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Plwlographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas. REVISTA DA SEMANA Edição semanal illustrada do JORNAL DO. BRASIL Redactor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Director-technico, GASPAR DE SOUZA Anno II K. 71 DOMINGO, 22 DE SETEMBRO Numero: 3oo vzis AS ESPONJAS VWVAATg jj-s diversas espécies de esponjas crescem em todasas profundidades, desde 350 a 180 metros, nos mares onde a temperatura e as outras condições lhes são favoráveis. As me- lhores qualidades e a maior parte das espon- jas são colhidas no Mediterrâneo; os princi- pães viveiros encontram-se ao largo da Grécia e das ilhas turcas, bem como dos Dardanellos ao mar de Marmara, e na costa da Ásia Menor, de Smyrna a Chypre. Encontram-se também esponjas ao longo da costa egypcia, e das de Tripoli e Tunísia, auasi nas proximidades da Argélia; mas á me- ida que se aproximam das costas argelianas, as esponjas começam a ser mais grosseiras, muito embora ao oeste da ilha de Malta seja onde se encontram as mais finas. Pescam-se também esponjas no golpho do México, nas costas da Florida e do México e de Honduras; mas estas são mais grossas e menos estimadas que as do Mediterrâneo. Quanto ás que se encontram no Mar Ver- melho, no oceano indico e nas costas da Aus- tralia, são de tão medíocre qualidade que a sua exlracção não merece a pena. O mercado das esponjas foi durante muito tempo em Trieste; foi depois em Paris, para ser finalmente transferido para Londres. Segundo as estatisticas officiaes,as impor- tações em Inglaterra foram, em 1897, de 880.000 kilogrammas, representando um valor decla- rado de mais de 5 milhões de francos. A extracção é feita por mergulhadores por meio de redes e fisgas; mas este ultimo pro- cesso prejudica as esponjas. A BICYclifTÃiTHYGIENE uso da bicycletta não é prejudicial, e, pelo contrario, é bom e proveitoso para quem gosa de saúde. ¦PàS pfllBaBffs N^P^^wHI Bjll BMBBfffi.Hb\ ¦¦¦¦ bVS wJWBBjaflflflflfl|BHB^BBBH^ ZflBl"S3olaflfllaBjaSBIfl jstWmaSbãmflflflflW é^\ ^m^ff5^ÍHÍHHflflflflH*ffH^^ ¦¦¦¦¦ KjaflTBflPãBfflBBffllflflfM*™^ KflffllW^ flfll^^"^^BflB^^giffWfHPSiB agF&y*. i^*^HRfc^^Hfl"^^ *?. ¦' jJmmmw ¦ ¦ :'' '* wlSM ML ' -l^ÉÉlflflMHfllflfl" .áHH^flflflflflfeW f^fHflflBfllk^' MBIjK' :' A inclinação do tronco para a frente* contra que tanto se tem fallado, é uma posição de descanso. se ve que se não trata da posição exaggeradamente curvada dos corre- dores; esta posição é excepcional, de curta duração, e não interessa os que usam da ma- china como recreio. Queremos fallar dessa posição que resulta do abaixamento dos punhos do guiador a 0m, 05 abaixo do nivel do selim; tal posição corres- ponde a um equilíbrio geral, a uma distribui- ção lógica de peso do cyclista sobre as diffe- rentes partes da machina, e permitte-lhe at- tingir um máximo de velocidade e de dura- ção de esforço, com um mínimo de fadiga. A posição direita, pelo contrario, é muito mais faligãnte, porque não permitte ao cyclista levar como auxilio ao esforço das pernas, o peso do corpo, porque este peso cae todo sobre o sellim. A bicyclett», usada com moderação, é um exellente exercício que augm,enta a capa- cidade pulmonar, e do qual participa todo o corpo. A primeira bicycletta data de 1880. CURIOSIDADES MAESTRO LEOPOLDO MICUEZ Autor da opera Saldünès Y/ inte por cento dos casamentos em y França são estéreis; e é esta uma das causas da despovoação do paiz, que tantas preoccupações está causando. ²Um celebre doutor chinez aífirma que a alegria de caráter e a ausência de nervosismo que se observa nos filhos do Celeste Império, é devido ao costume que tem de usar solas macias. ²Em Vienna d'Áustria consome-se por anno a carne de mais de desoito mil cavallos. ²Os olhos das aves nocturnas têm geralmente, o dobro do tamanho do das aves diurnas. Y. Z. i fly^^' ' i-^iiiwii. fflT «^¦— «¦wv 7 CERVEJARIA BRAHIHA Qv\«.»^»-> !Vb GEORG MASCHKE & C. ^V/1* ¦ —^. ¦a»f^'M**^^"^/^-^ 7J J\C—"——" "*—'"*"* "Go i "»_ ii_^>j" ¦ »'~S_in '%_f* SdP -¦¦¦ Mama 5-3 —m^^m ¦ ¦________! Peçam somente Franziskaner Brauou Cervejaria Brahma, ainda... e sempre a melhor cerveja do Brasil. M

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Plwlographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO. BRASIL

Redactor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Director-technico, GASPAR DE SOUZA

Anno II — K. 71 DOMINGO, 22 DE SETEMBRO Numero: 3oo vzis

AS ESPONJASVWVAATg

jj-s diversas espécies de esponjas crescemem todasas profundidades, desde 350 a 180metros, nos mares onde a temperatura e asoutras condições lhes são favoráveis. As me-lhores qualidades e a maior parte das espon-jas são colhidas no Mediterrâneo; os princi-pães viveiros encontram-se ao largo da Gréciae das ilhas turcas, bem como dos Dardanellosao mar de Marmara, e na costa da Ásia Menor,de Smyrna a Chypre.

Encontram-se também esponjas ao longoda costa egypcia, e das de Tripoli e Tunísia,

auasi nas proximidades da Argélia; mas á me-

ida que se aproximam das costas argelianas,as esponjas começam a ser mais grosseiras,muito embora ao oeste da ilha de Malta sejaonde se encontram as mais finas.

Pescam-se também esponjas no golpho doMéxico, nas costas da Florida e do México ede Honduras; mas estas são mais grossas emenos estimadas que as do Mediterrâneo.

Quanto ás que se encontram no Mar Ver-melho, no oceano indico e nas costas da Aus-tralia, são de tão medíocre qualidade que asua exlracção não merece a pena.

O mercado das esponjas foi durante muitotempo em Trieste; foi depois em Paris, paraser finalmente transferido para Londres.

Segundo as estatisticas officiaes,as impor-tações em Inglaterra foram, em 1897, de 880.000kilogrammas, representando um valor decla-rado de mais de 5 milhões de francos.

A extracção é feita por mergulhadores pormeio de redes e fisgas; mas este ultimo pro-cesso prejudica as esponjas.

A BICYclifTÃiTHYGIENE*ô uso da bicycletta não é prejudicial, e, pelocontrario, é bom e proveitoso para quem gosade saúde.

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A inclinação do tronco para a frente*contra que tanto se tem fallado, é uma posiçãode descanso. Já se ve que se não trata daposição exaggeradamente curvada dos corre-dores; esta posição é excepcional, de curtaduração, e não interessa os que usam da ma-china como recreio.

Queremos fallar dessa posição que resultado abaixamento dos punhos do guiador a 0m, 05abaixo do nivel do selim; tal posição corres-ponde a um equilíbrio geral, a uma distribui-ção lógica de peso do cyclista sobre as diffe-rentes partes da machina, e permitte-lhe at-tingir um máximo de velocidade e de dura-ção de esforço, com um mínimo de fadiga. Aposição direita, pelo contrario, é muito maisfaligãnte, porque não permitte ao cyclista levarcomo auxilio ao esforço das pernas, o pesodo corpo, porque este peso cae todo sobre osellim. A bicyclett», usada com moderação, éum exellente exercício que augm,enta a capa-cidade pulmonar, e do qual participa todo ocorpo. A primeira bicycletta data de 1880.

CURIOSIDADES

MAESTRO LEOPOLDO MICUEZAutor da opera Saldünès

Y/ inte por cento dos casamentos emy França são estéreis; e é esta uma das

causas da despovoação do paiz, que tantaspreoccupações está causando.

Um celebre doutor chinez aífirmaque a alegria de caráter e a ausência denervosismo que se observa nos filhos doCeleste Império, é devido ao costume quetem de usar solas macias.

