Plano local de saúde ultima versão-

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PLANO LOCAL DE SAÚDE DO MÉDIO TEJO 1. Introdução Reza a história que jamais a humanidade atingiu os níveis de saúde que se verificam no presente. O crescente conhecimento dos fatores que mais contribuíram para esses resultados faz compreender que a saúde das populações está intimamente relacionada com um vasto conjunto de contributos positivos que extravasam a influência dos próprios serviços de saúde, criados para esse efeito. Hoje já ninguém duvida que a paz, a preservação da natureza, o equilíbrio ecológico, a organização social, o desenvolvimento económico, o conhecimento e a literacia, os bens de consumo essências, necessários e desejados, a alimentação e a nutrição, a liberdade, dignidade humana, exercem enorme influência nos níveis de bem-estar e de saúde dos povos. Face ao contínuo crescimento dos níveis de exigência individual e coletiva que se verifica na sociedade contemporânea, os responsáveis pela área da saúde e em particular os especialistas em administração da saúde, vêm alertando para a indispensabilidade de se adotarem estratégias que privilegiem o envolvimento das comunidades e suas instituições, na promoção da saúde e resolução dos seus problemas.

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PLANO LOCAL DE SAÚDE

DO MÉDIO TEJO

1. Introdução

Reza a história que jamais a humanidade atingiu os níveis de saúde que se verificam no

presente. O crescente conhecimento dos fatores que mais contribuíram para esses resultados

faz compreender que a saúde das populações está intimamente relacionada com um vasto

conjunto de contributos positivos que extravasam a influência dos próprios serviços de saúde,

criados para esse efeito.

Hoje já ninguém duvida que a paz, a preservação da natureza, o equilíbrio ecológico, a

organização social, o desenvolvimento económico, o conhecimento e a literacia, os bens de

consumo essências, necessários e desejados, a alimentação e a nutrição, a liberdade,

dignidade humana, exercem enorme influência nos níveis de bem-estar e de saúde dos povos.

Face ao contínuo crescimento dos níveis de exigência individual e coletiva que se verifica na

sociedade contemporânea, os responsáveis pela área da saúde e em particular os especialistas

em administração da saúde, vêm alertando para a indispensabilidade de se adotarem

estratégias que privilegiem o envolvimento das comunidades e suas instituições, na promoção

da saúde e resolução dos seus problemas.

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O presente Plano Local de Saúde (PLS) do Médio Tejo enquadra-se nesses pressupostos,

resultando do diálogo e muito trabalho em parceria que foi possível estabelecer dentro e fora

dos serviços de saúde. É um primeiro passo num caminho inevitável. A satisfação de muitas

das nossas exigências poderá ser assegurada através do aperfeiçoamento e crescimento deste

tipo intervenção. Este é um desafio à cooperação, partilha e co-responsabilização entre todos

aqueles que ousarem participar. Eles serão os proponentes, decisores e executores. Por isso, o

PLS do Médio Tejo pertence-lhes.

2. Diagnóstico da Situação

A elaboração de um Plano Local de Saúde resulta de um exercício académico desejavelmente

“alimentado” pelo conhecimento, o mais exaustivo possível, das características e condições de

vida das populações residentes na respetiva área geográfica de influência. Por isso, é condição

prévia indispensável, a recolha de informação sobre um vasto conjunto de aspetos que

permitem adequar as estratégias que os diferentes intervenientes não deixarão de propor.

Assim, por iniciativa da Unidade de Saúde Pública, foi efetuado o denominado Diagnóstico da

Situação de Saúde do Médio Tejo, construído da seguinte forma:

� Numa primeira fase, foi elaborado um documento informativo, resultante de uma recolha

de dados efetuada segundo métodos e critérios utilizados em Saúde Pública, tendo por

finalidade a construção de indicadores de caracterização das comunidades, comumente

aceites. Este trabalho foi apresentado à Direção Executiva, ao Conselho Clínico, às Unidades

Funcionais que integram o ACES Médio Tejo e ao Conselho da Comunidade, a que se seguiu

um momento de recolha dos contributos que esses parceiros entenderam disponibilizar;

� Numa segunda fase, o documento foi divulgado a um vasto conjunto de eventuais parceiros

externos, nomeadamente os municípios, os serviços de educação, as forças de segurança,

os bombeiros, entre outros. Para o efeito foram-lhes dirigidos convites para

disponibilizarem informação e contributos, acrescentando novos indicadores e

enriquecendo o primeiro documento com elementos suscetíveis de contribuírem para um

melhor conhecimento de realidades com influência na saúde das populações.

