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1 Perfil dos idosos que participam do projeto Vidativa Marcella Alonso Duarte Teixeira 1 [email protected] Denise Rodrigues Yuaso 2 Pós-graduação em Gerontologia Faculdade Ávila Resumo A expectativa de vida da população brasileira cresceu nos últimos anos, mas os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida, pois convivem por mais tempo com doenças crônicas e incapacitantes, típicas de sua faixa etária. Assim, o conhecimento das características do idoso tornou-se importante para planejar políticas de saúde. Objetivo: Coletar informações sobre as condições de saúde de idosos residentes no estado do Amazonas e avaliar diferenças intrínsecas ao gênero e faixas etárias, relacionando-as às patologias crônicas. Método: Estudo epidemiológico, descritivo, transversal e quantitativo, envolvendo indivíduos com idade acima de 60 anos, desenvolvido com base em dados oriundos do Projeto Vidativa em 2012. Os dados foram coletados de forma aleatória através de entrevista, utilizando um questionário de cadastro social e submetidos a análises estatísticas através do software R 3.0.1 aplicando testes de Qui-quadrado e de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: Preencheram os critérios de inclusão 287 pessoas, sendo 84,32% do sexo feminino e 15,68% masculino. A ordem de significância das patologias foi hipertensão (52,6%), reumatismo (39%), diabetes (16,4%), doenças cardíacas (14,3%) e incontinência urinária (11,1%). Da amostra, 69% não têm atividade sexual ativa, proporção maior entre as mulheres (62%). Encontram-se acima do peso 39,02%, sendo que 94,77% praticam atividade física regularmente. Concluiu-se que a população idosa Amazonense em pouco se difere das demais regiões do país, com exceção de poucas taxas, como a de IMC que, devido à atividade física regular proporcionada pelo Projeto Vidativa, revelou-se favorável ao peso ideal, no cenário de patologias de morbidade. Palavras-chave: Saúde do Idoso; Envelhecimento da População e Doença Crônica. 1. Introdução O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, creditado aos avanços nos campos da medicina, proporcionando melhores condições de saúde; e à redução da taxa de natalidade. 1 Pós Graduanda em Gerontologia. 2 Orientadora: Graduada em Fisioterapia, Pós Graduada em Ginecologia UNIFESP, Mestrado em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutoranda em Uroginecologia pela Universidade Federal de São Paulo. Membro da International Continence Society (ICS), International Urogynecologic Association (IUGA) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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Perfil dos idosos que participam do projeto Vidativa

Marcella Alonso Duarte Teixeira1

[email protected]

Denise Rodrigues Yuaso2

Pós-graduação em Gerontologia – Faculdade Ávila

Resumo

A expectativa de vida da população brasileira cresceu nos últimos anos, mas os idosos estão

vivendo com menor qualidade de vida, pois convivem por mais tempo com doenças crônicas e

incapacitantes, típicas de sua faixa etária. Assim, o conhecimento das características do idoso

tornou-se importante para planejar políticas de saúde. Objetivo: Coletar informações sobre as

condições de saúde de idosos residentes no estado do Amazonas e avaliar diferenças

intrínsecas ao gênero e faixas etárias, relacionando-as às patologias crônicas. Método: Estudo

epidemiológico, descritivo, transversal e quantitativo, envolvendo indivíduos com idade acima

de 60 anos, desenvolvido com base em dados oriundos do Projeto Vidativa em 2012. Os dados

foram coletados de forma aleatória através de entrevista, utilizando um questionário de

cadastro social e submetidos a análises estatísticas através do software R 3.0.1 aplicando

testes de Qui-quadrado e de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados:

Preencheram os critérios de inclusão 287 pessoas, sendo 84,32% do sexo feminino e 15,68%

masculino. A ordem de significância das patologias foi hipertensão (52,6%), reumatismo

(39%), diabetes (16,4%), doenças cardíacas (14,3%) e incontinência urinária (11,1%). Da

amostra, 69% não têm atividade sexual ativa, proporção maior entre as mulheres (62%).

