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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Talmay Rohrer Marques
PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA (PIPE 05):
Relatório (Inicial e Final)
Planejamento e Contingências
UBERLÂNDIA
2014
Talmay Rohrer Marques
PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA (PIPE 05):
Relatório (Inicial e Final)
Planejamento e Contingências
Trabalho apresentado à disciplina PIPE 05, do Curso de Educação Física da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial para obtenção de créditos necessários à aprovação na presente disciplina, sob orientação do Profa. Drª. Solange Rodovalho Lima.
UBERLÂNDIA
2014
INTRODUÇÃO
É evidente que a participação de pessoas com deficiência em programas de
atividades físicas e esportivas vem sendo cada vez mais estimulada, tomando como base
essa afirmativa a Prática Pedagógica em Educação Física Adaptada (PIPE 05) tem como
objetivo a vivência prática, como o próprio nome da disciplina sugere. Esta vivência
consiste em ministrar aulas para pessoas com deficiência, estas por sua vez,
participantes do Programa de Atividades Físicas para Pessoas com Deficiência (PAPD).
As aulas ministradas podem ocorrer em ginásios, piscinas, pista de atletismo, ginásio de
psicomotricidade, academia e aulas ao ar livre. O principal foco é a estimulação dos
alunos em aspectos motor, afetivo, cognitivo e social, através das mais diversas
atividades que despertem e elucidem as habilidades dos alunos participantes do PAPD
no PIPE 05.
O PIPE 05 e o PAPD se completam e formam uma via de duas mãos a partir da
extensão, pois é essencial para os alunos do curso de Educação Física essa vivência,
além da possibilidade de atualização e especialização na área de Educação Física
Adaptada, com a promoção de saúde, qualidade de vida e a maximização dos potenciais
individuais de cada aluno. De igual modo os alunos e os coordenadores do PAPD
contam com esse apoio e empenho dos alunos que ministram as aulas e que são
cobrados para se atualizarem no que diz respeito a qual atividade e quais métodos
utilizar, algo que, novamente repito, torna-se primordial para uma boa formação.
OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica e
estudos ou atualizações para propor atividades e trabalhar as potencialidades dos alunos
do PAPD. Para tal, toma-se como base as aulas do PIPE 05, a vivência com os alunos e
os estudos de caso previamente feitos.
Além disso, tal trabalho foi dividido em duas partes, sendo a segunda um
complemento da primeira, podendo assim ser realizadas modificações necessárias nas
aulas ministradas a partir da análise das contigências iniciais.
APRESENTAÇÃO E AVALIAÇÃO INCIAL DOS ALUNOS
Turma 1 – Horário: 14:00 hs às 14:50 hs
Aluno: Júlio César de Souza Santos
Data de Nascimento: 22/03/1986 (28 anos)
Estudo de Caso: Possui deficiência intelectual congênita. Nasceu de parto
cesariana, aparentemente normal, porém aos 3 meses a mãe percebeu que ele tinha um
desenvolvimento retardado em relação aos demais bebês da mesma idade. Procurou
pediatra e logo realizou uma tomografia que diagnosticou agenesia de corpo caloso,
presença de cavo do septo pelucido e presença de cavo vergae. Em seguida foi
constatada a deficiência intelectual.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Dificuldade na marcha e pouca coordenação motora.
Apresenta pouca força nos membros superiores.
Avaliação Cognitiva: Boa associação e memorização, diante do seu caso
clínico. Dificuldade na organização de ideias e na compreensão das atividades faladas e
não demonstradas.
Avaliação Sócioafetiva: Interage bem com o professor e os demais alunos,
embora a dificuldade na dicção prejudique um pouco a sua comunicação.
Aluno: Edson Carvalho Simões
Data de Nascimento: 19/06/1976 (38 anos)
Estudo de Caso: Por volta do ano 2000, por decorrência do serviço, teve
depressão e problemas de pressão, concomitantemente a isso, alguns problemas
neurológicos. Sua avaliação médica constata uma deficiência intelectual, porém, de
acordo com a nossa revisão bibliográfica, um dos fatores principais para o diagnóstico
da deficiência intelectual é a idade, sendo obrigatoriamente esta inferior a 18 anos, caso
que não é o do sujeito em estudo. Nos embasando na ABRATA (Associação Brasileira
de Familiares, Amigos e Pessoas com Transtornos Afetivos) e nas afirmações do
neurocientísta e psiquiatra Galeno Alvarenga, podemos supor que o sujeito tenha um
possível Transtorno Depressivo Recorrente, que está classificado entre os transtornos
emocionais e dentro da classificação dos transtornos mentais. É importante salientar que
para uma afirmação concreta dessa hipótese o sujeito deve ser reavaliado por uma
equipe multidisciplinar.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Excelente coordenação motora.
