PERFIL DOS USUÁRIOS DA CLÍNICA-ESCOLA DE...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
ÉRICA SOARES TAMURA
PERFIL DOS USUÁRIOS DA CLÍNICA-ESCOLA DE FONOAUDIOL OGIA DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ NA ÁREA DE FONOTERAPI A
CURITIBA
2014
ÉRICA SOARES TAMURA
PERFIL DOS USUÁRIOS DA CLÍNICA-ESCOLA DE FONOAUDIOL OGIA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ NA ÁREA DE FONOTERAPI A
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso de Fonoaudiologia, orientado pela Prof. ªMsc. Maria Regina Franke Serratto.
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CURITIBA
2014
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela força, saúde, sabedoria e coragem para atingir os objetivos os quais me propus.
Minha eterna gratidão à madre Virginia e a dona Terezinha, que ao longo desses anos vem me acolhendo e me fortalecendo na fé em deus.
À professora Ms. Maria Regina Franke Serrato, a quem tenho respeito, carinho e admiração e, com sua sabedoria, respeito, compreensão, paciência e carisma, me deu a orientação necessária para a conclusão desse trabalho.
À professora Ms. Ana Cristina Guarinello, quem admiro, e ao longo do curso tem mostrado respeito e igualdade para com seus discentes e pacientes e, pelo apoio e disponibilidade com que acompanhou essa pesquisa.
À professora Ms. Luciana Santos Gerosino da Silva, pelo apoio e disponibilidade com que acompanhou essa pesquisa.
Ao meu marido, por ter me apoiado em todos os momentos ao longo da vida e durante o curso, onde, me acolheu com sua paciência, tolerância, apoio e, aos meus filhos, genro, nora e neta que tiveram paciência e entenderam a minha ausência durante a realização do curso.
RESUMO
A clínica-escola como espaço de formação acadêmica nos proporciona a vivência de atuar na Fonoaudiologia em uma perspectiva clínica, promovendo vivências relacionadas ao processo avaliativo e de recuperação da saúde fonoaudiológica. Neste sentido, nos propomos por meio de um estudo epidemiológico observacional analítico retrospectivo, levantar o perfil dos usuários da Clínica-Escola de Fonoaudiologia da UTP, na área de fonoterapia, no período de 2013/01 a 2014/01, a partir do levantamento de dados dos prontuários. Tivemos como resultados: prevalência significativa (65%) de alterações fonoaudiológicas no gênero masculino; predomínio de sujeitos na faixa etária de 00 a 10 anos (50%); a maior incidência de encaminhamentos se deu primeiramente por parte dos médicos neurologistas (27), seguido das professoras/pedagogas (23); a linguagem oral foi a área de maior comprometimento se fazendo presente em 42 usuários; no que se refere ao parecer Fonoaudiológico temos prioritariamente 47 circunscritos nas áreas da linguagem oral e escritos; 10 na área de motricidade orofacial; 07 na área da voz e 01 na área da audição. Considerando o perfil descrito, o número de sujeitos com alterações na área da linguagem e faixa etária, evidenciamos a necessidade de se direcionar ações preventivas e promotoras de saúde fonoaudiológica nesta área em particular.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 06
2. METODOLOGIA ........................................................................................... 09
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 11
4. CONCLUSÃO .............................................................................................. 25
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 26
6. ANEXOS ...................................................................................................... 29
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1. INTRODUÇÃO
A Fonoaudiologia é a ciência que estuda e atua junto à comunicação humana e
seus diversos distúrbios. Compreende ações individuais e coletivas que visam a
promoção, proteção e recuperação da saúde da população, nos aspectos da linguagem,
voz, audição, disfagia e motricidade oral (LIMA; GUIMARÃES; ROCHA, 2008).
Portanto, o fonoaudiólogo é um profissional da saúde, de atuação autônoma e
independente, que exerce suas funções nos setores públicos e privados, é responsável
pela promoção da saúde, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia
(habilitação/reabilitação), monitoramento e aperfeiçoamento de aspectos fonoaudiológicos
envolvidos na função auditiva periferia e central, na função vestibular, na linguagem oral e
escrita, na articulação da fala, na voz, na fluência, no sistema miofuncional orofacial e
cervical e na deglutição. Exercem também atividades de ensino, pesquisa e
administrativas (CFFa, 2006).
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Fonoaudiologia, explicitadas na Resolução CNE/CES nº 5 de 19 de fevereiro de 2002, temos que:
Art.3° O Curso de Graduação em Fonoaudiologia te m como perfil do formando egresso/profissional o Fonoaudiólogo, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no campo clínico-terapêutico e preventivo das práticas fonoaudiológicas. Possui formação ético-filosófica, de natureza epistemológica, e ético-político em consonância com os princípios e valores que regem o exercício profissional. Conhece os fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos da Fonoaudiologia seguem diferentes modelos de intervenção e atua com base no rigor científico e intelectual.
Art4° A formação do Fonoaudiólogo tem por objeti vo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício de várias competências e habilidades gerais, entre elas: Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e continua com as demais instâncias do Sistema de Saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde, tanto em nível individual como coletivo;
Parágrafo único. Os estágios devem ocorrer, prioritariamente, nos dois últimos anos de formação. A maioria dessas atividades deve ser realizada na clínica-escola, adequadamente equipada para tal finalidade.
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A clínica-escola referida pelo CNE/CES tem como um dos seus objetivos oportunizar o
desenvolvimento de experiências clínicas aos alunos matriculados no estágio
supervisionado vinculado as diversas áreas de atuação fonoaudiológica, levando o corpo
discente a relacionar teoria e prática. A clínica-escola, então, torna-se um espaço
relevante para a formação de profissionais fonoaudiólogos capazes de desenvolver um
saber e um fazer clínico de acordo com as demandas sociais, políticas e culturais da
atualidade, garantindo ao acadêmico a observação, a realização de avaliações, a
elaboração de pareceres fonoaudiológicos e planejamentos, além das intervenções
clínicas fonoaudiológica (GIRADERLI; GUARINELO; BERBERIAN; MASSI e MARQUES,
2012).
Dentro deste contexto, as mesmas autoras referem que, além da formação
acadêmica, a clínica-escola da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), compõe a rede de
serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), diagnosticando e reabilitando
alterações fonoaudiológicas e oferece atendimento com baixo custo financeiro, o que
possibilita acesso aos serviços fonoaudiológicos à população economicamente
desfavorecida. Desta forma, a clínica-escola de Fonoaudiologia, enquanto instituição
privada, prestando serviços complementares, possui convênio com o SUS, desde o ano
de 2000, para atuar no Programa de Saúde Auditiva. É credenciada como serviço de alta
complexidade junto ao SUS desde 2008, sendo referência em Prótese Auditiva.
