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EXERCÍCIO 2011 PASTA QUADRO II Plano de Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz Minas Gerais

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EXERCÍCIO 2011PASTA QUADRO II

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ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO / METODOLOGIA GERAL DO INVENTÁRIO.........................................................................................2

2. DADOS DO MUNICÍPIO .................................................................................................................................................5

2.1. LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.............................................................................................................................5

2.2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ..........................................................................................................................5

2.3. DADOS GERAIS DOS DISTRITOS........................................................................................................................5

2.4. DADOS GERAIS DOS POVOADOS E COMUNIDADES .......................................................................................7

2.5. PATRIMÔNIO TOMBADO ......................................................................................................................................7

2.6. PATRIMÔMIO INVENTARIADO .............................................................................................................................7

2.7. RELAÇÃO DE ALGUNS BENS A SEREM INVENTARIADOS ...............................................................................7

2.8. FICHA DE INFORMAÇÕES GERAIS .....................................................................................................................9

3. OBJETIVOS DO INVENTÁRIO ....................................................................................................................................17

4. PESQUISA DE CAMPO / CRUZAMENTO DE DADOS ................................................................................................19

4.1. PESQUISA DE CAMPO .......................................................................................................................................19

4.2. CRUZAMENTO DE DADOS.................................................................................................................................26

5. CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO UTILIZADOS ..........................................................................................................27

6. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS .................................................................................28

6.1. ZONA 01 – DISTRITO SEDE................................................................................................................................28

6.2. ZONA 02 – ZONA RURAL....................................................................................................................................30

7. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS EM BASES CARTOGRÁFICAS ..................................................................................33

8. PRIORIDADES DO INVENTÁRIO.................................................................................................................................39

9. CRONOGRAMA ............................................................................................................................................................39

10. ANEXOS......................................................................................................................................................................41

10.1. ANEXO 1 – PROJETO DE RESTAURAÇÃO DA CASA ANTIGA ......................................................................41

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS .............................................................................................45

12. FICHA TÉCNICA .........................................................................................................................................................47

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O Município de Luz tentou, por diversas vezes, elaborar o planejamento de inventário dos seus bens

culturais, entretanto o trabalho nunca foi pontuado pelo IEPHA/MG, que recomendou algumas alterações

no projeto. Dentre elas, vale ressaltar as últimas referentes à análise do Exercício 2010:

“As datas dos cronogramas estão muito confusas, da forma apresentada é inadmissível. Como poderá

finalizar o cronograma sem terminá-lo? Favor definir a data das atividades na tabela.”

“Reelaborar o cronograma com coerência nas datas.”

Em função dessas observações, o plano de inventário não foi aceito e a recomendação exigiu apresentar

um novo trabalho. Para tanto, uma nova equipe técnica foi contratada pela administração municipal que,

tendo em mãos os documentos já elaborados, saiu a campo para a definição de um novo planejamento

do inventário dos bens culturais, apresentado a seguir:

O inventário é um instrumento de orientação às ações do poder público e das comunidades para a

implementação da política cultural local, bem como às ações de preservação nas esferas estadual e

federal. O inventário começa com a elaboração do Plano de Inventário que vai definir, através de um

cronograma, como e quando será realizada a identificação do acervo cultural do município.

A identificação do acervo cultural de um determinado município consiste em uma ampla pesquisa,

embasada por critérios rigorosos, cujo objetivo é localizar, reconhecer e cadastrar os bens com interesse

de preservação, além de embasar outras medidas de proteção. Essa pesquisa inclui documentos

históricos, entrevistas com autoridades e moradores da região, estudos do local e de seus aspectos

culturais e físicos. Essas medidas visam à identificação do Patrimônio Cultural, de maneira ampla, de

modo a incluir os bens materiais, imateriais, os modos de vida, comportamentos, ofícios e peculiaridades

de determinado grupo. É extremamente importante a participação da comunidade no processo de

identificação do acervo cultural, uma vez que os valores culturais são muito variáveis, sendo bastante

específicos dentro de cada comunidade. Sendo assim, o envolvimento da população de forma

democrática e ampla constitui uma maneira de se garantir que o acervo identificado englobe todas as

referências culturais relevantes para a comunidade, não sendo imposto por grupos isolados ou por

especialistas de determinada área, representando uma visão parcial e fragmentada do que seria

importante na cultura geral de um município.

Somente depois de estabelecida de maneira criteriosa a identificação dos bens de interesse de

preservação é que serão feitos os preenchimentos das fichas de inventário, contemplando todos os seus

dados referentes. As fichas de inventário consistem em uma descrição sucinta, contendo as informações

básicas referentes ao bem em questão, onde devem estar presentes registros fotográficos, a relevância

histórica – incluindo as modificações de uso ao longo dos anos –, a importância cultural, informações

técnicas, análise da ambiência, estado de conservação, etc.

1. INTRODUÇÃO / METODOLOGIA GERAL DO INVENTÁRIO

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A metodologia utilizada para a realização do Inventário do Município de Luz tem como embasamento o

conteúdo apresentado pelo IEPHA/MG no seu Caderno de Diretrizes e pode ser resumida em quatro

etapas gerais, vinculadas entre si, a saber:

Etapa 01 - Identificação: Para a identificação do acervo de um município utilizam-se critérios de investigação para a

obtenção de dados considerados indispensáveis para evidenciar a sua representatividade. A

representatividade do objeto de proteção é o fator que irá orientar o planejamento do inventário,

uma vez que, a partir desta descoberta, será elaborada a forma e as prioridades de realização

do inventário.

Etapa 02 - Fichamento de dados: É o registro, em Fichas de Identificação, dos dados coletados na fase anterior, ou em fases

posteriores, conforme estabelecido pelos critérios de identificação.

Etapa 03 - Arquivamento das informações levantadas: É a guarda das informações levantadas, prevista para ser processada, se possível, em memória

de computador e conjugada com os arquivos de iconografia e de projetos (negativos, positivos,

fotografias, levantamentos gráficos, mapas, etc). Compreende a organização sistemática dos

dados coletados em bases textuais, iconográficas, cartográficas e filmográficas, cujas

referências devem ser apresentadas nos registros do Banco de Dados.

Etapa 04 – Disponibilização: É a disponibilização do trabalho para a valorização, planejamento e pesquisa, entendimento de

potencialidades e promoção de processos educativos. Deverá haver um planejamento de como

o acervo será disponibilizado. Isso poderá ser feito de diversas maneiras, devendo o município

definir qual a forma mais eficaz para essa realização.

Apesar de desenvolvidas em um período definido não significa que uma vez finalizadas as etapas

descritas o Inventário se encontra terminado. Ele deverá ser periodicamente atualizado o que permitirá

uma crítica do funcionamento das ações de preservação e conseqüentemente a manutenção dessas ou

a elaboração de outras mais eficazes.

Explicitadas as etapas gerais, segue abaixo um esquema de apresentação das sub-etapas que deverão

ser realizadas e cujos resultados deverão ser apresentados a cada ano.