Uma vez valorizado o documento com os contributos de inúmeros parceiros, procedeu-se à

sua discussão pública em 3 sessões que decorreram em Torres Novas, em Abrantes e em

Tomar, participadas por 90 profissionais de saúde, representantes institucionais e elementos

da comunidade. Nessas sessões foi divulgada a intenção de se proceder à elaboração de um

Plano Local de Saúde para o Médio Tejo e foi lançado um convite público de envolvimento e

participação a todas as instituições disponíveis.

3. Identificação dos Principais Problemas de Saúde

O primeiro passo para a elaboração do Plano Local de Saúde do Médio Tejo foi dado numa

reunião plenária da Unidade de Saúde Pública (USP) durante a qual, utilizando a técnica de

brainstorming, foram identificados e listados os principais problemas que afetam as

populações da sua área geográfica de influência, identificados e registados no Diagnóstico da

Situação de Saúde do Médio Tejo.

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Nº ORDEM

PROBLEMA AMBOS OS

SEXOS MASCULINO FEMININO

1 Baixa natalidade / fecundidade X

2 Isolamento dos idosos X

3 Iliteracia em saúde X

4 Envelhecimento da população X

5 Acidentes domésticos e de lazer X

6 D. infecciosas e parasitárias (inclui TB e HIV / SIDA) X

7 Cancro da mama na mulher X

8 Controlo dos diabéticos diagnosticados X

9 Adições lícitas e ilícitas X

10 Obesidade (crianças versus adultos) X

11 Tumores malignos (< 65 anos) X

12 Doenças cardio-vasculares X

13 Doença isquémica do coração (angina, enfarte…) X

14 Cancro do colon e reto (intestino) X

15 Cancro da próstata X

16 Alcoolismo (nos jovens) X x

17 Tumores Linfáticos X

18 Doenças por causas externas (acidentes viação) X x

19 Doenças por causas externas (suicídio) X

20 Doenças respiratórias (DPOC e asma) X

21 Melanomas (tumores da pele) X

22 Cancro do pulmão / laringe / traqueia / brônquios X

23 Cancro do estômago X

24 Cancro do colo do útero X

25 Doença mental X

Foram identificados 25 problemas principais (ver Quadro anterior, dos quais 15 afetam ambos

os sexos, 7 que se repercutem em especial nas pessoas do sexo masculino e 3 (+2) nas do sexo

feminino.

4. Consulta de Parceiros

Seguidamente procedeu-se à consulta dos parceiros internos e externos para, na sequência da

aplicação de critérios de determinação de prioridades, se elaborar a listagem dos principais

problemas de saúde do ACES Médio Tejo, por ordem decrescente da sua importância.

Para esse efeito, usaram-se os critérios clássicos do Planeamento da Saúde, isto é;

a) Magnitude, que mede o tamanho do problema, em termos do seu impacto na saúde,

através de indicadores de morbi-mortalidade

b) Transcendência, que mede a importância social atribuída pelos grupos populacionais ao

problema e o seu impacto económico (dimensão dos recursos associados ao problema)

c) Vulnerabilidade, que mede o grau de aplicabilidade, isto é, a dificuldade de prevenir ou

solucionar um problema de saúde com eficácia.

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Esta metodologia foi divulgada junto de todos os parceiros consultados, a fim de facilitar o

preenchimento do questionário que lhes foi remetido, destinado à obtenção de uma

classificação numérica da importância atribuída a cada um dos problemas identificados.

