Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do...

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará Belém, 20 de dezembro de 2015 Revisado em: 07 de abril de 2016 Plano de trabalho Produção e Verticalização do Cacau

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Plano Estratégico de

Desenvolvimento Sustentável do

Estado do Pará

Belém, 20 de dezembro de 2015

Revisado em: 07 de abril de 2016

Plano de trabalho – Produção e Verticalização do Cacau

SP1947-chart avulso-14112015

2|

O cacau no PA poderá cresce a 7 a 9% ao ano e poderia representar ~R$2-

3 bilhões em 2030

FONTES: IBGE; Conab

1 Premissas 2030: Preço/kg ao produtor: R$7,50; Volume: 180 mil toneladas; Verticalização de 20-40% da produção; agregação de valor de 3x

o CAGR foi calculado como resultado da diferença entre 2013 e as projeções dos totais em 2030

CACAU

Impacto final Receita total do setorRacional

▪ A produção global está

concentrada na África

Ocidental e Indonésia

▪ O beneficiamento e consumo

estão concentrados em

economias desenvolvidas,

mas o Brasil tem se

mostrado mercado promissor

▪ BA e PA produzem ~90% do

cacau nacional; a produção

baiana está estagnada,

enquanto a paraense é

crescente e tem maior

produtividade

▪ Assumindo uma taxa de

crescimento no volume de

5% a.a. até 2030, o PA

dobraria a produção,

alcançando ~180 mil ton

▪ Com a produção de

chocolate e outros derivados

do cacau, o Pará poderia

gerar um PIB adicional de

mais de R$1 bi

R$ bilhões

2026

1,6-2,4

1,1-1,3

0,6

2013

0,6

0,5-1,1

0

+7-9% p.a.

2030

0,9-1,1

0,4-0,8

2018

0,9-1,3

0,7-0,9

0,2-0,4

2,1-3,11

0,8-1,6

1,3-1,5

2022

1,3-1,9

▪ Efeito total em PIB e

massa salarial gerado na

economia do Pará

devido ao aumento de

receita do setor em 2030

PIB

Massa

salarial

R$ 1,7 bilhões

R$ 2,3 bilhões

Verticalização

SP1947-chart avulso-14112015

3|

Produção de amêndoa de cacau

A produção global está concentrada na África Ocidental e Indonésia

17%

11%

7

4,4

2005

18%

4,2

15%

31%

15%

5% 5%4,0

9%

6

19%

18%

5%

Outros

Nigéria

Gana

Costa

do Marfim

Indonésia

Brasil

30%

18%

16%

8%

23%

5%

22%

4,8

31%

2013

4,8

18%

12

18%15%

26%24%

15%

8%

19%

22%

18%

8

5%

11

4,8

8%

31%

5%4,5

14%

8%

109

4,4

24%

5%

28%

18%

16%

29%

9%

5%5%

4,4

31%

15%

22%

17%

31%

11%

32%

8%

18%

FONTE: FAO

CACAU

Milhões de toneladas

SP1947-chart avulso-14112015

4|

Economias desenvolvidas são responsáveis pela maior parte do beneficiamento...

...assim como pelo consumo de cacau

Consumo de cacau¹ por região, %, 2010-11Beneficiamento de cacau por região, %, 2012-3

Consumo de cacau por país, mil toneladas, 2010-11

O beneficiamento e consumo estão concentrados em economias

desenvolvidas, mas o Brasil tem se mostrado mercado promissor

485

Ásia

Brasil

15

América (excl Brasil)

29

Europa

África3

O Brasil é o 7º maior mercado consumidor de

cacau no mundo

178155200228228324

763

BrasilFrança RússiaAle-

manha

EUA JapãoReino

Unido

América (excl Brasil)

16%

África19%

Ásia

39%

Europa

21%

6%

Brasil

FONTE: ICCO

1 Inclui derivados do cacau, como manteiga e torta

CACAU

SP1947-chart avulso-14112015

5|

Produção cacau (amêndoa) Pará e Bahia, proporção da produção brasileira e

produtividade

BA e PA produzem ~90% do cacau nacional; a produção baiana está

estagnada, enquanto a paraense é crescente e tem maior produtividade

100

700

0

300

500

200

400

600-1% p.a.

148

13

149137136111

7 10

134

11

138

9

159156

8 12

131

6543

110

1

127

0

138

2

153

Bahia

Pará

400

600

0

700

500

300

200

10054

+7% p.a.

