Percepção

46
A MENTE - PERCEPÇÃO A ENTRADA NA VIDA - EU

description

 

Transcript of Percepção

Page 1: Percepção

A MENTE - PERCEPÇÃO

A ENTRADA NA VIDA - EU

Page 2: Percepção

A MENTE

Etimologicamente, o termo mente vem do latim mèntem, que tem o significado de pensar, conhecer, entender, e significa também medir, visto que alguém que pensa não faz mais que medir, ponderar as ideias.

  Os gregos utilizavam o termo nous

para indicar a mente, a razão, o pensamento, a intuição.

Page 3: Percepção

A MENTE

Durante muito tempo, associou-se a mente apenas à dimensão cognitiva:

Raciocínio, dedução, abstracção, juízos, conceitos;

Manifestação da racionalidade humana;

Actividade consciente. 

Page 4: Percepção

A MENTE

Durante o século XX chegou-se à conclusão de que o funcionamento da mente não se reduz à produção racional, abstracta de conhecimentos.

  A mente passou a ser entendida como a

manifestação total de processos dinâmicos que interagem entre si de forma complexa, implicando-se mutuamente.

  A mente começou assim a ser vista como um

SISTEMA que integra vários processos (cognitivos, emocionais e conativos).

 

Page 5: Percepção

A MENTE

SABER

COGNIÇÃO CONAÇÃO

A MENTE

EMOÇÃO

SENTIR AGIR

PERCEPÇÃOMEMÓRIA

APREDIZAGEM

EMOÇÃOAFECTO

SENTIMENTO

INTENCIONALIDADETENDÊNCIAESFORÇO

Page 6: Percepção

A PERCEPÇÃO

A percepção é um processo mediante o qual a informação sensorial é activamente organizada e interpretada pelo cérebro e que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta.

Page 7: Percepção

A PERCEPÇÃO

SENSAÇÃO PERCEPÇÃOÉ a detecção e recepção dos estímulos nos órgãos dos sentidos, que são traduzidos em impulsos nervosos que são conduzidos ao Sistema Nervoso Central pera serem processados pelo cérebro.

É a interpretação, organização e descodificação dos dados sensíveis, feita pelo cérebro.

Selecciona, organiza, interpreta, atribui sentido.

É um processo mental activo, embora dependa da sensação.

Page 8: Percepção

A PERCEPÇÃO

A visão que temos do mundo não é uma reprodução, mas sim uma interpretação. Fazemos uma correcção mental, e de modo automático, ao conteúdo da nossa percepção de modo a manter a regularidade do mundo externo.

 

Page 9: Percepção

A PERCEPÇÃO

Toda a informação sensorial é captada pelos sentidos e enviada para diferentes áreas do cérebro, onde é representada.

Não reproduz o mundo como um espelho, como uma fotografia, porque o cérebro constrói uma representação mental ou imagem da realidade.

 

Page 10: Percepção

A PERCEPÇÃO

“É no cérebro que a papoila se torna vermelha, que a maçã se torna aromática, que a cotovia canta.” Oscar Wilde

Page 11: Percepção

FACTORES INTERNOS À PERCEPÇÃO INERENTES AO SUJEITO

Estruturas fisiológicas Experiências anterioresMaturação PersonalidadeExperiências pessoais Factores sociaisCultura ValoresMotivação NecessidadesAtenção ProfissãoMemória AprendizagemEstruturas fisiológicas Experiências anteriores

Page 12: Percepção

FACTORES EXTERNOS À PERCEPÇÃO INERENTES AO OBJECTO

INTENSIDADE

Tendência a percepcionarOs estímulos com maior intensidade.

Brilho forte, um som alto, uma cor berrante…

TAMANHO

Tendência para captar objectos com tamanhos maiores.

Figuras grandes num desenho.

CONTRASTE

Tendência para ser mais sensível a estímulos que contrastem no meio.

Um brilho na penumbra, uma erva aromática não habitual num prato cozinhado…

SURPRESA E NOVIDADE

Muito utilizado quando se pretende chamar a atenção.

REPETIÇÃO

Tendência para prestar atenção a um estímulo novo e repetitivo.

Um slogan publicitário.

