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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ÂNGELA DE JESUS ROCHA AFONSO PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO SIDESC CLUBE CARD DO GRUPO CONNEX EM FLORIANÓPOLIS São José 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ÂNGELA DE JESUS ROCHA AFONSO

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO

SIDESC CLUBE CARD DO GRUPO CONNEX EM

FLORIANÓPOLIS

São José

2007

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ÂNGELA DE JESUS ROCHA AFONSO

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO SIDESC CLUBE CARD DO GRUPO CONNEX EM

FLORIANÓPOLIS.

Trabalho de Conclusão de estágio – projeto de aplicação – apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professor Orientador: Rogério Raul da Silva

São José

2007

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ÂNGELA DE JESUS ROCHA AFONSO

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO SIDESC CLUBE CARD DO GRUPO CONNEX EM

FLORIANÓPOLIS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em 29 de

Novembro de 2007

Prof. (a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – Campus São José Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof., (a) MSc. Rogério Raúl da Silva Univali – Campus São José

Professor Orientador

Prof. (a) Esp. Vanderléia Martins Lohn Univali – Campus São José

Membro

Prof. (a) MSc. Evelize Mara de Souza Gomes Martins Univali – Campus São José

Membro

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Presto homenagem aos meus pais e aos meus irmãos que durante a minha trajetória longe de casa sempre me apoiaram e depositaram a confiança em mim. Também aos meus colegas e amigos que fiz no Brasil que contribuíram de forma significativa, a diminuir as saudades da família superando os obstáculos para o alcance do meu objetivo.

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Agradeço a Lia que contribuiu de forma relevante para o

desenvolvimento do trabalho. Ao Grupo Connex por ter

proporcionado a oportunidade da realização do estágio e

também o meu crescimento profissional. E ao Rogério pela

paciência e a ajuda no desenvolvimento do presente trabalho.

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RESUMO

O objetivo geral do trabalho é analisar o grau de satisfação dos clientes do Grupo Connex em

relação ao serviço do Sidesc Cube Card, como objetivos específicos conhecer as variáveis

associadas à satisfação dos clientes, conhecer o perfil dos clientes, identificar pontos fortes e

fracos do ambiente interno na percepção do cliente, conhecer a percepção dos clientes do

Sidesc Clube Card em relação aos serviços oferecidos. Para o alcance dos resultados a

metodologia utilizada foi à pesquisa documental do perfil dos associados, entrevista com a

gerente do atendimento seguindo um roteiro com perguntas abertas e qualitativas e por fim a

pesquisa qualitativa e quantitativa com os clientes através do telefone. Para os clientes foi

aplicado um questionário contendo 17 perguntas, que foram elaboradas com base nas cinco

dimensões da qualidade. Os resultados da pesquisa é que foi constatado que os clientes estão

satisfeitos com os serviços oferecidos pelo Sidesc Clube Card, embora em algumas

dimensões apontem que pode ser melhorado para gerar mais qualidade e por fim a satisfação.

Pela pesquisa pode-se concluir que, os clientes de Florianópolis que possuem o cartão Sidesc

Clube Card estão satisfeitos com os serviços prestados pela empresa. No entanto essa

satisfação não significa que tudo está bem, pois existem ainda alguns pontos a serem

melhorados e ou aperfeiçoados gerando assim cada vez mais satisfação para os clientes e a

criação de um relacionamento de longo prazo.

Palavras-chave: Satisfação dos clientes, Qualidade, Marketing de relacionamento.

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ABSTRACT

The objective of the work is to analyze the satisfaction degree of the customers at Grupo Connex in relation to the service of the Sidesc Club Card, to knowing the variable associates to the satisfaction of the customers, to knowing the profile of the customers, to identifing strong and weak points of the internal environment in the perception of the customer, to knowing the perception of the customers of the Sidesc Card Club in relation to the offered services. To the reach of the results the used methodology was to the documentary research of the profile of the associates, interview with the manager of the attendance following a script with open and qualitative questions and finally the qualitative and quantitative research with the customers throughout the telephone. For the customers a questionnaire was applied contends 17 questions, that had been elaborated on the basis of the five dimensions of the quality. The results of the research are that it was evidenced that the customers are satisfied with the services offered by the Sidesc Card Club, even so in some dimensions they point that she can be improved to generate more quality and finally the satisfaction. For the research it it can be concluded that, the customers of Florianópolis who possess the Sidesc Club Card are satisfied with the services given by the company. However this satisfaction does not mean that everything is well, therefore it still exists some points to be improved and or perfected thus generating each time more satisfaction for the customers and the creation of a relationship of long stated period. Key-words: Satisfaction of the customers, Quality.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Modelo genérico de qualidade de serviço de Grönroos............................................23

Figura 2: Cartão Sidesc Club Card .......................................................................................... 51

Figura 3: Cartão Pleno Card ..................................................................................................... 52

Quadro 1: Cinco dimensões da qualidade.................................................................................26

Quadro 2: Serviços são diferentes.............................................................................................29

Quadro 3: O triângulo de marketing de serviços.......................................................................32

Quadro 4: Composto de marketing expandido para serviços....................................................34

Quadro 5: Análise da satisfação em relação às dimensões da qualidade..................................77

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Sexo ........................................................................................................................ 53

Gráfico 2: Renda familiar mensal ............................................................................................. 53

Gráfico 3: Escolaridade ............................................................................................................ 54

Gráfico 4: Carro ........................................................................................................................ 54

Gráfico 5: Residência ............................................................................................................... 55

Gráfico 6: Faixa Etária ............................................................................................................. 56

Gráfico 7: Estado civil .............................................................................................................. 56

Gráfico 8: Clientes que utilizaram o cartão .............................................................................. 57

Gráfico 9: A explicação dos benefícios do cartão pelo representante ...................................... 58

Gráfico 10 Tempo para entrega do guia e cartão...................................................................... 59

Gráfico 11: Forma de pagamento ............................................................................................. 60

Gráfico 12 Facilidade de obter informações sobre o serviço Sidesc ........................................ 60

Gráfico 13: Fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades ......................... 62

Gráfico 14: Fornecimento de farmácia, posto de combustíveis e odontologia ........................ 63

Gráfico 15: Agilidade e atenção da rede credenciada no atendimento ..................................... 64

Gráfico 16: Rapidez e atenção no atendimento nas clínicas para agendar horário para consulta

.......................................................................................................................................... 64

Gráfico 17: Contato com a empresa, após a compra ................................................................ 65

Gráfico 18: Educação, cortesia e disposição para ajudar por parte do atendente Sidesc ......... 66

Gráfico 19: Educação, cortesia e disposição para ajudar no atendimento Sidesc .................... 67

Gráfico 20: Agilidade e objetividade no atendimento Sidesc .................................................. 67

Gráfico 21: Expectativa - percepção do cliente ........................................................................ 68

Gráfico 22: Principal benefício do Sidesc ................................................................................ 69

Gráfico 23: Indicação do Serviço ............................................................................................. 70

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Gráfico 24: Sugestões do cliente .............................................................................................. 71

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13

1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA ........................................................................................... 14

1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 15

1.3 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 15

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 15

1.5 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 15

1.6 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ........................................................... 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 18

2.1 SERVIÇOS ................................................................................................................... 18

2.1.1. Características dos serviços .......................................................................................... 20

2.1.2. Qualidade em serviços .................................................................................................. 20

2.1.3. Avaliação da qualidade em serviços ............................................................................. 22

2.2 MARKETING .............................................................................................................. 27

2.2.1. Marketing de serviços ................................................................................................... 30

2.2.2. Marketing de relacionamento ....................................................................................... 36

2.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ............................................................... 39

2.4 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ................................................................................. 41

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ........................................................................................ 46

4 APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS E

INFORMAÇÕES ........................................................................................................ 49

4.1 EMPRESA GRUPO CONNEX .................................................................................... 49

4.2 SERVIÇOS DO GRUPO CONNEX ............................................................................ 50

4.3 PERFIL DOS CLIENTES SIDESC CLUBE CARD .................................................... 52

4.4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .......................................................... 57

4.5 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO SIDESC CLUBE

CARD DA EMPRESA GRUPO CONNEX EM FLORIANÓPOLIS ...................................... 72

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 77

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 80

APÊNDICE A - ROTEIRO DA ENTREVISTA COM A GERENTE .. ............................ 82

APÊNDICE B- QUESTIONÁRIO ........................................................................................ 84

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1 INTRODUÇÃO

A concorrência no atual mercado força empresas a criarem algo diferenciado para não

perder o cliente para o concorrente, e para lutar nesse mercado a solução é à busca da

competitividade. Ser competitivo é objetivo de toda organização que quer sobreviver num

ambiente onde existem várias organizações que oferecem produtos/serviços semelhantes e

quem define a competitividade em relação aos bons resultados proporcionados são os clientes.

Uma empresa que presta serviços aos clientes precisa apresentar qualidade, e

conseqüentemente terá clientes satisfeitos tornando-se mais competitiva. “O que existe é valor

total para o cliente - a combinação dos tangíveis e intangíveis experimentados pelo cliente nos

vários momentos da verdade que compõem sua percepção de transacionar com uma

organização”. (ALBRECHT, 1993, p. 49).

Desta forma a empresa deverá fazer o possível para que o cliente perceba o valor que a

mesma proporciona e deve iniciar no primeiro contato com o cliente, isso vem desde o

atendimento, serviço de pós-venda qualidade do serviço, entre outros. E, conseqüentemente, o

consumidor sentirá que as suas expectativas foram atendidas, se possível superadas, tornando-

os mais satisfeitos e leais ao serviço e a empresa terá um retorno também com isso.

Para Kotler (1998, p. 55) “Satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento

resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às

expectativas da pessoa”. Sendo assim, pode-se constatar a importância da qualidade para a

satisfação do cliente e esse para a organização, muito se tem falado sobre a satisfação do

consumidor, mas existem empresas que ainda não se preocupam tanto quanto deveriam.

A qualidade antes era considerada com um diferencial nas empresas, no ambiente atual

passou de um diferencial para requisitos, agora já é algo que o consumidor exige e se não

tiver ele procura no concorrente que apresentar serviço com melhor qualidade, para satisfazer

as suas necessidades ou desejos.

A empresa em estudo é uma de serviços, e esse setor é de suma importância e o seu

valor esta cada vez mais definido, portanto há necessidade de se cultivar e esforçar em relação

á mensuração da qualidade dos serviços prestados. Ele é responsável pela maior parte do

produto nacional bruto e cria a maioria dos novos empregos nos países mais desenvolvidos e

também em países dito em desenvolvimento como o Brasil (IBGE, 2001). Lovelock (2000)

aponta que o setor de serviços forma o grosso da economia de hoje no Brasil, respondendo

55% do Produto Interno Bruto (PIB).

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O Grupo Connex atua nos ramos de atividades de gestão de benefícios, sistema de saúde

(Sidesc), administração de meios eletrônicos de pagamento e fidelização (Pleno Card), gestão

inteligente de frotas e seguros. O presente trabalho tem como principal objetivo analisar o

grau de satisfação dos clientes do serviço Sidesc Clube Card através da pesquisa com os

clientes utilizando o método da entrevista por telefone.

1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA

Na organização a preocupação com a qualidade é constante, mas a empresa

normalmente tem a informação dos clientes verificando no sistema Microsiga e os dados que

constam neste sistema são introduzidas somente quando o cliente entra em contato com a

empresa, tornando-o mais passivo.

O Sidesc sabe da importância do cliente para a sua maior competitividade no mercado,

mas a análise do mercado através de pesquisa para saber o grau de satisfação dos seus clientes

é baixa. Obtém-se a informação se o cliente está satisfeito ou não quando o mesmo liga para a

central de atendimento ao cliente da empresa para reclamar, tirar dúvidas ou elogiar o serviço

prestado.

Para o serviço Sidesc Clube Card a empresa não tem nenhum tipo de pesquisa com a

finalidade específica de avaliar a satisfação dos seus associados sobre o serviço prestado,

embora exista projeto para a criação de uma célula para relacionamentos nesse sentido. Mas

ainda não esta sendo aplicada porque a empresa se encontra em momentos de lançamento de

um novo serviço, deixando de ser prioridade no momento.

Os dados dos clientes existentes não têm credibilidade suficiente para o conhecimento

da qualidade percebida dos mesmos em relação ao serviço, por isso o presente trabalho

pretende avaliar o grau de satisfação dos clientes da empresa Grupo Connex em relação aos

serviços Sidesc Clube Card com mais profundidade e objetividade.

Diante do exposto tem-se a seguinte pergunta de pesquisa: “Qual o grau de satisfação

dos clientes do Grupo Connex, em relação aos serviços prestados através do Sidesc Clube

Card?”.

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1.2 OBJETIVOS

Após ter feito uma breve exposição do tema e apresentado o problema de pesquisa,

apresenta-se, na seqüência os objetivo do presente estudo.

1.3 OBJETIVO GERAL

Analisar o grau de satisfação dos clientes do Grupo Connex em relação ao serviço do

Sidesc Cube Card.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer as variáveis associadas à satisfação dos clientes;

• Conhecer o perfil dos clientes;

• Identificar pontos fortes e fracos do ambiente interno na percepção do cliente;

• Conhecer a percepção dos clientes do Sidesc Clube Card em relação aos serviços

oferecidos;

1.5 JUSTIFICATIVA

Embora os serviços venham despontando como o setor que mais cresce na economia

mundial, somente muito recentemente as empresas se aperceberam que para sobreviver numa

economia globalizada, têm que se preocupar com a qualidade do serviço prestado. O resultado

desse trabalho é importante para a empresa no sentido de que o nível da satisfação dos

clientes não é pesquisado e a empresa tem muito interesse nesse aspecto porque conhece a

devida importância do conhecimento em atender as expectativas dos clientes.

Com o resultado da pesquisa o Sidesc Clube Card saberá qual o sentimento dos clientes

em relação ao serviço prestado. Também o instrumento de coleta de dados adotado poderá

ser aplicado caso a empresa queira medir o nível da satisfação dos clientes em outros períodos

e servir como uma informação quando o projeto de relacionamento com o cliente for aplicado.

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Para o pesquisador justifica-se por gerar conhecimento mais aprofundado sobre o

assunto e a satisfação de o presente trabalho levar resultados para a organização e a mesma

poder ser aplicada e contribuir para que a empresa tenha uma informação muito importante

que é o conhecimento dos sentimentos dos seus clientes.

Também as percepções do cliente sobre o que a empresa oferece e assim poder fornecer

cada vez mais qualidade nos seus serviços e consequentemente atender as suas expectativas,

mantendo-os no grupo.

1.6 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO

O referente trabalho tem como objetivo geral analisar a satisfação dos clientes na

empresa em estudo, na introdução apresenta-se à exposição do tema, a situação problema e os

objetivos específicos do trabalho. Ou seja, conhecer as variáveis associadas à satisfação dos

clientes, o perfil dos clientes, conhecer a percepção dos clientes quanto aos serviços

prestados, apresentar os pontos fortes e fracos do ambiente interno na percepção do cliente

propondo, se for necessário, assim nova dinâmica de relacionamento da empresa com seus

clientes. E no mesmo capítulo apresenta-se também a justificativa para a realização da

pesquisa.

O que se desenvolve nos capítulos posteriores é a caracterização da fundamentação

teórica, idéia dos autores no que diz respeito a serviços, o seu conceito, as suas

características, e o conceito da qualidade em serviços. Outros tópicos também são abordados

como a administração mercadológica e marketing, marketing de relacionamento e assim

chegar ao foco do trabalho que é a satisfação do cliente, conhecendo o comportamento dos

mesmos para atendê-los e surpreendê-los.

No capitulo três apresenta-se a descrição dos métodos para responder a situação

problema, apresenta-se os conceito de autores que tratam do assunto, para que no final do

trabalho possa ser possível responder a situação problema identificando assim a satisfação

dos clientes. A abordagem a ser utilizada é quantitativa, o tipo de coleta de dados é por meio

de questionário fechado, onde os dados são apresentados em formatos de gráficos e tabelas

com comentários discursivos analíticos.

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No quatro capítulo aponta-se os dados da empresa, a interpretação e análise dos dados

coletas e informações, e após isso se apresenta as considerações finais do trabalho,

referencias bibliográficas e os apêndices.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo traz o referencial teórico que dará base para o trabalho prático, assim como

temas introdutórios sobre serviços, o seu conceito, as características do serviço e a qualidade

no serviço e os modelos da qualidade. Em seguida apresenta-se a idéias dos autores sobre a

administração mercadológica, a evolução do marketing até os anos atuais.

