em atividades especializadas para o público, o Senai figura como um dos principais parceiros, pois oferece estrutura e material que estimulam o desenvolvimento das habilidades dos participantes. Por meio de atividades dinâmicas, os cursos buscam equalizar as turmas com o objetivo de prepará-las para ingressar no mercado de trabalho.

Na Unidade da Barra, Cintia conquistou o seu primeiro emprego e assumiu o cargo de Auxiliar Administrativo no setor de RH, em fevereiro deste ano. Para ela, a escoliose congênita nunca foi uma limitação. “O curso foi essencial para conseguir ingressar no mercado de trabalho e as minhas expectativas são grandes. Com a oportunidade, sinto-me ainda mais motivada para continuar me capacitando e crescer ainda mais profissionalmente”, evidenciou.

Antônio conclui que seu objetivo é abraçar as oportunidades que surgirem dentro da empresa. Ele acredita que o trabalho realizado em grupo é uma das principais motivações. “Desde o processo inicial de integração percebi que seria uma ótima oportunidade de desenvolvimento profissional e, com apenas três meses de trabalho, estou bastante otimista”.

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Revista RaízenRevista Raízen

29,36%Pessoas sem deficiência

22,9% Pessoas com deficiência

Composição da população brasileira

77,1%Pessoas sem deficiência

População de 0 a 18 anos fora da escola

70,64%Pessoas com deficiência

Antônio e Cintia representam mais dois vínculos empregatícios no total de 330,3 mil empregos para aqueles declarados PCD no país. Apesar do avanço na questão da empregabilidade ao longo da década de 2000, os números ainda não são positivos. Hoje, apenas 0,7% dos 47 milhões de postos de trabalho no Brasil é ocupado por pessoas com deficiência. Em comparação, o último Censo (2010) do IBGE estima que 23,9% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência.

Outro grande desafio é a qualificação. A falta de acessibilidade nos centros urbanos e nas instituições de ensino gera dificuldades que impactam diretamente a escolaridade dessas pessoas. Ainda de acordo com o IBGE, 70,6% da população brasileira de 0 a 18 anos que está fora da escola é composta por pessoas com deficiência.

Desafios do mercado em números

Mercado de trabalho

0,7%Pessoas com deficiência

99,3%Pessoas sem deficiência

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32 Segurança

Adotar as melhores práticas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) e cultivá-las diariamente em todas as atividades da Raízen. Com o intuito de avaliar como os funcionários encaram a segurança no ambiente de trabalho e, em consequência, aprimorar ainda mais seu sistema de gestão, a Raízen tem investido em ferramentas diferenciadas. No último semestre de 2014, foi realizada a Pesquisa de Percepção em SSMA com a consultoria da DuPont – empresa conhecida como líder mundial em segurança industrial (saiba mais no box).

Além de mensurar a percepção dos funcionários, o trabalho buscou traçar um benchmarking em relação ao mercado – ou seja, realizar uma comparação entre as informações e os dados levantados e as melhores práticas mundiais. Para tal, a DuPont conta com uma base de dados que contempla 55 indústrias diferentes, em 41 países em mais de 1.700 sites. Por meio da base de dados da DuPont, é possível identificar

os melhores procedimentos, ações e programas de SSMA e, em consequência, habilitar a Raízen a implementar o que há de melhor no mercado.

“Nossos resultados indicam que estamos no caminho certo. Em 2014, por exemplo, registramos uma redução de 50% nos acidentes com afastamento na companhia em relação ao ano anterior, uma marca bastante expressiva”, evidencia o gerente de SSMA da Raízen, Jorge Aguirre, que completa: “Buscamos operar em conformidade com os melhores níveis mundiais de SSMA. E mapear as melhores práticas do segmento nos dará novas possibilidades de aprimoramento”

Nesse sentido, a Raízen aposta em ações efetivas e, por meio da Pesquisa de Percepção SSMA, foi possível considerar as demandas das diferentes linhas de negócios, seja em unidades produtoras de açúcar e etanol, terminais de distribuição e postos de serviços e aeroportos.

Em parceria com a DuPont, Raízen realiza Pesquisa de Percepção em SSMA e, a partir dos resultados, busca desenvolver plano de ação com as melhores práticas do mercado mundial

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Melhores práticas Metodologia e ResultadosPara a concretização da pesquisa, a DuPont realizou a coleta de dados via plataforma online, impressa e entrevistas, direcionadas a escritórios, áreas operacionais e lideranças, respectivamente. Também foram feitas avaliações de campo nas unidades produtoras da Barra, Serra e Jataí, no Terminal de Distribuição de São Paulo e no Aeroporto de Congonhas. Ao longo da iniciativa, foram colhidas mais de 6 mil respostas.

