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1 MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO EM PSICOLOGIA

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO EM

PSICOLOGIA

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Programa

1- O processo de pesquisa e os enfoques qualitativo e quantitativo rumo a um modelo integral1.1. Os enfoques qualitativo e quantitativo1.2. O processo de pesquisa1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

1.3.1. O modelo de duas etapas1.3.2. O modelo de enfoque dominante1.3.3. O modelo misto

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Programa

2- A ideia: nasce um projecto de pesquisa

2.1. A origem das pesquisas

2.1.1. Fontes de ideias para pesquisas

2.1.2. Como surgem as ideias para pesquisa

2.1.3. Imprecisão das ideias iniciais

2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

2.1.6. Critérios para gerar ideias

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Programa

3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do estudo

3.1. Formular o problema da pesquisa

3.2. Elementos contidos na formulação do problema de pesquisa

3.2.1. Objectivos de pesquisa

3.2.2. Questões de pesquisa

3.2.3. Justificação, viabilidade e consequências da pesquisa

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Programa

4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção de uma perspectiva teórica4.1. O marco teórico4.2. Seis funções do marco teórico4.3. Etapas do marco teórico4.4. Revisão da literatura4.5. Elaboração do marco teórico

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Programa

5- Definição da pesquisa

5.1. Tipos de estudo

5.2. Estudos exploratórios

5.3. Estudos descritivos

5.4. Estudos correlacionais

5.5. Estudos explicativos

5.6. Relação entre os estudos qualitativos e quantitativos e a pesquisa exploratória, descritiva, correlacional e explicativa

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Programa

6- Formulação de hipóteses

6.1. As hipóteses

6.2. Quando se devem formular hipóteses

6.3. As hipóteses são sempre verdadeiras?

6.4. As variáveis

6.5. Tipos de hipóteses

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Programa

7- Modelos de pesquisa

7.1. O que são

7.2. Tipos de modelos de pesquisa

7.3. Requisitos de um experimento puro

7.4. Variáveis dependentes e independentes

7.5. Validade interna e externa

7.6. Pesquisa experimental e pesquisa não-experimental

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Programa

8-Selecção da amostra

8.1. Tipos de amostras

8.2. Selecção da amostra

8.3. Tamanho da amostra

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Programa

9- Recolha de dados

9.1. Requisitos de um instrumento de medição

9.2. Tipos de instrumentos de medição ou recolha de dados quantitativos

9.3. Recolha de dados qualitativos

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Programa

10- Análise de dados

10.1. Análises quantitativas

10.2. Análises qualitativas

11- Elaboração do relatório de pesquisa

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1- O processo de pesquisa e os enfoques qualitativo e quantitativo rumo a um modelo

integral

Ao longo da História da Ciência surgiram diversas correntes de pensamento que deram origem a diferentes caminhos na busca do conhecimento. Essas correntes foram polarizadas em dois enfoques principais: o enfoque qualitativo e o enfoque quantitativo de pesquisa.

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1- O processo de pesquisa e os enfoques qualitativo e quantitativo rumo a um modelo

integral

Estes dois enfoques utilizam cinco etapas similares e estão relacionados entre si:

1- observam e analisam fenómenos2- estabelecem pressupostos ou ideias como

consequência da observação e análise3- testam e demonstram o grau em que as suposições têm

fundamento4- revêem as suposições sobre os testes ou análises5- propõem novas observações e avaliações para

esclarecer, modificar ou fundamentar as suposições

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1.1. O enfoque quantitativo

Este enfoque utiliza a recolha e análise de dados para responder às questões da pesquisa e testar as hipóteses estabelecidas previamente.

Além disso, confia na medição numérica, na contagem, no uso da estatística para estabelecer com exactidão os padrões de comportamento de uma população.

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1.1. O enfoque qualitativo

Este enfoque é utilizado sobretudo para descobrir e refinar as questões de pesquisa. Às vezes (nem sempre e não necessariamente) as hipóteses são comprovadas. A recolha de dados não está sujeita a medição numérica, utilizando as observações e as descrições. A interpretação tem um papel preponderante.

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1.1. Os enfoques qualitativo e quantitativo

A título exemplificativo, vamos perspectivar as diferenças entre um enfoque quantitativo e um enfoque qualitativo relativamente a um tema específico.

O tema é “A meta das ciências sociais” e esta meta consiste em “Conhecer o fenómeno social”.

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1.1. O enfoque quantitativo

Características:Ponto de partida – realidade a conhecerPremissa – a realidade do fenómeno social

pode ser conhecida com a menteDados – uso de medição e quantificaçãoFinalidade – procura relatar o que

aconteceu. Procura factos que possam dar informação específica da realidade que podemos explicar e prever.

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1.1. O enfoque qualitativo

Características:Ponto de partida – realidade a descobrirPremissa – a realidade do fenómeno social

é a mente. A realidade é construída pelos indivíduos que conferem significado ao fenómeno social

Dados – uso da linguagem naturalFinalidade – procura entender o contexto e

ou o ponto de vista do actor social

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1.1. O enfoque quantitativo

O enfoque quantitativo pretende delimitar a informação. Para gerar conhecimento, o enfoque quantitativo apoia-se no método hipotético-dedutivo considerando as seguintes premissas:

1- delinear teorias e dela derivar hipóteses

2- hipóteses submetidas à prova

3- se os resultados sustentam as hipóteses, é obtida evidência a seu favor; caso contrário, as hipóteses são descartadas e, eventualmente, a teoria também.

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1.1. O enfoque qualitativo

O enfoque qualitativo procura a dispersão ou expansão dos dados da informação. As suas técnicas de recolha de dados não procuram medir nem associar as medições a números.Este enfoque fundamenta-se num processo indutivo (vão do particular para o geral) para explorar e descrever, gerando assim perspectivas teóricas.

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1.2. O processo de pesquisa

A pesquisa é um processo constituído por diversas etapas, passos ou fases, organizados de uma maneira lógica, sequencial e dinâmica.

Este processo aplica-se tanto à perspectiva qualitativa quanto à perspectiva quantitativa.

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1.2. O processo de pesquisa

No caso da maioria dos estudos quantitativos, o processo aplica-se de forma sequencial:

• Começa com uma ideia que se vai aperfeiçoando e, uma vez delimitada, os objectivos e as questões da pesquisa estão estabelecidos.

• A literatura é revista (revisão da literatura) e constrói-se a nossa perspectiva teórica.

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1.2. O processo de pesquisa

No caso da maioria dos estudos quantitativos, o processo aplica-se de forma sequencial:

• Analisam-se os objectivos e as questões passíveis de serem traduzidas em hipóteses

• Elaboração de plano para testar hipóteses (projecto de pesquisa)

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1.2. O processo de pesquisa

No caso da maioria dos estudos quantitativos, o processo aplica-se de forma sequencial:

• Determinação da amostra

• Recolha de dados utilizando instrumentos de medição ou não (ex.: num estudo qualitativo podemos recorre à entrevista aberta)

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1.2. O processo de pesquisa

No caso da maioria dos estudos quantitativos, o processo aplica-se de forma sequencial:

• Relatório dos resultados

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1.2. O processo de pesquisa

Esquema do processo de pesquisa

Desenvolvimento de uma ideia, tema ou área a investigar

Selecção do ambiente ou lugar de estudo

Escolha de participantes ou indivíduos do estudo

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1.2. O processo de pesquisa

Esquema do processo de pesquisa

Inspecção do ambiente ou lugar de estudo

Trabalho de campo

Selecção de um projecto de pesquisa (ou estratégia a ser desenvolvida no ambiente ou lugar e recolha de dados necessários)

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1.2. O processo de pesquisa

Esquema do processo de pesquisa

Selecção ou elaboração de um instrumento para recolher os dados (ou vários instrumentos)

Recolha de dados (obter as informações pertinentes) e registo dos acontecimentos no ambiente ou lugar

Preparação dos dados para análise

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1.2. O processo de pesquisa

Esquema do processo de pesquisa

Análise dos dados

Elaboração do relatório de pesquisa

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1.2. O processo de pesquisa

A diferenciação do problema (objectivos de estudo, questões de pesquisa e a justificação da pesquisa) e as hipóteses que se lhe seguem surgem em qualquer parte do processo de pesquisa, num estudo qualitativo: desde a ideia até ao relatório.