Encontram-se acima do peso 39,02%, sendo que 94,77% praticam atividade física

regularmente. Concluiu-se que a população idosa Amazonense em pouco se difere das demais

regiões do país, com exceção de poucas taxas, como a de IMC que, devido à atividade física

regular proporcionada pelo Projeto Vidativa, revelou-se favorável ao peso ideal, no cenário de

patologias de morbidade.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Envelhecimento da População e Doença Crônica.

1. Introdução

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, creditado aos avanços nos campos da

medicina, proporcionando melhores condições de saúde; e à redução da taxa de natalidade.

1 Pós Graduanda em Gerontologia. 2 Orientadora: Graduada em Fisioterapia, Pós Graduada em Ginecologia – UNIFESP, Mestrado em Gerontologia

pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutoranda em Uroginecologia pela Universidade Federal de

São Paulo. Membro da International Continence Society (ICS), International Urogynecologic Association (IUGA)

e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000), estima-se que

no ano de 2030 o Brasil ocupará o sexto lugar no ranking dos países com alta população de

idosos, espera-se que a expectativa de vida média de idade, no ano de 2020, seja em torno de 73

anos, tanto para homens como mulheres. No Amazonas, os idosos já representam 7,1% da

população. O índice de envelhecimento no estado teve um aumento de 8,2% no ultimo decênio,

de 13,2%, em 2001, para 21,8%, em 2011. Enquanto no Brasil esse aumento foi de 31,7%, em

2001, para 51,8%, em 2011. Estima-se que atualmente haja aproximadamente a proporção de

uma pessoa de 60 anos ou mais, para cada duas pessoas com menos de 15 anos (OMS, 2011).

Segundo o Departamento das Nações Unidas para os Assuntos Econômicos e Sociais,

projeta-se que em 2050, pela primeira vez na história da humanidade, a população terá mais

pessoas idosas do que crianças (Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, 2009).

Os grandes centros urbanos brasileiros, embora já apresentem um perfil demográfico

semelhante ao dos países mais desenvolvidos, ainda não dispõem de uma infraestrutura de

serviços que dê conta das demandas decorrentes das transformações demográficas vigentes,

considerando que grande parte da população atual irá alcançar a velhice (IBGE, 2006).

A Organização Mundial da Saúde considera idoso, nos países em desenvolvimento, os

indivíduos com 60 anos ou mais, indivíduos estes, dadas as alterações próprias do

envelhecimento, mais propensos ao desenvolvimento de doenças. De acordo com o IBGE, três

em cada quatro idosos têm alguma doença crônica, ou seja, uma doença de curso arrastado,

sendo boa parte delas, incuráveis. As doenças infecciosas e os acidentes continuam a ser

importantes, mas a maior parte da carga de doenças da terceira idade no Brasil é por causa das

patologias crônicas não transmissíveis, como artrose, diabetes mellitus e as complicações da

hipertensão arterial.

Apesar do processo de envelhecimento não estar, necessariamente, relacionado a doenças e

incapacidades, as doenças crônico-degenerativas são frequentemente encontradas entre os

idosos (CHAIMOWICZ, 1998). Assim, a tendência atual é que se alcance um número crescente

de indivíduos que, apesar de viverem mais, apresentam maiores condições crônicas

relacionadas com incapacidade funcional (ALVES et al., 2007).

Desse modo, a capacidade funcional surge como um novo componente agregado ao modelo de

saúde dos idosos e, particularmente, útil no contexto do envelhecimento, verificando-se

problemas ao se iniciar o deterioramento das funções (KALACHE et al.,1987). A incapacidade

funcional pode ser definida como a inabilidade ou a dificuldade de realizar atividades rotineiras

(do dia-a-dia), e que normalmente são indispensáveis para uma vida independente na sociedade

(YANG et al., 2005). Desempenhar tarefas ou realizar determinado ato, sem a necessidade de

ajuda, caracteriza a potencialidade imprescindível para uma melhor qualidade de vida

(FARINATI, 1997).

