Planejamento de Auditoria
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Auditoria Governamental p/ TCU
Prof. Jetro Coutinho
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Sumário
SUMÁRIO ................................................................................................................................................................... 2
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ......................................................................................................................... 4
PREPARANDO O PLANEJAMENTO: ATIVIDADES PRELIMINARES E VISÃO GERAL PRELIMINAR DO OBJETO .................................... 5 O PROPÓSITO DA FASE DE PLANEJAMENTO ...................................................................................................................... 6 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO DE AUDITORIA .......................................................................................................... 8
Definição do objetivo da auditoria .......................................................................................................................... 8 Avaliação de Riscos em Auditoria........................................................................................................................... 9 Determinação do Escopo da Auditoria .................................................................................................................. 12 Determinação da Materialidade em Auditoria ...................................................................................................... 13 Definição da equipe de auditoria e dos recursos necessários .................................................................................. 14 Critérios em Auditorias ........................................................................................................................................ 14 Elaboração das Questões de Auditoria ................................................................................................................. 15
FASES DE PLANEJAMENTO: FOCO NA DOCUMENTAÇÃO ................................................................................................... 15 Atividades Preliminares e VGO ............................................................................................................................ 16 Programa de Auditoria / Estratégia Global + Plano de Auditoria ............................................................................ 16 Matriz de Planejamento ...................................................................................................................................... 17
CONCLUSÃO DA AULA ................................................................................................................................................ 21
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ....................................................................................... 23
LISTA DE QUESTÕES ........................................................................................................................................ 41
GABARITO ............................................................................................................................................................ 50
RESUMO DIRECIONADO ................................................................................................................................. 51
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Fala comigo meu povo! Tudo bem com vocês?
Finalmente chegou o momento de partirmos para o processo de auditoria em si.
Começaremos pelo começo (haha!), a fase do Planejamento de Auditoria.
Já é?
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Qualquer auditoria se assemelha muito a um projeto. Assim, realizar uma auditoria é a mesma coisa que
realizar um projeto.
Não tá no edital de Auditoria do concurso a definição de “projeto”, mas trago aqui para que a gente
entenda melhor como as coisas funcionam. Bom, um projeto é um esforço temporário empreendido para criar
um produto, serviço ou resultado único.
Assim, um projeto é um esforço que não é perene, ele é temporário, ou seja, limitado no tempo. O esforço
durará um período pré-determinado. Passado o período, o esforço será colocado em outro lugar. No entanto,
enquanto o esforço temporário estiver alocado, ele visa criar um resultado único, que deve ser atingido no período
estabelecido. Assim, o resultado gerado por um projeto é único, pois não será perene e nem atingido
repetidamente.
Uma auditoria se encaixa perfeitamente na definição de projeto. Durante uma auditoria, a EFS fará um
esforço temporário (alocando recursos e pessoas) para atingir um resultado único (que é o resultado da auditoria).
Mesmo auditorias que são realizadas anualmente (como as auditorias financeiras) também são caracterizadas
como um projeto, pois a cada ano, o enfoque da auditoria pode ser diferente (em um ano, o foco é na avaliação do
imobilizado, enquanto no outro ano o foco pode ser nas despesas).
Portanto, toda auditoria é um projeto, um esforço temporário no tempo voltado para atingir um resultado
único.
Para que o projeto atinja o sucesso esperado, é necessário que ele seja bem gerido. Isso implica que o
projeto seja realizado de maneira econômica, eficiente, eficaz, oportuna e de acordo com os princípios da boa
gestão de projetos1.
Ao gerenciar bem o projeto de auditoria, o auditor irá potencializar os resultados atingidos. Assim, para
realizar uma auditoria de alta qualidade dentro do prazo definido, o auditor deve considerar a auditoria como um
projeto, que requer (entre outras características) planejamento, organização, gerenciamento, método e
estratégias de gestão de projetos.
O que vamos estudar na aula de hoje é como o auditor deve gerenciar a primeira fase do projeto auditoria:
o planejamento. Um bom planejamento auxilia o auditor a delimitar o que ele vai fazer e como vai fazer. Alguns
conceitos já não serão novidade para nós, mas outros serão melhor trabalhados.
Mas vamos dar um passo atrás e ver o que ocorre ANTES do planejamento da auditoria.
1 Em concursos que cobram tanto auditoria quanto administração, é comum que seja cobrado o conhecimento de gestão de projetos no edital de administração.
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Preparando o Planejamento: Atividades Preliminares e Visão Geral Preliminar do Objeto
Antes de cair de cabeça no planejamento, o auditor já tem coisas a fazer! Mas o tipo de coisa que o auditor
faz depende do tipo de auditoria: se é uma Auditoria Financeira ou se são os demais tipos.
Vamos começar pelas coisas que o auditor faz quando realiza uma auditoria financeira. Bom, nas auditorias
financeiras, estas coisas são chamadas de atividades preliminares e, como o nome diz, elas são preliminares ao
planejamento. Em outras palavras, as atividades preliminares ANTECEDEM o planejamento, ou seja, elas ocorrem
antes de iniciarmos o planejamento em si.
Nas atividades preliminares, o auditor precisa verificar se existem as condições mínimas para que ele possa
realizar a auditoria. Ou seja, o foco do auditor é na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam
afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria.
Assim, durante as atividades preliminares, o auditor precisa confirmar que ele mantém a independência
necessária e a capacidade para realizar o trabalho (i), que a sua disposição para continuar o trabalho continuará a
mesma (ii) e que não há desentendimentos com o auditado em relação aos termos do trabalho (iii).
Ou seja, durante as atividades preliminares, o auditor verifica se existem condições mínimas para que a
auditoria seja realizada. Assim, o auditor verifica se conseguirá cumprir os requisitos de qualidade exigidos para
sua auditoria, se consegue cumprir os requisitos éticos, inclusive a independência e há entendimento sobre os
termos da auditoria e dos papéis e responsabilidades do auditor e do auditado.
As atividades preliminares são exigidas pelas normas de auditoria e, portanto, elas devem compor a
documentação da auditoria financeira.
Mas não faz sentido falarmos em atividades preliminares na Auditoria Operacional e na de Conformidade.
Por que é assim?
É que no setor público, como a auditoria é realizada em bases legais (auditoria é calcada na legislação), as
vezes essas condições mínimas já estão implícitas no funcionamento da Administração Pública e nas
competências normativas atribuídas a cada organização pública. Assim, se a competência para realizar Auditorias
Operacionais (ANOPs) e Auditorias de Conformidade (ACONFs) for concedida ao Tribunal de Contas, já é meio
que implícito que o auditor manterá a disposição para continuar o trabalho. Além disso, como a realização de
ANOPs e ACONFs é derivada das competências normativas, auditor e auditado entram num entendimento
“automático” sobre a realização da auditoria, restando apenas poucos ajustes acerca do período da auditoria,
prazo para entrega dos documentos que o auditor solicitou, etc.
Ou seja, nas ANOPs e ACONFs não temos as atividades preliminares. O mais comum nestes tipos de
auditoria é termos a Visão Geral Preliminar do Objeto (VGPO), que é uma descrição de como o objeto de
auditoria funciona, ou seja, o auditor irá obter uma visão geral de como o objeto funciona.
Assim, na VGPO, o auditor irá realizar a obtenção de conhecimento e compreensão do objeto da auditoria.
A ideia aqui é ele entender o contexto do objeto de auditoria, como o ambiente organizacional, a legislação
aplicável, os organogramas, os fluxogramas, as rotinas/manuais, os programas/açoes gerenciados, o
planejamento estratégico e operacional, os resultados dos últimos trabalhos de auditoria realizados, etc.
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Ou seja, na VGPO, o auditor vai entender como o objeto funciona e formar uma visão geral sobre ele. Para
isso, ele pode usar diversas fontes de informação, até mesmo notícias da mídia e trabalhos anteriores de auditoria
feitos no auditado.
Por exemplo, se a mídia fez uma reportagem sobre a corrupção contida no objeto da auditoria, o auditor
pode usar isso para construir a Visão Geral (ele não pode usar a reportagem como evidência de auditoria, mas ele
pode usar a notícia para montar a VGPO).
Além disso, se o objeto já sofreu auditorias anteriores, o auditor atual também pode verificar qual o
resultado dessas auditorias e se os problemas apontados foram resolvidos ou não. Ao fazer essa avaliação, o
auditor obtém um entendimento maior sobre o objeto, pois sabe se os problemas foram resolvidos ou se
persistem.
Repare que na Auditoria Financeira não faz sentido fazer uma VGPO, pois o objeto é sempre o mesmo (são
sempre as demonstrações contábeis). Já as auditorias operacionais e de conformidade possuem uma ampla
variedade de objetos. Assim, a VGPO é necessária não só para o auditor conhecer o objeto, mas também para o
usuário previsto, que pode não estar familiarizado com o objeto. Por isso, a versão final da VGPO (chamada de
Visão Geral do Objeto, sem o “preliminar”) deve constar no relatório de auditoria, como forma de informar o
usuário previsto sobre como o objeto de auditoria funciona.
Em uma ANOP, por exemplo, a VGPO pode descrever como uma política pública funciona. Quais as
características da política pública, qual a legislação aplicável, os objetivos da política, quais os setores
responsáveis, quais os riscos da política pública e quais os problemas de controle interno que a política possui.
Em uma ACONF sobre o cumprimento de um Decreto em um órgão, a VGPO pode trazer, por exemplo, o
objetivo do Decreto, qual situação ele regulamenta e as razões que levaram à regulamentação. Além disso, pode
trazer informações sobre o órgão, seus objetivos, o histórico de conformidade do órgão, porque o cumprimento
do Decreto é relevante para aquele órgão e quais os processos/projetos do órgão que são afetados pelo Decreto.
Tanto as atividades preliminares nas AFINs quanto a VGPO nas ANOPs/ACONFs são realizadas antes do
planejamento e fornecem importantes subsídios para esta fase da auditoria.
Antes do planejamento, o auditor possui coisas a fazer.
Nas AFINs, o auditor realiza as atividades preliminares, verificando se existem condições mínimas para
realizar a auditoria (cumprimento da qualidade esperada, dos requisitos éticos e entendimento sobre os
termos do trabalho).
Nas ANOPs e ACONFs, o auditor constrói a Visão Geral Preliminar do Objeto, para obter conhecimento e
compreensão sobre o objeto de auditoria.
O propósito da fase de planejamento
Após a realização das atividades preliminares ou da construção da VGPO, é hora de partir para o
planejamento propriamente dito.
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No planejamento da auditoria, o auditor determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e
quais os procedimentos para alcançá-los. Assim, o auditor estabelece o que deseja alcançar com a auditoria e como
vai fazer para chegar lá. Há definição do que deve ser feito, quando deve ser feito, como deve ser feito, onde se
quer chegar.
Podemos resumir o propósito da fase de planejamento em dois pontos:
➢ Obter entendimento do objeto auditado: Na VGPO, o auditor obtém um entendimento preliminar sobre
o objeto da auditoria, mas agora é hora de aprofundar este entendimento. Assim, durante a fase do
planejamento, o auditor aprofunda o obtido na VGPO e confirma ou não suas impressões preliminares
sobre o objeto. Ao obter o entendimento sobre o objeto, o auditor forma a Visão Geral do Objeto (VGO,
sem o “preliminar”).
➢ Escolher a melhor forma de realizar a auditoria: A VGO aponta várias características do objeto de
auditoria e já dá indicações de riscos do objeto de auditoria e falhas de controle. Por isso, com base no
entendimento obtido, é hora de o auditor escolher como irá realizar a auditoria: qual será o escopo da
auditoria, que tipos de procedimentos irá realizar, quais achados espera encontrar, quais evidências
espera obter e qual cronograma será seguido. A ideia desta etapa é definir de que forma a auditoria será
realizada.
Assim, se o auditor obtiver entendimento sobre o objeto e se definir a melhor forma de conduzir a auditoria,
ele terá cumprido o propósito da fase de planejamento. Mas o planejamento apresenta uma característica
interessante: ele não se encerra com o início dos trabalhos de campo (não se encerra quando começa a fase da
execução).
