Photographias, REVISTA DA SEMANAvistas instantâneas...

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*m REVISTA DA Photographias, vistas instantâneas, desenhos e earicaturoê. SEMANA Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL Redaotor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redaotor-ohefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Dlreotor-teohnloo, GASPAR DE SOUZA Anno II % DOMINGO, 27 DE OUTUBRO Kumcro: 3oo vzis ^BBBBBBBBBBflsllEBBBBB^a^BlStfBBMBB^BBBJxllt^^^^^ ^BVaVaVaVMaVaVavB^aVaVal^BiB^^BBBaVaB Baaa^B^BaVa^ffaVaVa^BaBWBfc^B^BaVlaVA^BaVaVa aSBbbÍ^BbIBbbVbVbIaVaP>^y,J bTIb^BbPe^^ BaVam^r^aVa^^^^^a^'"^^^Mp^lVa^^^r^ffraVa! 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Os seus conselhos eram sensatos, e írlo elevavam além das conveniências sociaes, da utilidade pessoal. Desejava que eu fosse feliz, mas pensava que eu podia sel-o sem a fé, de que sua educação a privara. Eu era um rapaz ardente, genioso, impaciente por sacudir o jugo, aspirando ent.io mais ao prazer do que á fortuna. A liberdade de aoçio de que eu dis- punha, a falta de crenças, os meus vinte annos deviam-me desviar com certeza para o caminho jorrado. Precipitei-me nelle. Sem consultar minha mãe, esque- cendo-me da palavra que dera a meu pae, comprometti-me a esposar uma moça bella e pobre... Ella acreditou-me e es- perou, mas, quando chegou o momento de fixar minha vida, quando vinte e cinco annos completei e mlle. Dufernois dè- zoito, minha mãe lembrou-me a ordem paterna. Pedi espera. Faltava-me coragem para dizer a uma pessoa que confiava em mim : Menti! sujeitando-me a ler-lhe o desprezo nos olhos... André Niçois estremeceu. Sim, isso era horrível, com effeito! disse o padre Sulpicio; mas não podia confessar tudo a_juia_mâe-2 RAOUL DE NAYERY(61) OS ÍDOLOS XII O BEZERRO DE OURO André Niçois parou, parecendo hesitar. O padre Sulpicio toniou-Hie a mão. ²Falle, se acha consolo em narrar-me sua vi- da, disse-lhe; sou seu amigo... ²Um amigo auslero, respondeu Niçois. 0 padre Sulpicio designou o crucifixo. ²Um confessor, se assim quer, disse-lhe. ²Ainda não! Sob qualquer titulo que seja, sei bem que posso contar com a sua discrição. Um aperto de mão do padre Sulpicio foi a sua única resposta. ²Eu era moço, continuou o banqueiro, no ardor da edade, no meio da borrasca de minha paixão; minha mãe era uma senhora honrada em toda a accepção da palavra; mas indilTcrente ás praticas da religião. Usava do nome de meu pae com respeito, mas não me ensinou o que ella pro- pria ignorava os princípios inflexíveis do dever Teria escarnecido de meus escru- pulos. Não julgando a minha falta de palavra pelo lado religioso, acharia a minha falta ligeira, e não teria piedade de minha hesitação em despedaçar o cò- ração da pobre menina a quem eu dis- será : « Serás minha mulher¦! » Por outra parte, a família Dufernois tratava-me como futuro genro; mlle. Coralia considerava-me, ha muito, como seu noivo. Achava-me amarrado pelos compro- missos de meu pae, minha situação na casa, as relações intimas de minha mãe com esses amigos. Sem a menor duvida, se eu tivesse confessado a verdade a Coralia Dufernois, o seu orgulho a impelliria a aconse- lhar-me que eu casasse com a pobre moça, a quem fizera uma promessa sagrada. E' porém necessário ser verdadeiro até o fim e desvendar, senão sem pejo, pelo menos som reslricções, as cobardias, as torpezas de meu miserável coração. Sen- tia que mlle. Dufernois, educada na idéa de tornar-se minha mulher, dedicava-me terno affecto, um pouco timidò, cheio de encantos^mysterio e poesia. NurfÉwr pensara que outro homem pudesse ter influencia em sua vida. Essa alma cândida comprazia-se fa- cilmente em obedecei á íamilia que lhe ordenara tomar-me por marido. Exter- liava-me sensível deterencia, nada fazia sem ouvir-me, sem tomar o meu conse- lho. A' medida que se approximava a época marcada para nosso casamento, ella se approximava mais de mim, e, com- tudo, ficava digna, calma e risonha. Sua belleza e distineção captivavam-me. Com- parava a linda e rica mlle. Dufernois com a humilde moça que me confiara o seu destino. Se, porém, estivesse livre, não teria hesitado. 0 coração conduzia-me de preferen- cia para aquella que recebera a minha primeira palavra; mas a razão, a so- ciedade, tudo o que me cercava impei- lia-me para mlle. Dufernois Exigiram que eu me explicasse. Marcaram termos; concordei em tudo, procurava uma razão plausi- vel que pudesse oppor ao que se esperava de mim : depois quando me vi compromettido de maneira que não podia mais olhar para traz, interroguei-me sobre o que aconteceria á outra. Ainda uma vez, o banqueiro parou, como que suflbcado pelo peso das recordações. Julgarse-ia, vendo o seu olhar fixado no vácuo, que elle comtemplava estranha visão provocada por suas próprias palavras._, Ha quanlo tempo! exclamou, hff quanto lempo!... E todavia, quando me lembro desses dias, parece-me que tudo aconteceu hontem... .

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REVISTA DAPhotographias, vistas instantâneas, desenhos e earicaturoê.

SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redaotor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redaotor-ohefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Dlreotor-teohnloo, GASPAR DE SOUZA

Anno II — % 7® DOMINGO, 27 DE OUTUBRO Kumcro: 3oo vzis

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O INVERNO NA FLORESTA

que firmam-se na observância dos Man-damontos Divinos. Os seus conselhoseram sensatos, e írlo sè elevavam alémdas conveniências sociaes, da utilidadepessoal. Desejava que eu fosse feliz, maspensava que eu podia sel-o sem a fé, deque sua educação a privara.

Eu era um rapaz ardente, genioso,impaciente por sacudir o jugo, aspirandoent.io mais ao prazer do que á fortuna.A liberdade de aoçio de que eu dis-punha, a falta de crenças, os meus vinteannos deviam-me desviar com certezapara o caminho jorrado. Precipitei-menelle. Sem consultar minha mãe, esque-cendo-me da palavra que dera a meupae, comprometti-me a esposar uma moçabella e pobre... Ella acreditou-me e es-perou, mas, quando chegou o momentode fixar minha vida, quando vinte e cincoannos completei e mlle. Dufernois dè-zoito, minha mãe lembrou-me a ordempaterna.

Pedi espera. Faltava-me coragempara dizer a uma pessoa que confiavaem mim : Menti! sujeitando-me a ler-lheo desprezo nos olhos...