Estima-se que em 2020 ocorrerá aumento de 84% a 167% no número de idosos com

incapacidade moderada ou grave. Entretanto, a implantação de estratégias de prevenção, como

a prática da atividade física regular e de programas de reabilitação, poderá promover a melhora

funcional e minimizar e/ou prevenir o aparecimento dessa incapacidade

(NÓBREGA et al., 1999).

Dados do IBGE (2005) mostram que 69% dos idosos brasileiros relatam ter pelo menos uma

doença crônica. As doenças relatadas com mais frequência são hipertensão, artrites, doenças do

coração e diabetes. Tal realidade tem implicações sérias no que se refere ao complexo de

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problemas de saúde do país, pois a redução da mortalidade, sem melhoria da qualidade de vida,

acaba por incrementar a morbidade.

As doenças ligadas ao processo do envelhecimento levam ao alarmante aumento dos custos

assistenciais de saúde, além de importante repercussão social negativa, com grande impacto na

economia dos países. A maioria das evidências mostra que o melhor modo de otimizar e

promover a saúde no idoso é prevenir seus problemas médicos mais frequentes (NÓBREGA,

1999). O envelhecimento populacional constitui, portanto, um desafio para a saúde pública

atual, pois esta terá que cuidar de uma grande população idosa, com uma alta prevalência de

doenças crônicas.

A velhice não é doença. É uma etapa da vida com características e valores próprios, em que

ocorrem modificações no indivíduo, tanto na estrutura orgânica, como no metabolismo, no

equilíbrio bioquímico, na imunidade, na nutrição, nos mecanismos funcionais e nas

características intelectuais e emocionais (FERRARI, 1975). A saúde no velho consiste em

fatores relacionados à ausência de doenças e à manutenção de ótima função (MAYO, 2000). E

nesse propósito pode-se dizer que atualmente uma das grandes metas é se viver mais anos com

uma melhor capacidade funcional.

O estudo baseou-se na necessidade de se conhecer as características da população idosa do

estado do Amazonas, mostrando-se essencial no sentido de possibilitar o estabelecimento de

estratégias de atenção básica, no intuito de corroborar com a geração de informações para o

planejamento das políticas públicas de saúde e regionalização do atendimento ao idoso. Dessa

forma, a população amostral da pesquisa compreende 287 indivíduos com idade a partir dos 60

anos, integrantes de dezenove grupos ou associações de idosos escolhidos aleatoriamente, dos

quarenta e cinco que foram contemplados pelo Projeto Vidativa em 2012.

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

O propósito deste estudo foi coletar informações sobre as condições físicas e patológicas dos

indivíduos que participaram do Projeto Vidativa em 2012, residentes no estado do Amazonas, e

avaliar diferenças intrínsecas ao gênero e faixas etárias, relacionando-as ao estado de saúde ─

incidência de doenças crônicas ─ tabagismo, obesidade, atividade física e atividade sexual.

2.2. Objetivos Específicos

Promover um maior diálogo entre a incidência e fatores de risco de patologias crônicas e

comorbidades que fazem parte do processo de envelhecimento, a fim de fortalecer um trabalho

interdisciplinar multiprofissional.