MOVIMENTO

Tendência para percepcionar mas facilmente estímulos em movimento

Uma bola a rodar para chamar a atenção de um gato.

Page 13: Percepção

Percepção visual A visão é a percepção de raios luminosos pelo

sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a percepção visual.

Page 14: Percepção

Percepção auditiva

A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenómenos sonoros. Uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música.

Page 15: Percepção

Percepção olfactiva O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido

é relativamente ténue nos humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem uma grande importância afectiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção olfactiva.

Em alguns animais, como os cães, a percepção olfactiva é muito mais desenvolvida e tem uma capacidade de discriminação e alcance muito maior que nos humanos.

Page 16: Percepção

Percepção gustativa

O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a alimentação. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos. A culinária e a enologia são aplicações importantes da percepção gustativa. O principal factor desta modalidade de percepção é a discriminação de sabores.

Page 17: Percepção

Percepção táctil O tacto é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer

a presença, forma e tamanho de objectos em contacto com o corpo e também a sua temperatura. Além disso o tacto é importante para o posicionamento do corpo e a protecção física.

O tacto não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O tacto tem papel importante na afectividade e no sexo.

Page 18: Percepção

Percepção temporal Não existem órgãos

específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as pessoas são capazes de sentir a passagem do tempo.

A percepção temporal já foi objecto de diversos estudos desde o século XIX até os dias de hoje, em que é estudado por técnicas de imagem como a ressonância magnética.

Page 19: Percepção

Percepção espacial Assim como as durações, não possuímos um

órgão específico para a percepção espacial, mas as distâncias entre os objectos podem ser efectivamente estimadas. Isso envolve a percepção da distância e do tamanho relativo dos objectos.

Aparentemente a percepção espacial é supra-modal, ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal.

Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objecto visto e se esse objecto (ou o som) está a aproximar-se ou a afastar-se.

Page 20: Percepção

Cinestesia É a capacidade em reconhecer a

localização espacial do corpo, a sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão.

Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas actividades práticas.

Resulta da interacção das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações tácteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.

Page 21: Percepção

 LEIS DA PERCEPÇÃO

A teoria da GESTALT foi formulada no início do século XX por um grupo de Psicólogos alemães (Wertheimer, Kolher e Koffka). Gestalt significa forma, padrão, configuração.

  Este movimento elaborou um conjunto de

leis que tentaram explicar como a mente, de forma imediata, interpreta as informações sensoriais e produz uma percepção organizada.

Page 22: Percepção

 PRINCÍPIO DA TOTALIDADE

A principal tese dos gestaltistas é esta: o todo é maior que a soma das partes. Temos a percepção de formas unificadas e não de peças ou fragmentos.

Page 23: Percepção

 PRINCÍPIO DA TOTALIDADE

Assim, só reconhecemos uma melodia ouvindo-a globalmente: isoladas, as notas musicais nada significam. Uma vez organizada a melodia damos atenção à forma conjunta e não a notas isoladas.

Page 24: Percepção

 PRINCÍPIO DA TOTALIDADE

O mesmo acontece quando estamos a ver um filme de banda desenhada. Não vemos as imagens estáticas que são as suas partes mas o movimento, o filme como um todo.

Page 25: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

A constância perceptiva é a capacidade de percepcionar um objecto com os seus atributos básicos, independentes da variedade sensorial com que ele se apresenta.

Page 26: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

CONSTÂNCIA DA DIMENSÃO/TAMANHO.

O reconhecimento de que um objecto continua a ser o mesmo ou a ter a mesma dimensão independentemente da sua imagem na retina mudar.

Page 27: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

CONSTÂNCIA QUANTO À COR

  Capacidade de

percepcionar a cor dos objectos familiares como constante, apesar da sensação de cor mudar.

Page 28: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

CONSTÂNCIA QUANTO À FORMA

  A tendência para

percepcionar um objecto como tendo uma forma constante mesmo quando muda a imagem que é projectada na retina.

