Perfil transversal

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Perfil transversalO curso de um rio, desde a nascente, at foz, pode ser comparado histria de uma vida, dividindo-se em trs fases: juventude, maturidade e velhice.

Na fase de juventude, os rios correm geralmente entre montanhas, o declive dos terrenos acentuado e a fora das guas muito significativa. Assim, o desgaste na vertical acentuado e os vales so em V fechado.

Na fase de maturidade, o declive do terreno no to acentuado, o desgaste faz-se na horizontal alargando o leito do rio, forma-se vales mais abertos: so os vales em V abertos.

Na fase de velhice, o rio perde velocidade e dse a deposio dos materiais (aluvies) que o rio transportou durante o seu percurso, forma-se vales em forma de U, de fundo largo e plano. Adaptado de: geoportal.no.sapo.pt/meio_natural.htm

Perfil longitudinal dos riosA capacidade de uma corrente de gua erodir e transportar materiais depende da

sua velocidade. Pequenas variaes da velocidade podem implicar significativas alteraes na capacidade de transporte pela gua. Os fatores que determinam a velocidade de uma corrente incluem o declive, expresso em metros por quilmetro, a rea da seco do leito, expressa em metros quadrados e o dbito expresso em metros cbicos por segundo e as irregularidades do leito do rio. Um processo comum para estudar uma corrente examinar o seu perfil, que simplesmente um corte da seco longitudinal do rio desde a nascente at foz, ponto onde o rio encontra outra massa de gua, a partir da qual praticamente no h eroso. Um grande rio que desagua no mar tem no nvel mdio das guas do mar o seu nvel de base em funo do qual regula o seu perfil. Como norma geral aceita-se que na nascente de um rio a inclinao do terreno, devido ao relevo orognico, mais acentuada do que na zona em que desagua. Na realidade o perfil longitudinal descontnuo, pois est relacionado com as variaes climticas, com a composio litolgica do leito, a carga dos afluentes e das variaes da sua inclinao devido a causas tectnicas. A regularizao do perfil faz-se da foz (jusante) para a nascente (montante). As irregularidades vo desaparecendo, os rpidos e cataratas vo recuando, o mesmo acontecendo s cabeceiras que vo penetrando na montanha. Esta progresso da eroso no sentido contrrio ao da corrente denominada eroso regressiva. Em geral um curso de gua percorre, inicialmente um vale cujo talvegue, zona mais profunda do leito, tem um perfil longitudinal muito irregular com alteraes mais ou menos bruscas, de declive. Essas variaes podem constituir rpidos quando h um aumento brusco de declive ou quedas de gua, cascatas ou cataratas quando ocorrem ao longo do leito grandes desnveis. Aps evoluo mais ou menos prolongada e desde que o nvel de base se mantenha o tempo necessrio, o rio acabar por regularizar o seu perfil atingindo o perfil de equilbrio. Diz-se que o perfil de equilbrio est atingido a partir do momento em que so unicamente efectuados o transporte de sedimentos, principalmente as partculas em suspenso e as dissolvidas. O perfil dos cursos de gua mostra que a inclinao diminui da cabeceira para o nvel de base.