PERCEPCAO DA NECESSIDADE DE PROGRAMA DE NO … · no ámbito hospitalar foram para tmtar s¡ntomas...

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PERCEPCAO DA NECESSIDADE DE IMPLANTACÁO DE UM PROGRAMA DE FARMACOVIGILÁNCIA NO ÁMBITO HOSPITALAR Angela Maria de Souza Poncianor; Diana Maul de Carvalho,; Elisabete Pereira dos Santosl ' Professora do Deparlame¡to de Farmác¡ada Un¡vers¡dade Federaldo Ceará I Professora do Departamento de Med¡cina Preventivada Universidade Fedeml do Rio deJanei¡o 'Professorado De_partamento de Medicamentos da Faculdade de Farmác¡a da Un¡versidade Federal do R¡o de Janeiro Resumo: Os objetivos deste estudo foram verificar se existe receptividade dos proiissionais da á¡ea da saúde quanto á implantagao da Farmacovigilaocia e ¡dentilicar subsídios pam elaboragáo de um Programa de Farmacovig¡láncia a ser implantado no ambito hospitalar. A pesquisa tbi efetuada em um Hospital Universitário Público situado no Rio dejaneiro, sendo utilizado para coletados dado6 questionárioque tbi aplicadopar¿ entetmeiros, f'amaceut¡cos e médicos, teDdo um total de 27.1 profissionais entrevistados. De uma maneim geral pode-se concluir que os enlermeiros, farmacéuticos e médicos entrev¡stados consideram impo¡tante o desenvolvimento de um Programa de Farmacovigiláncia no ambito hospitalar, mostrando-se rcc€ptivos ¡ sua implantagáo. Palayr¡s-chave: farmacovi gilancia; reagáo adversa; adesáo Absaract: To provide preliminary information for the establishment ol a Drug Surveillance Program in geD€ml hospitals, the receptivity of health profess¡onals to this activity was evaluated through a cross - sectional study in a public Un¡versity Hospilal R¡o de Jane¡ro. A random sample of nurses and physicians and all the pharmac¡sts, in a total of 27,1 health professionals. were ¡nterviewed through a questionnaire. Results point to a positive attitude of the staff toward the establishme¡t of the surveillance program and their pat¡cipat¡on ¡n its developmenl Key - words: drug su¡veillancet adverse drug reactions; hospital surveillance. f33 Cad. Saútle Colet. ó(2). 1998

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PERCEPCAO DA NECESSIDADE DE IMPLANTACÁO DE UMPROGRAMA DE FARMACOVIGILÁNCIA NO ÁMBITO

HOSPITALAR

Angela Maria de Souza Poncianor; Diana Maul de Carvalho,;Elisabete Pereira dos Santosl

' Professora do Deparlame¡to de Farmác¡ada Un¡vers¡dade Federaldo CearáI Professora do Departamento de Med¡cina Preventivada Universidade Fedeml do Rio deJanei¡o'Professorado De_partamento de Medicamentos da Faculdade de Farmác¡a da Un¡versidade Federal do

R¡o de Janeiro

Resumo: Os objetivos deste estudo foram verificar se existe receptividade dos proiissionais daá¡ea da saúde quanto á implantagao da Farmacovigilaocia e ¡dentilicar subsídios pam elaboragáode um Programa de Farmacovig¡láncia a ser implantado no ambito hospitalar. A pesquisa tbiefetuada em um Hospital Universitário Público situado no Rio dejaneiro, sendo utilizado paracoletados dado6 questionárioque tbi aplicadopar¿ entetmeiros, f'amaceut¡cos e médicos, teDdoum total de 27.1 profissionais entrevistados. De uma maneim geral pode-se concluir que osenlermeiros, farmacéuticos e médicos entrev¡stados consideram impo¡tante o desenvolvimentode um Programa de Farmacovigiláncia no ambito hospitalar, mostrando-se rcc€ptivos ¡ suaimplantagáo.

Palayr¡s-chave: farmacovi gilancia; reagáo adversa; adesáo

Absaract: To provide preliminary information for the establishment ol a Drug SurveillanceProgram in geD€ml hospitals, the receptivity of health profess¡onals to this activity was evaluatedthrough a cross - sectional study in a public Un¡versity Hospilal i¡ R¡o de Jane¡ro. A randomsample of nurses and physicians and all the pharmac¡sts, in a total of 27,1 health professionals.were ¡nterviewed through a questionnaire. Results point to a positive attitude of the staff towardthe establishme¡t of the surveillance program and their pat¡cipat¡on ¡n its developmenl

Key - words: drug su¡veillancet adverse drug reactions; hospital surveillance.

f33 Cad. Saútle Colet. ó(2). 1998

INTRODUQAO

Os med¡camentos const¡tuem uma fermmenta terapoutica para os profissionais da

área da saúde. Enlretanto, ao ladodos efeitos benéficosdos medicamentos surge a possibilidade

de produz¡rem eieitos i¡desejá!eis (reagóes adversas). lsso ocorre Jxlrque existem l¡mitaeóes

nos ensaios clínicos et'etuados antes da sua comercializagáo (Fases l, Il e III ).

