Perplex i Dade
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Perplexidade A criana estava perplexa. Tinha os olhos maiores e mais brilhantes do que nos outros
dias, e um _________ novo, vertical, entre as ____________ breves. No percebo,
disse.
Em frente da _______________, os pais. Olhar para o pequeno _____________ era a
maneira de olharem um para o outro. Mas nessa noite, nem isso. Ela fazia
______________, ele tinha o jornal aberto. Mas ____________ e jornal eram ____.
Nessa noite recusavam mesmo o ______________ onde os seus olhares se
confundiam. A menina, ____________, ainda no tinha idade para _____________ to
adultos e ______________, e, sentada no cho, olhava de frente, com toda a sua
alma. E ento o olhar grande a _____________ e aquilo de no perceber. No
percebo, repetiu. O que que no percebes? disse a me por dizer, no fim da
__________, aproveitando a deixa para ___________ o silncio ruidoso em que
algum _____________ algum com ________________ de malvadez.
Isto, por exemplo.
Isto o qu
Sei l. A vida, disse a criana com ______________.
O pai _____________ o jornal, quis saber qual era o problema que preocupava tanto a
filha de oito anos, to subitamente. Como de _____________ preparava-se para lhe
explicar todos os problemas, os de _______________ e os outros.
Tudo o que nos dizem para no fazermos mentira.
No percebo.
Ora, tanta coisa. Tudo. Tenho pensado muito e...Dizem-nos para no matar, para no
bater. At no beber ____________, porque faz mal. E depois a televiso...Nos filmes,
nos ___________...Como a vida, afinal?
A mo largou o __________ e ____________ em seco. O pai respirou fundo como
quem se prepara para uma ________________ difcil.
Ora vejamos, disse ele olhando para o ___________ em busca de inspirao. A
vida... Mas no era to fcil como isso falar do ____________, do ___________, do
absurdo que ele aceitara como normal e que a filha, aos oito anos, recusava.
A vida..., repetiu.
As __________ do ____________ tinham recomeado a ___________ como pssaros
de asas cortadas.
Maria Judite de Carvalho in O Jornal, 2-10-81