Plastico Nordeste #08

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Edição #08 Plástico Nordeste

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Plástico Nordeste é uma publicação da editora

Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às

indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª

geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no

Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes

à área, entidades representativas, eventos, seminários,

congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.

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ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

"O limite extremo dasensatez é o que o público

batiza de loucura."(Jean Cocteau)

Da Redação Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 04

Plast Vip NEFlávio Azevedo, da Fiern. >>>> Pág. 06

EspecialRio Grande do Norte a todo vapor. >>>> Pág. 08

DestaqueConstrução acelera no nordeste. >>>> Pág. 12

ArtigoPor Miguel Bahiense Neto . >>>> Pág. 15

EnergiaDetalhes do apagão em Camaçari. >>>> Pág. 18

SegurançaGanhos sobre controle de perdas. >>>> Pág. 20

Painel da IndústriaBraspack com foco nas exportações. >>>> Pág. 22

Amanco realiza reformulações. >>>> Pág. 22

MuralNovidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 24

Anunciantes + AgendaParceiros e eventos. >>>> Pág. 26

Capa: divulgação.

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Da Redação

Transformando

para construirTransformando

para construir

“A cada dia crescem as possibilidadesde aplicação de termoplásticos nasobras e no lado inverso cresce aimportância da construção nosnegócios do setor plástico nordestino.“

nordeste é uma região que cresce em diver-sos mercados, atraindo investimentos dosgovernos e da iniciativa privada. Mas é naconstrução em que está o destaque dos pró-

ximos anos. Empreendimentos industriais e obrasbancadas pelo Estado estão a todo vapor nos esta-dos, além, é claro, da injeção em infraestrutura. Tam-bém é preciso lembrar que a Copa de Mundo de 2014fomentará o mundo da construção na região, já quedas 12 cidades indicadas pela Fifa, quatro são capi-tais nordestinas. Mas um dos principais ganchos dasboas perspectivas para o setor de construção são asações sociais do governo como o Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, MinhaVida. De um milhão de casas previstas pela ação, 1/3serão construídas no nordeste.

Quem ganha comtantos investimentosna construção são ostransformadores plás-ticos que atuam nes-ta área. Aqueles queinvestem em inovaçãogarantem bons resul-tados nos próximosanos, sendo impulsi-onados pelo bom de-sempenho da cons-trução. A cada diacrescem as possibili-dades de aplicação determoplásticos nasobras e no lado inverso cresce a importância da cons-trução nos negócios do setor plástico nordestino.

É preciso então manter esse ciclo de investimen-tos e saber aproveitar a maré para gerar negócios efortalecer a indústria de transformação nos estados.O Rio Grande do Norte é um exemplo disso. O leitorirá encontrar nas próximas páginas um mapeamentosobre o desenvolvimento do estado em determinadosmercados, entre eles, o de construção.

Para levantar prédios, casas e fábricas no sécu-lo XXI é preciso materiais sustentáveis, práticos, ino-vadores e a preços acessíveis. O plástico, portanto,é um grande parceiro nesse caminho.

Boa leitura.

O

MELINA GONÇALVES / [email protected]

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AÇÃO/PNE

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Um setor em crescimentoO presidente da FIERN, Flávio Azevedo, destaca o bom momento da indústria daconstrução no Rio Grande do Norte, os benefícios dos investimentos em geraçãoeólica e revela a importância do crescimento do setor plástico para o evento.

Revista Plástico Nordeste - Qual é o PIBindustrial do Rio Grande do Norte?Flávio José Cavalcanti de Azevedo - Deacordo com os últimos dados disponibi-lizados pelo IBGE, as quais se referem,ainda, ao ano de 2008, o PIB industrialdo Rio Grande do Norte corresponde a25,5% do PIB total e nossa participaçãono PIB total do Brasil é de 0,9%. Para2010, se considerarmos que estas rela-ções tenham se mantido, nosso PIB in-dustrial poderia ser estimado em, apro-ximadamente, R$ 6,2 bilhões.

Plástico Nordeste - Qual o número deindústrias do RN e quais os principaissegmentos industriais da região?Azevedo - O Rio Grande do Norte tem

em torno de 4.500 indústrias formalmen-te constituídas. Os segmentos mais im-portantes são extração de petróleo e gásnatural, construção civil, além de seg-mentos da indústria de transformaçãocomo têxteis, vestuário e alimentos.