Manter um cliente na empresa é uma atividade que exige desenvolver relacionamentos

que permanecem lucrativos ao longo do prazo, os manter na empresa é estabelecer uma

relação de longo prazo e de fidelidade. Como por exemplo, usar programa de fidelidade

propostas por Kotler (1998) e que hoje são adotadas por muitas empresas entre outros tipos de

relacionamentos como a utilização da mala direta, ou seja, marketing de relacionamento.

O consumidor para decidir o que ele vai comprar passa por várias etapas, o

comportamento do consumidor no momento da compra é influenciado por importantes

processos de decisão. Entender o comportamento do consumidor é importante para o

conhecimento das suas expectativas e assim poder atendê-las e até mesmo se possível superá-

las para que a expectativa em relação ao serviço seja percebida, e assim sendo o consumidor

vai sentir satisfação por ter adquirido tal serviço.

2.1 SERVIÇOS

O Grupo Connex é uma empresa de prestação de serviços, na afirmação de o Teboul

(1999) é um setor de suma importância, o seu campo é um dos mais delicados a serem

explorados porque suas próprias fronteiras é um problema, também é um dos setores mais mal

definidos se for levado em conta o número relativamente pequeno de estudos que lhe são

dedicado, ela engloba todas as atividades cuja produção não é um bem físico nem um edifício,

a sua natureza é imaterial. Ele aponta o modelo trissetorial onde o desenvolvimento

econômico obedece a uma lei na qual tem uma seqüência natural em três campos: agrícola,

industrial e setor terciário ou serviço.

Na visão de Teboul (1999) o setor de serviço está ampliando tão rapidamente que

poderá se tornar o mais importante campo desse modelo. E Lovelock (2000), diz que os

serviços formam o grosso da economia de hoje no Brasil, respondendo 55% do Produto

Interno Bruto (PIB), nos Estados Unidos e no Canadá respondem, respectivamente, 72% e

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67% do Produto Nacional Bruto (PNB) e corresponde também pela maior parte do

crescimento dos novos empregos.

Serviços é um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra, que cria valor e

oferece benefícios para o consumidor através da realização de uma mudança desejada no ou

em nome do destinatário do serviço (Lovelock, 2000). Na visão de Cobra (1992) o serviço ao

cliente é a execução de todos os meios possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que

ele adquiriu como facilidades para adquirir o bem ofertado, a função do bem sem limitação

antecipada da duração dessa função, entre outros.

Para Bitner e Zeithaml (2003, p. 28) “serviços são ações, processos e atuações”, ou

seja, o serviço é algo na qual não tem tangibilidade são ações e atuações intangíveis. Os

serviços não são oferecidos apenas por empresas de serviços, mas também as de produtos.

Existem vários serviços que podem acompanhar um produto como, por exemplo, suporte

técnico, esclarecimentos de dúvidas ou solicitações sobre o produto adquirido. Alguns autores

defendem que não existem produtos puros nem serviços puros, um pode acompanhar o outro.

Teboul (1999) também afirma que quando um cliente compra uma prestação procura

antes de tudo um resultado, o serviço é único e obrigatoriamente personalizado, dependendo

dos desejos particulares do cliente. Cobra (1992) relata que a satisfação do consumidor é o

elemento fundamental da noção de serviços aos clientes, tanto do serviço do pré-venda quanto

da pós-venda, e depende de grande número de fatores objetivos e subjetivos.

Os critérios para identificar esses fatores são a qualidade, garantia do produto pelo

vendedor, adaptação do produto ás necessidades do utilizador, localização do produto à

disposição do cliente em boas condições, boa instalação, condições de boa utilização, boas

condições de funcionamento do produto, ajuda financeira ao cliente, entre outros.

Se o produto ou material vendido ao cliente for de má qualidade não há serviço que

possa dar satisfação ao consumidor, todo o produto deve também ter uma garantia sobre os

aspectos legais, psicológicos e o contrato de garantia. Os bens após serem adquiridos devem

ser bem instalados para que possa ter um bom desempenho, o utilizador deve saber operar

convenientemente o equipamento com detalhes e normas no manual porque a má utilização de

um equipamento pode comprometer seus resultados operacionais e a própria segurança.

Na questão de ajuda financeira, Cobra (1992) se referia à preparação para dar ao

cliente financiamento à compra de produtos ou serviços isso através de termos de venda, ou

seja, acordo entre um vendedor e comprador sobre as condições das quais se realizará o

pagamento, vendas a prazo ou a política de serviço financeiro.

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2.1.1. Características dos serviços

Segundo Cobra (1992) a preocupação básica de produtos e serviços é compatibilizar a

fabricação com a satisfação das necessidades e desejos dos consumidores. Há quatro

características básicas do serviço: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e

perecibilidade.

Os serviços são intangíveis, não podem ser provados, apalpados, ouvidos ou cheirados

antes de se realizar a compra, embora Lovelock (2000) diga que os serviços muitas vezes

incluam elementos tangíveis como sentar-se na poltrona do avião, por exemplo, o serviço é

basicamente intangível e os benefícios advêm da sua natureza. A inseparabilidade é no

sentido de que os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente.

Na visão de Cobra (1992) e Lovelock (2000), os serviços não podem ser estocados, são

perecíveis, e essa característica torna-se um problema quando há períodos de baixa demanda,

são feitos e consumidos ao mesmo tempo por isso não tem estoque para vender ou para

consumo posterior. E no marketing tornar o serviço em algo tangível é o objetivo principal e a

tarefa importante para os profissionais de marketing é descobrir maneiras de uniformizar

níveis de demanda que correspondam à capacidade. Serviços variam muito porque depende de

quem, quando e onde são realizados.

Lovelock (2000) cita essas características também, a de que os clientes normalmente

extraem valor do serviço sem obter propriedade permanente de qualquer elemento tangível, o

serviço do Sidesc Clube Card é um exemplo, os clientes possuem o cartão para apresentar

quando precisarem, mas eles não obtêm propriedade.

Serviço é mais difícil para o cliente avaliar pelo fato de ser intangível, enfatiza

atributos de experiência, que só podem ser percebidos depois da compra ou durante o

consumo, na empresa em estudo poderia ser facilidade de utilização, número de rede

credenciada, qualidade de atendimento nas clínicas, entre outros.

2.1.2. Qualidade em serviços

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Sobre a importância desse setor na economia e a conseqüência dessa evolução na

concepção dos consumidores em relação à qualidade dos produtos/serviços LOVELOCK

(2000 p. 13-14) afirma que

É crescente a importância do setor de serviços na economia dos paises desenvolvidos e em desenvolvimento. Essa importância cada vez mais acentuada do setor de serviços caracteriza a necessidade de se empreender esforços em relação á mensuração da qualidade nos serviços prestados. Os anos 1980 foram marcados pela crescente insatisfação do cliente com a qualidade dos produtos e serviços. Muitos produtos industrializados com problemas diziam respeito ao mau atendimento no ponto de venda, a dificuldade para solucionar problemas, obter reembolsos ou reparos após a venda, então várias empresas com ramo de atividade como bancos, hotéis, recebiam críticas por falhas humanas por parte dos funcionários e prestadores de serviços. Como por fracasso nos aspectos técnicos do serviço.

Desta forma os consumidores passaram a ser mais exigentes e as empresas deveriam

se adequar a essa mudança comportamental para se manterem vivos no mercado, e satisfazer

os seus potencias e possíveis clientes.

Lovelock (2000) relata também que cresceu a conscientização de que era preciso

melhorar a qualidade e mudar a forma de pensar para o negócio sobreviver no mercado e para

se manter também competitivo. A mudança de conhecimento tradicional de qualidade para o

novo imperativo, ou seja, de que a qualidade é baseada na conformidade com padrões

definidos por gerentes na qual passa a ser definida pelo cliente, trouxe enormes conseqüências

no marketing de serviços e o papel da pesquisa junto aos clientes.

Nesse sentido, ao longo do tempo, diversos pesquisadores têm dedicado esforços nesta

área, buscando aprimorar sua conceituação e desenvolver técnicas de mediação, nessa

necessidade Grönroos (1984) desenvolveu um dos primeiros modelos para mensuração da

qualidade em serviços. Mais tarde, entre outros autores propuseram a medição da qualidade

do serviço, baseado no modelo de satisfação de Oliver, trabalho também desenvolvido por

Brown Swartz em 1989. Em seguida Parasuraman et al (1988) complementaram seu modelo

com um instrumento denominado SERVQUAL, baseado na avaliação de dimensões da

qualidade para serviços.

Lovelock (2000) relata que essa mudança da percepção dos clientes em relação aos

produtos se da no período em que as pessoas não estavam mais preocupadas somente em ter

os produtos e serviços, mas sim ter algo que realmente atenda as suas expectativas e também

tenha qualidade. Essa mudança de comportamento do consumidor, que vai ser tratado nos

capítulos posteriores, leva as organizações automaticamente a mudarem também. Porque se

não houver a interiorização de que o ambiente mudou e que os concorrentes existem e pode

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conquistar os clientes insatisfeitos a estratégia de ser competitiva e de sobreviver no mercado

se torna difícil ser realizada.

Segundo Garvin (apud URDAN, 2001) a pesquisa sobre qualidade de serviço salienta a

Qualidade Percebida (QP), baseada no cliente. Tanto para serviços quanto para bens, a QP

envolve uma avaliação, subjetivamente realizada pelo cliente, de excelência ou superioridade

de uma oferta. Na visão de Monroe e Krishnan (apud URDAN, 2001), a percepção é um

processo de organização, interpretação e derivação de significado de estímulos por meio dos

sensos. Sensação é um processo de recebimento dessas impressões sensoriais. Logo, a

percepção é subjetiva.

Howard (apud URDAN, 2001) aponta que a cognição do cliente sobre um estímulo não

é uma foto e sim um desenho, que exprime sua visão individual da realidade. Isso torna

imprescindível discernir entre atributos de uma oferta por si e as percepções dos clientes sobre

eles, porque os clientes podem diferir, e muito, em suas percepções e estas afetam o

comportamento, não os atributos em si.

2.1.3. Avaliação da qualidade em serviços

Neste tópico são apresentados os principais modelos propostos pela literatura para a

mensuração da qualidade em serviços. O modelo proposto por Grönroos, modelo Gap e

instrumento SERVQUAL, modelo percepção - expectativa baseada no modelo de satisfação

de Oliver, modelo de avaliação de serviço e valor, modelo SERVPERF e, por fim, modelo de

desempenho Ideal.

• Modelo de qualidade de serviço: esse modelo foi proposto por Grönroos

(apud, MIGUEL e SALOMI, 2004), considera a qualidade percebida de um serviço como

função do serviço esperado e do serviço percebido, incluindo um terceiro fator, chamado de

imagem da empresa. O consumidor ao adquirir um serviço faz uma avaliação de dimensões

de cunho técnico e funcional.

No seu modelo a qualidade percebida resulta da comparação entre a qualidade esperada

e a qualidade experimentada pelo cliente. A qualidade percebida é boa quando a qualidade

experimentada ultrapassa (ou ao menos alcança) as expectativas do cliente (qualidade

esperada).

No modelo, são duas as dimensões de qualidade: técnica e funcional. A qualidade

técnica é o que o cliente absorve ao terminar sua interação com o prestador de serviços e os

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processos de produção e entrega. Sendo os serviços processos experienciais (pois atividades

de produção e consumo ocorrem simultaneamente), o modo como transcorrem as interações

tem impacto sobre a percepção do serviço. Disso surge a qualidade funcional: a maneira como

a qualidade técnica – o resultado final do processo – é transferida ao cliente. A avaliação

funcional inclina-se a ser mais subjetiva que a dimensão técnica. Abaixo se encontra a figura

do modelo de Grönroos (1993).

Figura 1: Modelo genérico de qualidade de serviço de Grönroos Fonte: Grönroos (1993, p. 54).

No serviço da empresa em estudo a qualidade técnica pode-se caracterizar como, por

exemplo, os clientes foram atendidos pela rede credenciada? Teve bom serviço? E a qualidade

funcional poderia ser o grau de dificuldade para marcar hora num médico, se os valores

apresentados pela rede credenciada foram o que a empresa informou, houve presteza na hora

no atendimento, entre outros fatores.

Sendo assim o cliente forma uma imagem através das duas técnicas e verifica se a

qualidade experimentada foi satisfatória, ou seja, a qualidade que experimentou foi o que

realmente esperava. Grönroos (apud, MIGUEL; SALOMI, 2004) da maior ênfase a dimensão

funcional, afirmando que o consumidor não esta interessado somente no que recebe à

semelhança de um processo de produção, mas no processo propriamente dito.

Lovelock (2002, p. 103) diz que “as expectativas são padrões internos que os clientes

usam para julgar a qualidade de uma experiência de um serviço”. Ou seja, se a pessoa já teve

Qualidade esperada

QUALIDADE PERCEBIDA

Qualidade funcional “o como”

Imagem

Qualidade técnica

“o que”

• Comunicação com o mercado • Imagem • Comunicação boca-a-boca •Necessidades do consumidor

Qualidade

experimentada

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experiência anterior com o serviço pode avaliar a qualidade, por exemplo, através do

fornecedor, com serviços do concorrente do mesmo ramo ou serviços afins em ramos

diferentes. Para quem não teve nenhuma experiência com o serviço as suas expectativas

podem ser baseadas em comunicação boca a boca ou a propaganda

“Se as expectativas são maiores do que sua percepção do serviço recebido, o cliente vai

se sentir decepcionado... Em contrapartida, se sua percepção tiver ultrapassado suas

expectativas, o cliente será agradavelmente surpreendido e satisfeito”. (Tebul, 1999, p.96).

Desse modo a empresa deve ter cuidado em informar os benefícios que o cliente vai ter, ou

seja, as promessas devem estar em harmonia com as características que os clientes acham

importantes e que ela pode realmente oferecer.

A partir disso o cliente vai ter uma imagem do serviço, faz a compra e na hora de

adquirir o produto verifica se a qualidade que percebeu do serviço corresponde ou não as suas

expectativas. O sentimento que o consumidor sente após a compra causa a chamada qualidade

percebida, a pessoa se apercebe de que não valeu à pena e fica insatisfeito ou se foi realmente

foi uma boa compra. E entre outros sentimentos, por isso ao oferecer o serviço é importante

verificar as promessas e conhecer as capacidades e limitações para a sua realização.

• Modelo Gap e instrumento SERVQUAL: Parasuramam et al. (apud, MIGUEL

e SALOMI, 2004) propuseram a medição de qualidade do serviço, baseados no modelo de

satisfação de Oliver, afirmando que a satisfação do cliente é uma função da diferença entre

expectativa e desempenho. Assim, a avaliação de um serviço pelos clientes em relação a uma

dimensão é feita pela diferença entre a sua expectativa e o seu julgamento sobre o serviço,

para dimensões da qualidade em serviço.

A Gap, ou diferença entre a expectativa e a percepção de desempenho, além de ser

uma medida de satisfação do cliente, também seria uma medida da qualidade do serviço em

relação a uma dimensão especifica. O modelo Gap explicita as influências das várias

discrepâncias ocorridas na qualidade dos serviços, divididas em dois segmentos distintos: o

contexto gerencial que direciona-se a análise de cada Gap para uma melhoria no fornecimento

dos serviços e no contexto do cliente que mostra como este faz a sua avaliação de qualidade

através dos eventos de satisfação para cada um dos itens que compõem as dimensões da

qualidade.

• Modelo percepção - expectativa: este modelo considerava a qualidade como

a diferença entre expectativa e percepção de desempenho, conceitualmente é semelhante ao

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modelo SERVQUAL que considera a qualidade como a diferença entre a percepção de

desempenho e expectativa.

• Modelo de avaliação de serviço e valor: Bolton; Drew (apud, MIGUEL e

SALOMI, 2004) propuseram o método de avaliação envolvendo o valor a ser pago pelo

serviço como parte do comportamento do cliente. Esse modelo é uma função da qualidade do

próprio serviço e dos sacrifícios envolvidos na sua aquisição, além das características dos

clientes. Somente após a formação do conceito pessoal de valor do serviço é que serão

delineados as intenções e o comportamento do cliente em relação ao consumo de um serviço.

• Modelo SERVPERF: Cronin e Taylor (apud, MIGUEL e SALOMI, 2004)

desenvolveram esse modelo baseado somente na percepção de desempenho de serviços. Os

autores ressaltam ainda que a qualidade é conceituada mais como uma atitude do cliente nas

dimensões da qualidade, e que não deve ser medida com base no modelo de satisfação de

Oliver (1980), ou seja, através das diferenças entre expectativa e desempenho, mas somente

pelo desempenho expresso por: a avaliação da qualidade do serviço em relação a

característica é igual a valores de percepção de desempenho para característica de serviço.

