PEDIATRIA VOL. 4

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SIC PEDIATRIA PEDIATRIA VOL. 4

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Autoria e colaboração

Kátia Tomie KozuGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Pediatria pelo Hospital Brigadeiro. Especialista em Reumatologia Pediátrica pelo Instituto da Criança do Hospi-tal das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Mestranda em Pediatria pelo HC-FMUSP.

Marcelo HigaGraduado em Medicina pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Especialista em Alergologia e Imunologia pelo Institu-to da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Maria Teresa Luis LuisGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Pediatria pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. Especia-lista em Nutrologia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Pediatria pela Socie-dade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ana Thamilla FonsecaGraduada pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNI-SA). Residente em Pediatria pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

Danniella Corrêa Netto Pedroso Lenharo Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB). Especialista em Pediatria e em Neonatologia pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo (ICr-FMUSP). Título de especialista em Pedia-tria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Adriana Prado LombardiGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Facul-dade de Ciências Médicas da Universidade São Francisco. Espe-cialista em Neonatologia pela Maternidade de Campinas. Pós-graduada em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia.

José Roberto Vasconcelos de AraújoGraduado em Medicina e especialista em Pediatria pela Univer-sidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Membro da Socieda-de Médica de Pediatria. Médico pediatra atuante em Emergência e Enfermaria do Hospital do Complexo Hospitalar Ouro Verde, e em Unidade Básica de Saúde, em Campinas.

Juliana Tiemi Saito KomatiGraduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná. Especialista em Pediatria pela Secretaria de Estado da Saúde – Hospital Infantil Cândido Fontoura. Especialista em Gastroen-terologia Pediátrica pelo Departamento de Pediatria da Univer-sidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP. Título de especia-lista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB), So-ciedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Eva Fabiana Angelo SendinGraduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAME-CA). Especialista em Dor e Cuidados Paliativos pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Pós-graduada pelo curso Pallium Latino America Avançado em Cuidados Paliativos.

Liane Guidi OkamotoGraduada em Medicina pela Universidade Severino Sombra (USS). Especialista em Pediatria pelo Hospital Brigadeiro e em Gastroen-terologia pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Gabriel Fernando Todeschi VarianeGraduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pediatria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pe-diatria (SBP). Especializando em Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da ISCMSP. Instru-tor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e credenciado pela American Heart Association.

Raphael RotoGraduado em Medicina e residente em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Thalita Feitosa CostaGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Universi-dade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Fernanda MartinsGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Pediatria pelo Insti-tuto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ) e em Oncologia Pediátrica pelo Instituto Nacional do Câncer do Rio de Janeiro (INCA-RJ). Título de especialista em Pediatria pela Associa-ção Médica Brasileira (AMB). Médica oncologista pediátrica do Hos-pital Prontobaby. Instrutora do curso de Emergências Pediátricas, do Centro de Treinamento Berkeley, e do PALS (Pediatric Advanced Life Support), dos Cursos de Urgência e Emergência (CUREM) .

Cassia Maria Abrantes do AmaralGraduada pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Residência em Nefropediatria e mestre em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNI-FESP). Professora da Universidade Anhembi Morumbi.

Hannah Bryskier Gleitzmann Graduada pela Escola de Medicina Souza Marques (EMSM-RJ). Residência em Pediatria pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Cursando especialização em Alergia e Imunologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) .

Vivian AmaralGraduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Especialista em Pediatria pelo Instituto Na-cional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Residente em Terapia Intensiva Pediátrica pelo Ins-tituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-na da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

Assessoria didáticaÉlide Correia CervantesVinicius Moreira Gonçalves

Atualização 2017Fernanda MartinsCassia Maria Abrantes do AmaralVivian Amaral

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Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa.

Um excelente estudo!