Avaliação Cognitiva: Facilidade na organização de ideias e dificuldade na
compreensão das atividades faladas e não demonstradas.
Avaliação Sócioafetiva: Interage bem com o professor e os demais alunos.
Embora tenha uma distorção na dicção, a sua comunicação não fica afetada.
Aluno: Carlos Antônio do Nascimento
Data de Nascimento: 15/08/1957 (57 anos)
Estudo de Caso: possui deficiência intelectual congênita e como cosequência
disso possui também déficit de atenção, fato que dificultou a sua passagem pela escola.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Boa coordenação motora. Apresenta um bom tônus
muscular nos membros superiores e inferiores.
Avaliação Cognitiva: Fácil compreensão das atividades propostas, porém
desvia o foco da atividade muito rápido.
Avaliação Sócioafetiva: Interage bem com o professor e os demais alunos. Bem
comunicativo.
Aluno: Grafiel Tosta Linhares
Data de Nascimento: 08/12/1985 (28 anos)
Estudo de Caso: Aos 5 anos foi para educação infantil (escola privada) e a
professora identificou que o sujeito apresentava dificuldade de aprendizagem. Até então
a mãe não havia notado nada de anormal. Foi então encaminhado para o CEEU (Centro
Estadual de Educação Especial), lá passou por avaliações com os profissionais de
psicologia e pedagogia. Ao ser encaminhado ao médico, o neurologista solicitou
ressonância e tomografia computadorizada e os resultados não apresentaram alterações.
Ficou no CEEU por 16 anos (dos 5 aos 17 anos), lá fazia oficina de cerâmica,
alfabetização e educação física. Reconhece o alfabeto, mas não sabe ler. Foi
diagnosticado com deficiência intelectual leve e déficit de atenção.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Apresenta um pouco de dificuldade na coordenação motora
dos membros superiores. Apresenta bom tônus muscular dos membros inferiores.
Avaliação Cognitiva: Fácil compreensão das atividades propostas.
Avaliação Sócioafetiva: Pouco comunicativo, o que dificulta sua interação com
o professor e os demais alunos.
Aluno: Elias de Fátima da Costa
Data de Nascimento: 11/02/1990 (24 anos)
Estudo de Caso: Possui deificência intelectual congênita e dificuldade na
aprendizagem, dois fatos herdados da mãe. Casos desse tipo são comuns, quando a mãe
possui a deficiência e o filho nasce com a mesma, herdando inclusive traços das
habilidades e dificuldades. O sujeito toma remédios para pressão desde o falecimento da
mãe, nessa época o sujeito tinha 16 anos de idade. Um fato interessante é que Elias
afirma ter 16 anos até hoje, coincidência ou não, a mesma idade que tinha quando sua
mãe veio a falecer.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Pouca coordenação motora e pouca força dos membros
superiores e inferiores.
Avaliação Cognitiva: Facilidade na organização de ideias e na compreensão das
atividades propostas.
Avaliação Sócioafetiva: Pouco comunicativo e pouco interage com os demais
alunos.
Aluno: Pedro Henrique Vicente
Data de Nascimento: 24/04/1986 (28 anos)
Estudo de Caso: a avaliação médica constatou que Pedro apresenta paralisia
cerebral. No momento do seu nascimento houve uma hipóxia/apóxia cerebral, ou seja,
falta de oxigenação no cérebro, ou redução dos níveis de oxigênio no cérebro abaixo
dos limites fisiológicos, se aproxima bastante com a isquemia cerebral, que está
relacionada ao fluxo sanguíneo no cérebro.
Avaliações Iniciais
Avaliação Motora: Coordenação motora debilitada. Entretanto, apresenta pouca
resistência aeróbica.