60474337333228

8064 67

383429

Produção (toneladas)

Área plantada (mil hectares)

31%

60%

820

Kg/hectares

287

Produtividade

2013

FONTES: IBGE, entrevistas com especialistas

CACAU

O cacau no PA não é tão

vulnerável à vassoura de

bruxa como o da BA

da produção

nacional

da produção

nacional

SP1947-chart avulso-14112015

6|

Atração de indústrias para verticalizaçãoPRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

A

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Descrição da iniciativa Entrave que a iniciativa busca resolver Iniciativas relacionadas

▪ Fomentar condições para atrair indústrias de

beneficiamento (1ª etapa de processamento) e atrair

fábricas de chocolate e derivados (2ª etapa de

processamento) destacando a caracterização do cacau

pela origem

▪ Baixo grau de adição de valor, isto é baixo

volume de processamento das amêndoas, e

produção de bens acabados no Estado o que,

por consequência, reduz o potencial de geração

de renda e arrecadação e perpetua a condição

do Estado de exportador majoritariamente de

matéria-prima

▪ Desconhecimento geral da qualidade superior

e características intrínsecas do cacau paraense,

que é atualmente misturado com cacau de pior

qualidade no processamento

Ações

Impacto qualitativo esperado

▪ Agregar valor à produção e aumentar renda e

arrecadação no Estado

▪ Estimular setores produtores/beneficiadores de outros

insumos, como o leite em pó e embalagens

▪ Estruturar/fortalecer processo de recepção de investidores

▪ Estimular a instalação de plantas industriais para o processamento de amêndoas secas de cacau demais etapas de agregação de

valor, e atrair fornecedores de serviços e de ingredientes de qualidade para o chocolate (p.ex.: leite em pó, embalagens)

A.1

A.2

▪ Certificação/

Premiumização;

Formação, capacitação

e ATER; Organizações

sociais produtivas;

Pesquisa e

Desenvolvimento

Indicador finalístico

(unidade)

▪ Quantidade de cacau

aplicada a processo

industrial no Estado

(toneladas)

