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44
DENTAL PRESS INTERNATIONAL ISSN 1980-2269 Volume 5 - Número 3 julho / agosto / setembro 2011

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Revista Dental Press Periodontia Implantologia

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DENTAL PRESS INTERNATIONAL

ISSN 1980-2269

Volume 5 - Número 3julho / agosto / setembro 2011

Revista D

ental Press de Periodontia e Im

plantologia Volum

e 5 - N

úmero 3

- julho / agosto / setembro 2

01

1

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ISSN 1980-2269

Periodontia eImplantologia

Revista Dental Press de

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):1-112

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volume 5, número 3, jul./ago./set. 2011

Sumário

EntrEviStaLars Sennerby

8

PErguntE a um ExPErtProtocolo de tratamento cirúrgico odontoló-

gico em pacientes em terapia com

anticoagulantes orais

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana

28

ExPlicaçõES E aPlicaçõESTransplantar lâminas de cortical com periós-

teo cria um novo ambiente para a osteogê-

nese e osseointegração: fundamentos

Alberto Consolaro, Franklin Moreira Leahy

16

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caSo SElEcionaDoCirurgia periodontal: uma solução para resta-

belecimento funcional e estético do sorriso

Lívia de Souza Tolentino, Roberta Saboia Gomes,

Rachel D’Aurea Furquim, Ana Paula Bonotto

52

artigo inÉDitoSuperfícies biomiméticas — novo paradigma

da osseointegração

Plinio Mendes Senna, Bruno Salles Sotto-Maior,

Carlos Eduardo Francischone,

Altair Antoninha Del Bel Cury

42

caSo clÍnicoUtilização da crista ilíaca nas reconstruções

ósseas da cavidade bucal: relato de caso

Claudio Ferreira Nóia, Natacha Kalline de Oliveira,

Claudinei Ferreira Nóia, Rafael Ortega Lopes,

Renato Mazzonetto

60

artigo inÉDitoAvaliação do impacto do edentulismo total

mandibular e da reabilitação fixa sobre

implantes com carga imediata na qualidade

de vida de pacientes idosos

Fábio Bezerra, Ariel Lenharo, Roberto Sales Pessoa,

Luis Rogério da Silva Duarte, José Mauro Granjeiro

101

caSo clÍnicoUso do Mucograft no tratamento de retra-

ção gengival

Danilo Maeda Reino, Arthur Belém Novaes Jr.,

Patrícia Garani Fernandes, Luciana Prado Maia

94

caSo clÍnicoUso de enxerto ósseo xenógeno em defeitos

infraósseos de paciente fumante com perio-

dontite agressiva generalizada: relato de caso

Miki Taketomi Saito, Mauro Pedrine Santamaria,

Karina Gonzales Silvério, Marcio Zaffalon Casati,

Francisco Humberto Nociti Junior, Antônio Wilson

Sallum, Enilson Antônio Sallum

70

caSo clÍnicoReabilitação de maxila atrófica com prótese

implantossuportada empregando quatro

fixações zigomáticas: relato de caso clínico

Marcello Roberto Manzi, Angélica Castro Pimentel,

Walter Moura Ferreira

80

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. --v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-

Trimestral.

ISSN 1980-2269.

1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.

CDD. 617.643005

EDITORCarlos Eduardo Francischone – FOB-USP, USC – SP – Brasil

EDITOR EMÉRITOMaurício Guimarães Araújo – UEM – PR – Brasil

EDITORES ASSISTENTESCarina Gisele Costa Bispo – UEM – PR – BrasilCleverson de Oliveira e Silva – UEM – PR – BrasilFlávia Sukekava – FO-USP – SP – BrasilLuis Rogério Duarte – UFBA – BA – Brasil

PUBLISHERLaurindo Z. Furquim – UEM – PR – Brasil

CONSULTORES EDITORIAISAndré Pelegrine – SLMandic – SP – BrasilAngelo Menuci Neto – ABO – RS – BrasilBruno Salles Sotto-Maior – USC – SP – BrasilCarlos Nelson Elias, Instituto Militar de Engenharia – RJ – BrasilCésar Augusto Magalhães Benfatti – UFSC – SC – BrasilClovis Mariano Faggion Jr. – Universidade de Heidelberg, AlemanhaCristiane Ap. de Oliveira – UPF – RS – Brasil Dario Augusto Oliveira Miranda – UEFS – BA – BrasilEduardo Feres – UFRJ – RJ – BrasilElaine Cristina Escobar – FMU – SP – BrasilÉrica Del Peloso Ribeiro – FOUFBA/EBMSP – BA – BrasilFabio Valverde Rodrigues Bastos Neto – Clínica Particular – SP – BrasilFernanda Vieira Ribeiro – UNIP – SP – BrasilFlávia Matarazzo – UEM – PR – BrasilFrancisco A. Mollo Jr. – UNESP – SP – BrasilFranklin Leahy – Clínica Particular – BA – BrasilGiuseppe Alexandre Romito – FUNDECTO – USP – SP – Brasil

A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia (ISSN 1980-2269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas mani-festadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes.

Assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

INDEXAÇÃO:

Revista Dental Press de Periodontia e Implantologiaé indexada pela BIREME, nas bases

desde 2011BBO

desde 2007

DIRetoRa: Teresa R. D’Aurea Furquim - DIRetoR eDItoRIal: Bruno D’Aurea Furquim - DIRetoR De maRketIng: Fernando Marson - analISta Da InFoRmaÇÃo: Carlos Alexandre Venancio - PRoDUtoR eDItoRIal: Júnior Bianco - PRoDUÇÃo gRáFIca e eletRônIca: Andrés Sebastián, Gildásio Oliveira Reis Júnior, Tatiane Comochena - InteRnet: Fernando Truculo Evangelista - Banco De DaDoS: Cléber Augusto Rafael - De-PaRtamento De cURSoS e eVentoS: Ana Claudia da Silva, Rachel Furquim Scattolin - DePaRtamento comeRcIal: Roseneide Martins - telemaRketIng: Elizabeth Ferreira Denipoti, Fernanda Maria da Silva Lima, Karla Caroliny Martins - SUBmISSÃo De aRtIgoS: Roberta Baltazar de Oliveira - BIBlIoteca: Simone Lima Lopes Rafael - ReVISÃo: Ronis Furquim Siqueira - DePaRtamento FInanceIRo: Roseli Martins - SecRetaRIa: Rosane Aparecida Albino - noRmalIzaÇÃo: Simone Lima Lopes Rafael