Avaliação Cognitiva: Facilidade na organização de ideias e na compreensão das
atividades propostas.
Avaliação Sócioafetiva: Interage bem com o professor e os demais alunos. Bem
comunicativo.
Obs: Todas as avaliações finais estão no anexo III.
Turma 2 – Horário: 14:50 hs às 15:40 hs
Aluno: Luiz Franklin Martins Souza
Data de Nascimento: 23/06/1996 (17 anos)
Estudo de Caso: nasceu de parto cesariana, tendo um parto prematuro, com
apenas 6 meses de gestação. No momento do parto ingeriu líquido amniótico e após seu
nascimento ficou em incubadora durante um mês aproximadamente. Após quinze dias
fora da incubadora teve crise conculsiva acompanhada de vômitos, um mês após esse
episódio saiu do hospital. Nunca andou, usa cadeira de rodas e com um ano e 3 meses
de vida começou a falar. Foi diagnosticado com deficiência intelctual e paralisia
cerebral.
Avaliação Motora: Sua biomecânica lhe permite poucos movimentos.
Avaliação Cognitiva: Facilidade na organização de ideias e na compreensão das
atividades propostas.
Avaliação Sócioafetiva: Muito comunicativo, interage muito bem com o
professor e os alunos que fazem aula ao seu redor.
AVALIAÇÃO FINAL DOS ALUNOS
Avaliação Final dos Alunos do PIPE 05Aluno: Júlio César de Souza SantosApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento
em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração
para as atividadesxDificuldade na organização do pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-
afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o professorxDificuldade de interação por causa da
deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãoxAvaliação Final dos Alunos do PIPE 05Aluno: Edson Carvalho SimõesApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento
em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração
para as atividadesxDificuldade na organização do pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-
afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o professorxDificuldade de interação por causa da
deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãox
Avaliação Final dos Alunos do PIPE 05Aluno: Carlos Antônio do NascimentoApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com
bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das
atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração para as atividadesxDificuldade na organização do
pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o
professorxDificuldade de interação por causa da deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãox
Avaliação Final dos Alunos do PIPE 05Aluno: Grafiel Tosta LinharesApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento
em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração
para as atividadesxDificuldade na organização do pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-
afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o professorxDificuldade de interação por causa da
deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãox
Avaliação Final dos Alunos do PIPE 05Aluno: Elias de Fátima da CostaApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento
em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração
para as atividadesxDificuldade na organização do pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-
afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o professorxDificuldade de interação por causa da
deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãox
Avaliação Inicial dos Alunos do PIPE 05Aluno: Pedro Henrique VicenteApresentaSimNãoAspectos Físico e MotorBoa
coordenação motora finaxBoa coordenação motora grossaxDificuldade na marchaxDificuldade no deslocamento de
costasxDificuldade no deslocamento lateralxDificuldade na execução das atividadesxBom equilíbrioxForça nos membros superioresxForça
nos membros inferioresxExecução de corrida em baixa intensidadexExecução de corrida em intensidade médiaxExecução de
corrida em alta intensidadexDificuldade na progressão com bolaxDificuldade na condução de bolaxDificuldade no deslocamento
em slalomxAspecto CognitivoDificuldade na compreensão das atividadesxDificuldade na execução das atividadesxConcentração
para as atividadesxDificuldade na organização do pensamentoxDificuldade de contra-argumentaçãoxAspecto Sócio-
afetivoInteração com os demais alunosxInteração com o professorxDificuldade de interação por causa da
deficiênciaxDificuldade de comunicaçãoxDificuldade de socializaçãox
AVALIAÇÃO FINAL
1º HORÁRIO
De uma forma geral, todos os alunos mostraram respostas ótimas diante das
aulas propostas, alcançado de forma significativa os objetivos e produzindo melhoras.
Muitas vezes essas melhoras são mínimas e podem parecer insignificantes aos olhos de
quem não conhece a realidade, mas o simples fato de um cumprimento, como é o caso
do Grafiel, que não conversa, já é gratificante para o professor. As melhoras também
não são apenas nos aspectos físico, motor, de coordenação, percebemos mudanças
cognitivas e sócio-afetivas muito grandes também, algo que dá ao aluno maior
possibilidade de desenvolvimento.