SP1947-chart avulso-14112015

7|

Agência do Estado de SP promove e fomenta o investimento privado

FONTE: Investe São Paulo

A Investe São Paulo

▪ A Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade

é a porta de entrada das empresas brasileiras ou estrangeiras que

pretendem se instalar no Estado ou expandir seus empreendimentos

▪ Fornece gratuitamente, informações estratégicas e assessoria

ambiental, tributária e de infraestrutura

▪ Prospecta novos negócios, recepciona missões estrangeiras,

promove a imagem de São Pulo no Brasil e no exterior e propõe

ações ao governo do estado

Principais ações da gerência de desenvolvimento de

negócios e relações institucionais em 2014

Principais atividades da gerência de projetos

▪ Gestão de projetos de investimento de empresas que queiram

investir ou expandir seus negócios no Estado

▪ Gestão de relacionamento com clientes (CRM), gestão e controle

dos projetos recepcionados pela Investe São Paulo

▪ Acompanhamento da evolução da carteira de projetos

3,5

4,4

43,9

8,8

10,5

19,3

9,6

TIC

Outros

Sáude e Ciências da Vida

Infraestrutura e Construção

Máquinas e Equipamentos

Automotivo

Alimentos e Bebidas

▪ Prêmio ISP: Realizado na Sala São Paulo, o evento homenageia

empresas que investiram e conta com ampla cobertura da imprensa

tanto fotográfica quanto jornalística

▪ Portal da Investe SP: site da agência com informações, notícias,

guias e mapas em inglês e português

▪ Campanhas de marketing do Brasil e no exterior

▪ Anúncios público de investimentos que contemplam estratégias de

divulgação, produção de aviso, assessoria de imprensa e

acompanhamento de menções na mídia

▪ Revista da agência: com o objetivo de promover a agência a

publicação anual conta com reportagens sobre clientes, potenciais

investidores, parceiros e trabalho desenvolvido pela agência

▪ Presença em plataforma digitais e mídias sociais

Principais atividades da gerência de marketing

▪ Em 2014 a agência já havia desenvolvido 778 ações dentre

as quais mais importantes se destacam: Atendimento aos

municípios do estado, Feiras e eventos no Brasil e no

exterior, Relacionamento com parceiros estratégicos –

Consultorias e Entidades de Classe e empresas,

Atendimentos em consulados e na Agência de promoção de

investimentos do Brasil - APEX

▪ 1.004 empresas foram contatadas pela Gerência de

Prospecção e Negócios das quais 398 (40%) foram

identificadas como potenciais investidoras e 118 (12%) se

tornaram projetos num total de R$ 23,4 bilhões

Investimentos por setor econômico

Percentual, 2014

Investimentos por origem do capital

Percentual, 2014

8,817,5

4,4

8,8

33,3

3,5

23,7 China

Alemanha

Itália

França

EUA

Brasil

Outros

A

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

SP1947-chart avulso-14112015

8|

As ações promocionais realizadas pela Investe São Paulo são

fundamentais na estratégia de atração de investimentos para o Estado

FONTE: Investe São Paulo

Portal da Investe São Paulo Menções na Mídia Revista Anual

Prêmio Investe SP Folder Promocional

A

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

SP1947-chart avulso-14112015

9|

O Brasil já foi exportador líquido de cacau, mas hoje tem sobre

capacidade de processamento; ~80% de utilização de capacidade

sugere investimentos em breve...

FONTE: COMCAUBA – Dimensionamento AIPC

350

300

250

200

450

86/8

7

427

85/8

6

84/8

5

83/8

4

82/8

3

97/9

8

96/9

7

95/9

6

94/9

5

93/9

4

92/9

3

91/9

2

90/9

1

89/9

0

88/8

9

345

87/8

8

08/0

9

07/0

8

06/0

7

05/0

6

04/0

5

03/0

4

02/0

3

01/0

2

00/0

1

99/0

0

12898/9

9

400

150

100

50

0

+4% p.a.

14/1

51

220

13/1

4

12/1

3

11/1

2

10/1

1

09/1

0

Pico históricoSurgimento

Vassoura de Bruxa

Ápice da

crise

Cenário: Superávit/exportação Cenário: Deficitário/importação (1995 – Atual)

BahiaPará

1995 – Atual: Déficit importação

Pré 1995: Superávit expor-

tação

Safr

a

Bra

sile

ira (

em

tons)

Capacidade

da indústria

hoje

(~270k ton)

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

A

SP1947-chart avulso-14112015

10|

100.000

50.000

0

Capacidade

instalada

15/16

(proj)

14/1513/1412/1311/1210/1109/1008/09

250.000

300.000

150.000

200.000

07/0806/0705/06

... no entanto, a queda recente da demanda pode retardar

novos investimentos

FONTE: COMCAUBA, Aliceweb (MDIC)

Brasil: Moagem x Safra x Importação Amêndoas

Safra

Importação

Moagem

Para as safra 15/16 (Maio 15 - Abril 16) expectativa é de equilíbrio. Embora a safra seja bastante

próxima a de 14/15 projeta-se uma forte queda na demanda de derivados de cacau e chocolate

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

A

SP1947-chart avulso-14112015

11|

Receita com

Processamento de

Sementes

Oleaginosas

Outros

Cacau

11

89

US$31,5 bi

Total - 2014

Cacau

100 US$6,47 bi

Total - 2014

Sede

▪ Minnetonka, USA ▪ Minneapolis, USA ▪ Zurique, Suiça ▪ Embu, Brasil

Produtos

▪ Processamento de

derivados de cacau,

utilizados como

ingredientes na indústria

alimentícia: licor, manteiga

e pó de cacau

▪ Fabricação de chocolates

▪ Processamento de

derivados de cacau,

utilizados como

ingredientes na indústria

alimentícia: licor, manteiga

e pó de cacau e torta de

cacau

▪ Processamento de

derivados de cacau,

utilizados como

ingredientes na indústria

alimentícia: licor, manteiga

e pó de cacau e torta de

cacau

▪ Fabricação de chocolates

▪ Processamento de

derivados de cacau,

utilizados como

ingredientes na indústria

alimentícia: licor, manteiga

e pó de cacau e torta de

cacau

Localização▪ Ilhéus, BA: Capacidade de

moagem equivalente a

25% do total nacional

▪ Ilhéus, BA

▪ Itabuna, BA

▪ Ilhéus, BA ▪ Embu, SP

Atuação no mundo

▪ 53 fábricas processadores

de cacau no mundo:

– Europa = 16

– Américas = 15

– Ásia/Pacífico = 9

– África = 4

▪ 31 fábricas processadores

de cacau no mundo:

– Europa = 5

– Américas = 21

– Ásia/Pacífico = 0

– África = 5

▪ N/A ▪ N/A

▪ N/A ▪ N/A

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

A As principais beneficiadoras de cacau do Brasil estão BA e em SP, mas

poderiam se instalar no PA futuramente

Nome

FONTES: Relatório Financeiro Anual das Empresas

EXEMPLOS ILUSTRATIVOS. NÃO CONFIGURAM RECOMENDAÇÃO DE PARCERIA OU INVESTIMENTO

SP1947-chart avulso-14112015

12|

Fábricas de chocolate não necessariamente ficam próximas aos polos

de beneficiamento, mas também podem ser atraídas pelo PA

▪ Vevey, Suiça ▪ Chicago, EUA ▪ Córdoba, Argentina ▪ Alba, Itália ▪ Lancaster, EUA

Alemanha

França

6 China

EUA

52

Brasil

26

46

7Outros

2010 106.904

2011

99.854

2013

2012

93.002

2014

89.130

94.993

▪ Bebidas

▪ Produtos lácteos e

alimentos

▪ Chocolates

▪ Alimentos pré-

preparados

▪ Rações Animais

▪ Suplementos

Nutricionais

▪ Chocolates (Lacta)

▪ Doces e Gomas de

Mascar (Trident, Halls)

▪ Biscoitos (Oreo)

▪ Bebidas

▪ Queijos e Laticínios

35.810

35.299

31.489

35.015

34.244

EEMEA¹Aásia/

Pacífico 8

10

América

Latina

12

América do Norte

24

Europa46

1 Europa Oriental, Oriente Médio e África

▪ Doces e Chocolates

▪ Biscoitos

▪ Alimentos

▪ Bebidas

▪ Produtos

agroindustriais

Brasil

4

Argentina

72

Outros

Américas -

Restante

4

Região

Andina9

11

2.809

2.746

2.811

2.455

2.859

Europa

76

Outros

12Américas

12

7.146

6.080

6.644

5.671

7.421

▪ Chocolates e

Achocolatados

▪ Doces

▪ Biscoitos

▪ Sorvetes

10.479

11.129

9.500

10.026

86

Outros

14

América do Norte

▪ 6 Fábricas (SP, PR,

PE)

▪ 5 Fábricas (PE, MG,

SP)

▪ 31 Fábricas (2011) ▪ 1 Fábrica (MG) ▪ 1 Fábrica (SP)

▪ Chocolates

▪ Doces

▪ Biscoitos

▪ Sorvetes

▪ Snacks

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

A

Receita Total

(US$ milhões)

Sede

Nome

Produtos

Fábricas no Brasil

Principais

Mercados

em 2014 (%)

FONTES: Relatório Financeiro Anual das Empresas

EXEMPLOS ILUSTRATIVOS. NÃO CONFIGURAM RECOMENDAÇÃO DE PARCERIA OU INVESTIMENTO

SP1947-chart avulso-14112015

13|

Formação, capacitação e Assistência Técnica

e Extensão Rural

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

B

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Descrição da iniciativa Entrave que a iniciativa busca resolver Iniciativas relacionadas

▪ Realizar esforços para difusão de conhecimento via

capacitação/formação de mão-de-obra e assistência

técnica/extensão rural

▪ Em geral, a mão-de-obra disponível no campo

tem baixa capacitação e produtividade

▪ Novos cacauicultores começam a cultivar sem

instrução devido à falta de investimentos em

ATER, o que prejudica a produtividade e

aumenta o risco de pragas

Ações

Impacto qualitativo esperado

▪ Aumentar nível de conhecimento do cacauicultor,

levando ao crescimento da produtividade e qualidade

das amêndoas de cacau

▪ Pesquisa &

Desenvolvimento

▪ Atração de indústrias

para a verticalização

Ensino profissionalizante

▪ Desenvolver plano de ensino profissionalizante para endereçar escassez de profissionais formados para ATER

ATER

Promover modelo compartilhado de ATER com inserção de órgãos estaduais devidamente capacitados para assumir essas funções

Criar unidades demonstrativas (UDs) de pequena escala para cacau

B.1

B.2

B.3

Indicador finalístico

(unidade)

▪ Rendimento médio da

terra (tonelada/

hectare);

Estabelecimentos

rurais que recebem

assistência técnica

continua (número)

SP1947-chart avulso-14112015

14|

Certificação/PremiumizaçãoPRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Descrição da iniciativa Entrave que a iniciativa busca resolver Iniciativas relacionadas

▪ Realizar esforços e mobilizar recursos para possibilitar

que a produção do Estado obtenha as certificações de

origem, relacionadas à produção orgânica, produção

sem desmatamento, fair trade, produto da Amazônia

etc.