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Definição da equipe técnica

Levantamento de bases cartográficas

METODOLOGIADO INVENTÁRIO

Identificação das áreas Inventariáveis

Inventário de cada área

FinalizaçãoObjetivos doInventário

Definição dos Objetivos

Levantamento Documental

Apresentar os critérios de identificação e as áreas a serem inventariadas

Prioridades do Invetário

Cronograma com prazos para o inventário das áreas

Identificar as áreas definidas nas bases cartográficas

Ficha Cadastral do Município

Pesquisade Campo

Levantamento de campo

Identificação dos bens em bases cartográficas

Preenchimento das fichas

Revisãodas fichas

Arquivamentodas fichas

Identificação dos bensa serem inventariáveis (por categoria)

Levantamento de dadospara a Identificação das áreas Inventariáveis

Levantamento Histórico

Levantamento cartográfico

Fichamento de bens tombados não inventariados

Atualização

Ficha de informaçõesgerais do Município - Finalização -

Disponibilização

Cruzamento de Dados

Dados do municípioínicio do preenchimento da ficha de InformaçõesGerais

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Para uma maior visualização e entendimento do objeto em estudo, segue os dados do Município de Luz

e sua Ficha de Informações Gerais:

2.1. LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LUZ

2. DADOS DO MUNICÍPIO

Mapa localizando o município na sua microrregião e mapa localizando a microrregião em Minas Gerais

Fonte: www.citybrazil.com.br

Mapa das mesorregiões de Minas Gerais

Mapa de localização rodoviária do município.Fonte: www.der.mg.gov.br

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2.2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE LUZ 1. Município: Luz.

2. Emancipação: 1923 (Lei 843, de 7/9/1923).

3. Fundação: 1856 (Lei 746).

4. População total: 16.833 habitantes.

4.1. Homens: 8.419 habitantes.

4.2. Mulheres: 8.414 habitantes.

4.3. Densidade Demográfica: Dado inxistente.

4.4. População Urbana: 14.550 habitantes.

4.5. População Rural: 2.283 habitantes.

5. Área Total: (km2) 1.171,69 Km2.

6. CEP: 35.595-000

7. Microrregião: Bom Despacho.

8. Altitude Máxima/Local: 956 m (Serra Deus Me Livre).

9. Altitude Mínima/Local: 680 m (Foz do Ribeirão Jorge Grande).

10. Distrito Sede: Luz.

11. Distritos existentes: Esteios (ex - Nossa Senhora de Nazaré dos Esteios).

12. Principal Atividade Econômica: Agropecuária.

13. Bacia e Componentes Hidrográficos: Bacia do Rio São Francisco. Principais rios: Rio São Francisco

e Ribeirão Jorge Pequeno.

14. Legislações urbanísticas existentes: Dado ser pesquisado no decorrer do inventário.

2.3. DADOS GERAIS DOS DISTRITOS

1. Nome do distrito: Luz.

2. População: 14.550 habitantes.

3. Número de Edificações: dado a ser completado após pesquisa de campo.

4. Principal Atividade Econômica: dado a ser completado após pesquisa de campo.

4. Principais festividades e/ou comemorações: dado a ser completado após pesquisa de campo.

5. Observações:

1. Nome do distrito: Esteios.

2. População: 2.283 habitantes.

3. Número de Edificações: dado a ser completado após pesquisa de campo.

4. Principal Atividade Econômica: dado a ser completado após pesquisa de campo.

4. Principais festividades e/ou comemorações: dado a ser completado após pesquisa de campo.

5. Observações:

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2.4. DADOS GERAIS DOS POVOADOS E COMUNIDADES

POVOADO/COMUNIDADE DISTÂNCIA DA SEDE Nº DE FAMÍLIAS PRINCIPAIS FESTIVIDADES

Campinho

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento desta

área

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento

desta área

Dado a ser completado na ocasião do

levantamento desta área

Olaria

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento desta

área

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento

desta área

Dado a ser completado na ocasião do

levantamento desta área

Limoeiro

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento desta

área

Dado a ser completado na

ocasião do levantamento

desta área

Dado a ser completado na ocasião do

levantamento desta área

2.5. PATRIMÔNIO TOMBADO

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas

FOTO

CÓDIGO

DENOMINAÇÃO

LOCALIZAÇÃO

NÍVEL DE PROTEÇÃO

ANO DE

TOMBAMENTO

ANO DE

INVENTÁRIO

-

Cine Pio XI

-

Municipal

2006

2006

2.6. PATRIMÔNIO INVENTARIADO: Inexistente.

2.7. RELAÇÃO DE ALGUNS BENS A SEREM INVENTARIADOS

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Catedral de Nossa Senhora da Luz

Praça Dr. Tácito Guimarães

Palácio Episcopal

-

Santuário de Fátima

Rua Nelson G. De Macedo Filho

Casa Grande

Rua Nelson G. De Macedo Filho

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Matriz São José do Operário

-

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Bairro do Rosário

Cine Pio XI

Rua Dezesseis de Março

Capela de Nossa Senhora da Piedade

Vila Vicentina

Bens Móveis e Integrados

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Imagem de Nossa Senhora da Luz em Pedra Sabão

Catedral de Nossa Senhora da Luz

Cristo Redentor

Zona urbana do Distrito Sede

Acervo de bens móveis do Palácio Episcopal

Palácio Episcopal

Arquivos

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO Arquivo do Palácio Episcopal Palácio Episcopal

Bens Imateriais

DENOMINAÇÃO

LOCALIZAÇÃO Festa de Nossa Senhora do Rosário Igreja do Rosário Corporação Musical Lyra Vicentina _

2.8. FICHA DE INFORMAÇÕES GERAIS

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

INFORMAÇÕES GERAIS IG - 01

1. Região: Centro-Oeste. 2. Microrregião: Bom Despacho.

3. Município: Luz.

4. Distritos e Povoados: Distrito de Esteios. Povoados Campinho, Olaria e Limoeiro.

5. Histórico:

O município de Luz situa-se na porção oeste de Minas Gerais, exatamente na transição da Bacia

Sanfranciscana para o Triângulo Mineiro. Encontra-se, portanto, inserido na “Macrorregião de

Planejamento VI - Centro-Oeste de Minas - e na microrregião de Bom Despacho, em área de

influência do centro regional de Divinópolis.” 1

O município é formado atualmente pelo distrito de Esteios, além do distrito sede. Compreende

ainda os povoados de Campinho, Olaria e Limoeiro. Os municípios limítrofes são: 2

• a norte: Estrela do Indaiá e Dores do Indaiá;

• a sul: Iguatama, Japaraíba e Bambuí;

• a leste: Bom Despacho, Moema, Santo Antônio do Monte e Lagoa da Prata;

• a oeste: Córrego Danta.

A região Centro-Oeste de Minas é uma área de ocupação antiga. Seu povoamento ocorreu nas

primeiras décadas do século XVII, com a atividade agropastoril voltada para abastecimento das

zonas de mineração. Não existe consenso entre os historiadores no que se refere à data do

povoamento da área específica do atual município de Luz.

“Segundo alguns, antes de 1735 somente alguns grupos indígenas habitavam a

região. Foi quando o governo da Capitania de Minas Gerais, em decorrência da

descoberta de ouro em terras de índios goiases, no Brasil Central, sentiu a

importância da abertura da picada mineira de Goiás, que iria encontrar a rota

paulista.

