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Petrobras, 50 Um sonho real Novas normas facilitam gestão dos fundos de pensão Mudança no Comin democratiza investimentos

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Petrobras, 50Um sonho real

Novas normasfacilitam

gestão dosfundos de pensão

Mudançano Comin

democratizainvestimentos

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3revista PETROS

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Há cinqüenta anos um sonho come-çou a se materializar. Ao assinar o De-creto 2004, no dia 3 de outubro de1953, o então presidente da RepúblicaGetúlio Vargas não estava criando ape-nas aquela que viria a se tornar a maiorempresa brasileira. À época dirigenteconduzido ao poder pelo voto popular,Getúlio também estava lançando o ali-cerce indispensável à passagem do Bra-sil rural para o Brasil industrial.

Nascida sob um regime democrático,a Petrobras cresceu, se desenvolveu, atra-vessou os “anos de chumbo da ditadu-ra” e, por feliz coincidência, completouo significativo marco do cinqüentenárionum país que novamente respira liber-dade e respeito aos direitos de seus ci-dadãos. Meio século depois de sua cria-ção, um outro dirigente consagrado nasurnas prestigiou com sua presença umaniversário da Petrobras. Primeiro pre-sidente da República a visitar o edifí-cio-sede, Luiz Inácio Lula da Silva rea-firmou a confiança nos destinos da em-presa, na capacidade do povo brasileiroe no futuro do país.

Mais do que uma visita protocolar, aparticipação de Lula demonstra que umoutro sonho de dimensões ainda maioresjá começa a se materializar, no qual aPetrobras, sempre sob controle da União,terá um grande papel a desempenhar. Des-ta vez não se trata apenas da mudançade um modelo econômico assentado so-bre bases agrárias para industriais, masda evolução para um desenvolvimentosustentável e socialmente responsável,comprometido com o crescimento do paíse com a justiça social.

Nesta edição da revista PETROS, acobertura dos festejos do cinqüentenárioda Petrobras é matéria de destaque. Po-rém, não menos importantes são os de-poimentos de próprio punho de dois pe-troleiros aposentados, Silvio Luiz Rochae João Paulo Vaz, grandes vencedores,

respectivamente, do I e do III Concursode Contos da Petros. Mestres habilidososno manuseio da palavra, os dois petro-leiros-contistas expressaram com preci-são, sentimento e emoção o significadode ser parte da maior empresa públicabrasileira.

Outra matéria desta edição abordao interesse da Petros no tema respon-sabilidade social. Trata-se do ProjetoFlorescer, programa de educação e in-clusão social desenvolvido pelo GrupoRandon, no Rio Grande do Sul. A Petrostem participação acionária na Fras-le,uma das empresas do conglomerado, econsidera o Projeto Florescer um mo-delo a ser seguido para a formação dejovens cidadãos.

Os participantes interessados noacompanhamento das aplicações de seufundo de pensão também não devem dei-xar de ler a matéria sobre as novas nor-mas para investimentos aprovadas peloConselho Monetário Nacional (CMN) nodia 26 de setembro. As regras foram bemrecebidas pela Diretoria Executiva daPetros, pela Associação Brasileira das En-tidades de Previdência Fechada (Abrapp)e Secretaria de Previdência Complemen-tar (SPC). Entre outras conseqüências, aresolução do CMN valorizou o papel dosConselhos Deliberativo e Fiscal dos fun-dos de pensão.

Para encerrar, um pouco de descon-tração e boa música não fazem mal a nin-guém. Quem gosta de serenatas e curteum clima de montanha tem motivos desobra para visitar Petrópolis, cidade ser-rana do Estado do Rio. É lá que se de-senvolve o projeto “Petrópolis em Sere-nata”, idealizado pelo participante CésarOlímpio. Leia a matéria nesta edição eagende sua visita à cidade.

DIRETORIA EXECUTIVA

Rua do Ouvidor, 98 :: Centro :: 20040-030

Rio de Janeiro :: RJ

Telefone :: (21)2506-0335

Internet :: www.petros.com.br

E-mail :: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente :: Wagner Pinheiro de Oliveira

Diretores :: Maurício França Rubem,Ricardo Malavazi e Sérgio Queiroz Lyra

Secretário-geral :: Newton Carneiroda Cunha

CONSELHO DELIBERATIVO

Titulares :: Wilson Santarosa (presidente),Diego Hernandes, Fernando Leite Siqueira,José Lima de Andrade Neto,Paulo Cesar Chamadoiro Martin e YvanBarretto de Carvalho

Suplentes :: Ari Marques de Araújo,Armando Ramos Tripodi, Henyo TrindadeBarreto, Hugo Antônio Fagundes,Nelson Sá Gomes Ramalho e NewtonCarneiro da Cunha

CONSELHO FISCAL

Titulares :: Paulo Teixeira Brandão(presidente), Alexandre Aparecido Barros,Carlos Augusto Lopes Espinheira e RogérioGonçalves Mattos

Suplentes :: Antônio José Pinheiro Rivas,Marcos Antônio Silva Menezes, MariângelaMonteiro Tizatto e Rodolfo Huhn

revista PETROS

Editor :: Hélio Pereira (Mtb 20.160/SP)

Redação :: Charles Nascimento (subeditor),Renata Telles (estagiária)

Gerência de Comunicação :: Roberto Ferreira

Consultoria :: Washington Araújo

Projeto Gráfico :: DTECH

Diagramação/Arte :: Ila M. Kohen

Ilustração :: Luiz C. Cabral de Menezes

Fotografia :: Américo Vermelho

Impressão :: Bangraf

Tiragem :: 90 mil exemplares

Filiada à

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4revista PETROS

ÍNDICE

6Entrevista

CARLOS AUGUSTOESPINHEIRA,DO CONSELHO FISCAL

9 Investimentos

MUDAM AS NORMASPARA APLICAÇÃODOS FUNDOS

10 Capa

PETROBRAS, 50ANOS COM MUITAENERGIA

13 IRS

EMPRESA APOSTANO INVESTIMENTOSOCIAL

15 Entidades

SINDIPETRO/BA,APOSENTADOSSEMPRE NA LUTA

Cart

as

Prospecção (50 anos Petrobras)Fazer parte da história ou mesmo prospectá-la, é pra nós motivo

de glória, eis que então podemos contá-la: três de outubro de 53.Decreto-Lei 2004. O determinado presidente fez com que o sonho setornasse fato.

O que, do povo, era vontade, transformou-se em realidade. Enfim: opetróleo é nosso! Cinqüenta anos de realização, crescendo e fazendocrescer a nação. – O nosso coração é vosso!

À Petrobras, pelos 50 anos de lutae de glória. Aos petroleiros que, hácinco décadas a fazem grande.

Rio, 3 de outubro de 2003.

Que notícia alvissareira!!Por uma dessas coincidências boas da vida – e que coincidência!! no dia

3 de outubro, data em que a nossa Petrobras comemorou soberbamente osseus 50 anos de existência, ao chegar em minha residência, após um diagratificante vivido aqui em nossa refinaria Landulpho Alves, acusei o recebi-mento de uma correspondência que me fora enviada pela nossa Petros, emcujo interior pude vislumbrar o nosso tão esperado cartão Petros de afinida-de (!!) que, seguramente, irá proporcionar bons e inesquecíveis momentos!!

Estejam certos de que eu saberei usufruir integralmente de todos osbenefícios e vantagens que o nossocartão Petros possa proporcionar.