Isso ocorre porque alguma situação que ocorra na execução pode obrigar o auditor a rever o planejamento e
readequá-lo. Por exemplo, se a equipe de auditoria possuir 3 auditores e um deles precisar sair da auditoria antes
do final, o auditor precisará reavaliar o planejamento, para readequá-lo aos recursos disponíveis. No caso do
exemplo, a saída de um dos auditores pode implicar redução no escopo da auditoria ou a não realização de algum
procedimento.
Outra situação que pode ocorrer na fase de execução é o auditor se deparar com um risco do objeto que
ainda não tinha considerado durante o planejamento da auditoria. Assim, ele precisará revisar a VGO para incluir
o risco identificado. Dada essa natureza da VGO (poder mudar até o relatório), nem sempre a VGO feita no
planejamento é a versão final. Por isso, algumas normas tratam a VGO feita no planejamento ainda como VGO
preliminar. Assim, se você vir uma questão dizendo que a VGO no planejamento é preliminar, ela pode estar certa,
ok?
Estes dois exemplos (auditor sair durante auditoria e VGO ser revisada) ilustram que o planejamento da
auditoria não é estanque, não é rígido e nem isolado. Ao contrário, ele é flexível e vai sendo adaptado conforme a
auditoria for acontecendo (é iterativo). Além disso, o planejamento deve envolve toda a equipe de auditoria, pois
é um trabalho em equipe.
O planejamento da auditoria não é estanque, não é rígido e nem isolado. Ele é flexível, iterativo e realizado
em equipe. Ele não se encerra com o início dos trabalhos de campo
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Passo a passo do Planejamento de Auditoria
No fase de planejamento, a auditoria deve ser planejada de acordo com o tempo disponível e o objetivo
determinado.
Assim, após a VGO e considerando os riscos do objeto, serão definidos o objetivos, avaliados os riscos, e
estabelecidos o escopo, a materialidade, a equipe de auditoria, os critérios e as questões de auditoria. Depois
disso, é hora de a auditoria documentar o planejamento, por meio da matriz de planejamento.
Vale lembrar que as etapas acima são as comuns a todos os tipos de auditoria. Mas auditorias específicas
podem exigir etapas adicionais (como na ANOP, na qual o auditor precisa selecionar os critérios).
Preciso dizer também que não existe uma ordem exata para o cumprimento das etapas. Isto porque o
planejamento da auditoria é iterativo. Isso significa que há auditorias em que o escopo e a materialidade serão
feitos depois da avaliação de riscos, mas pode acontecer que em um determinado contexto a avaliação de risco
seja feita depois da definição do escopo.
Então, não necessariamente temos uma ordem rígida e sequencial para as etapas acima, ok?
Bom, vamos ver dar uma olhada nas paradas.
Definição do objetivo da auditoria
O objetivo da auditoria serve para um coisa bem simples: estabelecer o que a auditoria se propõe a realizar.
Assim, o objetivo da auditoria expressa o que a auditoria pretende atingir ao seu final.
Seguem alguns objetivos de auditorias que eu fiz no TCU:
Avaliar a capacidade de atuação da SEGEP/MP como órgão central indutor do aperfeiçoamento da
gestão pública (ACONF – apesar de ter cara de operacional, estávamos avaliando o cumprimento
das competências normativas da unidade relativas à indução da melhoria da gestão pública).
Expressar uma opinião profissional sobre a Demonstração de Fluxo de Caixa e Demonstração de
Investimentos Acumulados do Programa de Fortalecimento da Prevenção da Corrupção na Gestão
Pública Brasileira - PROPREVINE , referentes ao período sob exame (AFIN).
Avaliar a conformidade da destinação dos recursos repassados pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento com as regras acordadas no contrato internacional (ACONF).
Avaliar a sistemática disponibilizada no Sistema de Controle Interno para assessorar os gestores na
definição de estratégias de gerenciamento de riscos, na identificação e avaliação destes e na
definição, implantação e monitoramento de controles internos, bem como avaliar a capacidade dos
órgãos de controle interno para realizar auditoria das demonstrações financeiras dos órgãos e
entidades federais (ANOP).
Avaliar se as estruturas de prevenção, detecção e correção relacionadas a fraude e corrupção das
Instituições Federais estão compatíveis com seu poder de compra e regulação, e o poder de
barganha do mercado comprador e regulado, bem como propor melhorias de forma a mitigar efeitos
e eliminar causas sistêmicas (ANOP).
Após a definição do objetivo de auditoria, o auditor já está pronto para partir para a delimitação da auditoria
que irá realizar.
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Avaliação de Riscos em Auditoria
Até agora, o auditor já possui a VGO e já definiu o objetivo da auditoria. Agora é a hora de o auditor definir o
risco de auditoria (RA) e dos seus componentes (Risco Inerente, Risco de Controle e Risco de Detecção).
A ideia é fazer um planejamento de auditoria baseado no risco de auditoria definido. Vale lembrar que o risco
de auditoria é o risco de o auditor “falar besteira”. De maneira bonitinha, é o risco de o relatório do auditor ser
inadequado às circunstâncias.
Assim, o auditor precisa gerenciar o RA de forma a minimizá-lo e torná-lo aceitável. Para gerenciar o RA, o
auditor estabelece o Risco Inerente, o Risco de Controle e o Risco de Detecção.
O Risco Inerente (RI) é suscetibilidade da informação do objeto a uma distorção, sem considerar controles.
É o risco “bruto” (probabilidade x impacto).
O Risco de Controle (RC) representa o risco de os controles internos não prevenirem ou detectarem
distorções (AFIN) ou discrepâncias em relação ao critério (ANOP/ACONF). É o risco do controle falhar.
Exemplos de fatores que afetam o Risco Inerente: Ausência de segregação de funções, alta rotatividade de
gestores, baixo comprometimento do gestor, operações complexas, desorganização administrativa, casos de
fraudes já ocorridos na organização.
Exemplos de fatores que afetam o Risco de Controle: Falhas de Gestão, nos Sistemas e no processo de
revisão.
Já o Risco de Detecção é o Risco de o auditor não detectar uma distorção relevante (AFIN) ou discrepâncias
em relação ao critério (ANOP/ACONF) .
Tanto o RI quanto o RC são risco do objeto do auditado. Por isso, é comum que eles sejam combinados em
um risco só: o Risco de Distorção Relevante (RDR).
Já o RD é o risco do auditor. Quanto maior o número e a profundidade dos procedimentos realizados pelo
auditor, mais ele reduz o RD. Mas se o auditor fizer poucos procedimentos ou realizar procedimentos mais
superficiais, ele está aumentando o RD.
Assim, RI, RC e RD compõem o RA. Sendo que RI e RC podem ser combinados no RDR.
RA = (RIxRC)x RD
RDR = RIxRC
Na Visão Geral do Objeto (VGO), o auditor já obteve entendimento do objeto e já listou os riscos e eventuais
falhas de controle associadas. Isso significa que muitas vezes a própria VGO já fornece ao auditor o RI e o RC.
Assim, após definir o objetivo da auditoria, resta ao auditor estabelecer apenas o RD.
Se RI e RC forem altos, o RD precisa ser baixo. Pois como o objeto possui alto risco associado, o auditor
precisa ficar atento para não comer mosca e acabar falando besteira no relatório (RD baixo). Já se RI e RC forem
baixos, o auditor pode se dar ao luxo de não precisa ser tão rigoroso (RD mais alto).
A relação entre RI, RC e RD pode ser vista abaixo:
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Risco Inerente (RI) Risco de Controle (RC) Risco de Distorção
Relevante (RDR): RIxRC Risco de Detecção (RD
Alto Alto Alto Baixo
Alto Baixo Médio Médio
Baixo Baixo Baixo Pode ser mais alto
Como vimos em aulas anteriores, o RD é bastante influenciado pela natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria. Natureza é qual o tipo de procedimento será realizado. Época é quando e extensão é
a profundidade.
Vamos a um exemplo de procedimento “parrudo” para depois irmos a um mais “margarina”.
Se o auditor decide fazer um exame documental, durante 2 semanas para avaliar todos os documentos
produzidos, este procedimento tem uma natureza, uma época e uma extensão. A natureza é o exame
documental, a época são as 2 semanas e a extensão é determinada por todos os documentos.
Este é um procedimento bastante robusto, pois ao reservar duas semanas inteiras para avaliar todos os
documentos, o auditor irá avaliar tudo o que foi produzido documentalmente . Assim, se o auditor está disposto a
fazer o procedimento nestes termos é porque precisa reduzir bastante o RD.
Agora, se o auditor decide fazer uma entrevista de 15 minutos com apenas o chefe do setor, este
procedimento possui outra dimensão. A natureza é de entrevista, a época é de 15 minutos e a extensão é pequena,
pois abrange apenas o chefe do setor. As informações obtidas em uma entrevista não são tão confiáveis quanto a
as contidas em documentos. Além disso, o auditor não vai entrevistar várias pessoas, mas só uma, o que reduz as
chances de o auditor conseguir informações adicionais. Além disso, a entrevista só tem 15 minutos. Quando ele
terminar de se apresentar, já tá quase acabando o tempo. Se o auditor decidiu realizar um procedimento menos
profundo como este, é porque está disposto a aceitar um RD maior.
Assim, dependendo da natureza, época e extensão dos procedimentos realizados, o RD pode variar para
cima ou para baixo.
A idéia é que o auditor reduza o RD para tornar o RA aceitável. O auditor não consegue influenciar o RI e o
RC, pois estes são riscos do objeto. Então, o auditor só pode atuar no RD. Ao gerenciar o RD, o auditor está,
indiretamente, gerenciando o RA.
AVALIAÇÃO DE RISCO (Exemplo em AUDITORIA FINANCEIRA)
Em auditoria financeira, o auditor lida com recursos orçamentários/financeiros, que são fáceis de quantificar. Isso
significa que o Risco da Auditoria também pode ser quantificado, o que facilita a compreensão. Geralmente, o risco é expresso
em porcentagem.
Matematicamente, a fórmula do Risco de Auditoria pode ser assim colocada:
RA = RIxRCxRD
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Ou seja, o Risco de Auditoria será função do RI, do RC e do RD.
Podemos juntar RI e RC no Risco de Distorção Relevante (RDR). Reescrevendo a fórmula:
RA = RDRxRD
Agora, vamos a um exercício.
Imagine que um auditor considere que o RA será aceitavelmente baixo, se ele for menor que 10%. O risco do objeto é dado
por um RI de 95% e um RC de 80%. Neste caso, como RI e RC são altos, o RD terá que ser baixo. Suponha que o auditor defina
que, nessa situação, o RD precise ser de 20%. Para acharmos qual será o Risco da Auditoria, basta substituirmos os valores na
fórmula:
RA = (0,95)x(0,80)x(0,20)
RA = 0,152, ou seja, RA = 15,2%.
Neste caso, o RA é igual a 15,2%.
Como o auditor que que o RA seja de 10%, isso significa que se o RD for de 20%, o RA ainda não estará aceitavelmente baixo.
Por isso, o auditor terá que reduzir ainda mais o RD. Suponha que o auditor decidiu reduzir o RD para 10%. Neste caso:
RA = (0,95)x(0,80)x(0,10)
RA = 0,076, ou seja, RA = 7,6%.
Nesta segunda situação, se o RD for 10%, o auditor consegue reduzir o risco geral da auditoria para 7,6%. Como 7,6% é menor
do que 10%, o risco da auditoria foi reduzido para um nível considerado aceitavelmente baixo pelo auditor.
Ter um RA de 7,6% significa que o auditor terá 92,4% (100% menos 7,6%) de certeza na sua opinião. Se o auditor tiver um RA
de 5%, isso significa que ele terá 95% de certeza na sua opinião e assim sucessivamente.
Vamos agora fazer um outro exemplo. O objetivo do auditor é obter um RA de 5%, mas o RDR é 20% (lembre que RDR =
RIxRC). Vamos ver qual seria o RD?
RA = RDRxRD
0,05 = 0,2xRD
RD = 0,05/0,2 = 0,25
Ou seja, o RD = 25%.
Nesta situação, o RDR é baixo (20%), o que permite um RD maior (de 25%) e um RA de 5%. Se o RA é 5%, o auditor possui
95% de certeza!