A região teria começado a ser efetivamente ocupada pelos luso-brasileiros a partir

de 1735, quando Salvador Jorge, vindo de Paracatu do Príncipe com sua mulher e

filhos, estabeleceu uma fazenda junto à picada que seguia para Goiás, entre dois

ribeirões, que passaram a se chamar Jorge Grande e Jorge Pequeno.

No entanto, por bastante tempo a área onde hoje se localiza o município teria

1 MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. Perfil sócio-econômico da Macrorregião de planejamento VI: centro-oeste de Minas. Vol. VI. Belo Horizonte, 1994. 2 CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p.16.

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INFORMAÇÕES GERAIS IG - 01

continuado sem sinais de implantação e desenvolvimento efetivo de núcleos

urbanos”. 3

Segundo a tradição, perpetuada entre os antigos moradores luzenses, a origem da cidade deve-se

ao seguinte fato:

Por volta de 1780, na então freguesia de Bambuí, havia dentre outras, duas fazendas,

denominadas “Camargos” e “Cocais”. A divisa entre elas não era delimitada, o que gerava

descontentamento pelo extravio de gado e outros animais. A esposa de um dos contentadores fez

então uma promessa a Nossa Senhora da Luz com o intuito de que os fazendeiros chegassem a

uma decisão amigável. Um amigo comum sugeriu a resolução do problema:

“Numa manhã combinada saíram à mesma hora, a cavalo, de suas respectivas

casas, caminhando cada um em direção à residência do outro. Perto do ribeirão

“Jorge Pequeno” deu-se o encontro, em plena mata. Ali colocaram o marco

divisório. Naquele mesmo local foi erguida uma capela e doada para seu

patrimônio a arca compreendida entre o citado Jorge Pequeno, cabeceiras acima,

em direção ao Açudão, passando pelo espigão do serrote ao norte, no Refêgo.”4

Uma vez erguida a capela, coube ao vigário de Bambuí benzê-la e torná-la filial de sua matriz.

Solucionado o conflito, instalou-se, gradativamente, neste ponto o povoado de Nossa Senhora da

Luz do Aterrado.

“A dois quilômetros ao poente da capela havia uma nascente represada por um

talude, um aterro, a fim de se elevar a água para as plantações e para o povoado

que se formava em torno da capela. Por este “aterrado” passava a estrada, em

linha reta pela mata, que atravessava o “aterrado do Açudão”.5

Eis aí a origem dos dois nomes: Nossa Senhora da Luz do Aterrado.

Partindo do “Açudão” havia um pequeno córrego, denominado “Córrego do Açudinho”, que aflorava

dentro do antigo povoado. O abastecimento dos moradores era feito através de uma bica que

3 CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p.21-22. 4 TEIXEIRA, Edelweiss. A origem da cidade de Luz. Luz: Tipografia Diocesana, 1941 . 5 TEIXEIRA, Edelweiss. A origem da cidade de Luz. Luz: Tipografia Diocesana, 1941. 6 SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.31. 7 CAMPOS, Agmar Abdon. et al .Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p. 22-23. 8 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Enciclopédia dos municípios mineiros. Verbete Luz - MG. Rio de Janeiro, 1955, p. 468-472. 9 SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.33. 10 SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.34. 11 CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941. 12 CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941. 13 CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p. 24. 14 MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. Perfil sócio-econômico da Macrorregião de planejamento VI: centro-oeste de Minas. Vol. VI. Belo Horizonte, 1994. 15 MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. Perfil sócio-econômico da Macrorregião de planejamento VI: centro-oeste de Minas. Vol. VI. Belo Horizonte, 1994. 16 CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p. 29. 17 CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. p. 109.

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ainda hoje é conhecida como “Biquinha”.

“No recenseamento realizado em 1808, o distrito de Nossa Senhora da Luz do

Aterrado já acusava uma população de 340 habitantes. Em 1822, por ocasião da

independência do Brasil, o curato de Nossa Senhora da Luz do Aterrado já estava

bem povoado: 111 casas e 778 habitantes”.6

“Em 1856 foi criada a paróquia, com o nome de Nossa Senhora da Luz do

Aterrado. O distrito de Nossa Senhora da Luz do Aterrado deve sua criação à lei

provincial número 764, de 2 de maio de 1856, confirmada pela lei estadual número

2, de 14 de setembro de 1891. A lei número 2782, de 22 de setembro de 1881,

criou o município de Dores do Indaiá e Luz passou a pertencer a este novo

município”.7

“O município de Luz foi criado pela lei estadual número 843, de 7 de setembro de

1923. Elevado o município a termo jurídico, este foi instalado a 20 de março de

1926. Pelo decreto número 572, de 22 de abril de 1936, foi elevado a comarca,

hoje inicial, instalada solenemente a 5 de maio do mesmo ano. Apenas à partir da

lei número 336, de 1948, o município de Luz aparece com a constituição atual”.8

Já no início do século XX, o Papa Bento XV pretendia desmembrar a Diocese de Mariana e criar

um Bispado no oeste mineiro. Neste sentido, “o então arcebispo de Mariana, Dom Silvério Gomes

Pimenta, consultou os vigários de Formiga, Bambuí e Dores do Indaiá, os quais recusaram

transformar suas paróquias em sede episcopal”9. Por sua vez, o vigário de Luz do Aterrado, padre

Joaquim das Neves Parreiras, sugeriu ao arcebispo a criação do Bispado no arraial. Desta forma

foi aprovada a idéia de uma Sede Episcopal no arraial do Aterrado. Inicialmente, foi providenciada

a ampliação da matriz, elevando-a a Catedral. O palácio episcopal foi feito fora do arraial.

“Uma alameda de coqueiros de longa fila simétrica partia do amplo portão de ferro

e ia terminar na fonte circular em frente à escadaria do Palácio. Estilo greco-

romano, com cimalhas salientes no alto, lembrando capacetes helênicos, florões

artisticamente coloridos, num barroco suntuoso e atraente, alpendrada de frente,

encimalhada pelas figuras de Báculo e Mitra e, num estilo pomposo, um torreão no

alto, como ponto de miragem, de onde se podia ver não só o abacaxizal, mas todo

o arraial lá em baixo, com sua Catedral, o novo Grupo Escolar e o Fórum. Luz

torna-se sede do Bispado do Aterrado através da Bula Pontifícia “Ramaniis

Pontificibus” de 8 de julho de 1918”.10

Em 1920, o Papa Bento XV escolheu o novo bispo, Dom Manuel Nunes Coelho, para a Sede

Episcopal do Aterrado, que foi anexada ao Arcebispado de Belo Horizonte em primeiro de fevereiro

de 1924. O episcopado de Dom Manoel foi marcado, sobretudo, pela construção de obras, ainda

hoje relevantes dentro do contexto urbano. Dentre elas, merece especial destaque a nova Catedral,

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o Colégio São Rafael e o Cinema.

A referida Catedral é um dos mais belos monumentos católicos do interior de Minas Gerais:

“Dominando a cidade, lá no alto, a sua torre de sessenta metros de altura, rasga o

espaço, como que procurando desvendar o azul místico da amplidão, erguendo ao

Altíssimo, numa oblata, ferventes orações. D. Manoel, com seu grande senso

estético adaptou de uma “maquete” da Basílica de São Pedro, de Roma, a futura

Catedral, e com extraordinária perseverança ergueu essa obra marcada pela

harmonia de suas linhas, no suave da luz coada através de vitrais coloridos,

escolhidos com profundo gosto.”11

Assim, a nova Catedral foi inaugurada no dia 21 de setembro de 1941, ao mesmo tempo em que

outra novidade: o cinema, que foi inaugurado com o nome de “Cine Pio XI”.