Quando um medicame¡to é I¡berado para comercializagáo, disPóe-se de um

conhec¡mento ¡ncompleto de seus possñ'e¡s efeitos indese.jár'eis que sAo provenientes de váriasrazóes confonne foram rel'eridas por l-aporte, Carné e Pofa ( 1983): ( | ) Os ensa¡os clín¡cosincluem um número lim¡tado de pacientes (deze¡as ou centenas), por isso as reaeóes adversas

de baixa freqúéncia podem neo ser detectadas: (2) Muitos grupos de Pac¡entes que ut¡lizam omed¡camento na prática real sáo excluídos dos ensaios clínicos ta¡s como: crianqas, idosos.

mulheres grávidas, pacientes com outras enfermidades além da estudada e pacientes que util¡zamvár¡os medicamentos de fbrma simultenea. Isto náo permite a ident¡f¡caqeo de reagóes adversasque só se reg¡stram em determinados subgrupos de pac¡entes, ou efeitos que podem aparecer

devido a oconéncia de interaQáo medicamentosa; (3) A dtttagáo dos ensa¡os clínicos tende a ser

muito limitada, no máximo I a 2 anos no total, com períodos de seguimento ( de cada paciente )

interiores a ¡xrucos ¡reses. lsto náo permite a ¡dentificaqáo de reagóes adlersasqtre a¡arecern só

através do uso prolongado do medicamento.

lJma l¡mitaqáo dos ensaios clínicos rcferida pela Organizagáo Mundial da Saúde( 1994), diz respeito aos t'atores genéticos e ambientais que influem nas camcterís{¡cas dos

hab¡tantes de outras partes do mündo. e podem diferir dos que camcteriza os grupos de populagáo

Dos quais se estudou o medicamento causando divergéncias em relagáo á dose-rea9áo dos

distintos grupos de populagáo. Rodrigues ( 1988) menciona que os ensaios clínicos habitualmenterealizam-se em países em cond¡góes cl¡mát¡cas completamente diferentes dos países

essenc¡almente consumidores. lsso pode ser constatado quando se observa uma incidénciaelevadade reaqóes fotoalérg¡cas e dc lototoxicidade.

Em virtude do que lbi exposto com relagáo ás lim¡tagóes dos ensaios clínicos, pode-

se concluir que para delimitar a seguranga de um medicamento, é necessário eteluar omonitoramento contínuo após sua comerc¡alizagáo. lsso pode ser conseguido através da

Farmacovigiláncia que tem como objet¡vo desenvolver proced¡mentos Para detectar, araliar enotificar as reagóes adversas. A farmacov igilancia pode ser definida como "conjunto de métodos

que tem por objetivo a ¡dentificagño e a avaliagáo quantitativa do risco dos efeitos do uso dos

fármacos no conjunto da popula$áo ou em subgrupos específicos dela" (Ministério da Saúde/

Secretaria de Vig¡lancia Sanitária, 1995, p.3 )

Sabe-se que as reagóes ad!ersas a medicamentos const¡tuem um sério problemapara a saúde pública. Segundo Naranjo. Gonzalez, Ruiz et al. (1978), Sanz (199.5), muitasreaQóes adversas a medicamentos poderiam ser evitadasjá que se orig¡nam como conseqüénc¡a

de um tmtamento farmacológico inadequado. Estudos de farmacovigilanc¡a ¡ntens¡va hosp¡talarel'etuados por Naranjo, Ru¡2. Bus(o et al. ( 1978) referem que 407c dos medicamentos prescr¡tos

no ámbito hospitalar foram para tmtar s¡ntomas como dor, const¡pagáo, ans¡edade, ins6nia,pirose, prurido ou d¡arréia que, segundo os autores, poderiam ter sido tratados sem a

adm¡nistragáo do medicamento. Segundo Namnjo. Gonzalez. Ruiz el al. ( 1978). as enfermidades

causadas pelos medicamentos const¡tucm uma causa impolante de internaqáo hosPitalar e que

algumas reagares adversas a medicamentos ptüe¡iam ter sido evitadas se tivesse sido efetuada

uma cuidadosa anamnese farmacológica valorizando as informagóes obtidas do pac¡ente.