Em Vienna d'Áustria consome-sepor anno a carne de mais de desoito milcavallos.

Os olhos das aves nocturnas têmgeralmente, o dobro do tamanho do dasaves diurnas.

Y. Z.

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Felizmente, e graças a uma boa indicação, com quinze dias de uso de suaspalmilhas electricas, desappareceram-me todos estes sofírirnentos, começando aandar com facilidade. Hoje sinto-me revigorada, cheia de coragem paia a vida. go-zando perfeita saúde relativa á minha cdade de 63 annos, graças ao uso que aindafaço de suas palmilhas electricas. A muitas pessoas de minha amisade, tenho ai on-selhado o uso de seus apparelhos com feliz resultado.

E' em signal de reconhecimento e para que approveite aos que foffrem, queautoriso a V. S. a dar publicidade a esla minha carta e cheia de consideração, mesubscrevo.—De V. S., ele. Jvlia Teixeira, proprietária do antigo Hotel Suburbano,em frente á estação de Cascadurá.—Como testemunha, Julião José da Silva.

mresultados, apphquei-as immediatamente e posso assegurar-vos que as minhas dores de cabeça, a maldade dos pés e as continuas indisposições do estômago lôrrcessado, nao me têm afíligido tanto.

Rebelde a todo e qualquer medicamento, posso vos garantir que as bateriaselectricas do vosso invento sao um prompto allivio para aquélles que, como eu tòmidiosynerasia por tudo que cheire a droga allopathica ou bomcepathica.Nao costumo fazer preconicio a quem quer que seja ; mas, como é necessa-rio dizer a verdade a quem tanto se esforça e trabalha para a humanidade, afim deminorar os >eus males e soffrimentos, envio-vos estas linhas como o protesto deminha gratidão pelo bem que me fez o vosso invento—que hei de proclamar comoo melhor, o mais pratico e menos incommodativo.—Saudo-vos. — j. a Xavier lJi-nheiro. Dislriclo Federal, rua Emilia n. 6, Meyer. "

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Illm. Sr. Eduardo B. Kneese.-Agradecendo a V. S. a visita que manda-mefazer pelo empregado do seu estabelecimento Klcelro-Galvanico, aproveito aoccasiao para declarar que acho-me felizmente curado do RHII MA 11SMO de quefui açconimetlido em um pé, com o uso, que ha quinze dias estou fazendo, de suaspalmilhas electricas. An orisanclo a V. S. a dar publicidade da declaração que nestafaço subscrevp-me de V. s. attento admirado/ e criado, Jôsê Rodrilum Rai,,lo,chefe da casa J. Rainho & C.-Rua do Hospício n. 40, Capital Federal.

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IDE S. JOÃO 33-A. BARBAOLIVEIRA. FILHO * BAPTISTA

Milhares de importantes curas feitas por este incompa-ravel remédio, que dia a dia colhe maiores e explendidostriumphos. nos animam a aconselhar aos que padecem oseu uso.

Muitas moléstias consideradas incuráveis tem sidodebelladas por este heróico agente therapeutico.

As exmas. sras, encontrarão neste poderoso remédioalivio para muitos do seus males.

Vendi-se m todas it Pharmrcias • DrtgariasDEPOSITO NO RIO DE JANEIRO

OLIVEIRA JÚNIOR & COMP.SSlj -Rvla do Oattete, Í3S1

ARATJJO FREITAS & COMF.114, Rua dos Ourives, 114

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Plwlographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redactor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES- Redacíor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA-Director-technico, GASPAR DE SOUZA

Anno II — K. 71 DOMINGO, 22 DE SETEMBRO Numero: 3oo u6is

CHRONICA^ww^

jÍcabo de lêr um curiosoartigo de Guglielmo Fer-rero sobre vos progressosdo feminismo na Itália. Havinte annos atraz, quandonas cidades freqüentadaspor extrangeiros, Roma,Florença, Milão, começoua apparecer uma ou outramedica russa, houve umavaia geral dos papás e dasmamas da burguezia e nodia em que se soube queuma senhorita de Pignerol,filha de uma família pro-testante, havia tomado ográo de doutor em leis epretendia advogar na ca-pitai do Piemonte, umfrouxo de riso condimen-tado por uma indignaçãosincera agitou a península,de norte a sul. O conselhoda Ordem dos advogadosde Turim e a Corte de Ap-pellação, depois de madu-ramente discutido o caso,pronunciaram-se contra esó depois a consciênciadas pessoas sensatas econspicuas se sentiu acal-mada. A mulher italiana,diziam os homens de peso,conta e medida, basta quesaiba governar a sua casae ler o seu livro de missa.O próprio piano, nãopassa, em ultima analyse,de um luxo... tolerável.

Que differença entreesses tempos e os deagora! Hoje, não ha cidadede alguma importância quenão enxameie de moçasestudantes em todos osramos dos conhecimentoshumanos. Já não bastamos institutos existentes;são precisos estabeleci-mentos especiaes, tãogrande é o numero dasque buscam crear-se pelopróprio esforço e pelo pro-prio mérito um ganha-pãoindependente.« Não setrata de uma moda, de umcapricho contagioso, deuma nevrose das muitasque por ahi pullulam. Tra-ta-se de uma necessidade.Bem imprudentes serão asmães que não possuindoum patrimônio que deixara suas filhas educam es-tas, como outrora, tão só-mente para a maternidadee a vida domestica. NaItália, como no resto daEuropa, os matrimôniosna classe media tornam-secada vez mais difflceis,porque o augmento dasnecessidades faz o homemmais cauto, mais egoísta,mais prevenido contra oamor... O pequeno com-merciante, o industrial, oempregado, o salariado,

aue desejam viver bem,

ivertir-se, viajar de tem-pos a tempos, instruir-se, adoptam o velho proloquio— antes que cases olha oque fazes—e quando se ré-solve a dar o salto mortal, é tarde e sempre cuidandono dote, ainda que este seja pequeno. E dahi re-sulta que as moças da classe media que não pos-suam, pelo menos, um patrimônio de quarenta ouçincoenta mil liras, correm o risco de ficar para tias,á não resignar-se a desposar um operário.»

Nem só na Itália o quadro é verdadeiro. Em loua aparte o homem mudou e com esta transformação levoua antiga maneira de comprehender a vida um sola-vanco formidável. Os grandes culpados do feminismofomos e somos nós, os homens, que pretendemos man-tel-as na obediência retirando-lhes a protecção. Ella nãonos acatava o domínio em nome de um principio supe-rior, como muitos erradamente pensam; essa hegemo-nia, que os bons maridos continuam ainda a exercer,era a resultante lógica do sacrifício de Iodos os inslan-tes pela felicidade do casal. Rápido passava o amor,como scentelha que é, brotando do consórcio momen-

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I iSSIílsaais»

balho de inquérito psycho-lógico do qual lhe adveiu aconsciência de faculdadesque o amor e a gratidãoanesthesiavam. E eis por-que, entre a esmola dos pa-rentes e a mercancia docorpo ou a luta obstinadapela conquista do pão, asmelhores preferem o se-gundo alvitre.

Havemos de condem-nal-as por isso ?...

Jacques B011h01.11.1e.

a ríSensaA/V/WW

V(>s aquelle cavalheiro que alli está pa-rado? Conseguiu obter 100:000^000 em oito dias

tratando a terra roxa por um processo inteira-

mente novo.

Como?

Pondo-lhe médicos á cabeceira, enterrar.-

do-a depois no cemitério o mandando dizer

missas pelo eterno repouso da infeliz — tudo á

custa de uma companhia de seguros de vida.

v*ncontrei um mendigo

3ue me pediu esmola: —

ei-lhe todo o ouro —bem

Kouco o que eu tinha no

olso. Encontrei um sim-plorio que queria ser glo-rioso: dei-lhe os meussonhos, as minhas astuciasesquisitas e a minha artede encontrar rimas novas.

Encontrei um generala caminho da batalha: —deilhe um plano de cam-panha, graças ao qual ellevenceu o inimigo.i Encontrei um poltrãoque ia bater-se em duello :— dei-lhe o meu sangueimperturbável, a minhavivacidade no ataque, aminha presteza na res-posta.

Encontrei um ímpio: —dei-lhe a minha crençaeterna nos deuses em quese eternisa o êxtase dohomem.