Gustavo Jacobucci Farah – UEM – PR – BrasilHugo Nary Filho – USC – SP – BrasilIsabella Maria Porto de Araujo Britto – FO-USP – SP – BrasilJean-Paul Martinet – Universidade de Buenos Aires – ArgentinaJessica Mie Ferreira Koyama Takahashi – USC – SP – BrasilJoão Carlos Cerveira Paixão – Universidade de Pádua – ItáliaJoão Garcez Filho – Clínica Particular – Aracaju – SE – BrasilJorge Luis Garcia – Clínica Particular – ArgentinaJosé Cícero Dinato – UFRGS – RS – BrasilJosé Valdívia – Clínica Particular – ChileJuan Carlos Abarno – Universidade Católica do Uruguai – UruguaiLuciana Salles Branco de Almeida – UNICEUMA – MA – BrasilLuciene Cristina de Figueiredo – UnG – SP – BrasilLuis Lima – USP – SP – BrasilLuiz Antonio Salata – FORP-USP – SP – BrasilLuiz Meirelles – Universidade de Gotemburgo – SuéciaMarco Antonio Bottino – UNESP – SP – BrasilMario Groisman – UNIGRANRIO – RJ – BrasilMarly Kimie Sonohara Gonzales – COR – ArgentinaMauro Santamaria – FOP-UNICAMP – SP – BrasilPatrícia Furtado Gonçalves – UFVJM – MG – BrasilPaulo Maló – Clínica Particular – PortugalPaulo Martins Ferreira – FOB-USP – SP – BrasilRafael dos Santos Silva – UEM – PR – BrasilRicardo de Souza Magini – UFSC – SC – BrasilRicardo Fisher – UERJ – RJ – BrasilRonaldo de Barcelos Santana – UFF – RJ – BrasilSandro Bittencourt – Esc. Bahiana de Medicina e Saúde Pública – BA – BrasilSidney Kina – Clínica Particular – Maringá – PR – BrasilThaisângela R. Lopes e Silva G. – Clínica Particular – Goiânia – GO – BrasilVanessa Tubero Euzebio Alves – FO-USP – SP – BrasilVerônica Carvalho – UNINOVE – SP – BrasilWaldemar Daudt Polido – Clínica Particular – Porto Alegre – RS – BrasilWellington Bonachela – FOB-USP – SP – Brasil

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Editorial

5Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):5

Este número da Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia traz

matérias interessantes e importantíssimas para os nossos colegas que traba-

lham em atividades clínicas.

Além do destaque dos nove artigos aqui publicados, chamam a atenção a

Entrevista com o Prof. Dr. Lars Sennerby; a seção Pergunte a um Expert, com

a Profa. Dra. Adriana Passanezi Sant’Ana; e a seção Explicações e Aplicações,

com o Prof. Dr. Alberto Consolaro.

A entrevista com o Prof. Sennerby esclarece, de forma definitiva, as dúvi-

das e a conveniência do uso do Osstel para monitar os implantes, desde sua

instalação, períodos iniciais de osseointegração, controles em médio e longo

prazos, bem como a previsibilidade de sua falência clínica.

A contribuição com que a Profa. Adriana nos brinda — sobre o uso de an-

ticoagulantes em pacientes que se submeterão a intervenções cirúrgicas — é

realmente muito oportuna, principalmente pelas questões que pairam quando

um cirurgião-dentista se depara com a situação e necessita decidir: suspender

ou manter a medicação anticoagulante? Seu artigo é bastante informativo.

Em Explicações e Aplicações, o Prof. Consolaro mostra cientificamente o

que ocorre com o processo de modelação e remodelação dos enxertos ósseos

utilizados na técnica RDI (Restauração Dentoalveolar Imediata), de autoria do

nosso colega José Carlos Rosa.

Para finalizar, após mais de 4 anos desde o primeiro número da Revista

Dental Press de Periodontia e Implantologia, essa publicação iniciará uma nova

fase: será disponibilizada também em língua inglesa. Isso ampliará ainda mais

a sua qualificação, inclusive para ser indexada na base de dados PubMed e

conquistar visibilidade internacional.

Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone

Editor

Prof. Dr. Carlos

Eduardo Francischone

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Entrevista

8 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):8-15

Com a frequente evolução na conceituação do fenômeno da osseointegração, apresentado pelo Prof. Brånemark, houve uma avalanche de pesquisas, principalmente no que diz respeito aos procedimentos com carga imediata. A confecção imediata de uma prótese implantossuportada logo após a colocação do implante, desde que uma estabilidade inicial adequada seja atingida, minimiza sobremaneira a sensação de perda para o paciente. Por isso, essa modalidade terapêutica ganhou popularidade entre os cirurgiões-dentistas. Porém, a avaliação dessa estabilidade inicial, tão importante para o sucesso da técnica, é muito sensível e passível de erros. Foi aí que surgiu o Osstell®, um aparelho que mede, por meio de uma tecnologia específica, a estabilidade inicial do implante, assim como é capaz de acompanhar o seu reparo. O Prof. Lars Sennerby, da Universidade de Gotemburgo, Suécia, com longa experiência em pesquisa clínica com implantes, e editor de uma das mais importantes revistas científicas da área, foi um dos maiores colaboradores na pesquisa e validação dessa tecnologia, e agora nos brinda com esta excelente entrevista, concedida ao Dr. Márcio Borges Rosa, explicando o funcionamento e a aplicação desse aparelho.

Lars Sennerby

como surgiu o seu interesse pelos

implantes bucais e quando começou

a trabalhar com pesquisa nessa área?

Meu interesse em pesquisas surgiu cedo,

até mesmo antes da universidade, e por isso

me dediquei à Odontologia. Na verdade, eu

nunca me vi como um futuro clínico, mas an-

siava pelo trabalho de laboratório. A primeira

matéria na Faculdade de Odontologia foi Ana-

tomia, e ocorreu que o chefe do departamen-

to era o Prof. P-I. Brånemark. Naquela época,

em 1981, eu nunca tinha ouvido falar dele ou

de implantes dentários. No entanto, o seu bra-

ço direito, Prof. Tomas Albrektsson, deu uma

palestra sobre neuroanatomia e convidou os

alunos interessados para participar do seu

grupo de biologia óssea. Então, entrei no

grupo com um amigo, Ulf Nannmark (ago-

ra também um professor na Universidade de

Gotemburgo), mas ainda assim não sabia o

que estava acontecendo nesse departamen-

to. Nós, imediatamente, nos envolvemos no

departamento como professores de anatomia

dos alunos mais jovens e com pesquisas.