Capell¡r e Laporte ( 1989) mencionam que entre os pacientes hospitalizados l0 a

257o sofre¡iam alguma reagáo advcrsa. Estudos de farmacovigiláncia iniensiva hospitalardemonstraram que pacientes passaram a apresentar alguma reagáo ad!ersa a medtcamentodurante o período de internagáo. Os pacientes que apresentaram um período de hospitalizagáoma¡s prolongado e receberam um maior número de medicamentos apresentaram uma incidénciamais alta de reaqóes adversas a medicamentos Os pacicnt(s que iit crarn rclgóes adversas amedicamentos tiver¿m um período de hospitalizaqáo significativamente mais prolongado (Arnau,Camps, Curull et al., 198.1¡ Naranjo, Gonzalez, Ruiz et al., 1978: Naranio, Ru¡2, Busto et al.,I9?E,

Apesar dos relatos de reagóes adveNas a mcdicamentos serem importantcs nagarant¡a da segt¡ranga dos med¡camentos em prática clínica, me¡os de 107. de tct s reaqdes sáore¡atadas (Thomas, l99l ).

Publicagóes tazem referéncia a importancia da implantagáo da Fhrmacovigilánciano amb¡to hosp¡talar (Associagáo Espanhola de Farmacéuticos de Hospita¡s, 1987: t,aporte,1993; Ministério da Saúde/Coordenagáo de Controle de lnfecAao Hospitalar, 199.1; Organ¡zagáoMundialda Saúde, 1972). Segundo tnpofe (1993), a ident¡ficagáo das reaQóes adversas deveriafázer parte da prática médica hab¡tual, sobretudo nos hospitais com fbnnagáo de graduagáo epós-graduagáo.

(liente da imponáncia da i¡nplantagáo da F-armacovigiláncia no Brasil, e de que odesenvolvimento de estudos nessa área poderia proporcionar subsídios para sua implantaqáo,decidimos efetuar uma pesquisa.iunto aos prot'issionais enfermeiros, t'armacéuticos e médicos,visando obter subsídios para implantagáo de um progmma de farmacovigiláncia no ámbitohospitalar Entretanto, para que a implantagáo de um sistcma de l'armacovigiláncia obtcnhaéxito, torna se ncccssár¡o inicialmente saber quais sáo as expcctat¡vas dos profissionais da áreada saúde em relagáo ao programa e que fhtores sño considerados impo¡tantes para que hajaadesáo ao mesmo.

Atrdvés da rev¡sáo bibliográfica observa-se que um dos grandes prob¡emasatualmente enfrentados pelas inst¡tuigóes que impla¡rtamm um sistema de farmacov¡g¡lancia é apouca adesáo dos prof¡ss¡onais envolvidos no processo. (lo|rsidemmos que o envolvimento dosprofissionais da área da saúde no reterido processo de implantagáo proporcio¡ará uma maioradesáo ao sistema de farmacovigiláncia it¡plantado.

Segundo Arrais (1996), na América Iat¡na diversos países já implantamm umsistema de farmacovigiláncia, porexernplo, Argent¡na, México, Eqüador, Venezuela, Costa Rica,e outros enconlram-se em fase de implantagáo, como Colombia e Bras¡1. Em artigo publicadoem 1995 o auto¡ menciona que, em ablil do referido ano, ocorreu em BueDos Aires/Argentira aI Reun¡áo para Elaboragáode Estratégias para lmplemetrtagáo de S¡stemas de Farmacovigila¡ciana América Lat¡na, organizada pela ANMAT (Administración Nacional de Med¡camentos,Alimentos y Tecnologia Médica del Ministerio de Salud y Acción Social de la Repúbl¡caArgentina), com apoio da Organizagáo Mundial da Saúde e da Orgarizagáo Panamericana deSaúde, da qual partic¡param representantes de toda América Latina. A reuniáo teve comoobjetivos: (a) ampliar a informagáo e os conhecimentos sobre farmacov¡gilancia; (b) promovero desenvolvimcDlo de redes nacionais de detecqáo, reg¡stro e ¿rnálise de eleitos adversos; (c)estimular o interesse da notit'icagáo de reagóes adversas e análise para promover o uso raclonalde medicamentos; (d) estimular iniciativas para a capac¡tagáo e replicaQáo do sistema denotitlcagáo de rcagóes adversas nos diferentes países. Anais ( 1996) menciona que o Bfasilpartic¡pou et-eti!amente dessa reuniáo atÉvés dos seguintes grupos ou institu¡9óes: Secretariade Vigiláncia San¡tár¡a do Ministério da Saúde (SVS/MS); Grupo de prevengáo ao Uso Indevidode Med¡camentos (GPUIM): Sociedade Brasileira de V¡gilanc¡a dc Mcd¡camentos(SOBRAVIME), Sociedade Brasileira de Tox¡cologia.