“Não contente, abordando setores tão diversos, não descuidou Dom Manoel de

favorecer as diversões sadias e instrutivas. Ninguém ignora que o cinema é um

ótimo veículo das boas lições, quando bem orientado.

Luz já tem o seu Cinema Católico, tão recomendado por Pio XI e tantas

autoridades da Igreja. O prédio, inaugurado também em 21 de setembro de 1941,

tem 40 metros de fundo por 14 de largura, comportando cerca de 1000

espectadores bem instalados. É luxuoso, feericamente iluminado e poucos o

igualam em arquitetura e conforto, no interior mineiro.” 12

1. DESENVOLVIMENTO E CONTEXTO ATUAL DO MUNICÍPIO Para se entender o atual cenário do município de Luz, é pertinente analisar a região Centro-Oeste

de Minas Gerais, uma vez que muitas de suas características condicionam o contexto urbano da

cidade.

A identidade regional do centro-oeste mineiro é dada por sua integração com Belo Horizonte, tanto

no que se refere aos aspectos culturais quanto sócio-econômicos. Neste último aspecto, a região

concentra grande volume de mão-de-obra na agropecuária. “Em 1980, segundo dados do IBGE, a

microrregião de Bom Despacho, da qual Luz faz parte, concentrava 46,2% de sua população

ocupada na referida atividade”.13

Se, por um lado, a especialização na pecuária leiteira traz benefícios à localidade analisada, por

outro, em função do tipo de atividade e modelo de comercialização, gera pouca receita e renda

para o município como um todo.

Luz apresenta características gerais de estagnação, especialmente no que se refere a crescimento

demográfico e desenvolvimento econômico.

Em linhas gerais, pode-se considerar o município como inserido numa região economicamente

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deprimida, o que se traduz em dificuldades de integração e desenvolvimento regional, com

dependência da capital estadual.

“A região Centro-Oeste, em linhas gerais, apresenta um processo de crescimento

não muito expressivo e se caracteriza como expulsora de mão-de-obra em idade

ativa”. 14

Outro aspecto a se considerar é a disponibilidade de serviços e equipamentos públicos de

atendimento à população. “O que se verifica é que estes não são igualmente distribuídos dentro da

macrorregião Centro-Oeste de Minas”15. Assim, ao mesmo tempo em que existem cidades de maior

porte, que contam com várias agências e instituições governamentais, outras, como Luz,

dependem de administrações regionais localizadas em centros mais distantes.

Outro problema comum na região é a carência de adequada infra-estrutura urbana e de

saneamento básico, que também constituem entraves ao desenvolvimento regional.

“Contudo, apesar da atual falta de investimentos, o Centro-Oeste mineiro

apresenta fatores positivos que podem ser potencializados, tais como aptidão dos

solos, topografia plano-ondulada, disponibilidade de recursos naturais, recursos

hídricos e energia elétrica, malha de transporte rodoviário já implantada e

proximidade com grandes mercados nacionais”.16

Segundo dados da Prefeitura Municipal, em relação ao meio-ambiente, Luz exibe como deficiência

imediata a falta de ligações de esgoto. Todo o esgoto gerado pela sede é lançado in natura no

Ribeirão Açudinho, que corta a área urbana, drenado em seguida, em direção ao Rio São

Francisco. Não há, também, nenhum tipo de tratamento especial destinado ao lixo hospitalar,

enquanto o doméstico é depositado a céu aberto, sem qualquer forma de controle. Do ponto de

vista político-administrativo, a Prefeitura não conta, ainda, com nenhuma forma de atuação mais

efetiva na área ambiental.

A principal rodovia de acesso ao município é a BR-262. Luz não conta com transporte ferroviário ou

fluvial. O município é aparelhado apenas com uma pequena estação rodoviária. “Em relação ao

fornecimento de energia elétrica, este é de responsabilidade da CEMIG e no que se refere à

iluminação pública, esta atinge entre 80% a 90% da sede municipal, distritos e povoados”.17 No

que tange às comunicações, o sistema de telefonia tem como concessionária a CTBC - Companhia

de Telefones do Brasil Central. Existem duas agências de correios e telégrafos da EBCT - Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos. O município conta com dois jornais semanais e alguns

informativos bem como com duas rádios AM-FM locais. Em relação ao abastecimento de água, o

serviço é prestado pela COPASA-MG e segundo dados do IBGE, em 1991 o município possuía

74,5% dos domicílios particulares ligados à rede de água potável.

Outro aspecto a ser considerado, no que diz respeito às condições de infra-estrutura urbana, é a

habitação. Segundo informações da Prefeitura Municipal, o déficit habitacional na sede é grande e

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

INFORMAÇÕES GERAIS IG - 01

atinge os diferentes estratos da população. Nos últimos anos foram construídos dois loteamentos

de casas populares, porém, insuficientes para a demanda. Além disto, estes foram implantados

sem a infra-estrutura básica, comprometendo a qualidade de vida das populações aí residentes.

Com relação aos equipamentos de saúde disponíveis, o município conta com 2 centros

hospitalares e um hospital privado, 9 farmácias e 2 laboratórios de análises clínicas.

O índice de analfabetismo na zona urbana é de 19,5% (conforme o censo demográfico de 1991, do

IBGE), que é ligeiramente inferior ao encontrado em Minas Gerais. A cidade conta com escolas da

rede pública (municipal e estadual) e particular. Além delas, há uma faculdade e um seminário,

mantidos pelas Obras Sociais e Educacionais da Mitra Diocesana de Luz.

Quanto aos aspectos culturais e de lazer, a cidade oferta a seus habitantes poucas opções. Os

equipamentos somam 5 praças, 3 campos de futebol, 1 praça de esportes e 1 clube social, quase

desativado.

Em relação a espaços públicos de cunho cultural, o maior destaque é o prédio do antigo “Cine Pio

XI. Tal edificação situa-se na área central da cidade, na chamada “Praça da Catedral”, que recebe

este nome exatamente por abrigar a Catedral de “Nossa Senhora da Luz”. Trata-se de um amplo

espaço público, ajardinado, onde além da Catedral e do Cinema podem-se observar residências

unifamiliares, armazéns, bares e a “Casa Paroquial” (que serve de apoio à Diocese). Porém seu

uso predominante é de residências unifamiliares.

O antigo “Cinema” está a cerca de 250 metros da área de comércio mais concentrado da cidade e

sua principal via de acesso é a Rua Coronel José Thomaz, que congrega a fração mais importante

da economia local. Ao longo deste eixo viário é possível observar postos de gasolina, farmácias,

padarias, lanchonetes, bancos, lojas de roupas, materiais elétrico-eletrônicos, sede de entidades

civis, escolas, restaurantes, cartórios, sede dos Correios e Fórum da comarca, além de outras

atividades comerciais e de serviços, bem como residências unifamiliares e multifamiliares.