André Niçois estremeceu.— Sim, isso era horrível, com effeito!

disse o padre Sulpicio; mas não podiaconfessar tudo a_juia_mâe-2

RAOUL DE NAYERY (61)

OS ÍDOLOSXII

O BEZERRO DE OURO

André Niçois parou, parecendo hesitar.O padre Sulpicio toniou-Hie a mão.Falle, se acha consolo em narrar-me sua vi-

da, disse-lhe; sou seu amigo...Um amigo auslero, respondeu Niçois.

0 padre Sulpicio designou o crucifixo.Um confessor, se assim quer, disse-lhe.Ainda não! Sob qualquer titulo que seja,

sei bem que posso contar com a sua discrição.Um aperto de mão do padre Sulpicio foi a sua

única resposta.Eu era moço, continuou o banqueiro, no

ardor da edade, no meio da borrasca de minhapaixão; minha mãe era uma senhora honrada emtoda a accepção da palavra; mas indilTcrente áspraticas da religião. Usava do nome de meu paecom respeito, mas não me ensinou o que ella pro-pria ignorava — os princípios inflexíveis do dever

— Teria escarnecido de meus escru-pulos. Não julgando a minha falta depalavra pelo lado religioso, acharia aminha falta ligeira, e não teria piedadede minha hesitação em despedaçar o cò-ração da pobre menina a quem eu dis-será : « Serás minha mulher¦! »

Por outra parte, a família Dufernoistratava-me como futuro genro; mlle.Coralia considerava-me, ha muito, comoseu noivo.

Achava-me amarrado pelos compro-missos de meu pae, minha situação nacasa, as relações intimas de minha mãecom esses amigos.

Sem a menor duvida, se eu tivesseconfessado a verdade a Coralia Dufernois,o seu orgulho a impelliria a aconse-lhar-me que eu casasse com a pobre moça,a quem fizera uma promessa sagrada. E'porém necessário ser verdadeiro até ofim e desvendar, senão sem pejo, pelomenos som reslricções, as cobardias, astorpezas de meu miserável coração. Sen-tia que mlle. Dufernois, educada na idéade tornar-se minha mulher, dedicava-meterno affecto, um pouco timidò, cheio deencantos^mysterio e poesia.

NurfÉwr pensara que outro homempudesse ter influencia em sua vida.

Essa alma cândida comprazia-se fa-cilmente em obedecei á íamilia que lheordenara tomar-me por marido. Exter-liava-me sensível deterencia, nada faziasem ouvir-me, sem tomar o meu conse-lho. A' medida que se approximava aépoca marcada para nosso casamento,ella se approximava mais de mim, e, com-tudo, ficava digna, calma e risonha. Suabelleza e distineção captivavam-me. Com-parava a linda e rica mlle. Dufernois coma humilde moça que me confiara o seudestino. Se, porém, estivesse livre, nãoteria hesitado.

0 coração conduzia-me de preferen-cia para aquella que recebera a minhaprimeira palavra; mas a razão, a so-ciedade, tudo o que me cercava impei-lia-me para mlle. Dufernois Exigiramque eu me explicasse. Marcaram termos;

concordei em tudo, procurava uma razão plausi-vel que pudesse oppor ao que se esperava de mim :depois quando me vi compromettido de maneiraque não podia mais olhar para traz, interroguei-mesobre o que aconteceria á outra.

Ainda uma vez, o banqueiro parou, como quesuflbcado pelo peso das recordações. Julgarse-ia,vendo o seu olhar fixado no vácuo, que ellecomtemplava estranha visão provocada por suaspróprias palavras. _,— Ha quanlo tempo! exclamou, hff quantolempo!... E todavia, quando me lembro dessesdias, parece-me que tudo aconteceu hontem...

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REVISTA DA SEMANA-Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

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Quando meu casamento se realisou pretexteiuma víágem, para explicar a minha ausência, edisse á misera abandonada que eu ficaria um rtièzfora de Paris.

Oito dias depois, tornára-me o marido de mije.Dufcrnois. Possuía minha mulher qualidades sufti-cientes para eu me áfíeiçóàr a ella ; desde o dia emque a ella me uni, pareceu-me que entrava em novaexistência. Disse a mim mesmo que, procedendodesta maneira, cumprira a regra do dever. Expellios remorsos que por vezes me perturbavam, inter-rogándo-me sobre se algum pensamento ambiciosonão motivara a apparente confiança daquella comquem não me importava mais. Não ora bastantetrahil-a : cheguei a calumnial-a. Foi mister que, aomenos nesse ponto, me considerasse vencido.

Quando minha primeira noiva soube que, adespeito de meus juramentos, acabava de casar-mecom míle. Duíèrnois, escreveu-me uma carta, emque transpirava o mais absoluto" perdão. Suppli-cava ao céo que não a vingasse, mas accrescentava :

(( Ferida no coração, não posso continuar aviver... Um Deus justo, que castiga todas as faltas,vos Cará expiar aquella de que vos tornastes cul-pado... Ah 1 a minha pena maior nesta hora é sa-ber que minha ternura não vos eximirá do castigo.»

Levou um anno a morrer...Pobre menina ! murmurou o padre Sulpicio.

Ai de mim! esta morte reavivou apenas aconsciência de meu erro. Esqueci a victima quar.dovi uma criança em meu lar. Este menino tornou-seminha alegria, minha felicidade, minha esperança !Dediquci-lne minha energia, minhas aptidões, meufuturo; senti que me tornava melhor junto do seuberço. Era um bello menino, branco como o leite,com olhos azues, suaves e puros. Seu cabello, decôr estranha* fulvo, seintillaftte, tornava mais ori-ginal a sua physionomia intelligente e bregeira.

A mãe era douda por elle.Até esse momento o gtéü desejo de fortuna fi-

cara moderado. 0 dote dè minha mulher, e o queeu tinha adquirido pareciá-me' sufficiente. Entre-

j*uei-me á felicidade da vida promettendo-me quemais tarde entraria nas aventuras da especulação.Tudo concorria para~adewneceJMnfijafiste encantog

ONCLE SAM —AUTOR

Raras vezes a lembrança da pobre finada saltava-meá memória, e, quando atravessava, não deixavavestígio de angustia. A felicidade traz comsigo es-tranha confiança! Dissera comtüdo a moça que ocastigo appareceria: fez-se esperar quatro annos.

0 banqueiro enxugou a testa coberta de suorfrio.

Coragem! Coragem 1 disse-lhe o Padre Sulpicio.— Nesse tempo, foi-me preciso fazer uma via-

gem á Áustria; devendo ella durar mais de trêssemanas, nào cuidei em levar minha mulher e meufilho. Estava em Vienna havia quinze dias quandorecebi uma carta desesperada -dé minha mulher.Continha estas palavras;

« Roubaram nosso filho!»,..Se o raio me cahisse sobre a cabeça não me

sentiria mais espavorido, mais aniquilado. Tinhamroubado nosso filho! Quem? Para que?

Corri para Paris, louco de dôr; interrogueiminha mulher, ella nada sabia! nada! Duranteminha ausência entrara nova criada em serviço, e,quatro dias depois, o menino desapparecêra, du-rante um passeio.