Em decorrénc¡a da reuniáo realizada em BLrenos Aifes. a Secretaria de VigilánciaSanitáÍia do Minislér¡o da Saúde (SVS/MS), tendo co|no sccretário Dr Elisaldo Carli¡i.

t.r5 Cad. Saúde Colet. 6(2). 1998

const¡tuiu através da Portar¡a No 40 (09/0-5/9-5) a Comissáo de FarmacoePidemiolog¡a coñ oobjetivo de propor um Sistema Nacional de Fa¡macovigilancia, contando com um Centro

Nacional Coordenador ligado a esta Secretaria e Centros Regionais. Dessa comissáo fazemparte representantes da Secretaria de Vigilancia Sanitária; Conselho F]ederal de Farmácia(representado pelo Centro Brasileiro de Informagóes sobrc Medicamentos CEBRIM' que

Dassou a const¡ttl¡r a comissáo através da Portaria N! 46 de 02/06/95); Grupo de Prevengáo ao

Uso hrdevido de Medicamentos (GPUIM): Sociedade Brasileira de Vigiláncia de Medicamentos(SOBRAVIME); Centro de Contrde de Intoxicagoes - UNICAMPI Associagáo Médica Bmsileira(AMB); Associagáo Brasileira de Médicos Assessores da lndústria Farrnacéut¡ca (ABMAIF)

A comisseo instituída através da rrortaria 40/95 elaborou um documento denominadoProposta de um Sistema Nac¡onal de Farmacovigiláncia cttjo obiet¡vo é "construir o Sistema

Nacional de Farmacovigiláncia: para conhecer de forma sistemát¡ca as reaqóes adversas aos

medicamentos ¡o Brasil com a finalidade de subs¡d¡ar a política nacional na área das a96es de

vigilencia sanitár¡a" (p.4). Segundo Arrais ( 1996), representante do Grupo de Prevengáo aoUso lndevido de Medicamentos (CPtJlM), essa proposta foi submetida a avaliaeáo em uma

reuniáo realizada em Brasília em novembro de 1995, que foi promovida pela Secretaria de

V¡gilancia Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS). Participamm dessa reuniáo os segu¡ntes

observadores i¡ternacionais: Dr Sten 0lsson do Programa Internacional de Farmacovigilánciada Organizagáo Mundial da Saúde - Uppsala/Suécia, Dr Cuillerme [,ombardo do Sistema de

Farmacovigiláncia da Argentina e Dra. Dolores Capellá do Sistema Espanhol deFarmacovigiláncia. No ámbito nacional partic¡param representantes de grupos que t.abalhamnas áreas de lnformagáo sobre Medicamentos e Centros de Ass¡sténcia'tbxicológica. Nessa

reuniño loi decidida a realizagáo de uma fase piloto de implantagáo do Sistema de NotificagioVoluntária de Reagóes Adversas a Medicamentos, da qual part¡cipariam os Srupos que for¿mconvocados pam este evento.

PR,OCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi efetuada em um Hospital Un¡versitário Público situado no Rio de

Janeiro. que náo possu¡ um s¡stema de not¡ficagao das reagóes adversas a med¡camentos. Comocomo instrumento de coleta de dados foi utilizado questionário que foi aplicado para enfermeirose médicos que atuam nas [Jnidades de Internagáo, agrupadas em Servigos Clínicos, Servigos

Cirúrgicos e Centro de Tratamento Intensivo, e farmacCuticos que atuam na área de Farlnác¡aHosp¡talar. As entrevistas fbram efetuadas no p€ríodo de agosto de 1996 a mango de 1997.

De acordo com o desenho amostral o total de Drof¡ss¡onais da áiea da saúde a ser

entrev istado seria 319 pmfiss¡onais. Um totalde 274 profissionais respondemm os questionários.

O total de perdas corresponde a zl5 ( 1.17r) profissionais (Tabela Ol ).

Para efetuar a anál¡se dos dados coletados os resultados foram aPresentados comoproporqó€s. Sendo que as diferengas entre proporgóes foram avaliadas empregando-se o teste

do qui-quadrado. Foram considerados estatisticamente sign¡ficativos valores de "p" inferioresa 0.0-5.

Cad. Satíde Colet. ó(2). lq98 r36

Tabela 0l: Amostragem populac¡onal por categoria protlss¡on¡1.

Total

Populagáo a sei entrevistada deacordo com o desenho amos[ral

Populagao entrc!istada

Perda

l0:t

9ll3

14

t3

0l

201

t'70

3l

319

271

APRESENTACÁO E DISCUSSÁO DOS RESULTADOS

A maioria dos prof¡ssionais enfer¡neiros, 1áflnacéulicos e méd¡cos cntrevistadosconsideraram importante a implantagáo do Centro de lnformaqóes de Medicamentos e doPrograma de l-armacovigilancia na Inst¡tuigeo Hospita¡ar em cstudo ('fabelas 02 c 03).Mencionaram a importanc¡a da atuagáo de uma equipe interdisciplinar constituída porcnfcrmeiro. fannacéutico, médico, farmacologista e epidcmiologista. Entretanto. cle acorclo coma freqiiéncia drs respos(as efituadas, náo fo¡ atribuído o mesmo grau de imporle¡cia para osprofissionais <¡uc devem compor a com¡ssáo. Embora o epidemiologista seja inrprescindivelpara o funcionamento adequado dc um siste¡¡a de lhrmacovigiláncia, fbi o profissional queobteve o menor número de respostas ('[abela 0ul).