6. Aspectos Naturais: Com área territorial de 1.169,44 Km², Luz tem altitude máxima de 956 m na

Serra Deus Me Livre e mínima de 680 m na Foz do Ribeirão Jorge Grande. Sua temperatura média

anual é de 22,1 ºC. A média máxima anual é de 29,1 ºC e a mínima apresenta 16,7 ºC. O índice

médio pluviométrico anual é registrado em 1415,7 mm. Seu relevo tem topografia

predominantemente ondulada (50%), sendo que 40% apresenta topografia plana e 10%

montanhosa. Pertencente à Bacia do Rio São Francisco e os principais rios que banham a área

territorial são o Ribeirão Jorge Pequeno e o Rio São Francisco. 7. Manifestações Culturais (patrimônio imaterial): A Festa de Nossa Senhora do Rosário ocorre

anualmente, no mês de outubro, mobilizando toda a comunidade do município, garantido a

transmissão das manifestações ancestrais e reafirmando o legado cultural dos escravos que no local

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

INFORMAÇÕES GERAIS IG - 01

viveram. 8. Acervo Arquitetônico e Urbanístico: Dado a ser completado no final do inventário.

9. Bens Móveis e Integrados: Dado a ser completado no final do inventário.

10. Arquivos: Dado a ser completado no final do inventário.

11. Patrimônio Arqueológico: Dado a ser completado no final do inventário.

12. Sítios Naturais: Dado a ser completado no final do inventário.

13. Referências Bibliográficas: CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov. 1996. TEIXEIRA, Edelweiss. A origem da cidade de Luz. Luz: Tipografia Diocesana, 1941. SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Enciclopédia dos municípios mineiros. Verbete Luz - MG. Rio de Janeiro, 1955. CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941. MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. Perfil sócio-econômico da Macrorregião de planejamento VI: centro-oeste de Minas. Vol. VI. Belo Horizonte, 1994.

14. Informações Complementares: Inexistentes.

15. Documentação Fotográfica:

Congado – Acervo: Prefeitura

Municipal.

Santuário de Fátima.

Catedral Nossa Senhora da Luz.

Penacho – Acervo: Prefeitura

Municipal.

Casa Grande. Palácio Episcopal.

Fotos: Karine Arimatéia Data: 20/12/2009

16. Ficha Técnica:

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

INFORMAÇÕES GERAIS IG - 01

Levantamento e fotografia: Karine de Arimatéia Data: 20/12/2009

Elaboração: Daniel Quintão e Karine de Arimatéia Data: 27/12/2009

Historiadora: Priscila Cássia de Lima Mattos Arimatéia Data: 28/12/2009

Revisão:

Data: 30/12/2009

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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“O Inventário de Proteção de Acervo Cultural caracteriza-se

como uma operação permanente, dinâmica, visando o registro

de manifestações humanas, em suas diferentes criações

espontâneas e formais, e de potencialidades naturais. Busca ser

uma coleção ordenada de documentos, resultante da

investigação, da análise e da revelação do acervo cultural”18

Distintamente da maneira como o inventário era utilizado nos idos do século XVI, isto é, como simples

registro documental, esse instrumento tem se tornado, nos últimos tempos, uma importante estratégia

para se pensar os bens culturais. A partir do conhecimento dos bens culturais, alcançado por meio do

inventário, torna-se possível analisar qual a melhor e a mais efetiva ação de proteção para um acervo ou

para um determinado bem (tombamento, conservação, restauração, valorização, vigilância). Além do

mais, esse mecanismo constitui uma ampla fonte de pesquisa que propicia direcionamentos dos mais

diversos dentro dos municípios, constituindo um tipo de diagnóstico interdisciplinar, que fornece bases

de dados mais seguras e cujos resultados podem ser utilizados para suprir uma carência atual de

diagnósticos dos processos urbanos.

Todas as informações obtidas através do inventário convertem-se em instrumentos do poder público

local, do Conselho de Patrimônio Cultural e das entidades civis que podem valorizar ainda mais o

patrimônio cultural local, servindo como fonte de pesquisa, orientação para a elaboração de Lei de Uso e

Ocupação do Solo e do Plano Diretor, bem como identificador de outras potencialidades locais, tais

como o turismo. Funciona ainda como um instrumento do ensino formal e informal na educação

patrimonial da comunidade. Além do mais, como já foi ressaltado, o inventário pode ser indicador de

futuros planos de ação para a política patrimonial.

De uma forma geral, pode-se afirmar que o patrimônio cultural do município de Luz já sofreu grandes

perdas irreparáveis ao longo dos anos. Diante deste diagnóstico preliminar, a realização do inventário do

acervo dos bens arquitetônicos, artísticos, naturais e imateriais torna-se imprescindível para a adoção de

medidas, por parte do poder público, que visem à permanência e conservação dos bens remanescentes.

Para tanto, o trabalho que será iniciado a partir deste planejamento pretende conhecer o patrimônio

cultural local, identificar períodos de ocupação na área urbana e zona rural, possibilitar o resgate da

memória local, identificar aspectos naturais que deram origem ao ambiente cultural e suas

transformações, identificar estado de conservação, processos de degradação e indicar medidas de

proteção do acervo remanescente, identificar os bens culturais sob os aspectos histórico, físico,

construtivo, simbólico, funcional e afetivo, observando suas transformações ao longo do tempo,

relacionar bens culturais ao contexto urbano e a características construtivas e estéticas, identificar bens

culturais do ponto de vista cartográfico e espacial, ou seja, localizá-los no contexto urbano, rural e, no

caso de acervos, em lugares específicos nas edificações que os abrigam, identificar os bens culturais do

ponto de vista iconográfico, de modo a explicitar suas características formais e funcionais, suas

18 IEPHA/MG. Caderno de Diretrizes para Proteção do Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Atualização: março de 2003.

3. OBJETIVOS DO INVENTÁRIO

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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transformações ao longo do tempo e elementos que caracterizem aspectos de representatividade,

tipicidade e particularidades. Todos esses dados serão compilados no final do trabalho de forma a criar

um Programa de Ações em Defesa do Patrimônio, que dará seguimento ao trabalho inicial. Durante o

trabalho, diante de situações que comprometam de forma iminente algum tipo de bem, medidas

imediatas serão tomadas, tais como tombamentos e salvaguarda. No decorrer do processo de inventário

e ao final dele, todos os documentos serão disponibilizados ao público, para um maior conhecimento do

patrimônio cultural do município de Luz.

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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4.1. PESQUISA DE CAMPO Após o levantamento dos dados gerais do município, foram realizadas pesquisas de campo, atividade

inicial que visa possibilitar o reconhecimento do território e também de garantir que as áreas de

importância cultural para os moradores sejam todas contempladas, de maneira bem embasada.

A equipe técnica iniciou a pesquisa de campo pela área urbana do Distrito Sede, visto que a região

coincide com o núcleo de ocupação inicial do território. Inicialmente, com a planta cadastral em mãos,

foram percorridas todas as ruas com o objetivo de identificar os bens dotados de valores arquitetônicos.

A segunda etapa consistiu em entrevistar moradores a fim de identificar bens não diagnosticados na

primeira etapa, e de outras categorias, tais como bens móveis e imateriais e a representatividades

desses bens para a população. O resultado deste trabalho segue descrito abaixo:

A região de origem da ocupação do primitivo povoado do Aterrado coincide com a área urbana central.