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1.2. O processo de pesquisa

Além disso, ao longo de todo o processo qualitativo, é possível alterar as definições pré-estabelecidas; o mesmo acontece na pesquisa quantitativa.

Quer na pesquisa qualitativa, quer na quantitativa são múltiplos os instrumentos que se podem utilizar para recolher dados.

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1.2. O processo de pesquisa

A investigação quantitativa permite-nos generalizar os resultados de maneira mais ampla, concedendo-nos o controlo sobre os fenómenos e um ponto de vista de contagem e magnitude em relação a eles.

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1.2. O processo de pesquisa

Assim, existe a possibilidade de réplica e uma perspectiva sobre aspectos específicos de tais fenómenos, para além de facilitar a comparação entre estudos similares.

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1.2. O processo de pesquisa

A pesquisa qualitativa dá profundidade aos dados, dispersão, riqueza interpretativa, contextualização do ambiente, detalhes e experiências únicas.

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1.2. O processo de pesquisa

A pesquisa qualitativa oferece ainda um ponto de vista recente, natural e holístico dos fenómenos, bem como alguma flexibilidade.

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1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

A mistura dos dois modelos potencia o desenvolvimento do conhecimento, a construção de teorias e a resolução de problemas.

Ambos são empíricos, porque recolhem dados do fenómeno que estudam.

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1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

Tanto um modelo como outro requer seriedade, profissionalismo e dedicação.

Ambos empregam procedimentos diferenciados, mas que é possível utilizar com rigor.

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1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

Os métodos quantitativos têm sido mais usados por ciências como a física, a química e a biologia.

Portanto, são mais adequados nas chamadas ciências exactas.

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1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

Os métodos qualitativos têm sido mais usados em disciplinas humanísticas como a antropologia, a etnografia, a psicologia.

Não obstante, ambos os tipos de estudo são úteis para todos os campos.

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1.3. Como são utilizados os dois enfoques numa mesma pesquisa

Por exemplo, um engenheiro civil realiza um estudo para construir um grande edifício.

Para erguer o edifício ele utilizaria estudos quantitativos, cálculos matemáticos, análises estatísticas, etc.

Mas, para enriquecer o seu estudo, entrevistaria engenheiros experientes que o ajudassem a solucionar problemas práticos.

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1.3.1 O modelo de duas etapas

O modelo de duas etapas:

Dentro de uma mesma pesquisa, aplica-se um modelo seguido de outro.

Aplicam-se independentemente e, em cada etapa, utilizam-se as técnicas correspondentes a cada perspectiva a ser utilizada.

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1.3.1 O modelo de duas etapas

Por exemplo, no estudo “Determinantes psicossociais da adesão ao teste pré-sintomático em doenças neurológicas de aparecimento tardio” (Leite, 2006), a fase qualitativa foi constituida por uma entrevista aberta, composta, por sua vez, por três questões que abrangiam o porquê da realização do teste pré-sintomático e o que sabiam acerca da doença.

Nota – ver protocolo

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1.3.1 O modelo de duas etapas

Na fase quantitativa, foram aplicados quatro questionários:

1- Percepção acerca da saúde

2- Bem-estar psicológico geral

3- Escala de atitudes face ao casamento e filhos

4- Escala de aceitação do teste preditivo

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1.3.1 O modelo de duas etapas

Além dos 4 questionários, foi avaliada a percepção do risco através da seguinte tarefa:

PERCEPÇÃO DO RISCO DA DOENÇA

Previamente informado acerca do valor do risco da doença (de 50%)Não informado previamente acerca do valor do risco da doença

INSTRUÇÃO: Por favor, assinale um X num ponto da linha abaixo, que, na sua opinião, melhor represente o valor do risco a que pensa estar sujeito(a).

< .----------.----------.----------.----------.----------.----------.----------.----------.----------.----------. >

0 100

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1.3.2. O modelo de perspectiva dominante

O modelo de perspectiva dominante:

Este modelo é realizado do ponto de vista de uma das perspectivas (qualitativa ou quantitativa), que é a que prevalece, embora a pesquisa mantenha também a outra perspectiva.

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1.3.2. O modelo de perspectiva dominante

O modelo de perspectiva dominante:

A vantagem deste modelo consiste em apresentar uma perspectiva que não é incoerente e que enriquece tanto a recolha de dados como a sua análise.

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1.3.2. O modelo de perspectiva dominante

O modelo de perspectiva dominante:

Para os fundamentalistas de uma perspectiva ou outra, a desvantagem consistiria em a “sua” perspectiva estar a ser subutilizada.

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1.3.2. O modelo de perspectiva dominante

O modelo de perspectiva dominante:

Para os fundamentalistas de uma perspectiva ou outra, a desvantagem consistiria em a “sua” perspectiva estar a ser subutilizada.

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1.3.3. O modelo misto

O modelo misto:

Representa o mais alto grau de integração ou combinação entre as perspectivas qualitativa e quantitativa.

Combinam-se em todas as etapas da pesquisa e exige um domínio completo das duas pesquisas e uma mentalidade aberta.

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1.3.3. O modelo misto

O modelo misto:

A pesquisa oscila entre os esquemas de pensamento indutivo e dedutivo, além de exigir um enorme dinamismo por parte do pesquisador durante o processo.

Chega ao ponto de existir uma vinculação entre o “qualitativo” e o “quantitativo” que parece inaceitável para os “puristas”.

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2- A ideia: nasce um projecto de pesquisa

• As pesquisas têm origem nas ideias.

• Inicialmente não nos preocupamos com o paradigma nem com a perspectiva que vai estar subjacente ao nosso estudo.

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2- A ideia: nasce um projecto de pesquisa

• Para começarmos a pesquisar é preciso uma ideia – esta é a primeira aproximação da realidade que se pretende pesquisar (perspectiva quantitativa) ou do fenómeno, eventos e ambientes a estudar (perspectiva qualitativa).

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2.1. A origem das pesquisas

• As pesquisas têm origem nos seguintes aspectos:

• Fontes de ideias para uma pesquisa• O surgimento das ideias para pesquisa• Imprecisão das ideias iniciais• Necessidade de conhecer os antecedentes:

revisão bibliográfica• Pesquisa prévia dos temas• Critérios para gerar ideias

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2.1.1. Fontes de ideias para pesquisas

Existe uma grande variedade de fontes que podem produzir ideias para uma pesquisa:

• Experiências individuais• Materiais escritos (livros, revistas, jornais, teses,

etc)• Materiais audiovisuais (televião, rádio, cinema,

internet, etc)• Teorias• Descobertas provenientes de outras pesquisas• Crenças• Etc.

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2.1.1. Fontes de ideias para pesquisas

No entanto, as fontes que dão origem às ideias não se relacionam, necessariamente, com a sua qualidade.

Podemos ler um artigo científico que nos dê uma ideia de investigação e, no entanto, a nossa investigação não ser revestida de qualidade. Em contrapartida, podemos estar a ver futebol e surgir uma ideia importante que, depois de ser discutida e investigada, dê origem a uma investigação cientificamente significativa.

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2.1.2. Como surgem as ideias para pesquisa

• Uma ideia pode surgir em locais onde as pessoas se agrupam (restaurantes, hospitais, escolas), ou ao observar as campanhas eleitorais (por exemplo, questões relacionadas com a pertinência e eficácia da publicidade).

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2.1.2. Como surgem as ideias para pesquisa

• Podem ainda surgir ideias ao ler uma revista, ao estudar, em casa, ao ver televisão, ao ir ao cinema, ao recordar uma experiência, ao conversar.

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2.1.3. Imprecisão das ideias iniciais

• As ideias iniciais são, na sua maioria, vagas e requerem uma análise cuidadosa para que se venham a transformar em projectos mais precisos e estruturados.

• Quando se desenvolve uma ideia de pesquisa, devemos familiarizarmo-nos com o campo de conhecimento no qual se inscreve a ideia.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Para aprofundar um tema é necessário conhecer estudos, pesquisas e trabalhos anteriores.