Plástico Nordeste - Onde se situa o maiorpolo industrial do estado?Azevedo - Na Grande Natal, ou Região Me-tropolitana de Natal se encontra a maiordensidade industrial do estado, que reúne53% das empresas e 62% da mão-de-obraocupada no setor. A região abriga, princi-palmente, a indústria de transformação. Asindústrias de extração de minerais e detransformação de minerais não metálicosestão localizadas no interior, principalmen-

te na zona rural do estado.Mas além da Grande Natal, não podemos dei-xar de incluir o polo de Mossoró (região oes-te do estado), que produz petróleo e con-centra grande parte das empresas ligada aosetor; produz ainda, sal marinho, cimento,além de se constituir em um importante cen-tro de produção e processamento de frutastropicais (melões, castanhas, bananas e man-gas) e polo de atração turística.

Plástico Nordeste - Como analisa a atua-ção do setor em 2010?Azevedo - O ano de 2010 foi de recupera-ção da crise de 2008-2009. Praticamentetodos os segmentos industriais cresceram emintensidade capaz de superar os impactosnegativos de 2009, quando se compara, por

PLAST VIP Flávio Azevedo

Presidente da Fiern (no detalhe):segmento de embalagens é o maior

destaque no setor plástico do estado

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exemplo, a variação do consumo de energiaelétrica e da contratação de empregados comcarteira assinada em 2009 e 2010. Mas oprincipal destaque de 2010 foi a construçãocivil, como decorrência da política nacionalde estímulo à construção e aquisição demoradias. Na sequência, se destacam doissegmentos atrelados à própria cadeia deinsumos da construção, como a extração deminerais não metálicos (calcário, pedras or-namentais, argilas, agregados para a cons-trução, etc), e a manufatura de produtos queutilizam estas matérias-primas, como cimen-to, e artefatos de cimento e concreto, arte-fatos de gesso, telhas, tijolos, aparelhamen-to de pedras, artefatos de vidro, etc. O mer-cado interno foi que impulsionou essa recu-peração. Mas atividades dependentes de ex-portações ainda enfrentam algumas dificul-dades, uma vez que os países ricos aindanão se recuperaram totalmente. No caso doRio Grande do Norte, podemos apontar comoexceção a cadeia de têxteis e confecçõesque ainda não se recuperou totalmente. Eisto se deve, tal como ocorre no âmbitonacional, ao problema da sobrevalorizaçãodo real e à perda de competitividade nomercado externo relativamente a produtossimilares de origem asiática.

Plástico Nordeste - Quais são suas apos-tas para o ano de 2011?Azevedo - As previsões para 2011, apesardas restrições orçamentárias anunciadaspelo Governo Federal e da elevação dos

juros básicos pelo Banco Central, são po-sitivas, levando-se em conta alguns fato-res particularmente favoráveis ao Rio Gran-de do Norte. O fato de virmos a sediar aCopa 2014 coloca o estado em situaçãofavorável em termos de recepção de inves-timentos de infraestrutura de saneamen-to, estrutura viária, transportes, mobili-dade urbana, etc. Outro ponto favoráveldiz respeito ao volume de investimentosem geração eólica que devem ser concreti-zados até 2013. O Rio Grande do Norte foivencedor em dois leilões, realizados no fi-nal de 2009 e agosto 2010, que envolviamgeração eólica. Como resultado, devemosreceber 53 parques eólicos com capacida-de total de 1.470 MW de potência. A ins-talação destes empreendimentos deve seriniciada agora em 2011.

Plástico Nordeste - Que análise faz daindústria do plástico do RN? O que estaindústria representa para o PIB indus-trial do estado?Azevedo - A indústria do setor plásticopotiguar ainda é bastante modesta den-tro do contexto nacional. Representapouco mais de 2% do Valor Bruto da Pro-dução Industrial do conjunto das indús-trias extrativas e de transformação do es-tado. Ou seja, o VBPI da indústria deplásticos potiguar equivale a R$ 143,2milhões, considerando as informaçõesmais recentes disponibilizadas pelo IBGE,que se referem a 2008.

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AÇÃO/PNE Insumos para a

construção estiveramentre os principaismateriais consumidosno ano de 2010

Mas é uma indústria que vem crescendonos últimos anos, conforme nosso par-que fabril ganha densidade.

Plástico Nordeste – Dentro do setorplástico potiguar, qual o segmento queganha destaque?Azevedo - O segmento mais representati-vo em número de unidades produtivas éo de embalagens. Neste sentido, pode-mos apontar três segmentos que se des-tacam em termos de absorção de mão-de-obra: a fabricação de sacos de polipropi-leno (ráfia), a manufatura de laminadosplásticos e o segmento seguinte na ca-deia, que é a conversão destes laminadosem embalagens rígidas e tubos laminados(embalagens para margarinas, iogurtes,água mineral, tubos para creme dental,embalagens para produtos farmacêuticos,cosméticos, etc.). Outro segmento que seexpandiu bastante nos últimos anos foi ode fabricação de piscinas de fibras.