Muito obrigado!!

Lição de vidaEscrevo, pela primeira vez, para parabenizar a linda reportagem que li na

revista PETROS, que muito me sensibilizou. Sensacional a força material eespiritual do irmão na fé Antônio Rodrigues Maciel. Puxa! Quantos são osque resmungam e reclamam da vida, quase sempre por tão pouco. Isto que élição de vida.

Este homem é digno de toda admiração, bato palmas para ele de pé. Nósnão nos conhecemos, é claro, mas eu muito gostaria. Tenho certeza, peloDeus vivo que tenho crido, que ele será bem-sucedido. Quisera eu poderajudar(...). Acredite: seus acontecimentos trágicos me deram conforto espi-

ritual (...). Obrigada pela oportuni-dade. Não poderia deixar de escre-ver. Foi-me realmente comovente.

Meus respeitosMais um aniversário faz a nossa querida Petrobras. Sou muito

pequenina para abraçá-la por isso escrevi um poema. Também aprovei-to esta oportunidade para parabenizar o sr. Wagner Pinheiro pela no-meação para a Presidência da Petros.

Desejo-lhe muitas felicidades epaz. Que a alegria seja sua companheiradurante toda a gestão na Petros.

Josué Lopes Silva,

matrícula 091.015-0, via e-mail

Moacyr Rodrigues Nogueira, matrícula

122.867-9, Salvador/BA, via e-mail

18 Artigo

RELATO SOBREO SONHO QUE VIROUREALIDADE

Heloísa Helena Craveiro Mira,

matrícula 060.139-0, lha Solteira/SP

Arlette Nazareth de Moraes,

matrícula 000.513-6, Rio de Janeiro/RJ

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5revista PETROS

Cone

xão

Canal.com.participanteA receptividade dos participantes em relação ao

boletim eletrônico Petros.com.br surpreendeu po-sitivamente os dirigentes da Fundação. Incentiva-dos pelo texto de abertura, mais de 200 pessoasenviaram à redação do novo veículo de comunica-ção mensagens elogiosas e sugestões para a publi-cação.

Uma das solicitações mais recorrentes vem de parti-cipantes que não tiveram acesso ao jornal e pedem ins-truções sobre a forma de acessá-lo. É importante res-saltar que o informativo está sendo enviado atodos que possuem endereço eletrônico cadas-trado no banco de dados da Petros. Se vocêmudou o e-mail, fazer o acerto é muito simples:basta entrar na área de Acesso Restrito dahomepage, digitando matrícula e senha.

Em seguida, o usuário será encaminhado àpágina interna Produto/Serviço e de lá é sóclicar no ícone Alteração Cadastral no cantoesquerdo do vídeo e, por último, marcar Con-tinuar. Verifique se todos os dados estão cor-retos e assinale a inscrição “Desejo receberinformações da Petros através dee-mail”.

Pronto: você também estará ha-bilitado a abrir o mais novo veículode comunicação da Fundação. Quemrecebe o boletim mas não conseguevisualizar arquivos extensão pdf podeba ixa r o so f tware no s i tewww.adobe.com.br. É grátis!

O resultado das primeiras edições foitão satisfatório que alguns participantessugeriram que a nova revista PETROS tam-bém seja enviada aos leitores por meio ele-trônico. A medida não é necessária pois to-dos os meses o “arquivo pdf” da publicação écolocado no site da Fundação para download,com uma vantagem: se desejar, o participantepode consultar também edições anteriores.

O boletim pretende ser um canal complemen-tar de comunicação com os participantes e o pú-blico externo, ao mesmo tempo chamando para no-tas e temas do site e antecipando notícias que se-rão editadas de maneira ampliada na revista. “Acheimuito boa a idéia do jornal eletrônico, é um meio

ágil e eficiente de comunicação”, afirmou GenildoNelson Mota, de São José dos Campos. “Futuramen-te pretendo enviar sugestões.” Este foi um dos e-mails que chegaram a respeito do Petros.com.br.

Todas as mensagens recebidas foram armazenadase estão servindo para aprimoramento das edições sub-seqüentes. A partir do terceiro boletim, por exem-plo, passou a constar o número da edição junto como nome do arquivo, como sugeriu o participante JoséOuro Alves. A mudança visa facilitar o arquivamento.

Sucesso do boletimpode ser medido

pela quantidade demensagens com

sugestões e elogiosà iniciativa

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6revista PETROS

Entr

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Prioridades são as pensionistas e os aposentados

“A fundaçãodeveria procuraruma forma decorrigir ainjustiça com aspensionistas”

Espinheira

O menino franzino que, no come-ço dos anos 70, despontava nas di-visões de base do E. C. Bahia, um diafoi obrigado a optar entre o futuroincerto no futebol ou a dedicaçãointegral aos estudos. A possibilidadede um dia seguir os passos do pai eingressar na Petrobras falou mais altoe em dezembro de 1976, com 19 anos,o ex-futuro craque Carlos AugustoLopes Espinheira entrava na Compa-nhia como bolsista, após prestar con-

curso, egresso da Escola Técnica Fe-deral da Bahia. Quatro meses depois,sua carteira era assinada com o re-gistro de auxiliar técnico de fluídosde perfuração.

Mas a ligação do hoje conselhei-ro fiscal da Petros com a Petrobrassuplanta os 26 anos de trabalho.“Como filho de petroleiro, respiro ahistória e as conquistas da empresadesde a infância.” Em 1978,Espinheira radicou-se no Rio de Ja-neiro e concluiu os estudos, com pós-graduação lato sensu em Análise deSistemas. Prestou, então, novo con-curso e foi reclassificado, em 1989,como analista de sistemas.

Dirigente em primeiro mandato,ele ressalva que, embora só agora te-nha surgido a oportunidade de re-presentar os participantes, é militan-te sindical desde 1986. Diretor no

Sindipetro/RJ desde junho do anopassado, sua indicação para o Con-selho Fiscal partiu do Comitê em De-fesa dos Participantes da Petros(CDPP). A seguir, transcrição da en-trevista concedida à revista PETROS.

Como as mudanças no regulamentoafetaram o Conselho Fiscal?

Com o novo regulamento, o Con-selho Fiscal teve restritas suas atri-buições enquanto órgão de fiscaliza-ção. Ao mesmo tempo, as alteraçõeslegais deram margem para que pudés-semos lidar com outros aspectos alémda apreciação das contas. O Conse-lho Fiscal já tem parecer jurídico nessesentido. De qualquer forma, nossa in-tenção é colaborar com a boa admi-nistração da Fundação... Estamosprontos para isso.

Houve uma mudança qualitativa narelação com os participantes?

Sim. A atual diretoria tem umapostura mais transparente, inclusivecriou a Ouvidoria, que se propõe aser um instrumento de aproximaçãomais afetiva com os principais par-ceiros da Petros. Ainda não houveuma aferição concreta da medida, masa tendência é a melhora progressiva.No entanto, sabemos que a principalreclamação continua sendo quanto apendências nos planos.

O sr. teria alguma proposição paraos planos de benefícios?

Eu sugiro, principalmente, que oatual Plano Petros seja mantido comajustes. O problema do plano é estru-tural. Ele teve uma concepção muitobem feita, mas sofreu interferênciasao longo dos 33 anos que acabarampor influenciar no cálculo atuarial. Aprincipal delas gerou um amadureci-

mento precoce do plano e a quanti-dade de aposentados ultrapassou ra-pidamente o número de empregadosda ativa em um período em que o pla-no deixou de acumular patrimônio.