Esses dois exemplos nos permitem ver o tamanho do impacto que o RDR tem no trabalho do auditor.
No primeiro exemplo, o RDR é muito alto (RIxRC = 0,95*0,80 = 0,76). Isso significa que o RD precisa ser baixo (10%), o que
ocasiona um RA de 7,2%.
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No segundo exemplo, o RDR é baixo (20%). Isso significa que o RD é mais alto (25%), o que ocasiona um RA de 5%
Repare que, no primeiro exemplo, o RD é bem menor do que no segundo exemplo (10% contra 25%). Mas, mesmo o RD sendo
menor, o RA do primeiro exemplo é maior do que no segundo (7,2% contra 5%).
No primeiro exemplo, o auditor terá que fazer muitos testes e todos eles aprofundados (pois o RD é baixo). Mesmo assim, ele
só conseguirá chegar a 92,8% de confiança.
No segundo exemplo, o auditor não vai fazer tantos testes aprofundados quanto no primeiro (pois o RD é maior). Mas mesmo
não fazendo tantos testes aprofundados, ele consegue um nível de confiança maior, de 95%.
Essa diferença se dá pelo RDR. RDR altos (primeiro exemplo) exigirão do auditor mais trabalho (menor RD) e nível de
confiança menor.
Mas se o RDR for baixo, o auditor terá menos trabalho, mas conseguirá um nível de confiança maior.
Ou seja, quando o RDR é baixo, isso beneficia todo mundo: a entidade (pois os controles funcionam e os riscos estão
controlados), o auditor (pois não precisará fazer milhares de testes) e os usuários previstos (pois terão maior nível de
segurança na opinião do auditor).
Bom, apesar do Risco de Auditoria poder ser quantificado, ele não é uma avaliação precisa. Isso ocorre porque a avaliação de
riscos baseia-se bastante no julgamento profissional do auditor. Ou seja, há um certo grau de subjetividade na definição das
probabilidades envolvidas, o que será afetado, também, pelas circunstâncias da auditoria.
Vale ressaltar que em qualquer tipo de auditoria o auditor precisa ficar atento ao risco de fraude. Lembre que
o auditor não é responsável por identificar fraudes, mas ele deve estar atento ao risco de fraude.
Determinação do Escopo da Auditoria
Determinados então a VGO, o objetivo da auditoria e realizada a avaliação de riscos, é hora de definir o
escopo. O escopo ajuda na avaliação de riscos do auditor, pois ele indicará melhor os procedimentos a serem
realizados. Fazendo com que só sejam realizados os procedimentos que visem atender ao delimitado no escopo.
O escopo da auditoria é delimitação da auditoria. Ele define o que será avaliado e o que não será avaliado.
Assim, no escopo são determinadas a profundidade e amplitude do trabalho, escolhido em função do tempo e dos
recursos disponíveis. No escopo, são definidos o que será avaliado (abrangência), quanto será avaliado (extensão),
como (profundidade/ procedimentos) e quando (oportunidade).
Em todos os casos, o escopo deve ser suficiente e compatível com os objetivos da auditoria.
No exemplo abaixo, escolhi um objetivo e três escopos diferentes. Cada um dos três escopos cumpre o
objetivo.
Objetivo: Avaliar a conformidade dos contratos do órgão X durante o período X.
Escopo 1: Contratos Administrativos em vigor do órgão X no ano de 2045
Escopo 2: Contratos Administrativos de terceirização do órgão X em vigor no ano de 2040-2045
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Escopo 3: Contratos Administrativos derivados de dispensa e inexigibilidade do órgão X em vigor no
ano de 2043-2045.
O escopo 1 cumpre o objetivo de auditoria proposto. Nele, o auditor irá avaliar apenas os contratos em vigor
um determinado ano.
Mas pode ser que o auditor não tenha condições de escolher o escopo 1 e auditar todos os contratos. Se na
avaliação de riscos o auditor identificou que o contrato que mais tem RI e RC altos são os de terceirização, ele pode
delimitar o escopo apenas para este tipo de contratos. Assim, o auditor delimitará a auditoria apenas para os
contratos de terceirização (escopo 2).
Mas pode ser que o auditor não tenha condições de cumprir o escopo 2 ou que sua avaliação de risco tenha
mostrado que o risco principal ocorre nos contratos derivados de dispensa e/ou inexigibilidade. Neste caso, o
auditor pode escolher o escopo 3.
Bom, cada auditoria terá APENAS UM ESCOPO. E o auditor deverá escolhê-lo e determiná-lo.
Determinação da Materialidade em Auditoria
A materialidade é relevante em todas as auditorias. Uma questão pode ser julgada materialmente relevante
se o seu conhecimento é suscetível de influenciar as decisões dos usuários previstos. Determinar a materialidade
é uma questão de julgamento profissional e depende da interpretação do auditor acerca das necessidades dos
usuários. Esse julgamento pode se relacionar a um item individual ou a um grupo de itens, tomados em conjunto.
A materialidade é muitas vezes considerada em termos de valor, mas também tem aspectos quantitativos, bem
como qualitativos. As características inerentes a um item ou grupo de itens podem tornar uma questão material
por sua própria natureza. Uma questão pode, também, ser material por causa do contexto em que ela ocorre.
As considerações sobre materialidade afetam as decisões relativas à natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria, e a avaliação dos resultados da auditoria.
Em resumo, a materialidade é definida pela capacidade de influenciar as decisões dos usuários. E é questão
de julgamento profissional do auditor. Ela possui aspectos qualitativos e quantitativos, mas o mais normal é
definirmos a materialidade quantitativamente.
Juntamente com o escopo, a materialidade ajuda a focar os esforços do auditor naquilo que é relevante.
Seguem alguns exemplos:
Escopo e Materialidade 1: Contratos Administrativos do órgão X em vigor do ano de 2045, acima de
R$ 500.000,00.
Escopo e Materialidade 2: Contratos Administrativos de terceirização do órgão X em vigor no ano de
2040-2045, acima de R$ 1.000.000,00
Escopo e Materialidade 3: Contratos Administrativos derivados de dispensa e inexigibilidade do
órgão X em vigor no ano de 2043-2045, acima de R$ 30.000,00.
Escopo e Materialidade 4: Todos os contratos administrativos do órgão X relacionados ao combate
contra o coronavírus no ano de 2045.
Nos três primeiros casos, temos uma materialidade quantitativa. Assim, no exemplo 1, o auditor irá apenas
avaliar contratos acima de 500 mil reais. Se o contrato estiver abaixo disso, o auditor não irá avaliar.
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Já no exemplo 4, temos um exemplo de materialidade qualitativa. O auditor irá avaliar todos os contratos
relacionados à situação de combate ao coronavírus, independente do valor do contrato. O relevante aqui é a
situação (combate ao corona) e não o valor do contrato.
Definição da equipe de auditoria e dos recursos necessários
Com o escopo e materialidade definidos, já se pode especificar a quantidade de auditores que comporão a
equipe de auditoria e o perfil dessa equipe (que tipo de habilidades e conhecimentos a equipe precisa possuir).
Em situações especiais, pode ser prevista a necessidade de formação específica dos membros da equipe,
assim como a necessidade de apoio de especialistas.
Devem ser anotadas todas as necessidades de recursos, materiais e humanos, não ordinariamente
disponíveis para a equipe de auditoria. A indicação de recursos não usuais (viagens, cursos específicos, material
bibliográfico e tecnológico, especialistas, etc) ou não disponíveis tem por objetivo a adoção de providências
tendentes a suprir essas necessidades em tempo hábil.
Critérios em Auditorias
Os critérios de auditoria são parâmetros balizadores da avaliação das práticas administrativas e dos
resultados apresentados por programas governamentais.
Durante a fase de planejamento, o auditor pode ter que selecionar critérios (como na ANOP) ou
simplesmente aplicá-los. Seja como for, critérios precisam ser identificados pelo auditor na fase de planejamento,
para que o auditor saiba deles aplicará. Os critérios possuem as seguintes características:
a) razoabilidade: os critérios selecionados devem ser atingíveis, factíveis, sob pena de se tornarem inócuos
e não se prestarem aos fins da auditoria;
b) pertinência: critérios devem guardar consonância com o assunto a ser examinado;
c) confiabilidade: critérios confiáveis devem gerar opiniões similares quando usados por diferentes auditores
nas mesmas circunstâncias;
d) objetividade: critérios objetivos são concretamente definidos e menos sujeitos à deturpação de seu
entendimento pelos auditores ou auditada (menos sujeitos a interpretações e subjetivismos);
e) utilidade: critérios úteis são aqueles que produzem achados e opiniões que satisfazem às necessidades de
informação do auditado;
f) clareza: critérios claros são aqueles enunciados de forma a não deixar lugar para interpretações
significativamente diferenciadas;
g) aceitabilidade: critérios aceitáveis podem ser desenvolvidos pela administração da auditada ou pelos
auditores e derivar de padrões estabelecidos por organismos reguladores, associações profissionais ou outras
autoridades reconhecidas (o estabelecimento de critérios não reconhecidos pelo auditado poderá mostrar-se
insatisfatório aos resultados da auditoria, posto que, sujeitos à contestação, podem reduzir os benefícios
decorrentes dos trabalhos, em face das controvérsias advindas do não reconhecimento do critério e, por via de
consequência, dos resultados decorrentes);
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h) comparabilidade: critérios comparáveis são consistentes com outros usados em auditorias semelhantes
na auditada, em circunstâncias semelhantes;
i) totalidade: cabe envidar esforços para assegurar que todos os critérios significativos tenham sido
identificados.
Elaboração das Questões de Auditoria
Após tudo isso, o auditor parte para as questões de auditoria. As questões de auditoria são perguntas
mesmo, que o auditor vai buscar responder durante o trabalho. Essas questões orientam o trabalho do auditor e,
ao final da auditoria, ele deve obter resposta para essas questões.
O auditor pode usar várias questões diferentes ou usar uma questão geral combinada com subquestões
específicas.
Seja como for, as questões devem ser claras, específicas e com viabilidade investigativa. Ou seja, a questão
não pode levar a ambiguidades (ser clara e coerente), não pode ser genérica, a ponto de permitir qualquer tipo de
resposta, e deve permitir a mensuração dos resultados futuros (precisa ser específica) e precisa ser uma questão
que induza o auditor a uma ação (viabilidade investigativa).
Um exemplo hipotético: Os contratos em vigor do órgão X foram realizados em conformidade com os art.
Y da Lei Z?
Pela questão acima, a questão é clara (o auditor deseja avaliar a conformidade de contratos), específica
(pois se refere apenas aos contratos em vigor e considerados os artigos da lei citados) e viabilidade investigativa
(pois o auditor terá que investigar os contratos para saber se eles estão conformes ou não).
Seguem exemplos reais de questões de auditoria que eu elaborei lá no TCU:
Os recursos financeiros geridos por meio da conta designada foram utilizados em conformidade
com o Acordo de Doação e seus respectivos anexos?
A unidade de auditoria interna possui política para avaliação da qualidade e melhoria dos trabalhos
de auditoria interna?
As ações orçamentárias previstas pela Segep no período 20X1-20X5, relativas ao aperfeiçoamento
da gestão pública, foram executadas de acordo com os respectivos orçamentos autorizados?
O Comitê do Gespública vem cumprindo com as atribuições definidas no art. 9º do Decreto
X/20X1, especialmente no que se refere à elaboração do planejamento estratégico do programa,
execução das ações, monitoramento, avaliação e divulgação dos resultados?
Não existe um número mínimo de questões de auditoria. Mas elas devem ser exaustivas, isto é, darem uma
visão abrangente de todos os aspectos relevantes do objeto que serão avaliados.
Minha experiência é de ter entre 4 e 7 questões em cada auditoria.
Fases de Planejamento: Foco na Documentação
O planejamento da auditoria precisa ser documentado. Isto é, ele compõe os papéis de trabalho do auditor.
Assim, o passo a passo que o auditor realizou para o planejamento precisa estar expresso em documentos.
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Para isso, criei esse tópico. O foco aqui é nos documentos que o auditor precisa produzir. Por exemplo, o
escopo da auditoria precisa ficar registrado no Programa de Auditoria. Já o objetivo da auditoria fica no documento
denominado Estratégia Global. Já os procedimentos estão num documento chamado Plano de Auditoria.