• Deve conhecer-se o que já foi anteriormente feito em relação ao tema a estudar.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Não se deve pesquisar um tema que já tenha sido estudado muito a fundo. Isto implica que uma nova pesquisa deva ser inovadora. Isto é conseguido quando se pesquisa um tema que ainda não foi estudado ou aprofundado, quando nos debruçamos sobre um tema pouco divulgado, ou o perspectivamos de forma diferente da habitual.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Estruturar mais formalmente a ideia de pesquisa. Quando a ideia surge, devemos estudar o tema em artigos, livros, e procurar informação junto de pessoas directamente relacionadas com o tema ou estudiosos do tema. Só assim é capaz de expor mais claramente aquilo que deseja estudar.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Deve-se delimitar o tema a partir do qual a ideia de pesquisa será abordada. De facto, mesmo que os fenómenos do comportamento sejam os mesmos, é possível analisá-lo de diversas formas, segundo a disciplina na qual se enquadre a pesquisa.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• A maior parte das pesquisas, apesar de enquadradas numa perspectiva em particular, não consegue evitar, em maior ou menor grau, temas que se relacionem com outros campos ou disciplinas.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Assim, quando se comenta a perspectiva seleccionada, fala-se de perspectiva principal ou fundamental e não de perspectiva única.

• A selecção de uma ou outra perspectiva tem implicações importantes no desenvolvimento de um estudo.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Também é comum que se realizem pesquisas multidisciplinares, permitindo assim que um tema seja abordado por perspectivas diferentes ou pontos de vista diversos.

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2.1.4. Necessidade de conhecer os antecedentes

• Independentemente do modelo de pesquisa escolhido (qualitativo ou quantitativo), precisamos de escolher uma perspectiva principal para abordar o estudo.

• Falámos de perspectiva (disciplina que orienta de forma central a pesquisa) e enfoque (paradigma: qualitativo ou quantitativo) do estudo.

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2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

• Quanto melhor se conhece o tema, mais eficiente e rápido será o processo de refinar a ideia.

• Existem temas que têm sido mais estudados do que outros; os assuntos mais estudados têm um campo de conhecimento mais estruturado. Esses casos exigem projectos mais específicos.

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2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

• Podemos afirmar que existem:

1- temas já pesquisados, estruturados e formalizados, sobre os quais é preciso encontrar documentos escritos e outros materiais que relatem os resultados de pesquisas ou análises anteriores.

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2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

• Podemos afirmar que existem:

2- Temas já investigados, contudo menos estruturados e formalizados, sobre os quais se tem pesquisado, mas em relação aos quais existem poucos documentos escritos e outros materiais que relatem essa pesquisa; o conhecimento pode estar disperso ou ser inacessível.

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2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

• Podemos afirmar que existem:

2- Nestes casos, é necessário procurar pesquisas não publicadas e recorrer a meios informais, como especialistas no tema, professores, amigos e à internet.

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2.1.5. Pesquisa prévia dos temas

• Podemos afirmar que existem:

3- Temas pouco pesquisados e pouco estruturados, que exigem um esforço maior para encontrar o que já foi pesquisado, ainda que o material seja escasso.

4- Temas não pesquisados.

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2.1.6. Critérios para gerar ideias

• Danhke (1986) menciona diversos critérios que os pesquisadores famosos sugeriram para gerar ideias de pesquisa produtivas, entre as quais se destacam:

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2.1.6. Critérios para gerar ideias

1- As boas ideias intrigam, animam, excitam o pesquisador de maneira particular. É importante que a ideia escolhida para pesquisar seja atraente. Pesquisar algo que não nos interesse pode ser muito desagradável. Se a ideia estimular e motivar o investigador, ele investirá mais tempo e mais atenção no trabalho e terá mais disposição para ultrapassar os obstáculos que surgem.

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2.1.6. Critérios para gerar ideias

2- As boas ideias de pesquisa não são necessariamente novas, mas sim inovadoras. Em muitas ocasiões é preciso actualizar ou adaptar os projectos derivados de pesquisas efectuadas em contextos diferentes.

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2.1.6. Critérios para gerar ideias

3- As boas ideias de pesquisa podem servir para elaborar teorias e solução de problemas. Uma boa ideia pode conduzir a uma pesquisa que ajude a formular, integrar ou testar uma teoria ou a iniciar outros estudos que, juntamente com a pesquisa, consigam constituir uma teoria, ou até mesmo gerar novos métodos de recolha de dados e de análise de dados.

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2.1.6. Critérios para gerar ideias

4- As boas ideias podem servir para gerar novas questões. É preciso responder a certas questões, mas também dar origem a outras. Por vezes, quando um estudo acaba, ele fornece menos respostas do que as questões que suscita.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Uma vez concebida a ideia de pesquisa, é o momento de formular o problema de pesquisa. Na verdade, formular o problema consiste em aperfeiçoar e estruturar mais fortemente a ideia de pesquisa.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

A etapa que vai da ideia à formulação do problema pode ser imediata se a familiaridade com o tema for grande. No entanto, pode também demorar algum tempo se o tema for muito complexo, se existirem poucos estudos sobre o assunto, se o empenho não for grande ou se as competências pessoais não forem as suficientes.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

A partir da ideia, torna-se necessário formular um problema específico, em termos concretos e explícitos, de modo que seja susceptível de ser pesquisado em termos científicos.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudoNo caso do enfoque qualitativo da pesquisa, ou quando este prevalece sobre o quantitativo, a formulação do problema pode dar-se em diferentes momentos da pesquisa:

1- neste segundo passo que se segue ao surgimento da ideia

2- durante o processo de pesquisa (na recolha bibliográfica, ao recolher as informações, etc)

3- no final do processo de pesquisa (ao elaborar o relatório final).

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudoSegundo Ackoff (1967), um problema formulado correctamente está em parte resolvido; quanto maior a exactidão, maiores as possibilidades de obter uma solução satisfatória.

Contudo, convém não esquecer que em muitos estudos qualitativos, aquilo que interessa é não ter uma ideia pré-definida para não condicionar o que se vai descobrir.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

O investigador deve ser capaz não só de conceptualizar o problema, como também de o verbalizar de forma clara, precisa e acessível.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Segundo Kerlinger (2002), os critérios para formular adequadamente o problema de pesquisa são:

1- o problema deve exprimir uma relação entre duas ou mais variáveis (embora nos estudos qualitativos isso não seja um requisito).

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Segundo Kerlinger (2002), os critérios para formular adequadamente o problema de pesquisa são:

2- o problema deve estar formulado claramente, sem ambiguidade, em forma de pergunta.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudoSegundo Kerlinger (2002), os critérios para formular adequadamente o problema de pesquisa são:3- a formulação deve implicar a possibilidade de realizar um teste empírico (perspectiva quantitativa) ou uma recolha de dados (perspectiva qualitativa), ou seja, deve implicar a viabilidade de observação na realidade ou no seu meio.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Convém não esquecer que os estudos qualitativos também são empíricos (o que é diferente de empiricistas). Uma pesquisa qualitativa predominantemente indutiva recolhe dados num ambiente, numa situação ou num acontecimento.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Apesar de, na pesquisa qualitativa, a formulação do problema poder surgir em qualquer fase do processo, deve existir a formulação do problema.

O qualitativo não pode ser confundido com o não-científico ou com a desordem total na pesquisa, pois existem procedimentos e ordem, apesar da abertura e variedade.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Elementos contidos na formulação do problema de pesquisa:

São três e estão relacionados entre si: os objectivos que se pretendem alcançar; as questões de pesquisa; a justificação do estudo.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Objectivos de pesquisa:

Estabelecer objectivos de pesquisa é responder à questão – o que é que a pesquisa pretende.

Existem pesquisas que procuram, primeiramente, contribuir para a solução de um problema em especial (nestes casos, é preciso enunciar o problema e explicar de que forma o estudo contribui para a resolução do mesmo).

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Objectivos de pesquisa: Outras pesquisas têm como objectivo principal testar uma teoria ou relatar evidências empíricas a favor dela.Também existem estudos que, como resultado final pretendem gerar uma formulação do problema ou induzir o conhecimento (sobretudo os qualitativos).

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudoObjectivos de pesquisa:

• É preciso expressar os objectivos com clareza para evitar possíveis desvios no processo de pesquisa.

• Os objectivos devem ser possíveis de alcançar.

