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Pesquisa e-Business 2000 Brasil Resultados e AnÆlises

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  • Pesquisa e-Business 2000BrasilResultados e Anlises

  • 2 PricewaterhouseCoopers

    Pesquisa e-Business 2000 - Brasil

    Se as condies de crescimento econmico persistirem, Lozinsky espera para 2001 um grande crescimentono nmero de projetos baseados na Web, tanto em quantidade quanto em sofisticao. Por exemplo, odesenvolvimento de atividades de colaborao entre as empresas via Internet, como o design de produtos,planejamento e logstica.

    O Brasil est posicionado de forma a integrar o ranking dos maiores usurios de e-Business no planeta,diz Lozinsky. A continuidade dos investimentos em infra-estrutura e a estabilidade econmica so fatores-chave para atingirmos essa nova dimenso.

    Quase metade das empresas pesquisadas indicaram que as oportunidades de e-Business soavaliadas e desenvolvidas por um grupo multidisciplinar, formado por representantes de vrias

    reas; apenas 10% concentraram essa responsabilidade na rea de Tecnologia

    No ltimo trimestre do ano 2000, a PricewaterhouseCoopers teve ainiciativa de realizar uma pesquisa com as maiores empresas queatuam no Brasil para verificar a evoluo do processo de e-Businessno pas. Esse trabalho da consultoria utilizou, como base, o rankingdas 500 maiores e melhores empresas publicado pela revista Exameno ltimo ano.

    O modelo de pesquisa adotado foi um questionrio enviado paraCEOs e CIOs de 420 empresas e 30 bancos, que apresentam umfaturamento mdio de US$ 550 milhes e um quadro de funcionriosde aproximadamente 4.300 pessoas. Esse universo responsvelpela maior parte do investimento em tecnologia para aplicao diretanos negcios - tecnologia da informao - no pas.

    Os resultados apurados na pesquisa mostram que, embora mais de60% das empresas indiquem que j possuem uma estratgia definidapara atuao na Web, pode-se interpretar que isso no ocorreexatamente assim: o conjunto de respostas registra que a presenada Internet considerada como crtica, mas a maior parte das

    empresas confunde estratgia de e-Business com algumas das iniciativas que esto realizando atualmente eque, em alguns casos, representam um aspecto limitado de um potencial muito maior de oportunidades.

    Na prtica, uma estratgia definida de e-Business pressupe um processo de transformao nos negcios daempresa e, muitas vezes, de todo o segmento de mercado em que est inserida. A PricewaterhouseCoopersacredita que as empresas precisam estabelecer um processo dinmico de atualizao/execuo de suasestratgias de e-Business para criarem as condies de competitividade exigidas pelo mercado atual.

    Segundo Sergio Lozinsky, scio-diretor da PricewaterhouseCoopers e lder de e-Business para a Amrica doSul, o e-Business no Brasil, no ano 2000, foi marcado por duas fases distintas: at maio as grandes empresasconcentraram-se em planejar sua presena na Web, buscando entender o impacto do e-Business nos seusnegcios. A partir desse perodo, cresceram exponencialmente as iniciativas de implementao de soluesvia Internet, principalmente e-Procurement e portais de intermediao.

  • PricewaterhouseCoopers 3

    Utilizao da Internet pelos Funcionrios

    interessante notar que um dos resultados apurados pela pesquisa mostra que o acesso Internet ainda noest disponibilizado para a maioria dos funcionrios das empresas pesquisadas. Isso ocorre, em parte, porqueas empresas no colocam disposio computadores para todos os funcionrios. No caso do Brasil, essa uma questo importante, pois para muitos trabalhadores, a nica oportunidade de navegar na Web est naempresa, j que no possuem poder aquisitivo para adquirir seu prprio equipamento e provedor de acesso.Nos Estados Unidos, ao contrrio, mais de 50% dos lares j possuem acesso prprio Internet.

    Esse papel de prover acesso Web, muito mais do que uma iniciativa de cunho social, poder trazerresultados econmicos interessantes, uma vez que muitos desses profissionais podero se aprimorar, seatualizar e se tornar pessoas bem-informadas com o que de mais moderno existe no mundo.