Eles denominaram a de escala SERVPERF como uma alternativa ao instrumento

SERVQUAL considerando ainda que os 22 itens representando as 5 dimensões da qualidade

em serviço, propostos por Parasuraman et al (apud, MIGUEL e SALOMI, 2004) estavam bem

embaçados teoricamente.

• Modelo de desempenho ideal: Teas (apud, MIGUEL; SALOMI, 2004)

criticou também conceitualmente o instrumento SERVQUAL porque Parasuraman et al.

(apud, MIGUEL; SALOMI, 2004) afirmaram que a percepção de qualidade pode ser

interpretada como uma atitude, de acordo com o modelo clássico de atitude do ponto ideal.

Segundo o modelo clássico de atitude do ponto ideal Ginter (apud, MIGUEL;

SALOMI, 2004) relata que se a percepção de desempenho supera o ponto ideal deveria

refletir numa diminuição da qualidade refletida, perdendo a correspondência linear.

Entretanto, o modelo SERVQUAL aponta para um aumento da qualidade percebida. Desta

forma, Teas (apud, MIGUEL; SALOMI, 2004) afirma que a escala SERVQUAL não pode ser

interpretada de acordo com os modelos clássicos de atitude do ponto ideal.

Lovelock (2002) e Fitzsimmons (2000) relatam que para julgar a qualidade de um

serviço os clientes podem também utilizar as cincos dimensões da qualidade, utilizadas no

modelo Gap e instrumento SERVQUAL: a confiabilidade, a tangibilidade, a sensibilidade, a

segurança e a empatia:

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1. Confiabilidade

É a capacidade de prestar serviço prometido com confiança e exatidão, a empresa é

confiável? Fornece serviço conforme prometeu e no curso certo? O cliente avalia se o

desempenho de um serviço é confiável, porque é uma expectativa dele, e atendê-lo se

possível superá-lo é muito importante. Se o serviço básico não é realizado de maneira

confiável os clientes pode supor que a empresa seja incompetente e o perder.

Confiabilidade é uma medida de resultado porque os clientes o avaliam depois da

experiência, as outras quatro dimensões a seguir, são de processos porque podem ser

avaliadas durante a entrega do serviço.

2. Tangibilidade

É a aparência das instalações físicas, equipamentos, pessoal e materiais para comunicação. O

cliente pode julgar se a condição de trabalho é adequada, limpeza, etc.

3. Sensibilidade e responsabilidade

Os funcionários da empresa são prestativos e capazes de fornecer pronto atendimento? Está a

disposição para auxiliar os clientes e fornecer o serviço prontamente. Os clientes avaliam o

tempo que fica a espera para ser atendido, e em caso de falhas em um serviço a capacidade

dos funcionários para recuperar rapidamente e com profissionalismo.

4. Segurança

É o conhecimento e a cortesia dos funcionários bem como sua capacidade de transmitir

confiança e confidencialidade. Os clientes verificam, por exemplo, se eles são bem

informados, educados, competentes, dignos de confiança, respeitosos, comunicação efetiva e

a idéia de que o funcionário esta realmente interressado no melhor para o cliente.

5. Empatia

É demonstrar interesse, atenção personalizada aos clientes. Ela inclui acessibilidade,

sensibilidade e esforço para atender as necessidades dos clientes, é dar atenção ao cliente

como se o problema fosse do funcionário.

Quadro 1: Cinco dimensões da qualidade Fonte: Adaptada de Lovelock (2002) e Fitzsimmons (2000).

No Sidesc a confiabilidade significa receber descontos como foi prometido na hora da

venda, ter variedades de rede credenciada, receber os cartões e o guia na data indicada, entre

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outros. A tangibilidade no serviço é o mais difícil pela sua natureza, mas nas empresas que

fornecem serviços, como o Sidesc Clube Card, seria o escritório, a sua limpeza e a estrutura

física do local de atendimento.

No central do atendimento, que é um serviço criticado pela mídia e pelos clientes pela

falta de resolução de problemas e da demora no atendimento, é muito importante a sua

avaliação porque os clientes avaliam o tempo que fica a espera para ser atendido e não gostam

de esperar, a empatia e a segurança também são cruciais. Através delas o cliente se sente mais

confiança, pois quando os funcionários demonstram conhecer o produto/serviço, no caso do

Sidesc, na hora da venda o vendedor mostra que tem conhecimento do serviço, esse serviço

vai trazer vantagens para o cliente, demonstra ser educado, deixa na cabeça do cliente que ele

esta interressado no melhor para ele.

Deste modo, o mesmo sentirá que é uma empresa organizada e que os seus

representantes são preparados para passar informações e atender as suas necessidades e ou

desejos. Portanto, a devida importância para essas cincos dimensões da qualidade,

apresentada Lovelock (2002) e Fitzsimmons (2000), para a avaliação da qualidade fornecida

aos clientes internos e também externos.

2.2 MARKETING

Os avanços tecnológicos e a sua fusão vêm tendo impacto na maneira pela qual as

empresas fabricam e vendem seus produtos. Segundo Kotler (1998) a Internet está

rapidamente sendo utilizada pelas empresas para interligar funcionários localizados em

escritório distantes, acompanhar consumidores e fornecedores e distribuir informações de

vendas mais rapidamente. As empresas alertas vêm à tecnologia como produtora de

intermináveis fluxos de oportunidades, ela exige muita paciência e investimento. Além da

tecnologia, as empresas domésticas não podem ignorar os concorrentes estrangeiros, os

mercados internacionais, as fontes de suprimento localizadas fora do país, surgimento de

novas máquinas, materiais, equipamentos e de novas formas de organização e marketing.

Na visão de Kotler (1998) as atividades de marketing devem ser conduzidas sob uma

filosofia de eficiência e eficácia e de marketing socialmente responsável. Existem cincos

conceitos distintos sob os quais as organizações podem escolher conduzir suas atividades de

marketing que seria no conceito de produção, conceito de produto, conceito de venda,

conceito de marketing e pelo conceito de marketing societal.

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Para o conceito de produção Kotler (1998) relata que é a mais antiga na empresa e

assume que os consumidores darão preferência aos produtos que estiverem amplamente

disponíveis e forem de preço baixo, os gerentes concentram-se em atingir eficiência de

produção elevada e distribuição ampla. Esse tipo de marketing vem desde muitos anos atrás

mais atualmente existem muitas empresas que ainda adotam essa estratégia.

Conforme Kotler (1998) empresas com orientação para o conceito de produto assumem

uma postura diferente, a de que os consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecem

mais qualidade, desempenho ou características inovadoras e os gerentes focam sua energia em

fazer produtos superiores, melhorando-os ao longo do tempo.

O conceito de vendas segundo Kotler (1998) assume que os consumidores, se deixados

sozinhos, normalmente não comprarão o suficiente dos produtos da organização, por isso

deve ser empregado um esforço de venda agressiva de venda e promoção, pois os

consumidores mostram resistência à compra e devem ser persuadidos a comprar, essa

orientação não está longe da realidade atual também, empresas agressivas querendo vender a

todo o custo, investindo de todas as maneiras possíveis para atingir o seu objetivo, a de

vender.

No conceito de marketing é a de oferecer produtos/serviços, mas também preocupando

com a satisfação do cliente, esse tipo de orientação será aprofundado mais a frente. No

marketing societal é preocupar-se com os lucros da empresa, a satisfação dos seus clientes e

da sociedade. No tópico subseqüente depara-se com o conceito do marketing. (Kotler, 1998).

Cobra (1997) mostrou a evolução do conceito de marketing, em 1960 a AMA (American

Marketing Association) conceituava marketing como sendo o desempenho das atividades de

negócios que conduz o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor. Mas com o

mundo dos negócios cada vez mais desenvolvido surgiu à necessidade de criar um conceito

mais adequado, assim como o mundo dos negócios não pára o conceito de marketing também

não, a sua evolução era constante.

Em 1965 a Ohio State University o definiu como “processo na sociedade pela qual a

estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita

através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços”. Esse conceito

abrange somente para organizações com fins lucrativos, por isso em Kotler e Sidney Levy

(apud, COBRA, 1997) sugeriram um conceito que abrangência as organizações não lucrativas

também.

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No mesmo ano William Lazer afirma que deveriam ser reconhecidas as dimensões

societárias, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais. Ainda em 1960

Kotler e Sidney acusam David Luck (apud, COBRA, 1997) de uma nova forma de miopia por

ele achar que o marketing deveria limitar-se ás atividades que resultam em transações de

mercado e propõem que “a cruz de marketing liga-se a uma idéia de troca antes da tese da

transação de mercado”.

Cobra (1997) aponta que quando o Journal of marketing passou a dedicar uma atenção

especial as regras das mudanças da sociedade e do ambiente o movimento para expandir o

conceito de marketing tornou-se irreversível.

No mesmo período Kotler e Gerald Zaltmen (apud COBRA, 1997) definiram o

marketing social em criação, implementação e controle de programas calculados para

influenciar a aceitação das idéias da sociedade e envolvendo o planejamento de produto,

preço, pesquisa de marketing e distribuição.

Kotler (apud COBRA, 1997) propõe que a essência do marketing é a transação e o define

baseando no conceito de que as pessoas e grupos obtêm necessidade, desejos, demandas

sendo possíveis satisfazê-las através dos produtos (bens, idéias e serviços). E o consumidor no

momento de decidir a compra vai considerar o valor, custo e satisfação antes de fazer a

escolha, e obtém os produtos através da troca e transações.

Existem várias definições para o conceito de marketing, mas cita-se a de Kotler (1998)

como sendo um processo social e gerencial pelo qual os indivíduos e grupos obtêm o que

necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.

Nesse conceito apresentado existe o termo de necessidade como sendo um estado de privação

de alguma satisfação básica, e desejos que o define como carência por satisfações especifica

para atender as necessidades.

O conceito de marketing desafia os três conceitos apresentados, assume que para atingir as

metas organizacionais a chave é ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as

atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos do mercado-alvo.

Kotler (1998) relata que o conceito de venda parte de uma perspectiva de dentro para fora,

começa na fábrica, focaliza os produtos da empresa e exige ênfase em venda e promoção na

geração de resultados rentáveis. É uma perspectiva diferente do conceito de marketing que

parte de fora para dentro, começa no mercado bem definido e focaliza as necessidades dos

consumidores, e integra todas as atividades que os afetarão e produz lucro através da

satisfação dos mesmos.

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O estudo de marketing societal assume que a tarefa da organização é determinar as

necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos e atender as satisfações desejadas com

mais eficiência e eficácia do que os concorrentes, de maneira a preservar e ampliar o bem

estar dos consumidores e também da sociedade. Segundo Kotler (1998) esse conceito propõe

que as empresas equilibram critérios que possa criar ou contribuir para o conflito entre o lucro

das empresas com a satisfação dos desejos dos consumidores e o interesse público, também

desenvolvam condições sociais e éticas em suas praticas de marketing.

Quando a pessoa tem o poder de compra cria demanda, ou seja, tem a habilidade e

disposição para comprar o produto ou serviço específico que deseja, para obter esse produto

ou serviço Kotler (1998) identificou quatro maneiras possíveis: através de autopromoção,

coerção, mendicância e a quarta possibilidade é a troca. Na autopromoção não há mercado

nem marketing, é como tirar uma fruta da arvore para matar a fome, por exemplo, na forma de

coerção é quando para a satisfação da necessidade ou desejo os produtos/serviços são

adquiridos á força, e na mendicância há abordagem de pessoas implorando.

E, por último, a troca na qual para obter o bem ou serviço é necessário recursos para a

troca como, por exemplo, dinheiro. Na troca é preciso haver pelo menos duas partes

envolvidas, aonde cada parte têm algo que pode ser de valor para a outra, também cada parte

ter a capacidade de comunicação e entrega, e por fim cada parte tem a liberdade de aceitar ou

rejeitar a oferta. Em seguida, no item subseqüente, apresenta-se o marketing com foco em

serviços.

2.2.1. Marketing de serviços

A economia atual é baseada em serviços e o negócio neste setor esta crescendo no

mundo inteiro, esse crescimento vem despertando interesse para os assuntos relacionados ao

setor. Fitzsmmons (2000) relata que o crescimento bem sucedido do setor de serviços

dependerá de um gerenciamento inovador e capacitado, sendo assim, os profissionais de

marketing devem desenvolver um espírito empreendedor e acompanhar as evoluções do

mercado para sobreviver nesse ambiente de crescimento constante.

Para satisfazer as necessidades e desejos dos clientes e a produção do lucro na

empresa de serviços a área de marketing não pode operar separadamente de outras áreas

funcionais, a área de marketing, as operações e recursos humanos devem desempenhar juntos

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papéis centrais. Segundo Fitzsmmons (2000) marketing de serviços e marketing de bens é

diferente e existem esquemas, conceitos e estratégias desenvolvidas para provar esse fato.

Para mostrar a diferença existente entre bens e serviços Bitner e Zeithaml (2003)

apresentaram uma tabela onde constam as diferenças e as implicações de marketing a elas

associadas.

Bens Serviços Implicações decorrentes

Tangíveis Intangíveis Serviços não podem ser estocados. Serviços não podem ser patenteados. Serviços não podem ser exibidos ou comunicados com facilidade. É difícil determinar preço.

Padronizados Heterogêneos O fornecimento de um serviço e a satisfação do cliente dependem das ações dos funcionários. A qualidade dos serviços depende de diversos fatores incontroláveis. Não há certeza de que o serviço executado atenda o que foi planejado e divulgado.

Produção separada do consumo

Produção e consumo simultâneo

Clientes participam e interferem na transação. Os clientes afetam-se mutuamente. Os funcionários afetam o serviço prestado. A descentralização pode ser essencial. É difícil ocorrer produção em massa.

Não- perecíveis Perecíveis É difícil sincronizar a oferta e a demanda em serviços. Os serviços não podem ser desenvolvidos ou revendidos.

Quadro 2: Serviços são diferentes Fonte: Bitner e Zeithaml (2003, p. 36)

Essa tabela deixa bem clara a diferença entre um bem e um serviço, o serviço por ser

intangível apresenta muitos desafios para o marketing, fazer um consumidor adquirir um

produto sem ter propriedade sobre ela exige um esforço muito grande para passar confiança.

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Normalmente a melhor forma de se ter a divulgação de um serviço seria a propaganda boca-a-

boca, apontado por Grönroos(1990) no seu modelo de qualidade, porque a pessoa que já

utilizou o serviço é provável passar mais confiança para a pessoa que a deseja adquirir. Por

isso a importância de manter o cliente satisfeito, as suas expectativas sendo alcançadas, pode

falar bem sobre o produto para outras pessoas.

Além da questão da promoção tem também a dificuldade da administração das

flutuações de demandas por não ser possível estocar, a questão do preço e a qualidade. Bitner

e Zeithaml (2003) destacam que a qualidade do serviço é derivada de vários fatores

incontroláveis, como os serviços são atuações, cada pessoa será atendida de uma determinada

maneira, é difícil a padronização do atendimento por se trabalhar com pessoas, e pessoas são

diferentes. A característica de heterogeneidade apresentada desafia o tempo, o atendimento

exigindo um suporte adequado para lidar com pessoas e a organização também.

Bitner e Zeithaml (2003) apontam que a maior parte dos bens é produzido com

antecedência para depois ser vendido e consumido, mas nos serviços esse processo é realizado

de forma inversa. Primeiro é vendido e depois é produzido e consumido de forma simultânea,

isso faz com que haja dificuldade para produzi-los em massa. A perecibilidade, ou seja, a não

existência da possibilidade de serem estocados os serviços, desafia os profissionais de

marketing, pois é necessário uma boa estratégia para que não haja problemas em relação à

demanda.

Dispor de capacidade ociosa em uma empresa de serviço é desperdício porque o fluxo

será perdido a menos que haja clientes para recebê-lo e em caso que a demanda excede a

capacidade, os clientes podem ficar desapontados porque não há disponibilidade para a

estocagem. Lovelock (2000) aponta algumas estratégias que podem ser adotadas para evitar

tais situações:

• preços diferenciados em momentos de baixas;

• no período de baixa demanda pode ser oferecido benefícios adicionais;

• serviços complementares podem ser oferecidos ou desenvolvidos durante os

períodos de pico para tornar mais agradável a espera ou não desqualificar os serviços

oferecidos;

• para a área de atendimento telefônico ao cliente, como o caso do Sidesc, em

momentos de pico de ligação os funcionários que trabalham meio período podem ser

contratados para atender a essa demanda;

• estimular uma maior participação dos clientes;

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Para a análise dos desafios inerentes aos serviços, Bitner e Zeithaml (2003) apontam

dois esquemas: o triângulo do marketing de serviços e o composto de marketing de serviços.