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Índice

Capítulo 1 - Febre na infância ......................... 151. Introdução ...................................................................162. Criança com febre .....................................................163. Transição epidemiológica .......................................164. Conduta no paciente com suspeita de

bacteriemia oculta – protocolo de risco ........... 175. Conclusão .................................................................... 19Resumo ............................................................................20

Capítulo 2 - Imunizações .................................211. Introdução .................................................................. 222. Bases imunológicas para as vacinações .......... 233. Fatores que podem interferir na resposta

imunológica da vacinação .................................... 254. Tipos de vacinas ....................................................... 265. Contraindicações à vacinação ...............................276. Vacinas ........................................................................ 297. Calendário vacinal ....................................................57Resumo ............................................................................. 61

Capítulo 3 - Convulsão na criança ................ 651. Defi nição ..................................................................... 662. Fisiopatologia ............................................................ 663. Classifi cação das crises ...........................................674. Etiologia das crises epilépticas .............................675. Abordagem diagnóstica ......................................... 686. Convulsão febril ...................................................... 697. Epilepsia benigna parcial da infância

(rolândica) .................................................................. 698. Crises de ausência (pequeno mal) ...................... 699. Outras crises de relevância na Pediatria .......... 6910. Tratamento da crise convulsiva na

fase aguda ................................................................ 7011. Princípios do tratamento farmacológico

ambulatorial ............................................................. 71Resumo .............................................................................72

Capítulo 4 - Convulsão febril ..........................731. Introdução ...................................................................742. Avaliação diagnóstica ..............................................743. Evolução .......................................................................754. Tratamento .................................................................75Resumo .............................................................................76

Capítulo 5 - Meningites e meningoen cefalites ...771. Defi nição ..................................................................... 782. Etiologia ...................................................................... 783. Patogenia ................................................................... 794. Quadro clínico ...........................................................805. Diagnóstico ................................................................ 826. Tratamento ................................................................ 857. Profi laxia .....................................................................88Resumo ............................................................................ 89

Capítulo 6 - Normas para comunicantes de doenças infecciosas ..........................................911. Introdução .................................................................. 922. Doença meningocócica ........................................... 923. Meningite por Haemophilus infl uenzae ........... 944. Cólera .......................................................................... 945. Hepatite A .................................................................. 956. Hepatite B .................................................................. 967. Rubéola .........................................................................978. Varicela ....................................................................... 989. Coqueluche ................................................................ 9910. Difteria ...................................................................... 9911. Doenças de notifi cação compulsória ..............100Resumo .......................................................................... 103

Capítulo 7 - Acidentes na infância e na adolescência .................................................... 1051. Introdução ................................................................ 1062. Hospitalizações por causas externas .............. 1063. Mortalidade por causas externas .................... 1074. Tipos de acidentes ..................................................1105. Conclusão .................................................................. 121Resumo ...........................................................................123

Capítulo 8 - Resiliência e maus-tratos contra crianças e adolescentes ....................1251. Introdução .................................................................1262. Maus-tratos como parte da violência social

brasileira ...................................................................1273. Notifi cação como instrumento de prevenção

aos maus-tratos e promoção de proteção ....1334. Sobre o Conselho Tutelar .....................................1335. Proposta de fi cha de Notifi cação Compulsória....134Resumo ...........................................................................136

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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Convulsão febril

A Convulsão Febril (CF) é o distúrbio convulsivo mais comum em crianças com menos de 5 anos, acometendo cerca de 2 a 5% dessa população, e resulta de aumento da excitabilidade cerebral induzida pela febre. Não há rela-ção entre intensidade de febre e convulsão. Existem 2 grandes consequências para crianças que apresentaram CF: a ocorrência de novos episódios convulsivos febris e a possibilidade de evolução para episódios convulsi-vos não febris (incluindo epilepsia). As convulsões febris podem ser categorizadas como simples ou complexas. A forma simples é defi nida como um quadro convul-sivo de resolução rápida (<15 minutos), apenas 1 vez, num intervalo de 24 horas, em uma criança febril sem infecção intracraniana ou distúrbio metabólico grave. A forma complexa possui duração superior a 15 minutos e pode ser focal e recorrer durante um período de 24 horas. No diagnóstico, outras causas de crises epilépti-cas devem ser descartadas, além de infecção do sistema nervoso central, sendo a punção lombar indicada sem-pre que há suspeita clínica de meningite. A abordagem da crise deve compreender a estabilização do paciente, com avaliação e estabilização das vias aéreas, oxigena-ção, acesso venoso, avaliação e estabilização da função cardiovascular. Podem ser usados antitérmicos e ben-zodiazepínicos. Com base nos riscos e benefícios dos tratamentos disponíveis, não se recomenda tratamento anticonvulsivante, contínuo ou intermitente, para a pro-fi laxia da CF simples.