• Eles são as orientações do estudo e é preciso tê-los em mente durante todo o seu desenvolvimento.

• Os objectivos devem ser congruentes entre si.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Objectivos de pesquisa:

Convém ter presente que, durante a pesquisa, é possível que surjam objectivos adicionais, que os objectivos iniciais sejam modificados ou até mesmo substituídos por novos objectivos, segundo a direcção que a pesquisa tome.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa: Além de definir os objectivos concretos da pesquisa, é importante formular, através de várias questões, o problema a ser estudado. Formular o problema em forma de questões tem a vantagem de o apresentar de forma directa, minimizando a distorção.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Nem sempre a questão ou questões conseguem apresentar o problema na sua totalidade, com toda a sua riqueza e conteúdo.

Por vezes só se consegue formular o objectivo de estudo, ainda que as questões devam resumir em que consistirá a pesquisa.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Assim, não podemos dizer que haja uma única forma correcta de apresentar todos os problemas da pesquisa, pois cada um deles requer uma análise particular..

As questões gerais têm que ser esclarecidas e delimitadas para esboçar a área problema e sugerir procedimentos pertinentes à pesquisa.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Na perspectiva dedutiva e quantitativa existem questões demasiado gerais que nunca conduziriam a uma pesquisa concreta. Por exemplo, porque é que alguns casamentos duram mais do que outros?

As questões de pesquisa não devem utilizar termos ambíguos nem abstractos, sem contudo esquecer que elas são ideias iniciais para precisam de ser refinadas para orientar o começo de um estudo.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

A forma como uma questão é formulada, geralmente, dá origem a uma série de novas questões e dúvidas.

O mesmo acontece com questões muito amplas que devem ser substituídas por questões específicas, ainda que estas sejam mais em número.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Numa perspectiva qualitativa, é possível que num primeiro momento as questões sejam gerais e pouco a pouco se tornem mais precisas.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

É necessário estabelecer os limites temporais e espaciais do estudo e esboçar um perfil das unidades de observação (pessoas, jornais, moradias, escolas, etc).Este perfil, apesar de provisório, é bastante útil para a definição do tipo de pesquisa que se realizará.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Como se pode verificar, é difícil que todos estes aspectos sejam contemplados nas questões de pesquisa; contudo, podem ser formulados numa ou várias questões e acompanhados de uma breve explicação do tempo, o lugar e as unidades de observação do estudo.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Questões de pesquisa:

Durante o desenvolvimento da pesquisa, as questões originais podem ser modificadas ou novas questões adicionadas; e a maioria dos estudos formula mais de uma questão, já que desse modo são abrangidos em diversos aspectos da problema a ser pesquisado.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

O enfoque qualitativo e as questões de pesquisa:

Algumas vezes, os estudos qualitativos seguem a perspectiva qualitativa para produzir questões de pesquisa; ainda que, noutras vezes, a recolha e a análise de dados possam ser utilizadas para descobrir quais as questões relevantes da pesquisa, para mais tarde a aperfeiçoar.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Justificação da pesquisa:

Alguns estudos qualitativos foram desenvolvidos por não estarem de acordo com as pesquisas antecedentes nem com as suas questões. Isso pode ser válido e, em algumas ocasiões, têm sido benéfico para o avanço do conhecimento.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Justificação da pesquisa:

É necessário justificar um estudo, expondo as suas razões. A maioria das pesquisas é efectuada com um objectivo definido e não por capricho; e esse objectivo deve ser suficientemente forte para que se justifique a sua realização.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Justificação da pesquisa:

Além disso, em muitos casos, é preciso explicar porque é que é preciso realizar a pesquisa e quais são os benefícios que resultarão dela. Isto acontece em todos os casos, sejam estudos qualitativos, quantitativos ou mistos.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Uma pesquisa pode ser conveniente por diversos motivos: talvez ajude a resolver um problema social, a construir uma nova teoria ou a produzir questões de pesquisa.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Contudo, existem critérios, formulados como questões. Quanto maior o número de respostas obtidas de forma positiva e satisfatória, mais sólidas serão as bases de justificação de uma pesquisa.

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Conveniência.

Quão inconveniente é uma pesquisa, isto é, para o que serve?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Relevância social.Qual é a sua importância para a sociedade? Quem beneficiará com os resultados de pesquisa? De que modo? Qual o alcance social?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Implicações práticas.

A pesquisa ajudará a resolver algum problema real? Tem implicações práticas na sociedade?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Valor teórico.Com a pesquisa, alguma brecha do conhecimento será preenchida? Os resultados poderão ser generalizados para princípios mais amplos? Os resultados encontrados servem ou criam alguma teoria?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Critérios para avaliar o valor potencial de uma pesquisa:

Utilidade metodológica.A pesquisa pode ajudar a criar um novo instrumento para recolher ou analisar dados? Ajuda a definir um conceito, ambiente, contexto, variável ou relação entre variáveis?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Viabilidade da pesquisa

Devemos ter em conta a disponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais que determinarão os tipos de pesquisa. É viável realizar esta pesquisa? Quanto tempo demorará?

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3- Formulação do problema: objectivos, questões de pesquisa e justificação do

estudo

Consequências da pesquisa

A decisão de realizar ou não uma pesquisa pelas consequências que ela possa trazer é uma decisão pessoal de quem a concebe. A responsabilidade é algo que deve ser tido em conta.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção de

uma perspectiva teórica

4.1. O marco teórico

O marco teórico é sempre importante quer se trate de um estudo qualitativo, quer se trate de um estudo quantitativo.É sempre importante revisitar o passado para construir o presente e antever o futuro.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.1. O marco teórico

É conveniente localizar, obter e consultar estudos, livros, revistas, artigos científicos, teses, etc. Mesmo que não usemos a perspectiva de estudos anteriores, é recomendável saber como foi realizado um estudo anterior.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Uma vez formulado o problema de estudo (quando já se tem em mão os objectivos e as questões de pesquisa), e estabelecida a sua relevância e viabilidade, o passo seguinte consiste em sustentar teoricamente o estudo, isto é, compor o marco teórico.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Isto implica analisar e expor as teorias, os enfoques teóricos, as pesquisas e os antecedentes em geral, considerados válidos para o correcto enquadramento do estudo.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Alguns pesquisadores do enfoque qualitativo consideram que o marco teórico se desenvolve após uma imersão no “campo” ou uma primeira recolha de dados, ou que a revisão da literatura é realizada paralelamente à elaboração do problema.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Outros pesquisadores do enfoque qualitativo consideram que o marco teórico é o último passo do processo de investigação. Contudo, é comum que se realize antes da recolha de dados.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Convém realçar que o marco teórico não é uma teoria. Portanto, nem todos os estudos que incluem um marco teórico precisam de se fundamentar numa teoria.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

Um marco teórico cumpre diversas funções dentro de uma pesquisa, entre as quais se destacam as seguintes:

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica

4.2. Seis funções do marco teórico

1- ajuda a prevenir erros que tenham sido cometidos noutros estudos

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

2- orienta sobre a forma de realização do estudo. Ao rever estudos anteriores, podemos perceber como é que um problema específico de pesquisa foi tratado: que tipo de estudos foram realizados, quais o modelos utilizados.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

3- amplia o horizonte do estudo e orienta o pesquisador para o enfoque do seu problema, evitando desvios da elaboração original. No caso dos estudos qualitativos (nos quais não se estabeleça o problema de estudo em primeiro lugar), o marco teórico pode servir para expandir o panorama e fomentar ideias acerca do planeamento da pesquisa a partir de vários pontos de vista.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.2. Seis funções do marco teórico

4- conduz ao estabelecimento de hipóteses ou afirmações que mais tarde serão submetidas à prova na realidade. Ajuda-nos ainda a não estabelcer outras hipóteses, por razões bem fundamentadas.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica

4.2. Seis funções do marco teórico

5- Inspira novas linhas e áreas de pesquisa.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica

4.2. Seis funções do marco teórico

6- fornece um marco de referência para interpretar os resultados do estudo.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.3. Etapas de elaboração do marco teórico

A elaboração do marco teórico compreende, geralmente, duas etapas:

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.3. Etapas de elaboração do marco teórico

1- a revisão de literatura correspondente2- a adopção de uma teoria ou desenvolvimento de uma perspectiva teórica ou de referência