Cada um deles podem ser usados para a análise e condução de estratégias, proporcionando um

guia para o plano de implementação. O triângulo do marketing de serviços mostra os três

grupos interconectados que trabalham juntos para o desenvolvimento, a promoção e a

execução de serviços.

Empresa

Marketing interno Marketing externo

Tornando as pessoas gerando promessas

possíveis

Executores Marketing interativo Clientes

Mantendo as promessas

Quadro 3: O triângulo de marketing de serviços.

Fonte: Bitner e Zeithaml (2003, p. 39)

No quadro 3, o triângulo tem nas três pontas os agentes centrais, a empresa

(administração), os clientes e os executores (aqueles que fazem com que o serviço chegue aos

clientes). Para o sucesso na condução do serviço existem os três tipos de marketing:

marketing interno, marketing externo e o marketing interativo, todas as atividades

desenvolvidas por elas é para gerar promessas e criar expectativas e fazer com que as

promessas se tornam possíveis e executadas e manter as promessas.

Para um triângulo ficar em pé é necessário os três lados, ou seja, sem um dos

componentes ou agentes o sucesso para a execução do serviço ficará debilitado, eles se

apóiam, por isso todas as atividades são essências para a execução do serviço. O outro

esquema apontado é o composto de marketing, que segundo Bitner e Zeithaml (2003) são

elementos controlados por uma empresa e que podem ser utilizadas para satisfazer os clientes

ou comunicar-se com eles. Esses componentes foram denominados de 7 Ps, composto por:

produto, preço, praça, promoção, prova física, pessoas e processo (os quatro primeiros são os

tradicionais e os três últimos foram os compostos expandidos para serviços). Conforme Bitner

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e Zeithaml (2003) foram expandidos mais os três Ps para o serviço pela sua característica de

produção e consumo de forma simultânea. Muitas vezes os clientes estão presentes na unidade

de produção da empresa interagindo com o pessoal e constituindo parte do processo de

produção do serviço.

E também pela sua natureza da intangibilidade, Conforme Bitner e Zeithaml (2003) os

clientes estarão todo o tempo procurando algum indicador tangível, e esses fatos contribuem

para que os profissionais de marketing reflitam sobre a possibilidade de uso de variáveis

adicionais para comunicar-se com os clientes e os satisfazer. O reconhecimento da

importância dessas variáveis pelos profissionais de marketing, levaram a adoção dos outros

três elementos do composto: prova física (intangibilidade), pessoas e processos (produção e

consumo de forma simultânea).

Produto Praça Promoção Preço

Características

físicas

Nível de qualidade

Acessórios

Embalagens

Garantias

Linhas de produto

Marca

Tipo de canal

Exposição

Intermediários

Espaços em pontos

Transportes

Estocagem

Administração de

canais

Composto de

comunicação

Pessoal de vendas

Quantidade

Seleção

Treinamento

Incentivos

Propaganda

Públicos- alvo

Mídia

Conteúdo veiculado

Imagens

Promoção de vendas

Assessoria de

impressão/relações

públicas

Flexibilidade

Faixa de preço

Diferenciação

Descontos

Margens

Vendas

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35

Pessoas Evidência física Processo

Funcionários

Recrutamento

Treinamento

Motivação

Recompensas

Trabalho em

equipe

Clientes

Educação

Treinamento

Projeto das instalações

Equipamento

Sinalização

Roupas dos

funcionários

Outros tangíveis

Relatórios

Cartões de visita

Declarações

Garantias

Roteiro de atividades

Padronização

Customização

Número de passos

Simples

Complexo

Envolvimento de clientes

Quadro 4: Composto de marketing expandido para serviços Fonte: Bitner e Zeithaml (2003, p. 41)

Pessoas na visão de Bitner e Zeithaml (2003, p. 41) são “ todos os agentes humanos

que desempenham um papel no processo de execução de um serviço e, nesse sentido,

influenciam as percepções do comprador; nominalmente, os funcionários da empresa, o

cliente e outros clientes no ambiente de serviços”.

Dessa forma os executores dos serviços pelo fato de influenciar as percepções do

cliente externo é muito importante o cuidado com a sua aparência pessoal, atitudes e

comportamentos. Estão incluídos no elemento pessoas todos os agentes humanos que tem

uma forte influência sobre a qualidade e na execução dos serviços, os funcionários e clientes

envolvidos na produção do serviço.

Bitner e Zeithaml (2003) conceituaram a evidência física como sendo um ambiente na

qual o serviço é executado e onde a empresa interage com o cliente, ou seja, os equipamentos

utilizados, as roupas dos funcionários, etc. A empresa apresenta elementos tangíveis que

possa auxiliar os clientes a entender a natureza da experiência do serviço.

Para Lovelock e Wright (2000, p. 242) a evidência física e a atmosfera circundante

afetam o comportamento dos consumidores de três maneiras:

1. como um meio de chamar a atenção para fazer com que o cenário de serviços se destaque do de estabelecimentos concorrentes e para atrair clientes de segmentos-alvo; 2. como um meio de criar mensagens, utilizando pistas simbólicas para se comunicar com o público pretendido sobre o caráter e qualidade distintivos da experiência de serviço;

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3. como um meio de criar efeito, utilizando cores, texturas, sons, aromas, e distribuição espacial para criar ou fortalecer apetite por certos bens, serviços ou experiências.

Bitner e Zeithaml (2003) relatam que processos são os procedimentos e o roteiro

efetivo de atividades através dos quais o serviço é executado, ou seja, os passos de execução

que o cliente experimenta. Na visão de Lovelock e Wright (2000) a criação e entrega de

elementos do produto aos clientes exigem o projeto e implementação de processos eficazes.

Isso porque processos mal concebidos são prováveis que irritem os clientes principalmente se

ficar muito tempo na espera, burocracia e ineficiência no serviço.

2.2.2. Marketing de relacionamento

Solomon (2002) cita que profissionais de marketing empenham-se em definir

segmentos de clientes e definir as pessoas como nunca antes, mas muitos perceberam que um

fator para o sucesso é construir relacionamento entre marcas e clientes que possam durar toda

a vida, essa filosofia é denominada de marketing de relacionamento, existe uma interação com

os mesmos fazendo com que eles tenham razão para manter uma ligação ao longo prazo, criar

fidelidade com os clientes.

Kotler (1999) distingue quatro tipos de programas de marketing de relacionamento

que podem ser criados por uma empresa: Programas de Marketing de Freqüência, Marketing

de Clube, Programas para Cliente VIP e Programas de Reconhecimento de Clientes.

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1. Programas de Marketing de Freqüência

Premiam os clientes que compram grandes quantidades ou com freqüência. Kotler &

Armstrong (1998, p.399) citam a publicação trimestral de nome Colloquy que define o

Marketing de Freqüência como “um esforço para identificar, manter e aumentar a ligação

com os melhores clientes, através de relacionamentos de longo prazo, interativos e plenos de

valor. No Brasil, as companhias aéreas são as que mais fortemente investem no Marketing de

Freqüência, com os programas de milhagem iniciados em 1993.

2. Programas de Marketing de Clube

Criam o conceito de clubes em torno de seus serviços/produtos. Os membros do clube podem

receber ofertas automáticas na compra de um produto ou pagamento de uma mensalidade”.

Clube de Clientes é uma forma do marketing de relacionamento que implica em oferecer

algo além do produto aos clientes que aderem à condição de sócios.

É necessária a filiação, associação, vinculação ou outra forma de participação do cliente. Esta

participação pode ser paga, grátis ou automática, através de uma compra ou resposta. Um

Clube de Clientes tem atividades que beneficiam os sócios: comunicações reservadas,

serviços, vantagens e benefícios. O Clube pode dar exclusividade para os seus sócios,

distinções e honrarias. Os participantes são denominados sócios, e normalmente têm

carteirinha ou cartão com foto.

3. Programas para Cliente VIP

Conforme Kotler (1999, p.201), “apesar de todos os clientes serem importantes, as empresas

precisam identificar os clientes que lhes são mais valiosos e tratá-los de forma especial”. Cita

exemplos de lojas de departamentos como Saks e Neiman Marcus que dão tratamento

especial para as mulheres que gastam mais de US$ 3.000,00 ao ano, e de bancos cujos

clientes mais valiosos são atendidos em salas especiais ou em casa.

4. Programas de Reconhecimento de Clientes

Algumas empresas escolhem entre seus melhores clientes alguns para receberem uma

homenagem, em cerimônia especial. Observa-se que as empresas do ramo de serviços

utilizam principalmente Programas de Marketing de Freqüência, enquanto as empresas de

bens de consumo utilizam Programas de Clube.

Quadro 3: Programas de marketing de relacionamento Fonte: Adaptado de Kotler (1999, p.198)

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Churchill e Paul Peter (2000) defendem a idéia de que para criar valor para os

consumidores e lucros para as organizações, é preciso que os profissionais de marketing

entendam porque é que os consumidores compram certos produtos e não outros. E para esse

entendimento é preciso estudar o comportamento do consumidor, o que eles pensam, os seus

sentimentos e ações e as influencias sobre eles que determinam mudança.

De acordo com McKeena (1991), marketing de relacionamento ou pós-marketing

significa construir e sustentar a infra-estrutura dos relacionamentos de clientes. É a integração

dos clientes com a empresa, desde o projeto, desenvolvimento de processos industriais e de

vendas. De maneira geral, consiste em uma estratégia de negócios que visa construir pró-

ativamente relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes, contribuindo para

o aumento do desempenho desta e para resultados sustentáveis.

No processo de marketing de relacionamento McKeena (1991), resalta que deve se

iniciar com a escolha certa do cliente, a identificação de suas necessidades, a definição dos

serviços prestados e agregados, a busca da melhor relação custo/benefício e ter funcionários

motivados e capacitados a atender estes clientes adequadamente. E o contexto de administrar

o relacionamento com o cliente serve para que a empresa adquira vantagem competitiva e se

destaque perante a concorrência. O objetivo maior torna-se manter o cliente através da

confiança, credibilidade e a sensação de segurança transmitida pela organização.

Vavra (1993) define o marketing de relacionamento como o processo de garantir

satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes atuais ou que já

foram clientes. Os clientes devem ser identificados, reconhecidos, comunicados, aditados em

relação à satisfação e respondidos.

A maioria dos programas de mensuração de satisfação, além de apontar níveis de

satisfação, fornece conhecimento a respeito das expectativas dos clientes. Tais programas

auxiliam a empresa na priorização de tais expectativas e mudanças que essas possam sofrer,

além de permitirem que se conheça o valor das necessidades existentes (VAVRA, 1993,

p.165).

Para Vavra (1993), toda empresa que aceita o desafio de pós-marketing deve aplicar-se

a oferecer satisfação através de seus produtos e serviços, o que requer conhecimento a

respeito das expectativas dos clientes. Estudos mostram que o desempenho financeiro da

empresa está relacionado à qualidade percebida dos bens ou serviços de uma empresa. De

acordo com Vavra (1993, p.255) “os relacionamentos bem-sucedidos com clientes exigem

prática constante e intensas técnicas de pós-marketing”.

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Um dos esforços mais evidentes é a coleta de informações a respeito dos clientes. O

autor sugere como atividade de pós-marketing a elaboração de um programa de mensuração

da satisfação do cliente. Segundo Vavra (1993) tal programa fornece um feedback do cliente

referente a qualidade dos produtos ou serviços e sugere caminhos para futuras mudanças e

melhorias.

2.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Conforme Churchill e Peter (2000) comportamento do consumidor é o estudo dos

pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles, que

determinam mudanças, esse conceito é similar a do Solomon (2002) e a do Schiffman e Knuk

(2000). A questão de o indivíduo selecionar, comprar e usar os bens e serviços para satisfazer

as suas necessidades desejo, estudar porque eles compram, quando e onde compram.

Os pesquisadores do comportamento dos consumidores querem saber por que ele

compra aquele produto, para satisfazer suas necessidades ou desejos, qual a freqüência de

compra e qual marca eles usam.

Engel et al (2000) definem o mesmo como sendo atividades diretamente envolvidas em

obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que

antecedem e sucedem estas ações. Na visão de Karsaklian (2000), que não é diferente das

idéias dos autores anteriormente citados, esse estudo diz respeito á esclarecimento das razões

que fazem com que o indivíduo compre e consuma um produto em vez de outro, em

determinada quantidade, em um momento específico e em certo lugar.

Cobra (1997) defende que para compreender o comportamento humano é preciso

analisar as suas necessidades, e que a decisão por comprar se alinhava na sensação de

satisfação das necessidades e de compra. Solomon (2002) relata que essas informações sobre

o comportamento do consumidor para a empresa e futuros profissionais de marketing são de

suma importância para reconhecer por que e como indivíduos tomam suas decisões de

consumo.

O conhecimento dessas informações no entendimento de Solomon (2002) possibilita a

tomada de decisões mais convenientes de estratégias de marketing, e esse entendimento faz

dos profissionais capazes de predizer a probabilidade de como os consumidores poderão

reagir perante vários sinais existentes no ambiente e conseqüentemente obtém uma vantagem

competitiva no mercado.

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Las Casa (2000) aponta que o comprador de serviços apresenta algumas características

que podem ser consideradas especificas, uma delas é a própria incerteza do consumidor diante

do serviço que esta prestes a consumir, tipo de serviço necessitado, às vezes não tem nenhuma

experiência do assunto e certas dúvidas surgirão como, por exemplo: é necessário o serviço?

Que tipo de serviço necessário? Quem será o prestador de serviço mais indicado? Ao

consumidor não é suficiente prestar bons serviços, ele deve perceber o fato.

Face a isto, ao prometer qualidade de desempenho o cliente deve percebê-lo em sua

execução e o prestador de serviços deve sempre se certificar de que seu cliente esta ciente do

nível de atendimento recebido. Las Casa (2000) sustenta que para o comprador o que importa

é a solução de seus problemas, as expectativas são muitas e quando não são atendidas pode

levar ao fracasso do empreendimento e a lealdade que foi adquirida começa a desaparecer no

momento em que ele se apercebe de que o nível do serviço diminuiu.

O consumidor para decidir o que ele vai comprar passa por várias etapas. O

comportamento do consumidor no momento da compra é influenciado por importantes

processos de decisão que, segundo Castro (2004), não podem deixar de ser investigados. O

autor destaca, assim, cinco etapas pelos quais os consumidores passam quando estão fazendo

uma operação de compra:

• Reconhecimento do problema: é quando o consumidor percebe que existe uma

necessidade a ser suprida que está lhe tirando o seu estado de equilíbrio, ainda que

transitoriamente, e lhe causando desconforto.

• Busca de Informações: o consumidor recorre quando se quer saber de algum produto

ou serviço. Pode-se recorrer à memória, para saber se já houve experiências anteriores ou

então a fontes pessoais (amigos, parentes) e fontes públicas (Instituições ligadas a

consumidores, revistas especializadas, etc.).

• Avaliação de alternativas: este estágio é o que vai buscar informações e esclarecer

problemas aos consumidores, pois sugere critérios para orientar a compra, cria nomes de

marca que podem atender aos critérios buscados pelo consumidor e desenvolve percepções de

valor.

• Decisão de Compra: depois de feita a busca de informação e avaliar as alternativas, a

pessoa já está pronta a efetuar a compra. Deve-se levar em consideração três etapas

importantes de decisão nesta fase, como: de quem comprar, como comprar e como pagar.

Comportamento pós-compra é quando o comprador vai comparar o desempenho do

produto ou serviço com expectativas anteriores, e se vai ficar satisfeito ou não quanto ao

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produto ou serviço. Estas etapas são de grande importância nas decisões de compra, porém

Castro (2004) relata que, muitas vezes, os consumidores podem pular algumas dessas etapas e

irem diretamente a outra, principalmente quando fazem uma compra de forma impulsiva.

2.4 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

A definição que apresenta-se a seguir mostra que a satisfação se dá com função do

desempenho percebido e das expectativas que a pessoa tem sobre o produto ou resultado, ou

seja, “ satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do

desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa”

(KOTLER, 1998 p.55). Sendo assim, o consumidor ficará satisfeito se o desempenho atender

as expectativas, e altamente satisfeitas se exceder à expectativa ou pode ficar insatisfeito se

não atender ou ficar longe das expectativas esperado.