▪ O cacau do Pará tem grande potencial de

certificação inexplorado, e acaba sendo

vendido quase em sua totalidade como cacau

comum

▪ Sem diferenciação há forte concorrência com

os países produtores líderes na África, que têm

grande vantagem de custos em relação ao Brasil

Ações

Impacto qualitativo esperado

▪ Abrir mercados que demandam produtos certificados (ex.

EUA, Europa)

▪ Adicionar valor aos produtos, incentivando o aumento da

produção

▪ Atração de indústrias

para verticalização

▪ Promover certificação do cacau do Pará (ex. cacau orgânico, fino, aromático, produção sem desmatamento e fair trade)

▪ Criar e fortalecer a marca Cacau da Amazônia Brasileira, e dos diferentes territórios de produção de cacau do Pará

▪ Participar de feiras e competições internacionais, para consolidar o reconhecimento do Brasil como produtor de cacau de excelente

qualidade

C.1

C.2

C.3

Indicador finalístico

(unidade)

▪ Reconhecimento da

Marca Cacau da

Amazônia Brasileira

(percentual)

SP1947-chart avulso-14112015

15|

O projeto de lei do Selo Verde Preservação da Amazônia (´marca

Amazônia´) está no Senado e poderia alavancar as cadeias do Pará

2030

Histórico

Critérios revisados pela ComissãoCadeias potenciais do Pará 2030 para obtenção do

Selo

Biodiversidade: caracterizar produtos alimentícios

e cosméticos produzidos na Amazônia

Cacau: alavancar de forma mais rápida o plano de

promoção do cacau de diferentes regiões do Pará

(“terroirs”)

Açaí: abrir novos mercados com uma marca

conhecida (Amazônia) e criar barreiras de entrada

de outros Estados ao açaí irrigado

Palma de óleo: somar esforços à certificação

RSPO e diferenciar o produto brasileiro do de

outros países

Agricultura familiar: adicionar valor a produtos

selecionados para mercados que valorizam o selo

O projeto de lei PROJETO DE LEI No 5.760, de 2013 foi apresentado ao Senado inicialmente em Junho de 2013 e propunha a criação do Selo

Verde de Preservação da Amazônia para empresas da Zona Franca de Manaus e demais Zonas de Processamento de Exportação e Áreas de

Livre Comércio localizadas na Amazônia Legal que cumprissem certos critérios de desenvolvimento local e sustentabilidade na produção e

comercialização de produtos, a serem atestados pelo Governo através de órgãos do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente)

Após a análise da Comissão do Senado, foram apresentadas modificações ao texto original para ampliar o escopo para qualquer localização

dentro da Amazônia Legal, incluir matérias-primas sustentáveis como critério, e passar a responsabilidade de concessão do selo à órgãos o

SISMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que, por sua vez poderia fazer convênios privados para

concessão do selo

1. Geração de empregos na Amazônia Legal que diminuam a exploração predatória

da floresta e o desmatamento

2. Conformidade dos insumos, matéria-prima e produto final com as normas e

padrões exigidos pela legislação ambiental

3. Reduzido impacto ambiental dos insumos, matérias-primas e produto final

durante todo o seu ciclo de vida

4. Utilização de meio de transporte pouco impactante e que ofereça menores riscos

ao meio ambiente e à saúde humana

5. Boa durabilidade do produto

6. Possibilidade de reúso ou reciclagem do produto e de sua embalagem

7. Destinação adequada dos resíduos gerados, com a previsão de recolhimento pós-

consumo, se for o caso

FONTE: Projeto de Lei No 5.760, de 2013

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

SP1947-chart avulso-14112015

16|

O Selo Verde Preservação da Amazônia poderá seguir os passos da

Declaração de Origem de Napa, firmado entre produtores de vinhos

Histórico

Considerando que é geralmente reconhecido que há um punhado de

lugares verdadeiramente extraordinárias na Terra a partir da qual

grandes vinhos são constantemente produzidos (...)