Encontrei um mísera-vel millionario que nuncatinha amado, bem que to-das as raparigas bonitasdo mundo lhe tivessemofferecido as suas cari-cias: —dei-lhe a meiguicede que meu coração é feito.

Então, desprovido, fuivisitar Magdalena. Para re-compensar-me a caridadepermittiu-me ella beijar-lhea bocea, e ahi, na perfu-mada humidade da suabocea, recobrei-centupli-cados thesouros!—a ri-

. queza, a estratégia, o es-pirito, a coragem, a fé e oamor!

Catulle Mendes.

DOCUMENTOE INFORMAÇÕES/WWW\

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tanco de duas electricidades; mas, com o carinho sem-pre egual, a renuncia sempre expontânea, um outrosentimento mais natural e por isso mesmo mais dura-douro, vinha substituir o primeiro e a gratidão conso-lidava a obra tumultuaria da paixão. Sentindo-se crês-cer e fruclificar pelos cuidados de um jardinciro quolhe dava a nutrição e o orvalho, sentindo que dalli lhevinham o alimento e o calor, não era de estranhar <|uepouco a pouco fosse confundindo a própria personali-dade na de seu marido, considerando-se parte de umasoberania que não esquecia os interesses e as alegriasdos seus subdilos. Nem ella se dava ao trabalho deauscultar a própria inlelligencia, de tomar o pulso áprópria vontade desde que no mundo havia uma cria-lura entendida c forte que por cila pensava e agia.

Mas quando a mulher começou a vèr-se abando-nada na tragédia da vida, quando a sua situação subal-terna lhe trruxe as soluções deprimentes do patronatodos tios licos < li das sopas da irmã mais feliz, a re-volla instincliva da sensibilidade importou logo um Ir -

Columnas colossaesde granito. — As colum-nas de granito destinadasa ornar o perystilo da novacathedral de S. João, emNew-York são, sem duvida,as maiores que jamaisforam feitas, de uma sópeça, nos tempos moder-nos.

Esses immensos mo •nolithos, em numero de 32,

que medem 18 metros de altura e pesam 160.000 kilo-grammos, provêm das pedreiras de granito de Vina-lhaven, no estado do Mainc.

Para polil-os, foi preciso construir um circuito dedimensões excepcionaes, que é certamente o mais im-portanle até hoje estabelecido neste gênero. E' umacircumfercncia de aço de 27 metros de comprimento,movida por uma machina de 50 cavallos e cujos rede-moinhos concavos pesam 9.000 kilogrammas cada um

Uma vez a columna bruta de pedra collocada sobreeste cercuito, e convenientementa disposta ao centro,oque não é uma pequena tarefa —começa-se por desen-grossal-a com auxilio de escopros postos em actividadeelectricamente: depois serras circulares talham me-chanicamenlc as cracas e outros ornamentos; emfimpedras d'esmeril dão á columna, girando coni a veloci-dade de duas voltas por minuto, o polimento detinitivo-

São precisas seis semanas para polir assim uma co-lumnas desta dimensão, segundo as regras, da arteamericana.

|gp Peçam somente FRANZISKANER BRAU ou CERVEJA PILSENER, ainda... e sempre a melhor cerveja refi

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586 — N. 71 REVISTA DA SEMANA 22. de Setembro de 1901

CHRONICA DA ELEGÂNCIAPauis, 29 de agosto de 1901.

vtpaças ao preço reduzido da pholographia, ha pes-soas que distribuem o seu rei roto com a mesma faci-lidade com que espalham os cartões de visita.E' contra esle mão veso que eu venho protestarhoje, em nome do bom gosto e da elegância.Olhae para um retrato a óleo ou a craijôii, por maisantigo que seja, e, quando muilo, a pessoa nellc repre-sentada vos parece á exquisita.Reparáe, porém, para uma pholographia de quatroou cinco annos de dala, quando começa a desbotar ese cobrir de manchas e dizei se não é grotesca e atémesmo ridícula, a impressão que ella vos causa.Nos primeiros ha qualquer cousa de nobreza, queimpõe respeito.Nas ultimas, uma nota hilariante que provoca o riso.Ora, como não ha nada mais triste do que a gente

InaiiíHipatíío do monumento aos mortosdo "Lombardia"

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GAETANOSECRETOPresidente da commissão promotora do monumentoem homenagem aos mortos do Lombardia.

ser ridícula, ainda mesmo que em effigio. não ha romoser cautelosa na distribuição de seus retratosPae, mac, irmãos, e.é quanto basta : porque as oro-prias amigas intimas correm o risco cie se transformarno dia seguinte em rancorosas inimigasNao e, entretanto, só por esta face que se deveencarar a questão. cSabe, por ventura, uma pessoa, que apreço e esUma irao.dar á sua pholographia ? onde !quem a collocarão? c ao iado de

Ha quçm as entregue ás crianças para entretel-qsquando estão muito impertinentes. e™eiu asOutros se divertem em trocar corpos c cara« de

E...Um conselho, para terminar:Quanto menos retratos melhor.

Col incite.

O cumulo da magnificência :Tomar o Sliali da Pérsia com torradas

MONSTROS HUMANOSOs chinezes exhibem monstros que obtém «íitatituindo a pelle de um homem pela pelle de um cão o , fcum urso graças a uma serie de pacientes «enxertos ànimães». Como a dôr excessiva e a inflaramS n?Aconsentem arrancar de uma vez senão SStirasde pelle, e preciso multiplicar as oberacõoi páv! S

peito Outros cri™ u^/clia "a

n™ oWrWad»"^movei e muda, para (pie seja deboia PtiSJ-Sí- ibqnzps como um büddáh vivo%?ffin?;rt?ÍS;!a Pe,ossem voz, piscando os o lids: 'oiit" eLT™ T^uma criança de dous,de treíànnos&S?S™' mo.Ucm

que lhe comprime o' corpo, de?xand? Zt T* Vmcresça desmesuradamenle ae,xando clue a cabeça

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O monumento aos mortos do Lrmbardia, que seinaugura no cemitério de S. Francisco Xavier hoje, 22de setembro de 1901.

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DOMENICO CARDONESecretario da commissão promotora do monumentoaos mortos do Lombardia.

de PS83 qUeSlâ° Vq° SCI' decidida Pelos tribunaesUma mulher aceusa sua vizinha de ter um pana-EZZZ Sto" C "0ÍtC' Mraná°-lh° á cafa <=<""Por sua vez a aceusada allega que a autora tem

ponItaa5o05'eru0'(|'Ka5Sa °S dÍa9 a Ca?re8ar '™ "»™"

vemente reahsar-se. uieA festa terá logar no palácio Waldorf, transfor-

dTvníaiíTet ' rc',,oduzir ° g'ande gal«o.do palácioO jornal francez de onde extrahimos esta noticiadiz que sobem á somma de duzentos e cincoenta miinanços as despezas da ornamentação do palácio

OS THEATRGSMMSAM

*"rTinrinnn<rnAfiji

ji nota da semana pertenceu a Clara Delia Guardiã,uma actriz notabilissima e um espirito educado na lei-tura e no estudo dos melhores autores no drama e'nacomedia. jj^i

O publico, que a principio se mostrara esquivo,,começou a concorrer aos esnectaculos do S. Pedroapplaudindo vivamente, além de Clara, Ettore Palãdini,Orlandini e Del Conte, artistas de valor real, especial-mente o segundo, que na obra prima de Giacosa — Comele foglie... — obteve um verdadeiro e legitimo triumpho.

Das peças até agora levadas á scena, ficaram comodocumento vivo de um talento superior, as interpetra-ções da Musolle, Magda, Gioconda e o 3o e 4o actos daFrou-Frou.

Raras vezes a imprensa fluminense terá estudadocom tamanho cuidado e amor uma personalidade artis-tica. E das criticas publicadas pelos nossos diáriosalgumas temos lido, deveras notáveis.

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npdiníTn íía« kp ,uas de P-ar,s foram «lixados cartazesped nlo ao publico para não cuspir no chão, como umamedida de hygiene contra a. tuberculose.

MARCO F. RERTEAThesoureiro da commissão do monumento aos morto*do Lombardia.