Plástico Nordeste - Quais foram os prin-cipais investimentos do setor industrialrealizados em 2010 e o que está previs-to para este ano?Azevedo - Além da construção de moradi-as, como já foi mencionado, podemosapontar a entrada em operação de umaindústria de revestimentos cerâmicos, nomunicípio de Mossoró, o processo de im-plantação de uma mini-refinaria de petró-leo e a instalação do parque eólico AlegriaII, ambos no município de Guamaré. Tam-bém foi iniciada a construção de um ter-minal pesqueiro em Natal. Não podemosdeixar de registrar que o porto de Natal eo Terminal Salineiro de Areia Branca pas-sam por obras de melhorias e ampliação.Parte destes investimentos ainda está emandamento, e deve entrar em operação em2011. Mas outros empreendimentos impor-tantes devem ser iniciados neste ano,como o estádio Arena das Dunas, em Na-tal, que vai abrigar os jogos da Copa de2014, além da segunda etapa – com recur-sos privados - do Aeroporto Internacionalde São Gonçalo do Amarante.PNE

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ESPECIAL Rio Grande do Norte

onsiderado a esquina do continenteamericano, devido a sua posiçãogeográfica, o Rio Grande do Norteé o maior produtor de petróleo em

terra e de sal marinho do país. O estado édividido em 167 municípios e ocupa umaárea de 52.796,791 km², sendo um poucomaior que a Costa Rica. Mas é na região me-tropolitana de Natal, que se encontra a mai-or densidade industrial do RN, reunindo 53%das empresas e 62% da mão-de-obra ocupa-da no setor. A região abriga, principalmen-te, a indústria de transformação. As indús-trias de extração de minerais e de transfor-mação de minerais não metálicos estão loca-lizadas no interior, principalmente na zonarural do estado.

CIndústria

potiguar atodo vaporAtentos ao aquecimento do consumo ocorridoem 2010, empresas de transformação de plásticoinvestem na renovação do parque industrial.

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AÇÃO/PNE

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ESPECIAL Rio Grande do Norte

Além da Grande Natal, a cidade deMossoró, segunda maior do estado, que ficana região Oeste, também é outro polo pro-dutivo. O município produz petróleo e con-centra grande parte das empresas ligadas aosetor. Também é produtor de sal marinho,cimento, além de se constituir em um im-portante centro de produção e processamentode frutas tropicais (melões, castanhas, ba-nanas e mangas) e polo de atração turística.

Segundo a Federação das Indústrias doEstado do Rio Grande do Norte (Fiern), oestado tem aproximadamente 4.500 indús-trias formalmente constituídas. Os segmen-tos mais importantes são extração de petró-leo e gás natural, construção civil, além desegmentos da indústria de transformaçãocomo têxteis, vestuário e alimentos.

De acordo com os últimos dadosdisponibilizados pelo IBGE, de 2008, o Pro-duto Interno Bruto (PIB) industrial do RioGrande do Norte corresponde a 25,5% doPIB estadual e 0,9% do nacional. “Para 2010,se considerarmos que estas relações tenhamse mantido, nosso PIB industrial poderia serestimado em, aproximadamente, R$ 6,2 bi-lhões”, informa o presidente da Fiern, FlávioJosé Cavalcanti de Azevedo.

Desempenho do setorA indústria do plástico no estado é

considerada como modesta pelo presidenteda Fiern, no contexto nacional. Representapouco mais de 2% do Valor Bruto da Produ-ção Industrial (VBPI) do conjunto das in-

dústrias extrativas e de transformação doestado. “Ou seja, o VBPI da indústria de plás-ticos potiguar equivale a R$ 143,2 milhões,considerando as informações mais recentesdisponibilizadas pelo IBGE, que ser referem a2008”, observa. Mas o dirigente comentaque é uma indústria em crescimento nosúltimos anos. O segmento mais representa-tivo em número de unidades produtivas é ode embalagens. Neste sentido, ele apontatrês áreas que se destacam em termos deabsorção de mão-de-obra, como a fabrica-ção de sacos de polipropileno (ráfia), amanufatura de laminados plásticos e o se-tor de conversão destes laminados em em-balagens rígidas e tubos laminados (emba-lagens para margarinas, iogurtes, água mi-neral, tubos para creme dental, embalagenspara produtos farmacêuticos, cosméticos,etc.). “Outro segmento que se expandiu bas-tante nos últimos anos foi o de fabricaçãode piscinas de fibras”, informa.