Neste centro ainda existem exemplares importantes da tipologia das casas urbanas luzense, onde a

edificação possui a fachada principal alinhada à testada do lote e ganha um acesso e varanda laterais. Os

gradis, quando existem, são de ferro e essa casa pode receber ainda uma profusão de influências de

períodos distintos do passado. Também foram diagnosticados alguns exemplares onde a presença do

porão é comum. Balaustrada na platibanda e cornija logo abaixo.

Edificações residenciais que ainda guardam características originais.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

4. PESQUISA DE CAMPO / CRUZAMENTO DE DADOS

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Edificações de uso misto e uso comercial passíveis de inventário. A edificação abaixo e à direita foi demolida no dia 1º de janeiro de 2010.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Os bens religiosos são de extremo significado para a população. A Catedral de Luz foi construída a partir

de 1932 e mescla diferentes estilos arquitetônicos. Possui riquíssimo acervo de bens móveis e

integrados. Apresenta conjunto de vitrais, datado de 1942, coloridos sem figuras específicas. A área

externa recebeu agenciamento paisagístico em 1982. Recentemente, entre 1994 e 1995, o local passou

por remodelações, que lhe conferiu a feição atual, tornando um local aprazível e de lazer para a

população. Seu acervo de bens móveis é de grande representatividade.

Vista da Catedral na paisagem urbana e fachada posterior.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Vista aérea (foto antiga) da Catedral.

Foto antiga do Palácio. Fonte:http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php

Outro bem religioso de grande representação arquitetônica é o “Paço da Assumpção”, mais conhecido

por Palácio Episcopal, que foi construído para sediar o bispado do oeste mineiro. Em estilo eclético,

abriga peças litúrgicas e dos bispos que passaram pela arquidiocese. Sede administrativa da Diocese de

Luz, é destinado a funcionar como residência oficial do Bispo Diocesano. Foi construído pelo Padre

Joaquim das Neves Parreiras, a partir da criação do Bispado de Aterrado (hoje Luz), em 1918 e

inaugurado em 10 de abril de 1921, com a chegada e posse do primeiro Bispo, Dom Manoel Nunes

Coelho Teve seu imponente torreão retirado na década de 1930 e reconstruído em 1986, por Dom

Belchior Joaquim da Silva Neto, segundo Bispo. O nome da edificação, “Paço da Assumpção”, está

artisticamente gravado nos ladrilhos de sua entrada principal.

Vistas da fachada principal do Palácio Episcopal.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Foto antiga do Palácio.

Fonte:http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php

Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima, situado na “Praça do Aterrado”, antiga Praça da Catedral

e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. Foi reinaugurado no dia 18 de outubro de 2002. O Santuário de

Nossa Senhora de Fátima era a antiga Catedral da Diocese. Há aproximadamente 200 anos, foi palco do

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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encontro histórico dos compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira construção

edificada no Velho Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao ano de 1813.

O primeiro sacerdote que, segundo registros, celebrou missa e realizou batizados nessa capela foi o

Padre Manoel Francisco dos Santos, ancestral indireto da família Couto de Luz e, à época, coadjutor da

Paróquia de Bambuí, onde exercia as funções de Juiz de Casamentos. Essa capelinha foi elevada à

categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, pela Lei Provincial

nº. 764, em 02 de maio de 1856. O historiador Waldemar Barbosa informa que tal igreja foi reformada em

1878. Tempos depois, com a chegada do Padre Joaquim das Neves Parreiras ao Aterrado, promoveu-se

a reconstrução da Matriz, cujas obras duraram de 1910 a 1914, quando foi demolida a igreja existente e

construída uma nova no mesmo local. Essa reconstrução deu ao templo o estilo ainda conservado e o

tamanho recuperado em 2002. Possui rico acervo de bens móveis e integrados.

Vistas do Santuário de Fátima

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

A região onde está implantada a Igreja do Rosário é composta pela população de baixa renda. O valor

desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. O bairro possui traçado urbano irregular.

As edificações são simples, sem um estilo definido. É uma área onde a população está inserida no

contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

Igreja do Rosário.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Fotos antigas dos grupos de congado, que participavam da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Edificações institucionais também são de grande valor arquitetônico para o município. Dentre elas

destacam-se a sede do Fórum Municipal, um dos poucos exemplares da arquitetura modernista do

município, a antiga sede da câmara e prefeitura municipal, dentre outras.

Esta última edificação, conhecida popularmente como Casa Grande, é uma réplica do Palácio do Catete

do Rio de Janeiro. Foi construída, em meados de 1905, pelo Coronel Alexandre Saracupio de Oliveira

Dú, que foi o primeiro prefeito da cidade, e nela residiu com sua esposa Marieta Macedo. A partir de

1923, ano da emancipação político-administrativa do município, a edificação tornou-se sede da Câmara

Municipal, que naquela época acumulava também as funções executivas, e, mais tarde, da Prefeitura

Municipal. Em 1927, quando foi instaurado o Termo Judiciário de Luz, até 1935, a casa também abrigou

o Fórum e, posteriormente, a ALA - Associação Atletica de Luz. Com a morte de seu primeiro

proprietário, em 1943, a viúva vendeu a casa ao seu irmão, o médico Dr. Josaphat Macedo. O novo

morador fez funcionar naquele imóvel, durante as décadas de 40 e 50, o "Clube Recreativo Luzense" e a

sede da "Rádio Clube de Luz". De 1965 a 1975, com o uso do imóvel atribuído a José Maria Macedo, foi

construído um anexo nos fundos, onde funcionou o Armazém Casa Grande. Após a morte de Dr.

Josaphat Macedo, em 1980, o casarão, já em situação precária, não teve mais uso.

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Edificações institucionais. À esquerda, o Fórum Municipal.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Casa Grande

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009 A Casa Grande possui um projeto de restauração de autoria da arquiteta Maura Braga para sua

adaptação em um espaço de memória do município. A verba para a obra já foi aprovada pela Câmara

Municipal de Luz para o ano de 2010.

Uma das edificações mais imponentes do município, e de grande valor cultural, é o cinema, construído

na por Dom Manoel com o nome de “Cine Pio XI” , a edificação foi tombada municipalmente em 2006:

Luz já tem o seu Cinema Católico, tão recomendado por Pio XI e tantas autoridades da

Igreja. O prédio, inaugurado também em 21 de setembro de 1941, tem 40 metros de

fundo por 14 de largura, comportando cerca de 1000 espectadores bem instalados. É

luxuoso, feericamente iluminado e poucos o igualam em arquitetura e conforto, no

interior mineiro.” 19

19 CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941.

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Vista do cinema. Fachadas e interior.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Na região em análise não foram identificados bens das categorias sítios naturais, arqueológicos nem

tampouco espeleológicos. Na ocasião do levantamento de campo para a listagem dos bens, esta

pesquisa será mais bem fundamentada.

A pesquisa na zona rural do município foi realizada de maneira a identificar se a área é representativa a

ponto de ser dividida em mais de uma área passível de inventário. Verificou-se que, em função da

existência de apenas um distrito (Esteios) e de poucos povoados, não é necessário separá-la a fim de

levantamento de campo.