A clínica-escola de Fonoaudiologia da UTP possui convênio com o SUS, com
base nas diretrizes da Lei n° 8080/1990, a Lei Orgâ nica da Saúde, que dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, a qual refere:
Art. 4° O conjunto de ações e serviços de saúde, p restados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta ou indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 2° A iniciativa privada poderá participar do Sis tema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
Desta forma, a formação do fonoaudiólogo, tem requerido um arsenal de
competências cada vez mais complexo, que, por um lado, deve contemplar as
adversidades típicas de uma população carente ainda de atendimento apropriado para as
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suas demandas e, por outro lado, a sua crescente atualização frente aos avanços
tecnológicos no cuidado com a saúde (SBFa, 2012).
Sendo assim, a avaliação clínica faz parte de uma das etapas do processo que
envolve a atuação fonoaudiológica, principalmente a atuação clínica ligada à prevenção
de uma ou mais patologia e à reabilitação. Pressupõe o conhecimento e o uso de uma
série de ferramentas técnicas, especificamente ligadas à Fonoaudiologia e à comunicação
humana, mas, também, questões mais abrangentes relativas ao ser humano e suas
relações e sentimentos sobre o meio que o cerca (GOULART & CHIARI, 2007).
Dentro desse contexto, a clínica-escola da UTP, mantém um atendimento clínico
terapêutico buscando sempre um atendimento de excelência para a comunidade.
Contudo, as clínicas-escola, enquanto locais que são destinados ao atendimento à
saúde pública e cujos objetivos primordiais são voltados às questões de ensino-
aprendizagem e de pesquisa (Yoshida, 2005), devem centralizar esforços para melhor
exercer e fomentar discussões e práticas preventivas (LOHR& SILVARES, 2006;
SANTEIRO; VILELA & MARINGÁ, 2008).
Neste sentido, a clínica-escola como espaço de formação acadêmica nos
proporciona a vivência de atuar na Fonoaudiologia em uma perspectiva clínica,
promovendo vivências relacionadas ao processo avaliativo e de recuperação da saúde
fonoaudiológica.
Com vistas a isto nos propomos por meio de um estudo epidemiológico
observacional analítico retrospectivo, levantar o perfil dos usuários da Clínica-Escola de
Fonoaudiologia da UTP, na área de fonoterapia, no período de 2013/01 a 2014/01, a partir
do levantamento de dados dos prontuários dos usuários quanto ao sexo, faixa
etária, origem dos encaminhamentos, queixa e parecer fonoaudiológico, a fim de contribuir para
a sistematização dos dados de caracterização da clientela promovendo melhorias na
distribuição das áreas de estágios em Fonoterapia para o ano de 2015 quando teremos a
implantação do novo currículo – FOMA2012-200, o qual prevê uma reformulação destas
atividades nos 7º e 8º períodos.
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2. METODOLOGIA
A Clínica de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), situada
Campus Prof. Sydnei Lima Santos (Barigui). Rua SydneiAntonio Rangel Santos nº 238 -
Santo Inácio tem dois objetivos fundamentais: atender as necessidades do aluno, no que
se refere à sua formação profissional e oferecer, sob a forma de extensão universitária,
serviços fonoaudiológicos à comunidade interna e externa.
No que se refere à formação profissional do aluno, na clínica-escola, ocorrem as
aulas práticas durante os três primeiros anos de graduação e, no último ano, os estágios
supervisionados diretamente ligados à atuação clínica acadêmica, abrangendo as
diversas áreas da fonoaudiologia: Audição, Voz, Linguagem Oral e Escrita, Surdez e
Disfagia.
A Clínica-Escola de Fonoaudiologia oferece serviços como: Fonoaudiologia Clínica;
Avaliação auditiva; Audiologia Ocupacional; Audiologia Educacional; Triagem Auditiva
Escolar; Seleção de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual; Protetização Auditiva;
Avaliação de Potencias Auditivos de Tronco- Encefálico; Avaliação de Potenciais
Evocados Auditivos; Emissões Otoacústicas; Fonoaudiologia; Voz; Motricidade Oral;
Linguagem Oral; Linguagem Escrita. Otorrinolaringologia; Otoneurologia; Pediatria e
Neurologia.
Os serviços prestados nessa instituição acontecem a partir da atuação dos
acadêmicos do último ano do Curso de Fonoaudiologia sob a Supervisão de Professores
das diversas áreas da Fonoaudiologia, como também, pelo corpo técnico da clínica, que
não atuam como docentes, como por exemplo, os médicos otorrinolaringologistas e os
fonoaudiólogos contratados, já que este espaço também se destina ao Programa de
Saúde Auditiva que se encontra em consonância às políticas assistenciais de Atenção ao
Deficiente Auditivo possibilitando a melhoria das ações voltadas ao atendimento do
deficiente auditivo.
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No que se refere ao corpo técnico da Clínica de Fonoaudiologia da UTP temos os
seguintes profissionais:
ÁREAS Nº DE PROFISSIONAIS
Responsável Técnica 01 profissional fonoaudióloga
Otorrinolaringologia 02 médicos
Pediatria 01 médica
Fonoaudiologia 04 fonoaudiólogos
O levantamento do perfil dos usuários da Clínica-Escola de Fonoaudiologia da UTP
na área de Fonoterapia será dado por meio de um estudo epidemiológico observacional
analítico retrospectivo.
O recorte foi realizado aleatoriamente a partir da coleta de dados dos prontuários
de clientes atendidos na Clínica-Escola de Fonoaudiologia da UTP na área de
Fonoterapia, no período de 2013/01 a 2014/01.
Os dados levantados a partir dos prontuários depositados nos arquivos da clínica
contemplaram: Idade; Sexo; Origem do Encaminhamento; Queixa e Parecer
Fonoaudiológico.
Para tanto, foi elaborada uma Carta de Apresentação (Anexo 01) apresentando a
proposta de nosso trabalho à Responsável Técnica da Clínica–Escola de Fonoaudiologia
da Universidade Tuiuti do Paraná, solicitando sua autorização (Anexo 02) para a coleta de
dados.
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3. LEVANTAMENTO DE DADOS E DISCUSSÃO
Será realizada a apresentação dos dados a partir de tabelas e na sequência a descrição e análise dos dados.
TABELA 01. Distribuição quanto ao sexo
SEXO SUJEITOS %
MASC 39 65%
FEM 21 35%
N 60 100%
Considerando-se os sujeitos atendidos na Clínica-Escola de Fonoaudiologia no
período de 2013/01 a 2014/01 tivemos 39 (65%) sujeitos do sexo masculino e 21 (35%)
do sexo feminino.
Observamos que o gênero masculino teve predominância (65%) nos atendimentos
na clínica-escola da UTP, o que também ocorreu em pesquisas realizadas em outras
clínicas-escola.
Em pesquisa comparativa, nos serviços da clínica-escola da Universidade
Metodista de Piracicaba e do Ambulatório de Especialidades da mesma cidade que foi
analisado o perfil da população que buscou atendimento fonoaudiológico no período de
1996 a1997, revelou o predomínio de alterações no gênero masculino (GONÇALVES;
LACERDA; PEROTINO & MUGNAINE, 2000).
No trabalho de Hage &Faiad (2005) que teve por objetivo verificar o perfil dos
pacientes com alteração de linguagem em uma clínica-escola na cidade de Bauru, 70,6%
dos sujeitos eram do sexo masculino.