A que interferência especificamen-te o sr. se refere?

Houve um encontro precoce daquantidade de ativos e aposentados,causado pela política de terceirizaçãoe plano de incentivo às demissões.Por causa dessa política, a patroci-nadora deveria ter feito aportes quenão foram realizados.

Na sua opinião, quais as principaisprioridades para a Petros?

Em primeiro lugar, a Fundaçãodeveria procurar uma forma de corri-gir a injustiça com as pensionistas.A partir de 92 e posteriormente 96,com a mudança na legislaçãoprevidenciária, a Petros não fez ajus-tes no regimento do plano de bene-fícios para contemplar o novo cálcu-lo. A Fundação tinha de reajustar oplano mas faltou vontade política dasdireções de então.

Em relação a outra demanda fun-damental, a recomposição da rendados aposentados, acho que a grandevilã foi a política de remuneração va-riável praticada pela Petrobras, quenão é estendida a todos. Tambémdeveria ser permitido o ingresso noPlano Petros para os novos funcio-nários, que estão desamparados. Parafinalizar, gostaria de ver a Petros tra-balhando com o meio acadêmico. AFundação poderia investir no desen-volvimento de produtos que pudes-sem ter a qualidade comprovada empesquisas do meio acadêmico ou se-lecionados pela Sociedade Brasileirapara o Progresso da Ciência (SBPC).

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7revista PETROS

Info

rmes

Wagner Pinheiro, presidente daPetros, foi escolhido dirigente doano da regional Sudeste pela As-sociação Nacional das Entidades dePrevidência Fechada (Abrapp). Oresultado foi definido em votaçãoeletrônica realizada entre as enti-dades associadas e apontou outroscinco vencedores. Wagner e os de-mais regionais receberão um diplo-ma, em solenidade no dia 24 denovembro, no Rio de Janeiro, noCentro Cultural Banco do Brasil

(CCBB). O Comitê de Estratégia eIntegração vai agora escolher o“Dirigente Nacional” entre os seiseleitos.

Além do presidente da Fundação,foram escolhidos Milton Barbosa, daFipecq (Centro-Norte); Nélia Maria deCampos Pozzi, da Aceprev (Leste);Evandro Couceiro Costa Junior, doBandeprev (Nordeste); Darci LuizPrimo, da Attilio Francisco XavierFontana (Sudoeste) e Paulo Portella,da Previg (Sul). Os mais votados fo-

Wagner é o dirigente do ano da regional Sudesteram conhecidos durante os encon-tros regionais realizados na últimasemana de setembro, que reunirammais de 60 dirigentes em eventosnas cidades de Porto Alegre, Curitibae Florianópolis.

Calpers, modelo a ser seguidoOs presidentes dos três maiores fundos de pensão do

país trouxeram boas notícias na bagagem no retorno daviagem aos Estados Unidos. Entre os dias 15 e 17 desetembro, os executivos estiveram na sede do Calpers (si-gla em inglês do Sistema de Aposentadorias dos Funcio-

nários Públicos da Califórnia), ondeconheceram o modelo de gestão domaior fundo de pensão do mundo eobtiveram boas perspectivas de no-vos investimentos no Brasil.

Com mais de 1,3 milhão de par-ticipantes e US$ 140 bilhões deativos em aposentadorias, oCalpers tem US$ 1,8 bilhão inves-tidos em países emergentes, dosquais US$ 228 milhões estão apli-cados em empresas brasileiras. Se-gundo Gary Holtzer, vice-presi-dente da Hines, o fundo temmais cerca de US$ 1 bilhão aserem destinados a investimen-tos em mercados emergentes. Oexecutivo sabe muito bem o queestá dizendo, pois sua compa-nhia é uma das muitas parceirasdo Calpers na prospecção eacompanhamento de projetos emantém em funcionamento no

Brasil um escritório com cerca de 100 funcionários.No curto período em que estiveram na Califórnia, o

presidente da Petros contabiliza a participação em maisde uma dezena de encontros. “Acompanhamos uma sé-rie de reuniões públicas do Comitê de Investimentos,de Benefícios, de Saúde e do Conselho de Administra-ção”, diz Wagner Pinheiro. “Além disso, tivemos au-diências com o presidente do Conselho, Sean Harrigan,e os principais executivos do Calpers.” O convite para aviagem partiu justamente de Harrigan, quando de suaparticipação, em maio, do I Seminário Internacionalde Fundos de Pensão, realizado pela Petros, Previ eFuncef, no Rio de Janeiro.

Exemplo de democracia – Para o secretário-geral daPetros, Newton Carneiro – que também participou dadelegação –, a experiência foi muito interessante e podegerar idéias novas para serem aplicadas no Brasil. Eledestaca um diferencial fundamental entre o Calpers eos fundos de pensão brasileiros: a força do Conselho deAdministração. “No modelo americano, é o Conselho quedefine de fato todas as políticas da entidade e contro-la as atividades da Diretoria Executiva e dos gerentes,escolhidos pelo próprio Conselho”, diz.

Além disso, as reuniões são abertas aos participan-tes, que podem acompanhá-las e fazer intervenções. “Po-demos estudar uma forma de abrir também as reuniõesdos conselhos deliberativos dos fundos brasileiros.”

Sean Harrigan,presidente dofundo americano,convidou osexecutivosbrasileirosquando esteveno país em maio

Os dirigentes do ano dasregionais da Abrapp foramconhecidos na últimasemana de setembro

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8revista PETROS

Serv

iços

Programa adianta despesas com funeralNo clima de comoção que se aba-

te sobre os familiares quando daperda de um ente querido, a maiordificuldade é manter um mínimo deracionalidade para cuidar do fune-ral. São providências e despesasemergenciais para as quais poucosestão preparados, sobretudo quan-do apanhados por uma fatalidade.Para tentar amenizar minimamenteo sofrimento do participante em umasituação tão delicada, a Petros ofe-rece o Adiantamento para Despesascom Funeral.

No caso de falecimento do par-ticipante ou de um dependente, oprimeiro passo é procurar uma dasfunerárias conveniadas em todo Bra-sil. A lista completa pode ser obtida

via fax na Central de Atendimento24 horas (0800-560055).

Em ambos os casos, o respon-sável pelo sepultamento deverá terem mãos a documentação do fa-lecido e o contracheque para com-provar a condição de participan-te ou dependente.

No caso de falecimento do par-ticipante, o pagamento das despe-sas com funeral é efetuado pela Fun-dação, respeitado o limite de R$1.561, e posteriormente desconta-do do pecúlio por morte a ser pagoaos beneficiários.

Em se tratando do sepultamen-to do dependente, o depósito éefetuado diretamente na conta dafunerária e posteriormente cobra-

do do participante na forma deempréstimo-funeral. O desconto éfeito em seis parcelas mensais,com juros de 0,5% ao mês corri-gido pela TR.

Caso o sepultamento tenha sidorealizado em estabelecimento não-conveniado, o responsável deverácomparecer à Petros,em sete dias úteis, apartir do sepultamen-to, munido de notafiscal para solicitar oreembolso das despe-sas. Se ultrapassar ovalor máximo fixado,o contratante pagaráa diferença direta-mente à funerária.