Os resultados foram expressos nas tabelas acima e estão de acordo com as
avaliações do professor auxiliar, Felipe Rabelo, do 3º período, que foi o observador
deste grupo.
2º HORÁRIO
Assim como no grupo 1, o aluno Luíz Franklin mostrou ótimas respostas e uma
excelente readaptação tanto no meio aquático quanto na academia. Suas dificuldades e
limitações, principalmente físicas, são ofuscadas por suas potencialidades. As melhoras
puderam ser percebidas através do tempo total de nado durante a aula, o que mostrou
melhora na resistência aeróbica, aumento no tempo submerso, o que mostrou melhora
na adaptação cardio-respiratória, e o aumento das cargas nos exercícios na academia, o
que mostrou melhora diantes dos exercícios de força.
Os resultados foram expressos nas tabelas acima e estão de acordo com as
avaliações do professor auxiliar, Felipe Rabelo, do 3º período, que foi o observador
deste grupo.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Para Dias (2013), há três grandes grupos de classificações para as manifestações
da deficiência: deficiência física, deficiência sensorial e deficiência intelectual. Vamos
nos ater apenas a última, pelo fato de que todos os alunos, aos quais ministro as aulas
do PIPE 05 e que foram citados anteriormente, exceto o Pedro, encontram-se neste
grupo da deficiência intelectual.
Assim como Lima (2009), utilizaremos o termo deficiência intelectual por
concordar e tomar como base o movimento que no contexto mundial defende o uso de
tal termo deixando de lado o termo “deficiência mental”. Nessa mesma perspectiva,
afirma-se que o termo “intelectual” é mais apropriado por “[...] referir-se ao
funcionamento do intelecto especificamente e não funcionamento da mente como um
todo” (SASSAKI, 2005 citado por LIMA, 2009, p. 17). Houve uma alteração em 1995,
no simpósio de Deficiência Intelectual da Organização das Nações Unidas (ONU), do
termo deficiência mental para deficiência intelectual, com o objetivo de discernir mais
facilmente a deficiência mental, termo que até então era correto, da doença mental
(quadros psiquiátricos não necessariamente associados ao déficit intelectual). (LIMA,
2009 citado por RODRIGUES, 2014, p. 370).
A importância da utilização correta e adequada dos termos não se dá apenas por
esse fato de alteração pela ONU, mas também pelo fato de que os termos utilizados
como debilidade mental, retardo mental, demência, subnormalidade mental, entre
outros, para Dias (2013) refere-se não apenas a denominações diferentes, mas
expressões discursivas de visões de mundo distintas. Esse mesmo autor ainda afirma
que cada expressão traz em sua constituição um conjunto de ideias, significados e
orientações que se manifestam nas práticas cotidianas, indicando ênfases na
compreensão e nas expectativas em relação à pessoa com deficiência. Por se tratar de
um trabalho científico, dentro de uma instituição de ensino superior com ênfase no tripé
de ensino, pesquisa e extensão, devemos nos abster desses pré-conceitos e pré-
julgamentos.
Rodrigues (2014) destacou que a Associação Americana de Retardo Mental
(AAMR), em 2002, ainda utilizando o termo “retardo mental”, o definiu como uma
incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e
comportamento adaptativo expresso nas habilidades sociais, conceituais e práticas. Na
mesma linha de raciocínio da AAMR, a American Association on Intellectual and
Developmental Disabilities (AAIDD) afirmou em 2009, que a deficiência intelectual
caracteriza-se por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual como no
comportamento adaptativo, influenciando a socialização e o comportamento motor.
As afirmativas do parágrafo acima ficam evidentes logo nas avaliações iniciais
realizadas com os alunos. Embora cada um apresente potencialidades, que devem ser
desenvolvidas, os alunos apresentam também suas individualidades de limitações, seja
na marcha, na coordenação motora ou comportamento adaptativo, todas limitações de
alguma funcionalidade intelectual.
Desviando um pouco dessa afirmação da AAIDD, Vigostski (1997) citado por
Dias (2013, p.178) diz que o adulto com deficiência intelectual não deve ser
considerado principalmente como menos desenvolvido que outros, mas desenvolvendo-
se de forma qualitativamente diferente, auxiliado por Honora e Frizanco (2008) que
dizem que a deficiência intelectual não é uma doença ou transtorno psiquiátrico, e sim
um fator que causa prejuízo das funções cognitivas que acompanham o
desenvolvimento diferente do cérebro.