Diniz & Bordin (2007) realizaram uma pesquisa no serviço público de saúde
municipal no Centro de Saúde da Região Sul do Brasil na área de Fonoaudiologia, no
biênio 2006/2007, onde, após um estudo de demanda, transversal, utilizando-se o banco
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de dados do referido serviço e o registro de prontuários, constataram que de um total de
atendimentos registrados (n=243), 65% dos sujeitos eram do gênero masculino.
Outra pesquisa que também constata o predomínio do gênero masculino ocorreu
no setor de Fonoaudiologia do Centro de Reabilitação da Faculdade Assis Gurgacz
(FAG), no levantamento do perfil dos pacientes atendidos (n=467), a partir de um estudo
quantitativo, caracterizado pela utilização de um questionário elaborado pelas
pesquisadoras para a coleta de dados junto aos prontuários dos pacientes, no qual 58%
dos usuários eram do gênero masculino (POLTRONIERI; EYNG; PICCININ & PAULA,
2010).
TABELA 02. Distribuição quanto à faixa etária
IDADES SUJEITOS %
00 – 10 30 50 11 – 20 10 16,7 21 - 30 06 10 31 – 40 03 5 41 – 50 03 5 51 – 60 03 5 61 – 70 02 3,3 71 – 80 03 5
N 60 100
No que se refere à faixa etária dos usuários temos 30 (50%) na faixa etária entre
00 e 10 anos; 10 (16,75) entre 11 e 20 anos; 06 (10%) sujeitos em idade entre 21 e 30
anos; tendo 03 (5%) sujeitos com idade entre 31 e 40 anos; 03 (5%) entre 41 e 50 anos;
outros 03 (5%) com idade entre 51 e 60 anos; 02(3,3%) sujeitos com idade entre 61 e 70
anos e, por fim, 03 (5%) dos sujeitos na faixa etária entre 71 e 80 anos.
Nos atendimentos na clínica-escola da UTP tivemos 50% dos usuários na faixa
etária entre 00-10 anos, cujas queixas foram circunscritas às áreas da Linguagem Oral,
com 13 sujeitos, Linguagem Escrita com 01 usuário, 10 apresentaram queixa pertinente
às áreas da Linguagem Oral e Escrita, Linguagem Oral e Motricidade Orofacial se
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constituíram na queixa de 04 sujeitos, 01 com demanda na área de Motricidade orofacial
e um outro nas áreas de Linguagem Oral, Escrita e Motricidade Orofacial.
Resultados similares foram encontrados em pesquisas de outras clínicas-escola.
Na pesquisa realizada por Poltronieri e Cols. (2011), no serviço do setor de
Fonoaudiologia no Centro de Reabilitação da Faculdade Assis Gurgacz (FAG), acerca do
perfil dos pacientes atendidos (n=467), foi constatado que a grande maioria dos pacientes
atendidos se encontrava na faixa etária de 0 a 10 anos.
Ainda, segundo uma pesquisa realizada a partir dos dados de usuários atendidos
no Serviço de Fonoaudiologia, na área de Fonoterapia do Centro de Saúde Santa Marta
do município de Porto Alegre – RS, (n=243), houve predomínio da faixa etária de 06 aos
12 anos (DINIZ; BORDIN, 2006-2007).
Quanto à faixa etária que procurou serviços fonoaudiológicos nos serviços da
clínica-escola da Universidade Metodista de Piracicaba e do Ambulatório de
Especialidades da mesma cidade, no SUS foi de 04-06 anos e na clínica-escola de 07 a
09 anos (GONÇALVES; LACERDA; PEROTINO & MUGNAINE, 2000).
A faixa etária relacionada em nossa pesquisa e nas demais, em especial,
compreende o desenvolvimento da oralidade, bem como o da apropriação da linguagem
escrita onde qualquer dificuldade observada pelos pais, profissionais da saúde e/ou
educação, acaba por promover o encaminhamento destas crianças para atendimentos
especializados, no caso, para o atendimento fonoaudiológico.
TABELA 03. Distribuição quanto aos encaminhamentos
ENCAMINHAMENTOS PROFISSIONAIS
QUANTIDADE
Neurologista 27 Professor/Pedagoga 23 Otorrinolaringologista 10 Psicólogo 03 Pediatra 03 Fonoaudiólogo 02 Dentista 01 (*) Mais que um profissional realizou o encaminhamento de um mesmo sujeito
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Dos 60 usuários encaminhados para as terapias fonoaudiológicas, considerando-se
que alguns sujeitos foram encaminhados por mais de um profissional, temos 27
encaminhamentos realizados por Neurologistas, 23 por professores e/ou pedagogos, 10
foram encaminhados por otorrinolaringologistas, psicólogos foram responsáveis por 03
encaminhamentos, pediatras por 03 encaminhamentos, 02 foram realizados por
fonoaudiólogo e 01 por dentista.
Assim temos o neurologista como o profissional da saúde que encaminhou o maior
número de usuários para o atendimento fonoaudiológico. Este profissional é o médico que
se especializou em neurologia, capacitado a investigar, diagnosticar e tratar distúrbios
neurológicos que envolve os distúrbios estruturais do sistema nervoso central (ABN,
2008).
Dentre os encaminhamentos realizados por este profissional para a Clínica de
Fonoaudiologia da UTP temos sujeitos de ambos os sexos, com faixa etária de 00 a 80
anos, sendo 10 sujeitos com queixas relacionadas às áreas de Linguagem Oral, 01 de
Linguagem Escrita, 05 com dificuldades na Linguagem Oral e Escrita, outros 05 com
comprometimentos relacionados à Linguagem Oral e Motricidade Orofacial, 04 usuários
com queixas no contexto da motricidade orofacial, 01 com questões relacionadas à
Linguagem Oral e Voz e um sujeito com demanda para as áreas de Linguagem Oral,
Escrita e Motricidade Orofacial (Anexo 3).
Na pesquisa realizada na Clínica de Diagnóstico dos Distúrbios da Comunicação
em Bauru, 30,8% dos pacientes vieram até o serviço por meio dos profissionais da área
da saúde, sendo que a maior parte foi encaminhada pelo médico neurologista (HAGE &
FAIAD, 2005).
Na sequência temos o Pedagogo e o Professor com 23 usuários encaminhados.
Ambos são profissionais da área da educação. O pedagogo é o profissional capaz de
atuar em espaços escolares e não-escolares, na implantação do ensino de sujeitos em
diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do
processo educativo. Já o professor é o responsável pelo desenvolvimento das práticas e
didáticas pedagógicas. Ambos mantendo um nível elevado de conteúdo educacional
(INFOESCOLA, 2006-2014).
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Nos encaminhamentos realizados por estes profissionais encontramos usuários de
ambos os sexos, na faixa etária entre 00 e 20 anos, pressupondo-se aqui, sujeitos nos
três níveis de educação: básico, médio e superior, com queixas relacionadas às áreas de
Linguagem Oral com 07 sujeitos encaminhados, 03 com questões relacionadas à
Linguagem Escrita, 10 encaminhamentos contemplando a Linguagem Oral e Escrita e
outros 02 abrangendo a Linguagem Oral e a Motricidade Orofacial.