Valor

Critério

Magnitude Transcendência

social

Transcendência

económica Vulnerabilidade

1 a 3 Não preocupante Não afeta

significativamente

Sem repercussão

económica

Grande dificuldade

em minimizar

4 a 7 Importância Média Afecta parcialmente

a população

Repercussão

económica média

Possível reduzir, mas

com tecnologia de

difícil aplicação

8 a 10 Grande importância Afecta toda a

população

Repercussão

económica grande

Fácil de reduzir com

tecnologia disponível

A cada um dos critérios utilizados foi atribuído um valor percentual, para fazer corresponder a

cada um deles um “peso” equilibrado no resultado final. Assim, os valores atribuídos foram os

seguintes:

Critério “Peso” do critério Fator de correção

Magnitude 30% 0,30

Transcendência social 15% 0,15

Transcendência económica 15% 0,15

Vulnerabilidade 40% 0,40

A consulta aos parceiros internos incluiu os principais dirigentes do ACES, todos os

coordenadores de Unidades Funcionais, englobando as USFs, UCSPs, UCCs e a URAP, de que

resultou o preenchimento de 16 questionários e ainda os 4 grupos de profissionais de saúde

que formam a Unidade de Saúde Pública, que manifestaram grande adesão, tendo sido

recolhidas 28 respostas.

Para a consulta aos parceiros externos foi solicitada a colaboração da Presidente do Conselho

da Comunidade do ACES, da Presidente da Comunidade Intermunicipal e foram enviados

convites à participação a um vasto leque de organismos e instituições, de que resultaram 20

respostas.

No quadro seguinte poderá ser comprovada a diversidade de instituições e profissionais que

participaram ativamente no processo, assegurando o seu desejável carater multidisciplinar e

multiprofissional.

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Organismos participantes

Respondentes Número de inquéritos

Total de respostas

Unidade de Saúde

Pública (USP)

Médicos 5

28 Enfermeiros 9

Técnicos de Saúde Ambiental 10

Higienistas Orais 4

Parceiros Internos

do ACES

Coordenadores das USF/UCSP 8 16 Coordenadores das UCC 6

Outros 2

Parceiros Externos

Comunidade Intermunicipal/C. Municipais 7

20 Agrupamentos de Escolas 4

Forças Segurança 5

Bombeiros / Proteção Civil 2

Conselho da Comunidade 2

Total 64

Com base nas respostas recebidas e sendo desejável que cada grupo de parceiros

participantes, isto é, a USP, os parceiros internos e os parceiros externos tenham o mesmo

nível de influência no resultado final, foi atribuída a cada um deles uma cota máxima de 33,3%

do valor das respetivas respostas.

A grandeza atribuída por cada grupo de parceiros aos problemas listados e sujeitos a um

procedimento de valorização, resultou da média aritmética do valor atribuído pelo conjunto de

participantes dos 3 grupos de parceiros envolvidos no processo a cada variável quantitativa

considerada (sendo-lhe aplicado o fator de correção relativo ao “peso” do respetivo critério).

Tendo em consideração que a cada grupo foi atribuída a mesma cota na classificação final (1/3

do valor total), foi possível proceder-se ao cálculo da classificação final de cada problema

através da soma das médias obtidas pelos diferentes grupos de parceiros.

5. Resultados obtidos

O quadro assim obtido foi o seguinte:

PROBLEMA MAGNITUDE TRANSCEN-

DÊNCIA SOCIAL

TRANSCEN-DÊNCIA

ECONÓMICA

VULNERA-BILIDADE

VALOR FINAL

PONDERADO

Baixa natalidade / fecundidade 7,12 7,83 8,24 4,52 6,36

Isolamento dos idosos 7,14 7,35 5,78 5,35 6,25

Iliteracia em saúde 5,96 5,69 5,47 5,94 5,84

Envelhecimento da população 8,03 7,97 8,27 3,40 6,20

Acidentes domésticos e de lazer 4,47 4,68 4,70 6,36 5,29

D. infecciosas e parasitárias (inclui TB e HIV-SIDA) 5,92 5,40 5,74 5,43 5,62

Cancro da mama na mulher 7,48 6,77 6,97 6,74 7,00

Controlo dos diabéticos diagnosticados 7,70 6,06 7,19 6,89 7,05

Adições lícitas e ilícitas 6,68 6,54 6,37 5,75 6,24

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Obesidade (crianças versus adultos) 7,34 6,44 6,53 6,15 6,61