Pela companhia lyrica Sansone foi levada á scenaa opera Saldunes, d> maestro Leopoldo Miguez, emIres actos,que agradou bastante e da qual nos oecupa-remos mais minuciosamente no próximo numero.íNo Apollo continua a ser representada a apreciadamágica A Pera de Salanaz que ha annos, representadapor uma companhia nacional de que faziam parte os>artistas Brandão e Balbina Maia, alcançou o mais li-songeiro suecesso.

Deu os seus últimos espectaculos a companhia de-zarzue as que com bastante suecesso trabalhou no Recreio dandp-nos, regularmente representadas,» varia*zarzuelas ja nossas conhecidas. Essa companhia segue-para o Para. bNaquelle theatro vae estrear a companhia drama-uca uias Braga, de regresso da tournèe pelos Estados-uo iNorle. ¦

c.. ÊSivl °1paseino Nacional, o conhecido emprezario-si. luiianelli voe-trazer da Europa uma companhia lv-llí-Jl^ Itv^l*;5Ç.çna; entre outras, a opera em qua-tio actos Esmeralda, do maestro Carlos de Mesquita:íno feanl Anna.tem continuado em scena a mágica

íí? »no Paroiso< cnm geral agrado.riiHo „ni •°V,,n !?°.u8efa? beneficio, no dio 25,a applau-dida actriz brasileira Cinrra Polônio que certamente teráS i a maSn'nea onde, mais uma vez, verá quãogiandc é o numero dos apreciadores do seu talento eda sua graça.A/rou/)ê da Guarda Velha lem attrahido bem bòacpncurrencia, agradando extraordinariamente as pe-queninas operas c operetas alli levadas á scena.

• T ?th! m,lnl,a ff'^»ida amiga, estou contentis-smia! Meu filho acaba de obter o prêmio de nata-çao. Sim?.. Éti no teu caso tirava-o desse col-logio.

Porque?Porque dar o prêmio do natação a uma cro-anca, quer dizer que ella nao presta senão paradeitar ao mar. '

A' sahida do lheatro.Patrão, quer um carro.Não, obrigado, vou para p^rto.Aão seja essa a duvida! eu lambem nãolaço empenho em ir para longe.

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22 de Setembro de 1001 REVISTA DA SEMANA 5S7 — N. 71

CIÚMEIf m um quarto de hotel de província, os dous passa-yam os dias: o cãozinho, encolhido sobre o leito dos-feito da sua joven senhora, e a criança, triste, com opallido rosto collado aos vidros da janella que davapara a rua.

Nunca brincavam juntos; tinham ciúme um do ou-tro e odiavam se instinetivamente.

Guando a actriz voltava do ensaio, ás cinco horas,3 crfança era a primeira que a via voltar o canto darua; e assim que os seus passos se faziam ouvir naescada, os dous se precipitavam para a porta, um la-tindo, o outro gritando —Mamãe!—querendo ambosobter a primeira caiicia.

A porta abria-se e a artista entrava. Muito loura,trazia sempre um grande chapéo; os sou&olhos cinzen-tos tinham reflexos glaciaes. Arrastava habitualmente

, Quando chegava a hora de ir para o theatro, He-loisa levava Tatave comsigo e deixava ás escuras Po-lisson, que, com medo e cheio de ciúmes, mordia aroupa, deitado sobre o canapé.

E elle pensava:Se Tatave morresse, mamãe me estimava mais.E a idéa de matar o cão foi-se tornando fixa no es-

pirito do menino.Apoiado sobre os colovellos, elle apertava o tra-

vesseiro dizendo consigo:Terei bastante força para cslrangulal-o?As lagrimas rolavam-lhe pelas faces; mas, ao pen-sar que Tatave soffreria muito antes de morrer, acal-

mava sua raiva.Um dia, ao almoço, Polisson bebeu o café sem o

seu torrãosinho de assucar, que guardou no bolso.Quando a mãe partiu para o ensaio, a criança appro-ximou-se de Tatave, acariciando o com hypocrisia.

O animalsinho deitara-se sobre as pregas do pei-gnoir, cabido junto ao leito. Somente o focinho e osolhos sobresáhiam por entre a confusão das rendas. A

Acariciou os cabellos da criança e, admirada de nãoouvir os latidos do cão, perguntou:

Onde está teu irmãozinho ?A criança não respondeu.Com voz ameaçadora Heloísa replicou:

Vejamos, falia, abriste a porta e deixaste-ofugir?...

De repente, a mãe de Polisson soltou um grito dehorror.

Havia descoberto o pequeno corpo branco, inerte,estendido no tapete, junto ao leito. Ajoelhou-se pertodo cadaversinho, e, tomando-o em seus braços, semtirar o chapéo, ornado de plumas, entregou-se a umagrande dor.

Polisson, pallido como um defunto, com os dentescerrados, fixava a mãe, que beijava o corpo do animal,apaixonadamente.

Levantando-se, a cantora notou a physionomiatranstornada no menino e vendo a ferida que elle tinhano dedo e o sangue que manchava o seu avental:

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO — MACAHIÍ — Vista da parte alfandegada de lmbetiba. (Phot. de Marc Ferreis.)

uma longa cauda de velludo negro. O fiel animalsinholambia-lhe as mãos, corria, gritava, saltava-lhe á roda,muito contente; cila dizia-lhe:

De vagar, Tatave, de vagar !Tomava-o nos braços e beijava-lhe o luzidio foci-

nho, ernquanto a criança, de pé, diante delia, com a ca-beca baixa, esperava a sua vez, que raramente chegava.

E o menino vingava-se no dia seguinte, fazendo ai-guma maldade: entornando a caixa de pó de arroz,pintando uma gravura de modas com o carmin comque a mãe tingia os lábios, ou varrendo o chão com ospincéis, que serviam para as olheiras

A joven mãe zangava-se e casligava-o.Escuta, Polisson, dizia-lhe ella —era esse o ap-

pellido do menino —se tu continuas a aborrecer-me eute vendo ao vasculhador.

E Polisson suspirava e chorava com a idéa de quenunca mais veria a mãe, por quem linha uma ternuraimmcnsa, fora do commum na sua cdade.•V Quando ella não o prendia no gabinete escuro, sen-tava-o sobre os joelhos e beijava-o apaixonadamentenos olhos, nos lábios. Cortava depois duas fitas domesmo comprimento e amarrava uma nos cabellos en-caracolados do filho, a outra no pello crespo do cachor-rinho.

Quero que se estimem como dous irmãosinhos...Essas phrases de ternura eram curtas e raras.Quasi sempre Tatave era o preferido.A' tarde, quando o sr. Augusto, o cabelleireiro dos

artistas, ia pentear a cantora, o menino era preso noguarda-roupa, para não o importunar, ernquanto o cão,solto, corria á vontade pelo quarto, e, como que paraescarnecer do seu inimigo, arranhava a porta do mo-vel em que estava encerrada a pobre criança.

IIrincipio, Tatave rosnou; mas, vencido pela gula, sa-_iiu lentamente do seu ninho, e, depois de ter cheiradoe lambido o assucar, levantou a cabeça, abriu a boceae apoderou-se da gulodice olierecida por Polisson.

A criança abaixou-se então, e, fingindo acaricial-oapertou a garganta do animalsinho com as duas mãos.

O < "rouca.

f;aiargou o assucar, abalado por uma tosse

A criança, aterrorisada, evitava olhar para elle.Sentia, somente, o calor do pescoço do pobre ani-

mal. De repente soltou um grilo: Tatave o havia mor-dido.

Enraivecido, agarrou no travesseiro da cama e, ati-rando-o sobre a cabeça do cãozinho, suflbeou-o.

Durante alguns minutos Tatave debateu-se furio-samente; depois, os membros se immobilisaram.

Polisson levantou-se.Não lastimava o que fizera; estava, entretanto, em-

baraçado com a presença do pequeno cadáver. Pensouem atiral-o pela janelía e dizer á mãe que Tatave ahavia seguido e que talvez se tivesse perdido. Lem-brou-se porém, de que os vizinhos podiam ver, e, re-signado com o castigo que o esperava, sentou-se nocanapé, á espera da actriz.

A mão que o cachorrinho tinha mordido, começavaa doer

Mergulhou-a na bacia e divertiu-se em ver o sanguesahir em filete* á superfície da água.

Finalmente, ouviu o ruido dos passos da actriz.quese approximara; quando se levantou, afim de ir ao seuencontro, pareceu-lhe que Tatave se mexia. O pobreanimal, porém estava morto.