O infortúnio doóbito traz umasérie deprovidênciasque requeremsoluçãoimediata

A Petros está trabalhando duro para elevar cada vezmais o nível de confiabilidade da base de dados. Paraisso, a Gerência de Operações, área responsável pelamanutenção, faz freqüentes atualizações, levando emconta os aspectos de segurança e financeiros.

A confiabilidade do endereçamento residencial, porexemplo, é comprovada pelobaixo índice de devolução doscontracheques dos aposentados– mais de 99% chegam ao des-tinatário. O resultado é frutoda colaboração dos participan-tes, que interagem com a Fun-dação prestando informações.No entanto, para melhorar ain-

da mais o grau de confiança, é fundamental manter aFundação informada toda vez que houver uma mudan-ça. Para isso, basta entrar em contato com a área deAtendimento por meio do DDG 0800 560055 ou dahomepage www.petros.com.br. No caso do participante

Cadastro atualizado aumentasegurança da base de dados

ativo, não basta fazer a atualização na patrocinadora.As alterações devem ser feitas também na Fundação.

Para eliminar as lacunas do passado, desde 1999vigora o projeto Saneamento do Cadastro, que alcan-çou resultados bastante satisfatórios. A base de dadosapresenta nível de confiabilidade cada vez maior: 70%das falhas foram eliminadas. Em paralelo, existe o pro-cesso de recadastramento de participantes, que temcomo objetivo validar os benefícios em manutenção,fundamental para a integridade do cadastro, principal-mente no que diz respeito ao aspecto financeiro daFundação.

Mais de 99% doscontracheques dosaposentados chegamao destinatário

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9revista PETROS

Fundos têm novasnormas para aplicações

O governo federal alterou, nodia 26 de setembro, os limites deinvestimento para os fundos depensão, levando em conta o perfilatuarial e a natureza dos ativos.Entre as novas normas, o ConselhoMonetário Nacional (CMN) aprovoua uniformização dos limites deaplicação em renda variável e emtítulos de alto risco, em 50% e20% do patrimônio dos fundos,respectivamente.

Antes, o limite para renda vari-ável era de 45% para os planos debenefício definido e de 60% paraos de contribuição definida. Já paratítulos de alto risco, o limite erade 20% para benefício definido e30% para contribuição definida. Se-gundo o o diretor Financeiro e deInvestimentos, Ricardo Malavazi, oenquadramento vai facilitar a ges-tão dos recursos da Fundação, quehoje administra tanto planos BDquanto CD.”Outra mudança impor-tante é que agora a auditoria degestão e controle dos investimen-tos poderá ficar a cargo da audito-ria externa”, diz o dirigente.“Essas medidas com certeza vãodiminuir nossos custos admi-nistrativos.”

As mudanças introduzidaspela Resolução 3121 tambémforam bem recebidas pela Asso-ciação Brasileira das Entidadesde Previdência Fechada(Abrapp), que aprovou a unifi-cação de regras de aplicação derecursos dos planos. Para a en-tidade, a medida também sinali-za que a Secretaria de Previdên-cia Complementar (SPC) estáatenta às necessidades do setor.

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stim

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A Secretaria, por seu lado, ava-lia que com as novas regras, as en-tidades de previdência fechada te-rão critérios mais objetivos para adefinição de suas políticas de in-vestimento, “com envolvimentomaior dos órgãos estatutários e anecessidade de combinar resultadoscom os compromissos atuariais decada plano de benefícios”. A reso-lução também valoriza o papel doConselho Deliberativo e do Conse-lho Fiscal, exigindo maior envol-vimento na definição da política deinvestimentos dos fundos.

A SPC destaca ainda a elevaçãodo limite do patrimônio que po-derá ser direcionado para emprés-timos pessoais para os participan-tes dos fundos, de 10% para 15%.A expectativa do secretário AdacirReis é que essa abertura amplie ocrédito disponível em mais R$ 10bilhões, que poderão ser usadospara o consumo ou pagamento dedívidas. Os fundos terão até de-zembro de 2005 para se adequaraos novos limites fixados pelo CMN.

Segundo Ricardo Malavazi, a re-solução representa mais um passono sentido de acabar com o exces-so de regulação da previdência fe-chada, “dando agora maior ênfaseà fiscalização pela SPC e pelos par-ticipantes”. Para o diretor da Asso-ciação Nacional dos Participantesdos Fundos de Pensão (Anapar),Newton Carneiro, o único aspectonegativo que ainda permanece é obaixo limite de 20% de participa-ção dos fundos no capital votantede empresas. “Essa limitação impe-de o controle acionário de fundosou grupos de fundos e a conse-qüente valorização de seus ativos”,avalia o dirigente, que é tambémsecretário-geral da Petros.

O Conselho MonetárioNacional (CMN) aprovou auniformização dos limites deaplicação em renda variávele em títulos de alto risco

Os presidentes dostrês maiores fundosde pensão e osecretário Adacir, daSPC, defendem asmudançasintroduzidas pelo CMN

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10revista PETROS

Capa

Maior empresa brasileira completa meioséculo de trabalho, sem pensar em

aposentadoria; presidente Lula celebracom petroleiros e ressalta criatividade

e eficiência do povo brasileiro

O PETRÓLEO É NOSSOHÁ 50 ANOS

Sábado, 3 de outubro de 1953.Os jornais em todo país chamavam aatenção para o pronunciamento dopresidente Getúlio Vargas, que à noi-te anunciaria, pelo programa de rá-dio “A Voz do Brasil”, a assinatura doDecreto 2004 que criava a Petrobras.

Muita coisa mudou nessas cincodécadas. Inclusive o programa ofi-cial do governo, que nem vai maisao ar aos sábados. O rádio, veículomais prestigiado da época cedeu lu-gar à televisão, que tinha acabadode chegar ao país trazida pelo em-presário Assis Chateaubriand. Eleacertou em cheio ao apostar na dis-seminação da telinha, mas errou feioem suas previsões pessimistas quan-to à existência de petróleo no país.

Enquanto Chatô e a quase tota-lidade dos empresários de comuni-cação se concentravam em uma cru-zada antinacionalista para derrubarGetúlio, muitos nadavam contra acorrente e se encarregavam de em-balar o sonho. Gente como o petro-leiro aposentado Eugenio Antonelli,hoje com 88 anos. Quando os tra-balhadores do extinto Conselho Na-cional do Petróleo receberam a pro-posta de pedir demissão em trocado ingresso na Petrobras ele foi oprimeiro a levantar a mão.

A coragem e o pioneirismo ren-deram-lhe a honra de ser o dono damatrícula número 1. A coroação de-finitiva veio agora, 50 anos depois,com a saudação especial do presi-

dente Luiz Inácio Lula da Silva, quedestacou sua ousadia durante as co-memorações do cinqüentenário daPetrobras, no Rio de Janeiro. Maisde 600 pessoas entre ministros, se-nadores, executivos e técnicos dacompanhia lotaram o auditório daPetrobras para ouvir o pronuncia-mento do presidente.

Ao chegar, o presidente foi sau-dado pelos petroleiros que o aplau-diram de pé. Segundo Lula, aPetrobras é motivo de orgulho paraos brasileiros e a eficiência e capa-cidade técnica de seus mais de 30mil empregados é reconhecida emtodo planeta. Em tom emocionado,destacou o importante papel do“grupo de pioneiros abnegados quedesafiou a lógica dos países ricos esaiu pelas ruas gritando ‘o petróleoe nosso’ numa época em que nin-guém acreditava”.