4Kátia Tomie KozuMarcelo HigaMaria Teresa Luis Luis

Ana Thamilla FonsecaDanniella Corrêa Netto Pedroso LenharoVivian Amaral

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1. IntroduçãoA Convulsão Febril (CF) acontece na infância, entre os 9 meses e os 5 anos. Está associada a febre, na ausência de infecção intracraniana ou de outra causa neurológica definida, e exclui as crianças que tenham tido convulsões afebris previamente, segundo o Consensus Develop-ment Meeting on Long-term Management of Febrile Seizures. A 1ª CF ocorre, em média, entre 18 e 22 meses e pode ser de 2 tipos: - Simples: uma única crise tônico-clônica, generalizada, geralmente em torno de 5 minutos; - Complexas ou complicadas: crises focais e/ou com duração superior a 15 minutos e/ou recorrentes, em menos de 24 horas e/ou com mani-festações neurológicas pós-ictais.

Temafrequente de prova

A faixa etária do paciente que apresenta CF, que se concentra

entre 9 meses e 5 anos de idade, é um tema frequente

nas provas de concursos médicos.

A incidência varia entre 1 e 14%, dependendo do estudo.

O baixo limiar do córtex em desenvolvimento, a suscetibilidade da criança a infecções, a propensão a febre alta e o componente genético, afetando o limiar de convulsão, são fatores que se combinam e expli-cam por que a CF é um fenômeno da 1ª infância, sobrepujado com o crescimento.

Estudos clínicos e experimentais demonstram que o cérebro imaturo apresenta maior suscetibilidade a convulsões. O baixo limiar provavel-mente decorre da combinação de excitação aumentada e inibição di-minuída, além de diferenças maturacionais nos circuitos subcorticais.

A CF costuma ser do tipo simples, isto é, tônico-clônica generalizada, rápida e isolada. Os pais podem referir hipotonia, mas, nesse caso, ge-ralmente há fase clônica, rápida, que pode passar despercebida. Cerca de 80% das CFs enquadram-se nas 2 circunstâncias referidas. As de-mais crises (20%) são classificadas como CFs complexas.

ImportanteAs crises mioclônicas e os espasmos infantis não são

considerados manifestações das CFs, portanto necessitam

de investigação aprofundada.

Acredita-se que o rápido aumento da temperatura seja um fator de-sencadeante da CF, mas até hoje não está claro se é mais importante do que a alta temperatura atingida.

Figura 1 - Crise tônico-clônicaFonte: www.medicinanet.com.br.

2. Avaliação diagnósticaUma história cuidadosa deve ser feita, pois pode descartar outras cau-sas de crises epilépticas, como trauma ou intoxicação, além de esclare-

Diagnóstico diferencial

A punção lombar é indicada toda vez que há suspeita

clínica de meningite; por exemplo, na presença de

letargia importante, rigidez de nuca ou fontanela abau-

lada. Em lactentes, esses sinais clínicos podem estar

ausentes, e a punção lombar deve ser considerada.

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Acidentes na infância e na adolescência

Os acidentes, ou lesões não intencionais, representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. No total, morrem cerca de 4.000 crianças até 14 anos, e 70.000 são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, confi gurando-se como séria questão de saúde pública. Dentre as hospitaliza-ções, as quedas ocupam 55% dos casos, seguidas de acidentes de trânsito, queimaduras e intoxicações. Os acidentes mais comuns na faixa pediátrica são os trau-matismos envolvendo os casos de atropelamento e as quedas, seguidos pelas lesões por corpo estranho com a introdução voluntária ou involuntária de qualquer objeto dentro de uma cavidade. Os engasgos também são importante causa de acidentes na infância, e a maioria deles ocorre em lactentes e crianças quando estas se alimentam ou brincam e estão na presença de pais ou cuidadores. Para esses casos, deve-se proceder a golpes dorsais e compressões torácicas nos lacten-tes, a fi m de desengasgá-los, e, em crianças acima de 1 ano, deve ser empregada a manobra de Heimlich, com essa fi nalidade. As intoxicações exógenas também são importante causa de acidentes na infância e corres-pondem às consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas, sendo a ingesta de medicamentos a principal causa dessas intoxicações.