Suas características são típicas das zonas rurais do centro-oeste mineiro, ou seja, de baixa ocupação,

com pequenos povoados cujas edificações estão comumente distribuídas ao longo de uma capela.

Entretanto, a paisagem natural destaca-se no contexto. São diversas serras que compõem o cenário,

dentre elas a Serra Deus Me Livre.

Zona rural: paisagem natural.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Vale ressaltar que o município não possui ainda um programa de exploração do turismo ambiental e, por

isso, não há dados disponíveis sobre esta área. A conclusão do levantamento de campo para o

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inventário, na data prevista no cronograma, irá auxiliar o poder público nesta atividade, quando também

será possível detalhar os bens culturais relevantes da zona rural.

4.2. CRUZAMENTO DE DADOS

Essa etapa constitui na realização da somatória de conhecimentos adquiridos que deverá resultar nas

áreas a serem inventariadas. Todos os dados levantados anteriormente foram levados em conta na

definição das áreas culturalmente mais importantes dentro do município. Tanto a visão dos especialistas

quanto a visão da comunidade foram analisadas e combinadas, visando à identificação das áreas

relevantes para o município.

Para a realização desta etapa, a equipe técnica e o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Luz

colocaram suas opiniões sobre os principais problemas do acervo de bens culturais do município de

forma a delinearem a prioridade do inventário.

O resultado do cruzamento de dados levou aos critérios de identificação das áreas inventariáveis e,

conseqüentemente, à relação dessas áreas, demonstradas no próximo item.

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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A identificação do acervo cultural a ser inventariado deve ser resultado de um conhecimento da

sociedade em que ele está inserido, da natureza da matéria em análise e ainda do reconhecimento de

valores cognitivos, formais, afetivos e pragmáticos relacionados a cada bem cultural.

Após a realização de uma pesquisa que possibilitou a análise de diversos dados acerca do município, os

critérios de identificação das áreas inventariáveis do Município de Luz levaram em conta os seguintes

aspectos:

Administrativos - divisão administrativa do distrito sede, distritos, zona urbana e

rural.

Culturais - conjunto de referências, suportes e expressões de indivíduos e dos

diferentes grupos sociais que constituem a diversidade cultural do município.

Históricos - a ocupação ao longo dos anos do território do município.

5. CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO UTILIZADOS

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De acordo com os critérios definidos e descritos anteriormente, as áreas a serem inventariadas

subdividem-se em duas zonas, que deverão ser objeto de análises minuciosas para a então identificação

dos bens culturais que deverão ser inventariados nas etapas posteriores.

Essas áreas serão alvo de atividades específicas conforme apresentadas no Cronograma (anexado no

item 9 deste trabalho), para posteriormente serem inventariadas. Após ou durante este trabalho, as

áreas serão objeto de discussões específicas do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, com o

objetivo de estabelecer normas que impeçam a descaracterização dos conjuntos (principalmente no que

diz respeito às estruturas arquitetônicas e urbanísticas e aos bens a elas integrados), regulem a

paisagem urbana e remontem a história do município.

6.1. ZONA 01 – DISTRITO SEDE Definição do Perímetro: área urbana do Distrito Sede. Características da zona: A área urbana do Distrito Sede abrange os principais bens culturais do

município, alguns ainda remanescentes da época de ocupação do seu território, já relatados no

levantamento de campo. Dentre os mais significativos, está a Catedral de Luz, construída a partir de

1932. A edificação mescla diferentes estilos arquitetônicos, talvez uma caracterização pertinente seja

chamá-la de eclética. Possui riquíssimo acervo de bens móveis e integrados. Apresenta conjunto de

vitrais, datado de 1942. O centro urbano trata-se do núcleo original da cidade onde existiu o povoado

primitivo do Aterrado. Essa área possui traçado regular em grande parte. No “centro histórico” ainda

existem exemplares importantes da casa urbana luzense, onde a edificação possui a fachada principal

alinhada à testada do lote, ganha um acesso e varanda laterais e comumente é geminada com as

edificações vizinhas. Os portões e gradis são de ferro e essa casa pode receber ainda uma profusão de

influências de períodos distintos. Também há alguns exemplares onde a presença do porão é comum.

Balaustrada na platibanda e cornija logo abaixo. Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima situado

na “Praça do Aterrado”, antiga Praça da Catedral e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. O Santuário de

Nossa Senhora de Fátima era a antiga Catedral da Diocese, onde há aproximadamente 200 anos foi

palco do encontro histórico dos compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira

construção edificada no Velho Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao

ano de 1813. Essa capelinha foi elevada à categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa

Senhora da Luz do Aterrado, pela Lei Provincial nº 764, em 02 de Maio de 1856. O mesmo historiador

Waldemar Barbosa informa que tal igreja foi reformada em 1878. Tempos depois, com a chegada do

Padre Joaquim das Neves Parreiras ao Aterrado, promoveu-se a reconstrução da Matriz, cujas obras

duraram de 1910 a 1914, quando foi demolida a igreja existente e construída uma nova no mesmo local.

Essa reconstrução deu ao templo o estilo ainda conservado e o tamanho recuperado em 2002. Possui

rico acervo de bens móveis e integrados. A região possui área com casarões ecléticos e clássicos. O

bairro onde está implantada a Igreja do Rosário é composto pela população de baixa renda. O valor

desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. É uma área onde a população está

6. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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inserida no contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário, bem imaterial de grande valor para toda a

população de Luz. Já no início do século XX, o Papa Bento XV pretendia desmembrar a Diocese de

Mariana e criar um Bispado no oeste mineiro. Neste sentido, “o então arcebispo de Mariana, Dom

Silvério Gomes Pimenta, consultou os vigários de Formiga, Bambuí e Dores do Indaiá, os quais

recusaram transformar suas paróquias em sede episcopal”20. Por sua vez, o vigário de Luz do Aterrado,

padre Joaquim das Neves Parreiras, sugeriu ao arcebispo a criação do Bispado no arraial. Desta forma

foi aprovada a idéia de uma Sede Episcopal no arraial do Aterrado. Inicialmente, foi providenciada a

ampliação da matriz, elevando-a a Catedral. O palácio episcopal foi feito fora do arraial.

Levantamento Fotográfico:

Vista da Rua 16 de março, uma das principais do Distrito Sede.

Foto: Áurea Araújo

20 SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.33.

Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na paisagem noturna. / Foto: Joventino Neto

Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na paisagem noturna. / Foto: Áurea Araújo

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Vista interna da Matriz e Imagem trazida de Portugal.

Foto: Áurea Araújo

O segundo Cristo Redentor construído no Brasil está no município de Luz.

Acervo: Prefeitura Municipal

Capelas dos bairros do distrito sede. Da esquerda para direita: Matriz São José do Operário, Igreja do Rosário e Capela Nossa

Senhora da Piedade da Vila Vicentina. Acervo: Prefeitura Municipal

6.2. ZONA 02 – ZONA RURAL Definição do Perímetro: compreende toda a zona rural do município.

Características da zona: A zona rural do município de Luz é composta por um Distrito, o de Esteios,

com população de aproximadamente 2.400 habitantes e pelas seguintes localidades: Limoeiro, Olaria e

Campinho, cujas características do acervo de bens culturais serão levantadas na ocasião da pesquisa de

campo da área. Neste contexto, destacam-se 18 fazendas remanescentes do período colonial brasileiro.