A preocupação em satisfazer o consumidor plenamente é o que as empresa querem,

porque um consumidor nesse estágio de satisfação tem mais probabilidade de ser fiel e não

tem muita disposição para mudar, ao contrário de um cliente que está apenas satisfeito e que

muda caso apareça uma oferta melhor.

Segundo Churchill e Peter (2000) os consumidores se tiverem várias experiências

favoráveis com determinada marca podem desenvolver lealdade à marca e podem conversar

sobre suas experiências ou até mesmo influenciar os familiares, os amigos e conhecidos a usar

o produto. Cobra (1997) destaca alguns motivos que motivam a satisfação do desejo ou

necessidade, o motivo primário é baseado em necessidades biológicas que são necessárias

para a pessoa sobreviver. Em seguida, os motivos secundários ou apreendidos relativos à

necessidade de filiação, aprovação, status, segurança e realização e essas necessidades podem

ser classificadas como inatas, ou seja, o ser humano nasce com necessidades que não são

necessariamente aprendidas. A sua universalidade no sentido de que todas as necessidades são

comuns á todas as pessoas do universo, elas surgem às vezes sem possuírem nenhum tipo de

solução para problemas criados, e nem todas as necessidades do consumidor podem ser

totalmente satisfeitas.

Cobra (1997) também salienta os motivos internos que estão relacionados a estímulos da

fome que vem do organismo, empurrando a pessoa a agir e os incentivos que vem do desejo

ao objeto externo puxando a pessoa através delas. Outro motivo citado é a de que muitas

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vezes as ações são levadas por fatores que não são de forma consciente, ou seja, o consumidor

não tem idéia daquilo que é a sua necessidade.

E de forma consciente que seria o inverso, nessa classificação ele apresenta a pirâmide de

Maslow mostrando os pontos importantes do nível da hierarquia e que existem grandes

variedades de necessidades que não podem ser satisfeitas ao mesmo tempo. E, por fim, a

dissonância cognitiva que de acordo com Cobra (1997) é um estado mental que leva os

indivíduos a tentar reduzir a falta ou carência que estabeleça uma comparação associada a um

posicionamento do indivíduo dentro do seu meio ambiente psicológico.

Os clientes avaliam a qualidade de um produto ou serviço segundo vários fatores e

dimensões. Por exemplo, em um restaurante, sobremesa de graça pode trazer satisfação aos

clientes. Já uma atitude como oferecer flores para as senhoras no final do jantar, pode trazer

uma satisfação mais que proporcional e ser um fator diferenciador em relação a outros

restaurantes.

Por outro lado, outros atributos não trazem satisfação mesmo se atingirmos um grau de

perfeição. Este é o caso da limpeza em um restaurante. Se ela estiver abaixo de um

determinado nível, os clientes ficarão insatisfeitos e não retornarão, porém excesso de limpeza

não trará satisfação. Mas, como pode se determinar quais atributos pode trazer satisfação

superior? O Modelo Kano (apud URDAN, 2001, p. 45) faz distinção entre três tipos de

atributos de produtos ou serviços que influenciam a satisfação do cliente que são explicados a

seguir:

1. Atributos Obrigatórios. Os atributos obrigatórios são os critérios básicos de um produto

ou serviço. Se estes atributos não estiverem presentes ou não atingirem um nível de

desempenho suficiente, os clientes ficarão extremamente insatisfeitos. Por outro lado, se estes

atributos estiverem presentes ou são suficientes, eles não trazem satisfação. De fato, os

clientes vêem estes atributos como pré-requisitos. Por exemplo, limpeza em um supermercado

é vista como necessária pelos clientes. Se ela for insuficiente, trará insatisfação. Porém, se

presente, não trará satisfação. Os atributos obrigatórios geralmente não são exigidos

explicitamente pelos clientes, pois eles os consideram como inerentes ao produto ou serviço.

2. Os atributos unidimensionais. São os que a satisfação do cliente é proporcional ao

nível de atendimento – quanto maior o nível de atendimento, maior será a satisfação do

cliente e vice-versa. Por exemplo, a variedade de especialidades médicas num cartão de

benefícios na área da saúde pode ser considerada um atributo unidimensional. Quanto maior a

variedade de serviços, maior a satisfação. Se a variedade for menor do que a ofertada pela

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concorrência, ocorre insatisfação nos clientes. Geralmente atributos unidimensionais são

exigidos explicitamente pelos clientes.

3. O atributos atrativos. São a chave para a satisfação do cliente. O atendimento destes

atributos traz uma satisfação mais que proporcional, porém eles não trazem insatisfação se

não forem atendidos. Por exemplo, a existência de prêmios e sorteios no final do mês para os

associados do Sidesc, pode trazer satisfação aos clientes. Já sua ausência não traz insatisfação.

Atributos atrativos não são nem expressos explicitamente e nem esperados pelo cliente.

Além destes três tipos diferentes de atributos, pode-se identificar mais dois outros:

atributos neutros e reversos. Atributos neutros são aqueles cuja presença não traz satisfação e

a sua ausência não traz insatisfação, ou seja, são atributos que nunca ou apenas raramente são

usados pelo cliente, ou então não sabe como poderia utilizá-los. Desse modo, esses atributos

não têm valor para o cliente, valor entregue ao consumidor seria

[...]. A diferença entre o valor total esperado e o custo total do consumidor, sendo valor total o conjunto de benefícios esperados por determinado produto ou serviço e o custo total é o conjunto de custos esperados na avaliação, obtenção e uso do produto ou serviço. Kotler (1998, p. 51)

È imperativo afirmar que as percepções de valor podem influenciar o comportamento

pós-compra por isso é decisiva para os profissionais de marketing. Quando os consumidores

recebem alto valor ficam satisfeitos aumentando a probabilidade de ficarem leais e se

estabelece um relacionamento de longo prazo. Mas, se os clientes considerarem o valor

recebido baixo causa um sentimento de insatisfação e os consumidores reconhecem que suas

necessidades ainda não foram satisfeitas ou que foram satisfeitas, mas faltou algo a mais

desviando o cliente a busca de informações e provavelmente comprar um produto diferente ou

marcas diferentes.

Cobra (1997) realça a importância para o marketing de compreender as motivações que

levam o consumidor a se comportar de determinada maneira frente às certas marcas devido à,

por exemplo, influência da experimentação, teste e degustação provocando uma mudança em

relação à lealdade do consumidor perante a marca. Churchill e Paul Peter (2000) relatam que

a satisfação é algo que está ligado à qualidade do produto que se oferece e/ou do serviço na

qual se presta. E só quem percebe qualidade é quem consome o produto ou serviço.

Em outras palavras, não adianta uma empresa ter produtos ou serviços com excelente

qualidade do ponto de vista técnico, se não serem oferecidos ao mercado, o público-alvo não

perceber essa qualidade. Da mesma forma, não adianta desenvolver produtos e serviços com

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base apenas na sensibilidade de seus criadores. Mesmo podendo dar certo em algumas

situações, na maioria delas essa regra não funciona por isso elas devem atender ao que o

publico alvo deseja ou necessita.

Para satisfazer necessidades, anseios e expectativas de clientes, a primeira condição é

que se conheçam essas necessidades, anseios e expectativas. Sendo assim só haverá satisfação

do cliente se ele perceber que a empresa empenhou-se de fato em descobrir o que ele

necessitava e desenvolveu para ele o produto ou serviço adequado. Churchill e Paul Peter

(2000) afirmam que os clientes reagem com certa indiferença aos serviços realizados

conforme o planejado (os serviços de rotina).

O mesmo não acontece com os clientes que se deparam com os serviços não rotineiros.

Neste caso, a indiferença dá lugar a um exame atento da maneira como a empresa de serviços

trata do assunto. Tais clientes formam segundo Berry e Parasuraman (1992, p.53), “uma

platéia atenta para as mensagens que o esforço de recuperação da empresa transmite sobre

seus valores e prioridades de serviço”.

Como explicam Moller e Barlow (1996, p. 20) “Quando os clientes estão insatisfeitos

com os produtos ou serviços, eles têm duas opções: podem dizer alguma coisa ou irem

embora. Se forem embora, eles estão tirando das empresas virtualmente qualquer

oportunidade de reparar a insatisfação. Os clientes que reclamam ainda estão conversando

conosco, dando-nos a oportunidade de torná-los satisfeitos de forma a aumentar a

probabilidade de que venham a comprar nossos produtos ou serviços novamente. Por mais

que não gostemos de receber feedback negativo, clientes que reclamam estão nos

presenteando”.

Interresante o que os autores apontam, porque os consumidores que não se sentiram

satisfeitos com o que a empresa ofereceu pode reclamar com os amigos e familiares, mas

poucas entram em contato com a empresa achando que é perca de tempo e que nada será

resolvido. E o pior de tudo são as empresas que recebem as reclamações do cliente como

sendo algo “chato” e não dão a devida importância para uma reclamação, ou seja, a chance de

reconquistar a confiança do cliente.

Moller e Barlow (1996) alertam para o fato de que os clientes insatisfeitos podem

manifestar ou não sua insatisfação. No primeiro caso, dizem algo; no segundo, vão embora.

Os que vão embora estão tirando das empresas qualquer oportunidade de reparar a

insatisfação. Os que reclamam, porém, ao conversarem com os empregados da organização

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com a qual estão insatisfeitos, oferecem a ela a oportunidade de reverter à situação

indesejável, o que possibilita o aumento da probabilidade de novos negócios.

Desse modo afirmam que a reclamação do cliente é um presente, por isso a empresa tem

que mostrar disponibilidade para ouvir o seu cliente e mostrar que a sua opinião é importante,

tantos os positivos e principalmente os negativos.

Para Walker (1991) de todos os clientes insatisfeitos apenas cinco por cento fazem

reclamação e dessas reclamações muitas podem ser respondidas satisfatoriamente por meio de

um esclarecimento da situação. Apenas alguns poucos que reclamam não podem ser

reconquistados como consumidores e todos os restantes oferecem uma oportunidade de

corrigir e aprender. Segundo o autor cliente insatisfeito pode causar danos imensuráveis para

a empresa porque pessoas conversam com colegas e amigos e esse número é o dobro

comparando com experiências boas.

Segundo Herrington (1999, p.1), uma iniciativa de qualidade que não esteja

intrinsecamente ligada à satisfação do cliente está condenada ao fracasso. O árbitro final do

sucesso é o cliente e a recompensa final do sucesso são os ganhos. Dessa forma, a empresa

não deve se focar somente na qualidade do seu serviço, mas também no seu cliente.

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3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

No ponto de vista de MATTAR (2001, p. 23), para elaborar a pesquisa

O pesquisador precisa saber exatamente o que pretende com a pesquisa, ou seja,

quem (ou) o que deseja medir, quando e onde o fará, como o fará e por que deverá

fazê-lo. Os métodos da pesquisa: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone,

questionários pelo correio, questionários pessoais e observação.

Sendo assim, o presente trabalho para a obtenção dos dados foi realizado a pesquisa

conclusiva descritivas que na firmação de Mattar (2001) possuem objetivos bem definidos,

procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problemas ou

avaliação de alternativas de curso de ação. Com abordagem quantitativa e qualitativa em

função da identificação do índice de satisfação dos clientes e a entrevista com a gerente.

Também a pesquisa documental que segundo Lakatos e Eva Maria (2001) são dados de

fontes primárias que são de primeira mão, derivado dos próprios órgãos que realizaram as

observações, englobam matérias que não foram elaborados, escritos ou não, que podem servir

como fonte de informação para a pesquisa científica.

A entrevista aos clientes foi realizada por telefone. Como afirma Cobra (1997) esse

método é muito utilizado no Brasil. Em relação aos pontos fortes e fracos da pesquisa por

telefone aponta como sendo os fortes a possibilidade de se obterem respostas rapidamente,

pode-se cobrir em poucos dias um bairro, uma cidade, uma região ou mesmo o país.

O telefonema pode ser realizado a noite possibilitando assim a localização de donas-de-

casa ou chefes de família que trabalham fora e que durante o dia não se encontram em casa.

Além disso, uma entrevista por telefone permite sentir uma reação quase instantânea dos

entrevistados a algum fato do momento e o entrevistado pelo fato de não estar vendo o

entrevistador se sentirá mais à vontade para dizer o que pensa.

A escolha dos associados que fizeram parte da pesquisa foi através da amostragem, que na

visão de Lakatos e Marconi (2001) ocorre quando não abrange a totalidade dos componentes

do universo surgindo à necessidade de investigar apenas uma parte dessa população. O

processo pode ser de forma não probabilística ou probabilista, mas o estudo foi feito

utilizando-se o processo de amostragem probabilista.

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O processo da amostragem da pesquisa é probabilista fazendo uso de forma aleatória, ou

seja, a seleção do universo que vai fazer parte da pesquisa é feita de maneira que cada

membro do universo tenha a mesma probabilidade de ser escolhida. O tipo de amostragem foi

probabilista, com escolhas aleatórias dos associados e de forma simples, fez parte da pesquisa

100 associados.

Após a definição do tamanho da amostra e o questionário pronto foi aplicado pré-teste ou

pesquisa piloto que Lakatos e Marconi (2001) relatam que uma das principais funções do pré-

teste é testar o instrumento de coleta de dados, evidenciar ambigüidade das questões, a

existência de perguntas supérfluas, adequação ou não da ordem de apresentação das questões,

etc., e dessa forma haverá maior segurança e precisão para a execução da pesquisa. Fontes de

dados da pesquisa são os clientes cadastrados de Florianópolis que detêm a informação sobre

o assunto pesquisado, a entrevista com a gerente e também os dados disponíveis na empresa

coletados, tabulados e analisados pela pesquisadora.

Para a obtenção dos dados e informações necessárias para que se possa analisar o

fenômeno e estudo, foram realizados três levantamentos de campo. Primeiramente foi

realizada uma pesquisa documental que segundo Lakatos e Marconi (2001, p.43) “são aqueles

de primeira mão, provenientes dos próprios órgãos que realizam as observações”, ou seja, são

documentos ainda não elaborados que podem contribuir para a pesquisa, na empresa em

estudo foi pesquisado dados sobre o perfil dos clientes do Sidesc, sexo, idade, renda familiar,

etc. No segundo momento realizou-se um uma entrevista com a gerente da área de

atendimento, por fim o levantamento junto aos clientes cadastrados. Tais dados e informações

será a base para análise que se pretende. A entrevista com a gerente do atendimento foi com

abordagem qualitativa e descritiva utilizando do roteiro de entrevista.

O universo a ser pesquisado foi composto pelos associados do Sidesc, é um questionário

para saber o que estão achando do serviço do Sidesc atribuindo uma nota de 0 a 10 para cada

pergunta, sendo que cada nota foi classificado da seguinte forma: as notas de 10 a 9

significam muita satisfação, de 8 a 7 mostram satisfação, de 6 a 5 indiferentes. Para as notas

de 4 a 3 insatisfeitos e de 2 a 0 manifestam muita insatisfação.

Foi aplicado o pré-teste do questionário antes de ser aplicado, com cinco associados para

ver se havia muita dificuldade para a pesquisadora de aplicá-lo, verificar se havia mesmo

resultados em todas as perguntas. A quantidade de perguntas respondidas e em abertas,

certificar se o vocabulário era acessível a todo universo pesquisado e também o nível de

entendimento dos pesquisados, a ordem e lógicas das perguntas. Com o pré-teste foram

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48

alteradas algumas perguntas com o objetivo de facilitar as respostas dos associados e da

pesquisadora de aplicá-lo.

A coleta dos dados junto aos clientes cadastrados foi obtida através do método da

entrevista por telefone, com a aplicação de questionário fechado contendo 17 perguntas

permitindo a tabulação dos dados e facilitando a resposta do cliente e perguntas semi-abertas

permitindo que o cliente justifique ou explique a sua resposta. As perguntas foram elaboradas

com base nas cinco dimensões da qualidade de Groonos (1993), modelo Gap e instrumento

SERVQUAL e do modelo percepção – expectativa. Não houve resistência por parte dos

respondentes, o questionário foi aplicado em cinco dias no período das 10h a manhã às 14

horas da tarde na empresa em estudo, na qual foi necessário solicitar a autorização da gerente

e da diretória para o uso do telefone e acesso aos dados cadastrais dos clientes.

A tabulação dos dados foi realizada manualmente, quanto às técnicas de análise

estatística, os dados foram exportados para Excel e apresentados em formato de gráficos e

tabelas com comentários discursivos analíticos. A tabulação e a apresentação dos gráficos

foram elaboradas em quatro dias.