Page 29: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

Page 30: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

"Sem ela [constância perceptiva], o nosso mundo perceptivo seria caótico. Suponhamos que os nossos amigos pareciam anões a certa distância e gigantes quando se aproximavam. Um bebé de colo seria percebido maior que um adulto, a um metro de distância. O mecânico que tivesse de escolher um parafuso ou uma porca de tamanho apropriado de entre uma grande variedade, a distâncias diversas dele, enfrentaria uma tarefa desesperada. À medida que se movesse, mudaria a percepção da grandeza e da forma dos objectos, tornando se-lhe impossível confiar no que via ao interpretar a realidade.» Kendler, Int. à Psicologia

Page 31: Percepção

CONSTÂNCIA PERCEPTIVA

Segundo um estudo de uma uniservidade

inglesa a odrem das lertas numa palarva não émuito improtante, o que improta é a premiera e útlima lerta. O resto não é miuto improtante pois cousegnes ler sem dilficudade.

Page 32: Percepção

LEI DA FIGURA-FUNDO

Quando percepcionamos, a primeira coisa que fazemos é separar a figura do fundo. A nossa atenção selecciona partes da imagem e forma a percepção consoante a escolha feita.

Page 33: Percepção

LEI DA FIGURA-FUNDO

Page 34: Percepção

LEI DA FIGURA-FUNDO

Page 35: Percepção

LEI DO AGRUPAMENTO PERCEPTIVO

Tendência para agrupar os estímulos recebidos num todo coerente.

Page 36: Percepção

LEI DO AGRUPAMENTO PERCEPTIVO

PROXIMIDADE

Quando percepcionamos um aglomerado de objectos (estímulos perceptivos), tendemos a ver os objectos que estão próximos uns dos outros como formando um grupo ou unidade.

Page 37: Percepção

LEI DO AGRUPAMENTO PERCEPTIVO

SEMELHANÇA  Os objectos

semelhantes ou em posição semelhante são, por tendência, agrupados juntos ou vistos como uma unidade.

Page 38: Percepção

LEI DO AGRUPAMENTO PERCEPTIVO

FECHAMENTO

Figuras incompletas tendem a ser vistas como completas.

Page 39: Percepção

DISTURBIOS DA PERCEPÇÃO

O sujeito ao percepcionar estímulos pode atribuir-lhes significações inadequadas, estabelecendo certa discrepância entre o real e percepção do mesmo.

Tal discrepância pode ser mais ou menos acentuada, permitindo que em certos casos falemos de falsa percepções, ou de distúrbios perceptivos.

Page 40: Percepção

DISTURBIOS DA PERCEPÇÃO

Agnosias – se determinadas áreas cerebrais forem afectadas, o indivíduo perde total ou parcialmente as capacidades perceptivas. Existem diversos tipos de agnosias como sejam a visual, a auditiva e a somatossensorial.

Page 41: Percepção

DISTURBIOS DA PERCEPÇÃO

Alucinações – são “percepções sem objecto”, na medida em que o indivíduo que as experimenta passa por uma experiência psicológica interna que o leva a comportar-se como se os estímulos externos existissem de facto.

Page 42: Percepção

DISTURBIOS DA PERCEPÇÃO

Ilusões – as ilusões perceptivas ou sensoriais resultam duma deformação dos estímulos reais, pois muitas vezes o cérebro engana-se: discrepância entre a grandeza física e a perceptiva.

Page 43: Percepção

DISTURBIOS DA PERCEPÇÃO

O ESTUDANTE DISSE O PROFESSOR É PARVO.

O ESTUDANTE, DISSE O PROFESSOR, É PARVO.

O ESTUDANTE DISSE: O PROFESSOR É PARVO.

Page 44: Percepção

PERCEPÇÃO E CULTURA

Pessoas que vivem em regiões sem estradas, cujas linhas convergem num certo ponto, sem casa rectangulares com telhados que fazem ângulos, não estão familiarizadas com o tipo de indicadores que dão origem a esta ilusão perceptiva.

Page 45: Percepção

PERCEPÇÃO E CULTURA

Os pigmeus que vivem nas densas florestas do Congo raramente vêem objectos a longa distância. O antropólogo Colin Turnbull observou que, quando os pigmeus dessas áreas viajavam para as savanas e viam búfalos no horizonte, pensavam que os animais eram pequenos insectos e não volumosos mamíferos. A falta de experiência com objectos distantes explica a sua incapacidade para percepcionar a permanência do tamanho dos objectos.

Page 46: Percepção

PERCEPÇÃO E CULTURA