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura

Esta consiste em identificar, obter e consultar a bibliografia e outros materiais que sejam úteis para o objectivo de estudo, do qual se deve extrair e recompilar a informação relevante e necessária sobre o nosso problema de pesquisa.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura

Essa revisão deve ser selectiva, pois a todo o momento, em diversas partes do mundo, são publicados milhares de artigos em revistas, jornais, livros, etc. É preciso seleccionar os mais importantes e recentes, que tenham abordado o tema com um enfoque similar ao nosso.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – levantamento bibliográfico

Danhke (1989) distinguiu três tipos básicos de fontes de informação para realizar a revisão da literatura:

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – levantamento bibliográfico

1 – fontes primárias (directas) – constituem o objectivo da pesquisa bibliográfica ou revisão da literatura e fornecem dados em primeira mão. Exemplos: livros, antologias, artigos, monografias, teses e dissertações, filmes, documentários, videos, foruns, páginas da internet, etc.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – levantamento bibliográfico

2 – fontes secundárias – são compilações, resumos e listas de referência publicadas em determinada área do conhecimento (listas de fontes primárias), ou seja, reprocessam informações de primeira mão.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – levantamento bibliográfico

3 – fontes terciárias – documentos com nomes e títulos de revistas e outras publicações periódicas, nomes de buletins, congressos e simpósios, catálogos de livros. São úteis para detectar fontes não documentais, tais como organizações que realizam ou financiam estudos.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – início da revisão da literatura

Esta pode ser iniciada directamente com a reunião das fontes primárias, que ocorre quando o pesquisador conhece a sua localização, está familiarizado com o campo de estudo e tem acesso às informações.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – início da revisão da literatura

Mesmo sendo a internet uma importante ferramenta na busca de fontes primárias, a localização directa de tais fontes pode levar muito mais tempo do que se recorrermos primeiro às fontes secundárias.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – início da revisão da literatura

Por isso, é recomendável iniciar a revisão da literatura consultando um ou vários especialistas no tema e procurar as fontes secundárias e ou terciárias (por exemplo, directórios, sites de busca, etc).

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – obtenção, recuperação dos materiais

Já identificadas as fontes, passa-se para a sua localização nas bibliotecas físicas e electrónicas, videotecas, internet e outros locais onde possam ser encontradas.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – obtenção, recuperação dos materiais

Para se obter fontes primárias indisponíveis na localidade, existe a possibilidade de se escrever ou enviar um email a alguma biblioteca de outra localidade, à editora, etc. Também pode ser necessário contactar um membro de uma associação científica especialista no tema.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

O primeiro passo consiste em seleccionar as fontes úteis ao nosso marco teórico específico. Ás vezes, uma fonte primária pode referir-se ao nosso problema de pesquisa, mas não ser útil, porque não enfoca o tema do ponto de vista que queremos estudar.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

Em todas as áreas do conhecimento, as fontes primárias mais utilizadas para elaborar referências, marcos teóricos são os livros, as revistas científicas e palestras ou trabalhos apresentados em congressos, simpósios e outros eventos similares.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

Isto acontece, sobretudo, pelo facto de as fontes primárias sistematizarem mais informações, em geral por aprofundarem mais o tema que desenvolveram, é menos dispendiosos obtê-las e utilizá-las e, além disso, são muito especializadas.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

Tendo em vista seleccionar as fontes primárias, que servirão para elaborar o marco teórico, é conveniente colocar as seguintes questões:

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

• a referência relaciona-se com o meu problema de pesquisa?

• como?• que aspectos trata?• ajuda a desenvolver a minha pesquisa de maneira mais

rápida e profunda?• o tema é abordado de que perspectiva? Da antropológica,

sociológica, médica?

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

No que se refere à bibliografia, alguns autores consideram que não se deve recorrer a obras elaboradas no estrangeiro porque as informações utilizadas e as teorias obtidas foram elaboradas para outros contextos e situações.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

Mesmo que isto seja verdade, não significa que devamos ignorar tal material – a questão é saber como usá-lo.Um trabalho estrangeiro ajuda o pesquisador nacional de diversas formas: é um ponto de partida, orienta-o no enfoque e tratamento ao dar ao problema de pesquisa, orienta-o em relação aos diversos elementos que entram no problema, centra-o num problema específico, etc.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – consulta aos materiais

Uma vez seleccionadas as referências ou fontes primárias úteis, devem ser revistas cuidadosamente e delas deve-se extrair a informação necessária para integrar e desenvolver o marco teórico. Assim, é imprescindível anotar todos os dados completos da identificação da referência.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – recompilação das informações interessantes

Existem diversas maneiras de recompilar as informações extraídas das referências. Cada pessoa desenvolve o seu próprio método de acordo com a maneira como trabalha. Alguns autores sugerem a fichgema (fichamento) (Rojas, 2001). O mais importante é de cada referência extrair uma ideia, um tema, um comentário, várias e ideias e referenciá-las.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica 4.4. A revisão da literatura – recompilação das informações interessantes

A referência completa de onde as informações foram extraídas segue geralmente normas de apresentação:

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

LIVROO modelo base de citar um livro segue esta ordem:

1) Último nome do autor, seguido de vírgula, o primeiro nome do autor e espaço. 2) Abrir parêntesis, seguido do ano de edição, fechar parêntesis, vírgula e espaço. 3) Título do livro (em itálico), ponto final e espaço. 4) Local de publicação, seguido por dois pontos ou vírgula e espaço. 5) Nome do editor e ponto final.

Nota: Em alternativa o ano de edição pode aparecer em último lugar, a seguir ao nome do editor, antecedido de vírgula.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

LIVROO modelo base de citar um livro segue esta ordem:

Exemplo 1 (um autor):Fortuna, Carlos (1999), Identidades, percursos, paisagens culturais. Estudos

sociológicos de cultura urbana. Oeiras: Celta.

Exemplo 2 (dois ou três autores):Estanque, Elísio e Mendes, José Manuel (1999), Classes e desigualdades

sociais em Portugal. Um estudo comparativo. Porto: Afrontamento.Stoer, Stephen R., Cortesão, Luíza e Correia, José A. (orgs.), (2001),

Transnacionalização da educação: da crise da educação à "educação da crise". Porto: Afrontamento.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

LIVROO modelo base de citar um livro segue esta ordem:

Exemplo 3 (três ou mais autores):Brotchie, John; Batty, Mike;  Blakely, Ed;  Hall, Peter  e Newton, Peter  (orgs.),

(1995), Cities in Competition: productive and sustainable cities for the 21st century. Melbourne: Longman Australia.

OU substituir os outros autores pela expressão et al.Brotchie, John et al. (orgs.), (1995), Cities in Competition: productive and

sustainable cities for the 21st century. Melbourne: Longman Australia.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

LIVROO modelo base de citar um livro segue esta ordem:

Exemplo 4 (livro em inglês): Usam-se sempre maiúsculas no início de cada palavra excepto quando se trata de preposições.

• Bakhtine, Mikhail (1984), Rabelais and His World. Bloomington: Indiana University Press.

Nota: Como se vê no exemplo 3, quando a obra citada é organizada pelos autores (o que significa que no interior da obra há capítulos escritos por outros autores que não os que organizam a obra), o nome ou nomes dos autores são obrigatoriamente seguidos pela expressão (org.) ou (orgs.). conforme se trate de um ou mais autores.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Capítulo em LIVRO

Como se deduz da nota anterior, por vezes, a fonte utilizada refere-se exclusivamente ao capítulo de um livro que pode ou não ser escrito pelo autor que organiza a obra. Neste caso, o capítulo utilizado como referência bibliográfica deve citar-se do seguinte modo.