O foco aqui não é vermos o que o auditor precisa fazer (já vimos isso), mas sim quais são os documentos
elaborados pelo auditor no Planejamento.
Atividades Preliminares e VGO
Bom, nas atividades preliminares, o auditor irá conhecer o objeto, de forma a identificar e avaliar eventos ou
situações que possam afetar a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho e o conteúdo/forma dos
relatórios.
Já na VGPO o auditor fará: descrição do objeto, legislação aplicável, objetivos institucionais, processos,
setores responsáveis, riscos(inclusive de fraude) e deficiências em controles internos, etc.
No caso das atividades preliminares, o auditor precisa documentá-la. Nas AFINs (onde temos atividades
preliminares), após a avaliar as condições prévias à auditoria, o auditor geralmente faz uma declaração, afirmando
que mantém as condições de qualidade da auditoria e que cumpre todos os requisitos de independência. Quando
é necessária a aceitação dos termos do trabalho entre auditor/auditado, é assinada uma carta de compromisso.
Tanto a declaração do auditor quanto a carta de compromisso são documentos que o auditor deve guardar
nos papéis de trabalho da auditoria.
Já em relação à VGPO, ela será revisada na fase de planejamento e até mesmo na fase de execução, se
necessário. Assim, é comum que o auditor coloque a VGO também como um papel de trabalho, além de levá-la
para o relatório da auditoria.
Programa de Auditoria / Estratégia Global + Plano de Auditoria
Aqui, temos uma diferença de nomenclatura. Essencialmente, os documentos são a mesma coisa, mas eles
são aplicados a tipos de auditoria diversos.
Para ANOP, ACONF e para a Auditoria Interna, o mais comum é falarmos de Programa de Auditoria.
Já para AFINs, a nomenclatura correta é Estratégia Global e Plano de Auditoria.
Essencialmente, é a mesma coisa.
Programa de Auditoria
O programa de Auditoria é a nomenclatura utilizada pelo TCU (nas Normas de Auditoria do Tribunal de
Contas da União) e pelo Instituto dos Auditores Internos – IIA (para auditorias internas).
O objetivo do programa de auditoria é estabelecer um panorama de como a auditoria será conduzida. Assim,
com base na VGO, o programa de auditoria estabelece objetivo e escopo da auditoria, universo e amostra a serem
examinados, procedimentos e as técnicas a serem utilizados, critérios de auditorias, informações requeridas e
fontes, etapas a serem cumpridas e respectivos cronogramas, quantificação dos recursos necessários a execução
dos trabalhos.
O Programa de Auditoria também estabelece uma resposta eficaz para os riscos da auditoria.
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Lembre que para reduzir o risco de auditoria, o auditor precisa reduzir o nível de detecção, ampliando o
número e a profundidade dos procedimentos de auditoria. Os procedimentos são estabelecidos em resposta aos
riscos identificados (maior RDR demandará menor RD e mais procedimentos).
Como os procedimentos estão contidos no programa de auditoria, o programa estabelece uma resposta
eficaz para o RA.
Estratégia Global e Plano de Auditoria
Já a Estratégia Global e o Plano de Auditoria são os documentos de Planejamento nas Auditorias Financeiras,
conforme exigidos pela ISSAI 2oo/NBASP200 e pela Auditoria Independente do Setor Privado.
Bom, a estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia
Global: Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos em outras auditorias.
Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria.
Assim, o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros
procedimentos necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria,
cronograma, etc.
A Estratégia de Auditoria envolve O QUE fazer. Já o Plano de Auditoria define COMO fazer.
AFIN: Atividades Preliminares + Estratégia Global + Plano de Auditoria
ANOP/ACONF: VGO + Programa de Auditoria
Matriz de Planejamento
E chegamos à famosa matriz de planejamento. A ideia da Matriz de Planejamento é servir como evidência
que o auditor planejou.
Assim, todos os aspectos necessários para o Planejamento de uma auditoria estão contidos na Matriz de
Planejamento. Preenchendo a Matriz, o auditor já está fazendo o programa de auditoria (ou estratégia global +
plano). Assim, ao fazer a Matriz e documentá-la, o auditor definiu o programa de auditoria (ou estratégia global +
plano)
Bom, a Matriz de Planejamento é a representação em forma de tabela de elementos essenciais para o
planejamento da auditoria. Ela é um documento que organiza e sistematiza o planejamento da auditoria, dando
foco ao trabalho.
Além disso, ela orienta a fase de execução de auditoria.
Uma Matriz de Planejamento bem preenchida facilita muito a Execução da auditoria. Isto porque a grande
parte intelectual do trabalho de auditoria é feita no Planejamento. Assim, uma matriz bem detalhada retira do
auditor a obrigação de “pensar” na fase da execução, possibilitando a ele apenas pegar o que foi planejado e
executar!
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Já fiz trabalhos com um planejamento muito bem realizado, o que facilitou muito a execução, e já fiz trabalho
com um planejamento não muito bom, e aí a fase de execução embolou toda.
Vamos começar com um exemplo de Matriz de ACONF, que é a mais comum. Depois veremos um exemplo
da Matriz para ANOP e para AFIN. Todos as matrizes aqui expostas foram retiradas do TCU, ok?
A Matriz de Planejamento mais comum tem o seguinte formato:
Na primeira coluna, nós temos as Questões de Auditoria, onde o auditor irá colocar a questão de auditoria.
Para responder a questão, o auditor precisará de informações. As informações necessárias para responder a
questão serão colocadas na coluna “informaçoes requeridas”, pois estas são as informaçoes requeridas para
responder a questão.
Ao definir as informações requeridas, o auditor precisa identificar onde essas informações estão, para que
ele possa ir buscá-las. Assim, o auditor preenche a coluna “fontes de informação”, especificando onde as
informações estão.
Bem, definidas quais informações são necessárias e onde elas estão, é hora de o auditor identificar como vai
fazer para obter essas informaçoes. O “como” são os procedimentos de auditoria, que o auditor aplica para coletar
as evidências necessárias.
Após definir os procedimentos a serem aplicados, o auditor irá especificar qual o objeto que sofrerá o
procedimento. Por exemplo: se o auditor for fazer uma entrevista (procedimento), ele irá precisar especificar quem
será o entrevistado. Se o auditor fizer um exame documental (procedimento) em um contrato, ele tem que
especificar em qual contrato irá aplicar o procedimento (objeto do procedimento).
Depois de definido o objeto do procedimento, entramos numa parte mais “gerencial” da auditoria, onde o
auditor vai designar o membro responsável por aplicar o procedimento definido (coluna “membro responsável”) ,
o período em que o procedimento será aplicado (indicação do dia ou semana da aplicação do procedimento) e, por
fim, os possíveis achados.
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Os possíveis achados são os achados que o auditor espera encontrar. Aqui, ainda não temos o achado
caracterizado, porque ainda não temos evidências. Mas, como estamos na fase de planejamento, o auditor está
se preparando para o que pode encontrar. Assim, ele já lista possíveis discrepâncias em relação ao critério (achado)
que esperar encontrar mais a frente, na fase de execução.
Os possíveis achados podem ser confirmados ou não. Tudo depende se o auditor irá encontrar evidências ou
não. Mas desde a fase de planejamento, o auditor já lista os possíveis achados.
Abaixo, há um exemplo de uma linha da matriz de planejamento, preenchido como se tivéssemos fazendo
uma auditoria no Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos (RPPS).
Dependendo do tipo de auditoria que estamos fazendo, pode ser que a Matriz de Planejamento mude um
pouco, para refletir melhor as características do tipo de auditoria que estamos realizando.
Abaixo, a Matriz de Planejamento da Auditoria Operacional:
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Repare que na ANOP, objeto, objetivo e questões fazem parte da Matriz, mas elas ficam em cima das
colunas.
Além disso, as colunas também mudam um pouco. Temos a coluna “critérios”, onde o auditor precisa listar
os critérios selecionados para a auditoria. Isso é decorrência do trabalho de ANOP ser um trabalho de relatório
direto, no qual o auditor seleciona os critérios diretamente. Assim, o auditor precisa deixar claro na Matriz quais
os critérios selecionados/construídos para a ANOP em questão.
Além disso, muitas ANOPs envolvem alta quantidade de dados. Assim, depois de definir quais os
procedimentos de auditoria que serão utilizados para coletar os dados, o auditor também precisa especificar quais
os procedimentos de análise de dados (muitas vezes serão utilizados procedimentos com ajuda da Tecnologia da
Informação).
A análise que o auditor pretende fazer pode estar sujeita a algumas limitações, como o acesso a uma
informação ou pessoa específica. Assim, o auditor precisa listar eventuais limitações que o trabalho pode sofrer. A
ideia aqui é que, ao listar as limitações, o auditor fica atento a elas e possa conduzir a auditoria de forma a não
incorrer em nenhuma delas, conseguindo obter tudo o que for necessário.
Por fim, temos a coluna “O que a análise vai permitir dizer”, que representa as conclusoes ou os achados do
auditor com base na análise realizada.
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Nas Auditorias Financeiras, a Matriz também muda um pouco, para captar a essência da AFIN. Olhe só:
Repare que a Matriz de Planejamento da AFIN começa com a coluna “Área” que é a conta/classe contábil ou
transação financeira que sofrerá o procedimento da auditoria.
Definida a área, o auditor registra o objetivo do teste. Por exemplo, indicando se o teste tem o objetivo de
identificar despesas que não tenham sido empenhadas.
Depois disso, o auditor detalha o procedimento a ser realizado, a época em que será realizada e o auditor
que realizará o procedimento. Vale mencionar que estes procedimentos podem tanto ser testes substantivos (para
avaliar se os ativos foram contabilizados corretamente, por exemplo) ou testes de controle (para verificar se os
controles existem e se estão funcionando).
Por último, o auditor lista as possíveis distorções (se aplicados testes substantivos) ou deficiências de
controle interno (se realizados testes de controle), que nada mais são que os “possíveis achados” da auditoria
financeira, além das referências (as referências fazem a ligação do teste realizado com a evidência obtida na fase
da execução).
Geralmente, as questões se concentram apenas na definição e no objetivo da Matriz de Planejamento. Mas
já houve questão discursiva, na qual a banca cobrou quais eram as “colunas” da Matriz. Sinceramente, acho que o
mais importante é entender a essência da Matriz e as colunas mais comuns, do que sair decorando todas as colunas
(até porque a chance de você errar alguma coluna é grande e há outras matrizes que vamos estudar também).
Conclusão da aula
Bom, se pudéssemos definir uma sequencia para as etapas preliminares e para o planejamento de auditoria,
ficaria assim:
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“Pré-Planejamento” Planejamento
- Atividades Preliminares (AFIN)
- VGPO (ANOP e ACONF)
VGO (lembre que esta pode ser revisada na Execução)
> Objetivo > Avaliação de Riscos ( inclusive o de
fraude) > Escopo > Materialidade > Equipe e Recursos
(inclusive especialistas) > Critérios > Questões >
Preenchimento da Matriz de Planejamento
Lembre no entanto que o planejamento é flexível e iterativo. Assim, as coisas são feitas de maneira orgânica,
sem uma sequencia rígida e formal. Como já comentei anteriormente, é comum que as etapas se invertam (como
definir a equipe antes da definição do objetivo, etc). Assim, não se prenda à ordem/sequencia das etapas. O que
fiz acima foi apenas sistematizar o Planejamento, para fins didáticos, ok?
Finish him for today, folks! Dizem que sempre um ama mais. Pois ame fazer questões! Abrass!
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Questões comentadas pelo professor
1. FGV – MPE AL – 2018)
O planejamento da auditoria governamental deve considerar os riscos da auditoria, que representa a possibilidade
de o profissional emitir uma opinião tecnicamente inadequada.
Em relação à classificação do risco de auditoria, assinale a afirmativa correta.
A O risco de planejamento é a possibilidade de o erro acontecer devido às falhas no planejamento.
B O risco inerente é a possibilidade de o erro acontecer em face de não existir controle.
C O risco de controle é a possibilidade de o erro não ser detectado pelo profissional de auditoria governamental.