O foco científico, naquele momento, esta-

va em microscopia intravital de tecidos moles

e ósseos. Ulf e eu trabalhamos em um pro-

jeto com microscopia intravital, estudando a

inflamação aguda na bochecha de hamsters,

o que foi muito interessante e permitiu-nos

Como citar esta seção: Sennerby L. Entrevista. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):8-15.

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9

Sennerby L

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):8-15 9

Sennerby L

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):8-15

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Explicações e aplicações

16 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):16-26

Transplantar lâminas de cortical com periósteo cria um novo ambiente para a osteogênese e

osseointegração: fundamentosou

Biologia do reparo ósseo em Restauração Dentoalveolar Imediata

ou Por que na Restauração Dentoalveolar Imediata o transplante não necrosa ou sequestra?

Alberto Consolaro, Franklin Moreira Leahy

O tecido ósseo representa um tecido conjun-

tivo especial cuja matriz extracelular está minerali-

zada em sua maior parte. O fato da matriz óssea

ser mineralizada não implica que está sem vida,

pois tem metabolismo próprio, remodelação cons-

tante e uma população celular muito ativa. Os os-

teócitos no seu interior (Fig. 1, 2) têm numerosos

prolongamentos que o contatam com outras 20 a

40 células em média, estabelecendo-se uma rede

por toda a matriz óssea mineralizada.

A matriz óssea mineralizada apresenta-se,

portanto, entrecortada por incontáveis canalículos

contendo os prolongamentos citoplasmáticos dos

osteócitos que devem exercer funções como inte-

ração célula-célula e com mediadores. Essa rede de

osteócitos em suas lacunas ou osteoplastos acaba

por controlar o volume e a forma do osso, sendo

esse mecanismo, provavelmente, o principal res-

ponsável pela adaptação às exigências funcionais

pela captação das deflexões e compressões ós-

seas. Essas células receberiam também estímulos

advindos das superfícies ósseas nas interfaces com

os tecidos moles internos e externos.

Apesar de ser um tecido conjuntivo especial, to-

das as vezes que espaços surgirem em decorrência

de fraturas e cirurgias ósseas, o tecido conjuntivo

resumo

Na técnica da Restauração Dentoalveolar Imediata o reparo ósseo observado quando associado ao sucesso clínico

funcional e estético permitiu-nos ressaltar o papel biológico do periósteo na sua função de compartimentalizar

o ambiente ósseo e também a sua capacidade reacional osteogênica. O periósteo sobre a cortical impede que

células dos tecidos vizinhos colonizem o coágulo sanguíneo e o tecido de granulação nas cavidades e superfícies

ósseas. Além de atuar como barreira física, o periósteo fornece os vasos sanguíneos para os ossos e apresenta

uma efetiva capacidade osteogênica reacional frente a estímulos de baixa intensidade e longa duração caracteriza-

da por novas camadas ósseas depositadas sobre a cortical, um fenômeno denominado de Periostite Ossificante.

Como citar esta seção: Consolaro A, Leahy FM. Transplantar lâminas de cortical com periósteo cria um novo ambiente para a osteogênese e osseointegração:

fundamentos. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):16-26.

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26

Transplantar lâminas de cortical com periósteo cria um novo ambiente para a osteogênese e osseointegração: fundamentos

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):16-26

rEFErênciaS

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1980 Oct;24(4):683-703.

alberto consolaro E-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

alberto consolaro

•Professor Titular da FOB-USP e da Pós-graduação da

FORP-USP.

Franklin moreira leahy

•Implantodontista em Salvador e doutorando na USC -

Bauru.

Enviado em: 29/07/11Revisado e aceito: 02/08/11

3. Rosa JCM, Rosa ACPO, Zardo CM, Rosa DM, Adolfi D,

Canullo L, et al. Restauração Dentoalveolar Imediata –

Implantes com carga imediata em alvéolos comprometidos.

São Paulo: Ed. Santos; 2010.

4. Squier CA, Ghoneim S, Kremenak CR. Ultrastructure of the

periosteum from membrane bone. J Anat. 1990;171:233-9.

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Pergunte a um Expert

28 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):28-41

Protocolo de tratamento cirúrgico odontológico em

pacientes em terapia com anticoagulantes orais

O risco de hemorragia após procedimentos cirúrgicos

odontológicos constitui-se em grande preocupação para

os cirurgiões-dentistas, especialmente em pacientes que

usam anticoagulantes orais. Os anticoagulantes orais são

medicamentos utilizados para diminuir o risco de formação

de trombos em pacientes de alto risco. Estão indicados na

prevenção do tromboembolismo venoso, embolia sistêmica

em pacientes com prótese de válvulas cardíacas, doença

vascular cardíaca, fibrilação atrial, acidente vascular cere-

bral, infarto agudo do miocárdio e de sua recorrência.

Muitos dos pacientes que utilizam anticoagulantes

orais necessitam ser submetidos a procedimentos cirúr-

gicos odontológicos, levando à preocupação quanto ao

risco de sangramento durante a cirurgia ou no pós-ope-

ratório. Assim sendo, alguns estudos recomendaram a

suspensão do uso dos medicamentos antes da realização

da cirurgia, retomando-o posteriormente1,2,3. Por outro

lado, o risco de desenvolvimento de tromboembolismo

após a suspensão dos anticoagulantes orais existe e traz

consequências devastadoras para o paciente4, levando à

preocupação se deve-se ou não suspender o uso des-

ses medicamentos antes das cirurgias odontológicas para

instalação de implantes osseointegrados, extração de

dentes ou tratamento da doença periodontal. Portanto,

o objetivo deste artigo é apresentar conceitos atuais que

direcionam a conduta do cirurgião-dentista para o trata-

mento de pacientes anticoagulados.