Considerando que, os nomes desses lugares são impressos nos

rótulos lado-a-lado com os nomes dos produtores para identificar a

origem do vinho (...)

Considerando que, os nomes desses lugares são familiares, e

sinônimo de qualidade (...)

Portanto, seja resolvido que nós, como algumas das regiões mais

importantes do mundo do vinho, nos uniremos no apoio aos esforços

para manter e proteger a integridade desses nomes de lugares, que

são ferramentas fundamentais para a identificação dos consumidores

de grandes regiões vinícolas e dos vinhos que produzem

Terroir

Terroir (do francês, “terra, território”) é o conjunto de todos os

fatores ambientais que afetam qualidades epigenéticas de uma

colheita, quando a cultura é cultivada em um habitat específico

Coletivamente, estas características ambientais têm uma

personalidade físico-química e organoléptica

Componentes frequentemente descritos como aspectos de terroir

incluem o clima, tipo de solo e geomorfologia

Algumas culturas artesanais que utilizam o conceito de terroir são

vinho, café, tabaco, cacau, pimenta, lúpulo, tomate, trigo e chá

Alguns pontos da Declaração

2005 2007 2010 2014

A Declaração de Origem de Napa surgiu em 2005 para proteger a identidade de origem de vinhos, na qual os signatários se comprometeram a

realizar esforços para educar os consumidores sobre a importância da origem dos vinhos e a necessidade de proteger esses nomes

Linha do tempo dos signatários:

Napa Valley, Washington,

Oregon, Walla Valley

Willamette Valley

Champagne, Oporto e Jerez

Sonoma County, Paso

Robles, Chianti Classico,

Tokay, Victoria, Australia e

Western Australia

Rioja e

Long Island

Santa Barbara,

Bordeaux, e

Bourgogne/

Chablis

FONTE: Sites de produtores

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

SP1947-chart avulso-14112015

17|

Nome Descrição Critérios Avaliados Empresa que emitiu

Cacau

Cabruca▪ Cacau-Cabruca é um sistema

ecológico de cultivo agroflorestal.

Baseia-se na substituição de estratos

florestais por uma cultura de

interesse econômico, implantada no

sub-bosque de forma descontínua e

circundada por vegetação natural,

não prejudicando as relações

mesológicas com os sistemas

remanescentes".

▪ Os agricultores deverão estar de

acordo com todas as leis ambientais

e trabalhistas nacionais, estaduais e

municipais; cultivar o cacau sob a

sombra das árvores nativas do bioma

da Mata Atlântica; explorar de

maneira sustentável desde que não

descaracterize a cobertura vegetal

existente e não prejudique a função

ambiental da área

▪ Comissão de Meio

Ambiente e

Desenvolvimento

Sustentável (CMADS) -

Brasil

Certificação

UTZ▪ O UTZ Certified é um programa de

certificação mundial que define

diretrizes para a produção e o

abastecimento de café, chá e cacau.

Baseado em um sistema de

rastreabilidade e gestão, assegura

que esses insumos foram cultivados

de forma mais sustentável. A

certificação já é utilizada para chá,

café e cacau na América do Sul, e a

Cargill está sendo pioneira na

aplicação do modelo para produção

cacaueira no Brasil.

▪ UTZ – Amsterdam

Selos verdes para o cacau foram mapeados para guiar as ações do

Pará 2030

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

FONTE: Sites das certificadoras

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Nome Descrição Critérios Avaliados Empresa que emitiu

Rainforest

Alliance

Certified

▪ Propriedades e empresas que atendem

às exigências da certificação Rede de

Agricultura Sustentável (RAS), conforme

verificado por auditorias presenciais, são

reconhecidas, através do selo Rainforest

Alliance Certified. Ele indica a qualidade

e o compromisso na aplicação de

práticas sustentáveis e de conservação.