Tumores malignos (< 65 anos) 7,48 6,87 7,13 5,12 6,39

Doenças cardio-vasculares 7,67 6,77 7,02 6,01 6,77

Doença isquémica do coração (angina, enfarte…) 6,71 6,32 6,46 5,51 6,13

Cancro do colon e reto (intestino) 7,27 6,63 6,62 6,41 6,73

Cancro da próstata 6,74 6,22 6,31 5,89 6,26

Alcoolismo (nos jovens) 7,44 7,14 6,76 6,06 6,74

Tumores Linfáticos 5,81 5,59 5,90 4,27 5,17

Doenças por causas externas (acidentes viação) 6,34 6,28 6,31 5,68 6,06

Doenças por causas externas (suicídio) 5,56 5,31 4,26 4,64 4,96

Doenças respiratórias (DPOC e asma) 6,70 6,21 6,37 5,64 6,15

Melanomas (tumores da pele) 6,14 6,10 5,81 6,16 6,09

Cancro do pulmão / laringe / traqueia / brônquios 7,07 6,61 6,78 6,01 6,53

Cancro do estômago 6,48 6,41 6,54 5,93 6,26

Cancro do colo do útero 6,63 6,26 7,22 6,84 6,75

Doença mental 7,18 6,92 6,91 5,06 6,25

Procedeu-se então à listagem dos principais problemas de saúde do ACES Médio Tejo, por

ordem decrescente da importância que lhes foi atribuída:

Nº ordem

Problema de Saúde Valor

1 Controlo dos diabéticos diagnosticados 7,05

2 Cancro da mama na mulher 7,00

3 Doenças cardio-vasculares 6,77

4 Cancro do colo do útero 6,75

5 Alcoolismo (nos jovens) 6,74

6 Cancro do colon e reto (intestino) 6,73

7 Obesidade (crianças versus adultos) 6,61

8 Cancro do pulmão / laringe / traqueia / brônquios 6,53

9 Tumores malignos (< 65 anos) 6,39

10 Baixa natalidade / fecundidade 6,36

11 Cancro da próstata 6,26

12 Cancro do estômago 6,26

13 Doença mental 6,25

14 Isolamento dos idosos 6,25

15 Adições lícitas e ilícitas 6,24

16 Envelhecimento da população 6,20

17 Doenças respiratórias (DPOC e asma) 6,15

18 Doença isquémica do coração (angina, enfarte…) 6,13

19 Melanomas (tumores da pele) 6,09

20 Doenças por causas externas (acidentes viação) 6,06

21 Iliteracia em saúde 5,84

22 D. infecciosas e parasitárias (inclui TB e HIV / SIDA) 5,62

23 Acidentes domésticos e de lazer 5,29

24 Tumores Linfáticos 5,17

25 Doenças por causas externas (suicídio) 4,96

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De posse desta listagem de problemas, foi efetuada em reunião plenária dos profissionais de

saúde pública do ACES Médio Tejo a sua discussão e análise exaustiva. Ficou claro que o

processo desenvolvido tendo por finalidade a construção do Plano Local de Saúde do Médio

Tejo foi fortemente condicionado, desde o seu início, pelas especificidades geo-demográficas e

administrativas existentes na área de influência dos serviços de saúde públicos e foi decidida a

realização de um exercício coletivo conducente à análise da listagem dos problemas de saúde

selecionados e à forma como os seus principais fatores determinantes os influenciam, do qual

resultaram os seguintes quadros:

O primeiro quadro evidenciou que um elevado número de problemas de saúde considerados

prioritários no Médio Tejo se integram em 3 grandes grupos de patologias, isto é, nas doenças

metabólicas, nas doenças mentais e nas doenças oncológicas. Essa constatação influenciou

decisivamente o desenvolvimento do processo, ao proporcionar os elementos indutores do

exercício seguinte, através do qual ficou evidenciada a existência de uma relação muito forte

entre um conjunto restrito de fatores de risco / determinantes desses problemas de saúde e

os 3 grandes grupos de patologias identificados, conforme se pode verificar pela análise do

seguinte quadro:

Grupo Conjuntos “major”

de patologias Problemas de saúde prioritários do Médio Tejo

Nível de

importância

atribuído

A Doenças metabólicas

Controlo dos diabéticos diagnosticados 1

Doenças cardio-vasculares 3

Obesidade (crianças versus adultos) 7

Doença isquémica do coração (angina, enfarte…) 18

B Doença mental

Alcoolismo (nos jovens) 5

Doença mental 13

Adições lícitas e ilícitas 15

Doenças por causas externas (acidentes viação) 20

Doenças por causas externas (suicídio) 25

C Doença oncológica

Cancro da mama na mulher 2

Cancro do colo do útero 4

Cancro do colon e reto (intestino) 6

Cancro do pulmão / laringe / traqueia / brônquios 8

Tumores malignos (< 65 anos) 9

Cancro da próstata 11

Cancro do estômago 12

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Doença Oncológica2, 4, 6, 8, 9, 11, 12

Doença Mental5, 13, 15, 20, 25

Doenças Metabólicas1, 3, 7, 18

Genoma / predisposição

Alimentação inadequada

Tabaco e álcool

Auto-estima

Stress

Sedentarismo

Iliteracia em saúde

Condições ambientais

Estilosde

vidaDrogas ilícitas

A

B

PROBLEMAS DETERMINANTES

C

Assim, as entidades signatárias do Plano Local de Saúde do Médio Tejo poderão contribuir

para a minimização de 16 problemas de saúde ao participarem no processo, através da

implementação de intervenções pré-definidas e dirigidas aos seus principais determinantes,

destinadas ao respetivo reforço ou minimização, conforme se esteja a intervir sobre fatores de

proteção ou fatores de agressão. Tendo em consideração o impacto esperado, foi decidido

propor aos parceiros o desenvolvimento de um projeto que inclua as seguintes 3 grandes áreas

de intervenção:

A – Comportamentos favorecedores da saúde

B – Combate às adições

C – Prevenção da doença oncológica

Concluída esta fase do processo e num primeiro momento destinado à conceção e elaboração

do Plano Local de Saúde, foi realizado um Workshop no dia 27 de Novembro, participado por

30 técnicos que tinham respondido ao inquérito destinado à identificação dos problemas de

saúde prioritários do Médio Tejo. Foram constituídos 3 grupos de trabalho, formados por

elementos pertencentes às diferentes unidades funcionais do ACES e por participantes

externos, provenientes de diferentes instituições parceiras, que se debruçaram sobre cada

uma das áreas de intervenção estabelecidas. Esse trabalho proporcionou um conjunto de

sugestões de atividades e tarefas suscetíveis de proporcionarem soluções concretas para os

problemas e a indução de ambientes, procedimentos e comportamentos favorecedores da

saúde, como forma de se obterem benefícios relevantes para as populações do Médio Tejo.

Legenda: A – Comportamentos B – Adições C - Doença oncológica

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O documento resultante dessa reunião (ficheiro excel, em anexo), que passará a constituir o

Tableau de Bord do PLS do Médio Tejo, foi em seguida enviado aos participantes para

validação ou para receber alterações finais entendidas como relevantes para a sua melhoria.

Finalmente, foi desenvolvida a última fase do seu processo de construção, que consistiu na

divulgação do draft final pelos 189 participantes no processo, para receber os últimos

contributos, tendo em vista a sua conclusão.

6. Envolvimento Institucional

Na sequência de convite endereçado pela Diretora Executiva do ACES Médio Tejo, os

representantes de instituições e unidades funcionais com participações relevantes em diversas

iniciativas no âmbito do presente exercício de planeamento da saúde reuniram em Constância,

no dia 16 de Abril de 2015, para participarem na discussão de uma proposta de operacionaliza-

ção do PLS, de que resultou a aprovação da constituição da sua Equipa Dirigente e as principais

áreas de intervenção a implementar, de acordo com o plasmado no seguinte quadro:

Plano Local de Saúde

AprovaçãoEquipa Dirigente(Presidentes / Diretores)