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49

4 APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS E

INFORMAÇÕES

Nesse capítulo apresenta-se a empresa, o seu histórico, os serviços oferecidos, a sua

estrutura, localização, entre outros, para se conhecer a empresa. Em seguida, apresentam-se os

dados coletados e posteriormente a interpretação e análise dos mesmos e responder a pergunta

de pesquisa: Qual o grau da satisfação dos clientes do serviço Sidesc Clube Card em

Florianópolis.

4.1 EMPRESA GRUPO CONNEX

O sócio fundador e idealizador, Dr. Adilson Luiz Bernardino em sua experiência como

médico na grande Florianópolis desde 1995, ao sentir a dificuldade de seus pacientes em

conseguir atendimento médico especializado, começou a sensibilizar colegas de profissão a

atender conforme tabela de honorários da associação médica brasileira. Isto já era uma grande

conquista, mas ainda resolvia em parte o problema das pessoas, que também precisavam fazer

exames, comprarem medicamentos e realizar outros procedimentos médicos.

Como então criar um sistema para facilitar a vida das pessoas e contribuir para a

melhoria da qualidade de vida de seus usuários? Estava nascendo um produto a partir da

constatação de que por um lado existia a dificuldade encontrada pela população das classes C

e D em acessar serviços médicos e afins. E, por outro, a ociosidade encontrada naqueles

fornecedores de serviços em geral onde o baixo poder aquisitivo deste público sempre foi

visto como sua principal causa.

Aproximar pessoas e organizações, diminuindo assim a distância entre clientes e

empresas, proporcionando facilidades e economia, passou a ser a razão de existência da

empresa que estava sendo criada. Desta forma, a empresa foi fundada em 18 de fevereiro de

1999 e surgiu, então, na busca de realizar a integração de três segmentos: credenciados

(pessoas físicas ou jurídicas, fornecedoras de serviços ou bens), associados (pessoas físicas ou

jurídicas usuárias do sistema) e o SIDESC (estrutura administrativa do sistema que

aproximam credenciados e associados).

Sidesc – Sistema Integrado de Desenvolvimento de Serviços e Comércio - foi o nome

escolhido para representar a integração entre as pessoas e o desenvolvimento das atividades

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50

das empresas e profissionais participantes do sistema. A marca Sidesc é de uso exclusivo da

empresa, mas hoje o nome foi alterado para Grupo Connex.

Há oito anos no mercado de cartões de beneficio, o SIDESC – Sistema Integrado de

Desenvolvimento de Serviços e Comércio Ltda. - é uma empresa que utiliza os recursos e

conceitos de call center para as atividades de relacionamento com os clientes. O cartão Sidesc

Clube Card foi o primeiro produto da empresa, oferecendo benefícios aos seus associados na

área de saúde, serviços e comércio.

O propósito da empresa é integrar pessoas e negócios criando facilidades e

promovendo cidadania. A missão é coordenar a comunicação institucional e comercial do

Sidesc gerenciando o processo de criação, desenvolvimento de campanhas e peças

promocionais, monitorar o mercado em busca de informações de interesse da empresa e

viabilizando a sua expansão frentes as oportunidades existentes. Em relação à visão é ser

referência nos segmentos que atuação de forma ética, responsável e empreendedora, no que

diz respeito a valores a empresa apresenta como sendo discernir entre o certo e o errado,

respeitar os clientes, antecipar e satisfazer as suas necessidades.

Quanto à comunidade se prega a responsabilidade social e credibilidade, gerir de

forma ética, descentralizada, comprometida com resultados e seriedade, trabalho em equipe,

capacitação, reconhecimento, comprometimento e criatividade. Honestidade, parceria e

respeito com os fornecedores, transparência e retorno sobre o investimento para os acionistas.

As principais atividades desenvolvidas pela empresa no requisito atendimento aos

clientes é o atendimento telefônico, presencial e via Internet pelo web Chat, vendas por

telefone, existe uma célula de relacionamento com o cliente e célula de pós-venda.

4.2 SERVIÇOS DO GRUPO CONNEX

Os serviços ofertados pela organização é o cartão Sidesc Clube Card que através de

uma equipe de vendedores é oferecido de porta em porta ou pelo televendas (venda por

telefone), onde são demonstrados os benefícios de ser associado, e o associado passa a dispor

dos benefícios a partir do momento que assina o contrato com o Sidesc, ou seja, não tem

carência. No ato da venda o associado recebe um Guia Sidesc, onde está descrita a rede

credenciada, mas quando é feito por telefone o associado recebe na sua residência os cartões,

o guia e o contrato.

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51

Cada associado recebe um cartão individual, dentro do prazo de até 30 dias, podendo

antes disso, usufruir do sistema através de autorização via fax, solicitada ao Serviço de

Atendimento Sidesc. Na posse do cartão, basta apresentá-lo ao estabelecimento credenciado

para obter o atendimento necessário.

A empresa aponta os benefícios do cartão Sidesc Clube Card à existência de tabelas

especiais em consultas médicas, exames laboratoriais e diagnósticos por imagem oferecem

benefícios para tratamento odontológico, aparelho ortodôntico, fonoaudióloga, nutrição,

psicologia entre outras especialidades e procedimentos médicos. Também preços acessíveis

em farmácias e postos de combustíveis, além de outros serviços nas áreas de comércio,

turismo e lazer.

O Sidesc Clube Card oferece aos associados um seguro de vida

completo, que garante à família uma indenização em caso de morte acidental, morte natural

ou invalidez permanente por acidente. Além disso, o cliente conta com um plano de

assistência funeral.

Sendo associado ao Sidesc Clube Card fará parte do Sorte Grande, é um sorteio na

qual concorre a R$ 5.000,00 todos os meses pela Loteria Federal sendo que os sorteios são

realizados somente entre os clientes do Grupo Connex. O cartão também disponibiliza uma

linha de seguros opcionais para associados do Sidesc Clube Card: seguro comercial,

residencial, empresarial e de automóveis.

Figura 2: Cartão Sidesc Club Card

Fonte: Fonte secundárias (2007)

A principal estratégia da empresa para manter a liderança no mercado é criar uma

imagem sólida, que transmita confiança ao cliente. E, principalmente, como atua na área da

saúde e comércio tratam muitas vezes de serviços de saúde, entender a situação do mesmo e

auxiliá-lo no que for possível para resolver o problema.

A partir da experiência no segmento de convênios do cartão SIDESC, foi criado um

produto voltado para o segmento de cartão de débito Plenocard, aonde os clientes são os

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empregadores preocupados em oferecer mais qualidade de vida aos seus funcionários. Trata-

se de um cartão magnético, pelo qual os beneficiários têm acesso aos estabelecimentos

credenciados para compra e desconto posterior em folha de pagamento.

Figura 3: Cartão Pleno Card

Fonte: Fonte secundária (2007)

O Sidesc atualmente desenvolve as suas atividades em Santa Catarina e no Paraná, o

cartão Sidesc atua na área da saúde (clínicas médicas/odontológicas e demais serviços de

saúde), comércio em geral e prestação de serviços.

Os benefícios oferecidos são as clínicas médicas à disposição, laboratórios de análises,

ultra-sonografia, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. O cartão pode ser

usado de forma imediato, sem limite de idade ou dependente, as consultas médicas variam

entre R$ 35,00 e R$ 80,00 e a mensalidade por família no valor de R$ 19,80 debitada em

conta de luz, em conta corrente no Banco do Brasil ou no Besc ou então no cartão de crédito

Visa, conforme regular contrato com as empresas citadas.

4.3 PERFIL DOS CLIENTES SIDESC CLUBE CARD

Os dados disponíveis pela empresa sobre o perfil dos associados do Sidesc foram

tabulados no Excel e transformados em forma de gráficos. Os dados do perfil foram: o sexo, a

renda familiar, a escolaridade, se tinham carro, o estado civil, em relação à posse de

residência e a faixa etária.

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53

SEXO

47%

53%

Masculino

Feminino

Gráfico 1: Sexo Fonte: Fonte secundária (2007)

De acordo com gráfico, de todos os associados do Sidesc 53% representam a parcela

do sexo feminino e 47% o sexo masculino.

Gráfico 2: Renda familiar mensal Fonte: Fonte secundária (2007)

A renda familiar de 31% dos associados é no valor de 500 a 1.000 reais, dos 24% o

valor é entre 1.000 a 3.000 reais, 27% não informaram o valor. Uma parcela bem pequena,

que representa 1%, a renda da família é mais de 5.000 e 3% de 3.000 a 5.000. O que ganham

menos somam 14% em que o valor é até 500 reais mensais. Sendo assim o nível médio de

renda dos associados se encontram numa classe na qual não tem condições financeiras de

pagar um plano mais caro, ou seja, um valor que possa comprometer o orçamento familiar.

Renda familiar

14% 31%

24%27%

1% 3%

ATÉ R$ 500

R$ 500 A R$ 1000

R$ 1000 A R$ 3000

R$ 3000 A R$ 5000

MAIS DE R$ 5000

NAO INFORMADO

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Gráfico 3: Escolaridade Fonte: Fonte secundária (2007)

No nível da escolaridade, 27% fazem parte do ensino fundamental incompleto, 26% já

completaram o ensino fundamental, 28% têm o ensino médio completo. Os que têm o médio

incompleto somam 7%, e os que têm e estão no ensino superior representam 11% e sem

instrução uma parcela mínima de 1%. Isso indica que a maioria sabe ler o contrato para saber

quais os seus direitos e deveres e ter a plena consciência do cumprimento das cláusulas do

contrato e exigir da empresa os seus direitos.

Gráfico 4: Carro Fonte: Fonte secundária (2007)

Escolaridade

1%

26%

27%

28%

7%8%3%

SEM INSTRUÇÃO

FUNDAMENTALCOMPLETO FUNDAMENTALINCOMPLETO

MÉDIO COMPLETO

MÉDIO INCOMPLETO

SUPERIORCOMPLETO SUPERIORINCOMPLETO

Carro

38%

30%

32%

SIM

NÃO

NÃOINFORMADO

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Os que têm carro somam 38% e os que não têm 30%, e os restantes não informaram.

Como a empresa fornece seguro de carro, seria interresante direcionar para esse nicho, e

comunicá-los através de mala direta, por exemplo, sobre outros serviços que a empresa tem

além dos benefícios na área da saúde. Principalmente para os clientes mais antigos, que

fizeram o contrato no início da criação da empresa e no momento a empresa não tinha

disponível o serviço de seguro de carro.

Residência

13%

2%

84%

1%

PROPRIA

ALUGADA

CEDIDA

OUTRAS

Gráfico 5: Residência Fonte: Fonte secundária (2007)

A maioria dos associados, 84%, possui casa própria, esse perfil é interessante para esse

momento em que a empresa esta com o serviço de seguro residencial adicional ao plano da

saúde. Além disso, a forma de pagamento da mensalidade debitada na conta de luz é uma das

formas, que segundo a gerente do atendimento, tem menos inadimplência, como vem na conta

de luz o cliente já faz o pagamento e o risco de não pagamento é menor, diminuindo assim a

inadimplência. Os que a casa é alugada são 13% e 3% para casa cedida e outros, debito na

conta de uma casa alugada a inadimplência é maior, porque o cliente pode mudar de endereço

e não informar a empresa, o débito continua caindo e é necessário reembolsar para terceiros e

cobrar do cliente posteriormente. Mas mesmo acontecendo esse tipo de situação continua

sendo a melhor opção de pagamento.

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56

Faixa etária

1%

16%

26%

28%

29%

ATE 20

DE 21 A 30

DE 31 A 40

DE 41 A 50

MAIOR 50

Gráfico 6: Faixa Etária

Fonte: Fonte secundária (2007)

A faixa etária dos clientes até 20 anos é 1%, uma quantia bem pequena, e o contraste

seria o valor de 29% que seriam as pessoas com mais de 50 anos de idade. Para essas pessoas

o seguro de vida seria um serviço interresante a ser oferecido. As pessoas de 31 a 40 anos

representam 26% do gráfico, 16% de 21 a 30 anos e 28% de 41 a 50, ou seja, a idade

predominante das pessoas que tem o Sidesc é na faixa etária a partir de 31 anos.

Estado Civil

16%

73%

6%

5%

SOLTEIROS

CASADOS

VIUVOS

DIVORCIADOS

Gráfico 7: Estado civil Fonte: Fonte secundária (2007)

Esse resultado reflete os indicadores acima mencionados, a maioria das pessoas que

tem o Sidesc tem mais de 31 anos, com residência própria e são casados, ou seja, 73% têm um

companheiro e 16% solteiros e 11% viúvos e divorciados. Em suma os clientes dos Sidesc

têm um perfil de mais mulheres do que homens, a renda familiar esta numa faixa de 500 a

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3.000 em média, são clientes com um nível de instrução que possibilita o entendimento das

clausulas contratuais, seus direitos e deveres.

Algum como mostrou o gráfico 4, possuem seu próprio carro que seria interessante

para a empresa oferecer o serviço de seguro de carro e também possuem casa própria, que o

seguro residencial poderia ser um serviço a oferecer. A maioria dos clientes se encontra numa

faixa etária de 31 anos para cima e são casados.

4.4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Após a coleta dos dados com os associados, foram incluídos no Excel os resultados e

elaborado os gráficos e a sua posterior análise e interpretação.

Já utilizou os beneficios do Sidesc?

100%

0%

Sim

Não

Gráfico 8: Clientes que utilizaram o cartão Fonte: A partir da pesquisa

Dos 100 clientes que participaram da pesquisa, todos já tinham utilizado os benefícios,

outros na área da saúde e no comércio e outros em apenas uma das duas. Durante a pesquisa

alguns clientes informaram que não tinham utilizado, mas os mesmos não foram aplicados o

questionário porque não experimentaram o serviço, ou seja, estavam impossibilitados de fazer

a avaliação do que espera e o que realmente percebeu. Desse modo toda a amostra já tinha

utilizado o cartão.

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Gráfico 9: A explicação dos benefícios do cartão pelo representante

Fonte: A partir da pesquisa

A nota para a explicação dos benefícios do serviço pelo vendedor foi uma

percentagem significativa que consideraram que ficaram satisfeitos. De toda a população da

amostra 57% dos clientes consideram que ficaram muito satisfeitos e 32% ficaram satisfeitos.

Consideraram a explicação como sendo bastante clara e foram educados. Nessa nota dos

vendedores está incluso vendas porta a porta e as feito pelo telefone, no televendas.

Os 10% indiferentes se deu pelo fato de algumas pessoas terem feito o contrato no

período de 1999 a 2002, por isso não se recordavam muito bem, e alguma parcela desse

percentual são pessoas que consideram que têm pouco conhecimento do plano, que o

vendedor deveria ter explicado um pouco mais. Muita insatisfação foi qualificada por um

cliente porque um vendedor entrou em contato para fazer uma conversão de plano, e informou

que ia receber cartões novos na qual essa informação não correspondia ao procedimento.

A explicação dos benefícios do cartão pelo representante

57%

32%

10%

0%

1%Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

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59

Tempo para entrega do guia e cartão.

67%

27%4%

0%

2%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 10 Tempo para entrega do guia e cartão

Fonte: A partir da pesquisa

Segundo a gerente do atendimento para entrega do cartão são estipulados aos clientes

30 dias, porém o uso dos benefícios é imediato. O cliente pode utilizar através de fax

autorização, via 0800, ou com a segunda via do contrato.

Os clientes em relação ao tempo para a entrega dos cartões, que é estipulado para o

prazo 30 dias, 67% dos clientes informaram que ficaram muito satisfeitos porque chegou

exatamente no período estipulado e outros até antes desta data. E 27% também receberam no

período que foi prometido, 2% estavam insatisfeitos por ter demorado um pouco.

Na visão de Lovelock e Wright (2000), a criação e entrega de elementos do produto

aos clientes exigem o projeto e implementação de processos eficazes. Isso porque processos

mal concebidos são prováveis que irritem os clientes, principalmente, se ficar muito tempo na

espera, burocracia e ineficiência no serviço.

Sendo assim, é muito importante o cumprimento da data prometida porque caso a

empresa ultrapasse esse período para a entrega do cartão a primeira impressão da empresa vai

ser negativa, e isso não é bom principalmente em empresas de serviços. Mas, os clientes

pesquisados, estão satisfeitos com o tempo para a entrega do cartão.

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60

Forma de pagamento

80%

17%

1%2%

0%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 11: Forma de pagamento

Fonte: A partir da pesquisa

De acordo com a gerente do atendimento, a forma de pagamento adotada pela empresa

é adequada e o cliente normalmente fica satisfeito. Para a empresa também é interessante, em

função da adimplência de pagamentos. Para este tipo de produto, outras formas de pagamento

possuem alto percentual de inadimplência, o que o torna praticamente inviável.