Tal afirmativa pode ser justificada ou comprovada no caso específico do Júlio
César, por exemplo, que, embora tenha um quadro clínico raro e delicado, tem uma
capacidade impressionante de gravar informações e associá-las facilmente em um
momento futuro.
Porém a AAIDD define a deficiência intelectual como uma incapacidade
caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual como na
capacidade adaptativa consideravelmente abaixo da média esperada, sendo isso uma
verdade dentro do nosso pequeno grupo de alunos, mesmo que eles tenham
potencialidades expetaculares o funcionamento intelectual e capacidade adaptativa são
abaixo da média esperada.
A Deficiênci Intelectual é desenvolvida antes dos 18 anos, com notáveis
prejuízos no funcionamento social do indivíduo: comunicação, cuidados pessoais,
habilidades interpessoais e domésticas e autonomia, saúde e segurança. As capacidades
cognitivas, como aprendizagem, raciocínio e resolução de problemas, também são
prejudicadas. Por se tratar de um órgão renomado e cientificamente respeitado vamos
tomar essa definição como cerne para o estudo da deficiência intelectual, visto que a
afirmação Vigotski é voltada para o lado mais educacional e que é uma afirmação que
não impede e nem se contrapõem à definição proposta pela AAIDD.
As causas da deficiência intelectual são inúmeras e complexas, envolvendo
fatores pré-natais, perinatais e pós-natais. O diagnóstico da causa é difícil, englobando
fatores genéticos e ambientais, como quadros genéticos, infecções, drogas na gravidez,
dificuldades no parto, prematuridade, meningites, traumas cranianos, maus-tratos e
violência na primeira infância (SMITH, 2008; GONZÁLEZ, 2007).
Para cada uma das causas apresentadas acima temos um exemplo presente no
nosso grupo de alunos. De forma rápida apresentamos novamente o caso do Elias, como
um fator genético (pré-natal), o caso do Carlos, como um fator de dificuldades no parto
(perinatal) e prematuridade, além do caso do Edson, como um fator de trauma craniano
(pós-natal).
Conforme Smith (2008) e González (2007), as capacidades adaptativas e
funcionais podem ser definidas em quatro grupos diferentes:
• Leves: as pessoas com esse grau da deficiência apresentam dificuldades de
aprendizagem, porém têm facilidade de adaptação. É necessário acompanhamento
especial e programas de ensino adequados e específicos para acompanhá-las no período
escolar.
• Moderados: as pessoas com esse grau da deficiência apresentam atrasos
marcantes de desenvolvimento e precisam de auxílio para o autocuidado. Perante uma
classe especial, essas crianças poderão treinar várias habilidades de hábitos higiênicos,
bons modos, disciplina etc. Com um trabalho específico e bem desenhado, poderão
aprender diferentes conteúdos acadêmicos.
• Graves: as pessoas com esse grau da deficiência necessitam de
acompanhamento constante, pois há limitações em autocuidado, comunicação e
mobilidade.
• Profundos: as pessoas com esse grau da deficiência necessitam de apoio
contínuo, pois há limitações em continência, autocuidado, comunicação e mobilidade.
Considero que todos os alunos da primeira turma, exceto o Pedro, se enquadrem
no primeiro grupo. Já o aluno do segundo horário se encaixa na classificação 'grave',
isso devido ao fato do mesmo não conseguir andar, utilizar sempre a cadeira de rodas e
pouca mobilidade dos membros superiores, necessitando constantemente do auxílio de
outrem para realização das suas tarefas diárias.
Ainda tomando como base Honora e Frizanco (2008), explanamos que há uma
grande variação de capacidades e necessidades dos indivíduos com deficiência
intelectual, podendo apresentar diferenças em quatro áreas:
1 - Área motora: as complicações e diferenças na área motora das pessoas com
deficiência intelectual em relação as pessoas que não possuem deficiência são mínimas
e quase imperceptíveis em alguns casos, geralmente a maior disfunção está relacionada
com pequenas alterações na motricidade fina, como é o caso do Júlio César. Poucos
casos mais graves ou profundos podem apresentar complicações quanto a coordenção e
manipulação além de possibilidade em iniciarem tardiamente o processo da marcha
bípede.