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3. Metodologia

3.1. Material e Método

Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, quantitativo, envolvendo indivíduos com

faixa etária igual ou superior a 60 anos, residentes do Amazonas, atendidos no ano 2012 pelo

Projeto Vidativa. A pesquisa utilizou-se de dados oriundos do referido projeto, que tendo sido

implantado em 2006, foi fruto de uma parceira entre a SEJEL/AM (Secretaria de Estado da

Juventude, Desporto e Lazer/Amazonas) e o Conselho Estadual do Idoso (CEI). O

Vidativa promove ações que atendem às necessidades de pessoas maiores de 45 anos. Atua

levando in loco, através de acompanhamento e orientação da equipe multiprofissional ─

assistente social, bailarina, educador físico, fisioterapeuta e psicólogo ─ um atendimento

biopsicossocial a 47 grupos ou associações de idosos (dados de 2013), localizados nas seis

zonas da cidade de Manaus e seis municípios do Estado: Rio Preto da Eva, Presidente

Figueiredo, Manacapuru, Novo Airão, Iranduba e Cacau Pirêra. Cerca de 5.000 idosos (capital

e interior) são contemplados atualmente pelo projeto, proporcionando a inclusão social através

de atividades esportivas, sociais, artísticas, culturais, sócio-educacionais, preventivas,

corretivas (reabilitação), de entretenimento e de lazer para pessoas idosas, respeitando sua

peculiar condição, a fim de possibilitar que os mesmos possam redescobrir suas

potencialidades, independências, autonomia, assegurando desta forma a implementação de uma

política pública, no favorecimento e melhoria da qualidade de vida (Portal do Governo do

Amazonas, 2013).

Essa pesquisa foi autorizada pela Coordenação do Projeto Vidativa, na pessoa da Sra. Lilian

Albuquerque, estando a mesma ciente da divulgação e/ou publicação dos resultados

encontrados.

3.2. Delimitação do Estudo

Os dados foram coletados no período que compreende de Janeiro a dezembro de 2012, através

de entrevista, utilizado um questionário de cadastro social, aplicado pelos assistentes sociais

que atuam no Projeto Vidativa, contendo informações descritivas sobre: características físicas,

demográficas, sociais, religiosas, econômicas, do grupo familiar, da situação habitacional e

ocupacional, das condições crônicas e agudas de saúde, do uso de medicamentos, da atividade

física e atividade sexual. Sendo de interesse desta pesquisa somente os dados relacionados às

características físicas, condições de saúde, atividade física e sexual.

3.3. População

A população amostral desta pesquisa é composta de 287 indivíduos, de ambos os sexos, sem

distinção étnica, religiosa, de nacionalidade, padrão socioeconômico ou qualquer outra

condição. Estes participantes estavam ativos, no ano de 2012, em dezenove grupos atendidos

pelo projeto Vidativa, escolhidos aleatoriamente. Dos grupos escolhidos, dois deles estão

situados em municípios circunvizinhos a Manaus, Cacau Pirêra e Rio Preto da Eva.

Enquadram-se nos fatores de exclusão os participantes dos grupos com idade inferior a 60 anos,

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aqueles cujo questionário de cadastro social encontrava-se incompleto (que não continha as

informações pertinentes ao estudo) e os não assíduos ao projeto.

Para classificação do estado nutricional dos idosos foi utilizado o Índice de Massa Corporal –

IMC, uma media de referência internacional reconhecida pela OMS (Organização Mundial da

Saúde), que consiste na divisão do peso corporal, em quilogramas (kg), pela altura, em metros

quadrados. Portanto, a fórmula de cálculo do IMC = massa / (altura x altura).

3.4. Análise Estatística

Os dados foram analisados estatisticamente, utilizando o software R 3.0.1 com o pacote {stats}

(R Development Core Team: http://www.R-project.com). Utilizou-se o teste não paramétrico

de Qui-Quadrado com correção de Yates (ou de continuidade) e quando o mesmo não foi

possível aplicou-se o teste exato de Fisher para dados de contagem considerando-se um nível de

confiança de 5%. As amostras que não responderam os questionários foram retirados para a

realização do teste.

4. Resultados e Discussão

Verificou-se que no período de janeiro a dezembro de 2012, foram entrevistados 422 pessoas

pertencentes a 19 grupos, que estão inseridos no Projeto Vidativa, sendo 17 da região

metropolitana de Manaus e 2 de municípios circunvizinhos: Manacapuru e Rio Preto da Eva.