D O risco de detecção é a possibilidade de o erro acontecer e não ser detectado, em face das limitações dos
controles existentes.
E O risco de resultado é a possibilidade de não se obter o resultado esperado, devido a fatores externos.
RESOLUÇÃO:
A) Incorreta. Risco de planejamento não faz parte do Risco de Auditoria.
B) Correta. Risco Inerente é o risco bruto, sem considerar os controles. Assim, alternativa correta.
C) Incorreta. Na verdade, o risco de controle é o risco de os controles não prevenirem ou detectarem erros. A
possibilidade de não detecção pelo auditor é o Risco de Detecção.
D) Incorreta. Este é o risco de controle
E) Incorreta. Risco de resultado não faz parte do Risco de Auditoria.
Resposta: B
2. FGV – TCM RJ – 2008)
No tocante a habilidades e metodologias em auditoria governamental, a "matriz de planejamento" é uma
ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de
decisões sobre metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de
campo. Em relação a ela, é possível afirmar que:
A se trata de uma esquematização das informações relevantes do planejamento de uma auditoria. Contudo, não
tem como propósito auxiliar na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de execução.
B é um instrumento flexível, e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modificado pela equipe, à medida que o
trabalho de auditoria progride.
C não fazem parte dela elementos como questões de auditoria, informações requeridas, fontes de informação e
estratégias metodológicas.
D a formulação das questões de auditoria não gerará implicações nas decisões quanto aos tipos de dados que serão
coletados e à forma de coleta que será empregada.
E seu uso no setor público não é recomendável em ampla escala, sobretudo em função do custo envolvido.
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RESOLUÇÃO:
A) Incorreta. Ao contrário, a matriz de planejamento ajuda na elaboração do trabalho, ao esquematizar as
informações essenciais e a orientar a equipe na Execução.
B) Correta.
C) Incorreta. Todas essas colunas fazem parte da Matriz de Planejamento. “Estratégias Metodológicas” são
normalmente colocadas nas Matrizes das Auditorias Operacionais.
D) Incorreta. Ao contrário. Na Matriz de Planejamento, o auditor precisa especificar as informações
requeridas e os procedimentos que serão utilizados. As informações são o tipo de dados que serão
coletados e os procedimentos nada mais são que a forma de coleta a ser empregada. Ambos fazem parte
da Matriz.
E) Incorreta. Viagem! A Matriz de Planejamento estrutura e ajuda a auditoria a se desenvolver. Assim, não
fazer a Matriz é que representa alto custo.
Resposta: B
3. FGV – TCE PI – 2021)
O planejamento das atividades de auditoria requer a definição de algumas informações acerca do objeto a ser
auditado.
São consideradas informações essenciais, EXCETO:
A escopo do trabalho;
B local de realização dos trabalhos de auditoria;
C avaliação sumária do risco inerente ao objeto a ser auditado;
D faixas de remuneração do pessoal que compõe a equipe de trabalho;
E cronograma com definição de data de início e término dos trabalhos.
RESOLUÇÃO:
Vamos às alternativas!
a) Correta. O escopo da auditoria é delimitação da auditoria. Ele define o que será avaliado e o que não
será avaliado. Assim, no escopo são determinadas a profundidade e amplitude do trabalho, escolhido em
função do tempo e dos recursos disponíveis. No escopo, são definidos o que será avaliado (abrangência),
quanto será avaliado (extensão), como (profundidade/ procedimentos) e quando (oportunidade).
b) Correta. Saber o local de trabalho que o auditor irá realizar é importante para o planejamento. Afinal, o
auditor vai usar o planejamento para definir os procedimentos de auditoria (isto é, que tipo de técnica ele
vai empregar para obter as evidências). Realizar uma auditoria em um assentamento sem terra é diferente
de realizar auditoria em um prédio em Brasília. Por isso, conhecer o local da realização dos trabalhos de
auditoria é importante.
c) Correta. Na fase de planejamento, o auditor avalia os riscos da auditoria (Risco Inerente, de Controle e
de Detecção).
d) Incorreta. O que tem a ver o quanto o auditor ganha com o planejamento da auditoria? Resposta: nada.
e) Correta. O cronograma da auditoria faz parte do plano de auditoria.
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Resposta: D
4. FGV – ISS Niterói – 2018)
A matriz de planejamento é o papel de trabalho em que são registrados os passos e procedimentos a serem
realizados na fase de execução para que o objetivo da auditoria seja alcançado.
As opções a seguir listam funções da matriz de planejamento, à exceção de uma. Assinale-a.
A Ampliar a possibilidade de alcançar bons resultados com o trabalho.
B Dar foco ao trabalho de fiscalização.
C Minimizar riscos de prorrogações na duração dos trabalhos e desgastes com as chefias.
D Equacionar expectativas, facilitando a discussão do trabalho com as chefias em bases objetivas.
E Estabelecer e categorizar as conclusões que serão alcançadas.
RESOLUÇÃO:
A matriz de planejamento é um documento que registra aspectos essenciais do planejamento, como as questões
de auditoria e as informações requeridas para o planejamento do trabalho.
Ela amplia a possibilidade dos bons resultados do trabalho, ao permitir a sistematização do planejamento da
auditoria e dar foco ao trabalho de fiscalização.
As colunas referentes aos procedimentos de auditoria, aos membros responsáveis e o período de aplicação do
procedimento permitem que sejam minimizados os riscos de prorrogações na duração dos trabalhos.
A matriz também facilita a supervisão dos trabalhos ao permitir que o chefe do auditor possa discutir o trabalho
com o auditor de forma embasada, estando todos “na mesma página”.
No entanto, a matriz não apresenta as conclusões que serão alcançadas. Isso só vai acontecer na fase posterior: a
fase de execução. O que a Matriz permite sistematizar são possíveis achados. Como o nome diz são os POSSÍVEIS
achados, mas isso não significa que os achados efetivamente ocorrerão.
Assim, errada letra E.
Resposta: E
5. FGV – MPE AL – 2018)
A Matriz de Planejamento é um quadro-resumo das informações relevantes de uma auditoria, tratando-se de um
papel de trabalho que organiza e sistematiza toda a etapa de planejamento, com o propósito de orientar a equipe
na fase de execução.
A matriz integra o programa de auditoria, contendo alguns dos elementos essenciais que o definem, entre os quais
estão as questões de auditoria.
Na elaboração das questões de auditoria deve-se levar em conta os aspectos listados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
A O texto deve ser redigido com clareza.
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B Os termos usados devem ser definidos e mensurados.
C Os questionamentos devem ter viabilidade investigativa.
D O texto deve ter coerência.
E O texto deve apresentar os resultados esperados.
RESOLUÇÃO:
As questões de auditoria são perguntas que o auditor irá responder durante o trabalho. Elas ajudam a
orientar o trabalho do auditor. As questões não podem levar a ambiguidades (devem ser claras e
coerentes), não podem ser genéricas, a ponto de permitir qualquer tipo de resposta, permitindo que os
resultados sejam mensurados (precisam ser específicas) e precisam induzir o auditor a uma ação
(viabilidade investigativa).
No entanto, as questões não apresentam os resultados esperados. Elas apenas representam indagações
que orientam o auditor no seu trabalho. A RESPOSTA à questão de auditoria é que representa o resultado
da auditoria. Tal resposta, no entanto, só é obtida nas fases subsequentes da auditoria.
Resposta: E
6. FGV – ISS Cuiabá – 2016)
O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de auditoria.
Sobre o planejamento da auditoria, assinale a afirmativa correta.
A O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.
B A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não influenciam a natureza e
a extensão das atividades de planejamento.
C A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração da entidade
auditada.
D A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do
plano.
E Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de auditoria.
RESOLUÇÃO:
Vamos às alternativas!
a) Incorreta. O planejamento é uma fase iterativa e flexível, requerendo adaptação sempre que necessário,
mesmo que estejamos na Fase de Execução.
b) Incorreta. Pelo contrário! Quanto mais experientes forem os auditores, mais eles compreenderão como o
objeto funciona e, portanto, terão maior capacidade de compreender a natureza e a extensão das atividades de
planejamento, o que beneficia a auditoria.
c) Incorreta. Tanto a estratégia global quanto o plano são de responsabilidade exclusiva do auditor.
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d) Correta. Estratégia Global e o Plano de Auditoria são documentos do Planejamento de Auditoria. A
estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia Global:
Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos em outras auditorias.
Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim,
o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos
necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
Incorreta. Estratégia Global e Plano de auditoria compõem o planejamento de auditoria. O planejamento é uma
fase iterativa e flexível, requerendo adaptação sempre que necessário, mesmo que estejamos na Fase de
Execução.
Resposta: D
7. FGV – ISS Recife – 2014)
Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as
afirmativas a seguir.
I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.
II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.
III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz e
eficiente.
IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos.
Assinale:
A se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
B se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
C se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
D se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
E se todas as afirmativas estiverem corretas.
RESOLUÇÃO:
Vamos aos itens!
I – Correto. Ao bem planejar, o auditor se concentra em áreas relevantes, o que permite o foco do trabalho.
III – Correto. Um planejamento bem realizado permite ao auditor identificar lacunas e antecipar possíveis
obstáculos no decorrer da auditoria. Assim, ele pode se preparar para tais dificuldades ou resolvê-las de antemão.
III – Correto. É exatamente para isso que existe o planejamento.
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IV – Incorreto. De fato a etapa de planejamento permite ao auditor compor uma equipe de auditoria adequada e
alocar recursos, mas não faz sentido falar em “responder evidências”. As evidências não são respondidas, mas sim
obtidas de forma a embasarem a resposta às questões de auditoria e as conclusões da auditoria.
Assim: V-V-V-F.
Resposta: B
8. FGV – ISS Recife – 2014)
Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estratégia global que defina seu alcance,
sua época e sua direção, a fim de orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.
Os procedimentos a serem adotados estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
A Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.
B Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.
C Considerar, para orientar os esforços da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do auditor,
são irrelevantes.
D Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria.
E Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.
RESOLUÇÃO:
A estratégia global de auditoria é exigida nas Auditorias Financeiras. Ela é mais abrangente e estabelece:
Estratégia global identifica o alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos
recursos necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos em outras auditorias.
Portanto, das alternativas apresentadas, apenas a letra C está errada, pois no planejamento, o auditor deve
considerar os fatores que sejam RELEVANTES (e não irrelevantes, como afirmou esta alternativa).
Resposta: C
9. FGV – AL-BA – 2014)
A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte
A do processo de auditoria.
B da estratégia global de auditoria.
C da gestão da auditoria.
D da avaliação preliminar da auditoria.
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E do plano da auditoria.
RESOLUÇÃO:
A Estratégia Global e o Plano de Auditoria são documentos do Planejamento de Auditoria.
A estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia Global:
Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos em outras auditorias.
Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim,
o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos
necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
Assim, a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS. Já o Plano de Auditoria
determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Resposta: E
10. FGV – SEFAZ RJ – 2010)
Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a
direção para o desenvolvimento do plano de auditoria.
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
A O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance, bem como definir os objetivos
do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.
B O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar
o trabalho.
C O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando for o caso,
a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos.
D O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão
dos procedimentos planejados de avaliação de risco.
E O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.
RESOLUÇÃO:
A Estratégia Global e o Plano de Auditoria são documentos do Planejamento de Auditoria.
A estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia Global:
Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras auditorias.
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Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim,
o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos
necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
Assim, a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS. Já o Plano de Auditoria
determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Vamos às alternativas!
a) Correta. Alcance e objetivos do relatório são aspectos da estratégia global de auditoria.
b) Correta. Todos os fatores relevantes para o trabalho devem ser considerados para orientar os esforços da
auditoria e a alocação de recursos.
c) Correta. A estratégia global considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras
auditorias. Tais aspectos permitem melhor compreensão do trabalho atual, auxiliando o planejamento.
d) Correta. Enquanto a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS, o Plano de
Auditoria determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Incorreta. Os procedimentos compõem o plano de auditoria. Assim, para definir técnicas e procedimentos, basta
alterar o plano de auditoria, não sendo necessário alterar a estratégia global.
Resposta: E
11. FGV – SEAD AP – 2010)
A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.