▪ Sistema de Gestão ambiental e Social;

Conservação de ecossistema; Proteção

da vida silvestre; Conservação dos

recursos hídricos; Conservação dos

recursos hídricos; Tratamento justo e

boas condições de trabalho; Tratamento

justo e boas condições de trabalho;

Saúde e segurança ocupacional dos

trabalhadores; Saúde e segurança

ocupacional dos trabalhadores;

Relações com a comunidade; Manejo

Integrado de Cultivo; Manejo e

conservação do solo; Gerenciamento

integrado de resíduos

▪ Imaflora. – Brasil

IBD

Certificações

(Organico)

▪ Empresa é 100% brasileira,

desenvolvendo atividades de inspeção e

certificação agropecuária, de

processamento e de produtos

extrativistas, orgânicos, biodinâmicos e

de mercado justo (Fair Trade) em todo o

Brasil e em países como Argentina,

Bolívia, Colômbia, Equador, México,

Paraguai, Uruguai, Estados Unidos,

Canadá, Bélgica, Holanda, Nova

Zelândia, China, Índia e Tailândia. T

▪ Desintoxicação do solo por 1 a 3 anos

para áreas em transição de agricultura

química para orgânica; a não utilização

de adubos químicos e agrotóxicos; a

obediência a aspectos ecológicos

(manutenção de Áreas de Preservação

Permanente por exemplo com a

recomposição de matas ciliares) e a

preservação de espécies nativas e

mananciais; o respeito às reservas

indígenas e às normas sociais baseadas

nos acordos internacionais do trabalho; o

tratamento humanitário de animais e

para o protocolo Eco Social All Fair; o

envolvimento com projetos sociais e de

preservação ambiental.

▪ IBD – Brasil

Selos verdes para o cacau foram mapeados para guiar as ações do

Pará 2030

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

FONTE: Sites das certificadoras

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Nome Descrição Critérios Avaliados Empresa que emitiu

Produto

Orgânico▪ O Selo Produto Orgânico Brasil é o

selo emitido pelo IBD certificações e

usado no mercado interno quando a

organização demonstra atendimento

a requisitos do Brasil relacionados à

produção orgânica, por ele

considerado. Este selo é usado

juntamente com o selo do IBD

certificações.

▪ Ausência de agrotóxicos e adubos

químicos.

▪ InMetro -Brasil

USDA

Orgânico▪ O selo USDA Organic é o selo,

acreditado pelo Departamento de

Agricultura dos Estados Unidos

(USDA), atribuído às organizações

que demonstram atendimento às

certificações feitas e estabelecidas

para este país. O IBD é acreditado

para tal certificação com a adoção de

norma USDA/NOP (US Department

of Agriculture/National Organic

Program), a qual tem como principais

objetivos desenvolver, manter e

expandir o acesso de produtos de

diversos países para o mercado norte

americano.

▪ ▪

Selos verdes para o cacau foram mapeados para guiar as ações do

Pará 2030

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

FONTE: Sites das certificadoras

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Nome Descrição Critérios Avaliados Empresa que emitiu

Fairtrade ▪ As marcas FAIRTRADE são os

símbolos mundialmente reconhecidos

do sistema de Comércio Internacional

Justo. A compra de produtos com o

selo FAIRTRADE garante o apoio aos

agricultores e trabalhadores como

eles melhorar suas vidas e suas

comunidades. Os produtos com estas

marcas atender os Critérios sociais,

ambientais e económicas acordadas

internacionalmente. As marcas

FAIRTRADE são marcas de

propriedade e licenciada pela

Fairtrade International.

▪ FLOCERT é o certificador

independente para Fairtrade.

Fiscalizando o cumprimento de

Comércio Justo, a empresa garante

que os padrões econômicos, sociais

e ambientais relevantes sejam

atendidas e que os produtores

recebam o Preço Mínimo Fairtrade e

Premium.

▪ Auditores FLOCERT são altamente

qualificados, geralmente baseado nos

países e regiões onde trabalham, e

familiarizado com as culturas locais,

idiomas e sistemas jurídicos. Todos

os auditores são examinados em

suas habilidades e receber

treinamento anual.

▪ Os consumidores podem ter a

certeza de que as marcas Fairtrade

internacionais só são usados em

produtos que atendem aos padrões

internacionais de Comércio Justo, e

beneficiar os agricultores e

trabalhadores Fairtrade certificados.