Parceiros Internos

Diretora ExecutivaCons. Clínico e de SaúdeCentro Hospitalar MT

Parceiros Externos

Conselho ComunidadeCom. Intermunicipal MTPresidentes Câmaras

DG Estabelec. EscolaresDiretores Agrup Escolas

GNRComandantes Territoriais

PSPComandantes Territoriais

CRI RibatejoEquipa Tratamento ABT

Comportamentosfavorecedores

da Saúde

1.Promoção de alimentação saudável. 2.Combate ao sedentarismo3.Combate ao stress4.Promoção da auto-estima5.Promoção da literacia (em saúde)

Combate às

Adições

Prevenção da Doença Oncológica

1.Combate ao tabagismo2.Divulgação informação sobre alimentos

cancerígenos e anti-cancerígenos3.Identificação e intervenção em indivíduos

com predisposição genética4.Combate da infeção crónica associada ao

cancro5.Combate dos riscos ambientais

associados ao cancro

1.Intervenção nos problemas ligados ao álcool e tabaco

2.Redução do uso/abuso substâncias ilícitas3.Promoção do consumo criterioso de

fármacos

Foi igualmente proposto e discutido um modelo organizacional, tendo-se obtido consenso na

necessidade de se criarem as seguintes estruturas:

• Uma Equipa de Gestão Operacional, constituída por 1 elemento operacional, designado

por cada uma das instituições e unidades funcionais que constituem a Equipa Dirigente;

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• Um Gabinete Técnico para cada um dos grandes eixos de intervenção selecionados (3),

nomeados pela Equipa de Gestão Operacional, com a missão de responderem às suas

necessidades de informação para a fundamentação da intervenção.

• Um conjunto de coordenadores/dinamizadores das ações a desenvolver ao nível local por

cada uma das instituições ou unidades funcionais.

Tendo em consideração o referido enquadramento, foi aprovado o seguinte organigrama:

Plano Local de Saúde

Organigrama

Equipa DirigenteGab.Técnico 1Comportamentos

favorecedores da Saúde

Gab. Técnico 2Combate

às Adições

Gab Técnico 3Prevenção da Doença Oncológica

Equipa Gestão Operacional

AECM

GNRPSPCAT

CHMTUSF/UCSP

UCCUSP

URAP

Coordenadores / Dinamizadores

Locais

AE (16)CM (11)GNR (3)PSP (5)CAT (2)

CHMT (1)USF/UCSP (18)

UCC (7)USP (1)

URAP (1)CHMT (3)

(1+1)

De salientar que, por se tratar de uma iniciativa que adota a metodologia de projeto, o PLS do

Médio Tejo estará sujeito a procedimentos de monitorização contínua e avaliação periódica

corretiva (anual), de que resultará a sua consolidação e desenvolvimento, de acordo com os

desejos e as exigências dos seus parceiros.

Ficou decidido que o Plano Local de Saúde seria formalmente aprovado através da assinatura

do presente documento pelos elementos das instituições parceiras pertencentes à sua Equipa

Dirigente.

Riachos, 20 de Abril de 2015

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PLANO LOCAL DE SAÚDE DO MÉDIO TEJO

PARCEIROS SUBSCRITORES (DIRIGENTES)

(*) Alinhamento por ordem alfabética do nome da instituição

ENTIDADE (*) CARGO NOME ASSINATURA

ACES Médio Tejo

Diretora Executiva Maria Sofia Theriaga Mendes

Varanda Gonçalves

ACES Médio Tejo

Presidente do Conselho Clínico e de Saúde

José Augusto Carreira de Oliveira

Centro Hospitalar Médio Tejo

Vogal do Conselho de Administração

Carlos Manuel Pereira Andrade Costa

Centro de Respostas Integradas do Ribatejo

Diretora Regional Isabel Maria Isidro Baptista

Comunidade Intermunicipal

Presidente de Câmara Municipal - Torres Novas

Pedro Paulo Ramos Ferreira

Conselho da Comunidade

Presidente Maria do Céu Albuquerque

Delegação Regional de Educação de LVT

Delegado Regional Francisco José de Oliveira Neves

GNR (Comando Territorial de Santarém)

Comandante Nuno Sanfona Paulino

PSP (Comando Distrital de Santarém)

Comissário Jorge Manuel Mateus Soares