A partir da consolidação dos resultados, os principais pontos positivos apontados foram o engajamento da alta liderança da companhia em relação às premissas de SSMA, o êxito das atividades de capacitação e treinamento e as sólidas referências embasadas pelas políticas e pelos procedimentos da companhia. Porém, existem algumas oportunidades de melhorias da percepção de segurança, sobretudo nos escritórios. “Com os resultados da pesquisa temos informações que nos possibilitarão, em alguns casos, ajustar nosso plano de ação e assim deixá-lo ainda mais efetivo”, conclui Jorge.

Experiência comprovada A Dupont é uma empresa americana que, ao longo de mais de 200 anos de atividade, desenvolveu uma grande variedade de produtos e se destacou no campo da pesquisa em ciência e tecnologia. Nesse cenário, consolidou-se como líder mundial em segurança, com atuação nos segmentos de energia e desenvolvimento agrícola, entre outros.

“Buscamos operar em conformidadecom os melhores níveis mundiais

de SSMA. E mapear as melhores práticas do segmento nos dará novas

possibilidadesde aprimoramento”

Jorge Aguirre

Gerente de SSMA da Raízen

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34 Raízes do Brasil

Com o intuito de atender de forma ainda mais eficiente à demanda da região, a Raízen investe em um projeto de ampliação da Unidade Paraguaçu, localizada no centro-oeste do estado de São Paulo. Parte do Polo Assis, ela terá sua capacidade de produção aumentada expressivamente a partir do ano-safra 2015/2016. Com a obra, a unidade atingirá a capacidade de processar cerca de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, mais que o dobro da produção original.

A unidade foi escolhida para receber a ampliação devido à possibil idade de expansão da sua área agrícola, que será realizada em parceria com a Agroterenas, sua principal fornecedora de cana-de-açúcar. Considerado um fator externo ao cultivo da matéria-prima, até o clima da região é favorável. Situada em Paraguaçu Paul ista, o município é conhecido como Cidade das Águas, ape l ido inspi rado na origem do seu nome em tupi-guarani (“Para” água e “gûaçu” grande), que exalta seu potencial hídrico.

“A local ização da unidade fo i um dos pontos determinantes para que e la recebesse esse invest imento. Além da expansão f ísica, a Raízen a d q u i r i u e d e s e nvo l ve u n ovo s

equipamentos tanto para produção de açúcar e etano l quanto para armazenamento e tancagem dos produtos”, explicou o gerente Industrial Edson Rodrigues da Silva.

Entre as novas ferramentas implementadas, estão uma peneira molecular para destilação, que tornará a produção de etanol ainda mais eficiente. Um tanque também está sendo construído para suportar o projeto e, juntamente com os outros dois já em operação, aumentará a capacidade de tancagem da unidade em 10 mil m³. Além da construção de um novo armazém, para estocar o açúcar produzido.

Região fortalecidaO Polo Assis tem função estratégia para a Raízen. Além da Unidade Paraguaçu, ele engloba as Unidades Tarumã e Maracaí e, desde o ano passado, Ipaussu e Caarapó, cinco das 22 unidades produtoras da Raízen. O crescimento do polo representa para região a abertura de novas oportunidades, diretamente ou indiretamente. “Só nesse projeto estão envolvidas mais de mil pessoas, ent re func ionár ios da Ra ízen e te rce i r i zados, t ra zendo também prosperidade econômica para região”, destacou Edson.

Revista Raízen

Expansão em São Paulo

Potencial turísticoLocalizada a 422 quilômetros da capital, desde a sanção da Lei nº 9.496/1997, Paraguaçu Paulista é considerada estância turística e se posiciona como polo de desenvolvimento cultural e de lazer da região. O “Paulista” foi adicionado ao Paraguaçu para se diferenciar da cidade homônima, em Minas Gerais. A cidade chegou a mudar de nome entre 1945 e 1950, quando era chamada de Araguaçu.

Atualmente, o município tem cerca de 50 mil habitantes. Boa parte da economia da cidade gira em torno de suas atrações naturais. A principal delas, o complexo do Grande Lago, é formado pelo maior rio da região e foi transformado em praia pública, que recebe dezenas de turistas semanalmente.