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana

Quais são os tipos de anticoagulantes orais mais

utilizados para prevenção de tromboembolismo?

Os medicamentos mais utilizados para prevenção de

tromboembolismo são a varfarina sódica — disponível no

Brasil sob os nomes comerciais de Marevan (Farmoquí-

mica) e Coumadin (Bristol-Meyers-Squibb) —, o ácido

acetilsalicílico, além da heparina. Desses, os mais frequen-

temente utilizados são a varfarina sódica e a aspirina.

Efeitos anticoagulantes dos medicamentos

A varfarina sódica é um derivado da cumarina, que

produz efeito anticoagulante por interferir com a inter-

conversão cíclica da vitamina K e seu epóxido (vitamina

K epóxido), e tem sido muito utilizada para preven-

ção de tromboembolismo5,6. Vários fatores genéticos,

medicamentos, dieta e doenças podem interferir com

a absorção e os efeitos da varfarina sódica. O consu-

mo aumentado de vitamina K na dieta pode reduzir o

efeito anticoagulante da varfarina, enquanto o consumo

reduzido pode potencializar seu efeito. Estados hiper-

metabólicos produzidos por febre ou hipertireoidismo

aumentam a resposta à varfarina, possivelmente por

aumentar o catabolismo de fatores da coagulação de-

pendentes da vitamina K ou por interferir com outras

vias da hemostasia5.

Alguns antibióticos também podem potencializar o

efeito anticoagulante da varfarina sódica6,7. Assim, o uso

Como citar esta seção: Sant’Ana ACP. Protocolo de tratamento cirúrgico odontológico em pacientes em terapia com anticoagulantes orais. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011

jul-set;5(3):28-41.

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40

Protocolo de tratamento cirúrgico odontológico em pacientes em terapia com anticoagulantes orais

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):28-41

» Medidas hemostáticas locais devem ser

empregadas para controle do sangramen-

to durante e depois da cirurgia, incluindo

uso de compressão com gaze, celulose

oxidada, esponja de gelatina, cola de fibri-

na e bochechos com solução aquosa de

ácido tranexâmico a 5%.

» Pacientes que apresentarem outras do-

enças sistêmicas ou utilizarem outros

medicamentos antiplaquetários ou antico-

agulantes deverão ser referidos ao médico

antes do tratamento odontológico invasivo

e tratados em ambiente hospitalar.

» O uso de antibióticos e anti-inflamató-

rios não esteroidais deve ser evitado,

quando possível, em pacientes antico-

agulados, devido à potencialização do

efeito anticoagulante.

rEFErênciaS

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41

Sant’Ana ACP

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):28-41

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Endereço para correspondência

adriana campos Passanezi Sant’anaE-mail: [email protected]

Enviado em: 15/07/11Revisado e aceito: 27/07/11

adriana campos Passanezi Sant’ana

- Professora Associada, Disciplina de Periodontia, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

- Coordenadora do curso de Especialização em Periodontia - Faculdade de Odontologia de Bauru-USP.

Page 17: perio_v05n03

artigo inédito

42 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):42-9

* Aluno de Doutorado do Programa de Pós-Gradua-

ção Clínica Odontológica da Faculdade de Odonto-

logia de Piracicaba-UNICAMP.

** Professor do Programa de Pós Graduação em Im-

platologia da Universidade Sagrado Coração.

*** Professora do Programa de Pós-Graduação Clínica

Odontológica da Faculdade de Odontologia de

Piracicaba-UNICAMP.

Palavras-chave

Implante dentário. Osseointegração.

Titânio.

resumo

O sucesso dos implantes está, frequentemente, associado ao processo de os-

seointegração. Isso leva a uma busca por tratamentos de superfície para que

o titânio se torne cada vez mais bioativo e induza a neoformação óssea. O

conceito da superfície biomimética surge com o intuito de gerar uma superfície

que module positivamente a osseointegração, de modo que o implante apre-

sente capacidade de osteoindução por meio do reconhecimento biomolecular

da superfície. A hidroxiapatita e os fosfatos de cálcio foram os primeiro agentes

propostos para o biomimetismo da superfície com o tecido ósseo; no entanto,

hoje é proposta a utilização de proteínas da matriz extracelular óssea e fatores

de crescimento para mimetizar a fisiologia do tecido e aumentar ainda mais

a previsibilidade dos implantes. Quando os resultados das pesquisas pude-

rem ser traduzidos em projetos industriais, novas superfícies podem surgir no

mercado, garantindo maior segurança para a instalação de implantes em sítios

ósseos desfavoráveis e o carregamento oclusal precoce.

Superfícies biomiméticas — novo paradigma

da osseointegração

Plinio Mendes SEnna*, Bruno Salles Sotto-maior**, Carlos Eduardo FranciSchonE**,

Altair Antoninha DEl BEl cury***

Como citar este artigo: Senna PM, Sotto-Maior BS,

Francischone CE, Del Bel Cury AA. Superfícies biomimé-

ticas — novo paradigma da osseointegração. Rev Dental

Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):42-9.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

Page 18: perio_v05n03

48

Superfícies biomiméticas — novo paradigma da osseointegração

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):42-9

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49

Senna PM, Sotto-Maior BS, Francischone CE, Del Bel Cury AA

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):42-9

Bruno Salles Sotto-maiorRua Irmã Arminda, 10-50 – Jardim Brasil CEP: 17.011-160 – Bauru / SPE-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

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Enviado em: 22/06/11Revisado e aceito: 27/07/11

Page 20: perio_v05n03

20 e 21 outubro de 2011Belo Horizonte • MG • BrasilMercure Lourdes Hotel

Realização: Clínica José Alfredo MendonçaInscrições/Informações: Secretaria Executiva do Evento

Av. Prudente de Morais, 287 • Sala 1011 • Cidade Jardim • Belo Horizonte • MG • 30350-093

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Prof. Dr. Me. André Luiz Zétola • CRO-PR-CD-7877

O Uso de Fatores de Crescimento (BMP) para a Reabilitação das Maxilas Atróficas: O Estado Atual.

Prof. Pós-doutorando, Dr. e Me. Gerdal Roberto de Sousa • CRO-MG-CD-14925

O Laser no Tratamento dos Implantes: Funciona?

Prof. Dr. Me. Júlio César Joly • CRO-SP-CD-55428

Estética Periimplantar.