A é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.
B trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta a necessidade de atingir os
objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor.
C deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.
D deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria.
E deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.
RESOLUÇÃO:
A Estratégia Global e o Plano de Auditoria são documentos do Planejamento de Auditoria.
A estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia Global:
Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras auditorias.
Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim,
o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos
necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
Assim, a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS. Já o Plano de Auditoria
determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
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Vamos às alternativas!
a) Correta. Perfeito. O plano de auditoria é elaborado com base na estratégia global, detalhando a estratégia e
tornando-a operacional.
b) Correta. A alocação de recursos é realizada durante a estratégia global. O plano de auditoria se preocupa em
como usar tais recursos para cumprir os objetivos da auditoria.
c) Correta. a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS. Já o Plano de Auditoria
determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
d) Correta. Não só o plano, mas também a estratégia compõem o planejamento da auditoria, que deve ser
atualizado e adaptado sempre que necessário.
Incorreta. Na verdade, é o contrário: o planejamento de auditoria é que deve ser desenvolvido para que o plano
seja elaborado. O plano de auditoria é que compõe o planejamento (este é mais abrangente que o plano, pois
envolve também a estratégia global).
Resposta: E
12. FGV – SEAD AP – 2010)
O auditor deve definir uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção do seu trabalho e oriente o
desenvolvimento do plano de auditoria. Ao estabelecer essa estratégia global, o auditor deve adotar os
procedimentos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
A Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.
B Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.
C Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho.
D Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria, sendo indispensável o
conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade.
E Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.
RESOLUÇÃO:
A Estratégia Global e o Plano de Auditoria são documentos do Planejamento de Auditoria.
A estratégia global é mais ampla e genérica. Envolve aspectos estratégicos do trabalho. A Estratégia Global:
Identifica alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos
necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras auditorias.
Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim,
o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos
necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
Assim, a Estratégia Global determina a época, natureza e extensão dos RECURSOS. Já o Plano de Auditoria
determina a época, natureza e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
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Vamos às alternativas!
a) Correta. Alcance e objetivos do relatório são aspectos da estratégia global de auditoria.
b) Correta. Todos os fatores relevantes para o trabalho devem ser considerados para orientar os esforços da
auditoria e a alocação de recursos.
c) Correta. A estratégia global considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras
auditorias. Tais aspectos permitem melhor compreensão do trabalho atual, auxiliando o planejamento.
d) Incorreta. “Sócio do Trabalho” é a empresa que realiza o trabalho de auditoria (esta questão se refere a
auditoria independente, mas aproveitei para o curso). A alternativa está de fato errada visto que trabalhos
anteriores só devem ser levados em consideração SE FOREM RELEVANTES para o trabalho atual.
Correta. Os procedimentos compõem o plano de auditoria. Assim, para definir técnicas e procedimentos, basta
alterar o plano de auditoria, não sendo necessário alterar a estratégia global.
Resposta: D
13. CESPE – TCDF– 2021)
Pedro, auditor governamental, ao elaborar a Matriz de Planejamento, debruçou-se sobre algumas características
dos critérios de auditoria: atingíveis, fatíveis, sob pena de se tornarem inócuos e não se prestarem aos fins do seu
trabalho. Nessa situação, as características dos critérios em que o servidor trabalhava eram as de utilidade.
RESOLUÇÃO:
Esta uma questão que apesar de mencionar a Matriz de Planejamento, está na verdade, cobrando as
características dos critérios de auditoria.
Na verdade, a característica do critério de auditoria que os tornam atingíveis e factíveis não é o critério da
utilidade, mas sim o critério da razoabilidade.
O critério da utilidade é o que define que os critérios são aqueles que produzem achados e opiniões que
satisfaçam às necessidades de informação do auditado.
Em resumo:
- Razoabilidade: os critérios selecionados devem ser atingíveis, factíveis, sob pena de se tornarem inócuos e
não se prestarem aos fins da auditoria;
- Utilidade: critérios úteis são aqueles que produzem achados e opiniões que satisfazem às necessidades de
informação do auditado;
Portanto, a questões confunde as características da razoabilidade e da utilidade e, por isso, está errada..
Resposta: Errado
14. CESPE – ANAC – 2012)
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A matriz de planejamento, espécie de esquematização das informações relevantes do planejamento e dos
procedimentos de uma auditoria, realizada para orientar a equipe na fase de execução dos trabalhos, consiste em
instrumento flexível, cujo conteúdo pode ser atualizado ou modificado à medida que o trabalho de auditoria é
realizado.
RESOLUÇÃO:
Perfeito! A matriz de planejamento serve exatamente para isso: para esquematizar o planejamento e
orientar a equipe na fase de Execução.
O planejamento, expresso na matriz, é flexível e iterativo, devendo ser adaptado sempre que for necessário.
Resposta: Certo
15. CESPE – TCDF – 2012)
Após a definição do perfil da equipe de auditoria, têm início as atividades para elaboração do planejamento de
auditoria.
RESOLUÇÃO:
Ao contrário. A definição da equipe de auditoria, inclusive a necessidade de especialistas externos, faz parte
do planejamento de auditoria.
“Pré-Planejamento” Planejamento
- Atividades Preliminares (AFIN)
- VGPO (ANOP e ACONF)
VGO (lembre que esta pode ser revisada na Execução)
> Objetivo > Avaliação de Riscos ( inclusive o de
fraude) > Escopo > Materialidade > Equipe e Recursos
(inclusive especialistas) > Critérios > Questões >
Preenchimento da Matriz de Planejamento
Resposta: Errado
16. CESPE – TCU – 2008)
Segundo a orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construir uma visão geral do
objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis, recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia
não sejam levadas em conta, a fim de se evitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem
caracterizar-se pela isenção e pela objetividade.
RESOLUÇÃO:
Durante a construção da VGO, o auditor utiliza várias informações para construir o seu conhecimento acerca do
objeto auditado.
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Legislação, o histórico do objeto, pesquisas acadêmicas, trabalhos anteriores de auditoria sobre o objeto são
bastante utilizados para a construção da VGO.
A mídia também pode ser utilizada para isso, pois é fonte importante de informações que podem ajudar o auditor
a entender como o objeto funciona.
Apesar de a mídia poder ajudar o auditor na VGO, ela não pode ser usada como evidência na auditoria. Assim,
notícias podem ajudar a compor a VGO, mas não são caracterizadas como evidência de auditoria.
Resposta: Errado
17. CESPE – ANS – 2005)
O auditor deverá ter como objetivo primordial de seu trabalho a busca de impropriedades ou irregularidades, por
meio da obtenção de evidências da ocorrência desses fatos.
RESOLUÇÃO:
O objetivo primordial de QUALQUER auditoria é comparar uma situação com um critério. Buscar
irregularidades/impropriedades não é objetivo principal, pois o auditor não tem como objetivo identificar fraudes.
Resposta: Errado
18. CESPE – DPU – 2016)
No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria,
o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam
consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas.
RESOLUÇÃO:
Uai! Se tais normas não compuserem a materialidade, elas estão fora do escopo determinado pelo auditor
e, portanto, não haverá avaliações com base nessas normas.
Portanto, essas normas não devem ser levadas em consideração.
Resposta: Errado
19. FEPESE – AMOSC – 2018)
Emitidas pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), as Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP) estabelecem
os princípios fundamentais de auditoria do Setor Público.
De acordo com os princípios relacionados ao processo de auditoria informados na NBASP Nível 2, emitida em 2017,
é incorreto afirmar:
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A O planejamento de uma auditoria específica envolve aspectos estratégicos e operacionais.
B No planejamento da auditoria os auditores devem assegurar que os termos da auditoria sejam claramente
estabelecidos.
C Os auditores devem realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, sendo essas mantidas até o final da
auditoria.
D Os auditores devem obter um entendimento da natureza da entidade ou do programa a ser auditado.
E Os auditores devem identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objetivos da auditoria.
RESOLUÇÃO:
A) Correta. Os aspectos estratégicos do planejamento estão contidos na Estratégia Global de Auditoria,
enquanto os aspectos operacionais se encontram no Plano de Auditoria.
B) Correta. O planejamento ajuda o auditor a estabelecer os termos do trabalho (objetivo, escopo,
materialidade, etc)
C) Incorreta. Não só a avaliação de risco, como o planejamento inteiro, podem ser alterados no decorrer da
auditoria. O planejamento é flexível e iterativo.
D) Correta. Perfeito. Este entendimento decorre em grande parte da VGO
E) Correta. O risco de fraude deve ser considerado em todas as auditorias.
Resposta: C
20. VUNESP – ITESP – 2013)
Compreende os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época
do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade; e deve ser
documentado e os programas de trabalho formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à
compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe
técnica e uso de especialistas.
O texto se refere ao(s)
A Planejamento do trabalho.
B Plano de execução e processos.
C Escopo de trabalho.
D Escopo de auditoria.
E Programas de trabalho.
RESOLUÇÃO:
A questão foi bem abrangente e listou várias atividades que compõem o Planejamento de auditoria. Assim, só
pode estar se referindo ao Planejamento do trabalho de auditoria como um todo.
Resposta: A
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21. VUNESP – SEFAZ SP – 2013)
O processo que envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria,
bem como se mostra benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive no auxílio
ao auditor para: dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; identificar e resolver
tempestivamente problemas potenciais; organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado
de forma eficaz e eficiente; entre outros benefícios, é denominado de
A Planejamento da auditoria.
B Programas de trabalho.
C Cronograma da auditoria.
D Papéis de trabalho.
E Responsabilidades predeterminadas.
RESOLUÇÃO:
Sendo bem objetivo: estratégia global e plano de auditoria são documentos elaborados nas AFINs durante a
fase de planejamento.
Portanto, ambos pertencem a fase de planejamento de auditoria.
Vale mencionar que a alternativa B está errada, pois a questão fala expressamente em “auditoria das
demonstraçoes contábeis”, ou seja, fala em auditoria financeira, na qual temos Estratégia + Plano.
Resposta: A
22. FEMPERJ – TCE RJ – 2012)
Em relação ao planejamento da Auditoria, o Manual de Auditoria Governamental do TCE-RJ dispõe que as auditorias
devem ser planejadas de modo a garantir sua qualidade e executadas de forma econômica, eficiente, eficaz e
oportuna. Para cumprir esses objetivos, o planejamento da auditoria deve:
I. considerar os objetivos da auditoria e os procedimentos de verificação necessários para alcançá-los;
II. certificar-se da efetividade dos sistemas de controle do órgão/entidade;
III. requerer as providências tomadas com relação a constatações e recomendações de auditoria anteriores;
IV. considerar a forma e o conteúdo dos relatórios de auditoria.
Estão corretos os itens:
A apenas I e II;
B apenas I e III;
C apenas I e IV;
D apenas II e III;
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E I, II, III e IV.
RESOLUÇÃO:
Vamos aos itens!
I – Correta. Tanto o objetivo quanto os procedimentos são essenciais para o planejamento da auditoria.
II – Incorreta. O teste da efetividade dos controles será feito na Execução, quando o auditor for realizar os
testes. No planejamento, o auditor apenas lista os testes que planeja executar.
III – Incorreta. Isso ocorre no monitoramento, não no planejamento da auditoria.
IV – Correta. Apesar de parecer estranho, este item está realmente correto. Ao começar uma auditoria, o
auditor já precisa saber que tipo de auditoria fará. Isso implica saber se o relatório será de forma longa ou curta,
por exemplo, e que tipo de informação deve estar no relatório.
Por exemplo, ao começar uma ACONF, o auditor já sabe que a VGO precisa estar no relatório.
Assim, corretos os itens I e IV.
Resposta: C
23. IADES – CONAB – 2014)
Na auditoria interna da Conab, a avaliação de natureza operacional tem finalidade de auxiliar os gestores. A forma
de comunicação do resultado da avaliação é a emissão de opinião, consubstanciada em nota técnica, acerca de
diversos aspectos de gestão. Para efetivamente alcançar seu objetivo, está previsto que o planejamento de toda e
qualquer avaliação desse tipo seja feito em uma matriz de planejamento, forma que permite uma esquematização
das informações relevantes. Essa matriz é composta por
A cronograma, profissionais e detalhamento das atividades que serão executadas.