2 - Área cognitiva: nessa área o processo de desenvolvimento qualitativo é o
mais prejudicado para as pessoas com deficiência intelectual. Podem apresentar
dificuldades no processo de ensino/aprendizagem em conceitos abstratos, déficit de
atenção, complicações na capacidade de memorização e resolução de problemas e
generalização. E como afirma Vigotski (1997), essas pessoas são inteiramente capazes
de atingir os mesmos objetivos escolares dos demais, embora, por conta da deficiência,
levem um pouco mais de tempo e estímulo/acompanhamento, algo que aconteceu com o
Carlos, porém o aluno sentiu muita dificuldade na sua passagem pela escola, fato que
fez com que ele parasse por diversas vezes, não chegando a concluir o ensino
fundamental.
3 - Área da comunicação: as pessoas com deficiência intelectual possuem uma
dificuldade na sua comunicação por fatos da própria deficiência, característica
levemente parecida com a do autismo, embora parte dessa dificuldade seja por uma
consequência do item anterior que está intimamente ligado as formas de expressão, logo
há dificuldades no processo de comunicação e socialização, em alguns casos. Esta é
uma área bem característica do Grafiel, bem parecido com o autismo, mas as
dificuldades de comunicação e socialização são da própria deficiência.
4 - Área socioeducacional: em certos casos de deficiência intelectual, há uma
discrepância entre a idade mental e cronológica, como o caso do Elias, citado
anteriormente. Um bom modo para lidar com isso é agrupar ou promover situações em
que pessoas com a mesma idade cronológica se relacionem mais para diversificar a
idade mental, fazendo com que todos aprendam de igual modo e tenham os mesmo
estímulos. Fazer tal distinção por idade mental pode acarretar em dificuldades para o
desenvolvimento psíquico-social da pessoa com deficiência intelectual.
Tais diferenças de desenvolvimento nas quatro áreas citadas podem ser
minimizadas com um trabalho multidisciplinar, por exemplo, não seria tão eficiente ter
um profissional da fisioterapia e da educação física tratando de uma pessoa com
deficiência intelectual na área motora se essa mesma pessoa não se desenvolver na área
cognitiva pois elas caminham juntas. Da mesma forma com as duas outras áreas
supracitadas, socioeducacional e comunicação, que também caminham de mãos juntas
e que não deixam de se relacionar em momento algum com as áreas cognitiva e motora.
É importante então, que quaisquer profissionais que forem trabalhar com essa
população, sejam eles fisioterapeutas, pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos,
educadores físicos, todos devem saber exaltar as qualidades e dar o apoio necessário nas
dificuldades que cada um possui.
PARALISIA CEREBRAL
A Paralisia Cerebral (PC) é uma alteração decorrente de lesão não evolutiva no
sistema nervoso central, no período precoce do desenvolvimento cerebral, isso pode
acarretar em transtornos persistentes de movimento e postura (SILVÉRIO, 2009), sendo
a área motora a mais afetada. Isso é evidente em ambos os casos de Paralisia Cerebral
presentes no nosso grupo de alunos. Tanto o Pedro quanto o Luíz Franklin apresentam
dificuldades de movimentos e problemas de postura, sendo este mais evidente do que o
primeiro nos dois casos.
A classificação da PC é realizada mediante análise da qualidade do
tônus muscular, padrão de expressão motora, região de
comprometimento cerebral e gravidade. O tipo de alteração do
movimento observado está relacionado com a localização da lesão no
cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. O
diagnóstico de PC usualmente envolve retardo ou atraso no
desenvolvimento motor, persistência de reflexos primitivos, presença
de reflexos anormais, e o fracasso do desenvolvimento dos reflexos
protetores, tal como a resposta de pára-quedas. O tratamento de
crianças com PC envolve equipes multiprofissionais que buscam
minimizar o impacto desta patologia no seu desenvolvimento global.
(UMPHED, 2003; NUNES, 2007; citados por DANTAS 2010, p.