Tabela 02: Necessidade de implantagáo de um (lentro de lnlbrmagáo de Medicament()s na

Instituigáo Hospitalar.

Ccntro de Infor'nagáo de

M€dicam€nros

¡lnIermo¡ro Farmac€utico Médico

N 7o N (I¡ N q.

Sim

Náo/Nño pcnsou no assunlo

Toial

13

t5

88

t7.l

t00

t2 r00 150

20

170

88,2

I 1.8

100t2 t00

X'=3,50 p=0,19

Nota: para el¡tuar o teste do qui'quadrado foi excluído o item náo respondeu".

13"7 Ca¿. Sdú¿e Coler. 6(2). 1998

Tabela 03: Necessidade de implantagáo de um Progmma de Frarmacovigilancia na Institu¡qáo

Hosoilalar

Sistema de

Farmacovigiláncia

Enfe.me¡fo Farmacé[tico Médico

N Va N Vo N

Sim

Náo/Neo pensou no assunto

Total

t4

90

u,1

l5,6

r00

13 100 l.l I

-24

83,.1

r6.6

100t3 100 169

X'=2,54 P=0'28Nota: para €feluar o leste do q ui-quadrado fo¡ exclu ído o ¡le¡¡ 'náo respondeu".

Tabela 04: Categorias profissionais que devem atuar em um Programa de Farmacovigilencia,segundo os prof¡ssiorais entre\'¡stados.

Categories prof ¡ssionais Enfermeiro FannacGutico Médico

N % N % N %

Enfermei106

Farmaceut¡cos

Méd¡cos

Epidemiolog¡sta

Farmacologista

Outros

Náo Respondeu

19

82

79

3l

60

08

86,8

90.1

86,8

34, I

65,9

8,8

l2

l2

t2

01

08

OI

92.3

q?1

qt¡

53.8

61.5

1.1

122 1l,a

t6 85.9

r58 92.9

tu 62.9

t36 80.0

06 3.5

ot 0.6

Segundo os profissionais da área da saúde entrevistados, a imPlantagáo de umPrograma de Farmacovigiláncia pode proporcionar inúmeros benefícios para InstituigñoHospitalar. E consenso que promove o uso racional dos medicamentos. Também fbramenumemdos como vantagens os seguintes fatores: estab9lece protocolos de tratamento; sugere a

padronizagáo de medicamentos; melhora a prescrigáo médica; qualifica a h¡stória clínica dopaciente. De acordo com a Associagáo Espanhola de Farmacéuticos de Hospitais ( 1987), esses

fafores constituem requis¡tos básicos que favorecem o desenvolvimento de um Programa de

f'armacovigiláncia no ámb¡to hospitalar. Entretanto observamos que alguns dados podem sugerirque as exp€ctativas dos proñssiona¡s entrevistados esteo além do que foi referido na literatum.

Cad. Saúde Colet.6(2), 1998 138

Isso pode ser constatado quando um ¡túmero considerável de proflssiona¡s rel'eriram "diminui aincidénciade ¡nternagóes por reagóes adversas a medicamentos" e "diminuio númerooe examescomplementafes", que náo sáo fatores previsíveis como conseqüéncia de benefícios imediatosda ¡mplantaqáo de um programa de farmacovigildncia (Tabela 0-5).

A maior¡a dos enlermeiros (75,87ú); farmacéuticos (16,9Vo) e médicos (77,6Va)enumeraram latores que consideram iundamentais para que haja adesáo dos protissionais daárea da saúde ao Programa de Farmacovigiláncia. lsso nos levou a concluir quc e\istcreceptividade dos profissionais entrevistados quanto á implantagáo do referido programa.

Segundo os prof¡ssionais enltlneiros e nédicos entrev¡stados um programa dalármacovigilancia para ter a adesáo dos profissionais da saúde deverá: possu¡r credibilidade:ser Lrem estruturado, objetivo e possu¡r clareza no seu conteúdo; ser de fác¡l e\ecus¡o c queexist¿¡ tácil acesso is infbrmagóes, rapidez nas consultas eletuadas e facilidade dc comunicaqáocom os prolissioDais responsáveis pela execugáo do programa; é necessário que ex¡sta uma"ccntral de farmacovigiláncia" que deve ser um centro espccializado constituído por um grupomr.rltidisciplinar que será responsáve¡ pela vigiláncia e informagáo/orientagáo aos profissionais.sendo ¡mportante que haja integragáo entre os membros do referido grupo: é fundamental queluncione durante 2¿l horas, \'isa¡do a qualquer hora do dia, obter informagóes sobremedicamentos. Também fbram mencionadas a impoÍáicia da real¡zagáo de estudos pilotos edivulgagáo dos resultados. Outro aspecto entbcado foi que haja interesse e incentivo por parteda lnstituiqáo Hospitalar

Tabela 05: Benefícios que podem proporcionar um Programa de Farmacovigiláncia para aInstitui gáo Hospitalar.