A criada, receiosa da cólera, das lagrimas, dasreprehensões, de minha mulher, nào tornara acasa. Uma queixa apresentada ao commissario depolicia,Jel-a encontrar. Ella cahiu cie joelhos, cho-rou, soluçou. Era sincera! Eis o que se tinha pas-sado: Mandada ás Tulherias^joara passear o me-nino, tinha, vencida pelas suas instâncias, através-sado a parte dos Campos Elysios, onde os theatrosde bonecos attrahem os espectadores da edade domeu filho.

Um poviléo números d cercava a barraca; omenino brincando, levantava o panno, procurandopenetrar o segredo dos bastidores desses actoresde páo, e a ama ria-se muito da esperteza; subita-mente, no fim da representação, operou-se grandemovimento no povo ;as crianças gritavam,algumasmães assustaram-se. Seguiu-se grande confusão, e,quando a criada procurou o menino confiado aseus cuidados, hão o encontrou. Em vão o chamoue correu, perguntou a todos; ninguém viu meu fi-Iho. Ernquanto ella perdia as suas passadas, o di-rector do espetáculo ambulante enrolara o panno,arrancara as estacas, e director e machinas ti-nham-se evaporado, e a rapariga nem pôde maisreconhecer o logar em que três horas antes brin-cava com o meu Roçerio. Enchi os jornaes de pro-mossas, de avisos; hz publicar os signaesdo meni-no, descrevi a sua roupa, foram esforços inúteis;vã esperança! o menino nào voltou mais.

Meu Deus! Meu Deus! disse-me um dia mi-nha mulher, entretanto não fizemos mal a ninguém!

Então, recordei-me.A perda do menino era o castigo de Deus.

Esta idéa, perguntou o padre Sulpicio, nàolhe inspirou o arrependimento?

Não, disse André Niçois, a minha dôr foiselvagem, bravia e egoísta.

Em logar de tornar-me melhor, endureceu-me!Infeliz! murmurou o padre.Blasphemei de Deus, que castigava uma mu-

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Que diabo está você ahi a fazer em cima do muro, a estas horas da noite ? Quem é você ?Sou o tutor, meu amigo, o seu tutor nomeado... por Christovão Colombo, você sabe...

lher e uma criança innocentes de meu crime. Nemmesmo me quiz reconhecer culpado. Repetia ossophismas, com que os rapazes levianos se absól-vem das cruéis faltas de seu procedimento. Compa-rei minha vida transtornada á sua fácil existência,e clamei a Deus que elle nào era justo. Esperava,mas em vào, que um áuginho suavisaria a perda deRogério: este desejo nào foi satisfeito.

Ficamos sós, minha mulher e eu, com a aífiirctiva recordação do menino desapparecido. Acon-teceu-me, por vezes, seguir por entre o povo algunspequenos mendigos, que julgava parecerem-se commeu filho. Fazia parar os vagabundos,os saltimban-cos, que traziam comsigo pequenos miseráveis aquem ensinavam o seu desgraçado officio. Inter-rogava-os como se elles podessem dar-me noticiasde meu filho. Tive crises de desespero, durante asquaes rasguei o peito com as unhas, e em seguidachorava e soluçava como uma mulher. Aconteceu-me mais de uma vez, nas explosões de meu pezar,revelar, senáo a verdade, ao menos parte da verda-de, á minha companheira. Ella adivinhou o resto.

Lentamente, e de maneira progressiva, foi-seretirando de mim. Sentia desprender-se de minhavida, como uma flor queimada abandona a hasteque a sustentava. Dedicou-me uma espécie de ódiosurdo. Accusava-me, no intimo do coração, de sera causa do" seu infortúnio. 0 amor pelo meninoroubado venceu a ternura que me dedicava. Lem-brou-se de meus adiamentos, na época do casa-mento, da inquietação de que então averiguara acausa, e que ella reconhecia, apezar dos meus es-forços para dissimulal-a. Cessei de ter uma companheira, uma esposa, uma amiga.

Mme. Niçois continuou a ser o modelo das es-posas, o seu procedimento está fora de qualquercensura, mas nào foi mais para mim do que umasombra silenciosa, assistindo á minha vida, sem apartilhar. Tentei inúteis esforços para a prender denovo a mim. Naufraguei. 0 orgulho impediu-moque continuasse a insistir, e achei-me só, inteira-mente só.

E mesmo então, perguntou Sulpicio, nàosentiu necessidade de Deus?

Data dessa époea o meu afan pela riqueza,

respondeu o banqueiro. Não podendo aspirar áfelicidade, lembrei-me dos conselhos de meu pae;esquecidos nos tempos felizes; disse a mim próprioque tudo neste mundo é falso: a ternura da mulher,as alegrias que o filho promette, e que só a ambi-ção da riqueza é que cumpria o que promettia. O1ouro torna influente, o puro compra as dignidadesque o homem não soube adquirir. 0 ouro abre to-das as portas, triumpha de todas as di!faculdades,,tudo despedaça diante do seu poder! 0 ouro tornacelebre, porque o luxo, em Paris, é uma celebri-dade. Um banqueiro que realisou um empréstimopara o seu governo, é feito barío quando deseja eallia-se ás famílias de príncipes. 0 homem bastán-te rico para ter o capricho de possuir um jornal,,torna-se uma potência; os ministros o adulam, acorte faz-lhe comprimentos ; os autores comparam-no a Mecenas, pedindo-lhe espaço para o seu ulti-mo romance. Tudo quanto a arte produz de bello,tudo quanto fantasia a imaginação, pertence-lhe selhe apraz. Faz brotar palacetes de mármore n'estecentro de Paris, e acha na sua estufa flores de to-dos os paizes do globo Ser rico em Paris, é o pri-meiro dos poderios. Desde o dia em que isto com-

•ehendi, disse a mim mesmo: Serei rico!P«nasPor mais audácia que eu empregasse

emprezas, o êxito quasi sempre as coroou.Embaraços passageiros atrapalharam-me, mas

os resultados definitivos ultrapassaram sempre asminhas esperanças!

Dei muitas batalhas, sem que até agora achas-se o meu Waterloo financeiro! Cita-se o meu nomeao lado dos mais iIlustres entre os financeiros o es-se ouro, de que tive tanta sede, possuo agjora aponto de n/io saber em que cmpregal-o.

Acha na possedelle as alegrias queesperava ?.lá liquei indifferenle á Satisfação de saber

que sou rico, respondeu o banqueiro, mas hão áorgulhosa comparação que poderei fazer, entre aminha situação e a daquelles a que tudo falta.

Portanlo, disse o padre Sulpicio, confessaque o amor do ouro foi-lhe funesto? Melhor Serialer menos valores dentro de seus colres, e maissanta piedade no fundo dó coração.

Ter piedade de alguém, eu!