Foram incluídos na pesquisa 287 indivíduos que apresentaram o perfil estipulado para esse

estudo, os quais, dessa amostra, se autoidentificaram na seguinte proporção: cor parda

(39,02%), cor branca (37,63%) e cor negra (8,71%). Os participantes estavam divididos em

15,68% do sexo masculino e 84,32% do sexo feminino (gráfico e tabela 1), valor este, mais

elevado que o encontrado no Censo 2000, de 59,5% de mulheres. Esse dado chama a atenção

para a feminilização da velhice, e segundo Veras (1994), essas diferenças nos gêneros,

constituem uma tendência internacional que vai se acentuando com o passar dos anos.

Gráfico 1. Amostra por distinção de gênero.

A idade dos idosos variou entre 60 e 89 anos, com média de 68,87 (gráfico 2 – quadro

demonstrativo), valor semelhante ao estudo encontrado no projeto SABE (Saúde, bem-estar e

envelhecimento), realizado no município de São Paulo (LEBRÃO et al., 2003). Em 1989,

quando Ramos et al. (1993) realizaram inquérito domiciliar entre idosos em algumas regiões do

Município de São Paulo, essa média era de 69 anos. Foi observado que 32% da amostra,

encontravam-se com idade entre 60 e 64 anos, seguida por 28% entre 85 e 89 anos (gráfico 2).

Sexo Quant. %

F 242 84,32

M 45 15,68

Total 287 100,00

84%

16%

FEM.

MASC.

Tabela 1. Amostra por distinção de gênero e quantidade.

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Foi analisada a incidência nas seguintes patologias crônicas: hipertenção arterial, reumatismo,

diabetes, doenças cardiológicas e incontinência urinária.

Entre essas cinco patologias observadas, foi feita uma distribuição, apontando as proporções de

gênero para cada uma delas, conforme o gráfico 4.

Média = 68,8711

Mediana = 68

Desvio Padrão = 6,43424

Gráfico 2. Amostra dividida por faixa etária.

Gráfico 3. Incidência das patologias crônicas analisadas na amostra.

Gráfico 4. Incidência das patologias crônicas distinguidas por gênero.

32%

28%

19%

14%

5% 2%

60--64

65--69

70--74

75--79

80--84

85--89

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A hipertensão arterial foi observada como a patologia crônica mais frequente, 52,6%, conforme

o gráfico 3. Em pesquisa similar, Alves et al. (2007) encontrou o percentual de 53,4% de idosos

portadores de hipertensão arterial. Considera a autora, que essa patologia concentra os maiores

índices em sua pesquisa, realizada no município de São Paulo, de janeiro de 2000 a março de

2001. Muito semelhante foi o resultado da pesquisa nacional por amostragem apresentada pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008, onde 53,3% dos entrevistados

com 60 anos ou mais, revelaram sofrer com essa doença crônica. Neste quesito o índice de

portadores de hipertensão arterial encontra-se no mesmo patamar que o do restante do país, não

se encontrando disparidades regionais. Vários estudos longitudinais e transversais confirmam

que, mesmo nos idosos, a hipertensão sistólica, por si ou combinada com a pressão diastólica

elevada, continua sendo um importante fator preditivo da mortalidade e morbidade

cardiovasculares. Nos idosos, a incidência de doenças cardiovasculares se relaciona mais

estreitamente com a pressão sistólica do que com a diastólica e não há dúvidas de que a pressão

arterial elevada é o fator de risco mais importante para os acidentes vasculares cerebrais,

isquêmicos ou hemorrágicos (LEBRÃO, 2003).