Prof. Doutorando Márcio Borges Rosa • CRO-MG-CD-12620

Tratamento da Superfície do Implante: Qual a sua Real Influência?

Prof. Me. Ângelo Menuci Neto • CRO-RS-CD-9958

Implantes Curtos: Posso Usar? Preciso “Splintar”?

Prof. Dr. Me. José Alfredo Mendonça • CRO-MG-CD-12009

O Incisivo Central: Desafio ou Pesadelo?

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Prof. Doutorando e Me. José Carlos Martins da Rosa • CRO-RS-CD-7845

Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI): Implantes com Carga Imediata em Alvéolos Comprometi-dos - Técnica e Follow-up.

Prof. Dr. Me. Luis Guillermo Peredo Paz • Matr. P 125 . Colé-gio de Odont. da Bolívia

Planejamento em Reabilitação Oral: os Detalhes que Marcam a Diferença.

Prof. Dr. Me. Marco Aurélio Bianchini • CRO-SC-CD-3359

Periimplantite: O Que Eu Faço Com Isso?

CONVIDADOS ESPECIAIS e TEMAS:

Coordenação Executiva

Prof. Esp. Márcio Antônio OliveiraConrerp 3ª Reg. 1.264

Coordenador Científico e docente

Prof. Dr. Me. José Alfredo MendonçaCRO-MG-CD-12009

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2 • Grupos de 05(cinco) ou mais profissionais ou aqueles que partici-param de, pelo menos, 02(duas) versões anteriores do Meeting ou ainda, pós-gra duandos (especialização, mestrado, doutorado) têm desconto de 5% (cinco por cento). Neste último caso, indispensável anexar cópia de documento comprobatório junto à inscrição. Des-contos não cumulativos.

3 • Praxe anual, sortearemos, entre os 150 (cento e cinquenta) primeiros inscritos, uma isenção completa de pagamento do curso.

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c ATÉ 30/Setembro/2011: 03 (TRÊS) cheques (30/09 a 30/11/2011) de R$130,00 cada = 390,00 OU,

c ATÉ 07/Outubro/2011: 02 (DOIS) cheques (07/10 e 07/11/2011) de R$195,00 cada = 390,00 OU

c APÓS 07/Outubro/2011: (À VISTA E ACRÉSCIMO DE 50,00): 01 (UM) cheque de R$ 440,00.

6.2 • POR BOLETO BANCÁRIO:

c Aqueles que não trabalhem com cheques deverão emitir boleto pelo site, em PARCELA ÚNICA de R$390,00 até 07-10-2011 ou R$440,00, após 07-10-2011 (mais R$3,00 de tarifa bancária, em ambos os casos).

(Conforme condições da ficha de inscrição http://www.meetingimplante.com.br/inscricao

Consulte-a no site ou folder).

IMPLANTODONTIA, PERIODONTIA ESTÉTICA E PRÓTESEIMPLANTODONTIA, PERIODONTIA ESTÉTICA E PRÓTESE

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caso Selecionado

52 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):52-9

Lívia de Souza Tolentino, Roberta Saboia Gomes,

Rachel D'Aurea Furquim, Ana Paula Bonotto

introDuçãoA cirurgia periodontal é definida como um proce-

dimento cirúrgico realizado para corrigir ou eliminar

deformidades anatômicas ou traumáticas da gengiva

ou mucosa alveolar. As cirurgias periodontais são di-

vididas em cirurgias ressectivas e cirurgias plásticas1.

Por vários anos, os problemas gengivais foram

considerados como anomalias, que necessitavam

de tratamentos radicais. Tais procedimentos, quase

sempre, levavam a resultados antiestéticos da topo-

grafia gengival, como também a uma grande sensibi-

lidade dentária nas raízes expostas, sendo inúmeros

os pacientes que mostravam-se insatisfeitos no pós-

-operatório2. Com o advento das cirurgias reconstru-

tivas, especialmente a cirurgia plástica periodontal, a

Periodontia tem voltado sua atenção para a área es-

tética, o que leva ao consultório odontológico vários

pacientes preocupados em corrigir seus defeitos e,

consequentemente, os profissionais são mais exigi-

dos quanto aos resultados do tratamento1.

A cirurgia plástica periodontal tem como seus

três principais objetivos, solucionar problemas as-

sociados com: a gengiva inserida; vestíbulos rasos;

e freios aberrantes3. Os procedimentos associados

com a gengiva inserida podem ter tanto o objetivo

de aumentar a faixa de gengiva inserida ou quera-

tinizada — um exemplo é o procedimento de en-

xerto gengival —, quanto o de aumentar a coroa

clínica dentária, removendo parte da gengiva2.

O principal problema que pode ser associado

à existência de um freio ou uma brida com alta in-

serção é o acúmulo de placa bacteriana no local. O

acúmulo de placa bacteriana, por sua vez, provoca a

inflamação do local, ocasionando consequente reces-

são gengival. Sendo assim, as cirurgias de eliminação

do freio surgiram para minimizar esses problemas4.

A cada dia se torna mais necessário evidenciar a

importância das intervenções periodontais para res-

tabelecimento de fatores funcionais e estéticos em

pacientes com recessões, pouca faixa de gengiva

queratinizada e com linha de sorriso alta ou forma-

to anatômico dos dentes insatisfatório, visando uma

maior harmonia do sorriso, além da satisfação do

paciente para o sucesso final do tratamento5.

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo

apresentar um caso clínico ilustrando três técnicas

de cirurgia plástica periodontal, realizadas em um

mesmo paciente.

Cirurgia periodontal: uma solução para

restabelecimento funcional e estético do sorriso

Como citar este artigo: Tolentino LS, Gomes RS, Furquim RD, Bonotto AP. Cirurgia periodontal: uma solução para restabelecimento funcional e estético do sorriso.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):52-9.

Page 23: perio_v05n03

59Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):52-9

Tolentino LS, Gomes RS, Furquim RD, Bonotto AP

Endereço para correspondência

lívia de Souza tolentinoRua Campos Sales, 255CEP: 87.020-080 - Zona 7 - Maringá / PRE-mail: [email protected]

lívia de Souza tolentino

•EspecialistaemPeriodontia(UEL).

•Mestre em Odontologia Integrada (UEM).