B dados extraídos de relatórios gerenciais e técnicas que serão empregadas no tratamento dos dados.
C questões-problema, informações requeridas, fontes de informação, estratégias metodológicas, métodos de
coleta/obtenção de dados, métodos de análise de dados, limitações e o que a análise vai permitir dizer.
D técnicas empregadas, problemas identificados e recomendações da auditoria.
E métodos de análise de dados, cronograma, origem dos dados, objetivos das análises, equipe de auditoria,
quantitativo de horas de trabalho dos auditores, e escopo e não escopo.
RESOLUÇÃO:
A) Incorreta. Esta alternativa está, na essência, correta, pois a Matriz de Planejamento traz a época, os
membros responsáveis e as atividades (procedimentos) que serão executados. Mas em questões de
múltipla escolha, não buscamos necessariamente a alternativa correta, mas sim a mais correta (ou seja, a
que está correta e é a mais completa). Como veremos, há outra alternativa mais completa.
B) Incorreta. Os dados extraídos serão obtidos na Execução. No Planejamento, o máximo que o auditor irá
listar tais dados como “informaçoes requeridas” na Matriz.
C) Correta. Aí sim! Listou todas as colunas da Matriz de Planejamento! Alternativa correta e completa.
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D) Incorreta. No planejamento, o auditor ainda não empregou técnicas, nem identificou problemas e nem
tem recomendações a fazer. No planejamento, ele está planejando empregar técnicas e lista os possíveis
achados.
E) Incorreta. Quantitativo de horas de trabalho e escopo/não escopo não fazem parte da Matriz de
Planejamento.
Resposta: C
24. FCC – PGE MT – 2016)
Os riscos de distorção relevante no nível de afirmação foram classificados pela Norma Brasileira de Contabilidade
do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1) em dois componentes: riscos inerentes e riscos de controle. NÃO
representa risco inerente:
A cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza
significativa de estimativa.
B circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios.
C desenvolvimentos tecnológicos que tornam obsoleto um produto específico e alteram o valor do estoque.
D erros ou equívocos humanos, intencionais ou não.
E informação específica como a falta de capital de giro suficiente para a continuidade das operações.
RESOLUÇÃO:
Esta é uma questão da Auditoria Privada, mas achei interessante trazê-la aqui.
Bom, o Risco Inerente (RI) é suscetibilidade da informação do objeto a uma distorção, sem considerar controles. É
o risco “bruto” (probabilidade x impacto).
O Risco de Controle (RC) representa o risco de os controles internos não prevenirem ou detectarem distorções
(AFIN) ou discrepâncias em relação ao critério (ANOP/ACONF). É o risco do controle falhar.
Exemplos de fatores que afetam o Risco Inerente: Ausência de segregação de funções, alta rotatividade de
gestores, baixo comprometimento do gestor, operações complexas, desorganização administrativa, casos de
fraudes já ocorridos na organização.
Exemplos de fatores que afetam o Risco de Controle: Falhas de Gestão, nos Sistemas e no processo de revisão.
A) Correta. Cálculos complexos ou estimativas contábeis contém, em si, maior probabilidade de erro. Ou
seja, são mais suscetíveis a erro e, por isso, representam o risco inerente.
B) Correta. Se há alguma situação que pode afetar o negócio da companhia (como grandes disrupções
tecnológicas que podem tornar o produto da empresa obsoleto), isto aumenta a suscetibilidade da
empresa a uma distorção, pois a avaliação do patrimônio pode não estar levando em conta essa ameaça
aos negócios. Assim, representa o RI tbm.
C) Correta. Sendo esta a situação, cada vez que a tecnologia muda, o valor dos estoques também muda. Isto
representa mais suscetibilidade de erro, pois o valor do estoque pode não estar atualizado. Assim, RI.
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D) Incorreta. Erros ou equívocos humanos, intencionais ou não precisam ser prevenidos ou detectados pelos
controles internos. Se os controles internos não previnem ou detectam estes erros, estamos falando do
Risco de Controle (e não do RI).
E) Correta. Se a organização não possui capital de giro, isso representa um risco ao negócio, o que caracteriza
o RI.
Assim, a única alternativa que não representa o RI é a alternativa D.
Resposta: D
25. FCC – Pref. São Luís MA – 2015)
Ainda no planejamento de uma Auditoria, um Auditor de Controle Interno se deparou com a possibilidade de não
atingir, de forma satisfatória, os objetivos dos trabalhos, podendo emitir uma opinião inadequada, tendo por base
a verificação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de Auditoria Interna, a serem aplicados,
considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações. Esse aspecto, nos termos da NBC TI 01,
é conceituado como
A falha de auditoria.
B falha do auditor.
C eventos alheios à vontade do auditor.
D riscos de auditoria.
E falha de amostragem.
RESOLUÇÃO:
O risco de auditor expressar uma opinião inadequada é o risco de auditoria, que é o risco do auditor “falar
besteira”.
Resposta: D
26. FCC – Pref. São Luís MA – 2015)
Considere os fatores abaixo.
I. Conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade.
II. Existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos de Auditoria
Interna.
III. O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes e
relacionados.
Esses fatores são relevantes na execução dos trabalhos de auditoria, especificamente para a fase de
A planejamento.
B comunicação de resultados.
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C testes de auditoria.
D especificação de resultados.
E detalhamento de achados de auditoria.
RESOLUÇÃO:
Bom, ao conhecer as políticas, os instrumentos de gestão de riscos, como a organização funciona
(associados, filiais, etc) e o que providências foram tomadas em trabalhos de auditoria anteriores, o auditor
consegue informações relevantes para a construção da VGO.
Por sua vez, a VGO compõe a fase de planejamento.
Resposta: A
27. FCC – TCE SP – 2013)
NÃO constitui uma recomendação que deve ser considerada pelos responsáveis pelo planejamento da auditoria
governamental:
A o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão da entidade.
B o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou
relacionados.
C a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem utilizados, levando-se em conta
a política de gestão de riscos da entidade.
D a rejeição do uso de trabalho de especialistas na área de atuação da entidade auditada, sob pena de comprometer
o sigilo inerente aos trabalhos.
E a expectativa da entidade externada aos auditores internos antes do início dos trabalhos.
RESOLUÇÃO:
A) Correta. Conhecer políticas e instrumentos de gestão ajuda o auditor a construir a VGO, que faz parte do
planejamento.
B) Correta. conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores,
semelhantes ou relacionados ajuda o auditor a construir a VGO, que faz parte do planejamento.
C) Correta. Os procedimentos de auditoria precisam estar expressos na Matriz de Planejamento. Portanto,
também fazem parte do planejamento.
D) Incorreta. Durante o planejamento, o auditor precisa identificar a quantidade de auditores e o perfil da
equipe de auditoria adequado. Dependendo do caso, pode ser necessário o uso de especialistas externos.
Portanto, nem sempre a utilização de especialistas será rejeitada.
E) Correta. Uma auditoria que gera impactos relevantes precisa ser capaz de atender as necessidades dos
usuários previstos, mas também deve contribuir para o auditado melhorar o desempenho e resolver
problemas.
Resposta: D
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Lista de questões
1. FGV – MPE AL – 2018)
O planejamento da auditoria governamental deve considerar os riscos da auditoria, que representa a possibilidade
de o profissional emitir uma opinião tecnicamente inadequada.
Em relação à classificação do risco de auditoria, assinale a afirmativa correta.
A O risco de planejamento é a possibilidade de o erro acontecer devido às falhas no planejamento.
B O risco inerente é a possibilidade de o erro acontecer em face de não existir controle.
C O risco de controle é a possibilidade de o erro não ser detectado pelo profissional de auditoria governamental.
D O risco de detecção é a possibilidade de o erro acontecer e não ser detectado, em face das limitações dos
controles existentes.
E O risco de resultado é a possibilidade de não se obter o resultado esperado, devido a fatores externos.
2. FGV – TCM RJ – 2008)
No tocante a habilidades e metodologias em auditoria governamental, a "matriz de planejamento" é uma
ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de
decisões sobre metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de
campo. Em relação a ela, é possível afirmar que:
A se trata de uma esquematização das informações relevantes do planejamento de uma auditoria. Contudo, não
tem como propósito auxiliar na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de execução.
B é um instrumento flexível, e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modificado pela equipe, à medida que o
trabalho de auditoria progride.
C não fazem parte dela elementos como questões de auditoria, informações requeridas, fontes de informação e
estratégias metodológicas.
D a formulação das questões de auditoria não gerará implicações nas decisões quanto aos tipos de dados que serão
coletados e à forma de coleta que será empregada.
E seu uso no setor público não é recomendável em ampla escala, sobretudo em função do custo envolvido.
3. FGV – TCE PI – 2021)
O planejamento das atividades de auditoria requer a definição de algumas informações acerca do objeto a ser
auditado.
São consideradas informações essenciais, EXCETO:
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A escopo do trabalho;
B local de realização dos trabalhos de auditoria;
C avaliação sumária do risco inerente ao objeto a ser auditado;
D faixas de remuneração do pessoal que compõe a equipe de trabalho;
E cronograma com definição de data de início e término dos trabalhos.
4. FGV – ISS Niterói – 2018)
A matriz de planejamento é o papel de trabalho em que são registrados os passos e procedimentos a serem
realizados na fase de execução para que o objetivo da auditoria seja alcançado.
As opções a seguir listam funções da matriz de planejamento, à exceção de uma. Assinale-a.
A Ampliar a possibilidade de alcançar bons resultados com o trabalho.
B Dar foco ao trabalho de fiscalização.
C Minimizar riscos de prorrogações na duração dos trabalhos e desgastes com as chefias.
D Equacionar expectativas, facilitando a discussão do trabalho com as chefias em bases objetivas.
E Estabelecer e categorizar as conclusões que serão alcançadas.
5. FGV – MPE AL – 2018)
A Matriz de Planejamento é um quadro-resumo das informações relevantes de uma auditoria, tratando-se de um
papel de trabalho que organiza e sistematiza toda a etapa de planejamento, com o propósito de orientar a equipe
na fase de execução.
A matriz integra o programa de auditoria, contendo alguns dos elementos essenciais que o definem, entre os quais
estão as questões de auditoria.
Na elaboração das questões de auditoria deve-se levar em conta os aspectos listados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
A O texto deve ser redigido com clareza.
B Os termos usados devem ser definidos e mensurados.
C Os questionamentos devem ter viabilidade investigativa.
D O texto deve ter coerência.
E O texto deve apresentar os resultados esperados.
6. FGV – ISS Cuiabá – 2016)
O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de auditoria.
Sobre o planejamento da auditoria, assinale a afirmativa correta.
A O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.
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B A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não influenciam a natureza e
a extensão das atividades de planejamento.
C A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração da entidade
auditada.
D A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do
plano.
E Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de auditoria.
7. FGV – ISS Recife – 2014)
Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as
afirmativas a seguir.
I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.
II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.
III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz e
eficiente.
IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos.
Assinale:
A se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
B se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
C se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
D se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
E se todas as afirmativas estiverem corretas.
8. FGV – ISS Recife – 2014)
Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estratégia global que defina seu alcance,
sua época e sua direção, a fim de orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.
Os procedimentos a serem adotados estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
A Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.
B Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.
C Considerar, para orientar os esforços da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do auditor,
são irrelevantes.
D Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria.
E Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.
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9. FGV – AL-BA – 2014)
A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte
A do processo de auditoria.
B da estratégia global de auditoria.
C da gestão da auditoria.
D da avaliação preliminar da auditoria.
E do plano da auditoria.
10. FGV – SEFAZ RJ – 2010)
Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a
direção para o desenvolvimento do plano de auditoria.
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
A O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance, bem como definir os objetivos
do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.
B O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar
o trabalho.
C O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando for o caso,
a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos.
D O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão
dos procedimentos planejados de avaliação de risco.
E O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.
11. FGV – SEAD AP – 2010)
A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.
A é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.
B trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta a necessidade de atingir os
objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor.
C deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.
D deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria.
E deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.