    A maior utilizao de tecnologia na automao dos processos de negcios das empresas deve permitir quegradualmente o nmero de pessoas com acesso Web cresa.

    Apenas 20% das empresas esto utilizando aInternet como ferramenta de treinamento

    para seus quadros de pessoal

    Menos de 40% dos funcionrios dessas

    empresas tm acesso Internet

  • 4 PricewaterhouseCoopers

    Estratgia de atuao na Internet

    A percepo da PricewaterhouseCoopers a de que poucas empresas realmente dedicaram-se exploraodas possibilidades de utilizao da Internet em seus negcios. H uma preocupao geral em estar presente por isso um grande nmero de respostas, mostrando presena institucional das empresas, porm poucoconhecimento de como essa tecnologia pode afetar os processos de negcios, as parcerias, os clientes, osfornecedores e a prpria indstria.

    As empresas no se antecipam a possveis questes regulatrias que, eventualmente, possam causar umimpacto significativo sobre sua estratgia na Web.

    importante considerar, tambm, que vrios setores, no Brasil, apresentam uma realidade deconcorrncia bem diferente da dos Estados Unidos ou da Europa: para vrias indstrias, a diviso demercado ocorre entre poucas empresas, algumas vezes entre menos de quatro. Esse quadro, que seaproxima de monoplios ou de cartis, acaba por no incentivar um investimento mais significativo natransformao do negcio. Percebemos que a maior preocupao em antecipar-se no uso da tecnologiaproporcionada pela Internet vem das empresas que j competem no mercado global, ou pertencem asetores em que as restries a estrangeiros so menores.

    Sendo assim, para muitas empresas, o investimento na Web est mais ligado possibilidade de reduesde custos. H uma menor preocupao em ficar para trs na aplicao da tecnologia, pelo menos emum horizonte de tempo razovel um a trs anos.

    A entrada na Internet

    Nota-se que o e-Procurement uma forma natural de ingressar no B2B, pois rene pelo menos trsaspectos interessantes para a empresa: (a) a realizao de processos no-crticos para o negcio, comocompra de materiais e servios indiretos, em um momento de pouca experincia na Web; (b) a reduode custos administrativos pela automao maior de processos e delegao de parte do trabalho aosfornecedores; (c) a utilizao dessa aplicao como base de aprendizado para vos mais altos.

    Quase todas as empresas(mais de 90%) tm pelo

    menos presena

    institucional na Web

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    A possibilidade de criar portais de intermediao para o e-Procurement tem atrado vrios bancos eempresas de telecomunicaes, que enxergam nessa oferta de servios uma ferramenta para reterclientes ou mesmo para iniciar a transformao de seus prprios negcios. H um consenso entre analistasde todas as partes de que as indstrias que sofrero o maior impacto com a Internet so as deTelecomunicaes e as de Servios Financeiros, nessa ordem.

    Dos 2/3 que implementaram o ERP, mais da metade ainda no integrou seu sistema de gesto comos processos via Internet

    1/3 das empresas ainda noimplementou um sistema ERP para

    gesto de seus processos internos, oque limita a expanso dos negcios

    dessas empresas na Web,particularmente em atividades B2B

    Mais de 50% dos entrevistados esto ou estaro realizando parcerias com concorrentes para

    explorar oportunidades de aumento de escala e reduo de custos comuns

    Viso das empresas para explorar

    oportunidades na Internet por meio

    de associaes/parcerias com

    concorrentes diretos

    Na prtica, os volumes atualmente transacionados nesses portais so inviveis em termos de sustentaodo negcio e exigem um suporte financeiro permanente em busca de tempos melhores. Alm disso, naviso da PricewaterhouseCoopers, no h espao para tantos portais no mercado e, fatalmente, algunsdeles sero descontinuados ou incorporados por organizaes mais slidas.