1) Último nome do autor, seguido de vírgula, o primeiro nome do autor e espaço. 2) Abrir parêntesis, seguido do ano de edição, fechar parêntesis, vírgula e espaço. 3) Abrir aspas, título do capítulo, fechar aspas vírgula e espaço. 4) in (em itálico), nome(s) do(s) autor(es), espaço, abrir parêntesis, org. ou orgs., fechar parêntesis,

vírgula e espaço. 5) Título do livro (em itálico) e ponto final. 6) Local de publicação, seguido por dois pontos ou vírgula e espaço. 7) Nome do editor, vírgula e espaço. 8) página em que o capítulo se inicia, hífen, página em que o capítulo termina e ponto final.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Capítulo em LIVRO

Exemplo 1:

Fortuna, Carlos e Peixoto, Paulo (2002), “A recriação e reprodução de representações no processo de transformação das paisagens urbanas de algumas cidades portuguesas”, in Carlos Fortuna e Augusto Santos Silva (orgs.), Projecto e circunstância: culturas urbanas em Portugal. Porto: Afrontamento, 17-63.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Capítulo em LIVRO

Exemplo 2:

Fortuna, Carlos (1997), “Destradicionalização e imagem da cidade - o caso de Évora”, in Carlos Fortuna (org.), Cidade, Cultura e Globalização. Oeiras: Celta, 231-257.

OU substituir o nome do autor do livro pela expressão idem (apenas no caso do(s) autor(es) do capítulo ser(em) o(s) mesmo(s) do(s) organizador(es) do livro).

Fortuna, Carlos (1997), “Destradicionalização e imagem da cidade - o caso de Évora”, in idem (org.), Cidade, Cultura e Globalização. Oeiras: Celta, 231-257.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

• LIVRO sem autor• Acontece frequentemente, por razões várias, utilizar

como fontes livros ou literatura cinzenta sem autor. Nestes casos a citação deve fazer-se colocando no lugar do nome do autor a referência s. a.. Em caos excepcionais devem citar-se os livros por ordem alfabética a partir da primeira palavra do título ou recorrendo ao seu autor institucional.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Exemplo 1: • s. a. (1958), Coimbra de outros tempos. Coimbra: Coimbra editora.

Exemplo 2 (manuais sem autor): • Manual of Style (1993). Chicago: University of Chicago Press.

Exemplo 3 (quando o autor é uma instituição): • Direcção Geral do Turismo (2001), 2000 - Os números do Turismo

em Portugal. Lisboa: Direcção Geral do Turismo.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Exemplo 4 (livros sem data, sem local de edição e/ou sem editor):

• Belo, Joaquim (s. d.), O Porto de setecentos. s. l.: s. e..OU• Belo, Joaquim (s.n.t.), O Porto de setecentos. s.n.t. Significa “sem notas tipográficas”.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

LIVRO DE vários autoresLivros com vários autores não identificados na

capa do livro ou na ficha técnica.• Exemplo: VV.AA (1997), Regionalização e

Identidades Locais: a preservação e reabilitação dos centros históricos. Lisboa: Cosmos.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Artigos em revistas Científicas

O modelo base de citar um artigo em revista segue esta ordem: 1) Último nome do autor, seguido de vírgula, o primeiro nome do autor e

espaço. 2) Abrir parêntesis, seguido do ano de edição, fechar parêntesis, vírgula e

espaço. 3) Título do artigo, fechar aspas, ponto final e espaço. 4) Nome da revista (em itálico), vírgula e espaço 5) Número da revista, vírgula e espaço 6) página onde começa o artigo, hífen, página onde acaba o artigo e ponto

final.

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4- Elaboração do marco teórico: revisão da literatura e construção

de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Artigos em revistas Científicas

• Exemplo 1: Peixoto, Paulo (1995), “A sedução do consumo. As novas superfícies comerciais urbanas”. Revista

Crítica de Ciências Sociais, 43, 147-169.

• Exemplo 2 (para números de revistas publicadas em vários volumes em que o volume publicado retoma a paginação do anterior) acrescentar ao número da revista o número do volume:

Adler, J., (1989 ), “Travel as Performed Art“. American Journal of Sociology, 94 (6), 1366-1391.

• Exemplo 3 (dois ou três autores): Fortuna, Carlos; Ferreira, Claudino e Abreu, Paula (1998/1999), “Espaço público urbano e cultura em

Portugal”. Revista crítica de ciências sociais, 52/53, 85-117.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Artigos em revistas Científicas

• Exemplo 4 (mais de três autores): Silva, Américo; Bastos, Eliana; Rosa, Júlio e Mendes, Afonso (2001),

"A sociologia brasileira no dealbar do século XXI". Revista brasileira de sociologia, 114, 128-149.

• OU substituir os outros autores pela expressão et al.Silva, Américo et al. (2001), "A sociologia brasileira no dealbar do

século XXI". Revista brasileira de sociologia, 114, 128-149.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Jornais e revistas• Sempre que se citam artigos de jornais ou revistas tem

de fazer-se uma distinção entre os artigos que são assinados por um autor e aqueles que não são. Quando os artigos são assinados por um autor a regra de citar é idêntica às citações de artigos de revistas científicas.

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Como CITAR?

Jornais e revistas

• Exemplo 1 (artigos assinados por autor):Costa, João (2002), "A desertificação dos centros históricos". Público,

20 de Abril, pp. 36.

• Exemplo 2 (artigos ou notícia não assinado por autor):Diário de Coimbra (2000), "Queremos ver os turistas de cebolas às

costas", 19 de Agosto, pp. 5.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Artigos em formato electrónico (retirados da internet)

• De bases de dados comerciaisExemplo:

Graham, Lorie M. (1998), "The Past Never Vanishes: A Contextual Critique of the Existing Indian Family Doctrine". American Indian Law Review, 23, 1. Pesquisado em 25 de Maio de 1999. Disponível em LEXIS-NEXIS Academic Universe, Law Reviews.

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Como CITAR?

Artigos em formato electrónico (retirados da internet)

• Versões electrónicas de jornais

Exemplo 1:

Clary, Mike (2000) "Vieques Protesters Removed Without Incident". Los Angeles Times, 5 de Maio. Página consultada a 7 de Maio de 2000, <http://www.latimes.com/news/nation/updates/lat_vieques000505.htm>.

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Como CITAR?

Artigos em formato electrónico (retirados da internet)

• Versões electrónicas de jornais

Exemplo 2 (artigos ou notícias sem autor em jornais electrónicos):

• Público (2002), "Comissão independente garante isenção na análise à RTP", 30 de Maio. Página consultada a 30 de Maio de 2002 <http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=147535>.

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Como CITAR?

Artigos em revistas electrónicas

Exemplo1:

Smith, Herman W. e Takako Nomi (2000) "Is Amae the Key to Understanding Japanese Culture?". Electronic Journal of Sociology, 5, 1. Consultado em 5 de Maio de 2000, <http://www.sociology.org/content/vol005.001/smith-nomi.html>.

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Como CITAR?

Artigos em revistas electrónicas

Exemplo 2:

Jeudy, Henri-Pierre (1996), “Au tout patrimoine”. Actas do seminário ‘Ville et patrimoine’. Consultado em 4 de Junho de 2002, <http://www.vtm-asso.com/ressources/7seminaires/patrimoine/2seanPatr.htm>

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Informação disponível em páginas electrónicas

Exemplo 1:• Centro de Estudos Sociais (2002), "Bolsa CES de curta

duração". Página consultada em 3 de Junho de 2002, <http://www.ces.fe.uc.pt/misc/0001.html>.

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Como CITAR?

Informação disponível em páginas electrónicas

Exemplo 2 (se a página não revelar a data da última actualização):

Universidade de Brock (s. d.), "Sociology@Brock". Página consultada a 5 de Junho de 2002, <http://www.brocku.ca/sociology/>.

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Como CITAR?

Artigos Publicados em actas de congressos disponíveis em CDROM

Exemplo:• Fortuna, Carlos e Peixoto, Paulo (2002), "As novas e as velhas

imagens das cidades: um olhar sobre a transformação identitária de cinco cidades portuguesas". Actas do IV Congresso da Associação Portuguesa de Sociologia: Associação Portuguesa de Sociologia (em CDROM).

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Como CITAR?

Documentos audio e vídeo

Documentários e emissões audio ou vídeo devem ser citados do seguinte modo.

Exemplo 1 (Se o documentário está inserido numa série ou rubrica):

• Saraiva. José Hermano (2003), "O Castelo de Guimarães". Horizontes da Memória, 15 de Janeiro de 2003, RTP2.

• TSF (2003), "Código de ética para o futebol". Fórum TSF, 15 de Janeiro de 2003, TSF.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Documentos audio e vídeo

Documentários e emissões audio ou vídeo devem ser citados do seguinte modo.