Ao abrir a porta, Heloísa viu somente u filho ir aoseu encontro.

Quem te fez isto? perguntou-lhe, segurando-opelas espadu.is.

Polisson fitou-a bem cm frente e replicou:Foi Tatave. Matei-o porque o estimavas mais quea mim.

Um grilo de raiva foi a resposta de Heloísa. Aomesmo tempo, a criança, sentindo-se agarrada pelo pes-coco, foi atirada no gabinete escuro, com tal violênciaque a sua cabeça bateu de encontro a uma mala. Po-lisson desmaiou.

Quando voltou a si, no fim de uma hora, nenhumraio de luz se escoava pelo buraco da fechadura nempela* grelas da porta.

No quarto vizinho, porém, alguém soluçava bai-xinho.

Ajoelhou-lhe, com o coração despedaçado por essador que havia causado, e murmurou, juntando as mão-zinhas, com uma angustia extraordinária:Mamãe, vende-me ao vasculhador e compraoutro Tatave. Prometto-te que nunca mais me verás,nunca mais! * II. le Roux.

A uma menina de seis annos perguntaram :Quem amas mais, o teu papae ou a tua ma-

mãe?A mamãe; respondeu ella sem hesitar.E porque minha filha?Porque papae não tem mais cabellos e ma-

mãe me dá um vintém de cada cabello branco quelhe arranco.

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588 - N. 71 REVISTA DA SEMANA 22 de Setembro de 1901

SALDUNES\_*\»^^N^/V/W

¥jLaldunes ou melhor —O crepúsculo da Gallia —h-J a bella composição de Leopoldo Miguez,éumaevocação dramática das grandezas de uma raçasentimental, meiga, nobre e gloriosa. Se por umlado a acção se prende ao Cacto do juramento dosjovens gaülezeSj que só depois de ligados e torna-cios Saldunes se apercebem de que ambos aspiramo coração virgem de uma formosa gaulezá", Hena,a filha do brenn, juramento que os prende até amorte, que é para um a satisfação de um ódio nãocontido o para outro a infinita desventura ; por ou-- tro lado as figuras de Joel, o chefe; Margarida,a. velha cega, e Mikael, o cabo de guerra, lembrama cada momento e em todas as situações que a icfèapredominante é a Gallia., a pátria de uma raça ai-tivamente guerreira, profundamente lyrica, comoque impregnada de urna suave melancolia.

Desde o primeiro acto, quando tudo canta abelleza de uma primavera de paz e harmonia,desdeque Mikael surge, incendido pelo valor guerreiro epelo enthusiasmo pratriofcico, que a acção pareceimmergir num ambiente carregado de fatalidade eentão Joel incarna o heroísmo celta, Mikael o ar-dor guerreiro e feroz ante o combate, ao passo queMargarida, que é como a personificação do senti-mento dessa pátria de heróes, tremula, cega, pre-sagia como Cassandra a fatalidade que ella senteno ambiente em que vae começar a agonia da pa-tria gauleza a qual, diz Renan, o mar delimitaranum circulo de eternossoluços.

Quando o invasorcomeça a subjugar aterra e os lares,Julyan eArmei ainda sonhamcom Hena, amor mistu-radodeodio no segundo,sonhos de felicidadeamargurados por umadesditosa saudade nopri-meiro. Todos os caule-zes, todos os homens va-lidos imploram a Hesús,mas, impiedade cruel!...o destino, como umguante de aço, constrin-ge a alma, destróe aseara, cava a morte e aruina e então o inimigovictorioso calca o solobemdito, onde floresciauma raça ingênua, ai-tiva e infeliz.

Reina agora a mise-ria num quadro de tris-tezas e agonias. Sobre oscampos desolados c nuspassam, como f agulhasperdidas de uma qu^i-mada devastadora, osúltimos destroços numa-nos da *Gallia vencida;scintillam ainda nas vo-zes moribundas as almasdos queentoam o hymnode guerra, scintillam ummomento para desappa-recerem para sempre.Armei e Julyan voltam,encontram Hena, quesupnunham morta,e tan-to basta para que nadesesperada situação emque se encontram, maisse dilate o amor dosdous amantes Julyan eHena e o ódio mortal deArmei, o ciúme ferozante a felicidade do com-panheiro Saldune, aténa miséria.

Armei recorre, po-rém, á fé jurada, comosalvação ao desesperode sua alma anciada echeia de ódio—Mata-se—A sua morte acarretaa do companheiro e comelles a da pobre amanteinfeliz.

E como fecho tra-gico a essa infelicidade,partilhada pelo amor epelo ódio, Margarida,como significando a ai-ma feminina dessa raçameiga, generosa, herói-ca, surge louca, mísera-vel, buscando a filha queencontra agonisando e

«obre a qual chora a sua

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desgraça, que a leva a procurar a morte, que andaisolta numa anciedade desvairada de buscar comella um fim á sua dôr.

SALDUNESPersonagens Nome dos artistas-

Joel, brenn de Carnac Didur.Julyan ) Cril/j ,„„„ Dimitresco.Armei j

Saldunes ArdUoMargarida, cega Luiza Lablache.Hena, filha de Joel. . Stinco Palerminí.

AMOLES DE ALDEIA

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MAESTRO LEOPOLDO MIGUEZAutor da opera Saldunes.

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0 juramento dos SALDUNES

AMINUAVA.MOS os dous, eu e o cura, pela com-prida estrada que, partindo de Quimperlér

vae parar a Pont-Aven. Eu visitava este recantoprimitivo da velha Bretanha para conhécel-o eamal-o. O cura tinha-me contado, a propósito, umsem numero de legendas, porque o paiz é riquis-simo em tradicções populares o o folk lore abun-dante. Naquelle dia, porém, havia mais de umahora que pairávamos de cousas indifferentese nesse-tom se manteve o colloquio atéá entrada na aldeia,quando iamos.passando por uma das primeirascasas, solida, cinzenta e vasta como todas as dos-aldeãos da Bretanha.

Uma velhinha que fiava uma massaroca delinho, sentada a uma janella baixa, desceu sobre o.cura um olhar onde brincava uma alegria doce &sorriu.

Naquella pclle jápergaminhada —mur-murei eu para o meucompanheiro, depois queelle retribuiu a saudaçãocom a sua bondade cos-tumeira—brilha um raio-de belleza.

Ev verdade, res-pondeu elle. De bellezae de paz. Deus visitou "aquella casa.

E logo que chega-mos ao presbyterio e nos.sentamos na verde ai-íombra a caválíeiro daribeira contou-me a se-•guinte historia que fiel-

mente transmitto aos lei-tores :

« — Pedro de Rouche-e Adão Lemerre são duasentidades inseparáveisda historia de Pont-Aven rcomo inseparáveis f'ô-ram, em vida, um do ou-tro, apesar de viveremem perpetua discórdiamenjiáh Entretanto, se osenhor fallar no nome dePedro de Rouche raroso comprehenderáo e jálhe vou dizer porque.Um bello dia um ca-valleiro, vindo de Parisre a quem chamaremos oPeralvilho, porque atéhoje ninguém soube ao-certo a sua graça, paroudeante da porta do nossohomem, que era botica-rio,e desmontando, bra-dou:

Tenho a cabeça aestalar. Dè-me um reme-dio e depressa.

Pedro de Rouche,.em vez de atlendel-o,/mediu-o de alto a baixoe respondeu:

Isso ha de seruma pinguinha a maislInsolente! repli-cou o cavalleiro sem sezangar. Vamos, avie-se.Dê-me um remédio qual-quer; seja o que fôr.

Nisto aceudiu AdãoLemerre do fundo da bo-tica, exclamando:

Este cavalleiro>tem razão. Tu loste uminsolente. Anda,prepara-lhe uma droga das tuas..

Escusado será dizerque Pedro de Rouche,.furioso com a interven-ção e esquecendo imme-

diatamente o fre-guez, pegou-se^com o amigo im-portuno em uma.