Conforme a presidente do Sindica-to das Indústrias de Material e LaminadosPlásticos do Rio Grande do Norte (Sindi-plast/RN), Maria da Conceição RebouçasDuarte Tavares, o setor do plástico do RNvem ampliando o seu desempenho nosúltimos anos, “não só com o surgimentode novas empresas, como também pelarenovação do maquinário pelas empresasjá existentes”, destaca.

O setor conta com aproximadamente 57transformadores de plástico, que atuam prin-cipalmente nos segmentos de injeção, sopro

e extrusão, sendo este último o mais repre-sentativo. Os convertedores do estado con-somem em torno de 700 toneladas de maté-ria-prima por ano, sendo o polietileno debaixa densidade (PEBD), o polietileno altadensidade (PEAD), o polipropileno (PP) e opoliestireno (PS), as resinas mais utilizadas.

Assim como os demais segmentos in-dustriais do estado, a indústria do plásticotambém destaca a boa atuação em 2010. Deacordo com a presidente do Sindiplast, osetor registrou o crescimento de 13% emrelação a 2009. Os principais investimentosdo período foram na aquisição máquinasinjetoras e sopradoras. “Os empréstimos doBNDES, a juros subsidiados vem possibilitan-do uma constante renovação do parque fa-bril do Estado”, informa Conceição. Para esteano, ela prevê um aumento na produção naordem de 12%.

A falta de mão-de-obra especializadaé uma da queixas da dirigente. Segundo ela,a formação dos trabalhadores é realizada pe-las próprias empresas e isso pode ser um dosgargalos para o crescimento do segmento.“Com o desenvolvimento do setor torna-senecessário a criação de um centro de treina-mento para atender a demanda que vem cres-cendo a taxa elevada”, acrescenta.

Outra dificuldade destacada pela pre-sidente do sindicato da categoria é a ques-tão dos incentivos fiscais concedidos porestados vizinhos. Conceição Tavares contaque alguns estados chegam a praticar alíquotade 1% e até mesmo “zero por cento” para o

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AÇÃO/PNE Maria da Conceição,

do Sindiplast/RN,comemora osurgimento de novasempresas no estado

Plástico no RN- 57 empresas de transformação;- Consumo anual de 700 ton. de resinas;- Perfil por sistema de moldagem:

extrusão – 50%; injeção – 30%, esopro – 20%;

- Crescimento de 13% em 2010 comrelação a 2009;

- Previsão de aumento de produção naordem de 12% em 2011.

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ICMS no setor plástico. “Essa política tribu-tária traz sérias dificuldades para as empre-sas”, alerta. Ainda na questão fiscal a repre-sentante dos transformadores informa quepretende solicitar a presidente Dilma Rousseff,que tenha um olhar diferenciado para osrecicladores de plásticos, concedendo a isen-ção de IPI prometida pelo governo anterior.

Entre as expectativas com o novo go-verno, Conceição Tavares comenta que astaxas de juros para aquisição de máquinasdeveriam se manter como estavam, “nãohá motivos para que sofram alteração”.Outra atitude esperada é em relação aocâmbio, que de acordo com a presidentetem favorecido a importação de vários pro-dutos transformados, “em prejuízo ao nossoparque industrial”.

Para concluir a dirigente critica o re-sultado da reestruturação realizada no dosetor petroquímico no país, no ano passa-do. Ela comenta que o fato da Braskem ficarcomo a única produtora de matéria-prima,caracteriza o monopólio na segunda gera-ção. “Não entendemos a atitude do gover-no, através da Petrobrás, de ter liquidadotoda a concorrência”, destaca.

Em uma análise de 2010, o pre-sidente da Fiern, Flávio José Cavalcanti deAzevedo, destaca o ano foi de recuperaçãoda crise iniciada em 2008 e que se estendeuaté o período seguinte. Segundo ele, prati-camente todos os segmentos industriais cres-ceram em intensidade capaz de superar osimpactos negativos de 2009, “quando se com-para, por exemplo, a variação do consumode energia elétrica e da contratação de em-pregados com carteira assinada em 2009 e2010”, acrescenta. O dirigente salienta queo principal destaque do ano passado foi aconstrução civil, como decorrência da polí-tica nacional de estímulo à construção eaquisição de moradias. Na sequência, ele citaoutros dois segmentos que se destacaram,atrelados à própria cadeia de insumos daconstrução, como a extração de minerais nãometálicos (calcário, pedras ornamentais, ar-gilas, agregados para a construção, etc), e amanufatura de produtos que utilizam estasmatérias-primas, como cimento, e artefatosde cimento e concreto, artefatos de gesso,telhas, tijolos, aparelhamento de pedras, ar-tefatos de vidro, etc.