Exemplo 2 (Documentário não inseridos em séries ou rubricas):

• Antena 1 (2003), "Os novos meninos da rua". Emissão da Antena 1 de 15 de Janeiro de 2003, apresentação de João Lourenço, 17:30h-19:00h.

• BBC (2002), "As empresas nómadas". Emissão da SIC de 15 de Janeiro de 2003, 23:00h-24:00h.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Documentos audio e vídeo

Documentários e emissões audio ou vídeo devem ser citados do seguinte modo.

Exemplo 3 (Citação a partir da emissão de rádio ou televisão):

• SIC Notícias (2003), "Edição da Noite". Debate entre António Carvalho e Américo Ramos moderado por Júlio Mendonça, 15 de Janeiro.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Documentos audio e vídeo

Documentários e emissões audio ou vídeo devem ser citados do seguinte modo.

Em alternativa, sempre que se pretendem referenciar fontes "consultadas" em documentos áudio ou vídeo, em vez de se proceder a uma citação no corpo do texto com uma entrada correspondente das referências bibliográficas finais, pode introduzir-se uma nota de rodapé onde se refere que a informação foi veiculada num determinado documento áudio ou vídeo.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Outros

Documentos e relatórios governamentais

• Dado que a natureza dos documentos públicos, em particular, e da literatura cinzenta, em geral, é tão variada, o modelo de citação destes documentos não pode ser estandardizado. A regra essencial a adoptar nestes casos é facultar, na citação, a informação suficiente para que o leitor possa localizar facilmente a referência.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Outros

Documentos e relatórios governamentais

Exemplo 1:• Ministério da Economia (1998), As novas energias não poluentes ao serviço do

desenvolvimento das empresas. Lisboa: Gabinete de estudos prospectivos do Ministério da Economia.

Exemplo 2:• Direcção Geral do Turismo (2001), "Dados preliminares sobre os fluxos turísticos

registados em Portugal em 2000". Brochura da Direcção Geral do Turismo: Lisboa.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Teses e dissertações

Exemplo:

• Mendes, José Manuel (1999), "Do ressentimento ao reconhecimento: vozes, identidades e processos políticos nos Açores: 1974-1996", Tese de doutoramento em sociologia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

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de uma perspectiva teórica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como CITAR?

Citações e referências bibliográficas com nomes compostos

Autores com nomes compostos devem ser citados, no corpo do texto e na lista das referênicas bibliográficas, com o nome composto.

Exemplos:• Amaral Júnior, Margarida ...• Castelo Branco, Luís ...• Garcia Márquez, Gabriel ...• Lévi-Strauss, Claude ...• Santa Eulal, Begona ...• São José, José ...

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O que é uma teoria científica

• Uma teoria científica corresponde ao sistema organizado de ideias e conceitos que explicam um conjunto de fenómenos ou leis que podem ser examinados através de experiências reprodutíveis ou observações de fenómenos naturais.

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O que é uma teoria científica

• Uma teoria científica é o maior grau de comprovação que uma hipótese pode alcançar, sendo considerada o conhecimento mais confiável no presente momento sobre o tema que se trata.

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O que é uma teoria científica

• As comunidades académicas internacionais aceitam convencionalmente uma opinião científica como teoria quando essa é colocada num artigo completo devidamente revisto e publicada num periódico científico qualificado. Os padrões internacionais de qualificação de periódicos são "Science Citation Index" (SCI) [[1]] e "impact Factor" (IF) [[2]].

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O que é uma teoria científica

• A publicação científica não garante a veracidade absoluta da opinião, porém reconhece sua existência oficial nas comunidades científicas como a ideia mais provável no referido momento.

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O que é uma teoria científica

• Por outro lado, uma apresentação em congresso ou simpósio, artigo numa revista de divulgação científica ou revista popular, um artigo de jornal, programa de rádio ou televisão, relatório técnico, tese, dissertação ou monografia não publicada, etc., não são tratados como teoria científica.

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Funções de uma teoria científica

• resume e ordena o conhecimento existente numa área particular

• apresenta uma explicação para acontecimentos e relações observados

• permite fazer previsões de fenómenos • estimula o desenvolvimento de novo

conhecimento ao sugerir caminhos de investigação

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Características desejáveis de uma teoria

• deve explicar os factos observados (do modo mais simples possível)

• deve ser consistente com outro(s) corpo(s) de conhecimento

• deve fornecer meios para a sua verificação (falsificação, Popper)

• deve ser útil (uma teoria é um modelo)

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Como classificar as pesquisas com base nos seus objectivos

• É sabido que toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Com relação às pesquisas, é usual a classificação ser feita com base nos seus objectivos gerais. Assim, é possível classificar as pesquisas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas.

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Pesquisas exploratórias

Estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objectivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

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Pesquisas exploratórias

O seu planeamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao facto estudado.

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Pesquisas exploratórias

• Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que "estimulem a compreensão". (Selltiz et aI., 1967, p. 63).

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Pesquisas exploratórias

Embora o planeamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na maioria dos casos assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso.

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Pesquisas descritivas

As pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma das suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de recolha de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

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Pesquisas descritivas

• Entre as pesquisas descritivas, nas ciências sociais, salientam-se aquelas que têm por objectivo estudar as características de um grupo: a sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, etc. Outras pesquisas deste tipo são as que se propõem a estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade que aí se registra, etc.

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Pesquisas descritivas

• São incluídas neste grupo as pesquisas que têm por objectivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população.

• Também são pesquisas descritivas aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade.

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Pesquisas descritivas

• Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Há, porém, pesquisas que, embora definidas como descritivas com base em seus objectivos, acabam por servir mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias.

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Pesquisas descritivas

• As pesquisas descritivas são, juntamente com as exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a actuação prática. São também as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc. Geralmente assumem a forma de levantamento.

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Pesquisas explicativas

Estas pesquisas têm como preocupação central identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente.

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Pesquisas explicativas

• Pode-se dizer que o conhecimento científico está assente nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isso não significa, porém, que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, porque quase sempre constituem uma etapa prévia indispensável para que se possa obter explicações científicas.

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Pesquisas explicativas

• Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos factores que determinam um fenómeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado.

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Pesquisas explicativas

• As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais, a aplicação deste método reveste-se de muitas dificuldades, razão pela qual se recorre também a outros métodos, sobretudo ao observacional.

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Pesquisas explicativas

• Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser chamadas "quase experimentais".

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Pesquisas explicativas

• A maioria das pesquisas deste grupo pode ser classificada como experimentais e ex-post facto.

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ESTUDOS DE CORRELAÇÃO

É um tipo de pesquisa descritiva;

Descreve em termos quantitativos o grau em que variáveis se relacionam

para um mesmo grupo.

-> simples

-> múltipla

-> predição

-> regressão

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PESQUISA DE CORRELAÇÃO

• Implica uma recolha de dados com o objectivo de determinar se, e em que grau, existe a correlação;

• O grau de correlação é expresso pelo coeficiente de correlação.

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Processos Básicos da Pesquisa de Correlação

Estudos correlacionais podem ser designados a determinar se as variáveis estão relacionadas, ou testar as hipóteses destas relações;

Amostra:

• Uma amostra de 30 sujeitos é geralmente considerada minimamente aceitável;

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Processos Básicos da Pesquisa de Correlação

Procedimentos:

• Recolher dois ou mais scores de cada membro, um escore de cada variável de interesse; cada par de escores é correlacionado;

• Resulta em um coeficiente de correlação ( r );

• O coeficiente de correlação pode variar de .00 a +1.00 ou de .00 a -1.00

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Processos Básicos da Pesquisa de Correlação

• 1) positivo (significa variáveis directamente correlacionadas);

• 2) negativo (variáveis inversamente correlacionadas);

• 3) nulo (variáveis não correlacionadas).

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Processos Básicos da Pesquisa de Correlação

• 1) positivo (significa variáveis directamente correlacionadas);

• 2) negativo (variáveis inversamente correlacionadas);

• 3) nulo (variáveis não correlacionadas).