Na pesquisa realizada na Clínica de Diagnóstico dos Distúrbios da Comunicação
em Bauru, 30,8% dos pacientes vieram até o serviço por meio dos profissionais da área
da saúde e somente 7,5% encaminhado por professores (HAGE & FAIAD, 2005).
Em seguida temos o otorrinolaringologista, com 10 encaminhamentos. A
Otorrinolaringologia é uma especialidade médica que abarca a prevenção e tratamento
das doenças dos ouvidos, nariz, faringe (garganta), laringe, pescoço e Cirurgia Cérvico-
Facial (CONSTANTE, 2007-2013).
Este profissional promoveu o encaminhamento de usuários de ambos os sexos, na
faixa etária de 00 a 80 anos, com queixas relacionadas às áreas de Voz foram
encaminhados 05 sujeitos, 02 à Linguagem Oral, 02 à Motricidade Orofacial e 01 com
problemas de Audição.
Na pesquisa realizada por Hage &Faiad (2005) na Clínica de Diagnóstico dos
Distúrbios da Comunicação em Bauru, onde 30,8% dos pacientes vieram até o serviço por
meio dos profissionais da área da saúde, o otorrinolaringologista foi o segundo
profissional da área médica a encaminhar pacientes com alteração de linguagem.
Com 03 encaminhamentos temos o Psicólogo que procede o estudo e análise dos
processos intrapessoais e das relações interpessoais, possibilitando a compreensão do
comportamento humano individual e de grupo, no âmbito das instituições de várias
naturezas, onde quer que se dêem estas relações. Aplica conhecimento teórico e técnico
da psicologia, com o objetivo de identificar e intervir nos fatores determinantes das ações
e dos sujeitos, em sua história pessoal, familiar e social, vinculando-as também a
condições políticas, históricas e culturais. Dentro de suas especificidades profissionais,
atua no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e
comunicação, com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e
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integridade do ser humano. Trabalha isoladamente ou em equipe multiprofissional em
instituições formais e informais (CRP – PR, 2013).
Dos sujeitos encaminhados pela área da Psicologia temos, também, usuários de
ambos os sexos, na faixa etária de 00 a 60 anos, sendo 01 com questões relacionadas à
Linguagem Oral, 01 devido a problemas com a Linguagem Escrita e 01 com questões
vocais.
O Médico Pediatra, responsável por 03 encaminhamentos, é o profissional médico
que cuida da parcela populacional – crianças e adolescentes – que se encontra em fase
de crescimento e desenvolvimento, necessitando de avaliações constantes e intervenções
precoces que assegurem sua evolução saudável para a cidadania plena (SBP, 09/2005).
Na clínica foco desta pesquisa, o Pediatra, encaminhou sujeitos de ambos os
sexos, na faixa etária de 00 a 10 anos, 01 com queixas relacionadas à área da linguagem
oral, 01 à área da Linguagem Escrita e outro à área de voz.
Na pesquisa realizada a partir de prontuários de usuários atendidos no Serviço de
Fonoaudiologia, área de Fonoterapia, do Centro de Saúde Santa Marta (RS) o profissional
que mais encaminhamentos realizou foi o médico pediatra (DINIZ, 2009).
Posteriormente temos o fonoaudiólogo que realizou dois encaminhamentos, de
sujeitos de ambos os sexos, na faixa etária de 21 a 30 anos, ambos com queixas
relacionadas à área de voz.
Por fim, temos o Dentista, responsável por um encaminhamento, que é o
profissional encarregado de zelar pela estética da face e da saúde da boca (Infoescola,
2006-2014). O usuário encaminhado por este profissional era do sexo masculino, na faixa
etária de 11 a 20 anos, com queixa na área de motricidade orofacial.
Ressaltamos aqui a importância da interação dos acadêmicos de Fonoaudiologia
com estes profissionais que realizaram estes encaminhamentos, seja ela de modo multi
ou interprofissional a fim de promover troca de conhecimento e melhoria da qualidade dos
atendimentos.
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Para Peduzzi (1998), o trabalho em equipe emerge como modalidade de trabalho
coletivo que se configura na relação recíproca entre as intervenções técnicas e a
interação dos agentes. No bojo da relação entre trabalho e interação os profissionais se
constroem consensos que configuram um projeto assistencial comum, em torno do qual
se dá a integração da equipe de trabalho.
TABELA 04. Distribuição quanto às áreas relacionada s às queixas apresentadas
ÁREAS QUANTIDADE
Linguagem Oral 20
Linguagem Escrita 04
Linguagem Oral + Escrita 14
Voz 07
Linguagem Oral + Motricidade 06
Motricidade Orofacial 06
Audição 01
Linguagem Oral + Voz 01
Linguagem Oral + Escrita + MO 01
(*) Houve relato envolvendo mais de uma área
Dos 60 sujeitos encaminhados, mais uma vez, considerando-se que as queixas de
alguns deles contemplavam mais de um dos objetos da Fonoaudiologia temos 20
alterações de linguagem oral, 04 de linguagem escrita, 14 de linguagem oral e escrita, 07
com alteração na voz, 06 abrangendo a linguagem oral e a motricidade orofacial, 06 a
motricidade orofacial, 01 a audição, 01 a linguagem oral e a voz e 01 com alteração na
linguagem oral, escrita e motricidade orofacial.
A linguagem oral é a principal forma de expressão, e permite o desenvolvimento e
a relação social do indivíduo e de acordo com Fuza; Ohuschi & Menegassi (2011), a
terceira concepção de linguagem, desenvolvida no Círculo de Bakhtin, defende que o
lócus da linguagem é a interação. Os autores também referem que segundo Bakhtin/
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Volochinov (1992); In. Fuza etal (2011), a língua se constitui em um processo ininterrupto,
realizado através da interação verbal, social, entre interlocutores, não sendo um sistema
estável de formas normativamente idênticas. Assim, os sujeitos são vistos como agentes
sociais, pois é por meio de diálogos entre os indivíduos que ocorrem as trocas de
experiências e conhecimento.
. Quanto à linguagem escrita, a apropriação da escrita não se dá de maneira
passiva, pela incorporação de recortes restrito da língua. A apropriação da leitura e da
escrita implica não apenas o conhecimento normativo dessa modalidade de linguagem, e
o modo de codificá-la e decodificá-la, mas a possibilidade de inclusão em práticas de
leitura e escrita socialmente significativas (SANTANA; BERBERIAN; GUARINELO;
MASSI, 2007).
A voz é o som produzido pelas vibrações das pregas vocais, modificado pelas
cavidades de ressonância. Estas modificações podem ocorrer de diversas formas e em
associações, tais como reforço abafamento dos harmônicos, além de acréscimo de ruídos
gerados em pontos de estreitamento ao longo do trato vocal, ou ainda interrupção
momentânea do fluxo de ar, formando alguns dos sons consonantais. Para a produção da
voz, há necessidade da interação de órgãos de diferentes sistemas do corpo humano
(BEHLAU, 2008).