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EÊÈ REVISTA DA SEMANA —Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

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0 cego — Anda lá, seu maroto! Eu já soube quevocê anda fazendo seu pé de alferes á menina do bar-beiro defronte... Pois é muito máo gosto...0 perneta— E vocô? Pensa que eu não sei queanda piscando o olho para a moça da quitanda? Poistambém é máo gosto..._ 0 cego — Questão de ponto dè vista; e eu, emc^n^UTstas4enho_.oj]lo ladino. í

0 perneta — Orã7~vocé~náp se enxerga ! A quererpassár-me a perna!...

E porque não, meu amigo?Porque ninguém-soffreu o que eu soffri.Esqueceu, perguntou o padre, levantando-

se, qual a provação, que nos colloca neste momen-to, a mim e Sabina,-aos pés-do crucifixo ?•

Não, disse /André Niçois, não tem duvida,mas meu ®lí^|pá^íifô! Lastimam uni irmão;não um tilho.. • M>^k

Senhor, dis^e o padre Sulpicio, lamentamos,com esse irmão, victima de um deplorável engano,a perda da honra de nossa família, e Deus sabe cman-to ella nos écara! Lamentamos,'pois os soffrimen-tos de Sabina nos são communs, a perda de uma ai-liança abençoada por meu pae.Que diz? Mlle. Sabina não casa com o sr.Fougerais?

Ella não pôde mais casar, senhor, e eu a ap-provo. Eu a approvo para que ella não leve no do-te a um honrado rapaz a nossa vergonha immere-cida. Lastimo, porém, porque duvklo que o espi-rito de Benedicto tenha tempera bastante para re-sistir a esta provação. Julgue qual não será a amar-gura de ambos, se essa nobre intélligencia perdero sentimento do bello, do bom e do verdadeiro! SeBenedicto, cessando de ser o artista christão quetanto estimamos, for lançado, em conseqüência denossas próprias desgraças, em um abysmo de quenão o poderemos arrancar.

Tudo isso é horroroso! disse André Niçois,e não amaldiçoa a máo que o fere?

Nós a adoramos, apezar de seus rigores.O que espera, pois?Que tudo se esclareça, í^este mundo.E se nunca se esclarecesse, se, como Lesur-

quês, seu irmão morresse, sem lhe ser reconhecidaa innocencia?

Esperarei lá em cima por essa justiça! disseo padre, designando o céo.

Lá em cima ! voltou o banqueiro, está o ar,a atmosphera povoada de astros, que nunca pode-remos contar, e eis tudo. Não acredite na outra vida.

Ahi está porque não pode ser consolado.Acredite-me; não ha soffrimento por mais duro queseja que a fé não possa alliviar. Para o christão, osepulchro é um berço. Quando ajoelhamos sobreuma cova, veneramos os restos mortaes de umacreatura feita á imagem de Deus, mas os nossosolhos seguem-n'a em um mundo em que tudo éeterno e puro, e a certeza de sua alegria suavisaa aspereza de nossas lagrimas. Se reconhecendo amão que o feriu, se tivesse curvado, humilhado, an-nullado diante da justiça divina, se tivesse choradosua falta em vez de a amaldiçoar, teria soffrido me-nos, eu lhe asseguro. E, se, em nome do filho queprantea, tivesse soccorrido a desgraça, protegidoas mães pobres, acolhido os orphãos, quem lhe dizque não teria desarmado a Deus, e que elle não oqcvòlyéria esse Rogério, cujo nome ainda faz cor-rer o seu pranto? Julga-se no fundo de um abysmode desespero, e todavia ignora se o céu o julgabastante punido. (Continua).

CAIPORISMOSinto não poder aüendel-o. Vir aqui, sem ser ao

menos meu conhecido, e pedir dinheiro emprestado, com-prehende que...Cada vez comprehendo menos este mundo ! 0 se-nhor recusa emprestar o cobre porque me não conhece, eoutras pessoas recusam porque... me" conhecem — Ora,compréhenda-se uma cousa destas !...r RECREAÇÕES

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Da charada'telegraphica, Almirante; dá charadanovíssima, Algarrobalo; e da charada sentenciosa,Amor pàlreiro,-sempre covarde.

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Para hoje apresentamos: ,'CHARADA DECRESCENTE POR SYLLABAS (Peru)

Preparei uma... e fiz certa... que... vale e quenos... vigor bastante.

enigma (Sancho Pança)H

CHAcharada invertida (Madrileno)

2 —Faço escarneo do typo que mendiga trabalho.~~TORNIQUETE

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 61 .,A lettra M.

PROBLEMA N. 62Qual é o animal que os caçadores levam ao hom-

bro, quando vão caçar ?Archimedes Júnior.

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REVISTA DA SEMANA1TÜ viEdição semanal «lustrada do JORNAL DO BRASIL

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Arino II --N. 76 DOMINGO, 27 DE OUTUBRO Kumcro : 3oo réis

** AS LUVAS NO EXERCITO ^éé^f^00^^^^^^yr-^T" Paris. 2S. - O general An- ""^

^^^"^^*0~1Hr-——-^L L J dré, ministro da guerra, está __ ^0^*^ -~ i '-—^^

"Boa iDEA'30A «DEAl 5eto lu^S.esfe-^ ^a^ ^fe^.

' BV^B^^PlV-*' 1 e***a 5nVwl ^^T %fSv_ (o« iW **• IWK")

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SwmwkW^wiNW^^——^^s^ajKãasaaaai^^

626 - N. 76 REVISTA DA SEMANA 27 de Outubro de 1901

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Sm dias da semana passada, ahi pelas cinco horasda tarde, o sr. Cicero Heredia, ex-supi)lente de delega- *«do, procurou o dr. Enéas Ferraz, Io delegado auxiliar,( ueixando-se de que ura seu amigo, de nome Bastos, ban-queiro do jogo dos bichos, estabelecido^ rua do Lavra*cliè; antigo Frontão Veloçipediçp* se achava ameaçado .< e morte por diversos indivíduos que diziam ter ganhoum conto quatrocentos e sessenta mil reis na centena docavallo. ,. . ... •'*" A"aütoridáde, claro está, ouviu serenamente o quei*xoso, no que já lhe fez grande favor e, em seguida, man^dou-o pregar a outra freguezia.

Mas pelo simples facto da queixa poderão os leitoresfazer uma leve idéa da competência moral e nroíissi-onal dos funccionarios policiaes desta abençoada Gua-nabara, dos cidadãos a quem a lei confia a inviolabili-dade das nossas fechaduras, o socego das nossas casas,á repressão e prevenção dos del.icj;0s> Porque o sr. Li-cero Heredia, reparem bem, já foi autoridade, ia tevea faca e o queijo na mão, já pôde multar e prender, es-bordoar e tudo isto elle fez e tudo isto elle deixou defazer no dia em que foi demittido sem que, durante esseintervallo, conseguisse aprender esta cousa tão simvpies: que o jogo dos^bicnos era uma instituição proni-

Òra, como durante o tempo em que o sr. CiceroéYereeu-as suas nobres funcções já existia e prosperavaessa engenhosa maneira de limpar as algibeiras da liu-manidade e de certo o seu amigo Bastos ja abraçara acarreira que ora lhe trouxe tão fundos dissabores, cal-,culem os leitores como não teria sido severa a policia-da repressão do jogo na circumscripção do sr. Cícero,principalmente quando se tratasse de proferir a ultimapalavra entre a inquebrantavel probidade do bicheiroda rua do Lavradio e os herdeiros do cavallo na respe-ctiva centena. ..•'