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Modelos Científicos

Actividade Científica

• Método Experimental =Indutivo

• Hipotético-dedutivo Karl Popper

• Paradigma Thomas Kuhn

• (modelo de explicação vigente)

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Modelos Científicos

Método Hipotético-dedutivo(fases)

• observação

• formulação das hipóteses

• experimentação (verificação de consequências)

• validação=conclusão=lei objectiva e universal >> ciência

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Perspectiva de Popper

A ciência não é um sistema de enunciados certos ou bem esclarecidos.

A ciência não é espistéme (conhecimento), ela não pode pretender ter atingido a verdade nem a possibilidade.

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Perspectiva de Popper

Ainda que tal, o esforço na procura da verdade é a verdadeira ciência.

Assim, torna-se indispensável uma objectividade científica, possibilitando que o

enunciado permaneça provisório para sempre.

Apenas na convicção e fé subjectivas podemos estar absolutamente certos.

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Perspectiva de Kuhn

Deparámo-nos com 5 conceitos:

• comunidade científica,

• paradigma,

• ciência normal,

• revolução científica

• ciência extraordinária.

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Perspectiva de Kuhn

Encontramos a ideia de que a actividade científica não se realiza de uma forma solitária, nem é mero fruto da genialidade individual do cientista;

A formação educativa do cientista vinca neste determinadas convicções em determinadas práticas de investigação, que são partilhadas mais ou menosconsensualmente pela comunidade científica do seu tempo.

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Perspectiva de Kuhn

Consequências da introdução de noção de comunidade científica:

1- Introdução de uma componente social, que avalia e decide a aceitabilidade ou não de determinadas conclusões com pretensões a cientificidade;

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Perspectiva de Kuhn

Consequências da introdução de noção de comunidade científica:

2- Introdução de uma componente histórica, dado que se um conjunto de preceitos regula a visão e prática dos cientistas, num determinado

momento, estas verdades são históricas;

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Perspectiva de Kuhn

Consequências da introdução de noção de comunidade científica:

3 - Introdução de uma componente retórica, a ciência contempla uma objectividade partilhável, na medida em que é exigido ao cientista a promoção persuasiva do auditório às suas teses.

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Perspectiva de Kuhn

A noção de paradigma científico que consiste num conjunto de conquistas cientificas universalmente aceites que representa o modelo de formulação dos problemas e da sua resolução aceitável para um dado campo de investigação.

O paradigma define para cada cientista individual, os problemas susceptíveis de serem analisados e a natureza das soluções aceitáveis para elas .

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Perspectiva de Kuhn

Uma vez estabelecido e aceite, funciona como um quadro antecipador dos resultados que vão ser obtidos e a investigação consiste em não descobrir novidades, mas em confirmar expectativas, conhecendo certos pormenores à priori que virá posteriormente a concluir.

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CONSTRUÇÃO DA HIPÓTESE

Chama-se de “hipótese” à fase do método de pesquisa que vem depois da formulação do problema.

Sob certo aspecto, podemos afirmar que toda pesquisa científica consiste apenas em enunciar e verificar hipóteses.

Uma hipótese de pesquisa é a “resposta” imaginada para o

problema formulado. Ela deve conter todos os conceitos e variáveis envolvidas.

Deve ser redigida de forma clara, sem termos ou conceitos implícitos.

A hipótese da pesquisa é uma suposição objectiva e não uma mera

“opinião”. Além disto, precisa de ter bases sólidas, assentes em e garantidas por “boas” teorias e por matérias primas consistentes da realidade observável.

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Formulação de hipóteses

• Uma hipótese é 1) o que se afirma no início de um discurso, a fim de o construir;2) uma suposição verosímil, que requer verificação;3) um instrumento teórico de descoberta/ pesquisa. O método científico deduz hipóteses de um certo número de resultados, confirma estas hipóteses por um protocolo lógico-experimental, antes de formular novas hipóteses.

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Formulação de hipóteses

Observado/analisado o fenómeno, o cientista passa à formulação de uma hipótese que o explique - uma explicação provisória.

A hipótese, embora se relacione com os dados da observação, não deriva directamente deles, sendo antes uma criação do cientista.

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Formulação de hipóteses

No entanto, a indução está na base de muitas hipóteses: a partir dos casos observados pode formular-se uma hipótese que explique não apenas esses casos, mas todos os da mesma espécie.

Hume criticou esse salto no desconhecido (a passagem da análise de casos particulares para o carácter geral da hipótese) - as teorias de Popper podem constituir uma alternativa e de certo modo uma "solução" para esse problema.

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Formulação de hipóteses

Formulada a hipótese, deduzem-se dela as consequências - sobretudo nos casos em que a hipótese não pode ser directamente verificada.

Em seguida, faz-se a contrastação experimental das consequências da hipótese. Se estas forem confirmadas, a hipótese está verificada; caso contrário, será rejeitada (e, eventualmente, formulada uma outra).

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Formulação de hipóteses

A relação entre a hipótese e a experiência é o aspecto mais decisivo da ciência. Nas palavras de Ian Hacking "as pessoas propõem hipóteses, mas os factos da natureza determinam quais as hipóteses que são aceitáveis e quais as erradas".

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Formulação de hipóteses

• No entanto, a experiência científica é selectiva (em relação aos aspectos considerados relevantes) e, portanto e de certo modo, criativa - pelo que não oferece certeza absoluta;

• por considerarem fraca a prova pela simples confirmação, alguns epistemólogos contemporâneos entendem a verificação da hipótese como a procura da sua refutação.

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Formulação de hipóteses

• O grande defensor desta perspectiva é Popper: recusando a o carácter indutivo da ciência, Popper defende que a ciência parte da teoria e não da observação e que o erro é factor dinâmico de progresso: só tem carácter científico a teoria que for refutável, sendo que não se pode demonstrar a verdade de nenhuma teoria científica, mas apenas a sua falsidade.

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Formulação de hipóteses

Assim entendidas, as teorias são conjecturais e provisórias - acentuando-se ainda deste modo o carácter aproximativo e probabilístico da ciência.

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Formulação de hipóteses

• A HIPÓTESE DE PESQUISA: a expectativa do investigador, incluindo a expectativa sobre quais os resultados que serão obtidos.

• A HIPÓTESE ESTATÍSTICA: a relação formal entre variáveis de modo a poder

• submetê-la a questionamento estatístico.

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TIPOS DE PESQUISA

• Pesquisa Básica ou Fundamental:

• Produção de conhecimento científico

centrado na teoria sem necessidade de demonstrar relevância aplicativa

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TIPOS DE PESQUISA

• Pesquisa Aplicada:

• Produção de conhecimento orientado para soluções imediatas de problemas relevantes na prática

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VARIÁVEIS INDEPENDENTES

• VARIÁVEIS INDEPENDENTES: as variáveis intencionalmente manipuladas pelo experimentador e assumindo vários estados.

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VARIÁVEIS DEPENDENTES

• VARIÁVEIS DEPENDENTES: as variáveis que sofrem o efeito das variáveis independentes.

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VARIÁVEIS

Níveis de medida das variáveis:

• Nominal (categorias)• Ordinal (relação de ordem)• Intervalos (unidades iguais, todas as

propriedades dos nº)• De relação (incluindo referência a zero)

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TIPOS E MÉTODOS DE ESTUDO

1- Estudos de um único momento com diferentes variáveis

2- Estudos de dois momentos (antes/depois) ou Pre-Post Designs

3- Estudos com medidas repetidas (multiple repeated measures)

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TIPOS E MÉTODOS DE ESTUDO

• Estudo de caso (single subject)

• Amostras seleccionadas por critério (criterion-based samples)

• Amostras seleccionadas aleatoriamente (random samples)

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AMOSTRA E POPULAÇÃO

• População – a totalidade dos indivíduos de um dado conjunto

• Amostra – um sub-conjunto extraído da população

• Inferência – quando uma característica, relação ou diferença encontrada na amostra pode ser igualmente encontrada na população

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Amostra e populaçãoAmostragem

• Amostragem aleatória (random selection)• Amostragem estratificada aleatória (stratified

random sampling)• Amostragem sistemática (systematic sampling)• Amostragem por atribuição aleatória (random

assignment)• Amostragem por conveniência (convenience

sampling)• Amostragem emparelhada (matched pair

sampling)

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APRENDEU CABEÇÃO!APRENDEU CABEÇÃO!

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