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22 de Setembro de 1901 REVISTA DA SEMANA 589 - X. 71

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Cav. GIOV.IXXI DIUITRESCO, interpretedo papel de Julyan, na opera Saldunés.

briga interminável, num paióis bretão intra-duzivel, emquanto o cavalleiro, de pó na soleirada porta, com a rédea do animal passada no braço,ria a bom rir do absurdo da polemica. Afinal,quando ps__viu um pouco mais calmos, disse-lhescom um ar cortezmenfe irônico:

— Perdão, meus caros senhores, agradeço-lheso seu interesse por mim mas sinto-me melhor. Os

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seus remédios contra as enxaquecas são excellen-tes. Posso saber a sua graça, meu caro boticário ?— accrescenlou, dirigindo-se a Pedro de Rouche.Pedro dó Ròuclic—respondeu o inlerpelladoainda resentido contra o inseparável Lemerre.Pois devia chamar-se S« nsitiva!—eommen-tou o cavalleiro. E o seu?—proseguiú elle, inter-pellando Lemerre que ria a Imndeiras despregadasdo desapontamento do còmpàiihciro.

Adão Lemerre, para o servir.Pois devia chamar-se Sogra, porque o se-

nhor é o typo da velha rabugentã. E deixando osdous apatetados, sem saber o que responder, lá sefoi o Peralvilho para a estnlngem Gaspee, coníi-ando mais no somno que nas drogas da botica.

Inútil será dizer que as alcunhas ficaram, por-

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Artista lyrica sra. LHIZ4 L4BLACHG, interprete dopapel de Margarida, a cega, na opera Saldunés.

que ambos cahiram na tolice de contar a todo omundo a historia. Pedro contou a de Adão e este ade Pedro.

Mas estava escripto que nâo seria essa a ul-tima partida do Peralvilho contra o boticário.

Este tinha um filho, um bello rapaz, condu-ctor da diligencia diária de Pont-Aven para Quim-perlé e vice-versa. Mettia um vistão com a sua ja-quieta de velludo de botões de prata reluzentes eas fitas multicores do chapéo, ondeando ao vento.Assim pensava eu e assim pensava principalmenteElisa Lemerre que então morava na casinha á beirada estrada e ainda lá mora, fiando o seu linho comoo senhor acaba de ver. Todas as manhãs ella asso-

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mava aquella mesma janella, entre as tulas de ge-ranios vermelhos e alirava-lhe um beijo com aspontas dos dedos. De tarde suecedia outro tantoquando elle vinha subindo a encosta, a passo, coma diligencia atopetada, no deslumbramento do pôrdo sol, ainda assim menos brilhante que os olhosda cachopa. E amavam-se sinceramente os dous,Armando de Rouche e Elisa Lemerre!

Mas não havia meio dos pães concordarem naboda. Havia dous annos que discutiam, discutiam,discutiam, sem chegar a um resultado. Adào Le-merre, que era um lavrador, com muitas geiras deterra, queria dinheiro para comprar mais; Pedrode Rouche, que era boticário e tinha dinheiro pre-cisava da terra de Adão Lemerre. O casamento de-pendia pois de um accordo entre os dous velhos

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Sr. FRGDERICI, interprete do papel de Mikael,na opera Saldunés.

sobre estes graves assumptos. Mais de uma vez acousa tinha estado vae não vae, mas, á ultima hora,Adão pedia mais cem francos ou Pedro mais umageira de terra e lá se entornava o caldo.

Uma tarde voltava eu de Quimperlé paraPont-Aven, sentado logo por traz de Armando. Aolado deste viajava o Peralvilho.

íamos passando por casa do Lemerre. Lá es-tava Elisa á janella, entre os geranios, reílectindonas lindas faces a côr das flores. Sorriu, como decostume, para o conduetor, mas vendo muita genterecolheu-se logo, toda assustada.

Por vida minha^ que é a pérola das rapari-gas bretãs. Palavra que lhe tenho inveja. Se nãofosse sua, queria-a para mim. Que encanto de mo-çoila!

Mas Armando, sem responder, limitou-se a ati-rar um hop! vigoroso ao cavallo que metteu numchouto manhoso.

Você sabe o que nós já terinmos feito emParis ? —insistiu o Peralvilho —Tinhamol-a to-mado á força, quer ella quizesse quer não.

Hop ! repetiu Armando.Quanto à parentela... lerias ! continuou o

cavalheiro, dando um estalinho significativo comos dódos.

Ho — o-o — op! Cerrou Armando com avoz já alterada.

Nessa noite puz o meu chapéo o. fui á casa deLemerre. Eram nove horas e vinha rompendo alua. .

Atravessei a aldeia. Nem vivalma. Em caminhoappareccu-me o boticário, visivelmente agitado.Lemerre abriu elle mesmo a porta e entrámosambos em um pequeno quarto na frente da casa,com uma mesa ao centro e sobre ella uma garrafade vinho espumante e outra de cidra. Lemerre fu-mava uma cachimbada, tendo perto uma canecacheia de vinho. Convidou-nos para lhe lazer com-panhia mas nenhum de nós acceitou. A nossa mis-são era urgente; não consentia delongas.

-- Adão, começou Pedro, sem tomar fôlego;trata-se de um caso bicudo. Esse parisiense é odiabo. Contou-me Affonso, o padeiro, que elle estávirando a cabeça ao rapaz para abalar com a Elisa.0 Affonso ouviu isto na volta de Quimperlé e viudepois o Armando afastar-se de braço dado com oPeralvilho. E' preciso tomar uma resolução e de-pressa. Quem sabe se já não será tarde?!...

E quedou-se, arquejante; mas o outro, comosé nada fosse com elle, murmurou, sorrindo:

Lerias, meu amigo, lerias!Pedro licou estarrecido!

Lerias! repetiu Adão Lemerre com o seu arbonachão. Demais me conhece Elisa para niètter-se em semelhante alhada. A rapariga nunca medesobedeceu. E' muito boa; boa demais paraArmando.

—E' uma sonsa, o que ella é. Parece que nãoquebra um prato, mas quem a não conhecer que acompre.

Pois será o que você quizer. 0 que lhe digoé que não ha por estas redondezas quem a me-reça.

\\ illinm Fnrqiiliar Paysoii. >(Continua)

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590 - N. 71 REVISTA DA SEMANA 22 de Setembro de 1901 \1<A COMMEMORACÃO DE 7 DE SETEMBRO

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0 lu de cavallaria desfilando em continência ao sr. presidente da Republica. A artilheria desfilando em continência ao sr. presidente da Republica.

RlF^H?iaP'!nl Ba ^1x?a ¦i^aapvBiR^Hl ¦ft'fl B

fSn Pfc*B aT^a tiFtitátZ SH' jí B^l BaB EBeH B^«rBl B^K^iBVaVaal BT^ãl BTil aLaB H

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A infanteria desfilando em continência a sr. presidente da Republica. O 9o de cavallaria desfilando em continência ao sr. presidente da Republica.(Photographias da Revista da Semana.)

PILHA DO DESERTO(Conclusão do n. 70)

De quando em vez, enganando o olhar do chefe cemquanto as moças cantam e seguem alegres, Zairalança o olhar febril e angustiado para o caminho quevem de percorrer e fita demoradamente os olhos aolonge, ao longe, lá, onde se erguera a tenda do chefee onde vigiada pelo calmo olhar silencioso das estrellaslevara a noite inteira a chorar, levara a noite a soffrer.

IIIAo cahir da tarde e pela terceira vez depois de um

dia de viagem, a caravana pára offegante á beira deum oásis verde.

Como os tempos do <« simoum» passaram, o tempodas tempestades norriveis de areias implacáveis, o céoé azul e claro de uma luz clara.

E o bando de beduinos, noivas e noivos, bebendopelos cântaros e sorvendo tamaras de uma frescura docede lábios juvenis, canta e baila em torno das tendaserguidas de novo, porque o chefe fez erigil-as á sombradas palmeiras para que os moços namorados ensinas-sem ás moças morenas a canção dos esponsaes, aorumor languido e cadenciado das mandoras e dos ban-dolins.

A' porta da tenda rica de estofos do Oriente inteiroe sedas de Constantinonla, o chefe de beduinos con-temnla Zaira, a filha diíccta, dilecta filha de Zenobia.Paira-lhe no olhar penetrante e resoluto toda asilente nevoa de um sonho que ha longos annos sonharaquando Zenobia parava como os beduinos e moças mo-renr- á beira dos oásis verdes e ria e cantava, cantavae na em torno das tendas brancas.