Para Azevedo, essa recuperação foi im-pulsionada pelo mercado interno. “Mas ati-

vidades dependentes de exportações ain-da enfrentam algumas dificuldades, umavez que os países ricos ainda não se recu-peraram totalmente”, comenta. O presiden-te observa que a cadeia de têxteis e con-fecções no estado é uma exceção, que nãose recuperou totalmente. “E isto se deve,tal como ocorre no âmbito nacional, aoproblema da sobrevalorização do real e àperda de competitividade no mercado ex-terno relativamente a produtos similaresde origem asiática”, explica.

Os investimentos realizados no estado,também auxiliaram na recuperação das in-dústrias da região. Além da construção demoradias, destacam-se o início das ativida-des de uma indústria de revestimentoscerâmicos, no município de Mossoró, o pro-cesso de implantação de uma mini-refinariade petróleo e a instalação do parque eólicoAlegria II, ambos no município de Guamaré.“Também foi iniciada a construção de umterminal pesqueiro em Natal. Não podemosdeixar de registrar que o porto de Natal e oTerminal Salineiro de Areia Branca passam porobras de melhorias e ampliação”,complementa Azevedo. Parte destes investi-mentos ainda está em andamento, e deveentrar em operação em 2011.

Mesmo com as restrições orçamentáriasanunciadas pelo Governo Federal e a elevaçãodos juros básicos pelo Banco Central, a Fiernfaz previsões positivas para 2011, levando-seem conta alguns fatores particularmente fa-voráveis ao Rio Grande do Norte. “O fato devirmos a sediar da Copa 2014 coloca o estadoem situação favorável em termos de recepçãode investimentos de infraestrutura de sanea-mento, estrutura viária, transportes, mobili-dade urbana, etc.”, acrescenta Azevedo. Ou-tro ponto favorável diz respeito ao volume deinvestimentos em geração eólica que devemser concretizados até 2013. O RN foi vence-dor em dois leilões, realizados no final de 2009e agosto 2010, que envolviam geração eólica.“Como resultado, devemos receber 53 par-ques eólicos com capacidade total de 1.470MW de potência. A instalação destes em-preendimentos deve ser iniciada agora em2011”, informa. Outros empreendimentosimportantes devem ser iniciados neste ano,como o estádio Arena das Dunas, em Natal,que vai abrigar os jogos da Copa de 2014,além da segunda etapa – com recursos pri-vados - do Aeroporto Internacional de SãoGonçalo do Amarante.PNE

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DESTAQUE Construção Civil

Nordeste emconstrução

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Onordeste brasileiro é um estadoque não para de crescer em diver-sas áreas. Mas é na construção oprincipal termômetro de desenvol-

vimento da região. Beneficiando-se de in-centivos fiscais dados pelos governos, in-dústrias dos mais variados segmentos vol-tam seus investimentos para estados comoCeará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia ePernambuco. Dados do ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior re-velam que os projetos privados da constru-ção industrial, já contratados para região,ultrapassam os R$ 2 bilhões. Além destas ini-ciativas é preciso considerar também asobras bancadas pelos próprios governos dosestados nordestinos, que também estimu-lam os investimentos da construção indus-trial. Empreendimentos em infraestruturahídrica, hidrelétrica e rodoviária transmi-tem confiabilidade à região.

Consultoria de Pernambuco especi-alizada na economia nordestina, aDatamétrica, chegou a resultados parecidoscom o do IBGE. Percebeu que durante a cri-se global, deflagrada em setembro de 2008,enquanto as outras regiões do país se re-traíram o Nordeste seguiu crescendo. O gru-po formado por Sergipe, Alagoas, Paraíba,

Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão tevecrescimento de 7,3% na arrecadação doICMS entre o início da crise e julho desteano. “De certa maneira, o Nordeste bancoua política anticrise de outras regiões brasi-leiras”, analisa o presidente da Datamétrica,Alexandre Rands Barros.

Os organismos ligados à construção civilacreditam que o Nordeste vai crescer aindamais até 2014. A região, por exemplo, é aque mais abriga sedes para a Copa do Mundode 2014. Das 12 cidades indicadas pela Fifa,4 são capitais nordestinas: Salvador, Recife,Fortaleza e Natal. Além das construções deestádios, haverá a contratação de obras deinfraestrutura. Para o ministro do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, MiguelJorge, a partir de 2010, “o Brasil, mas emespecial o Nordeste, virará um canteiro deobras. Serão quatro anos de obras, e maisobras, que irão transformar a região”, prevê.

Mas não é apenas a Copa 2014 queincentiva a construção civil na região. Doum milhão de casas previstas pelo pro-grama Minha Casa, Minha Vida, em todoo país, 1/3 serão construídas no Nordes-te. Para a região, estão previstas as cons-truções de mais de 343 mil residênciasdentro do programa, totalizando R$ 1,3

bilhão. Isso vai gerar um grande efeitomultiplicador em todos os setores da eco-nomia local, diz o vice-presidente da CBIC,concordando que o Nordeste é novoeldorado da construção civil no Brasil.

