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CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO E MEDIÇÃO PR-ENG-005 Revisão: 00 Folha: 1 / 7 1. OBJETIVO Estabelecer a sistemática para controlar, ajustar, reajustar, verificar, calibrar e manter os equipamentos de monitoramento e medição, utilizados para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados. 2. DEFINIÇÕES Calibração: Operação que tem por objetivo levar o equipamento de monitoramento e medição a uma condição de desempenho e ausência de erros sistemáticos adequados ao seu uso. Tolerância: Faixa dentro da qual se espera que o valor real do mensurado se encontre. 3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES 3.1. Equipamentos Controlados e Freqüência de Calibração / Verificação Os Equipamentos de Monitoramento e Medição (EMMs) utilizados nas obras para assegurar resultados válidos (utilizados nas inspeções dos serviços ou materiais) que devem ser controlados estão listados a seguir junto com sua freqüência de Calibração / Verificação. Equipamentos Freqüência de Calibração / Verificação Trena padrão 2 anos ou conforme relatório de Calibração Trenas para uso na obra 12 meses Réguas de Alumínio 12 meses Esquadros 12 meses Prumos 12 meses Níveis de Bolha 12 meses Nota: Os equipamentos que não estão acima listados têm seu freqüência de calibração / verificação estabelecida pelo laboratório contratado para tal. Porem será respeitado um período de no máximo 12 meses entre as calibrações / verificações. 3.2. Tolerâncias 3.2.1. Para Trenas: As trenas com até 5 metros não poderão ter seus erros individuais superiores a 1 mm para os pontos: 0,20 / 0,40 / 0,60 / 0,80 / 1,00 m, e para os pontos 2,00 / 3,00 / 4,00 / 5,00 m o erro não pode ser superior a 2mm. Trenas com capacidade maior que 5 metros tem sua tolerância como descrito acima, para os 5 primeiros metros. A partir de então o erro tolerado acumulado é conforme abaixo: Nota: Erro acumulado = erro individual + erro do intervalo anterior (nos pontos 5m, 10m, 15m, ...). Comprimento da Trena Erro Admissível Acumulado 5,001 a 10 metros ± 4 mm 10,001 a 15 metros ± 6 mm 15,001 a 30 metros ± 8 mm 30,001 a 50 metros ± 10 mm Para a Trena Padrão de Referência, o erro tolerado é a metade do erro tolerado para as demais trenas.

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CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE

MONITORAMENTO E MEDIÇÃO PR-ENG-005

Revisão: 00

Folha: 1 / 7

1. OBJETIVO Estabelecer a sistemática para controlar, ajustar, reajustar, verificar, calibrar e manter os equipamentos de monitoramento e medição, utilizados para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados. 2. DEFINIÇÕES Calibração: Operação que tem por objetivo levar o equipamento de monitoramento e medição a uma condição de desempenho e ausência de erros sistemáticos adequados ao seu uso. Tolerância: Faixa dentro da qual se espera que o valor real do mensurado se encontre. 3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES 3.1. Equipamentos Controlados e Freqüência de Calibração / Verificação Os Equipamentos de Monitoramento e Medição (EMMs) utilizados nas obras para assegurar resultados válidos (utilizados nas inspeções dos serviços ou materiais) que devem ser controlados estão listados a seguir junto com sua freqüência de Calibração / Verificação.

Equipamentos Freqüência de Calibração / Verificação

Trena padrão 2 anos ou conforme relatório de Calibração

Trenas para uso na obra 12 meses

Réguas de Alumínio 12 meses

Esquadros 12 meses

Prumos 12 meses

Níveis de Bolha 12 meses Nota: Os equipamentos que não estão acima listados têm seu freqüência de calibração / verificação estabelecida pelo laboratório contratado para tal. Porem será respeitado um período de no máximo 12 meses entre as calibrações / verificações. 3.2. Tolerâncias 3.2.1. Para Trenas: As trenas com até 5 metros não poderão ter seus erros individuais superiores a 1 mm para os pontos: 0,20 / 0,40 / 0,60 / 0,80 / 1,00 m, e para os pontos 2,00 / 3,00 / 4,00 / 5,00 m o erro não pode ser superior a 2mm. Trenas com capacidade maior que 5 metros tem sua tolerância como descrito acima, para os 5 primeiros metros. A partir de então o erro tolerado acumulado é conforme abaixo: Nota: Erro acumulado = erro individual + erro do intervalo anterior (nos pontos 5m, 10m, 15m, ...).

Comprimento da Trena Erro Admissível Acumulado

5,001 a 10 metros ± 4 mm

10,001 a 15 metros ± 6 mm

15,001 a 30 metros ± 8 mm

30,001 a 50 metros ± 10 mm Para a Trena Padrão de Referência, o erro tolerado é a metade do erro tolerado para as demais trenas.