São exemplares típicos da casa rural mineira popular, num meio definido pela cultura, pelos materiais e

técnicas construtivas característica.

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Sobre as localidades, vale destacar que o Distrito de Esteio é uma pequena povoação de traçado regular

do inicio do século XX, possui ainda bons exemplares da arquitetura de taipa e uma capela de valor

cultural para os seus moradores. Já a localidade de Campinho possui ainda algumas residências

passíveis de inventário, que representam a época de sua ocupação. São casas feitas de pau a pique. Já

a Capela é de alvenaria estrutural e hoje atende a população da região. Em ambos os povoados são

celebradas as festas dos padroeiros. Vale ressaltar que na zona rural residem diversos grupos (ou

ternos) que participam da Festa de Nossa Senhora do Rosário no Distrito Sede.

Ainda no contexto rural, é de grande importância o Rio São Francisco. O Programa de Revitalização do

Rio São Francisco, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA)

e Prefeitura de Luz, aplicado desde 2006, conseguiu reduzir o índice de assoreamento e melhorar a

quantidade e qualidade da água do Córrego da Velha, afluente do Velho Chico, que abastece os 17 mil

moradores do município. As principais intervenções ocorreram em área de pastagem ao longo do curso

d’água na qual 40 mil mudas de árvores nativas foram plantadas, com participação de estudantes,

produtores, além de agricultores e donas-de-casa. O desafio é que o município descubra suas

fragilidades. Os principais problemas que contribuem para a deterioração do córrego, e

conseqüentemente, do Rio São Francisco, são a ausência do esgotamento sanitário, instalação de

indústrias e o desmatamento no município

Levantamento Fotográfico:

Sede de fazenda, vista geral. Fonte: Prefeitura Municipal.

Vista do cenário natural. A região está inserida no cerrado mineiro.

Fonte: Prefeitura Municipal.

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Fotos antigas dos grupos de ternos.

Fonte: Prefeitura Municipal.

Edificação de apoio social na comunidade Campintos.

Fonte: Prefeitura Municipal.

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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A seguir serão apresentados os mapas para uma melhor visualização das áreas definidas para serem

inventariadas.

7. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS EM BASES CARTOGRÁFICAS

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Mapa 01 - Mapa do Município de Luz com as áreas a serem inventariadas Legenda

Zona 01 – Distrito Sede Zona 02 – Área Rural

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Mapa do Município de Luz Desenho: Daniel Quintão | Responsável: Daniel Quintão | CREA: 86.794/D

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal | Data: 21/12/2009

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Mapa 02 - Planta Cadastral do Distrito Sede – Zona 01 Legenda

Zona 01 – Distrito Sede

N

Planta Cadastral do Distrito Sede de Luz

Desenho: Daniel Quintão | Responsável: Daniel Quintão | CREA: 86.794/D

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal | Data: 21/12/2009

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Mapa 03 - Planta Cadastral do Comunidade de Campinho – Zona 02

Planta Cadastral do Distrito Campinho Desenho: Daniel Quintão | Responsável: Daniel Quintão | CREA: 86.794/D

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal | Data: 21/12/2009

Comunidade do campinhoPrefeitura Municipal de Luz

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Mapa 03 - Planta Cadastral do Distrito de Esteios – Zona 02

Comunidade dos EsteirosPrefeitura Municipal de Luz

Planta Cadastral do Distrito Campinho Desenho: Daniel Quintão | Responsável: Daniel Quintão | CREA: 86.794/D

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal | Data: 21/12/2009

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A cronologia do inventário, ou seja, a ordem em que deverão ser inventariadas as zonas identificadas

anteriormente, levou em conta não apenas a relevância, mas também os acervos em risco de

desaparecimento. Desse modo, a seqüência para inventário das áreas, também descrita no cronograma,

será:

Zona 01 – Distrito Sede

Zona 02 – Zona Rural

Segue o cronograma com as etapas de inventário:

8. PRIORIDADES DO INVENTÁRIO

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INVENTÁRIO DA ZONA 01 Distrito Sede

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Levantamento de campo e entrevistas Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

SETORES / CATEGORIAS

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016

Definição da equipe técnica Levantamento de bases cartográficas Levantamento arquivístico, bibliográfico e

iconográfico

Reconhecimento do território e pesquisa de

campo

Definição das áreas a serem inventariadas Identificação e localização geográfica das

áreas inventariáveis

Elaboração do informe histórico do

município/aspectos naturais/bibliografia

(início do preenchimento da Ficha de

Informações Gerais do Município)

9. CRONOGRAMA

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INVENTÁRIO DA ZONA 02 Área Rural

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Levantamento de campo e entrevista Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

FINALIZAÇÃO

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4º tr

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1º tr

im 2

016

Fichamento de bens tombados não

inventariados anteriormente

Atualização das fichas Complementação da ficha de informações

gerais do município

Divulgação e disponibilização do inventário Programa de Ações em Defesa do

Patrimônio

Recomendações de proteção

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10.1. ANEXO 1 – Projeto de Restauração da Casa Antiga

10. ANEXOS

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Plano de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

46 47

CAMPOS, Agmar Abdon. et al. Diagnóstico municipal de Luz. Belo Horizonte: [s.n], nov.

1996.

TEIXEIRA, Edelweiss. A origem da cidade de Luz. Luz: Tipografia Diocesana, 1941.

SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera

Maciel, 1984.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Enciclopédia dos municípios

mineiros. Verbete Luz - MG. Rio de Janeiro, 1955.

CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de

1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941.

MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO

GERAL. Perfil sócio-econômico da Macrorregião de planejamento VI: centro-oeste de Minas.

Vol. VI. Belo Horizonte, 1994.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS

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EQUIPE TÉCNICA

Rua Major Lopes,42A | 30330-050 | São Pedro | BHZ-Minas Gerais (031) 3282-1615 | 3221-2132 | [email protected]

Juliana Penna Diniz | CREA: 70.417/D Karine de Arimatéia | CREA: 77.279/D

Rafael Caldeira F. Pinto | CREA: 70.007/D Luciana Carla Masiero Silva | CREA: 69.843/D Letícia Carvalho Assis | CREA: 71.248/D

Responsável pela Realização e Coordenação do Inventário

Karine de Arimatéia Arquiteta e Urbanista | CREA: 77.279/D

Colaboradores

Priscila de Cássia Lima Mattos Arimatéia

Historiadora

Daniel Quintão Arquiteta e Urbanista | CREA: 86.794/D

Karine de Arimatéia

Arquiteta e Urbanista | CREA: 77.279/D

César Vinícius Magalhães Junior Estagiário de Arquitetura e Urbanismo

Gabriela Silva Simões

Estagiária de Arquitetura e Urbanismo

Membro do Setor de Patrimônio Cultural

Fabricio Jeronimo Camargos Silva

Chefe do Setor de Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de Luz Rua 16 de março, 206- Centro - CEP: 35.595.000

(37) 3421 3303 E-mail: [email protected]

Este trabalho foi elaborado nas cidades de Luz e Belo Horizonte, no período de agosto de 2009 a janeiro de 2010.

12. FICHA TÉCNICA