A comunicação, seja oral, escrita ou gestual é fundamental para os seres humanos.
Para Marchesan (2010) algumas alterações orais são originadas por problemas
específicos nas estruturas orais. As alterações anatômicas e ou funcionais do sistema
sensório motor oral podem afetar diretamente, também, outras funções orais, como a
mastigação e a deglutição.
No que tange à audição, a integridade anatomofisiológica do Sistema Auditivo
constitui um pré-requisito para a aquisição e o desenvolvimento normal da linguagem. A
criança deve ser capaz de prestar atenção, detectar, discriminar e localizar os sons, além
de memorizar e integrar experiências auditivas para atingir o reconhecimento e a
compreensão da fala (Azevedo; Vilanova & Vieira, 1995).
Considerando-se o contexto da Clínica-Escola de Fonoaudiologia da UTP a mesma
proporciona aos estagiários que nela atuam na área de Fonoterapia o contato com toda a
diversidade de objetos de estudo pertencentes à Fonoaudiologia.
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TABELA 05. Distribuição quanto ao Parecer Fonoaudio lógico
PARECER QUANTIDADE
Desvio Fonológico 16
Dif. na Leitura e Escrita 12
Atraso de Linguagem 11
Disfagia 08
Afasia 06
Disfunção Miofuncional 04
Disfonia Organo-Funcional 04
Disartria 03
Disfonia Funcional 03
Gagueira 01
Presbiacusia 01
Sem Parecer 04
(*) Houve mais de um diagnóstico por sujeito
Após a avaliação dos sujeitos, entendendo-se que alguns deles possuem mais um
aspecto fonoaudiológico afetado, temos 16 pareceres relativos ao Desvio Fonológico, 12
pareceres de Dificuldades na leitura e escrita, 11 diagnósticos de Atraso de Linguagem,
08 com Disfagia, 06 de Afasia, 01 Disfunção Miofuncional, 04 Disfonias Organo-
Funcionais, 03 Disartrias, 03 pareceres de Disfonia Funcional, 01 Gagueira, 01
Presbiacusia e 04 sujeitos encontravam-se sem Parecer Fonoaudiológico.
O desvio fonológico, diagnóstico atribuído a 16 usuários, é caracterizado por
alterações que ocorrem na fala da criança, em que esta realizará uma produção
inadequada dos fonemas, bem como o uso inadequado das regras fonológicas da língua.
Esse transtorno lingüístico é representado por crianças as quais apresentam alterações
20
na produção da fala, na ausência de determinados fatores etiológicos como: dificuldade
de geral de aprendizagem, déficit intelectual, desordem neuromotora, distúrbios
psiquiátricos, problemas otológicos ou fatores ambientais (SPINDOLA; CRUZ; BANDINI,
2007).
No que se refere aos 12 sujeitos que apresentam dificuldades na leitura e na
escrita, Machado, Berberian & Santana (2009) relatam que pesquisas e opiniões do senso
comum apontam dificuldades, por parcela significativa da população brasileira, com
relação à apropriação e ao uso da linguagem escrita. Ainda que, na maioria dos casos,
essas dificuldades tenham sido produzidas por fatores sociais, escolares ou familiares, o
fato é que os sintomas de leitura e escrita revelam que os sujeitos estabelecem uma
relação de sofrimento com essa modalidade de linguagem. Tal realidade está associada à
resistência e ao desprazer na relação com a escrita, ao desconhecimento acerca de
práticas significativas da linguagem escrita e, portanto, de ressignificação de histórias de
sofrimento com essa modalidade de linguagem (MACHADO, BERBERIAN & MASSI,
2007).
O Atraso de Linguagem, diagnóstico dado a 11 usuários, é encontrado em crianças
que apresentam defasagem no desenvolvimento da linguagem; essas crianças demoram
a falar e parecem imaturas. Aparentemente, esse atraso pode ser ocasionado por dores
de ouvido e complicações respiratórias no período de aquisição da linguagem e/ou
estímulos inadequados para o desenvolvimento da mesma. Seu padrão de linguagem é
compatível com crianças mais novas (menor idade cronológica), mas seguindo a mesma
ordem de aquisição (MOUSINHO et al., 2008).
Compreendendo que a denominação do “problema”, o diagnóstico representa uma
demanda social da área da saúde, cabe esclarecer que filiando-nos à posição de Bakhtin
(1995), consideramos a língua não como um código autônomo, estruturado tal qual
sistema abstrato e homogênio, mas como um fato social, histórico, desenvolvido
segundo as práticas sociais e, como tal, obediente a convenções de uso (SANTANA;
BERBERIAN; GUARINELO; MASSI, 2007, p.p60).
Segundo Bakhtin (1986); Araujo etal (2009) a língua não pode ser compreendida
isoladamente, fora de seu contexto social, enfocando a importância dos fatores extra-
21
lingüísticos para seu entendimento, ultrapassando, assim, a visão da língua como um
sistema. Para ele, o signo ideológico por excelência é a palavra, sendo uma ponte entre
um e outro individuo envolvido nas comunicações sociais. (ARAUJO; VIEIRA;
CAVALCANTE, 2009).
De acordo com Furkim e Silva (1999), PITTIONI, 2001, a disfagia, encontrada em
08 sujeitos da pesquisa, deve ser entendida como um distúrbio da deglutição, com sinais e
sintomas específicos, que se caracteriza por alterações em qualquer etapa e/ou entre as
etapas da deglutição, podendo ser congênita ou adquirida, após comprometimento
neurológico, mecânico ou psicogênico, e trazer prejuízo aos aspectos nutricionais, de
hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo (PITTIONI, 2001).
O estudo lingüístico da linguagem de sujeitos afásicos mostra que a afasia,
diagnosticada em 6 sujeitos, afeta a linguagem em um dos seus níveis (fonético-
fonológico, sintático, semântico e pragmático), havendo repercussão de um nível sobre o
outro no funcionamento discursivo da linguagem (Beneviste, 1966 e Jakobson, 1975), tal
como ocorre com a linguagem não patológica. A afasia se constitui, pois, de alterações
em processos de significação relacionados aos níveis lingüísticos e as suas relações e
interfaces.
A Disfunção Miofuncional, diagnosticada em 01 usuário, está ligada diretamente
as funções estomatognáticas associado a situações como hábitos deletérios, respiração
oral, alterações das funções estomatognáticas que levem a pressões atípicas ou
condições interferentes na organização estrutural, assim como alterações da articulação
da fala (MARCHESAN; SILVA; FELIX, 2012).
A Disfonia organofuncional, encontrada em 04 sujeitos, são disfonias de base
funcional com lesões secundárias; representam, na verdade, uma etapa posterior na
evolução de uma disfonia funcional. Assim sendo, na maioria dos casos, uma disfonia
organofuncional é uma disfonia funcional diagnosticada tardiamente, ou por atraso na
busca de solução do problema pelo próprio paciente ou pelo não reconhecimento da
possibilidade de se desenvolver uma lesão secundária (BEHLAU, 2008).