▪ Fairtrade International –

EU

Selos verdes para o cacau foram mapeados para guiar as ações do

Pará 2030

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

C

FONTE: Sites das certificadoras

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Pesquisa e DesenvolvimentoPRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

D

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Descrição da iniciativa Entrave que a iniciativa busca resolver Iniciativas relacionadas

▪ Investir em Pesquisa e Desenvolvimento para garantir

recursos e condições que propiciem a geração de

conhecimento aplicado para avançar o cultivo de

cacau no Pará

▪ Insuficiência de pesquisas na área,

especialmente em comparação com outros

países produtores, para avanços na

competitividade do cacau do Pará

▪ Maiores riscos de pragas devido à falta de

conhecimento de como combate-las

Ações

Impacto qualitativo esperado

▪ Aumentar consideravelmente a produtividade e

resistência do cacaueiro (principalmente a monilíase)

▪ Aperfeiçoar técnicas da cultura

▪ Fomentar a pesquisa em cacau sob novo modelo de alinhamento e governança com o setor produtivo

▪ Adequação da oferta de propagular à demanda da cacauicultura paraense

D.1

▪ Formação, capacitação

e Assistência Técnica e

Extensão Rural

▪ Atração de indústrias

para verticalização

D.2

Indicador finalístico

(unidade)

▪ Projetos (lançados e

concluídos) de pesquisas

relativos a cadeia

realizados sob modelo

proposto (número)

SP1947-chart avulso-14112015

22|

Preservar recursos genéticos e caracterização de

propriedades intrínsecas (físico-químicas e organolépticas)

do cacau paraense

Desenvolver equipamentos para aumentar a produtividade

do plantio, adubação, colheita e processamento inicial

Gerar e adaptar tecnologias apropriadas à produção

orgânica

Implementar em sua plenitude o Plano de Prevenção a

Monilíase elaborado pela CEPLAC e MAPA

Temas de Pesquisa & Desenvolvimento em cacau NÃO EXAUSTIVO

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Desenvolver materiais genéticos mais produtivos e

resistentes às principais pragas mundiais

Desenvolver sistemas agroflorestais de produção

PRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

D

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23|

Organizações sociais produtivasPRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

E

FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Descrição da iniciativa Entrave que a iniciativa busca resolver Iniciativas relacionadas

▪ Impulsionar a formação, o fortalecimento e o alcance

de organizações sociais produtivas, como associações e

cooperativas e bloco comerciais

▪ Falta de coordenação e baixo nível de troca de

informação, frequentemente devido à

pulverização geográfica e grandes distâncias

dentro do Estado, ao baixo nível de qualificação,

e à infraestrutura logística e de telecomunicações

precária

▪ Isso limita o poder de barganha dos produtores

para compra de insumos e acesso a mercados

Ações

Impacto qualitativo esperado

▪ Aumentar poder de barganha dos cacauicultores para

conseguir melhores acordos

▪ Aumentar intercâmbio de melhores práticas de cultivo e

comerciais

▪ Formação, capacitação

e Assistência Técnica e

Extensão Rural

▪ Apoiar cacauicultores na formação e fortalecimento de organizações sociais produtivasE.1

Indicador finalístico

(unidade)

▪ Estabelecimentos rurais

filiadas a organizações

sociais produtivas e que

fazem uso ativo da

mesma (número ou

percentual)

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24|FONTES: Encontro temático do cacau; entrevistas com especialistas (CEPLAC, SEDAP); análise de equipe

Organizações sociais produtivasPRODUÇÃO E VERTICALIZAÇÃO DO CACAU

E

▪ Maior facilidade de

obtenção de

crédito, compra ou

produção de

insumos,

agregação de valor

e venda de produto

final

▪ Maior poder de

barganha dos

cacuicultores para

conseguir melhores

acordos

Apoiar cacauicultores

na formação e

fortalecimento de

organizações sociais

produtivas

E.1 ▪ SEDAP

E.1.4. Material de treinamento,

comunicação e suporte à organizações

sociais produtivas criado

E.1.5. Cronograma de treinamento e

acompanhamento criado

E.1.1. Parceria técnica entre atores

públicos e privados envolvidos firmada

E.1.2. Mapeamento das organizações

existentes e do perfil de participantes

realizado, e segmentação de

organizações criadas

E.1.3. Discussão de melhores práticas de

governança com grupo de trabalho

realizada

Ações Impacto esperado

Atores

envolvidos Marcos de Implementação

E.1.6. Plano de treinamento (contínuo)

executado

E.1.7. Primeiro acompanhamento da

evolução do número de cooperados e

impacto qualitativo da ação realizado