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MONITORAMENTO E MEDIÇÃO PR-ENG-005

Revisão: 00

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3.2.2. Demais Equipamentos:

EMM Erro Tolerado Régua de Alumínio ± 1 mm em qualquer ponto

Esquadro ± 2 mm / m

Prumo de face e prumo de centro ± 1 mm / m

Nível de Bolha Zero Nota: Os equipamentos que não estão acima listados têm seu método de calibração / verificação e sua tolerância estabelecida pelo laboratório contratado para tal. 3.3. Responsabilidades e Autoridades 3.3.1. Calibração da Trena Padrão (padrão de medição) De forma a verificar os equipamentos utilizados nas inspeções das obras foi criada uma “Trena Padrão”. Equipamento esse calibrado em Laboratório Externo. De forma a garantir a qualidade e valia da calibração realizada no laboratório externo é exigido do mesmo um certificado de calibração do EMM. Esse certificado deve conter no mínimo as seguintes informações: Identificação do equipamento (EMM); Metodologia ou referências à norma utilizada na calibração; Listagem dos equipamentos utilizados na calibração, e qual rastreabilidade deles a um padrão nacional ou

internacional; Demonstrativo das leituras realizadas com erros associados; Conclusão; e, Visto dos responsáveis pela calibração atestando o laudo. Tal equipamento ficará guardado em local apropriado do escritório central. 3.3.2. Controle dos EMMs e Execução das Verificações Todos os equipamentos de monitoramento e medição (EMMs) utilizados nas inspeções dos produtos das obras (material e/ou serviço) recebem um “Número de Identificação” que permite referenciar o mesmo ao seu registro de calibração / verificação. De maneira a controlar a distribuição e verificação destes equipamentos (EMMs) é utilizado por cada obra o formulário FM-ENG-003 – Controle de Equipamentos de Monitoramento e Medição, onde estão listados todos os EMMs utilizados na obra, seus respectivos “Números de Identificação“ (código), a data da última verificação realizada, data da próxima verificação e local / responsável onde se encontra este EMM. É de responsabilidade do Gerente da Obra, Encarregado, Técnico ou Almoxarife o preenchimento deste formulário e controle da verificação destes equipamentos. Sempre que um novo equipamento vai ser incorporado ao conjunto de equipamentos controlados, consulta-se esta listagem para determinar o seu “Número de Identificação“. Baseado na data limite para a próxima verificação registrada no “FM-ENG-003”, o Gerente da Obra, Encarregado, Técnico, Almoxarife ou outro funcionário especificamente treinado para tal atividade, recolhe estes EMMs, solicita ao escritório central a trena padrão e de posse desta realizada a verificação destes EMMs - conforme definido na respectiva instrução de “verificação” do EMM definida a seguir (ver item 3.4 deste procedimento).

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MONITORAMENTO E MEDIÇÃO PR-ENG-005

Revisão: 00

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Os resultados desta verificação (aprovado ou reprovado) são registrados no FM-ENG-004 – Registro de Verificação de EMM, assim como a data da verificação, responsável pela mesma e a data limite para a próxima verificação. Neste momento é também atualizado o “FM-ENG-003”definindo a data da verificação e da próxima verificação. Nota: No caso dos EMMs calibrados no laboratório externo é utilizado o laudo emitido pelo laboratório como registro da calibração. Os erros apurados durante estas verificações são comparados com o tolerado (ver item 3.2 deste procedimento) e sendo menor ou igual a este, e o equipamento é liberado para uso. Se o erro apurado na verificação for maior que o erro tolerado ou o equipamento apresentar qualquer problema que inviabilize o seu uso, tal equipamento é retirado da obra juntamente com seu registro de verificação. Neste caso, fica descrito no próprio “FM-ENG-003” o problema encontrado, a disposição dada ao equipamento e as providências tomadas com relação à validade das inspeções realizadas anteriormente, considerando necessidade e viabilidade de se repetir inspeções. 3.4. Instrução de Verificação dos EMMs 3.4.1. Verificação das Trenas para Uso nas Obras Preparar superfície plana com extensão superior a 5m (Ex: régua de alumínio com 6m de comprimento). a) Execução: Estender a trena padrão de referência sobre a superfície plana; Marcar na superfície plana as seguintes dimensões: 0,20m, 0,40m, 0,60m, 0,80m, 1,00m, 2,00m, 3,00m,

4,00m e 5,00m; Estender a trena a ser verificada nas mesmas condições em que foi estendida a trena padrão; Fazer as leituras em cada um dos pontos assinalados verificando os erros encontrados; Se o erro encontrado em qualquer um dos pontos assinalados for superior ao erro tolerado, a trena será