De acordo com a tabela 2, a incidência de hipertensão nos idosos foi distribuída conforme a

faixa etária. Obteve-se 53 casos (55,20%) na faixa etária de 70 a 79 anos, seguida por 10 casos

(52,63%) nas idades entre 80 e 89 anos e 88 ocorrências (51,16%) no grupo de 60 a 69 anos.

Assim, apesar da pouca diferença percentual, observa-se que a os entrevistados entre 70 e 79

anos tem maior proporção de casos de hipertensão.

Em relação ao reumatismo, há que se considerar que essa palavra serve para designar inúmeras

enfermidades como artrite, artrose, osteoartrose que afetam cartilagens e articulações e

provocam dor, deformação e limitação de movimentos. Segundo o IBGE (2008), dos

entrevistados em pesquisa Nacional, 24,2% alegaram sofrer de artrite ou reumatismo. E Alves

et al (2007) em seu trabalho, no município de São Paulo, encontrou 33,8% de pessoas com

Artropatia − Uma doença que designa a destruição progressiva do osso e dos tecidos moles das

articulações. Tendo por base a pesquisa do IBGE, o índice de 39% encontrado em nossa

pesquisa está acima da média nacional. É difícil identificar, em morbidade referida na

entrevista, tratar-se de artrite, artrose ou algum outro tipo específico de reumatismo. Infere-se

sua existência por meio de queixas como dores articulares, limitação de atividades ou,

particularmente neste inquérito, pelo fato de não ter sido um profissional de saúde a fazer a

entrevista. Em nosso meio, o leigo geralmente refere como tendo “reumatismo” ou, algumas

vezes, “artrite”. A limitação de atividades é bastante frequente no idoso e o conjunto

Faixa

Etária

Hipertensão

Total SIM Não

60--69 88 84 172

70--79 53 43 96

80--89 10 9 19

TOTAL 151 136 287

Tabela 2. Incidência de hipertensão por faixa etária (quantidade absoluta).

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“artrite/reumatismo/artrose” é um dos principais responsáveis por esse quadro

(LEBRÃO, 2003).

Outro dos indicadores de morbidade bastante utilizados em geriatria é a prevalência de diabetes

mellitus. Neste estudo, essa condição foi referida em 16,4% da amostra, demonstrada no

gráfico 3, majoritariamente no sexo feminino, 15% (gráfico 4). Esse percentual mostrou-se

equivalente ─ se for considerada uma margem de 1,5% para mais ou para menos ─ aos

resultados obtidos por Alves (2007) e IBGE (2008) de 17,5%; e 17,9% em

Lebrão et. al., (2003).

O índice de 14% de idosos que possuem doenças cardíacas é menor, se comparado aos 17,3%

registrado pelo IBGE (2008), aos 20,6% encontrado por Alves et al., (2007) e aos 24% do

estudo do SILVA et al 2007 em Araraquara/SP.

Entre os entrevistados, 11% tem incontinência urinária (IU), (gráfico 3), em concordância com

outros estudos que revelam que a prevalência dessa patologia no idoso varia de 8% a 34%

(HERZOG et al., 1990 e HOLST et al., 1988). A IU é definida como a condição na qual há a

perda involuntária de urina, sendo considerada um problema social ou higiênico que afeta

principalmente as mulheres (8,4%) e, em menor proporção (2,8%), os homens (gráfico 4). Essa

patologia é, por muitas vezes, erroneamente interpretada como parte natural do

envelhecimento. Alterações que comprometem o convívio social como o sentir-se

envergonhado, a depressão e o isolamento, frequentemente fazem parte do quadro clínico,

causando grande transtorno aos pacientes e familiares (WYMAN et al., 1990).

No presente estudo, 9% dos idosos relataram tabagismo habitual. Esses resultados foram

inferiores aos encontrados em outros estudos com idosos realizados no estado de São Paulo

(NICOLAU et al., 1998; RASKIN, 2000). O hábito de fumar não apresentou associação

significativa com o gênero, estando 9% em mulheres e 6% nos homens, ao contrario do Projeto

Bambuí-SP, que encontrou a prevalência de tabagismo entre idosos do sexo masculino cerca de

três vezes superior a população feminina (PEIXOTO et al., 2005).