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Eva Fabiana Angelo SendinLiane Guidi Okamoto Adriana Prado LombardiJosé Roberto Vasconcelos de Araújo Marcelo Higa

Maria Teresa Luis LuisAna Thamilla Fonseca Daniella Corrêa Netto Pedroso LenharoFernanda Martins

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1. IntroduçãoOs acidentes, ou lesões não intencionais, representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. No total, morrem cerca de 4.000 crianças até 14 anos, e 17.000 são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se como uma sé-ria questão de saúde pública. Alguns elementos observados em nossa sociedade e no ambiente em que vivemos estão ligados ao aumento da exposição das crianças aos riscos de acidentes. A falta de informação, de infraestrutura adequada, de espaços de lazer, de creches, de esco-las e de políticas públicas direcionadas à prevenção de acidentes são alguns exemplos dessa relação. Fatores como pobreza, mãe solteira e

jovem, baixo nível de educação materna, habitações precárias e famílias numerosas também estão associa-dos ao risco de acidentes. Por outro lado, é importante ressaltar que qualquer criança, independentemente de sua classe social, está vulnerável a um acidente.

2. Hospitalizações por causas externasNo ano de 2015, 117.680 crianças foram hospitalizadas vítimas de causas externas, as quais incluem acidentes e violência. Dentre as hospitalizações, as quedas ocuparam 49%, seguidas de queimaduras, acidentes de trânsito, intoxicações e outras causas não definidas (Figura 1). O número de hospitalizações de meninos é 2 vezes maior que o de meninas. As Figuras 2, 3, 4 e 5 demonstram a distribuição das hospitalizações por causa e faixa etária. Ao longo dos últimos 5 anos vemos uma tendência na diminuição do número de hospitalizações por causas externas, com uma queda de aproximadamente 5,5% de 2015 em comparação com 2011 (Figura 6).

Dica As quedas são a principal

causa de hospitalização infantil dentre as causas

externas.

Figura 1 - Distribuição das hospitalizações em decorrência de acidentes por causa em crianças de 0 a 14 anosFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2015.

Figura 2 - Distribuição das hospitalizações em decorrência de acidentes por causa em crianças menores de 1 anoFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2015.

Figura 3 - Distribuição das hospitalizações em decorrência de acidentes por causa em crianças de 1 a 4 anosFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2015.

Figura 4 - Distribuição das hospitalizações em decorrência de acidentes por causa em crianças de 5 a 9 anosFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2015.

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QUESTÕES

Cap. 1 - Febre na infância................................................141

Cap. 2 - Imunizações .......................................................143

Cap. 3 - Convulsão na criança ...................................... 152

Cap. 4 - Convulsão febril ................................................ 152

Cap. 5 - Meningites e meningoencefalites ...............156

Cap. 6 - Normas para comunicantes de doenças infecciosas ..........................................................162

Cap. 7 - Acidentes na infância e na adolescência ........164

Cap. 8 - Resiliência e maus-tratos contra crianças e adolescentes ...................................................... 167

Outros temas ......................................................................171

COMENTÁRIOS

Cap. 1 - Febre na infância............................................... 173

Cap. 2 - Imunizações ....................................................... 175

Cap. 3 - Convulsão na criança ......................................185

Cap. 4 - Convulsão febril ................................................185

Cap. 5 - Meningites e meningoencefalites ...............189

Cap. 6 - Normas para comunicantes de doenças infecciosas .......................................................... 195

Cap. 7 - Acidentes na infância e na adolescência ........198

Cap. 8 - Resiliência e maus-tratos contra crianças e adolescentes ......................................................201

Outros temas .................................................................... 207