  • 6 PricewaterhouseCoopers

    Esses portais horizontais (como so chamados no mercado, por no atenderem somente a um setor,mas vrios) ainda tm de competir com as iniciativas de e-Procurement das empresas que possuemvolumes individuais de compras significativos (e que teoricamente justificam um portal prprio) ou comentidades de e-Procurement independentes, criadas por setores industriais.

    interessante observar que o setor de Construo apresenta um ndice nulo de compras pela Internet.Durante o perodo de apurao da pesquisa, foi anunciada no mercado a criao de alguns portais quepretendem aproveitar essa oportunidade e que so patrocinados por empresas como Tigre, Votorantim,Gafisa e outras.

    Menos de 10% do volume de compras e de vendas trafegam pela Internet - a maior parte dastransaes ainda realizada por outros canais

    Do ponto de vista estratgico, por exemplo, comum criar conflitos com os demais canais de distribuioque ainda so responsveis pela maior parte das vendas. Alm disso, nem sempre a substituio do contatohumano pelas facilidades da tecnologia traz os resultados esperados.

    Em termos tcnicos, aspectos como segurana das informaes, integrao entre os sistemas que suportamas vendas (nem sempre de fcil execuo) e mesmo limitaes dos softwares disponveis no mercadoexigem muitos cuidados na hora de operacionalizar uma estratgia de vendas pela Internet.

    A maior importncia da Internet em vendas ainda o e-mail, que amplia a possibilidade de comunicaoentre o profissional da rea comercial e o cliente. Nesse contexto, o advento da tecnologia wireless deveajudar, e muito, o incremento da utilizao da Web na rea comercial. A possibilidade de estar empermanente comunicao com o cliente e com a empresa torna a rea comercial muito mais gil.

    Mais de 70% das empresas possu-em algum tipo de centro de

    relacionamento com os clientes(Call Centers, Contact Centers),

    mas a maior parte concentra essaatividade no atendimento

    telefnico

    As vendas pela Internet

    As transaes comerciais via Internet surgiram como algo voltado para as pessoas fsicas - o consumidor.Nesse contexto, proliferam sites que oferecem bens de consumo - de alto ou baixo valor. Esses sites, emgeral, enfrentam problemas de logstica e sofrem com os baixos volumes transacionados at o momento.

    As vendas entre empresas (B2B) so o grande filo da Internet e devem representar aproximadamente90% do total transacionado na Web no mundo. Apresentam, tambm, as maiores dificuldades -estratgicas e tcnicas - para aplicar com sucesso a tecnologia.

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    O maior desafio das empresas em termos de prover contato com seus clientes permitir que estes utilizemqualquer forma de comunicao (telefone fixo, fax, e-mail, acesso pelo site, celular, PDA etc.) e integrartodos esses meios em um nico Centro de Atendimento que trate de forma adequada cada solicitao.

    Impacto nos Custos da ` rea de Tecnologia

    Desde o advento dos sistemas ERP, preciso entender que grande parte dos investimentos em tecnologiano traz uma reduo de custos na rea de Informtica. Muitas vezes, como a prpria pesquisa mostra, hat um aumento desses custos. No entanto, os benefcios que esses investimentos costumam proporcionarnas reas usurias - administrao, comercial, finanas, compras, produo - mais do que compensamesses investimentos.

    A grande maioria das empresas (quase90%) ainda no percebeu redues de

    custos em funo da utilizao desolues de e-Business; 23% acham que

    os custos aumentaram

    Por esse motivo, crtico fazer uma anlise abrangente dos planos de investimentos em tecnologia,particularmente em aplicaes na Internet. Os chamados business cases, desenvolvidos pelas empresaspara avaliar a viabilidade de um projeto, podem dar uma nova perspectiva s possibilidades de utilizao dastecnologias.

    Atualmente, com as amplas possibilidades deterceirizao do processamento que a Internet traz,pode-se reduzir efetivamente os custos na rea deTecnologia quando esses servios hosting, ASP sobem planejados, negociados e utilizados.

  • ' 2001 PricewaterhouseCoopers. PricewaterhouseCoopers refere-se s firmasindividuais que compem a organizao mundial PricewaterhouseCoopers. Todos os direitos reservados.

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