Os dados obtidos revelaram um percentual de 24,04% de idosos com peso normal (adequado),

24,39% sobrepeso e 14,63% com obesidade (tipo I, II e III). O oposto do estudo de SILVA et

al., 2007, que encontrou uma frequência mais elevada de obesidade (52,0%), estando de acordo

com os dados mais recentes de pesquisas populacionais (Monteiro et al., 2002; Silva et al.,

2003). Credita-se a discrepância entre este estudo e os demais, ao estilo de vida da amostra

amazonense, pois 94,77% dos idosos entrevistados praticam atividade física regular no Projeto

Vidativa no qual se inserem. Nos resultados locais, não houve diferença estatística entre os

gêneros, com relação ao índice de massa corpórea. O oposto foi observado em um estudo sobre

o perfil antropométrico da população idosa, na região sudeste brasileira, o qual apresentou

30,2% de sobrepeso nos homens e de 35,8% nas mulheres (Tavares & Anjos, 1999), mesma

proporção encontrada no estudo de Teichmann et al., (2006).

Quanto ao número de patologias crônicas encontradas na amostra em relação ao índice de

massa corpórea (IMC), se pode constatar, segundo a tabela 3, que nos idosos que apresentaram

peso normal, 41% têm apenas uma patologia e dos que estão em sobrepeso, o maior índice

(31%) está sobre aqueles que têm duas patologias. É interessante observar que na amostra

inserida na faixa da obesidade, há a incidência, mesmo que pequena (2%), de idosos com cinco

patologias, fato não ocorrente nas outras faixas de IMC. Observou-se também que o percentual

de idosos sem qualquer patologia leu-se muito menor (apenas 19%) naqueles compreendidos na

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faixa de obesidade e que na coluna de quatro patologias, o índice de 7% lido na secção de

obesidade é relevantemente maior do que os demais.

Massa Corpórea (IMC)

Quantidade de Patologias*

TOTAL 0 1 2 3 4 5

Peso normal (24,04%) 29% 41% 17% 9% 4% 0% 100%

Sobrepeso (24,39%) 29% 29% 31% 10% 1% 0% 100%

Obesidade graus I, II e III (14,63%) 19% 38% 24% 10% 7% 2% 100%

A sexualidade, como afirma Perez (1994), é um elemento presente e importante na boa

qualidade de vida dos idosos e muitos estudos mostram que não há uma idade específica para

que ela termine, pois aí pesam fatores como as alterações fisiológicas do envelhecimento e os

aspectos psicossociais e culturais que influenciam, em especial as mulheres idosas, na sua

maioria religiosas e/ou de educação rígida. A prática de atividade sexual, neste estudo, foi

referida por 27% dos entrevistados, sendo 9% do sexo masculino e 22% do feminino, conforme

o gráfico 5. O contrário foi obtido no estudo realizado em 1998, na Universidade Aberta da

Terceira Idade – UnATI/UERJ (ASSIS et al., 2004), onde o número de respostas afirmativas

entre os homens foi de 70%, bem superior ao das mulheres, 18%. Dada a amostra total, 69%

(somando-se homens e mulheres) não possuem atividade sexual ativa. O mesmo resultado foi

encontrado no estudo Assis et al., (2004) onde a grande maioria, 75% dos idosos, respondeu

que não possui atividade sexual ativa.

Tabela 3. Índice de Massa Corpórea x Patologias Crônicas.

* 0 = nenhuma patologia; 1 = uma patologia; 2 = duas patologias; 3 = três patologias; 4 = quatro patologias;

5 = cinco patologias.

Gráfico 5. Prática de atividade sexual por gênero.