Mas a ignorância do sr. Cícero ia mais longe. Paiaelle, o ioeo do bicho, longe de ser prohibido era umainstituição respeitável, digna de todo o amparo da lei.Emquanto autoridade policial garantiu-o com todo o

DR. JOÃO BAPTISTA LÁPER

prestigio da sua investidura, com os argumentos con-vincentes do refle e da solitária; agora,deposto,inerme,simples cidadão como qualquer de nós, vinha queixar-seaos seqs suecessores, cheio de justiça, profundamenteindignado, por si e pelo amigo Bastos —:«Uma indi-

gnidade, senhor dr. delegado, u%W»gftedade O Bastos é homem de bem ás 4#ita& Conheço-ocnmÁ os meus ;dedos..E' incapaz d$ faltai a um com-promisso ^ honra, tfem o bícho Híè dá lucro. Atéperde. Mas para elle é uma questão de brio, um meio

e demonstrar a esta terra o muito amor que lhe tem.Se o cavallo tivesse dado elle seria o primeiro a hon-rar-lhe o saque, a fazer bòa a assignatura do nobre ani-mal. Mas o cavallo não deu^omo posso provar a y. s,.Tenho aqui a estâtisticâJ oígariísada Pe a Câmara Com-mercialc os.Bicheiros. Mande v.. s. intimar o cavallo aComparecer nesta delegacia e tomar por.termo as suasdeclarações; elle confirmará asminhaS-/im/ mi porSm Sm. Ouè pena que y, s. não conheça o Bastos!...Um homem mano, aiíavel, generoso:.. Só mesmo naoconhecendo o Bastos...» n-

Ah amigo* meus, que se soubesseis como os Cice-ros pullulani nesta singular Sebastianopolis e a queMimazarandam ^^^M^ÇgS^P^dade de nós todos quantos* habitamos! Então dos po-bres, dos humildes, dos que não possuem o mágicoelixir que faz calar os escrúpulos..,nem fallemos. Se-na um nunca acabar de Hniquidades, um vergonhosoestendal de misérias. A. rio ssá'policia, caros leitores,pode gabar-se de não ter rival no mundo civilisado. Hapeiór, ha melhor, não ha nenhuma egual.

E nós que a ature... como dizia o caipira.../ Jacques llonhomnie

As officinas graphicas-do Jornal do Brasil^k rua doLavradio n. 150, onde é também impressa a Revista daSemana, passaram por um importantíssimo melhora-mentó, qual o da installação da secção lytographica, commachinismos Marinoni.os mais modernos e aperfeiçoa-

Com este tão titií acerescimo nessas officinasacham-se ellas habilitadas, a incumbir-se de todo equalquer trabalho lytográphico, como cartazes, annun-cios, progranimas etc; a uma ou mais cores, executadoscom a maior nitidez. ...

No gênero acreditamos serem, essas oflicinas asmais bem installadás e completas que aqui existem,antas por isso a desempenhar-se^ de todo e qualquertrabalho, alliando a perfeição á modicidade nos preços.

CHRONICA DA ELEGÂNCIAvwvw%

Paris, 28 de setembí^óde^pX

visitadjJÍicoiá^:ir^n:évisTad armada, as%,

-Tn^nóbrãsde Reíms e as festas de Compiègne,oecuparam durante quasi todo o mez a attençãodos parisienses, que se mostram idolatras pela alli-anca franco-rússa, como uma sólida garantia depaz e de tranquillidade.

Não cabe aqui tratar daquellas solemnidadese me limitarei a citar algumas toilettes das recepçõesde gala que se realisaram em Dunkerque e Çoni

E' preciso notar que sendo a Tzanna a pauto,*?nada pelo branco e cores claras, muito^natúrãlimente todas as senhoras encarregadas dê fazér-lheas honras na França procuraram seguir essa ineli-nacAo. ' "* *'

Mrhe. Loubet apresentou seis riquíssimos ves-

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tidos, sendo três de gala etrês de passeio.

^DaqueUe^ip_primeiro

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^flwfíIT''»;;:

é une robe prfncêssèéfrbro^carl blanc, de Lyon, de ex-traordinaria riqueza. Elleesi.relevée de pailletles,avec un semis de roses oVor;pailletles et roses brodées alamain. Le corsage est dra-pé avec point d'Alençonverdadeiro, comprado: naExposição. Só a confecçãodos bordados occupóu de-peseis operárias durante«sèiá- diáiedüáè noites.

A èegühda; é une robede salin blanc coupé :dequilles de mousseline, bro-dées de chenille vertpàle etpailleltes d'or. Co*fcS'&géLouis XV.

A terceira, robe Pompadour fond blanc avechorlensias violeis, garniture d'Alençon; corsagedrapé et gàrni egalement tfAlençon et tfane güirlanded'horlensias. .";. ;.'"'"'"'"¦'¦/• .

Das loiieffêS tie ville, uma (que o desenho acimarepresenta), <é en drap noir orne de bandes piquées.Corsage veste cerne de bandes au bord et ouverl de-vani sur un petil tjilet bleu turqiioise Ires pâle, ga-lonnè de tresses noires, fixées par de pelits boulonsd'or êntàiílés bleu et noir. Manches a poignets blèixxraijés de Irèssesi Tour de cou en gaze brochéedepois de velours. Ghapeau garni de plumes et dUmedemicouronne de roses de velours a feuillagejasmin:

O segundo é en peau de soie, gris-fonçe^ avecdes broderies anglaises.

O terceiro en drap belge, garni de dentelle fine.A segunda Figura representa duas lindas toilet-

tes apresentadas pelas gentis filhas de uma das au-toridades municipaes dé Gompiègne.—

Robe en mousseline dê soie; le bas de Ia jupe^incruste dé bandes de guipure reproduites sur lecorsaqe. Celui-ci estdecolldralufü^qnLouis XVren pointe par devanl. Tricorne de lulle, qm relemlinchou de velours noir. Orne d? une aigrette vibrante..

Robe en dentelle transparentée de rose. Epaulet-tes de rubans comete de velours noir; boufflant enmousseline de soie. Capellinede talle noir, ornèe deplumes bhhches.

Para terminar, uma toilette de gala de Mme..Deschaüek? / %\ ,,..,,* Rotie de mousseline blanche, incruslee dedentellede Liion, rebordée de grosses roses de mousseline desoie. Corsage-blouse formant bolero paillete e releved\in superbe nosud de velours noir sur le cote.

Colinette.

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MODAS DA SEMANA — Últimos figurinos

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27 de Outubro de 1901 REVISTA DA SEMANA 627 — N. 76-BBBBPi

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Fachada do palácio do governou ESTAfiO^Xy MARANIíAO Salâò nobrê^dí) palsacio tio governo.

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ESTADO DE MINAS GEttAES —- Vista da cidade de Campanha, mandada reproduzir pelo sr. Bernardo Saturnino da Veiga.