Melhora á prescriCeo ñédica

D¡m¡nuia incidéic¡¿ de internaeócs por

Promove o uso racioDál dos med¡c¡menros

Qualitic¡ ¡ nirória clínicá do paciente

Eslabelec. prolocolos de rarañen¡os

Diminui o núrnero de exanres

Sugere a Padroni¿aqáo d€ MedicaDenros

30 :11.0

16,:l

3.3

2.2

03

o'1 53.4

51,8

r5.4

46.2

t5..¡

1,7

t00

9+

5E,8

5.5,:l

2¡.4

3A.a

20.6

41,7

t.8

60 65,9 01

2'1 29,7 02

:15 .19.5 06

l.l 15..1 oz

l:lo

37

03

0:l

ol

0l

33

03

o2

O plolissional thrmacéut¡co referiu como sendo importante para sua adesáo, aexistCnc¡a de uma comissáo de fan¡acov¡giláncia que dcverá ser constituída por um grupomultidisciplinar Que haja iotegragao entre a equipe e interesse dos profiss¡onais da saúde sobreo [ema.

t39 Cat1. Saúd¿ Colet. 612). 1998

Os médicos f¡zemm ref'erénc¡a a alguns asp€ctos que esteo relac¡onados com a

atuaqáo da equipe: part¡cipagáo ativa do farmaceulico no s¡stema de farmacovigiláncia; presenga

do farmacologista clínico na enl¡rmaria; partic¡pagáo de Prof¡ssionais da área da farmacologia

em sessóes clínicas para discusseo sobre reagó€s adversas a medicamentos; reun¡óes periódicas

com apresentagAo de casos sobre os medicamentos mais l-reqüentemeDle ut¡l¡zados; reun¡óes

semanais com a equ¡pe de saúde para intbrmagóes especificas, onde seriam anal¡sados os

fármacos langados pela indústria qua¡to: agáo. pre9o, inter¿qóes com outros medicamentos.validade terapéuticae propriedades físicas: visitas aos postos esclarecendo eDfermeiros e médicos(como acontece com a Comissáo de Co¡trole de Infecsáo Hospitalar): ieun¡eo com a equipe de

saúde para aval¡ar qualidade e eficácia do atendimenlol respaldo c¡entífico por parte dos

coordenadores do Programa.Quanto a aspectos relacionados com estrutura do programa fbram enulnerados: (a)

estabelecer na instituiqáo um ceDtro de informagáo de med¡camentos. que deverá ser

informatizado, e prestar informagó€s sobre: aspectos fhrmacoc¡néticos dos mcdicamentos,reaqóes adversas; intemgóes medicamentosas. intbrmagóes toxicológicas; (b) a farmácia deveníen\'¡ar ¡unto com os medicamentos dispensados as informagóes para o médico; (c) facilidade de

acesso a meios diagnóslicos c()moexamcs laboratoriais para avaliagáodos pac¡entes com reagáo

adversa e laboratório para dosagem de fármacos; (d) obrigatoriedade da notificagáo das reagóes

adversasl (e) iniciar estudos de farmacovigiláncia com medicamentos que possuam freqüénciasde reaeóes adversas elevadas ou provoquern reagóes adveNas grares.

Uma das preocupaqóes dos médicos está relacionada com um possível aumentodaburocracia. Sugerem que sejam elaborados: (a) formulários simPl¡f¡cados e objetivos, que hajaprat¡cidade no preenchimento e encaminhamento das notif¡ca96esl (b) protocolos bem

esquematizados para observagáo dos casos e seu estudo.

Enfermeiros, farmacCut¡cos e médicos consideram importanle a elaboragáo de

eventos científlcos para divulgagáo do programa de f'armacov¡gilancia, objet¡vando sensibil¡zaros profissionais da área da saúde e a admiüistragáo do hospital sobre o tema. Conscientizá-lossobre os objetivos e importencia da farmacovigiláncia na pnítica clínica, da imporúncia dotrabalho ser desenvolvido através de uma equipe multidisciplinar, e seus benefíc¡os para opaciente. profiss¡o¡a¡s da saúde e lnstitt¡isáo Hospilalor. F necessdri() arnpl¡ar a discussáo sobre

o tema e educar os profissionais da área da saúde sobre o assunto a fim de formar profissionaishabil¡tados nessa área.

Como eventos a sercm programados \'¡sando a informaqáo e atual¡zagáo sobre

farmacov¡giláncia tbram propostos por enfermeiros, farmacéuticos e méd¡cos: Palestras: debates:

seminários; simpósios; reunióes: cursos (ct¡rso de atualizagáo em farmacovigiláncia; curso de

atualizagáo terapéut¡ca; curso na área da farmacologia: curso de atual¡zaqao principalmente

com relaqáo aos medicamentos novos: curso de educagáo continuada sobre o tema: cursos coment'oque mais prático); t¡einameDto em scrvigo: grupos de estudos para ¡nformagáo e trocas de

experiéncias visando o estudo das reafóes adversasl sessóes clínicas regulares.