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5. Conclusão

A maior parte dos resultados obtidos na presente pesquisa não apresentaram diferenças

significativas, se comparados aos demais estudos realizados em outras regiões do país. Por

exemplo, taxas como a média de idade na população idosa, a predominância de mulheres nas

amostras de pesquisa, a hipertensão como patologia mais relatada, obtiveram proporções

equivalentes em todos os estudos, fazendo com que a amostra de nossa pesquisa esteja em

conformidade com as demais regiões do Brasil.

Os fatores de diferente averiguação entre os estudos foram obtidos com relação ao índice de

massa corpórea que, contrapondo os resultados de outras regiões pesquisadas, onde a população

é predominantemente obesa, em nossa amostra se encontrou em maior proporção, os indivíduos

que apresentaram IMC normal e sobrepeso. Os idosos da amostra local frequentam grupos ou

associações onde recebem atendimento multidisciplinar especializado, através do Projeto

Vidativa (SEJEL-AM), sendo acompanhados e orientados com avaliações físicas e palestras,

além de praticarem atividades físicas em grupo, tais como ginástica, dança, alongamentos,

pilates e esportes. Esse trabalho, associado ao acompanhamento psicológico e assistencial

prestados por profissionais devidamente habilitados, resulta em uma população mais ativa,

mais participativa sócio-psicologicamente, o que se reflete também em índices referente à

condição de saúde física, como o IMC. A obesidade é um fator de risco à saúde muito

preponderante para a população em geral, especialmente para os indivíduos acima dos 60 anos

de idade. Foi observado os indivíduos que se inserem na faixa de IMC referente à obesidade

(graus I, II e III) foram os únicos que apresentaram 5 patologias crônicas; já naqueles que têm

peso adequado, a incidência mais elevada foi de apenas 1 patologia. Assim, pôde-se averiguar

que quanto maior o IMC, mais chances de se adquirir patologias crônicas.

Ainda neste estudo, o índice de idosos tabagistas apresentou menor valor em relação aos demais

estudos de outras localidades. Não foi observada, na amostra amazonense, relação significativa

de tabagismo no que concerne ao gênero, enquanto que no sudeste do país, essa proporção é três

vezes maior entre os homens.

Observou-se também um elevado índice de idosos que não possuem atividade sexual ativa, vale

ressaltar que o presente estudo não avaliou o estado civil dos entrevistados, não podendo

concluir ou inferir nenhuma relação a esse respeito. Outras pesquisas, no entanto, apontam que

esse resultado se deve ao fato de que a maioria dos idosos declaram-se viúvos ou solteiros.

Aliado a isso, há que se considerar que a maioria da população masculina de idosos prefere

casar com mulheres mais jovens, fazendo com que a população feminina, acima dos 60 anos,

fique sem uma gama elevada de escolhas de parceiros sexuais, situação agravada pelo fato delas

estarem em maior número que os idosos homens. Porém, ao revés dessa estatística, na amostra

estudada no Amazonas, verificou-se que o quantitativo feminino tem a atividade sexual mais

elevada que o masculino, situação contrária à encontrada na maioria dos estudos, onde a

atividade sexual masculina é mais presente.

Estudos como este são primordiais para que se desenvolvam políticas públicas de saúde

voltadas para a população idosa. Seria extremamente proveitoso que cada região brasileira

fizesse um apanhado das características e do perfil de seus idosos para que se possa planejar

ações regionalizadas de assistência a essa população crescente. Mesmo com os dados até aqui

obtidos, para que se possa ter um panorama mais detalhado sobre a situação do idoso na região,

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faz se necessário um estudo mais abrangente, com uma amostra maior e nos demais municípios

do Estado do Amazonas.

6. Agradecimentos

Ao Guilherme Peña Cespedes, pela colaboração na análise estatística dos resultados. À

Coordenação e equipe de profissionais Assistentes Sociais do Projeto Vidativa; e aos

voluntários que aceitaram participar da pesquisa.

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