Localizada em área de grande potencial agrícola, Unidade Paraguaçu passa por obra de ampliação e vai dobrar sua capacidade de produção

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Produção pré-expansão Após expansão

1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar processadas por ano;

2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas por ano;

25 mil m³ de tancagem; 35 mil m³ de tancagem;

Moagem de 6 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia;

Moagem de 14 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia;

Produção de 1,3 milhões de sacas de açúcar por ano

Produção de 4,5 milhões de sacas de açúcar por ano

A expansão em números

Revista Raízen

"Além da expansão física, a Raízen adquiriu e desenvolveu novos

equipamentos tanto para produção de açúcar e etanol quanto para

armazenamento e tancagem de produtos"

Edson Rodrigues da Silva

Gerente Industrial da Raízen

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A história do cultivo da cana e da produção de açúcar é tão antiga que se mistura com a própria história da humanidade. Confira um pouco dessa jornada de 10 mil anos.

36 Açúcar

Doce commodityLíder em açúcar, Raízen concentra 2,5% da produção mundial e conta com uma sólida estrutura de vendas para encarar os desafios do mercado

O açúcar faz parte do cotidiano da maior parte da população mundial – nos primeiros doces da infância, no café de todas as manhãs e até para usos medicinais. Hoje, cerca de 180 milhões de toneladas de açúcar são consumidas anualmente em todo o planeta e parte delas vem das unidades da Raízen espalhadas pelo Brasil. Uma das maiores produtoras da commodity no mundo, a empresa alimenta o mercado com 4,5 milhões de toneladas todos os anos.

As dimensões do negócio são gigantescas. Se fosse um país, a companhia sozinha seria um dos dez maiores produtores globais e superaria concorrentes como Austrália, Filipinas e Paquistão. Essa relevância para o segmento açucareiro é pavimentada por uma história de quase 80 anos no negócio que começou com a Cosan, integrante, ao lado da Shell, da joint-venture que formou a Raízen.

Para manter essa posição de destaque em um ambiente altamente competitivo, a empresa tem sólida estrutura logística e trabalha para manter um relacionamento fértil com seus principais clientes industriais. De acordo com o diretor de Trading de Açúcar, Ivan Melo, uma das principais mudanças da empresa nesse sentido foi justamente manter a área de vendas internamente.

“Antes, nós comercializávamos o produto por meio de representantes terceirizados que negociavam diretamente com os clientes, mas compreendemos que era necessário trazer esse trabalho para dentro da empresa”, explica o diretor. “Esse movimento nos aproximou dos clientes, o que ajudou a Raízen a estreitar o relacionamento com eles e a detectar novas oportunidades de negócio”, complementa.

O açúcar ao longo da história

Revista Raízen

O começo

Foi aproximadamente nesta época que surgiram as primeiras plantações de cana-de-açúcar, na Nova Guiné. Nos séculos seguintes à domesticação do vegetal, seu cultivo espalhou-se pela Ásia – especialmente na China e na Índia.

8.000 a.C.

Surge o açúcar

Os indianos foram os primeiros a desenvolver o processo de cristalização de açúcar. A Índia difundiu o consumo em outros países asiáticos e há registros de que a China enviava comitivas imperiais ao país para aprender as técnicas de cultivo e cristalização.

350

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Do Brasil para o mundoAlém da criação dessa força de vendas para o mercado industrial brasileiro, a empresa desponta como um dos maiores exportadores de açúcar do mundo. Hoje, estima-se que a comercialização de açúcar entre países seja de aproximadamente 50 milhões de toneladas, das quais 3,5 milhões são produzidas pela Raízen – ou seja, 7% das vendas globais.

Para o mercado externo, o carro-chefe da companhia é o açúcar VHP (sigla em inglês para polarização muito alta). Utilizado como matéria-prima para a produção de açúcar refinado, ele é destinado majoritariamente para países da Ásia e do Oriente Médio. Um percentual menor das exportações é composto por açúcar refinado, sobretudo para países onde falta estrutura para o processo de refino, como ocorre na África.

“O açúcar destinado à exportação é escoado pela Raízen para o exterior, em sua maioria, a partir do Porto de Santos”, afirma Ivan Melo. “Nesses casos, a Raízen não lida diretamente com os compradores, ao contrário do que fazemos no mercado nacional. Nós vendemos o produto para traders que realizam essa transação. Fazemos isso porque alguns desses países passam por instabilidades políticas que podem impactar o negócio”, explica.

Da Arábia para o mundo

Na época medieval, os árabes tomaram a dianteira no mercado de açúcar e modernizaram bastante o processo e o comercializaram globalmente. As Cruzadas em terras do Oriente Médio ajudaram a popularizar o produto na Europa, que passou a importá-lo dos países árabes.

Terra à vista

Ao longo de todo o século XVI, portugueses e espanhóis aproveitaram o clima favorável da América e começaram a cultivar o vegetal em várias regiões, sobretudo no Brasil, Haiti e Cuba.