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12. FGV – SEAD AP – 2010)
O auditor deve definir uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção do seu trabalho e oriente o
desenvolvimento do plano de auditoria. Ao estabelecer essa estratégia global, o auditor deve adotar os
procedimentos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
A Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.
B Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.
C Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho.
D Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria, sendo indispensável o
conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade.
E Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.
13. CESPE – TCDF– 2021)
Pedro, auditor governamental, ao elaborar a Matriz de Planejamento, debruçou-se sobre algumas características
dos critérios de auditoria: atingíveis, fatíveis, sob pena de se tornarem inócuos e não se prestarem aos fins do seu
trabalho. Nessa situação, as características dos critérios em que o servidor trabalhava eram as de utilidade.
14. CESPE – ANAC – 2012)
A matriz de planejamento, espécie de esquematização das informações relevantes do planejamento e dos
procedimentos de uma auditoria, realizada para orientar a equipe na fase de execução dos trabalhos, consiste em
instrumento flexível, cujo conteúdo pode ser atualizado ou modificado à medida que o trabalho de auditoria é
realizado.
15. CESPE – TCDF – 2012)
Após a definição do perfil da equipe de auditoria, têm início as atividades para elaboração do planejamento de
auditoria.
16. CESPE – TCU – 2008)
Segundo a orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construir uma visão geral do
objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis, recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia
não sejam levadas em conta, a fim de se evitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem
caracterizar-se pela isenção e pela objetividade.
17. CESPE – ANS – 2005)
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O auditor deverá ter como objetivo primordial de seu trabalho a busca de impropriedades ou irregularidades, por
meio da obtenção de evidências da ocorrência desses fatos.
18. CESPE – DPU – 2016)
No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria,
o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam
consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas.
19. FEPESE – AMOSC – 2018)
Emitidas pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), as Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP) estabelecem
os princípios fundamentais de auditoria do Setor Público.
De acordo com os princípios relacionados ao processo de auditoria informados na NBASP Nível 2, emitida em 2017,
é incorreto afirmar:
A O planejamento de uma auditoria específica envolve aspectos estratégicos e operacionais.
B No planejamento da auditoria os auditores devem assegurar que os termos da auditoria sejam claramente
estabelecidos.
C Os auditores devem realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, sendo essas mantidas até o final da
auditoria.
D Os auditores devem obter um entendimento da natureza da entidade ou do programa a ser auditado.
E Os auditores devem identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objetivos da auditoria.
20. VUNESP – ITESP – 2013)
Compreende os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época
do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade; e deve ser
documentado e os programas de trabalho formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à
compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe
técnica e uso de especialistas.
O texto se refere ao(s)
A Planejamento do trabalho.
B Plano de execução e processos.
C Escopo de trabalho.
D Escopo de auditoria.
E Programas de trabalho.
21. VUNESP – SEFAZ SP – 2013)
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O processo que envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria,
bem como se mostra benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive no auxílio
ao auditor para: dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; identificar e resolver
tempestivamente problemas potenciais; organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado
de forma eficaz e eficiente; entre outros benefícios, é denominado de
A Planejamento da auditoria.
B Programas de trabalho.
C Cronograma da auditoria.
D Papéis de trabalho.
E Responsabilidades predeterminadas.
22. FEMPERJ – TCE RJ – 2012)
Em relação ao planejamento da Auditoria, o Manual de Auditoria Governamental do TCE-RJ dispõe que as auditorias
devem ser planejadas de modo a garantir sua qualidade e executadas de forma econômica, eficiente, eficaz e
oportuna. Para cumprir esses objetivos, o planejamento da auditoria deve:
I. considerar os objetivos da auditoria e os procedimentos de verificação necessários para alcançá-los;
II. certificar-se da efetividade dos sistemas de controle do órgão/entidade;
III. requerer as providências tomadas com relação a constatações e recomendações de auditoria anteriores;
IV. considerar a forma e o conteúdo dos relatórios de auditoria.
Estão corretos os itens:
A apenas I e II;
B apenas I e III;
C apenas I e IV;
D apenas II e III;
E I, II, III e IV.
23. IADES – CONAB – 2014)
Na auditoria interna da Conab, a avaliação de natureza operacional tem finalidade de auxiliar os gestores. A forma
de comunicação do resultado da avaliação é a emissão de opinião, consubstanciada em nota técnica, acerca de
diversos aspectos de gestão. Para efetivamente alcançar seu objetivo, está previsto que o planejamento de toda e
qualquer avaliação desse tipo seja feito em uma matriz de planejamento, forma que permite uma esquematização
das informações relevantes. Essa matriz é composta por
A cronograma, profissionais e detalhamento das atividades que serão executadas.
B dados extraídos de relatórios gerenciais e técnicas que serão empregadas no tratamento dos dados.
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C questões-problema, informações requeridas, fontes de informação, estratégias metodológicas, métodos de
coleta/obtenção de dados, métodos de análise de dados, limitações e o que a análise vai permitir dizer.
D técnicas empregadas, problemas identificados e recomendações da auditoria.
E métodos de análise de dados, cronograma, origem dos dados, objetivos das análises, equipe de auditoria,
quantitativo de horas de trabalho dos auditores, e escopo e não escopo.
24. FCC – PGE MT – 2016)
Os riscos de distorção relevante no nível de afirmação foram classificados pela Norma Brasileira de Contabilidade
do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1) em dois componentes: riscos inerentes e riscos de controle. NÃO
representa risco inerente:
A cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza
significativa de estimativa.
B circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios.
C desenvolvimentos tecnológicos que tornam obsoleto um produto específico e alteram o valor do estoque.
D erros ou equívocos humanos, intencionais ou não.
E informação específica como a falta de capital de giro suficiente para a continuidade das operações.
25. FCC – Pref. São Luís MA – 2015)
Ainda no planejamento de uma Auditoria, um Auditor de Controle Interno se deparou com a possibilidade de não
atingir, de forma satisfatória, os objetivos dos trabalhos, podendo emitir uma opinião inadequada, tendo por base
a verificação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de Auditoria Interna, a serem aplicados,
considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações. Esse aspecto, nos termos da NBC TI 01,
é conceituado como
A falha de auditoria.
B falha do auditor.
C eventos alheios à vontade do auditor.
D riscos de auditoria.
E falha de amostragem.
26. FCC – Pref. São Luís MA – 2015)
Considere os fatores abaixo.
I. Conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade.
II. Existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos de Auditoria
Interna.
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III. O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes e
relacionados.
Esses fatores são relevantes na execução dos trabalhos de auditoria, especificamente para a fase de
A planejamento.
B comunicação de resultados.
C testes de auditoria.
D especificação de resultados.
E detalhamento de achados de auditoria.
27. FCC – TCE SP – 2013)
NÃO constitui uma recomendação que deve ser considerada pelos responsáveis pelo planejamento da auditoria
governamental:
A o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão da entidade.
B o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou
relacionados.
C a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem utilizados, levando-se em conta
a política de gestão de riscos da entidade.
D a rejeição do uso de trabalho de especialistas na área de atuação da entidade auditada, sob pena de comprometer
o sigilo inerente aos trabalhos.
E a expectativa da entidade externada aos auditores internos antes do início dos trabalhos.
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Gabarito 1. B
2. B
3. D
4. E
5. E
6. D
7. B
8. C
9. E
10. E
11. E
12. D
13. E
14. C
15. E
16. E
17. E
18. E
19. C
20. A
21. A
22. C
23. C
24. D
25. D
26. A
27. D
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Resumo direcionado
Planejamento de Auditoria:
➢ Auditoria é um projeto, um esforço temporário empreendido para criar um resultado único;
➢ Como todo projeto, precisa ser bem gerido, o que demanda planejamento, organização, gerenciamento, método e estratégias de gestão de projetos.;
Atividades Preliminares e Visão Geral Preliminar do Objeto (VGPO)
➢ Atividades Preliminares: Usada nas AFINs. Auditor verifica se AFIN possui condições mínimas para ser realizada. Auditor verifica se conseguirá cumprir os requisitos de qualidade exigidos para sua auditoria, se consegue cumprir os requisitos éticos, inclusive a independência e há entendimento sobre os termos da auditoria e dos papéis e responsabilidades do auditor e do auditado.
➢ VGPO: ANOPs e ACONFs. obtenção de conhecimento e compreensão do objeto da auditoria. Entender o contexto do objeto de auditoria, como o ambiente organizacional, a legislação aplicável, os organogramas, os fluxogramas, as rotinas/manuais, os programas/acoes gerenciados, o planejamento estratégico e operacional, os resultados dos últimos trabalhos de auditoria realizados e notícias da mídia acerca do objeto.
Planejamento de Auditoria:
➢ No Planejamento, o auditor obtém um entendimento sobre o objeto auditado e escolhe a melhor forma de conduzir a auditoria. .
➢ O planejamento da auditoria não é estanque, não é rígido e nem isolado. Ele é flexível, iterativo e realizado em equipe. Ele não se encerra com o início dos trabalhos de campo.
➢ A VGO pode ser revisada ao final da fase de Execução. Mesmo durante o planejamento, alguns consideram que a VGO ainda é preliminar (pois só é definitiva quando vai para o relatório).
“Pré-Planejamento” Planejamento
- Atividades Preliminares (AFIN)
- VGPO (ANOP e ACONF)
VGO (lembre que esta pode ser revisada na Execução)
> Objetivo > Avaliação de Riscos ( inclusive o de
fraude) > Escopo > Materialidade > Equipe e Recursos
(inclusive especialistas) > Critérios > Questões >
Preenchimento da Matriz de Planejamento
➢ Atividades preliminares e VGPO são feitas antes do planejamento. Mas é comum que as etapas da fase de Planejamento sejam invertidas, a depender da necessidade da auditoria. Assim, não se apegue a sequencia, ok? É apenas para fins didáticos.
➢ Em relação aos critérios: razoabilidade (atingíveis, factíveis), pertinência (consonância com o assunto), confiabilidade (opiniões similares quando usados por diferentes auditores), objetividade (menos sujeitos a interpretações e subjetivismos), utilidade (achados e opiniões que satisfazem às necessidades de informação do auditado), clareza (não permitem interpretações significativamente diferenciadas), aceitabilidade (critérios reconhecidos pelo auditor e pelo auditado), comparabilidade, totalidade (todos os critérios significativos foram identificados).
Documentação do Planejamento de Auditoria
➢ Atividades Preliminares são documentadas na forma de declaração de independência do auditor e carta compromisso.
➢ VGPO é atualizada para a VGO, documentada como papel de trabalho, e levada ao relatório.
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➢ Programa de Auditoria (NAT TCU + IIA): Panorama de como a auditoria será conduzida. Com base na VGO, estabelece objetivo e escopo da auditoria, universo e amostra a serem examinados, procedimentos e as técnicas a serem utilizados, critérios de auditorias, informações requeridas e fontes, etapas a serem cumpridas e respectivos cronogramas, quantificação dos recursos necessários a execução dos trabalhos. Estabelece uma resposta eficaz para os riscos da auditoria.
➢ Estratégia Global + Plano de Auditoria (AFINs): A Estratégia de Auditoria envolve O QUE fazer. Já o Plano de Auditoria define COMO fazer.
➢ Estratégia global identifica o alcance do trabalho, objetivo do relatório, determina natureza, época e extensão dos recursos necessários, considera atividades preliminares, resultados e conhecimentos de outras auditorias.
➢ Já o Plano de Auditoria é mais específico, pois envolve aspectos operacionais (mão na massa) da auditoria. Assim, o plano de auditoria contém: natureza, época, extensão dos procedimentos planejados e outros procedimentos necessários (revisão de marco legal), fatores que afetam auditoria, abordagem da auditoria, cronograma, etc.
➢ Matriz de Planejamento: organiza e sistematiza o planejamento da auditoria, dando foco ao trabalho. Orienta a fase de execução de auditoria. Ela muda conforme o tipo de auditoria.
➢ Se ANOP, inclui as colunas Critérios, Análise de Dados, Limitações e O Que A Análise Vai Permitir Dizer.
➢ Se AFIN, inclui as colunas ‘Áreas”, “Objetivo do Teste”, ‘Possíveis distorcões ou deficiências” e “Referências”.