Índice

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Pedi

atria

Que

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sQuestõesPediatria

Febre na infância

2016 - SMS-PR1. Carolina chega à Unidade de Saúde muito preocupada com seu fi lho João, de 4 meses. Ele nunca fi cou doente e está com febre há algumas horas. Não se percebeu ne-nhum sintoma. É amamentado no seio, e a temperatura máxima foi de 38,5°C. Ao exame, apresenta-se tranquilo e sem sinais de alerta. O exame está normal, com exce-ção da temperatura axilar. Diante disso, você deve:a) encaminhar para avaliação hospitalarb) indicar antitérmicos e reavaliar em 24 a 48 horasc) iniciar imediatamente com antibiótico orald) encaminhar para o hospital para radiografi a de tórax

e hemocultura por febre sem focoe) solicitar parcial de urina e urocultura

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2016 - UNIOESTE2. Assinale a afi rmativa incorreta:a) a febre é uma das queixas mais comuns nos atendi-

mentos pediátricos, sendo estimado que em 20 a 30% das consultas é tida como queixa única preponderante

b) na maioria das vezes, a febre está relacionada a um processo infeccioso de origem bacteriana, por isso a importância em controlar a febre e iniciar imediata-mente antibioticoterapia

c) ansiedade e febre andam juntas, a ponto de a literatu-ra médica criar um termo para designar essa associa-ção: fever phobia

d) existe uma variação circadiana da temperatura cor-pórea, menor pela madrugada e no início da manhã, máxima no fi m da tarde e no início da noite

e) usualmente, defi ne-se como febre a temperatura re-tal igual ou superior a 38°C, pois a temperatura nes-se local tem melhor correlação com a temperatura central

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2016 - UNIOESTE3. Assinale a afi rmativa incorreta:a) é preocupante a situação do Brasil, onde cerca de 70%

da população ainda utiliza termômetros de mercúrio

b) os novos modelos de termômetros para uso clínico, como o termômetro timpânico e o que utiliza radiação infravermelha, são tão efi cazes quanto o termômetro tradicional digital

c) a temperatura corpórea é controlada pelo centro ter-morregulador localizado na área pré-óptica do hipo-tálamo

d) a elevação basal do set point do centro termorregu-lador dispara mensagens que estimulam contrações musculares, vasoconstrição e outras reações para produção e conservação de calor, determinando a elevação da temperatura corpórea conhecida como febre

e) o quadro clínico da febre inclui pródromos que ante-cedem o pico febril, como extremidades frias, piloere-ção, ausência de sudorese, sensação de frio, taquicar-dia, taquipneia e, eventualmente, tremores (calafrios)

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2016 - UFT4. Com relação à Febre de Origem Indeterminada (FOI), assinale a alternativa incorreta: a) é defi nida como febre documentada por um profi ssio-

nal de saúde, sem causa defi nida, após investigação ambulatorial, durante um período superior a 3 sema-nas ou após 1 semana de investigação dentro do hos-pital e que não foi encontrada a causa

b) é defi nida como febre superior a 48 horas, em que não foi encontrado o foco infeccioso

c) pode ser contínua ou recorrente d) história clínica e exames físicos minuciosos devem ser

realizados e) deve-se ter em mente que febre não é sinônimo de

infecção

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2014 - FMJ5. Uma criança de 11 meses foi atendida no ambulatório de Pediatria com queixa de febre (Tax = 38,5°C) há 2 dias. Apresentava-se em bom estado geral e sem signifi cati-vos achados na anamnese e no exame físico. Recebeu todas as vacinas do calendário vacinal para a idade. O pediatra orientou a família com antitérmicos, recomen-dação de observação domiciliar e retorno. Essa conduta pode ser considerada:

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ComentáriosPediatria

Febre na infância

Questão 1. Analisando as alternativas:a) Incorreta. Como o paciente está fora da faixa etária de RN e apresenta-se com mais de 3 meses, os últimos protocolos recomendam apenas avaliação clínica e rea-valiação após 24 a 48 horas de evolução.b) Correta. Como é um lactente de 4 meses, neste caso a anamnese e o exame físico devem ser detalhados e exis-te a necessidade de acompanhamento para a verifi cação de possíveis sinais de alerta durante a sua evolução.c) Incorreta. Os últimos protocolos desenvolvidos obser-varam que nesta faixa etária o risco de bacteriemia ocul-ta é muito pequeno, não devendo ser realizada antibioti-coterapia profi lática, apenas o seguimento do paciente.d) Incorreta. É considerada febre sem foco aparente para pacientes pediátricos com até 7 dias de febre.e) Incorreta. Neste 1º momento não deve ser realizado exame urinário, devendo-se reavaliar o paciente em 24 a 48 horas.Gabarito = B

Questão 2. Analisando as alternativas:a) Correta. A febre é uma queixa importante na prática pediátrica, e muitas crianças apresentam esse quadro de maneira isolada, sem foco aparente.b) Incorreta. Na maioria dos casos a febre está relaciona-da a um processo infeccioso de etiologia viral.c) Correta. Diante do quadro febril, os pais fi cam muito ansiosos, prevendo sempre algo de grave na criança e iniciando o uso de antitérmicos.d) Correta. A febre tem variação com o ritmo circadiano, principalmente associada a liberação do cortisol sérico. Ela costuma ser mais baixa pela manhã, com o aumento no decorrer do dia e diminuindo enquanto o indivíduo dorme.e) Correta. Não existe um consenso na literatura com re-lação ao conceito de febre. Segundo a Sociedade Ameri-cana de Pediatria, o único conceito mais fi dedigno seria avaliar a temperatura com o método de verifi cação re-tal, pois esta aferição está mais adequada à temperatura corpórea do indivíduo.Gabarito = B

Questão 3. Analisando as alternativas:a) Correta. O termômetro de mercúrio é um instrumento de verifi cação de temperatura, porém está contraindica-

do pelo risco, após seu rompimento, de levar intoxicação de mercúrio ao indivíduo.b) Incorreta. O termômetro timpânico é um bom instru-mento de aferição de temperatura, pois está mais próxi-mo ao centro hipotalâmico de controle da temperatura corpórea.c) Correta. O centro termorregulador está localizado na área pré-óptica do hipotálamo.d) Correta. Existe a liberação de substâncias endógenas no organismo do paciente que foi acometido de substân-cias exógenas, as quais provocarão a liberação de citoci-nas, com o desencadeamento de mecanismos que irão aumentar a temperatura corpórea do indivíduo, por meio de piloereção, tremores e vasoconstrição periférica.e) Correta. Estes mecanismos elevam a temperatura cor-pórea, e, depois de ser estabelecido o set point, o indiví-duo iniciará com quadro de vasodilatação, acompanhado de sudorese e consequentemente frio.Gabarito = B

Questão 4. Analisando as alternativas:a) Correta e b) Incorreta. A Febre de Origem Obscura (FOO) foi defi nida por Petersdorf e Beeson (26), em 1961, como febre superior a 38,3°C em várias ocasiões, com duração de mais de 3 semanas e impossibilidade de se chegar a um diagnóstico após 1 semana de investigação hospitalar. Embora essa defi nição tenha sido mantida durante mais de 30 anos, Durack e Street propuseram uma nova classifi cação, discriminando 4 categorias: FOO clássica, hospitalar, neutropênica e associada ao vírus da imunodefi ciência humana (HIV).c) Correta. Pode ser contínua ou recorrente, como, por exem-plo, casos de tuberculose, que podem ter essa evolução.d) Correta. A avaliação clínica e os exames laboratoriais são de grande importância, como a coleta de sorologia adequada.e) Correta. Em muitos casos o paciente pediátrico pode apresentar quadro apenas de hipertermia, em que sin-tomas associados às infecções pirógenas não estão pre-sentes.Gabarito = B

Questão 5. Analisando as alternativas:a) Incorreta. Lactentes com mais de 3 meses já são capa-zes de apresentar sinais de localização de infecção.b) Incorreta. Isoladamente, calendário vacinal atualizado aos 11 meses não impossibilita que o lactente apresente infecções grave.

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