Crescimento acima doPIB brasileiro em 2011

Para a Câmara Brasileira da Indústriada Construção Civil (CBIC), o setor esperacrescer 6% em 2011 no país. De acordocom o presidente da CBIC, Paulo Safady,o valor é “mais que a indústria como umtodo e acima do índice esperado para oProduto Interno Bruto (PIB)”. Safady des-tacou que a expansão é “significativa por-que parte de uma base negativa em 2009e que, em 2010, foi de 11%”.

As obras do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC) e os megaeventos espor-tivos como a Copa do Mundo de 2014 e asOlimpíadas de 2016 “serão o motor do de-senvolvimento” do setor nos próximos anos,assegurou Safady. As declarações foram fei-tas após encontro do presidente da CBIC coma ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Na Bahia, a indústria da construçãocivil deverá crescer acima da média naci-onal em 2011, estimada em 6%. A Secre-taria da Indústria, Comércio e Mineraçãodo Estado (SICM) estima um índice emtorno de 8%, mais até do que outros seg-mentos industriais, impulsionado pelocrescimento do emprego.

Esta tendência de crescimento do se-

Em ritmo acelerado,indústria se destacaentre os setores daRegião e o plásticoamplia a suaparticipação nosegmento.

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DESTAQUE Construção Civil

tor da construção é confirmada pelaHidroplast, empresa produtora de componen-tes para construção civil, em Pernambuco. Aconvertedora explica que o governo federalestá direcionando investimentos para a re-gião, que tem grande potencial logístico eum mercado de grande consumo. Destaca queo estado tem como carro chefe o complexoportuário de Suape, além de outros grandesempreendimentos, como a Refinaria Abeu eLima e a montadora da FIAT.

Na carona deste crescimento segue oplástico, que está cada vez mais presentenesta área. A Hidroplast comenta que o se-tor está em constante desenvolvimento paraatender a grande demanda da construçãocivil. “Hoje é possível se construir uma casapraticamente em plástico com algumas ex-ceções de poucos itens e como o plástico édesenvolvido em alta tecnologia, seu cresci-mento tem se mostrado contínuo”, salienta.

Para a empresa, o setor da constru-ção é de grande importância para a indús-tria da terceira geração petroquímica doestado. “omo nossa cidade, Recife, é refe-rência em construções verticais no Brasil,a indústria pernambucana do plástico maisdo que nunca poderá consolidar o seu po-tencial nacionalmente, pois o foco de cres-cimento esta voltado para a nossa região”,destaca. Ainda de acordo com a Hidroplast,os transformadores do estado oferecem umamplo leque de produto para a área daconstrução civil, como tubos e conexões,forro em PVC, cadeiras plásticas, portas,esquadrias, entre outros.

O vice-presidente do Sindicato da In-dústria de Material Plástico do Estado dePernambuco (Simpepe), Walter Camara, co-menta que a construção civil é um mercadoem expansão nos estados do nordeste. EmPernambuco, em alguns segmentos, o cres-

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cimento desta indústria foi na ordem de 40%.Camara, que é fabricante de componen-

tes para construção civil, observa que ospolímeros, assim como outros materiais, am-pliaram a participação neste setor. “Calcula-mos que o crescimento foi de aproximada-mente 30% e com uma tendência de mantero crescimento neste ano ou até mesmo ummaior percentual, lembramos que o adventoda copa do mundo e também a chegada degrandes empresas ao estado vai aumentar ademanda na construção civil”, acrescenta.

Segundo o dirigente a indústria daconstrução tem um papel de grande impor-tância para os transformadores de plásticode Pernambuco. Destaca que o estado contacom várias empresas de transformação queproduzem especificamente componentes paraesta indústria e que estão preparadas para ocrescimento da demanda. “Muitas investi-ram em produtos que são consumidos no es-tado, os quais anteriormente vinham da re-gião sudeste”, salienta.

O vice-presidente destaca que a in-dústria pernambucana do plástico temmuito espaço para crescer em vários se-tores industriais. Neste sentido o Simpepe,vai intensificar, este ano, o apoio às em-presas locais na qualificação da sua mão-de-obra e na busca novas tecnologias paraampliar e qualificar a capacidade produ-tiva dos transformadores. Camara salientaainda que “a participação dos empresári-os no sindicato é muito importante, paraque possam acompanhar e trabalhar suasnecessidades utilizando toda a estruturadisponível para seu crescimento”.