O presidente da República res-saltou ainda que a trajetória da com-panhia é prova cabal da eficiência ecriatividade dos brasileiros. “Uma

O auditório daempresa ficoulotado durante acerimônia oficial decomemoração docinqüentenário;diversas outrasatividades tambémmarcaram a data

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11revista PETROS

João Paulo Vaz*

A Petrobras faz 50 anos. Posso dizer que somos contem-porâneos. Por isso não me lembro da campanha “O petró-leo é nosso”, nem das primeiras descobertas. Fomos crian-ças juntos. Mas me lembro bem de que, quando saí da fa-culdade, e mal sabia o que era a Petrobras, já sentia porela um respeito meio inconsciente, meio juvenil, criado emconversas de corredor sobre uma determinada competiçãoentre faculdades: quem aprovava mais formandos nos con-cursos da Petrobras.

O concurso da Petrobras. Uma porção de gente de todo opaís. O telegrama de convocação para o exame médico. Pou-cas coisas na vida me deram tanto orgulho. Entre elas, mi-nhas filhas. Juliana, a mais velha, nasceu alguns meses de-pois.

Mais tarde, aprendi uma outra forma, mais madura, deorgulho. Era o que eu sentia quando dizia onde trabalhava,mas era também, e bem mais forte, a certeza de estar fazen-do um trabalho importante. Em uma companhia que traba-

lhava para todos, para o Brasil. E que era – como ainda é –um dos seus maiores patrimônios. Tive esse grande privilé-gio: não trabalhar apenas pelo salário no final do mês.

Com o tempo, aprendi também que o orgulho não deveser cultivado. E que cabem muitas coisas em cinqüenta anos.Boas e más. Ser brasileiro, nessas últimas cinco décadas,nem sempre foi fácil. Houve uma época, de chumbo, em queàs vezes senti vergonha de ser. Nunca, porém, de trabalharna Petrobras.

Mas orgulho e vergonha pertencem sobretudo à juven-tude. Cabeças grisalhas tendem a perspectivas mais amplas,a um olhar mais distante. Hoje, aposentado, ainda olho aPetrobras com simpatia, mas do lado de fora. Ou quase. Hápouco tempo, recebi, emocionado, a nota de uma engenheirado Cenpes falando do orgulho dela em ter participado detodas as etapas de um projeto de engenharia básica daplataforma P-34. Era da Juliana, aquela que nasceu algunsmeses depois de eu ter começado na Petrobras.

Ah, outra vez o velho orgulho.

*1º colocado no III Concurso de Contos da Petros,é analista de sistemas e filósofo

Orgulho de ser petroleiro

empresa que nasceu sem recursos em1953 deverá investir US$ 34 bilhõesaté 2007”, anunciou. “Quem disseque não existia petróleo no Brasilcometeu um dos maiores equívocosda história. Hoje, produzimos cercade 80% do petróleo consumido nomercado interno e esperamos che-gar à auto-suficiência até o final domeu mandato.”

Descontração – Por ter sido o pri-meiro presidente da República a vi-sitar o Edise, Lula e dona MarisaLetícia, que o acompanhou à ceri-mônia, ganharam crachás daPetrobras. Bem-humorado edescontraído, brincou com o presi-dente da companhia, José EduardoDutra, se “teria direito a receber sa-lário já este mês”. Além da primeira-dama, participaram da comemoraçãooficial a ministra de Minas e Ener-gia, Dilma Rousseff, e a governado-ra do Rio, Rosinha Matheus.

José Eduardo Dutra surpreendeua platéia ao declamar em seu pro-nunciamento versos do samba-en-redo “Aquarela Brasileira”. O presi-dente da companhia ressalvou, no

entanto, que, a exemplo do compo-sitor Silas de Oliveira, não citaria to-dos os estados da federação em seudiscurso, “mas a Aquarela daPetrobras passeia por todo territó-rio nacional.” Para Dutra, no dia 3de outubro não se comemora ape-nas mais uma ano da maior empresabrasileira. “Hoje é aniversário de umsímbolo da luta e da inteligênciadesse país.”

A ministra Dilma fez um breve his-tórico das conquistas da companhia,destacando sua contribuição nosmomentos estratégicos da formaçãoda nação. “Se o povo brasileiro pro-duziu uma empresa da magnitude daPetrobras, será capaz de mudar opaís.” Para a governadora RosinhaGarotinho a data é um marco na his-tória, uma vez que “a produção depetróleo responde por 6% do Pro-duto Interno Bruto nacional”.

Festejos – Uma série de atividadesmarcou o 50º aniversário daPetrobras. Pela manhã, passado epresente estiveram lado a lado emum café da manhã que reuniu o pre-sidente Dutra, 13 ex-presidentes daPetrobras, e demais membros da Di-retoria Executiva. As comemoraçõesprosseguiram no almoço de confra-ternização, culto ecumênico e nosshows musicais com artistas popu-lares programados para o final desemana em diversas capitais. Aindano dia 6 a empresa foi brindada comsessão solene na AssembléiaLegislativa do Rio de Janeiro, onderecebeu a Medalha Tiradentes.

A Petrobras também distribui aosempregados exemplares dos jornais“O Globo” e “Folha de S. Paulo” coma reprodução da primeira página daedição que foi às bancas em 1953no dia da criação da empresa.

O presidente Lula edona Marisa (na fotocom a ministra Dilma,a governadora Rosinhae o presidente Dutra,da Petrobras)receberam o crachá dacompanhia

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Pioneiros do Nordestetambém festejaram

No dia 3 de outubro – enquan-to a Petrobras completava meioséculo de êxito –, em Aracajú,terra do presidente Dutra, aque-les que contribuíram para o su-cesso da companhia receberamuma justa homenagem. Na sededaAssociação dos Aposentadose Pens ion i s tas do S i s temaPetrobras no Nordeste/Sergipe(Aspene), mais de 200 pessoaslotaram o auditório para assistirà premiação dos aposentadosmai s ant igos da Pet ros emSergipe e Alagoas e aos dez só-cios pioneiros da entidade.

Na solenidade, o presidente daAspene/SE, Mileno Carvalho, des-

tacou que as homenagens eram ex-tensivas a todos os participantesque contribuíram para o engran-decimento da Petrobras. Já o di-retor de assuntos estratégicos,Talvanes Toledo Gomes, elogiou ocomportamento da nova DiretoriaExecutiva da Fundação pela ini-ciativa, “demonstrando que aPetros mudou muito e mudou paramelhor”.

O consultor de ComunicaçãoWashington Araújo representou aDiretoria da Fundação e lembrouque, em todas atividades pelo Bra-sil, os dirigentes sempre deixamclaro que são empregados dos par-ticipantes. “É uma obrigação virao encontro de vocês para pres-tar contas de nossa gestão.”

Muito emocionado e de possedo cartão de prata e do diplomaconferidos pela Petros, SóstenesCampos leu um discurso em agra-decimento: “Quero prestar minhagratidão a todas as pessoas que in-dicaram o meu nome para que

pudesse receber essa homenagem.É um orgulho ter prestado servi-ços por um período de 20 anos aessa conceituada empresa.” JáGedauro Cabral dos Santos afirmouque a Petrobras só lhe dá alegrias,“trabalhando por um Brasil melhorpara todos”.