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Villa Ipanema. RIO DE JANEIRO Estação das Paineiras.

OS THEATROSw\/^\^w^^

^esta semana deve-se registrar, no Theatro SantaAnna a reappariçâo do velho drama de D'Ennery,As Duas Orphãs, que a companhia Dias Braga repre-senta, cremos que desde que o velho e distinclo actorse fez emprezario, ha vinte annos, sempre com grandeagrado das platéas do norte ao sul do paiz.Brevemente, neste mesmo theatro, teremos oceasiâode assistir á representação do drama de Eduardo Vic-torino, Pedro Alvares Cabral, representado com grandesuecesso na Bahia,onde pela primeira vez foi ouvido eem lodo o norte.

E' peça nova para nós e é anciosamente esperadaporque lelembra o facto da descoberta deste paiz.

Na terça-feira representou-se, no Recreio, A Pérola,drama do illustre escriptor portuguez Marccllino Mes-quila, que levantou grande polemica, por haver sidorejeitado no Theatro Normal de Lisboa, obtendo porisso e porque é um trabalho de litleratura dramáticade grande valor, um exilo enorme quando se repre-sentou no theatro Príncipe Real.

Agradou bastante entre nós e Çinira Polônio, quedesempenhou a protogonisla,papel cheio de lances e dedifficil interpretação, destacou-se notavelmente, sendoalvo de justas e ruidosas manifestações de applausos.

Cinira revelou nesta peça, em que já o publico deLisboa a consagrou, uma modalidade nova cio seu ta-lento, fazendo primorosamente esse personagem, ro-mantico, apaixonado e trágico, no gênero da Dama dasCamelias.Os demais artistas deram um conjunclo muito ra-.zoav.el, apesar de, cm sua maioria, não se acharem ha-

bituados ao gênero drama e alta comedia,bascs em queassenta a formosa peça de Marcellino Mesquita.Cinira Polônio, que é considerada em Lisboa

como a actriz que melhoi sabe trajar, apresentou magnifícas toiletles.

No theatro Apollo tivemos a reprise do Barba Azul,em que muito brilharam Palmyra Bastos, Alfredo Car-valho. Corrêa e Gomes.

O Moulin fíouge e a Guarda Velha continuam varian-do diariamente os seus programmas, attrahindo porisso grande concurrencia. f •

XADREZPor motivo de força maior fomos obrigados, á

ultima hora, a retirar esta apreciada secçâo donosso collaborador Heibas.

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630 - N. 76 REVISTA DA SEMANA 27 de Outubro de 1901

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O MISERÁVEL PRINCIPAES CONGREGAÇÕES RELIGIOSAS DA FRANÇA•s/^v/v/s/\/s

Gaminha, miserável, mostra essa roupa maltra-

pilha aos olhos dos transeuntes; vae, quasidescalço, sobre essas pedras; leva esse olhartristanho voltado constantemente para o solo,para não vere.s o tédio que a humanidade té com-sagra! ;tr. :..\ f**' ,¦ • • f^r

A pallidez profunda do teu rosto tèm umafeição característica, ao lado dos compridos ca-bellos que escondem a gola do teu esfarrapado eimmundo casaco!...

IE elle caminha^' somente parando para apanharalguma ponta de charuto lançada junto á sargétà,ou algum pedaço de cigarro, arremessado a esmopor quem já saciou as exigências do vicio. „, ,,

O sol inclemente dardèja raios arrasadoressobre a sua cabeça, fazendo-a rescaldar. Se nà"0 ' éo fogo solar são grossas bategas de chuva que lhe

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Filhl-DamadaAssumpção,2-Irmãsinha da Assumpção, 3-Agustmha da Misericórdia^-BençgoUna.a do Bom-Pastor/6-Irmã do Bom-Soccorro, ? -Carmelita,,8-{^^^S^1

rança. 11 - Congregação de Nossa Senhora, 12-lrmasinfta aos poDres,Lspe-

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lS-Irmã da Anresentacão dê Toúrs, 14-Irmã da Providencia, 15-Dama auxiliadora das almas doPurgatório^má?^Ía^»^»^fe^^ sabedoria, 18-Irmã da Santa Famna, 19-Irmã de S.Purgatório, ib H^^^fftfyj 20-Dama de S. Mau*, 21-Irmãs cegas de S. Paulo, 22-Irmãde S.Paulo de Chartres, 23- ímã de S. Vicente de -Paula, 24 - Dama da Visitação (Visitandina), 2o- Ursuhna

encharcam as roupas, sem que a friagem da aguão desperte do torpor da miséria. .

Quandoâ fome de hohtem ainda hoje faz exi-gencias^e-,"qtrasi^sém faltar, estende a;-mão im-^míhdae balbucia surdamente o pedido de umamoeda. Não lha dão e nem respondem ao seuinteresse de matar a fome! Em paga desse g-ros-seiro silencio elle nada diz e continua a caminhar,—sempre a caminhar.

A' beira das praias, nas horas de varredurasdos mercados lá vae 0 miserável descobrir algumfructo apodrecido, algum resto de pão abandonadopelos cães, talvez mais felizes do que elle. Se nadaencontra alli se demora alguns minutos e, em-quanto parece medir a immensidade do mar, umriso ligeiro, muito ligeiro, lhe entreabre os lábioslividos como se fossem de um cadáver.

A's vezes a garotada inconsciente o apupa; é

ondez da miséria, a elle, desgraçado por nao con-serval-a ainda nesta vida para lhe pedir o coraçãoonde podia afogar o.pranto da sua alma torturada!

Quando as egréjas badalam otoquedeAueMaria sempre um tremor profundo lhe perpassapeio corpo, augmentando o seu cruel desespero.

E' a idéia da noite que como um ferro íftcan-descehte lhe escalda o cèrebfo. í; ^:^

A noite! <.„... J vA noite, que lhe prepara a solidão tal como ò

dia lhe nega o alimento! A noite,'que lhe tortura osoffrimento, que lhe aviva na imaginação idéiasterríveis!

A noite, qúe o vae arrastar no caminhar cons-tante do dia ou arrastaí-o para detraz de algumentulho afim de occultamente dar-lhe alguns mo-mentos de somno;—a noite ahi vem, alongando oseu manto ennegrecido como um fantasma sobrea sua cabeça!

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38-Irmão Marianita, 39-Irmãosinho de Maria, 40-Marista, 41-Sociedade das missões extrangeiras, 42 - PadreBranco, 43- Sulpiciano, 44-Padre do Espirito Santo e do Sagrado Coração de Mana,

45-Trappista, 46-Barnabita, 47-Eudista, 48-Oratoriano, 49-Redemptorista, 50-Irmão de b. João de Deus.

então de ver acalma do seu espirito. Sentado nariba do lagedo ou encostado na quina da rua ahisupporta o vozeai tremendo dos vagabundos quelhe atiram os mais indeCorosos nomes. Calmo,apanha detraz da orelha a ponta de um charuto ouum mirrado cigarro efita o grupo que se diverteem frente á sua miséria! Não é raro supplicar aesses mesmos que o enxovalham a dádiva de umphosphoro ou o morrão do cigarro; se lh'o dãoagradece mais com um meneio de cabeça do quecom palavras; se lh'o negam encolhe os hombrose diverte-se torcendo a mortalha que encobre ospoucos fragmentos do fumo.