22
A Disartria é um distúrbio neurológico caracterizado pela incapacidade de articular
as palavras de maneira correta, sendo a principal causa, por lesões no SNC, e foi o
diagnóstico atribuído a 03 usuários da clínica da UTP (CAMPANHOLO, 2011).
As disfonias funcionais, diagnóstico de 03 sujeitos, são desordens do
comportamento vocal e podem ter como mecanismo causal, três diferentes aspectos:
disfonias funcionais primárias por uso incorreto da voz, disfonias funcionais secundárias
por inadaptações vocais e disfonias funcionais por alterações psicogênicas (BEHLAU,
2008).
A gagueira encontrada em 01 usuário, embora não haja consenso sobre a sua
definição, pode ser entendida como um distúrbio na fluência e na temporalização da fala e
se caracteriza por interrupções atípicas no fluxo da fala, que ocorre de modo involuntário
(RIBEIRO, 2006-2014).
Já a Presbiacusia, diagnosticada em 01 sujeito, é definida como diminuição
auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações degenerativas, fazendo parte do
processo geral de envelhecimento do organismo (NETO, 2005).
23
TABELA 06. Relacionando as áreas com o sexo dos suj eitos
ÁREAS MASCULINO FEMININO
Linguagem Oral 15 05
Linguagem Escrita 02 02
Linguagem Oral + Escrita 11 03
Voz 02 05
Linguagem Oral + Motricidade
04 02
Motricidade Orofacial 04 02
Audição 00 01
Linguagem Oral + Voz 00 01
Linguagem Oral + Escrita + MO
01 00
N = 60 39 21
(*) Houve relato envolvendo mais de uma área
Ao relacionarmos as áreas comprometidas ao sexo dos sujeitos temos que no que
se refere à Linguagem Oral temos 15 sujeitos do sexo masculino e 05 do feminino; quanto
à Linguagem Escrita são 02 de cada sexo; com dificuldades na Linguagem Oral e
Linguagem Escrita são 11 sujeitos do sexo masculino e 03 do feminino; quanto à voz
temos 02 do sexo masculino e 05 do sexo feminino; com dificuldades na Linguagem Oral
e Motricidade Orofacial são 04 usuários do sexo masculino e 02 do sexo feminino; com
alterações na Motricidade Orofacial temos 04 do sexo masculino e 02 do sexo feminino; o
sujeito que possui a audição comprometida é do sexo feminino; assim como a pessoa que
possui alteração na Linguagem Oral e na Voz; e 01 sujeito do sexo masculino possui
alterações na Linguagem Oral, Escrita e Motricidade Orofacial.
O predomínio no gênero masculino é explicado por alguns autores como sendo
de causa anatômica devido à existência de menor quantidade de microgiros no cérebro
masculino, genética na qual os meninos herdam dos pais as dificuldades para
aprendizagem e devido à especialização hemisférica que explica que as meninas se
24
saem melhor em prova de coordenação motora fina e ordem verbal necessárias para
aquisição da linguagem. Outra hipótese é a de que a maturação do cérebro masculino é
mais lenta em relação ao cérebro feminino, deixando-os mais frágeis a todos os riscos
(CIASCA, 2003; HAGE; FAIAD, p.433-40, 2005).
25
4. CONCLUSÃO
Os usuários atendidos na área de Fonoterapia da Clínica-Escola de Fonoaudiologia
da Universidade Tuiuti do Paraná apresentam o seguinte perfil:
� Prevalência significativa (65%) de alterações fonoaudiológicas no gênero
masculino;
� Predomínio de sujeitos na faixa etária de 00 a 10 anos (50%);
� A maior incidência de encaminhamentos se deu primeiramente por parte dos
médicos neurologistas (27), seguido dos realizados pelas professoras pedagogas
(23);
� A linguagem oral foi a área de maior comprometimento se fazendo presente em 42
usuários;
� No que se refere ao Parecer Fonoaudiológico temos prioritariamente 47
circunscritos nas áreas da Linguagem Oral e Escrita; 10 na área de Motricidade
Orofacial; 07 na área da voz e 01 na área da audição.
Considerando o perfil descrito com alterações na área da linguagem, evidenciamos,
inicialmente, a necessidade de uma maior proximidade e interação com os profissionais
que realizam os encaminhamentos, como também, a necessidade de se direcionar ações
preventivas e promotoras de saúde fonoaudiológica nesta área em particular.
Tais ações podem ser desenvolvidas no próprio espaço da clínica-escola com os pais
e/ou responsáveis pelas crianças que não freqüentam escola e, no contexto escolar com
crianças que foram encaminhadas pelas professoras e pedagogas.
E, neste sentido, consideramos particularmente uma readequação das atividades a
serem desenvolvidas na área de fonoterapia com vistas a implementação do currículo
FOMA 2012/200 do Curso de Graduação de Fonoaudiologia.
26
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, I. R. L.; VIEIRA, A. S.; CAVALCANTE, A. S. Contribuições de Vygotsky e Bakhtin na Linguagem: Sentidos e Significados. Debate em Educação. Maceió. Vol. 01, nº 2 Jul/Dez, 2009 AZEVEDO, F.; VILANOVA, L. C. P.; VIEIRA, R. M. Desenvolvimento Auditivo de Crianças Normais e de Alto Rico. São Paulo: Editora Plexus. ARAUJO; VIEIRA; CAVALCANTE, Linguagem e Afasia: uma abordagem discursiva da Neurolingüística. Cadernos de Estudo Lingüísticos, UNICAMP, 2011. ABN - Academia Brasileira de Neurologia – Atribuições. São Paulo, 2008.http://www.cadastro.abneuro.org/site/default.asp BEHLAU, M. Voz – o Livro do Especialista. Volume 1. São Paulo: Editora Revister, 2010. BENVENISTE, E. Da subjetividade na linguagem inProblemas de Linguística Geral , vol. I. Trad. De Maria da Gloria Novak e Luiza Neri, São Paulo: Cia. Ed. Nacional e Ed. da USP (original de 1958), 1966. BRASIL. Lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União de 20 set 1990; Seção I, PT. 1, p. 18055-59. 