•Doutoranda em Periodontia (FO-USP).

roberta Saboia gomes

•EspecialistaemPeriodontia(UEL).

•Mestre em Odontologia Integrada (UEM).

rachel D'aurea Furquim

•MestreemOdontologiaIntegrada(UEM).

• Pós-graduanda do curso de Prótese Dentária (UEM).

ana Paula Bonotto

•Pós-graduandadocursodeOrtodontia(ILAPEO).

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Enviado em: 08/06/11Revisado e aceito: 13/07/11

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caso clínico

60 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):60-7

* Mestrando em CTBMF na FOP/UNICAMP.

** Estagiária da área de CTBMF na FOP/UNICAMP.

*** Acadêmico do 7º período de Odontologia da Faculda-

de de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED-RO).

**** Mestrando em CTBMF na FOP/UNICAMP.

***** Professor Titular da FOP/UNICAMP.

Palavras-chave

Aumento do rebordo alveolar. Implante

dentário. Prótese dentária.

resumo

Atualmente, a reabilitação dos maxilares atróficos ainda permanece como gran-

de desafio ao cirurgião. A utilização da crista ilíaca tem sido apresentada na lite-

ratura como uma opção viável para o tratamento daqueles pacientes edêntulos

que apresentam severa atrofia dos rebordos alveolares. Sendo assim, o objetivo

do presente trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente que procurou o

Departamento de Cirurgia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Pi-

racicaba, da Universidade Estadual de Campinas, para realização de tratamento

com implantes dentários. Em sua avaliação clínica e radiográfica, evidenciou-se

tecido ósseo alveolar insuficiente para a instalação dos implantes. Diante disso,

a paciente foi orientada e submetida a uma cirurgia de reconstrução óssea com

abordagem da crista ilíaca como área doadora, sendo o procedimento cirúrgico

realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. Decorrido 5 meses da

realização da cirurgia de reconstrução óssea, foi realizada a instalação dos

implantes dentários em ambiente ambulatorial, sob anestesia local. Posterior-

mente, após 6 meses, foi realizada a instalação da prótese. Como conclusão,

pode-se afirmar que a crista ilíaca se mostrou uma opção previsível para a

reconstrução da atrofia maxilar.

Utilização da crista ilíaca nas reconstruções

ósseas da cavidade bucal: relato de caso

Claudio Ferreira nóia*, Natacha Kalline de olivEira**, Claudinei Ferreira nóia***,

Rafael Ortega loPES****, Renato mazzonEtto*****

Como citar este artigo: Nóia CF, Oliveira NK, Nóia

CF, Lopes RO, Mazzonetto R. Utilização da crista ilíaca

nas reconstruções ósseas da cavidade bucal: relato de

caso. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-

-set;5(3):60-7.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

Page 25: perio_v05n03

66

Utilização da crista ilíaca nas reconstruções ósseas da cavidade bucal: relato de caso

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):60-7

Use of iliac crest in the bone reconstruction of the oral

cavity: Case report

aBStract

Currently, the rehabilitation of atrophic jaws still remains a challenge for surgeons. The use of iliac crest has been presented in the literature as a viable option for the treatment of those edentulous patients who have severe atrophy of the alveolar ridges. Therefore, the objective of this study is to report the case of a patient who sought the department of Oral and Maxillofacial Surgery from the College of Dentistry of Piracicaba/ State University of Campinas for completion of treatment with dental implants. The clinical and radiographic evaluation revealed a alveolar bone tissue insuffi cient for the installation of implants. Given that, the patient was oriented and underwent reconstructive surgery with bone approach of the iliac crest as the donor, and the surgical procedure was performed at a hospital under general anesthesia. Five months after the bone reconstruction surgery, the installation of dental implants was performed in an outpatient setting under local anesthesia. Later, after six months, the installation of the prosthesis was carried out. In conclusion, it can be said that the iliac crest showed a predictable option for the reconstruction of maxillary atrophy.

KEyWorDS: Alveolar bone loss. Dental implants. Dental prosthesis.

2) A utilização de osso autógeno na reade-

quação de rebordos alveolares atrófi cos

deve ser o tratamento de escolha, de-

vido às suas propriedades ideais e ao

baixo índice de complicações.

3) A crista ilíaca é uma área doadora extra-

bucal que constitui uma boa alternativa

para casos em que são necessárias gran-

des quantidades ósseas, como nos casos

de reconstruções totais dos maxilares.

rEFErênciaS

1. Triplett RG, Schow SR. Autologous bone grafts and

endosseous implants: complementary techniques. J Oral

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Page 26: perio_v05n03

67

Nóia CF, Oliveira NK, Nóia CF, Lopes RO, Mazzonetto R

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):60-7

claudio Ferreira nóiaAV. Limeira, 901 - Área de CBMF – FOP/UnicampCEP: 13.414-910 – Areião – Piracicaba / SPE-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

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2004;33(2):157-63.

Enviado em: 29/11/10Revisado e aceito: 30/06/11

Page 27: perio_v05n03
Page 28: perio_v05n03

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Page 29: perio_v05n03

caso clínico

70 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):70-8

* Mestranda em Clínica Odontológica (área de concen-

tração Periodontia) na Faculdade de Odontologia de

Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP

– Unicamp).

** Professor Doutor da Disciplina de Periodontia da

Faculdade de Odontologia de São José dos Campos,

Universidade Estadual de São Paulo (FOSJC – Unesp).

*** Professora Doutora da Disciplina de Periodontia na

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade

Estadual de Campinas (FOP – Unicamp).

**** Professor Doutor da Disciplina de Periodontia na

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade

Estadual de Campinas (FOP – Unicamp).

***** Professor Titular da Disciplina de Periodontia na Fa-

culdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade

Estadual de Campinas (FOP – Unicamp).