Tem certeza de ser um miserável, um des-graçado que vive sem saber porque e nem paraque. A sua sorte é essa— vagar a esmo, abafar afome com o silencio, suppor-se aquecido pelosrigores do inverno e nâo ter um só ente no mundocom quem desabafe as suas afcruras.

Se entra em um templo—vasio ás vezes—o

Íruarda o observa com olhar provocador e imner-

ínente, receioso de algum furto; se o templo é

26-Dama do Calvário, 27-Dama de Sião, 28 - Assumpcionista, 29-Benedictino^-^^°^1^^^32-Cisterciense, 33-Dominicano, 34-Irmão das Escolas Chnstas, 3o-Franciscano, 36-Jesuita, 37-Lazansta

Não ter ura lar para buscar, ao approximar danoite; errar pelos caminhos sombrios como oscães vagabundos que farejam os montes iie lixo;dizer que o tecto que resguarda do inverno, dastempestades, do orvalhoc o tecto celeste ora reca-mado de estreitos, ora iracundo, negro, apagadode luzes, ora chispando fachas que produzem otrovão; dizer que o tecto que agasalha as lagrimas,que testemunha os risos é esse que cobre às ar-vores, os mares, as serranias longínquas, tudoemfim;—éter a certeza profunda da verdade damiséria, é conservar o ferro em braza chiando nascarnes, desgraçado atirado ao mundo pelo ca-pricho de um destino malvado.

De que serve a luz poética, cheia de encantos,suave, faceira da rainha da noite, se muda, exta-tica, longínqua serve somente para fazer chorar aalma dos infelizes!

De que servem os diamantes engastados naabobada celeste, brilhando em constante luzir, seelles não passam de impertinentes testemunhas damiséria atroz que o homem carrega como a suaprópria sombra?

Não ter um tecto!•• • • • • • " •

Caminha desgraçado! Caminha a noite inteiraiArrasta-te por cima do entulho se queres alimentaro teu corpo com alguns momentos de somno! Ca-minha, misero dos míseros! ¥ae adiante! Adiante!Mais adiante ainda! E quando a noite pender nosquatro pontos o seu manto pesado, escuro comoa escuridão da tua sorte, ajoelha-te, desgraçado,ergue as mãos para esse ceu de luzes e exclama:

— Senhor! Senhor! Tenho fome mas o meusomno é maior que a minha fome! Dá-me o teumanto, Senhor, para nelle eu repousar de vez!Dá-me o somno eterno, Senhor, porque eu precisodormir e uma cova, Senhor, é sempre um leitoe a terra sobre o corpo é sempre um tecto!

•Julio Peixoto.

cheio de fieis todos se afastam, ainda suppondo-oumratoneiro ou enojados de tanta immundicie!

Jamais ora em taes occasiões; e como fazel-ose não se recorda de uma só das orações que asua velha mãe lhe ensinou quando criança ? O seuúnico empenho é ter energia para lutar com afome que o atormenta, que se vinga em enfra-quecel-o, cada dia a mais, incitando-o a furtar, aferir e a matar. O corpo quer sustento, não cogitase a sorte de uns é moldada no cadinho da mise-ria e se a de outros no padrão da opulencia; todossão obrigados a saciar a fome quando ella ordena,quando exige, urge pois satisfazel-a. E o miserável,que até então nunca roubou, nunca feriu, nuncamatou, estremece diante o conselho infame que adesgraça lhe dá de se tornar um ladrão, de seconsiderar um assassino!

A's vezes, lagrimas sobre lagrimas corremligeiras sobre as faces tisnadas do infeliz; ao en-xugar os olhos com as costas da mão ou com amanga do immundo casaco, recorda-se sempre dasua velha mãe, feliz por nâo vel-o assim na hedi-

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AS NOSSAS GRA1RASActualldadc brasi-

leira —Manifestação aoconego LüizAntoni,o Esco-bar de Araújo-Forajíi^verdadeiramente pumplüQ*-.'sas as manifestações deapreço e estima feitas pêlosamigos e admiradores dorvm. conego Luiz An tomoEscobar de Araújo, viga-rio; da freguezia de >.Christovãò, no dia 12 docorrente, data era que eom-píetou 50 annos de sacer-dócio. ,

; . Nesse dia houve umaverdadeira romaria á casadp; venerando sacerdoteiiido comprimental-o,mui-tas das irmandadps èxis-tentes naquella freguezia^e grande numero de fa-milias. ']¦.: ¦

. Obtendo o Io logar.noconcurso para o cargo devigário da:fregüézia^e^FChristóvâo foi pára elle.nõ-meado em 1857, cargo queaté hoje exerce, j @P|í '

Grandes têm sido os-serviços pelo conégo Esco-bar prestados á sua fregue-zia, entre elles o vastotemplo que serve hoje dematriz, construído a seusesforços e com o auxiliode seus parochianos ecujo custo foi superior aduzentos contos de reis.

Além de sacerdoteillustre é o conego Esco-bar orador eximio, tendo apalavra fácil e vibrante.

No regimem passadofoi pelo governo agraciadocom o gráo de cavalleiroda Ordem de Christo.

OS DIAMANTES

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-^^ chrwOTâ0'

l o grau uc uovancuu ..... j in

O actuai ArceDispu uu iviu uv «„..^?y, n_^._^--dar-lhe uma prova do merecido apreço em que sao ti-dos os serviços por elle prestados á Egreja Cathoiicaag?acfouTno anno corrente com as honras de Conegoda (Nohd?arai2

do corrente as irmandades e os amigosque o foram comprimentar, incorporados> trouxeram -no

2 matriz onde assistiu á missa solene canada peloseu coadiuctor, commendador padre João Gomes, aco-lvtado pelos revms. Joaquim Pinto e Francisco Agneto,WÊMoWmms de ceremonias o. padre ^onymoe coronel Gôlbnna, além dos revms. conego Salles e

^^ocahte allòcuçio, da tribuna sagradap^onse^nhór iàberlò Gonçalves, em nome do clero e dos paro-SwiiiJ manifestado, què também recebeuvários mimòs de irmandadese ÇdmiMjlPjgBj^ .