O outro pioneiro, Pedro Mo-rais Filho, veio de Alagoas parareceber sua homenagem. O seuconterrâneo, Alexandrino Barbo-sa, presidente da Aspene/ALenalteceu o fato de a Petros, deforma inédita, lembrar da exis-tência de valorosos empregadosque muito contribuíram para quea Petrobras esteja hoje no pata-mar das maiores empresas mun-diais.

D i retor administ rat ivo daAspene/SE e mestre de cerimôniasno evento, Ailton Teles de Men-donça, depois das homenagens daPetros, chamou os dez primeirosassociados da entidade paraigualmente serem laureados. Sãoeles: Everton Marques, José EnaldoMenezes, Samuel Cândido da Sil-va, Carlos Cezar de Souza, AgabVasconce los Costa , Audál ioAlmeida, Sóstenes Matos Santos,Ivanildo Lima, Alcindo VicenteNascimento e Luiz Francisco dosSantos.

O evento contou ainda com ummutirão da saúde, onde os 246associados e cônjuges passarampor exames relativos a glicemia,colesterol, pressão arterial e peso.

O representante da Petros tam-bém esteve em Recife, levando a ho-menagem da Fundação ao aposen-tado Petrônio da Cunha Pedrosa.

Pedro, Sóstenes eGedauro foram

homenageados pelaFundação e

associações deaposentados e

pensionistas deSergipe e Alagoas

Três aposentados de Sergipe eAlagoas foram homenageadospela Petros, na sede daAspene/SE, no dia doaniversário da Petrobras

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13revista PETROS

Cida

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a

Projeto Florescer, a semente jácomeçou a germinar

A estratégia da Petros de pri-vilegiar investimentos em empre-sas socialmente responsáveis estáganhando, paulatinamente, a for-ma definitiva. Desde que assumi-ram, os atuais dirigentes vêm ba-tendo na mesma tecla. “Os fundosquerem direcionar os investimen-tos feitos com os recursos de seusparticipantes em empresas que te-nham completa integração com asociedade”, diz o presidenteWagner Pinheiro. O cume dessanova filosofia foi a participaçãodos três maiores fundos de pensãodo país no seminário sobre Inves-timentos Socialmente Responsá-veis, organizado pela Abrapp,Sindapp e ICSS.

Em agosto, Wagner Pinheiro eo diretor Ricardo Malavazi visita-ram as instalações do GrupoRandon, em Caxias do Sul (RS), evoltaram encantados com os pro-gramas sociais tocados pela com-panhia. A Petros demonstrou gran-de interesse pela iniciativa, atéporque tem participação acionáriana Fras-le (12,81% do capital),uma das empresas de um conglo-merado que faturou US$ 377 mi-lhões em 2002.

O projeto Florescer é a baseprincipal do programa e o que ga-nhou mais visibilidade dentre asatividades de caráter social desen-volvidas pelo grupo. Iniciado emmarço do ano passado, o progra-ma se apóia principalmente nocentro de educação livre, uma es-cola-modelo freqüentada exclusi-vamente por crianças com poucasoportunidades econômicas e soci-ais. Logo no ano de estréia, 80 jo-

vens foram beneficiados pelo Flo-rescer, que visa a prepará-las aexercer a cidadania e desenvolvero lado profissional. Entre outrasatividades, as aulas incluem apren-dizado de informática, inglês, edu-cação ambiental, música e culiná-ria, além da prática regular de es-portes. Grande parte das ativida-des são realizadas no parque fabrilda Randon, que oferece uma es-trutura especialmente construídapara o programa.

Em 2003, foram incluídas mais65 crianças e adolescentes, com ida-de entre sete e 14 anos. No próximoano, o número de beneficiados pra-ticamente dobrará, pois o projetoserá estendido à Fras-le, e benefici-ará mais 140 jovens.

O objetivo dos responsáveis peloprograma é audacioso: “fazer comque o Florescer seja adotado poroutras empresas como modelo deação social, beneficiando cada vezmais crianças”. Para disseminar emdefinitivo a idéia entre oempresariado, a Randon se compro-mete publicamente em disponibilizarpara os interessados todas as infor-mações sobre o modelo adotado.

Programa do Grupo Randon,que tem participaçãoacionária da Petros,mostra que investimentosocialmente responsáveldá resultado

Fruto de um projeto pessoal daalta direção, o Florescer foi elabo-rado por uma equipe de pedagogase psicólogas e prontamente abraça-do pela equipe de funcionários. Deforma voluntária, eles se encarregamde regar a cada dia essa semente,que promete uma safra de jovensplenos de consciência cidadã.

Meninas do FlorescerRandon exibem todaa felicidade peloapoio recebido;projeto atende acrianças eadolescentes compoucas oportunidadeseconômicas e sociais

Formalização,pelo diretor-superintendentedas empresasRandon, ErinoTonon, dolançamento doFlorescer Fras-le

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O Conselho Deliberativo atendeua uma antiga solicitação dos tra-balhadores da ativa e aposentados:delegou aos conselheiros eleitos aindicação dos representantes dosparticipantes no Comitê de Investi-mentos (Comin), que assessora odiretor de Investimentos e Finançasno tocante à gestão dos recursos doPlano Petros. A mudança ocorreu emjunho e, de acordo com o presiden-te do conselho, Wilson Santarosa,“a iniciativa é mais um avanço den-tro do espírito de transparência efiscalização que norteia os novostempos da Petros”.

Criado em 1999, o comitê resul-tou da fusão da Comissão de Apli-

cações do Mercado Financeiro(Complac) e do Comitê de Aplicaçõesno Mercado Imobiliário (Comim).Atualmente, sua composição contacom sete membros: o diretor de In-vestimentos e Finanças; o chefe daAssessoria de Planejamento de In-vestimento; dois gerentes da áreade investimentos da Fundação; umrepresentante e suplentedos participantes do Pla-no Petros, indicado peloConselho Deliberativo;dois representantes dasduas maiores patrocinado-ras do Plano Petros e seusrespectivos suplentes.

Ao Comin compete ava-

Um comitê de investimentos mais democráticoliar e recomendar oportunidades deinvestimentos a serem realizadaspela Petros, tais como fundos deprivate equity, financiamento deprojetos, participações acionáriasque envolvem acordo de acionistas,imóveis e fundos imobiliários, de-bêntures conversíveis e investimen-tos de baixa liquidez.

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Objetivo é encontrarsolução para o Plano Petros

A Petrobras e os representantesdos petroleiros estão negociando umaalternativa visando solucionar os pro-blemas estruturais do Plano Petros.Segundoo diretor de Seguridade daFundação, Maurício Rubem, as novastratativas já estão avançadas e a pro-posta vai ser razoável tanto para osparticipantes como para a companhia.“Ela poderá ser, por exemplo, tantouma reforma no plano atual como tam-bém o seu saldamento e a criação deum novo plano, mas tudo dependede negociação.”

O executivo lembra que todos osesforços estão sendo feitos para cos-turar uma alternativa que contem-ple a todos sem comprometer o equi-líbrio atuarial do fundo de pensãodos petroleiros. “Desde o governoanterior, o aporte dos recursos dapatrocinadora na Petros passou a seruma das principais cobranças dosparticipantes.”

Os administradores de então,tanto da companhia como da fun-dação, criaram um plano de contri-buição definida (CD) como estímu-lo à migração, mas a proposta foiembargada judicialmente por açãoimpetrada pelas entidades sindicais.Segundo o diretor de Seguridade,as questões relativas ao fundo depensão estão sendo discutidas noâmbito do acordo coletivo de tra-balho (ACT) da categoria. Até o fe-

chamento desta edição da revistada PETROS ainda não havia uma de-liberação final dos empregados.