1200

1500

Os tipos de açúcar fabricados pela Raízen• VHP

Sigla para very high polarization (polarização muito alta), é utilizado em usinas de refino como matéria-prima para diferentes tipos de açúcar. Também é usado em confeitos e panificados.

• Cristal

Ideal para refrigerantes, sucos, sorvetes e doces, ele é obtido por meio da cristalização controlada do caldo de cana tratado.

• Refinado

Dividido entre refinado granulado e refinado amorfo, ele é produzido a partir do refino do açúcar cristal dissolvido.

• Líquido

Fruto da dissolução do açúcar cristal, é uma especialidade utilizada pela indústria alimentícia em sucos de frutas, sorvetes e determinados tipos de cerveja.

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Revista Raízen

38 Açúcar

Você sabia? A palavra açúcar deriva do sânscrito “sharkara” e pode ser traduzida como “areia” ou “cascalho”

Rápido crescimento

Antes destinado apenas aos mais ricos, o açúcar deixa de ser uma iguaria de luxo e passa a ser consumido amplamente na Europa. Nesta época, ele torna-se a commodity mais valiosa do planeta e as ilhas do Caribe despontam como seus principais produtores.

Brasil na dianteira – Século XX

A Revolução Industrial impulsionou a mecanização no cultivo da cana-de-açúcar e, ao longo do século XX, o Brasil se estabeleceu como o maior produtor mundial de açúcar. Hoje, o país é responsável por metade de toda a exportação mundial. E a Raízen é uma das maiores produtoras globais dessa commodity que faz parte da história da humanidade.

1750

Após um longo ciclo de altas, o açúcar atingiu, no começo de 2011, seu maior preço em 37 anos. Desde então, a alta produtividade e os subsídios concedidos por alguns países a seus produtores mudaram o panorama do mercado açucareiro. Com anos seguidos de superávit, o preço da comoddity tem caído ano a ano.

Um dos exemplos mais claros dessa distorção está nos Estados Unidos. Maior consumidor per capita do produto, segundo a consultoria Euromonitor, o país passa por uma alta vertiginosa dos preços do produto por conta das restrições impostas às importações para proteção de produtores locais.

Para Ivan Melo, a recuperação dos preços não deve acontecer em 2015, mas o superávit decrescente da produção global de açúcar é um sinal positivo. “Nos últimos quatro anos, o mundo produziu mais açúcar do que consumiu. Ano a ano, esse superávit está caindo, mas acredito que ainda teremos que esperar mais para ver os preços voltarem ao patamar anterior”, observa.

De acordo com Ivan, a falta de uma política clara para o etanol no Brasil também influencia os preços do açúcar. Responsável por metade da exportação mundial da commodity, qualquer alteração na produção brasileira tem impacto direto no mundo todo.

“Se o Brasil delineasse uma política mais sólida para o uso de etanol na matriz energética, os produtores destinariam um percentual maior das suas safras ao biocombustível. A incerteza faz com que a maioria ainda opte pelo açúcar”, afirma o diretor da Raízen.

Desafio comercial

Em janeiro, a Raízen superou um recorde interno. Em parceria com a Rumo Logística, do Grupo Cosan, a empresa realizou, no dia 19, seu maior carregamento de navio de açúcar para exportação: a carga foi estimada em 78 mil toneladas e migrará para o mercado da Indonésia.

A operação de sucesso foi possível graças ao trabalho em equipe dos times de trading da Raízen e de operações da Rumo. Para Ivan Melo, o recorde é motivo de orgulho para toda a empresa: “Esse resultado mostra quanto o comprometimento e a integração dos times são importantes para conquistarmos cada vez melhores negócios e mostrar que podemos sempre fazer mais”.

Raízen bate recorde de exportação

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Revista Raízen

Indicadores 39

Gigante açucareiroOs milhões de toneladas de açúcar produzidos pela Raízen rodam o mundo e chegam aos lares dos consumidores de diversas formas. Saiba, em números, alguns detalhes desse enorme empreendimento.

4,5 milhões

de toneladas de açúcar produzidas em 22 unidades

Se a Raízen fosse um país, seria o

3 milhões de toneladas de açúcar são exportadas

anualmente para todo o mundo

O açúcar exportado pela Raízen compõe das vendas entre países

7%

96% do produto exportado deixa o

país pelo porto de Santos (SP). O restante sai por Paranaguá (PR)

A produção anual da Raízen seria suficiente para atender ao consumo ideal diário de açúcar

de toda a população mundial por

17 dias*

* Baseado na recomendação de 37 gramas

da Associação Norte-Americana

do Coração

produtor mundial de açúcar

8º maior

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