Palavras-chave

Periodontite agressiva. Perda óssea al-

veolar. Perda da inserção periodontal.

resumo

O uso de enxertos ósseos está entre as terapias regenerativas mais ampla-

mente empregadas em Periodontia. Apesar de a regeneração completa dos

tecidos periodontais perdidos não ser obtida de maneira previsível com o uso

dessa técnica, diversos estudos clínicos demonstram que seu uso resulta em

melhoras clínicas significativas — como redução da profundidade de sondagem

e ganho de inserção clínica —, quando comparado ao debridamento a retalho

isoladamente. A maioria dos estudos avaliando o efeito das terapias regene-

rativas envolve pacientes com periodontite crônica, contudo, alguns relatos da

utilização de enxertos em defeitos periodontais de pacientes com periodontite

agressiva têm demonstrado que essa técnica também é capaz de promover

benefícios nesses pacientes. Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo

relatar o acompanhamento clínico de sete meses de terapia periodontal rege-

nerativa, utilizando-se enxerto ósseo bovino em defeitos periodontais infraós-

seos, de paciente fumante com periodontite agressiva generalizada. Pôde-se

observar que essa terapia, juntamente com um adequado controle de placa

e rigoroso programa de manutenção periodontal, foi capaz de promover me-

lhoras dos parâmetros clínicos avaliados, demonstrando ser um procedimento

viável em pacientes com periodontite agressiva.

Uso de enxerto ósseo xenógeno em

defeitos infraósseos de paciente fumante

com periodontite agressiva generalizada:

relato de caso

Miki Taketomi Saito*, Mauro Pedrine Santamaria**, Karina Gonzales SilvÉrio***,

Marcio Zaffalon caSati****, Francisco Humberto nociti Junior*****,

Antônio Wilson Sallum*****, Enilson Antônio Sallum*****

Como citar este artigo: Saito MT, Santamaria MP, Silvé-

rio KG, Casati MZ, Nociti Jr FH, Sallum AW, Sallum EA. Uso

de enxerto ósseo xenógeno em defeitos infraósseos de

paciente fumante com periodontite agressiva generalizada:

relato de caso. Rev Dental Press Periodontia Implantol.

2011 jul-set;5(3):70-8.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

Page 30: perio_v05n03

78

Uso de enxerto ósseo xenógeno em defeitos infraósseos de paciente fumante com periodontite agressiva generalizada: relato de caso

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):70-8

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2010;37(1):80-7.

mauro Pedrine SantamariaAv. Limeira, 901 CEP: 13.414-903 – Piracicaba / SPE-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

Enviado em: 14/03/11Revisado e aceito: 13/07/11

Page 31: perio_v05n03
Page 32: perio_v05n03

caso clínico

80 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):80-91

* Professor Coordenador da Especialização da ABO

de São Caetano e da APIO (Associação Paulista de

Implantodontia e Ortodontia).

** Professora do mestrado e especialização em Implan-

todontia da Unisa. Professora coordenadora do curso

de especialização em Implantodontia da ABO de São

Caetano e da APIO.

*** Professor no curso de especialização em Implanto-

dontia da APIO.

Palavras-chave

Maxila. Osseointegração. Implante dentário.

resumo

A reabilitação de pacientes com maxila severamente atrófica é um dos maiores

desafios na Implantodontia atual. A grande dificuldade inerente da reabilitação e

a necessidade de extensas reconstruções ósseas (enxertos onlay, levantamen-

to de seio maxilar) podem elevar o grau de morbidade cirúrgica e o tempo de

tratamento. As fixações zigomáticas têm sido apresentadas na literatura como

uma opção viável para o tratamento de pacientes com esse quadro clínico.

Neste artigo será apresentado o relato de um caso clínico com reabilitação da

maxila por meio da instalação de quatro implantes zigomáticos e uma prótese

fixa parafusada sobre os implantes, instalada dois dias após a cirurgia, subme-

tendo os implantes à carga imediata.

Reabilitação de maxila atrófica com prótese

implantossuportada empregando quatro

fixações zigomáticas: relato de caso clínico

Marcello Roberto manzi*, Angélica Castro PimEntEl**, Walter Moura FErrEira***

Como citar este artigo: Manzi MR, Pimentel AC,

Ferreira WM. Reabilitação de maxila atrófica com prótese

implantossuportada empregando quatro fixações zigomá-

ticas: relato de caso clínico. Rev Dental Press Periodontia

Implantol. 2011 jul-set;5(3):80-91.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

Page 33: perio_v05n03

90

Reabilitação de maxila atrófi ca com prótese implantossuportada empregando quatro fi xações zigomáticas: relato de caso clínico

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):80-91

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Rehabilitation of atrophic maxilla with

implant-supported prosthesis using four zygomatic

fixation: case report

aBStract

The rehabilitation of patients with severely atrophic maxilla is one of the greatest challenges in implant dentistry today. The diffi culty inherent in this rehabilitation and the need for extensive bone reconstruction (onlay grafts, sinus lifting) can raise the level of surgical morbidity and treatment time. The zygomatic fi xations have been presented in literature as a viable option for the treatment of patients with this clinical scenario. This paper reports a clinical case of rehabilitation of the maxilla through the installation of four zygomatic implants and a fi xed prosthesis screwed over the implants, installed two days after surgery, with the implants subjected to immediate loading.

KEyWorDS: Osseointegration. Dental implants. Maxillofacial prosthesis.

Page 34: perio_v05n03

91

Manzi MR, Pimentel AC, Ferreira WM

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):80-91

marcello roberto manzi Av. Waldemar Carlos Pereira, 1798 CEP: 03.5533-002 – Vila Matilde – São Paulo / SPE-mail: [email protected]

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Enviado em: 05/04/11Revisado e aceito: 12/07/11

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caso clínico

94 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):94-100

* Especialistas, mestres e doutorandos em Periodontia na

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP.

** Professor Titular do Departamento de CTBMF e

Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão

Preto - USP.

Palavras-chave

Retração gengival. Cirurgia plástica.

Colágeno.

resumo

As retrações gengivais acometem uma grande parte da população e causam

desconforto (devido à hipersensibilidade dentinária), prejuízo estético e au-

mentam o acúmulo de placa sobre as raízes expostas, podendo facilitar a ocor-

rência de cáries. Na tentativa de aumentar a previsibilidade dos procedimentos

de recobrimento radicular, frequentemente são utilizados enxertos de tecido

conjuntivo subepitelial (ETCS). No entanto, a remoção desse enxerto autógeno

gera a necessidade de uma segunda área operatória, aumentando o tempo

operatório e a morbidade cirúrgica. Dessa forma, os substitutos para os ETCS

têm sido produzidos para diminuir a morbidade e tornar esses procedimentos

mais rápidos. Recentemente, foi internacionalmente lançada uma membrana

colágena de origem suína (Mucograft), que tem demonstrado resultados pro-

missores. O objetivo do presente relato de caso é demonstrar o emprego dessa

membrana no recobrimento radicular. No tratamento proposto, tratou-se a re-

tração gengival, obtendo um bom resultado em procedimento rápido e seguro,

agradando a paciente. O emprego desse produto demonstrou ser uma boa

opção para o recobrimento radicular.