A photographia que publicamos foi tirada á saüiü9do prestito do templo. :,

Estado de Minas Geraes, Vista da cidade de Gam-panha--E' uma das melhores estações climáticas deMinEm

uma das serras que a circumdam « atUnge 1.000metros acima do pivel.dp ^^P^I^liSSSol™sanatório de tuberculosos. A vista que publicamos e

Semana pelo sr. Júlio Bueno. Estado do Maranhão-A fachada do palácio do, «o-

verno deste Estado,verdadeiramenteiiotave^LP±f8 edf-nrmiorcões. e o interior do salão nobre do memos em-

lipmamUlisumpto de. duas |ravuras deste nu-

São as duas mais recentes photographiasJiFadaeí desse palácio. £j> ^¦:

BTo ^TãWirõT-^DÕus dos mais pittorescos pontosdesta cidade são reproduzidos neste numero, da Wada Semana: a Villa Ipanema, em Copacabana^ queé umdos mais futurosos de possos bairros e PameiraSfPaEstrada dè Ferro do Corcovado. ,; ^,-a -ki u

Ambos esses pontos são especialmente procurados ^LMA vez estava.eu a chorari^DKoK5fQnfA-Hftstar.idade.pelassuasexcelientes A.a .. . .

k em crise agudacommercio de dia-

mântes ; a causa disto é,dizem uns, a guerra sul-africana; mas outros at-tribuepi-a aos especula-dores <que açambarcamtodos ós diamantes,paraque tenham maior valor.

O príucipal mercadoé em Lorjdres e o maioraçambareador é o famo-so Cecíl Rhodes.

O. diamante mais de-feituoso vale agora 150francos, se pesar 205 mil-ligrammas.

Estão esgotadas as. minas da índia, onde já'não se encontram asadmiráveis pedras deGolconda e Bórneo queadornavam nossas avós.

Agora é Kimberley,Jágersfonteinr Riverfon-tein e outros logares dasbatalhas sul-africanasque produzem os melho-rese mais numerososdiamantes, competindocom os da índia.

Os da Áustria são tãorijos que é impossivel la-pidal-os.

O diamante bruto euma pedra transparentede tom mate; ás vezestem pontos pretos e li-nhas escuras que o lapi-dario faz desapparecer.

«a no mundo 20.000 lapidarios. Amsterdaiini têm

mtóar os pofttos pretos, f^alho6«im0^exige gÍÍi?gg»ÍMm^pSi^üe oeírí breves minutos milhares ae««u . h h

dseu mmam^^^^^^^^^^^^^ntS^enteos lapidarios ganhavam 200 fran-

cos |* S^.jJ^fe3!"O IÍÕME "DE TüüQ

I

AmDos esses poiuua o«u wu»T.mv.T; r „ ü ~ *««hoje pelos habitantes destacidade,pelas suas excellentescondições de salubridade.

* Os mortos da semanal Dr. João Baptista Laper-Safibàdo, 13 do corrente falleceu xy dr. João BaptistaLaDer, Medico estimado e politico influente, o dr. Laperoccupou, no Congresso Constituinte, a cadeira de se-nador pelo Estado do Rio de Janeiro. ,;. ,

AS MANOBRAS MILITARES EM LISBOAOS EXERCÍCIOS DO OIMMNO

p-t-,1—1 FpnrrmfeJSi^Fif—

deu-se isso sob á sombra

íesôlaàrdê-um "sa.iuli-rb-á

beira de uma lagoa-ai-

guem passando me perguntou: .8 -Tu, que choras, que magua e atua r

COm_°Se de^mim/stE. respondi e»,o amor men.

tiroso, o juramento falso, o thjlamo solitário, os sonhosmortos, tudo isso, para mim é Magdalena!

IIDe outra vez, estava eu rindo sob o caramanchel de

uma locanda, em uma ilha, quando alguém-uma mu-ihpr—Dassando me interrogou:mer Fssa lág ind0 p0raue é tua alegria ?

_ A minha alegria, respondi eu, chama-se Magda-le"aÂ

mulher com ar de debique, respcndeu-me:iZuía absurda! jamais ou viu-se falar de um en-

levolssm? Ha o beijo, ha a gloria, ha a esperança doamor? o olvida de viver! mas parece.me que nao existeuma nlporia com o nome que drzes.

_ Xlenhora minha, repliquei eu, a doçura humi-da dos lábios, o triumpho soT)re os maiores, a espe-rança das siuceras ternuras, e o divino Lethes, tudo isto

para mim é Magdalena. catulle Mendes.

POR ESSEMUNDO+V^A^^+

(Croquis de aspectos, pelo no^correspondente artístico

l-A infanieria em atiradores, 2-Um reservista, 3-O general Craveiro Lopes, direetor das manobras.

"B Imüerador Guilherme fez presente a seu tio Edu-

aVdo V?L de lnglaterravde um serviço de prata c ouro,Dará iantar,de um grande valor artístico.PJ Segundo as ultimas estatísticas, a industria docharuto nos Estados Unidos duplica os seus produclos

os planos de uma estação gigantesca onde se devei aoencontrar todas as estradas de ferro q»f.^em a^ucüacidade, em numero de vinte e duas. Uma P»aglor™|subterrânea é aberta aos trens de "gjfc^í^Sgos de passageiros são servidos por platatormas ae^eanão embaraçando assim o serviço. daei ruas

JJPJW- Nicolau II não é p primeiro Impa™^?Làuelleque se hospeda n£«*|o^»5JBSn^8^eSpalácio que, em 1814, Luiz XVIII e Aiexanuictraram pela primeira vez. Fe|p>

Page 11: Photographias, REVISTA DA SEMANAvistas instantâneas ...memoria.bn.br/pdf/025909/per025909_1901_00076.pdfREVISTA DAPhotographias, SEMANAvistas instantâneas, desenhos e earicaturoê.

7T". •.,"-;; ,

m - n. % REVISTA DA SEMANA m. 11 de Outubro de 1901

0 PLANO DECORATIVO DO CONSELHO MUNICIPALO Conselho Í^VonsWeraò^S^que ü* capital o Se„ aspecto de cidade «U, e o trajo ^d.menta,

H8"*~"^««a^^ Is sPsüür h K^^B UUaal Ir ^ fl^Bff"».~flT^^JaWEHlaRalfllifflHBHaifllr^^

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^mreirador mM^SdSrapdo também que flão, seria rasoaveldo carregador, mas

^p R ves|tir?se €omo um capitalista

) que seria imprudentegermanisalrp, ou afrancezak>7

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l^^li^^^fln5^^^^^^^^Er-l^fa^A iPili?lS£fli<á$ ¦¦aM«p< ' k?VjHB1 ¦^BhI ^mxmw^1«fl seXkâ Jã ^^mmys^^^^mwÍpSS^MW^^ tSri I à CCl / flfl <m^^Sk^^^^^^^^^^^^^^^^^^^m ^^K VV ^bSS9 l* ¦" ' ¦ : 1É3% '/ **^*^flflflli * :'

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resolve ordenar (visto que e Conselho Municipal está que os senhores carregadoresfirmemente decidido a ligar ao útil de cada profissão enverguem 0 trajo mais adequadoo agradável do aspecto exterior) ás suas funcções;

r|ue os senhores leiteiros só se apresentem empublico vestindo segundo este modelo ;

<jue os senhores padeiros sódistribuam o pão vestidos assim ;

#

que as senhoras costureirasèò possam atravessar a rua assim

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c|ue os mascates só possamfazer a sua concurrencia desleal,etc, etc, assim;

<• linalmente quê só assimpossam exercer a sua profissãoas vendedoras de «amendoimtorrado»

Officinas graphicas do « .Ioknai do Brasil »e da « Revista da Semana

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