As formas de pagamento são débito em conta no Banco do Brasil e no Besc, boleto

bancário (para algumas cidades), débito na conta de luz e no cartão de crédito Visa. Os

clientes como apresenta o gráfico 11, 80% dos associados estão muito satisfeitos com a forma

de pagamento que a empresa tem disponível, 17% satisfeito, 2% indiferentes e 1%

insatisfeitos.

Facilidade de obter informações sobre o que o Sidesc oferece

59%

30%

10%1%

0%Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 12 Facilidade de obter informações sobre o serviço Sidesc Fonte: A partir da pesquisa

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61

O gráfico 12 apresenta que a maioria dos clientes, 59%, conseguem receber

informações sobre os médicos, clínicas, e a rede de credenciados na qual podem apresentar o

cartão e receber os descontos, e que estão muito satisfeitos. A gerente explicou que as formas

de comunicação com o cliente atualmente, é o canal do SAC para entrar em contato com

multi-canais (telefone, e-mail, Internet, Chat).

A empresa, além destes, também utiliza mala direta quando necessário. Os guias são

entregues na hora da venda (porta-a-porta) e via correio (televendas), juntamente com todo o

material de venda (contrato, carta saudação, etc.). O guia é único, ou seja, não são feitas

atualizações constantes. Eventualmente se faz.

A idéia é reforçar com o cliente o teleguia Sidesc, ou seja, as informações atualizadas

da rede credenciada, através do 0800. Neste momento, a empresa vai alavancar uma ação de

reforço neste sentido, encaminhando para os atuais clientes carta explicativa, juntamente com

imã geladeira, com o telefone do SAC.

Mas ainda constam clientes que são indiferentes e outras que acham que o guia

demora a ser confeccionado, e as informações desatualizadas dificultam encontrar médicos e

clínicas. Existem clínicas que constam no guia e não são mais credenciadas, ligam e são

informados que não têm mais convênio. Isso cria de certa forma uma falta de credibilidade na

empresa.

Vavra (1993) define o marketing de relacionamento como o processo de garantir

satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes atuais ou que já

foram clientes. Os clientes devem ser identificados, reconhecidos, comunicados, aditados em

relação à satisfação e respondidos.

Sendo assim, em relação a essa idéia de reforçar a utilização do teleguia Sidesc deverá

sem levada em frente de forma rápida porque a maioria dos clientes, até mesmos os que

mostraram satisfação, os que ficaram indiferentes e os insatisfeitos reclamaram muito da falta

do guia e da sua desatualização. E os clientes não gostam de esperar, e isso gera insatisfação.

Os clientes devem estar sempre informados, comunicados, e sentir que a empresa

lembra-se dele e sobre o que existe disponível para que a relação seja de longo prazo. Ou seja,

para levar o cliente a se fidelizar e criar um vínculo de informação e controle, que segundo

Gordon (2002) é aquele em que os clientes se beneficiam dos relatórios e outros sistemas de

informação que possam ajudá-los com administração operacional e financeira. No caso do

Sidesc, com o guia em mão os clientes terão o conhecimento de toda a rede credenciada e

saberão aonde tem mais descontos e opções.

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62

Fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades.

28%16%

1%

3%

52%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 13: Fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades

Fonte: A partir da pesquisa

Sobre a rede credenciada, 52% dos clientes expõem sua percepção como sendo de

muita satisfação em relação ao fornecimento de clínicas médicas e com bons médicos e

sempre que foi preciso alguma especialidade a empresa tinha a disposição.

A gerente sobre o fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades

relata que a empresa é capaz de superar a demanda e satisfazer as necessidades dos

associados, na sua grande maioria e, principalmente, em Florianópolis que a rede e as

especialidades médicas existentes são em maiores proporções. Mas, aponta que a maior

dificuldade é no interior, na qual há menos médicos disponíveis.

Porém a equipe de credenciamento está constantemente mantendo contato com a rede

credenciada para novos credenciamentos, seguindo sempre uma regra de mix de credenciados

(não pode haver demais, para respeitar o direcionamento de clientes, num volume adequado

para cada estabelecimento).

Os clientes satisfeitos somaram 28%, mas mostraram uma insatisfação no que diz

respeito a algumas clínicas que atendiam e na atendem mais, dificuldade para encontrar um

médico devido à falta de informação leva o cliente a pensar e ter a idéia de que não tem rede

credenciada disponíveis. Em algumas especialidades os médicos não são os melhores da

cidade de Florianópolis, também alguns exames não têm descontos ou são baixos, os

indiferentes e insatisfeitos somam 4%, essa parcela consideram que há poucos médicos e os

médicos comparando com outros planos são ruins.

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63

Fornecimento de fármacia, posto de combustiveís e odontologia

11%

18%8%

60%

2%1% Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Nunca usaram

Gráfico 14: Fornecimento de farmácia, posto de combustíveis e odontologia

Fonte: A partir da pesquisa

A empresa oferece benefícios na área da saúde e do comércio, mas na área do

comércio, gráfico 14, os pesquisados na sua maioria não utilizam esse serviço, ou seja, 60%.

Os principais motivos descritos pela não utilização foram: não sabem aonde utilizar, não

conhecem as farmácias e os postos da rede, não sabiam que poderiam ter descontos nesses

serviços somente na área da saúde, ou seja, desconhecimento e ou falta de informação.

Dos que utilizaram contam que os descontos são baixos na qual nem valem à pena,

outros já têm planos odontológicos e cartão de farmácias que os descontos são mais

significativos. Também pelo fato dos lugares credenciados se localizarem longe das suas

residências e os benefícios são baixos na qual não compensa a locomoção, e outros porque se

esquecem de utilizar.

Quanto aos outros clientes, 11% estão muitos satisfeitos e 18% satisfeitos. Os restantes

que somaram 11% consideram os benefícios nesse setor muito baixos e na existência de

poucos credenciados aonde possam utilizar o cartão. Embora, segundo a gerente, o foco da

empresa seja a saúde, há um volume razoável de estabelecimentos. Não há interesse por parte

da empresa em pulverizá-los demais, sendo assim explica porque a maioria não utiliza, a

ênfase da empresa é para a área da saúde.

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64

Agilidade e atenção da rede credenciada no atendimento

67%

27%6%

0%0%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 15: Agilidade e atenção da rede credenciada no atendimento Fonte: A partir da pesquisa

Em relação à rede credenciada a gerente foi questionada se na rede credenciada existe

algum tipo de indicador ou supervisão que indique qual a qualidade do atendimento para os

associados do Sidesc, ela informou que existe um trabalho de supervisão presencial e ainda

via Call Center. Os indicadores formais estão sendo construídos neste momento, em função

da criação da área de negócios REDES (gerencia toda a rede de estabelecimentos

credenciados para os diversos produtos do Grupo Connex).

Na variante qualidade do atendimento na rede credenciada, 67% dos clientes ficaram

muito satisfeitos com a agilidade e com atenção dos mesmos e 27% satisfeitos. Os clientes

que representam os 6% são por ter tido algum tipo de atraso para serem atendidos e falta de

informação sobre alguns procedimentos da clínica deixando o cliente numa situação de

desconforto. Mas, nenhum cliente pesquisado se considerava insatisfeito nesse sentido.

A rapidez e atenção no atendimento nas clínicas para agendar horário para consulta

62%

28%

9%1%

0%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 16: Rapidez e atenção no atendimento nas clínicas para agendar horário para consulta

Fonte: A partir da pesquisa

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65

Avaliando ainda a rede credenciada, os clientes na variável rapidez e a atenção, no

gráfico 16, do atendimento nas clínicas para agendar horário para consulta 62% se sentiram

muito satisfeitos e 28% satisfeitos, afirmaram que foram bem rápidos e que não teve nenhuma

barreira ou descriminação em relação a outros planos.

Os indiferentes, no valor de 9%, se sentiram em algumas situações um pouco de

“descriminação” em relação a outros planos, é oferecido prioridade para convênios mais

caros. E 1% de insatisfação representa uma cliente que marcou uma consulta, mas o médico

não atendia na área pediátrica, mas a pessoa que marcou a consulta não a informou e teve

muitos transtornos.

Se as clínicas credenciadas são preparadas para atender os associados com agilidade e

atenção ou não, a gerente proferiu que a empresa não interfere no treinamento das equipes das

clínicas. Há sim o treinamento para conhecimento do serviço que a empresa presta, mas com

relação à agilidade e atenção, costuma-se credenciar clínicas de referência, que não

apresentem problemas neste sentido. Agora o gerenciamento/gestão pessoal da clínica, é

exclusivo de sua competência.

Já entrou em contato com a empresa, após ter adquirido o plano?

47%

53%

Sim

Não

Gráfico 17: Contato com a empresa, após a compra Fonte: A partir da pesquisa

Para avaliar a satisfação em relação ao atendimento do Sidesc, antes foi questionado

aos clientes se já tinham tido algum contato com a empresa, pelo telefone ou até presencial,

53% dos associados tiveram o primeiro e o último contato quando adquiriram o serviço. E

após isso nunca mais houve contato, a maioria aponta que não ligaram ou foram na empresa

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66

porque não teve necessidade. Já sabiam os benefícios e aonde utilizar e não tinham se

incomodado.

A freqüência de contato dos clientes com a empresa nesses canais, a gerente relata que

gira em torno de 20% dos clientes que entram em contato com a empresa todos os meses. Não

há estudo sobre a freqüência média por cliente. Isto deverá acontecer na próxima etapa, no

projeto de relacionamento com os clientes, que ocorrerá a partir do próximo ano. Os que

tiveram contato com a empresa totalizaram 47%, e para eles foram questionados a questão da

qualidade do atendimento do Sidesc, o resultado consta no gráfico subseqüente.

85%

11%

0%0%

4%

Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 18: Educação, cortesia e disposição para ajudar por parte do atendente Sidesc

Fonte: A partir da pesquisa

Para esses 47% de associados que tiveram um contato com a empresa pelos canais

existentes, 85% estavam muitos satisfeitos e elogiaram muito o atendimento, sempre que

precisaram entrar em contato as suas solicitações foram esclarecidas. E satisfeitos 11% e 4%

indiferentes. E a gerente expõe que a central de atendimento e a empresa têm atendentes

capacitados para esclarecer quaisquer dúvidas, solicitações, reclamações, sugestões feitas

pelos clientes e tem a disposição o supervisor para apoio caso houver necessidade.

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67

Educação, cortesia e disposição para ajudar por parte do atendente Sidesc

13%

0%0%

2%

85%Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 19: Educação, cortesia e disposição para ajudar no atendimento Sidesc

Fonte: A partir da pesquisa

Os atendentes do Sidesc foram educados, dispostos e com vontade de ajudar, como

mostra o gráfico 19, também 85% ficaram muito satisfeitos, 13% satisfeitos e 2% indiferente.

Nessa variante a gerente entende que os atendentes estão preparados para fornecer um

atendimento com agilidade e objetividade, e demonstrar para o cliente que ele esta lá com o

intuito de ajudá-lo com cortesia e disposição.

A equipe de atendimento inclusive é monitorada, ou seja, as ligações são gravadas e

recebem constantes feedback sobre seu desempenho quantitativo (produtividade) e qualitativo

(qualidade das ligações). O foco do Call Center é a qualidade. Inúmeras ações são

desenvolvidas neste sentido

Agilidade e objetividade dos atendentes do Sidesc

85%

13%

0%2%

0%Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

Gráfico 20: Agilidade e objetividade no atendimento Sidesc

Fonte: A partir da pesquisa

No requisito agilidade e a objetividade dos atendentes a avaliação não foi diferentes

dos indicadores acima mencionados. No gráfico 20, a variável agilidade e objetividade

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68

praticamente indicam as mesmas percentagens, aumentando em algumas percentagens o

número de clientes satisfeitos

Gráfico 21: Expectativa - percepção do cliente

Fonte: A partir da pesquisa

O representante quando vende o contrato promete muitos benefícios que os associados

teriam com o cartão. Como sendo um serviço, o cliente não tem propriedade sobre ele e isso

faz com que a percepção da satisfação aconteça somente após a sua utilização.

Conforme a gerente, normalmente as promessas feitas pelos vendedores são

cumpridos sim. Os problemas são tratados caso a caso. Normalmente o mais complexo é

administrar a promessa do vendedor externo (porta-a-porta). Neste sentido, possuímos alguns

problemas. Porém, já possuímos ação de pós-vendas, para minimizar as situações de pouco

entendimento do produto ou mesmo entendimento incorreto, aumentando assim a fidelização

dos clientes.

Para saber a percepção dos clientes do que foi prometido e o que o Sidesc está

oferecendo, foi questionada qual a nota em relação a essa variável. Os associados

apresentaram muita satisfação como mostra o gráfico adiante. Os clientes muitos satisfeitos

representam 62% do gráfico 21, um valor considerável, 29% estão satisfeitos e 9%

indiferentes e o motivo é por faltar ainda mais clínicas e médicos na qual foi informado no ato

da venda e outras que atendiam e não atendem mais.

O que foi prometido pelo Sidesc e o que está sendo cumprido

62%

29%

9%0%0% Nota de 10 a 9

Nota de 8 a 7

Nota de 6 a 5

Nota de 4 a 3

Nota de 2 a 0

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69

Principal benefício do Sidesc

97%

0%

3%

Acesso a saúde

Prêmios emdinheiro

Seguro de Vida

Gráfico 22: Principal benefício do Sidesc

Fonte: A partir da pesquisa

O Sidesc, além de fornecer benefícios na saúde para fazer consultas, exames ainda tem

o comércio, o prêmio em dinheiro, que é um sorteio feito mensalmente no ultimo sábado de

cada mês, o valor do sorteio é de 5.000, e o seguro de vida. Ao se associar o sorteio já vem

incluso no plano, mas o seguro de vida é opcional, e tem valores diferenciados.

Para saber qual o motivo principal do cliente ter o cartão foi questionado qual o

principal benefício do Sidesc. Foi questionada do mesmo modo a gerente qual desses

benefícios a empresa tem mais esforço para venda e expôs que é a saúde. No entanto, está se

dando bastante direcionamento agora também para os seguros. E acredita que para os clientes,

normalmente, é a saúde o motivo central para ter o plano, e este é o foco da empresa.

Entretanto, os seguros agregam valor ao produto, assim como os sorteios, gerando maior

retenção dos clientes.

E realmente converge com os dados coletados, como apresenta o gráfico 22, para 97%

dos associados o motivo principal para ter o Sidesc é por causa dos benefícios na saúde, 3%

seguro de vida e nenhum pelo prêmio. Sendo assim o vital objetivo da empresa está sendo

alcançada, que é a percepção dos clientes de que o benefício principal é a saúde.

Com relata Kotler (1998, p.51)

“Valor entregue ao consumidor é a diferença entre o valor total esperado e o custo total do consumidor, sendo valor total o conjunto de benefícios esperados por determinado produto ou serviço e o custo total é o conjunto de custos esperados na avaliação, obtenção e uso do produto ou serviço”.

Desse modo é importante que e a empresa também saiba qual o objetivo principal do

cliente ter o serviço e assim poder oferecer o que realmente tenha valor para o mesmo.

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70

Indicação

11%

89%

Não

Sim

Gráfico 23: Indicação do Serviço Fonte: A partir da pesquisa

A variante analisada no gráfico 23 é a questão da indicação, como a aquisição de

serviços apresenta um maior índice de riscos, os consumidores confiam mais nas informações

tipo boca-a-boca do que na propaganda, por isso foi considerado pertinente. Conforme o

gráfico 23, dos entrevistados 89% já indicaram o Sidesc para os seus amigos e parentes e 11%

não indicaram porque todos os conhecidos já tinham o Sidesc ou outro plano de saúde e

outros por não ser de Florianópolis não conheciam muitas pessoas.

Segundo Churchill e Peter (2000), os consumidores se tiverem várias experiências

favoráveis com determinada marca podem desenvolver lealdade à marca e podem conversar

sobre suas experiências ou até mesmo influenciar os familiares, os amigos e conhecidos a usar

o produto. Desta forma, os clientes que ficaram satisfeitos com plano indicaram o serviço para

outrem.

A gerente alega que os clientes do Sidesc em Florianópolis estão satisfeitos ao ponto

de fazer indicação porque é de costume a empresa receber e solicitar bastantes indicações. A

grande maioria delas, em torno de 90% das indicações recebidas pelo 0800 são fruto de

indicações boca-a-boca.