Um milhão decasas estão previstasno Minha Casa, Minha Vida,das quais 1/3 serãoconstruídas no nordeste

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Artigo Por Miguel Bahiense Neto*

Brasil é um país com80% da população vi-vendo nas cidades. Ocrescimento demográfi-

co e o aumento do consumo pes-soal originaram problemasambientais e o grande desafio éconciliar toda essa crescente: mai-or poder econômico, maior capa-cidade de consumo, descarte e tra-tamento adequado de resíduos.

Por esse motivo, a nova ges-tão do Ministério do Meio Ambi-ente (MMA), na pessoa de IzabellaTeixeira, afirmou que voltará aten-ção especial para as questões ur-banas, com foco prioritário naproblemática do lixo e do sanea-mento básico. Os dois pontos es-tão diretamente ligados ao de-senvolvimento sustentável, ouseja, o bem-estar da sociedade ea preservação ambiental, basea-das na economia.

A questão do lixo, que esbar-ra no consumo e descarte respon-sável, assim como na destinação adequada dosresíduos (o que inclui reutilização e recicla-gem) terá sustentação com a Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos, que entra em vigor.Trata-se de um trabalho calçado na responsa-bilidade compartilhada entre a população, aindústria e o poder público para que a ques-tão do lixo deixe de ser um problema.

Já o saneamento básico é uma lacunaà espera de solução. A proposta do MMA deuniversalização deste serviço, em especial dacoleta e tratamento de esgoto, é urgentepara poder alterar o panorama da saúde nopaís. Segundo dados do Instituto Trata Bra-sil, 67,3 mil crianças menores de cinco anosforam internadas por diarréias nos 81 muni-cípios analisados. Mais de 50% desses casosacontecem em função de doenças relaciona-das à falta de saneamento básico adequado.

Ações de saneamento são considera-das preventivas para a saúde, quando garan-

A universalização dosaneamento básico no Brasil

tem a qualidade da água de abastecimento,a coleta, o tratamento e a disposição ade-quada de dejetos humanos. Além disso, osaneamento básico promove redução de cus-tos: de acordo com a Organização Mundialda Saúde (OMS), para cada 1 real investidoem saneamento básico, 4 reais são economi-zados em tratamentos de saúde.

A cadeia produtiva do PVC contribui como tripé do desenvolvimento sustentável, pro-movendo a qualidade de vida da população,a preservação ambiental e a economia. Trata-se do principal material utilizado nos proces-sos de saneamento, tratamento de esgoto,reutilização de água e revitalização de muni-cípios, já que é o plástico de maior vocaçãosocial por atender estas carências imediatasda sociedade. O PVC é o principal produtoutilizado no saneamento básico e área médi-ca. Isso porque o custo-benefício que pro-porciona é vantajoso: o PVC oferece resistên-

cia e eficiência técnica na aplica-ção e, ainda, economia frente aoutros materiais, como menor cus-to de manutenção.

Além disso, apesar de ser umdos três plásticos mais utilizadosdo mundo, o PVC é também umdos menos presentes nos aterrossanitários. Isso porque a maioriados produtos de PVC é de longavida útil (os tubos de PVC durammais de 50 anos). O produto é100% reciclável e é reciclado.Em 2007, 17% do PVC descar-tado em aplicações como emba-lagens, fios e cabos, por exem-plo, foram reciclados. O númeroé bastante significativo consi-derando que na União Européia,o índice de reciclagem mecâni-ca de todos os plásticos foi de18,6%, no mesmo período.

O PVC é o único plástico quenão é totalmente originado dopetróleo, já que 57% de seu pesotêm como matéria-prima o sal ma-

rinho, um recurso inesgotável na natureza.Adicione-se a isso o fato de que a cadeiaprodutiva do PVC investe pesado em inova-ções. O Brasil detém hoje, por exemplo,tecnologia de ponta para substituir os 43%de petróleo que o compõe por cana-de-açú-car, ou seja, o PVC 100% derivado de recur-sos naturais inesgotáveis, atendendo o ladoambiental do desenvolvimento urbano.

O futuro é de oportunidades e desafi-os. A cadeia produtiva do PVC vem fazendoa sua parte no que diz respeito a promoverações e tecnologias sustentáveis e que aten-dam às necessidades do Brasil atual. Se osdesafios estão presentes, devemos encará-los como parte do esforço para que o paíspossa crescer de forma responsável e se fir-mar cada dia mais como um país de pontano mundo global.