Nas negociações, a Petrobraspropõe alteração do artigo 41 doRegulamento do Plano Petros a fimde garantir a reposição dos benefí-cios com base na variação do IPCAdos últimos 12 meses.

A patrocinadora também apre-sentou aos petroleiros a viabi-lização com a Petros do adianta-mento de 50% do 13º benefício nomês de julho de cada ano e adian-tamento de 40% do benefício nodia 10 de cada mês. Criar o Fórumde Previdência Complementar, quetem 60 dias de prazo para discutirquestões estruturais e formular umaproposta para o Plano Petros, foioutro compromisso assumido pelaPetrobras.

Patrocinadora, Fundaçãoe petroleiros buscamalternativas quecontemplem a todos

Conselheiros eleitosagora escolhemrepresentante dosparticipantes no Comin

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15revista PETROS

Enti

dade

s

A organização e a luta dos pe-troleiros da Bahia se confundemcom a própr ia h is tór ia daPetrobras. A adesão ao meio sin-dical no estado foi formalizada porocasião da criação da antiga As-sociação Profissional dos Traba-lhadores da Indústria do Petróleo,em outubro de 1954 – um anoapós o nascimento da companhiaque celebrou 50 anos neste mês.

O aposentado Sinésio Pereirados Santos, figura histórica nes-sa luta, acompanhou a evoluçãodesde o início, embora só tenhaingressado na Petrobras em 1959.O engajamento na causa petrolei-ra tem razão especial. “Tenho ahonra de dizer que lutei 17 anosaté ser admitido”, revela, referin-do-se ainda ao tempo do Conse-lho Nacio-nal do Petróleo. “Os pe-didos eram sempre negados sobalegação de que a minha condi-ção física não permitia.” Apesardisso, ele se aposentou em 1978,ao cumprir o tempo de serviçoexigido por lei.

Talvez por ter sentido o pro-blema na pele, ele tenha dedica-do tanto tempo dos seus 79 anosà luta em favor dos direitos daclasse trabalhadora. “Sou sindica-lista por índole e só vou me apo-sentar quando Deus me chamar”,garante. Com o passar dos anos,o Sindicato do Ramo Químico/Pe-troleiro da Bahia ganhou força erepresentatividade, superando in-clusive os famosos “anos de chum-bo, quando a entidade teve seusdireitos cerceados”. Em fins de1989 foi criado o Departamentode Aposentados e Pensionistas,

que mais tarde ganhou status dediretoria. Seu objetivo é atenderàs demandas pertinentes aos em-pregados que deixaram a ativa.

Ao contrário de outras catego-rias, a maioria dos petroleiros apo-sentados mantém estreita relaçãocom a companhia, cientes das ati-vidades mesmo depois do desliga-mento. Na avaliação de Sinésio,que ocupa a função de coordena-dor da base petroleira do Departa-mento de Aposentados e Pensio-nistas, com mandato em vigor até2005, os aposentados são militan-tes ativos porque já entenderamque unidos têm poder de negocia-ção muito maior. OSindicato do RamoQuímico/Petroleiroda Bahia, por exem-plo, conta com 10mil filiados, metadedeles já aposenta-dos. Entre eles, ocoordenador dabase petroquímica,Antônio Car losBrandão dos San-tos. Completam adiretoria os coordenadores adjun-tos, Climério Reis Chaves, Francis-co Ramos da Rocha e João Oscarda Silva Filho.

A estrutura organizacional dadiretoria de aposentados segueos mesmos moldes do pessoal daativa: existem 15 diretores apo-sentados escolhidos em eleiçãodireta ou pela proporcionalidade(critério similar ao do sindicato)e 17 delegados sindicais aposen-tados. A diretoria colegiada écomposta por departamentos

Aposentados baianos mostramforça e organização

compostos de no mínimo dois eno máximo quatro diretores, alémde dois coordenadores – um dabase pet ro le i r a e out ro dapetroquímica. Todas as delibera-ções são tomadas ordinariamen-te nas reuniões de diretoria.

Sinésio relembra que os traba-lhadores alcançaram importantesconquistas, graças ao apoio do mo-vimento sindical. O dirigente estáfeliz da vida com o cinqüentenárioda Lei 2004, de autoria do depu-tado federal Euzébio Rocha, res-ponsável pela criação da maior em-presa brasileira.

“Entidadeteve seusdireitoscerceadosdurante aditadura,mas tambémsuperou esseobstáculo”

Sinésio, ao centroda mesa, coordena o

Departamento deAposentados

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16revista PETROS

FONTE:Gerência de

Controle

Rentabilidade dos Investimentos Petroscomparada a referências de mercado (variação %)

CDI 1,77

Renda fixa sem NTN-B – Petrobras 1,57

Operação com participantes 3,39(2)

Ibovespa 11,19

Carteira de ações (giro) 11,15

IBX 1018

Fundos de small caps 11,33

Meta atuarial (IPCA + 6% ao ano)(1) 0,69

NTN-B – Petrobras 0,43

Carteira de ações (permanente) 2,81

Investimentos imobiliários 0,15(2)

Projetos de infra-estrutura 1,49

Referencial Ponderado 1,87

Total dos Investimentos 1,85(2)

IPCA de Agosto 0,34

IPCA defasado em um mês (1) — Rentabilidades preliminares (2)

Fonte: FIN/RC – Economática

Referencial/Investimento Agosto/2003

Resultado da PetrosJaneiro a Agosto/2003 (milhões de reais)

Descrição Valores

Receita de contribuições daspatrocinadoras e participantes 421

Benefícios pagos aos participantes* -862

Despesas administrativas -42

Fundos administrativo/Outros -56Subtotal A -539

Reavaliação dos compromissoscom pagamentos de benefícios* B -2.042

Subtotal C=A+B -2.581

Resultado dos investimentos D 2.490

Déficit Técnico do período E=C+D -91

Déficit Técnico acumulado em 31/12/2002 F -827

Déficit Técnico em 29/8/2003 G=E+F -918

Ajuste de Títulos mantidos até o vencimento H 42

Equilíbrio Técnico em 29/8/2003 I=G+H -876

* Os benefícios incluem o pagamento de aposentadorias, pensões, pecúlios e auxílios.

Patrimônio para coberturados compromissos A 20.455

- Investimentos 19.661

- Contribuições a receber e outros ativos 904

- Outras obrigações -110

Fundos B -527

C = A + B 19.928

Compromissos com benefíciosjá concedidos* D -14.852

Disponível para benefícios a conceder* E = C + D 5.076

Compromissos com benefícios a conceder* -5.952

Resultado em 29/8/2003 -876

* Os benefícios incluem o pagamento de aposentadorias, pensões, pecúlios e auxílios.