Uso do Mucograft no tratamento de

retração gengival

Danilo Maeda rEino*, Arthur Belém novaES Jr.**,

Patrícia Garani FErnanDES*, Luciana Prado maia*

Como citar este artigo: Reino DM, Novaes Jr. AB, Fer-

nandes PG, Maia LP. Uso do Mucograft no tratamento de

retração gengival. Rev Dental Press Periodontia Implantol.

2011 jul-set;5(3):94-100.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

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99

Reino DM, Novaes Jr. AB, Fernandes PG, Maia LP

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):94-100

Use of Mucograft to treat gingival recession

aBStract

Gingival recessions affects a large proportion of the population and can cause aesthetic damage, discomfort due to dentin hypersensitivity, and increase in accumulation of plaque on exposed roots, which may facilitate the occurrence of caries. In an attempt to increase the predictability of root coverage procedures, the subepithelial connective tissue graft (ETCS) is often used. However, the harvest of autogenous ETCS demands a second surgical area, increasing the surgical time and patient’s morbidity. In this way, substitutes for the ETCS has been produced to reduce morbidity and time spent in these procedures. Recently, a collagen membrane of porcine origin (Mucograft) has been internationally introduced, which has shown promising results. The purpose of this report is to demonstrate the use of this new membrane in root coverage. The proposed treatment solved the gingival recession with a good result, making the procedure quicker, safer and pleasant for the patient. The use of this product proved to be a good choice for root coverage.

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100

Uso do Mucograft no tratamento de retração gengival

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):94-100

Danilo maeda reinoAv. do Café, s/nCEP: 14.040-904 – Monte Alegre – Ribeirão Preto / SPE-mail: daniloreino@hotmail. com.br

Endereço para correspondência

Enviado em: 09/05/11Revisado e aceito: 27/06/11

8. Novaes AB Jr, Grisi DC, Molina GO, Souza SL, Taba M Jr, Grisi

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artigo inédito

101Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):101-10

* Mestrando em Periodontia pela UNIP. Diretor Clínico

do INEPO - SP.

** Diretor Científico do INEPO.

*** Doutor em Periodontia, UNESP Araraquara.

**** Professor dos Cursos de Especialização em Implan-

todontia da FOUFBA e FUNORTE/BA.

***** Doutor em Biomateriais, USP Bauru.

Palavras-chave

Implantes dentários. Qualidade de vida.

Carga imediata em implante dentário.

resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da reabilitação bucal com próteses

fixas suportadas por implantes em pacientes edêntulos totais mandibulares. A

amostra foi formada por doze pacientes do Instituto Nacional de Experimentos

e Pesquisas Odontológicas (INEPO, São Paulo, Brasil), com média de idade de

59 anos, que se submeteram a cirurgia para instalação de quatro implantes

na região mandibular seguida pela instalação de prótese fixa em protocolo de

carga imediata funcional. Os pacientes responderam a um questionário conten-

do quatorze perguntas objetivas de múltipla escolha (OHIP-14 - Oral Health

Impact Profile) em duas ocasiões: previamente à cirurgia de implantes e seis

meses após a instalação da reabilitação protética. A análise estatística dos

dados obtidos demonstrou que a qualidade de vida dos pacientes melhorou

significativamente (P = 0,001) após a substituição da prótese total removível

pela prótese fixa sobre implantes.

Avaliação do impacto do edentulismo total

mandibular e da reabilitação fixa sobre

implantes com carga imediata na qualidade

de vida de pacientes idosos

Fábio BEzErra*, Ariel lEnharo**, Roberto Sales PESSoa***,

Luis Rogério da Silva DuartE****, José Mauro granJEiro*****

Como citar este artigo: Bezerra F, Lenharo A, Pessoa

RS, Duarte LRS, Granjeiro JM. Avaliação do impacto do

edentulismo total mandibular e da reabilitação fixa sobre

implantes com carga imediata na qualidade de vida de

pacientes idosos. Rev Dental Press Periodontia Implantol.

2011 jul-set;5(3):101-10.

» Os autores declaram não ter interesses associativos,

comerciais, de propriedade ou financeiros, que represen-

tem conflito de interesse, nos produtos e companhias

descritos nesse artigo.

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Bezerra F, Lenharo A, Pessoa RS, Duarte LRS, Granjeiro JM

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):101-10

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Avaliação do impacto do edentulismo total mandibular e da reabilitação fi xa sobre implantes com carga imediata na qualidade de vida de pacientes idosos

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):101-10

Fábio BezerraRua Almeida Garret, 57 CEP: 41.850-020 – Salvador / BAE-mail: [email protected]

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Enviado em: 26/05/11Revisado e aceito: 07/07/11

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normas de apresentação de originais

111Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):111-2

— A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia, dirigi-da à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos pro-fissionais da área, comunicações breves e atualidades.

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ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO DE MANUSCRITOS— Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com — Organize sua apresentação como descrito a seguir:

1. Página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e abs-

tract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exem-

plo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250

palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODU-

ÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os au-tores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas.

— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras--chave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Intro-

dução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclu-sões, Referências, e Legendas das figuras.

— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências.

— envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto,

para orientar a montagem final do artigo.

4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em

CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda

deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.

5. Gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões ori-

ginais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em for-mato de imagem bitmap (não editável).

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenha-dos pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem comple-

mentar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem

em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua

uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Ex-

cel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).

Page 44: perio_v05n03

normas de apresentação de originais

112 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jul-set;5(3):111-2

* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com

7. Comitês de Ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a parece-

res de Comitês de Ética.

8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das se-

guintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo:

— Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a

Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com

o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado.— Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomen-

dações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal.

— Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade, que não deve ser

violada sem um consentimento informado.

9. Referências— todos os artigos citados no texto devem constar na lista

de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências

serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por núme-

ros arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser nor-malizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos auto-res; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

— utilize os exemplos ao lado.

Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lam-brechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de cursoBeltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.

Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov--dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.