3. CONSTANTE, J. Clínica Médica e Cirúrgica na Otorrinolaringologia : conheça melhor a especialidade 2007-2013 http://www.medicir.net/orl_especialidade.html CONSELHO NACIONAL DE EDUACAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR- Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fonoaudiologia- RESOLUÇÃO CNE/CES 5, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002 02 http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES052002.pdf CFFa- 2013-2014. O Conselho federal tem função normativa, ou seja, poder de definir as normas e atos que devem conduzir o exercício profissional. http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/conselhos-regionais/02 CRP-PR- Áreas de Atuação - Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil – Curitiba/PR, 2013. http://www.crppr.org.br/pagina/areas-de-atuacao15 DINIZ, Roseris D. Estudo de Demanda em Fonoaudiologia: O Caso do Centro de Saúde Santa Marta – Porto Alegre, RS, 2006-2007. Universidade Federal do Rio Grande
27
do Sul – Faculdade de Medicina- Departamento de Medicina Social – Curso de Especialização em Saúde Pública. DINIZ, RoserisDenicol& BORDIN, Ronaldo Demanda em Fonoaudiologia em um serviço público municipal da região Sul do Brasil. Rev. Soc. Bras. de Fonoaudiol. ,2011;16(2):126-31. FUZA, A. F.; OHUSCHI, M. C. G.; MENEGASSI, R. J. Concepções de linguagem e o ensino da leitura em língua materna. Faculdades Integradas do Vale do Ivaí; Universidade Federal do Pará; Universidade Estadual de Maringá. Linguagem & Ensino , Pelotas, v.14, n.2, p. 479-501, Jul/Dec. 2011. GIRARDELI, G. S.; GUARINELLO, A. C.; BERBERIAN, A.P.; MASSI, G. & MARQUES, J.M. Atendimento em Fonoaudiologia: Estudo de uma clínica-escola na Cidade de Curitiba – PR. Rev. Bras. de Ciências da Saúde . Ano 10, nº 34. Curitiba, PR: Oct./ Dec. 2012. 04. GONÇALVES, C.G.O.; LACERDA, C.B.F.; PEROTINO, S. & MUGNAIME, A.M.M. Demanda dos Serviços de Fonoaudiologia no município de Piracicaba: estudo comparativo entre a clínica-escola e o atendimento na Prefeitura Municipal. Rev. Pró-Fono , 2000; 12(2): 61-6. GOULART, B. N. G. & CHIARI, B. M. Avaliação clínica fonoaudiológica, integralidade e humanização: perspectivas gerais e contribuições para reflexão. Rev. Soc. Bras.Fonoaudiol. Vol. 12, nº 4. São Paulo: Oct./Dec. 2007. HAGE, S.R.V. & FAIAD, L.N.V. Perfil de Pacientes com Alteração de Linguagem atendidos na Clínica de Diagnóstico dos Distúrbios da Comunicação – USP – Campus Bauru. Rev. CEFAC , São Paulo, v.7, n.4, 433-40, out-dez, 2005. INFOESCOLA PROFISSÕES - 2006-2014http://www.infoescola.com/profissoes/dentista/ JAKOBSON, R. Dois aspectos da linguagem e dois tipos de afasia. In: Lingüística eComunicação. São Paulo: Cultrix, 34-62, 1969. LIMA, B. P. S.; GUIMARÃES, J. A. T. L. & ROCHA, M. C. G. Características epidemiológicas das alterações de linguagem em um centro fonoaudiológico do primeiro setor. Rev.Soc. Bras. Fonoaudiol. Vol.13 nº 4 São Paulo, 2008. MACHADO, M. L. C. A.; BERBERIAN, A. P. & MASSI, G. A terapêutica grupal na clínica fonoaudiológica voltada à linguagem escrita, In: SANTANA, A. P.; BERBERIAN, A. P.; GUARINELLO, A.C. & MASSI, G. Abordagens grupais em Fonoaudiologia: contextos e aplicações. São Paulo: Plexus, 2007. P. 58-79. MACHADO, M. L. C. A.; BERBERIAN, A. P. & SANTANA, A. P. Linguagem Escrita e Subjetividade: implicações do trabalho grupal. Rev. CEFAC . Out-dez, 11(4): 713-719, 2009.
28
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SPINDOLA, R. A.; CRUZ, L. M.; BANDINI, H. H. M. Abordagem Fonoaudiológica em Desvios Fonológicos fundamentada na Hierarquia dos Traços Distintivos e na Consciência Fonológica. Rev. CEFAC. São Paulo, V. 9, nº 2, 180-9, abri-jun, 2007. SBP- Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), Rio de Janeiro, RJ, Set.2005. http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=90&id_detalhe=1967&tipo_detalhe=s16 SBFa – 2012. RESPOSTAS PARA PERGUNTAS FREQUENTES sobre Ensino em fonoaudiologia. http://www.sbfa.org.br/portal/pdf/faq_ensino.pdf
29
6. ANEXOS
30
ANEXO 01. CARTA DE APRESENTAÇÃO
Curitiba, 17 de junho de 2014.
Prezada Fga. Luciana Silva
RT Clínica de Fonoaudiologia - UTP
Vimos por meio desta solicitar sua autorização para realizarmos a pesquisa de
Trabalho de Conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná
intitulado “Perfil da clientela da Clínica-Escola de Fonoaudiologia da UTP na área de
Fonoterapia no período de 2013/01 a 2014/01”, que será efetivada por meio de coleta de
dados junto aos prontuários dessa clínica. Esta pesquisa será desenvolvida pela
acadêmica do 8° período do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná,
Érica Soares Tamura, sob a supervisão da Professora e Fonoaudióloga Maria Regina
Franke Serratto.
Diante do exposto, solicitamos sua autorização para a pesquisa, colocando-nos à
disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessária.
Antecipadamente agradecemos, atenciosamente.
Érica Soares Tamura Maria Regina FrankeSerratto
Acadêmica Professora Responsável
(41) 9684-3323 (41) 8838-6911
31
ANEXO O2. TERMO DE AUTORIZAÇÃO
Eu, Luciana Santos Gerosino da Silva, autorizo a acadêmica do 8° período do
Curso de Fonoaudiologia, Érica Soares Tamura, a pesquisar os prontuários dos pacientes
atendidos na área de Fonoaudiologia no período de 2013/01 a 2014/01, da Clínica-Escola
da UTP, para coleta de dados in loco, para o Trabalho de Conclusão do Curso de
Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná intitulado “Perfil da clientela da Clínica-
Escola de Fonoaudiologia da UTP na área de Fonoterapia no período de 2013/01 a
2014/01”.