Situação Patrimonial da PetrosAgosto/2003 (milhões de reais)

Descrição Valores

Investimentos da PetrosR$ 19,7 bilhões em Agosto de 2003

Renda VariávelInvestimentos ImobiliáriosProjetos de Infra-Estrutura

74,45%

5,19%

14,19%

Fundação investiuR$ 19,7 bilhões no mês;

desse total, 74,45%foram em renda fixa

Resumo dos númerosde agosto/2003

3,47%

2,70%

Renda Fixa

Operações com Participantes

Núm

eros

do

Mês

Outubro/2003 24 Dezembro/2003 19

Novembro/2003 25

Mês Data doCrédito

Mês Data doCrédito

Calendário de Pagamento de Benefícios Petros

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17revista PETROS

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sa G

ente

Quem gosta de Música PopularBrasileira (MPB) com qualidade temmais um bom motivo para conhecera região serrana do Rio de Janeiro:o projeto “Petrópolis em Serenata”,que resgata a obra de alguns dos mai-ores artistas do país em todos ostempos.

Idealizado pelo participanteCésar Olímpio Ribeiro Magalhães eo amigo José Lacerda, o projetocomeçou, em 2001, por ocasião doaniversário de Manuel Bandeira,que teve sua poesia musicada.Hoje, a Fundação de Cultura e Tu-rismo de Petrópolis também apóiaa iniciativa.

Sempre às quintas-feiras à noiteo grupo de 12 músicos, acompanha-dos de cavaquinho, bandolim, flau-ta e violão percorrem as ruas da ci-dade para apresentar as tradicionaisserenatas, que remetem a uma deli-ciosa viagem ao passado. “É um tra-balho de pesquisa que engloba todaa MPB, mas procuramos privilegiarcantores que a mídia esqueceu comoEvaldo Braga, um dos artistas ho-menageados”, diz César Olímpio.“Nosso objetivo é resgatar a verda-deira música brasileira.”

Durante as serenatas, os morado-res abrem as portas e os ouvidos aosversos e à riqueza melódica de com-positores como Lupicínio Rodrigues,Ary Barroso e Ataulfo Alves, e talen-tos como o poeta Castro Alves eCasimiro de Abreu e o escritorEuclides da Cunha. Quem viveu essesáureos tempos revive antigas lem-branças; quem não teve o prazer,pode apreciar pela primeira vez.

Em suas andanças, os seresteirospassam por comunidades carentes,

onde, segundo César Olímpio, esbar-ram com vários talentos. “Reputo serimportante a descoberta de valorescomo poetas, compositores, bonsmúsicos”, avalia. “As pessoas ofere-cem café, participam e se emocio-nam com a gente.” Nas apresenta-ções, os seresteiros cantam, recitampoesias e rendem homenagens aosmoradores que prestam algum tipode serviço em prol da comunidadeem que vivem.

O som do projeto “Petrópolisem Serenata” também ecoou bemnos ouvidos dos críticos especiali-zados, além do público. Atenden-do a uma série de convites, o gru-po fez apresentações históricas.Entre as tantas, destaque para a IBienal do Livro de Petrópolis e Re-gião Serrana, no Hotel Quitan-dinha, e as festividades pelo cen-tenário de Juscelino Kubitschek,celebrado em 2002. “Tive a honrade conhecê-lo antes de ser eleitopresidente da República.”

Além da música, o petroleiro

Seresta sobe a serra e trazde volta os bons tempos

seresteiro dedica-se ao ofício literá-rio. Declara ter inclinação para escre-ver sobre o negro no Brasil, tema como qual já foi agraciado com o diplomaMérito Zumbi, concedido pela OrdemInternacional das Ciências, das Artes,das Letras e da Cultura (DF).

É membro da Academia de LetrasRio Cidade Maravilhosa, no Rio, e daAcademia Petropolitana de PoesiaRaul de Leoni. Aos sábados e domin-gos, é um dos coordenadores do pro-grama que divulga a obra de poetasbrasileiros na Rádio Imperial. Esperapatrocínio para lançar o segundo CDcom poesias de sua lavra, desta vezem homenagem aos genitores. O pri-meiro foi produzido em 1998, sob otítulo Tributo às Mães.

César Olímpio ingressou noSistema Petrobras em 1976para trabalhar na antigaFabor, hoje Petroflex, e apo-sentou-se em 1992. É minei-ro de São Gonçalo do Sa-pucaí, casado e tem um casalde filhos.

César Olímpio (no detalhe), apresenta-se com o grupo sempre às quintas-feiras

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Sílvio Luiz Rocha*

Somos meio parecidos – emmaior ou menor grau – com DomQuixote, o sonhador de triste fi-gura que se batia em duelos con-tra adversários imaginários. Aoescrever os percalços do cavalei-ro andante, Cervantes acertoumuito, na realidade, escreveusobre todos nós . Qua l DomQuixote, somos sonhadores tam-bém, mesmo porque a realidadeanda sempre de braço dado como sonho. Nesse sentido, foram so-nhadores aqueles que, cinqüentaanos atrás, idealizaram e lutarampara criar uma empresa brasileirana área de petróleo, quando en-tão nasc ia a embr ioná r ia

Petrobras, uma realidade decinqüenta anos

Arti

go

Petrobras. Sem dúvida, um esfor-ço gigantesco que somente foipossível com o movimento deunião de um povo. A Petrobrasdeixava de ser apenas um sonhosem sentido, ou o delírio de ima-ginação de alguns pioneiros,para ir se consubstanciando pou-co a pouco numa realidade.

Ter cinqüenta anos de idadenão é pouca coisa não só para umapessoa, também para umacorporação, e muito mais para umaempresa que se originou primeirodo impulso e depois da ação devisionários, que viriam provar quetinham razão. E a Petrobras temmostrado ao longo desses anosque somos um povo com determi-

nação, temos dinamismoe capacidade, e os resul-tados disso são visíveis.A empresa, nascida deum sonho, hoje tem lu-gar garantido e é reco-nhecida no mundo. Foipreciso cinqüenta anos,cinqüenta anos que ates-tam a mais cabal matu-ridade.

É verdade que algunsforam contra àque laidéia e ainda hoje ou-tros tantos fazem opo-sição à figura da Petro-bras como empresa esta-

tal, ou seja, sendo uma socieda-de anônima, na qual a União – nocaso nós, o povo, a nação comoum todo – detém o controleacionário. Criticam seu princípiofundamental, o modo de organi-

zação, como é gerida e suas fina-lidades primárias. Mas que outrotipo de iniciativa se dedicaria,entre outras atividades, a levarder ivados de pet ró leo doOiapoque ao Chuí, de leste ao maisdistante rincão oeste do país, senão tivesse a natureza de estatale portanto sem estar empenhadanum basilar compromisso social?Além do custo e do lucro, essecompromisso nasceu dum movi-mento de toda a sociedade paracumprir também um papel de ca-ráter social dentro da nossa his-tória.

E essa história já faz cinqüen-ta anos.

Por isso, quando aquelas pri-meiras torres de prospecção foramerguidas, não eram moinhos con-tra os quais algum Dom Quixoteensandecido se digladiaria. Nãoeram alucinações provocadas porum estado febril, mas sim a certe-za ferrenha dos sonhos de muitos.É preciso lembrar o que começoucomo um sonho para não apagar-mos o passado e saber que o pre-sente é resultante dele. Talvez nãoseja o caso de se fazer mais umaestrondosa homenagem, porém ébom nunca esquecer que, mesmodepois de meio século, enquantoessa agora cinqüentenáriaPetrobras for nossa, o petróleotambém será nosso.

A Petrobrastem mostradoao longodesses anosque somos umpovo comdeterminação,temosdinamismo ecapacidade

*Aposentado da Petrobras comooperador de transferência e

estocagem, foi o vencedor doI Concurso de Contos da Petros

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19revista PETROS

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