Fbi enfocada pelo protissional médico a importáncia da participagáo do estudante

de medicina nos eventos c¡entíficos. Foi mencionado como fator ¡mF)rtante para adesáo ao

programa de t'an¡acovigilancia: "mclhor acesso a essa inlormagño na graduagáo'. C)s méd¡cos

iambém referiram outros fatores como: avaliar incidéncia de reagóes adlersas a med¡camenlosna instituiQáo, para ressaltar a importánc¡a da implantagáo da farmacovigiláncia; divulgar a

incidéncia das reagóes adversas e internagóes por reagóes adversas; esclarecer sobre os riscos

da ¡atrogenia e ¡mportancia do coDhecimento das reagóes adversas.Na revisáo b¡bliogrática vimos que a cond¡gáo fundamental para o f nc¡onanento

adequado de um sistema de farmacovigiláncia é a qualificagáo da formagáo e informagáo dos

profissionais da área da saúde com relagáo ao medicamento. Preocupado com essa sjtuagáo ogrupo SIGAR (Special I nterest G rouP on Adverse Reactions, 199-5 ). desenvolveu a proposta de

um conteúdo programático para curso de educagáo em farmaco\ ¡gilarcia.

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Enfe¡¡eiros, far¡nacéuticos e médicos referiram a importancia da d¡vulgagáo dasreagó€s adversas notificadas para os profissionais da área da saúde e dos esludos real¡zados,pr¡ncipalmente relefen(e aos med¡camentos mais usados. Isso pode ser ef-etuado através depublicaqóes periódicas como k)letim,.io¡nal de circulag:io interna no hospital. Segundo l homas( l99l), Conforti, Leone, More[i et al. ( 199-5), o "feedback" das noriflcacáo rccebidas contr¡buipara o é\ito dc um programa de t¡rmucor igilinciíl.

Alguns fatores mencionados pelos ptol'¡ssionais entrevistados para viabilizar suasadesóes ao programa de t'armacovig¡lánc¡a sd(r na rcaltdade rantaBens que o stsrema pooepfoporcio¡ar. Segundo a enf'ermagem "a adesáo dos proflssiona¡s da saúde ao programadetcrm¡nará benelíc¡os para o tratamento dos pacientes c melhor uso dos medicamentos".Também loran referidos por proi¡ssionais enfermeiros: padronizagáo de med¡camentos;possib¡lidade de melhor racionalizagáo e padron¡zageo das condutas; administragáo correta domedicamento; tac¡lita o trabalho de intercorréncias da eDt'ermagem; melhora as condiqóes deseguranga da terapeutica prescrita: fácil¡ta o acesso i irtbrmagáo dos corrponentes dosmedicamentos ev¡tando complicagócs pam os pacientes até prolongamento da internaqáo; ¡¡aiorcontato cor¡ os pacienles: diminui a incidCncia de reagáo adversa, consequentemente d¡m¡nui ostress do paciente e do profissional da área da saúde; diminui as complicagóes que os pacientessol'rem e¡n conseqüéncia das reagóes adversas a medicamentos; dim¡nui a tensáo que os pacientrsficam quando necessitam de um medicamento que nunca lhes fbram admin¡sf.ados: melhoria naqualidade da terapéutica aplicada aos pacientes, consequentemente melhoria da assisténciaprcstada ao paciente: participagáo ef'etiva dos profissiotrais com rcalizagáo de estudo clínico;maior seguranga para os protissionais da saúde; dados estatísticos mais confiáve¡s: utilizaQáoracional para compra de medicameDtos.

I.bran c¡tados através de profissionais enf'er|neiros e ¡nédicos os seguintes itens:uso racional dos medicame¡tos; maior segumnga durante a adm ¡nistragáo do fármaco: ¡ntegragáodos prolissionais da saúde para reconhecimento das reagóes adversas; ma¡or conhecimcnto sobrcas reagóes adversas com esclarecimento de pl ofl ssioDais especializados Do assunto; ¡dentif¡cagáoprecoce dos medicamentos capazes de provocarem reagóes adversas; incremento da pesquisanas diferentes áreas de atuagáo; redugáo dos custos.

Os profissionais médicos tambm referil"m: melhorcomunicaQáo com t'a¡macéuticose farmacologistas: maior co¡hecimento dos prollssionais da saúde sobrc im ¡xrrtancia c gravidadedas reagóes adversas a medicamentos; ler ¡nais sobre os medicamentos que prescreve:padronizafáo do esquema tempéutico; protocolo de tratamento estabelecido e agilizado parareagóes adversas mais comuns; melhor desempenho da acuidade rnédica; rnclhoria da qualidadedo atendimento: na¡or seguranga para os pacientes c para os méd¡cos; preveng¡o das reaQóesadversas, otimiz¿ndo o tratamento do paciente sem expó-lo aos ¡nconvenientes e nscos closefeitos indesejáveis: redugáo das reagócs adveÉas.