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71

Sugestão

36%

64%

Sim Não

Gráfico 24: Sugestões do cliente

Fonte: A partir da pesquisa

No final foi questionado ao cliente se gostaria de dar alguma sugestão de melhoria, no

gráfico 24, das quais 64% não tinham nada a sugerir, para esses clientes estava tudo bem. Os

33% que queriam sugerir algo, as sugestões em maior parte é em relação ao número de

credenciados, entendem que a empresa deveria trabalhar nesse sentido porque várias clínicas e

médicos que utilizavam estão saindo do plano.

Supervisionar a rede de credenciados em relação aos valores cobrados porque os

valores sofrem alterações e não são informados e às vezes os valores para consultas e exames

particulares são iguais para quem tem o cartão Sidesc. Negociar o valor das consultas porque

são caros os descontos, principalmente, nas farmácias, postos de combustíveis e odontologia

são baixos. Foi sugerido também o envio do guia pelo menos uma vez por ano para se

manterem atualizados, porque é encaminhado com uma freqüência muito baixa e alguns se

consideram esquecidos pela empresa por não receber nenhum informativo da empresa.

E que nas clínicas não existe um adesivo informando se atende pelo Sidesc, que todos

deveriam ter. Sobre o sorteio é divulgado através da Loteria Federal, site e a empresa entra em

contato quando a pessoa ganha, mas sugeriram outra forma de comunicação, enviar a

informação por e-mail, por exemplo.

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72

4.5 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO SERVIÇO SIDESC CLUBE

CARD DA EMPRESA GRUPO CONNEX EM FLORIANÓPOLIS

Posterior a tabulação, apresentação em forma de gráfico e a análise dos dados, no que

diz respeitos as variáveis, que seriam os cincos dimensões da qualidade e os 7 Os do serviço,

no geral os clientes estão satisfeitos com os serviços prestados pela Sidesc. Mas, foi realizada

uma análise mais detalhada das dimensões da qualidade apontada por Grönroos (1993),

apontam-se os pontos positivos e os negativos da empresa na questão da satisfação e a

percepção do cliente.

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73

Dimensões Pontos positivos Pontos negativos

Confiabilidade Os clientes ficaram em maior parte

muito satisfeitos com as

explicações dos vendedores sobre

os benefícios do Sidesc e essa

satisfação se reflete no próximo

ponto, a expectativa e a percepção.

A empresa consegue na sua maioria

cumprir com o que prometeu na

venda do serviço, que seria

oferecimento de médico e clínicas

nas diversas especialidades que

atenda a necessidades dos seus

associados.

A entrega do guia e cartão no

período estipulado na hora da

venda. E isso é muito importante

porque passa a impressão para o

cliente de que pode confiar na

empresa, criando um

relacionamento que pode ser de

longo prazo.

A empresa tem o foco na área da

saúde, mas como o comércio

também é oferecido e prometido a

empresa deve também trabalhar no

sentido de ter mais postos de

combustíveis, farmácias,

odontologia.

E para os que são credenciados

negociar o valor dos descontos

nessas áreas, na qual segundo os

clientes são muito baixos.

Ainda sobre o comércio, já que a

empresa a comercializa as

informações sobre a sua existência

devem ser fortalecidas, por exemplo,

através de negociação com os

credenciados para fornecer um

desconto maior e entrega de mala

direta em casa, porque a maioria dos

clientes não lembra ou desconhece

esses benefícios.

E a sua utilização nessa área seria

interessante porque o cliente estaria

sempre em contato com o cartão

(exemplo, postos de combustíveis)

criando assim um valor adicional e

não cair no esquecimento.

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74

Tangibilidade Nessa dimensão não teve uma

análise pelo motivo de que poucos

clientes entram em contato com a

empresa de forma presencial,

utilizam mais o SAC.

Não existe nenhum escritório, além

da matriz em Florianópolis, sabendo

que a empresa atua em todas as

cidades de Santa Catarina a única

unidade é em Florianópolis, é muito

centralizada.

O guia e o cartão são os elementos

tangíveis do serviço. Alguns clientes

não têm Internet e não gostam de

entrar em contato com a central de

atendimento sempre que precisarem

de um médico. Prefere ter o guia em

casa, pois quando precisarem é só

procurar. Acredita-se que essa forma

de comunicação não deve ser banida

porque existem clientes que

preferem desse modo.

Como a rede credenciada sofre

muitas alterações esse guia deve ser

encaminhado pelo menos uma vez

ao ano, pois não deixa de ser uma

forma de relacionamento com o

cliente.

Sensibilidade e

responsabilidade

Como foi apresentado em relação

ao atendimento do Sidesc os

clientes estão muito satisfeitos com

os esclarecimento obtidos pelo

SAC, a objetividade e também a

agilidade dos atendentes.

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75

A qualidade do atendimento é de

alto nível e os clientes elogiaram

bastante.

Igualmente os clientes na rede

credenciada ao atendimento para

agendar horário para consultas, a

atenção e a agilidade estavam

muitos satisfeitos e satisfeitos.

Segurança Os vendedores demonstraram ter

conhecimento sobre o serviço,

transmitindo confiança para o

cliente, o convencendo a comprar.

Do mesmo modo os atendentes

usam o seu conhecimento para a

retenção dos clientes.

A empresa tem um controle

interno, monitorando as ligações

das vendas e do atendimento com o

objetivo do aperfeiçoamento do

processo.

Todas as ligações são gravadas e

monitoradas diminuindo assim o

número de problemas em relação à

veracidade das informações.

Todos os funcionários recebem

treinamentos freqüentes, não tem

uma freqüência.

Para venda porta-a-porta esse

controle é bem menor e acontecem

casos de vendas realizadas que

trazem transtornos futuros por causa

da má índole do vendedor passando

informações erradas ou incompletas

para os clientes.

Desse modo é imprescindível uma

supervisão maior, embora seja mais

difícil, porque não tem ninguém

monitorando a conversa com os

possíveis associados como é

realizada na venda pelo telefone.

Então para essa forma de venda,

procurar selecionar vendedores com

um currículo bom, e que tenha o

perfil adequado da empresa para que

as vendas sejam de qualidade e o

cliente se sinta satisfeito e que as

promessas correspondem à

realidade.

Também que as suas perspectivas

criadas pelo vendedor, possam ser

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76

No atendimento, os clientes ficaram

muito satisfeitos porque o

atendente demonstrou cortesia.

atingidas ou superadas pela

organização.

Empatia Sobre a vontade de ajudar e

demonstrar interesse por parte dos

atendentes à satisfação dos clientes

foi positiva.

Quadro 4: Análise da satisfação em relação às dimensões da qualidade Fonte: Análise a partir da pesquisa

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77

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente trabalho foi analisar o grau de satisfação dos clientes do Sidesc

Clube Card em Florianópolis em relação ao serviço prestado pela empresa. Para a mensuração

da satisfação dos clientes do Sidesc Clube Card foi utilizado às cinco dimensões da qualidade:

confiabilidade, tangibilidade, sensibilidade, segurança e empatia. Essas cinco dimensões

descritas por Lovelock (2002) e Fitzsimmons (2000) foram transformadas em perguntas na

qual a percepção dos clientes para cada variável pesquisada demonstrou que os mesmos estão

muito satisfeitos em relação ao serviço prestado pelo Sidesc Clube Card em Florianópolis.

Os clientes, em maior parte, estavam muito satisfeitos em relação à explicação dos

benefícios do cartão pelo representante da empresa, os cartões e os guias chegaram na data

estipulada e a forma de pagamento foi adequada. No que diz respeito à rede credenciada, a

atenção e a agilidade no atendimento aos associados os deixaram satisfeitos.

No atendimento do Sidesc (SAC), os atendentes foram elogiados pelos clientes de que

o atendimento é de qualidade, e que os atendentes apresentam disposição para ajudar e as

ligações sempre foram esclarecidas com objetividade e cortesia. Sobre as promessas feitas

pela empresa e o que a empresa proporciona para os clientes, os mesmos estavam muitos

satisfeitos porque segundo eles tudo o que precisaram e foi informado na venda do serviço

tinham a disposição. Ou seja, a qualidade esperada e a qualidade experimentada foram

percebidas e isso leva o cliente a ter a sensação de prazer e a satisfação por ter adquirido o

serviço.

Embora na variável fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades ter

tido uma percentagem considerável de clientes muitos satisfeitos e satisfeitos, reclamaram que

existe ainda a necessidade de mais clínicas porque alguns dos entrevistados já tiveram alguma

dificuldade para encontrar algumas especialidades médica e também exames. E no comércio

como não é o foco da empresa a utilização desse serviço foi baixo, mas os associados que

usaram reclamam do valor dos descontos e de poucos números da rede credenciada nesse

setor.

Moller e Barlow (1996) alertam para o fato de que os clientes que reclamam, porém,

ao conversarem com os empregados da organização com a qual estão insatisfeitos, oferecem a

mesma a oportunidade de reverter à situação indesejável, o que possibilita o aumento da

probabilidade de novos negócios. Os associados entrevistados foram bastante receptivos e

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sugeriram algumas modificações e melhorias que possam contribuir para o aperfeiçoamento

do serviço e tenha mais qualidade e, consequentemente, maior satisfação dos seus associados.

Sendo assim, proporciona a empresa conhecer as falhas e oferece a oportunidade de serem

solucionadas.

Pela pesquisa pode-se concluir que, os clientes de Florianópolis que possuem o cartão

Sidesc Clube Card estão satisfeitos com os serviços prestados pela empresa, mas essa

satisfação não implica que não exista algo que possa ainda ser melhorado ou aperfeiçoado.

Sendo assim é importante manter a qualidade e monitorar os vendedores, os atendentes, o

processo da empresa e conhecer os desejos e as necessidades dos clientes, para resolver

problemas de forma imediata e fornecer serviços de qualidade, para não os perder para os

concorrentes.

Supervisionar de forma constante a rede credenciada, para a empresa se manter

informada e atualizada sobre as alterações que possam ocorrer no valor das consultas e a

percentagem de desconto, para assim informar os clientes de forma correta sobre a rede

credenciada disponível. Credenciar mais clínicas e estabelecimentos nas diversas

especialidades, até mesmo as que existem para proporcionar os clientes a opção de escolha e

também os que também não constam cadastradas no sistema, mas o cliente precisa.

Sobre as vendas e as promessas dos vendedores, em especial, vendas por telefone os

mesmos deveriam além de serem monitorados, também treiná-los para conhecer e ler todas as

cláusulas do contrato, e informar na hora da venda mais informações do que o habitual e com

mais clareza aos potenciais clientes. È compreensível que o custo será maior pelo tempo, mas

acredita-se que avaliando ao longo prazo seja vantajoso, pois, o cliente sabe o que está

adquirindo sem dúvidas, e não vai se sentir enganado pela omissão de informações, o contrato

chega na casa do cliente somente após a venda ser confirmada, porque e cliente indignado fala

muito mal da empresa para várias pessoas e isso prejudica muito a imagem da empresa.

Para as vendas porta-a-porta, a gestão da equipe é terceirizada, mas a sugestão para a

empresa é a de que solicite de forma periódica, mensal, trimestral, ou seja, de acordo com a

necessidade, um relatório sobre as quantidades das vendas, os contratos cancelados e verificar

se o motivo está relacionado ou não com a venda, o seu histórico em relação as reclamações

dos cliente. Desta forma a empresa poderá verificar qual o perfil das pessoas que vendem o

plano. Com essa estratégia, a quantidade das vendas podem diminuir mas a qualidade vai

aumentar consideravelmente, a empresa não vai obrigar o cliente a ficar por causa das

clausulas, mas sim o cliente vai ficar porque acredita ter adquirido um bom plano e isso vai

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79

trazer uma conseqüência positiva, a de indicação para outras pessoas e o estabelecimento de

uma relação de confiança e de longo prazo.

Além de medida interna também a externa, estar sempre em contato com o cliente,

tentando ganhar a confiança e estabelecer um relacionamento de longo prazo e o tornando um

freguês fiel e que através do canal boca-a-boca possa atrair novos potencias clientes.

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80

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82

APÊNDICE A - ROTEIRO DA ENTREVISTA COM A GERENTE

1. Os vendedores( porta-a-porta e no televendas) são preparados para informar e explicar

de forma ética, clara e compreensível os benefícios do cartão para os possíveis

clientes?

2. Quando o cliente se associa qual o tempo estipulado para a entrega? É entregue

conforme o combinado?

3. Qual a sua opinião em relação à forma de pagamento? É adequada?

4. Qual o meio de comunicação com os associados? Conseguem atingir a meta de

entregar os guias a todos? E qual a freqüência de envio?

5. A empresa fornece médicos e clínicas nas diversas especialidades que consiga superar

a demanda e satisfazer as necessidades dos associados?

6. Em relação à área do comercio, também a empresa fornece farmácias, postos de

combustíveis e clínicas odontológicas que satisfaçam as necessidades dos seus

associados?

7. Na rede credenciada existe algum tipo de indicador ou supervisão que indique qual a

qualidade do atendimento para os associados do Sidesc?

8. As clínicas credenciadas são preparadas para atender os associados com agilidade e

atenção?

9. Existe uma central de atendimento disponível para os clientes e a empresa também faz

atendimento na empresa. Qual a freqüência de contato dos clientes com a empresa

nesses canais?

10. A central de atendimento e a empresa têm atendentes capacitados para esclarecimentos

de dúvidas, solicitações, reclamações, sugestões feitas pelos clientes?

11. Percebe que os atendentes estão preparados para fornecer um atendimento com

agilidade e objetividade? Demonstram cortesia e disposição para ajudar os clientes?

12. O vendedor promete e cria uma expectativa sobre o cliente dos benefícios do cartão e

o mesmo opta pela compra do serviço. Todas as promessas feitas, a empresa está

conseguindo cumprir? O marketing interno está conseguindo atingir essa meta?

13. O Sidesc trabalha com muitos serviços, tem o seguro de vida, prêmios me dinheiro e o

acesso a saúde. Qual desses benefícios a empresa tem mais esforço para venda?

14. Para as pessoas que têm o plano, qual seria o principal benefício? Qual serviço

interessa ou é o foco da empresa?

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15. Para empresas que fornecem serviço sabe-se que a forma de comunicação boca-a-boca

é a melhor forma de se fazer a promoção do serviço. Nesse sentido, acredita que os

clientes estão satisfeitos ao ponto de indicar o Sidesc para amigos e ou parentes?

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APÊNDICE B- QUESTIONÁRIO

Bom dia! Por gentileza o (a) Senhor (a) _____________? Meu nome é Ângela do

Sidesc Clube Card, e gostaria de fazer algumas perguntas rápidas sobre o que o Senhor (a)

está achando do serviço SIDESC.

O Senhor (a) pode conversar nesse momento comigo?

Grau de satisfação:

Muito satisfeito – 10 a 9

Satisfeito – 8 a 7

Indiferente – 6 a 5

Insatisfeito – 4 a 3

Muito insatisfeito – 2 a 0

O Senhor (a) já utilizou os benefícios do Sidesc? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, para cada pergunta que eu fizer por gentileza atribua uma nota de 0 a 10, sendo 10 o

melhor e 0 o pior.

Se não

Justifique: ____________________________________________

Variáveis analisadas. Sua nota em relação á:

Grau de satisfação

Observações

A explicação dos benefícios do cartão pelo representante.

Tempo para entrega do guia e cartão.

A forma de pagamento

Facilidade de obter informações sobre o que o Sidesc oferece aos associados.

Fornecimento de médicos e clínicas nas diversas especialidades.

Fornecimento de farmácia, posto de combustíveis, odontologia.

Agilidade e atenção da rede credenciada no

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atendimento. A rapidez e atenção no atendimento nas clínicas para agendar horário para consulta.

O que foi prometido pelo Sidesc e o que está sendo cumprido.

O Senhor já entrou em contato com a empresa?

Sim( ) Não( ) Por quê?_________________________________________

Se sim, atribua nota de a 0 a 1 em relação á:

Esclarecimentos de dúvidas, solicitações, reclamações, sugestões feitas através do atendimento do Sidesc.

A educação, cortesia e disposição para ajudar por parte do atendente do Sidesc.

A agilidade e objetividade dos atendentes do Sidesc

Para o Senhor (a) qual o principal beneficio do Sidesc Clube Card?

1. Acesso à saúde

2. Prêmios em dinheiro

3. Seguro de vida

O Senhor (a) já indicou ou indica o Sidesc para amigos e parentes? ( ) Sim ( ) Não.

Se não

Justifique: ____________________________________________

O Senhor (a) gostaria de dar alguma sugestão de melhoria? ( ) Sim ( ) Não.

___________________________________________________________________________

Obrigado (a) pela colaboração, tenha um bom dia!