reprovada. Nota: Para trenas com capacidade maior que 5 metros, posicionar o próximo ponto múltiplo de 5 (5,0; 10,0; 15,0; 20,0; etc.) no ponto zero da superfície plana e executar as leituras nos pontos subseqüentes de 1 em 1 metro. Considerar o erro do ponto (5; 10; 15; 20; etc.) e somá-lo ao erro dos pontos subseqüentes. A soma destes erros é identificada como “ERRO ACUMULADO” e deve ser comparada com o erro tolerado para decidir se a trena está aprovada ou não. b) Verificação Qualitativa: As trenas também serão reprovadas quando: Houver deformação na fita métrica comprometendo a precisão da medida; A marcação na fita métrica estiver ilegível e dificultando a leitura; O sistema de mola não estiver permitindo o rebobinamento da fita métrica. 3.4.2. Verificação das Réguas Posicionar uma das faces que são utilizadas para medição e inspeção ao longo da linha utilizada na

verificação dos prumos (ver item 3.4.3 anterior); Caso a superfície não esteja faceando a linha em algum ponto, utiliza-se uma trena calibrada para verificar a

extensão da folga (erro); Repete-se o mesmo procedimento para a outra face. A régua será aprovada se ambas as faces facearem a linha ou se a folga não exceder ao erro máximo tolerado.

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3.4.3. Verificação dos Esquadros Sobre o esquadro a ser verificado, definir e marcar as dimensões correspondentes aos catetos (CA e CB) do triângulo na proporção: 3 : 4 : 5 (triângulo pitagórico). Triângulo Pitagórico Fazer a leitura da hipotenusa (medir a distância entre AB); Verificar o erro encontrado; Se o erro for maior que o erro tolerado, o esquadro é reprovado.

3.4.4. Verificação dos Prumos a) Preparação: Providenciar o seguinte esquema:

b) Prumo de face (qualitativo): Encostar uma face da bóia do prumo conforme indicado no desenho abaixo sem empurrar o arame; Descer o fio de prumo o máximo possível; Verificar se o prumo está faceando no fio; Repete-se para a outra face da bóia do prumo;

A

B C

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Se em qualquer um dos dois lados da face da bóia o prumo não facear o fio, reprovar o equipamento

(condições de reprovação).

c) Prumo de centro: Passar o fio do prumo no grampo e descê-lo do mesmo modo que o prumo de face conforme abaixo:

Medir as distâncias D e d; Comparar D com d, a distância entre os mesmos é igual a “E” (E = D – d); Dividir E pela distancia entre as medidas do fio do prumo (L); Se E / L for maior que o erro tolerado, reprovar o prumo.

Nota: Caso o local utilizado não esteja sujeito a ação do vento (que interfira na verificação) fica dispensada a utilização do balde com água. 3.4.5. Verificação dos Níveis de Bolha a) Execução: Preparar superfície (horizontal e vertical) plana; Colocar o nível de bolha na superfície horizontal plana e verificar o local da bolha, depois, inverter a

posição do nível, comparando se o local da bolha é o mesmo do anterior;

Face 1 Face 2

Bóia

Prumo

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Trocar a face de contato (superfície vertical) e repetir o procedimento acima; Em qualquer das posições acima (horizontal ou vertical), caso as bolhas não sejam coincidentes, reprovar

o nível de bolha.

b) Verificação (qualitativa):

Os níveis serão reprovados quando: O tamanho da bolha for maior que a distância entre as marcas; As bases de contato do nível não estiverem planas; O dispositivo que contém a bolha não estiver fixo na base do nível; O visor do dispositivo não estiver legível.

3.5. Cuidados com Manuseio, Armazenamento e Preservação dos Equipamentos de monitoramento e medição.

Trena Padrão

Não molhar; Não amassar; Não pisar em cima da fita; Não forçar além da medida; Após o uso, guardar no escritório central.

Trenas de uso geral

Não amassar; Não pisar em cima da fita; Não forçar além da sua capacidade de medição; Após o uso, limpá-las e rebobiná-las, guardar em local protegido de

intempéries.

Prumos Não usar como marcador; Evitar choque (impacto); Após o uso, limpá-los, enrolar a corda e guarda-los em local protegido.

Nível de Bolha Evitar queda; Não deixar exposto ao sol forte; Limpar após o uso e guardar em local protegido de intempéries.

Esquadros / Régua de Alumínio

Não bater; Não utilizar como raspador; Após o uso limpá-los e guardar em local protegido.

4. REGISTROS Os registros que evidenciam o cumprimento dessas atividades e sua sistemática de controle são os seguintes:

REGISTRO ARMAZENAMENTO / PROTEÇÃO RECUPERAÇÃO TEMPO DE

RETENÇÃO DISPOSIÇÃO

FM-ENG-003 – Controle de Verificação de Equipamentos de Monitoramento e Medição

Em pasta identificada como: Verificação de EMMs, na sala do

arquivo do escritório central.

Organizado por tipo de equipamento e código

do mesmo

Enquanto o equipamento

estiver em uso Destruir

FM-ENG-004 – Registro de Verificação de EMM

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CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE

MONITORAMENTO E MEDIÇÃO PR-ENG-005

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Laudo de calibração emitido pelo laboratório

Em pasta identificada como: Laudo de Calibração de Equipamentos, na sala

do RD do escritório central. Ordem Cronológica

Enquanto o laudo estiver

válido Destruir