,E uma suave recordação prendeu-o todo, emquantose lhe infiltrava nalma, gotta a gotta e lenta c lenta,toda uma saudade pungente.i E, envolvendo a filha num longo e doce olhar cari-cioso e meigo:— Zaira tem os olhos cravados no céo!.. Po»-onde viaja agora o teu agitado espirito de moça?!..'.

Pelo paiz da Saudade, senhor, pelo paiz daSaudade...

Sonhas?!...^im. Recordo a imagem de Zenobia, minha boa

El PÜÜ bPSpI

bKvvsVJHiMl KwBM BR* A»

aaatKSS3B F^TB aaaffift -aiaBuâNi^ -h£mÜ BtB tikiufl F^^^PIjI af^'l

tjaaMWj^aaBBBa/ v &£\< tiBiiwBaBik'BBaa^tf^Ba^Ba^BaBBPHffiB Bn*?^waBBR Bff!36BaMdWaa! 1

aafl aaVt tjkJf <4nlâl^PBa!aTa<SBrBB^^'^BB2S^£^aT^D Haaaaa! aafl

VICTORIKA Ci:SA\ VArtista lyrica das companhias Gargano, Tomba

e Zucchi-Ottonello.

mãe, morta de pezar por ti á sombra de uma tama-reira...

O chefe deixou a cabeça pender sobre o peito ecomo no instante em que dissera á filha: que não! quenão... que Abul jamais seria o esposo de Zaira... ocrepúsculo baixava lentamente e a noite pairava no arabrindo as azas de tiévas.

E o chefe continuou;Zaira, amanhã chegaremos ás feiras da cidade e

ao baixar da luz viajaremos de novo. Hei de assentar aminha tenda ao lado dessa fonte murmura e á sombradas palmeiras verdes, para que não morras, filha, paraaue

o teu coração não se estiole, morena flor doeserto !...

Mas Zaira acenou tristemente com a cabeça. E oseu lábio juvenil de uma frescura de tamaras docesabriu-se tristemente como uma rosa do Egypto, paraque nelle pousasse tristemente a abelha de ouro de umsorriso triste.

O coração, senhor, o coração está bem morto !...Zaira!Expirou-me dentro dalma, saltou-me pelos olhos

cm lagrimas como pérolas, balbuciou a moça na anciãda Saudade e no delírio profundo da febre. Deixei-o lá,senhor, enterrado á beira do oásis, ao pé da fonte mur-mura e crystallina para que floresça numa tamareira, acuja sombra irei expirar um dia como Zenobia minhamãe, entristecida e silente...

E Abul?! perguntou então o chefe tímido, comum suave arrependimento na voz.

Pelo olhar dolorido de Zaira passou um ligeiroclarão que se apagou de súbito.Abul! voltou dè certo a ver-me quando a cara-vana partiu... Voltou a verme e certo de que Zairaera a noiva mais infiel do deserto, partiu para sempre,senhor, a esconder o seu infinito pezar onde eu pro-curo occullar a minha magua infinita — na saudade queé caminho da tréva que conduz á noite escura damorte...

O chefe de beduinos não respondeu e Zaira que-dou-se ante elle, triste e febril.No azul do céo, como a lamina recurva de um ya-lagan luzidio, brilhava o pallido crescente de prata.Luiz Rosa.

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22 de Setembro de 1901r RECREAÇÕES

As soluções dos problemas do nosso numero pas-sado são as seguintes:

Da charada nóo-bisada, Gala — Gaela; da charadatransposta, Apis — Pisa; e da charada novíssima, Sili.

Comiguenpve, Mafegui, Santclmo, Clio,Jurema, Glo-rinha e Carmelita solveram todos esses problemas;Barbaroux, Heitor Lima, Sycophanta e Zut os dousprimeiros; Dagmar, Consuelo e Vandorf os primeiro eultimo; Condor, Pandorga, Juracy, Noemia B. e Mari-zavar os dous últimos.

Para hoje apresentamos:ClIAnADA API1ERESADA (CUo)

—1 —Panno é tecido.charada casal (Crelino)

—Precedente jogo de cartas.'PEHGUNTA ENIGMÁTICA (DlllUjinha) - ''

4—Qual O animal que é occulto?

TORNIQUETESOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 56

Observar qual a perna que elle coxeia.PPODLEMA n. 57

Qual a ilha que pode ter caruncho?Ardil medes Júnior.

XADREZPROBLEMA N. .73 — adama

Pretas (5)

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Brancas (7) — Mate em 3 lances

PROBLEMA N. 74— osborn (londres)Pretas (3)

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Brancas (5) — Mate em 3 lances

Solução do problema n. 71 (Mieses)1 D 4 B, B 8 C ou 2 T. 2. CXP6D.X etc.

, B 3 T ou 8 B 2. DX P 5 D. x etc,,• qualquer outra. 2. C 6 B. x etc.

Resolvidos pelos srs. Silvano, Lafs, Theo, Dr. C.L., Alipio de Oliveira, Salvio, Eug. Agostini, e Jofemo.^^a^^t^^S

"CENTRO ENXADRISTACom a fundação do Centro Enxadrisla na sede do

Congresso Commercial, ficam os amadores residentesnesta capital confortavclmente providos de um excel-lente ponto para as suas reuniões diárias.

Installado como se acha, no salão do magníficoedifício da Educadora, situado no largo de S. Franciscode Paula n. 6, o nosso Centro poderá sem duvida com-petir com os clubs congêneres da Europa e dos Esta-dos Unidos; e, desde que a sua duração e desenvolvi-mento dependem principalmente da assídua freqüênciados associados, é preciso que não se deixe arrefecer ocnthusiasmo de que ellcs estão animados: para isso

REVISTA DA SEMANA 591 — N. 71

UMA INVENÇÃO ENGENHOSA

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Balão policial —preventivo —simples e dirigiyel. Privilegiado em todas as 5 partes do mundo(Desconfiar das imitações)

Apparelho fácil de governar. Jaula de segurança para os criminosos e gancho garantidor de haléascorpiis para os suspeitos.

Não ha perigo de evasão. Um engenhoso foles, ligado a um apito, e tendo no extremo do cabo um bar-bante, permittirá que se avise cm caso de perigo cã por baixo. Arejado, commodo e seguro.

julgamos •opportuna a creação de torneios trimestraesde partidas de xadrez, tal como fazem os .círculos nor~le-americanos.

A/V\^W

Toda a correspondência deve ser dirigida para aredacção do Jornal do Brasil, á rua Gonçalves Diasn. 54, «Secção de Xadrez».

Ilcibas.

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MODAS DA SEMANA — Últimos figurinos

Desta vez, porém, o amigo queirocurava Benedicto, obstinou-sc naontade de vcl-o, fatiava alto, chegou

a maltratar Beppo, que excedeu-sc aponto de soltar um t*o/y)o di baccfio! accentuado,e atravessou-se resolutamente junto á porta daofficina,

0 visitante agarrou Beppo pela nuca, e atirou-ode encontro á parede, como se fosse uma bolaelástica, abriu a porta da officina, c correu paraBenedicto.

Ha de receber-me! exclamou, tomando asmãos do esculptor.

Leonel! disse Benedicto.E accrcscentou com tristeza :

Ai! nem para mim existo mais!Entendo! Entendo! disse o pintor, erguendo

os hombros; amores perdidos, laços rasgados,chimeras evaporadas! A todos nós acontece isso!As provações da vida retemperam-nos, mas nãotemos o direito de deixar que ellas nos espedacem.Ora! já eu desconfiava disto. O processo de XavierPpmereul devia desmanchar os projectos deouti^ora. Não podias casar com uma menina, ilequem o irmão ia para as galés.Enganas-tc, Leonel, Sabina, a meus olhos,ficou sem macula; eu, que acredito na innoceneiade Xavier, desejava ter sua irmã por esposa.

Depois da sentença?Principalmente, depois dessa desgraça.

E' heróico, disse Leonel, mas insensato.!Pois bem! Sabina recusou esposar-me. vOra bem ! disse Leonel, é uma digna moça !

» — Sabina falta a uma promessa sagrada.Mlle. Pomereul promettera tomar-te feliz,

e agora não podia ser senão a causa de- tua rui na.,

(Continua).