Curitiba, 23 de junho de 2014
___________________
Assinatura
32
ANEXO 03. TABELA
Relacionando as áreas com os profissionais que enca minharam
ÁREAS/PROFISSIONAIS
Neurologista
Professor
Pedagogo
ORL Psicólogo
Pediatra Fonoaudiólogo
Dentista
LO
10 07 02 01 01 00 01
LE
01 03 00 01 00 00 00
LO + LE 05 10 00 00 01 00 00
Voz
00 00 05 01 00 02 00
LO + MO 05 02 00 00 00 00 00
MO
04 00 02 00 00 00 00
Audição
00 00 01 00 00 00 00
LO+ Voz 01 00 00 00 00 00 00
LO + LE + MO
01 00 00 00 00 00 00
27 22 10 03 02 02 01
(*) Mais que um profissional realizou o encaminhamento de um mesmo sujeito
33
Anexo 04. TABELA
Relacionando as áreas com a faixa etária dos sujeit os
ÁREAS/IDADE 00 -10
11-20 21-30 31-40 41-50 51-60 61-70 71-80
Linguagem Oral
13 02 01 00 01 01 01 01
Linguagem Escrita
01 03 00 00 00 00 00 00
Linguagem Oral + Escrita
10 03 01 00 00 00 00 00
Voz
00 00 02 01 01 02 01 00
Linguagem Oral + Motricidade
04 00 00 00 01 00 00 01
Motricidade Orofacial
01 02 02 01 00 00 00 00
Audição
00 00 00 00 00 00 00 01
Linguagem Oral + Voz 00 00 00 01 00 00 00 00
Linguagem Oral + Escrita + MO
01 00 00 00 00 00 00 00
n = 60 30 10 06 03 03 03 02 03
34
ANEXO 05. TABELA GERAL
Nº IDA
DE
SEXO ENCAMINHA
MENTO
QUEIXA ÁREA PARECER FONOAUDIOLÓGICO
01 75 M Neurologista Dificuldade na fala LO + MO Afasia + Disfagia
02 08 M Professor Troca de palavras na
oralidade, leitura e escrita
LO + LE Sem parecer
03 59 F ORL + Psicólogo Rouquidão Voz Disfonia Organofuncional
04 02 M Neuro + Psico Fala incompreendida LO Retardo na Aquisição da Linguagem
05 18 F Neurologista Dificuldade de Leitura e
Escrita
LE Sem parecer
06 39 F Neurologista Voz Rouca e dificuldade na
fala
LO + Voz DisartriaAtáxica
07 03 M Neurologista Troca de palavras na
oralidade
LO Desvio Fonológico
08 69 M ORL Rouquidão Voz Disfonia Funcional
09 06 F Professor Troca as palavras na fala LO Sem parecer
10 09 M Professor Troca as palavras na fala,
escrita e leitura
LO + LE Sem parecer
11 59 F ORL Rouquidão Voz Disfonia Funcional
12 10 M Neurologista Hiperatividade, troca as
palavras na fala, escrita e
leitura
LO + LE Desvio Fonológico
13 11 M Professor +
Psico
Dificuldade na Leitura e
Escrita
LE Distúrbio de Leitura e Escrita
14 25 F Fonoaudióloga Rouquidão Voz Disfonia Funcional
15 06 M Professor Omissões de palavras na fala LO Retardo na aquisição da Linguagem
16 18 M ORL Gagueira MO Disfonia MO
17 76 F ORL Perda Auditiva e Zumbido Audição Presbiacusia, adaptação AASI
18 27 F Neurologista Dificuldades na fala, leitura
e escrita
LO + LE Distúrbio Específico de Linguagem
19 09 F Professor +
Pediatra
Troca de palavras na fala,
escrita e leitura
LO + LE Retardo na Aquisição da Linguagem
20 07 F Professor Troca de palavras na fala LO Atraso de Linguagem
35
21 04 F Professor Dificuldade na fala LO Desvio Fonológico
22 13 M Neuro +
Pedagoga
Troca de palavras na fala,
escrita e leitura
LO + LE Atraso de Linguagem
23 07 M Neurologista +
ORL
Fala incompreendida LO Desvio Fonológico
24 26 M Neurologista Dificuldade na fala, escrita,
leitura e memorização
LO Afasia
25 08 M Pedagoga Dificuldade na leitura e
escrita
LE Distúrbio de Leitura e Escrita
26 33 F Neurologista Dificuldade na fala e de
deglutição
LO + MO Disfagia
27 27 M Fonoaudióloga Rouquidão Voz Disfonia Organofuncional
28 09 M Professor +
Pedagoga
Troca de palavras na fala,
leitura e escrita
LO + LE Atraso de Linguagem
29 05 M Neurologista Dificuldade na fala LO Desvio Fonológico
30 73 M Neurologista Parkinson, gagueira, trocas
na fala, leitura e escrita
LO Disartria Hipocinética
31 70 F Neurologista Afasia, memória, linguagem
oral, leitura e escrita
LO Afasia
32 10 M Neurologista Dificuldade na mastigação,
deglutição, oralidade, leitura
e escrita
MO + LO
+ LE
Desvio Fonético-Fonológico;
Alteração de MO/ Disfagia e
Apropriação de leitura e Escrita
33 13 M Neurologista Deficiência Mental,
dificuldade na oralidade,
leitura e escrita
LO + LE Distúrbio Específico de Linguagem
34 41 F Neurologista Dificuldade na mastigação,
deglutição e fala
LO + MO Afasia, Disfagia e Voz
35 14 M Neurologista Paralisia de Bell, Síndrome
Seringomiélica
MO Disfagia; Disfunção
Temporomandibular
36 57 M Neurologista Dificuldade em
memorização, oralidade,
leitura e escrita
LO Afasia
37 13 M ORL + Dentista Dificuldade na oralidade LO Hipotonia MO, Adequação dos
OFA’s
38 10 M Professor Trocas na fala, leitura e
escrita
LO + LE Apropriação da Linguagem Escrita
39 26 M Neurologista Dificuldade na Deglutição e
oralidade
MO Disfagia
40 07 F Neurologista Dificuldade na deglutição e
oralidade
LO + MO Alterações de Linguagem e MO
41 04 M Professor + Ausência de oralidade LO + MO Disfagia
36
Neuro
42 12 M Professor Troca e omissões de
palavras
LO Gagueira
43 07 M Professor Trocas e omissões na
linguagem oral, leitura e
escrita
LO Desvio Fonológico
44 05 M Neurologista Autismo; Ausência da
oralidade
LO + MO Desvio Fonológico, MO Hipertonia
45 05 M Pediatra Dificuldade na fala LO Desvio Fonológico
46 28 F Neurologista Dificuldade na oralidade e
deglutição
MO Disfagia
47 11 F Professor Trocas na oralidade, leitura
e escrita
LE Apropriação da Linguagem Escrita
48 50 M Neurologista Dificuldade na Linguagem
Oral e Escrita
LO Afasia
49 07 M Professor Trocas na linguagem oral,
leitura e escrita
LO + LE Apropriação da Linguagem Escrita
50 04 M Professor Trocas na oralidade LO Desvio Fonológico
51 06 F Professor Trocas na oralidade, leitura
e escrita
LO + LE Apropriação da Linguagem Escrita
52 07 M Professor Trocas na oralidade, leitura
e escrita
LO + LE Apropriação da Linguagem Escrita
53 13 M Professor +
Neuro
Trocas na oralidade, leitura
e escrita; Dislexia
LO + LE Apropriação da Linguagem Escrita
54 49 F ORL Edema de Reinke;
rouquidão
Voz Disfonia
55 05 F Neurologista Dificuldade na linguagem
oral; Autista
LO Aquisição da Linguagem
56 37 F ORL Granuloma; rouquidão Voz Disfonia Organofuncional
57 09 M Pediatra Trocas na oralidade LO Atraso de Linguagem
58 10 M Professor Hiperativo; Déficit de
Atenção, Dificuldade no
aprendizado; oralidade
LO + LE Disfunção Miofuncional; Desvio
Fonológico
59 09 M Professos Trocas na oralidade, leitura
e escrita
LO + LE Distúrbio Específico de Linguagem
60 06 M ORL Fissura labial; dificuldade na
oralidade
MO Disfunção Miofuncional