230)
Apesar das lesões ocorridas na PC serem irreversíveis, as células sadias precisam
ser estimuladas para que possam se desenvolver o mais corretamente possível, suprindo
os déficits causados pela lesão, sendo esta então a preocupação principal para com os
dois alunos que apresentam PC. Neste sentido, a atividade física pode contribuir,
oferecendo esse estímulo e proporcionando melhora na qualidade de vida desses
indivíduos. A prática de atividade física regular por indivíduos com PC pode favorecer
para que essas pessoas possam conhecer a si mesmas, aceitar suas limitações e enxergar
novas possibilidades de desenvolvimento nos aspectos cognitivo, afetivo e motores
(DUARTE e LIMA, 2003), característica que já é visível nos nossos alunos, eles são
capazes de entender e aceitar suas limitações e procuram trilhar por uma nova vertente
com um leque de possibilidades para seu desenvolvimento, saúde e bem-estar.
Paiva (2010), afirma que pessoas com Paralisia Cerebral deveriam praticar mais
exercícios físicos que a população geral, pelo fato de que além dos processos deletérios
do envelhecimento, a pessoa com Paralisia Cerebral tende a perder mais massa
muscular, redução da mobilidade, aumenta-se as contraturas e as dores. Tomando como
base o estudo de Ross (2007), Paiva (2010) ainda salienta que as principais causas de
limitações motoras em pessoas com Paralisia Cerebral estão relacionados com a
diminuição da força muscular e reforça que o treinamento de força é importante para
essa população. Nesta afirmativa, justificamos o trabalho de força proposto para ambos
os alunos na academia, aulas funcionais e piscina.
Ainda tratando dos benefícios da atividade física, a Associação Brasileira de
Paralisia Cerebral afirma que os exercícios trazem o domínio psicomotor, aumentam
circulção do sangue, auxiliam no equilíbrio, na propiocepção, aumentam ainda o
domínio cognitivo e afetivo-social.
AGENESIA DE CORPO CALOSO
Essa deficiência é exclusivamente encontrada no nosso grupo de alunos no Júlio
César. O sistema nervoso central (SNC) é responsável pela interpretação e pela
transmissão de informações sensitivas, cognitivas e motoras. Em sua região central,
encontra-se o corpo caloso (CC), que transmite essas informações entre os hemisférios
cerebrais por meio de um trato único e exclusivo para a integração (FAME, 2011 citado
por PACHECO et al, 2014, p.253). Alterações caracterizadas por gênese parcial
(disgenesia) ou ausência total (agenesia) do CC podem gerar uma desconexão inter-
hemisférica (DAVILA-GUTIERREZ, 2002)
As principais consequências são a dificuldade de contra-argumentação,
dificuldade de associação e desenvolvimento retardado, seja este motor ou psiquico,
caracterísitcas apresentadas pelo aluno claramente. Para minimizar esses efeitos
deletérios faz-se necessário a atividade física e o trabalho multidisciplinar que assim
como na Deficiência Intelectual e na Paralisia Cerebral são fundamentais para o
indivíduo, melhorando as capacidades coordenativas, motoras, psiquicas e
comunicativas, tais melhoras são vistas no aluno, uma vez que ele se tornou mais
comunicativo ao longo do processo, apresentou melhoras coordenativas significativas,
etc.
CAVO DO SEPTO PELÚCIDO E CAVO VERGAE
O cavo do septo pelúcido é uma cavidade que se manifesta na linha mediana do
cérebro como um componente natural durante o neurodesenvolvimento, é uma fina
membrana presente entre o corpo caloso e o fórnix, mas se esta característica persiste
após o nascimento pode trazer grandes consequências motoras, intelectuais, psiquicas e
comunicativas em grandes dimensões, geralmente está associado a distúrbios
comportamentais. A persistência do cavo do septo foi considerada uma variação normal,
mas devido suas associações com vários distúrbios de desenvolvimento embrionário, é
considerada agora um indicativo de um desenvolvimento cerebral anômalo. A ausência
do septo pode decorrer de um desenvolvimento embrionário falho ou de lesões que
afetam o desenvolvimento durante o primeiro trimestre da gravidez. (DUQUE PARRA,
2012; Tradução nossa)
O cavo vergae é apenas uma extensão do septo pelúcido e é assim chamado pois
o seu descobridor tinha o nome de Adrea Verga.
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