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592 - Ni 71 REVISTA DA SEMANA 22 de Setembro de 1901

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Mrs. Mac-Kinley no jardin de inverno da Casa Rranca.(Phótographiá somente ollerecida ás pessoas intimas)

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PARÁBOLA ORIENTAL\AíVWW><

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Os mortos do « Lomrardia » — EITectua-se hoje, nocemitério do S. Francisco Xavier, a inauguração domonumento que a colônia italiana desta cidade man-dou erigir em homenagem aos infelizes marinheirosdo cruzador italiano Lombardia que, no desempenho dodever, longe da pátria e da família, em 1895, nas águasda nossa bahia, encontraram a morte, victimados pelaepidemia da febre amarella.

Graças aos esforços da commissão respectiva vaeser hoje, finalmente, paga essa divida de gratidão dositalianos aqui residentes ás victimas do dever.

O monumento.e as duas estatuas que o ornamentamsão de mármore branco de Carrara, excavado em umbloco bellissimo, de bronze as allegorias marítimas, osornatos e o emblema da Itália que se acha collocadona extremidade do obelisco.

As duas estatuas representam, uma a Itália deposi-tando uma coroa —e a outra um marinheiro curvando-

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Em verso breve contarei agoraUma historia das terras do Levante.Ia da Syriá pela estrada a fora,Puxando o seu camello, um viandánte;

De súbito furor arrebatado,O camello levanta-se, refuga,E, vendo-o assim, o dono, hoi rorisado.Larga o cabresto, e põe-se logo em fuga.

Correndo do animal iroso, o pobreViajor, por livrar-se do perigo,Uma cova bem próxima descobre,Onde suppunha achar seguro abrigo.

Lança-se alli, num Ímpeto de susto;Mas, ao cahir e logo á beira, esbarraNa enrediça dos galhos de um arbusto,A que na angustia do pavor se agarra.

Lá de cima, o camello furibundoFita-o; e nos penetraes da tenebrosaCova, daquelle precipício fundo,Tem aberta um dragão a fauce irosa.

E um rato branco, mais um rato escuroVé, pouco abaixo, o triste perseguido,Roendo o arbusto em que se poz seguro;E de medo maior fica transido...

Mas eis que o mesmo arbusto lhe apresentaConvidativos fruetos que appetece,E, comendo-os, tal goso experimentaQue do perigo as afficções esquece.

Que homem é esse —indagarás—tão loucoQue assim deixava se levar a esmo,Tudo esquecendo por um bem tão pouco?— Sabe agora, leitor, que és tu, tu mesmo...

E's tu, leitor: A miseranda sorte

gue te afflige é o camello rancoroso;' a caverna do dragão a morte,

Para a qual te encaminhas descuidoso.

Um dos ratos figura o dia claro,Representa o outro rato o noite escura,guc

esperdiças, buscando o fruclo raroos prazeres, ao pé da sepultura!

Silvio de Almeida.

AS NOSSAS GRAVURAS

Acfualldadc lirasilcira.— «Saldunes». Esta operado conhecido maestro brasileiro Leopoldo Miguez, cujoretrato hoje estampamos, foi representada ante honlempela primeira vez no Theatro Lyrico, cem anplausosdos assistentes.

O theatro estava litteralmenle cheio, tal a ancie-da de que havia entre os habitues pela audição de««aproducção musical, que tem servido de thema a ani-m ada discussão por parte dos entendides.

Publicamos também alguns trechos da nova opera.

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se reverente,com a ban-deira tricô-lor, ante amemória doscompanhei-ros mortos.

A altura domonumento éde 9m 50.

No interiordomonumen-to ha umaurna onde es-tão deposita-dos os ossosdos mortosd o Lombar-dia.

Publica-mos nestenumero aphotogravu-ra do monu-mento e osretratos dossro; GaetanoSegreto, Domenico Cardone e Marco F. Bertea, pre-sidente, secretario e thesoureiro da alludida commis-são.

A COMMEMORAÇÃO DE SETE DE SliTEMBRO—PubllCamOShoje mais algumas vistas tiradas por oceasião da pas-sagem das tropas pelo palácio do Cattete,em continen-cia ao sr. presidente da Republica, no dia 7 do cor-rente.

Mrs. Mac-Kinley —Publicamos no presente nu-mero dous dos últimos retratos da viuva cio mallogradopresidente da Republica dos Estados Unidos da Ame-rica do Norte, Willian Mac Kinley.

Um desses retratos é tirado no jardim de invernodo palácio presidencial e somente ofierecido pela vir-tuosa senhora aos Íntimos.

A Casa Branca—E' o nome pelo qual é designadoo palácio presidencial de Washington.

As gravuras que hoje vém publicadas represen-tam a sala das recepções e a bibliolheca, do mesmopalácio.

Sala de recepção da Casa BrancaA bibliolheca da Casa Branca

(Palácio presidencial em Washington).

dous, carregavam para o sequeiro as esteiras re-pletns.

Havia já muitas horas, só com o inlervallo in-dispensável para o pessoal embrulhar uni cigarro,epie os cachos nio paravam de mergulhar na cal-d.eira fervente, convertendo a uva apenas vindi-mada em passa a oilo dias de visla, calieados pe-los braços robustos e ligeiros de Perico, um. dosmelhores escahladores do horto miliciano, o a fainatinha traços de nno acabar pois os burricos pãoparavam de trazer cestos e mais cestos vindimosatopeiados do dourado fruclo.

Naqüelle dia todos notaram que Perico estavamenos palrador e mais preoecupado que de cos-tume c não houve quem, baseando-se no prolo-quio-«pensfl mal c accrl<irás»-nüò attribuisseo facto a alguma nova briga com a mulher, umatal Dolores, verdadeiro feitiço para os corações,morena de olhos negros como noite sem lua masmenos negros que a sua alma.

E não se illudiam os que assim pensavam...O tio Piporro, grande amigalhote de Perico,

vendo-o tão macãmbuzio, tentou distrahil-o:Que tens tu, homem de Deus, assim tão

calado?... Canta-nos alguma cousa . ... E o outro, com os olhos pregados na caldeira :

Não estou hoje para cantigas... Mas paraque vocês não digam que me faço rogado lá vaeuma copia...

E sem largara faina cantou, com voz magoada:

Soy castillo que se caey crês tu como los otros,que me vás quitando tierrapara (pie caiga mas pronto.

— Bravo! bravo! Ou Ira! outra!bradaram em coro os camaradas.

Por Ia sàlud de mi madreque abandonarte no sé;aun á sabiendas que ai cabomi perdición as de ser.

Ao ouvir as duas copias, Dolo-res, que era uma das tendedoras,estremeceu, quem sabe se pela vezprimeira desde as suas bodas! Ha-via na voz do cantor um não seique de extranho que lhe fez perdera CÒÍ.V. Lembrou-se da scenavio-lentíssima da véspera, quando Pe-rico a sorprendera cm intimo col-loquio com o ámaii-e, o Sebastião;e ella, que sempre mofava das sup-plicas e ameaças do pobre marido,teve medo; mais pelo amante quepor ella, valha a verdade.

O seu instineto de mulher ena-morada presagiava-lhe alguma des-graça, e cada vez mais se arrepen-dia de haver casado com aquellehomem a quem nunca tivera amor...Fel-o em um momento de raiva e

despeito, porque Sebastião se pegara de namorocom outra e também para dar gosto ao pae quese empenhava deveras pelo [seu casamento comPerico, um mocetão de truz a quem era devedor

de um destes serviços que não se esquecem mais.O. Garcia Navarro*

(Continua.)

DOLORESvwwyww

(HISTÓRICO)

Eo campanário da aldeiola visinha bateram asdez.

Pesava na athmosphera esse silencio enervantedos dias de agosto no meio dia da Hespanha, maisaccentuado ainda pela melopéia impertinente dascigarras e pelos ecos longínquos de alguma copiaescapando-se, preguiçosa, das gargantas dos vin-dimadores. O sol cahia a prumo sobre a terra, cal-cinando-a e derretento os miolos dos escaldadoresc preparadores da passa de moscalel. O ambientemais convidava ao somno que ao trabalho rude eáspero. No emtanto, fazia gosto ver a actividadedaquella gente estendendo nas esteiras de caniçoa uva recem-escaldada, com os dedos cobertosde canutilho para evitar a cortadura da soda, e apresteza com que, em seguida, os homens, dous a

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A ultima photographia de Mrs. Mac-Kinley (inedila)

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