Foram enumerados pelos profissionais fam¡acéuticos os seguintes t'atores: maiorcomp¡ometimcnto do profissional com a saúde do paciente; melhor integragáo dos proflssionaisobjetivando a melhoria do paciente; |nelhoria do nível de ateDd¡mcDto oferec¡do pela Inst¡tuigaoHosp¡talar: maior seguÉlga para o paciente; melhoria da qualidade da assisténcia prestada.

CONCLUSÓES

Sabe-se que apesardos médicos acharem que sua decis¡o no ¡nomentoda prescr¡gáose lundameDta na l¡teratura cieitíf¡ca, estudos demoDstram a srande influencia da ¡ndústriaf'armaceut¡ca sobre os hábitos prescritores dos médict,s e sobre i autotnedisáo. EDtt.etanto, umaspecto a ser levado et¡ consideragáo cstá ¡elacionado com a qual¡dade das inlbmagóes emitidas

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pelos laboratór¡os produtores de medicamentos. Segundo Batiell¡no ( 1985 ) e Rozenfeld ( 1989).

é muito t'reqüente que exista umadupla ¡nformaqao que se utiliza seletivamente para prescntores

e consumidotes de países dese¡volv¡dos ou de Terce¡ro Mundo. De acordo com os aulores muitas

vezes chega a esles últimos public¡dade falsa e enganosa com afirmaqóes injustiñcadas sobre

um fármaio e prornogáo do uso de medicametrtos com f¡ns que náo seriam aceitáveis no país de

origem, há graúde exagero nos apelos clínicos e suavizagAo das possíveis reagóes sérias otl

fatais.Segundo Chetley ( 1994). há produtos perigosos livremente disponírers no mercado'

produtos que lbram restr¡ngidos severamente ou ret¡rados completamente em países com fortes

autoridades regulatoriais: há combinagóes iraciona¡s como formt|laeóes para tosse e restiiadoque cont€m um fán¡aco que estimula a tosse e outro para suprimi-la De acordo com o autor'

mais de 807o dos med¡camentos para tosse e resfriado que existe Do mercado sáo irracionais e

potenc¡almeDte tóxicos; igualmente os a¡tidiarré¡cos que contém algum antib¡ótico sáo também

irracionais, geralrrente ineficazes e fx)tenc¡almente perigosos. Barros ( 1995) efetuou estudos'

em Recife,onde constatou que estáo presentes no mercado grande quantidade de especialidades

fhrmacéu(icas, sobretudo sob forma de assoc¡agáo, que náo sejust¡ficam em termos estritamente

farmacológicos e saniláriose que fndem ser classificadas comoobsoletas, ineficazese supérfluas.

mas que continuam sendo prescritas.

Segundo Thomas ( l99l ). um amplo número de reaqóes adversas sáo causadas por

med¡camentos de Datureza questionável, cuja eficácia e seguranqa lbram discutidas em todo

lugar do mundo, sendo em alguns países banidos do mercado, como é o caso da dipirona

Diante do que tbi erposto. torna-se necessário implantar a F'armacovigiláncia'visando efetuar o monitoramento dos medicamentos após st¡a comercializagáo. e obter o uso

racionaldos medicamentos prescritosTamMm é necessárioque ex¡sta um C'entro de Inlbrmagáo

de Medicamentos bem estrutumdo.

C¡ente da importanc¡a da implantagño da Farmacov¡gilencia no Brasil efetuamos

uma pesquisa, junto aos profissionais da área da saúde. visando obter subsídios para sua

implantagáo. No nosso esludo a maioria dos enfermeiros, farmacéut¡cos e médicos entrevistados

consideram importante a implantagáo de um Programa de Farmacovigiláncia e de um Centro de

Informagáo de Medicamentos no amb¡to hospitalar.

Observamos que exisle receptiv¡dade dos proi¡ss¡onais da área da saúde

entrcv¡stados quanto á implantagao da Fannacovigiláncia. enttctanto torna se necessárjo

capacitáJos para essa área de atuageo. Para tanto. suger¡mos que sejam estruturados cursos

visando i atualizagáo dos referidos profissionais, dentre os quais d€stacamos: F'armacologia

clínica; Terapéutica farmacoló8ica; Estudos de utilizagáo de medicam€ntos: tlso mcio¡al dos

medicamentos; Farmacovigiláncia; Farmácia clínica.

Com relaQáo ¡ implantagáo do Sistema de F-armacor igiláncia em uma Institu¡qáo

Hospitalar, jLrlgamos de suma importñncia que as propostas efetüadas pelos lrofiss¡ona¡s da

área da saúde, no nosso estudo. para que haja adesáo a este s¡stema' devam ser levadas eúconsidemgAo no momento da estruturagáo do Prcgrama de Farmacovigiláncia.

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