*Presidente do Instituto do PVC

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Energia

apagão que atingiu oito estados do Nordeste, no diatrês de fevereiro, paralisou o Polo Industrial de Camaçari,na Bahia, considerado o maior complexo industrial inte-grado do hemisfério sul, que é responsável por 33% do

Produto Interno Bruto (PIB) baiano. A falta de energia além deobrigar a evacuação dos funcionários das empresas instaladas nocomplexo, por motivo de segurança, também causou prejuízos fi-nanceiros. As 90 empresas do polo levaram em torno de cinco diaspara retornar às suas atividades. A parada na produção gerou umprejuízo estimado em R$ 30 milhões por dia.

O engenheiro eletricista, pós graduado em Gestão Técnica deConcessionárias de Energia Elétrica, Raul Bahia, explica que o apagãono Polo de Camaçari, teve como causa um problema no sistema datransmissão de energia. “Isto significa que o problema hoje não de-corre da falta de capacidade para gerar a energia, como ocorreu em2001, mas sim por dificuldades de fazê-la chegar até o consumidor, ouseja, o problema agora está no transporte da energia”, acrescenta.

Para explicar a paralisação das empresas no Polo de Camaçari,o engenheiro observa que o complexo segue a estratégia decompartilhamento de infraestrutura elétrica pelos seus integran-tes, que é um sistema usual em centros industriais semelhantes. Nocaso, a Braskem é a empresa líder, responsável pelo fornecimento

Entenda o que acontece na região ondeos sistemas emergenciais de energianão evitaram a paralisação da produçãoe funcionários foram retirados docomplexo por motivo de segurança.

de insumos básicos às demais indústrias, inclusive energia elétri-ca. Ela importa energia do sistema de transmissão, utilizando ape-nas para o seu consumo. No desenvolvimento de sua produção, elagera energia, através de um processo chamado cogeração. Estaenergia da cogeração, que é fornecida às demais companhias dopolo. “Assim, somente a empresa líder está conectada à rede básicado sistema elétrico”, acrescenta Bahia.

Como consequência deste sistema de compartilhamento, quan-do há uma paralisação do processo produtivo da empresa líder,para também a cogeração de energia, afetando todas as Indústri-as. Assim, mesmo que um sistema auxiliar de emergência tivesse apotência necessária para manter o processo produtivo normal, po-deria não evitar a interrupção momentânea do processo industrial,que pode levar horas para a normalização das atividades. “Por istoé fundamental definir e formalizar os requisitos de qualidade e deconfiabilidade, através de acordo operativo, com a transmissorade energia que abastece a empresa líder”, alerta.

Ainda de acordo com o engenheiro, os sistemas de emergên-cia instalados nas indústrias ajudam a evitar acidentes relaciona-dos à interrupção do fornecimento de energia. Mas, normalmente,não são suficientes para manter a cadeia produtiva em situaçãonormal de funcionamento, que fica comprometida em casos de lon-ga interrupção do fornecimento de suprimentos, como acontecenos casos de gases e vapor para as máquinas. Como a produçãoindustrial do polo é integrada, o restabelecimento do funciona-mento das diversas indústrias é gradual, a partir da normalizaçãodo fornecimento destes suprimentos.

SegurançaDe acordo com o diretor do Sindicato dos Químicos e Petro-

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Apagão paraPolo de Camaçari

Por Gilmar Bitencourt

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leiros da Bahia, Carlos Itaparica, a falta energia parou o polo einterferiu na manipulação de reagentes químicos considerados pe-rigosos. Por precaução, a ordem foi de que todos os funcionários,com exceção dos que trabalham diretamente no processo produtvio,fossem dispensados.

Segundo o presidente do Comitê de Fomento Industrial deCamaçari (Cofic) e vice-presidente de Petroquímicos Básicos da Braskem,Manoel Carnaúba, a interrupção do fornecimento da energia causouuma paralisação parcial da produção, mas de acordo com o Plano deContingência do Polo (PCP), por questões de segurança, as vias deacesso ao complexo foram bloqueadas permitindo apenas a entrada defuncionários diretamente ligados à área da produção que poderiamminimizar os danos do apagão e restabelecer o fornecimento de utili-dades essenciais – como vapor, nitrogênio e ar comprimido – às em-presas do polo. “A evasão foi preventiva e é um dos procedimentos desegurança previamente estabelecido pelas indústrias para casos comoesse. Vale destacar que, durante os dias de paralisação, não foi regis-trado nenhum acidente ou vazamento de produto em qualquer dasempresas do polo”, acrescenta o presidente.

Carnaúba destaca que o Polo de Camaçari dispõe de sistema degeração própria de energia, que funciona de maneira conjugada como suprimento externo, mas que não foi suficiente para um prazo tãolongo de falta de energia. “Nossa principal preocupação foi parar eretornar os processos produtivos com segurança”, conta. Ele explicaque no caso de falha do fornecimento externo, como aconteceu, sãoacionados automaticamente sistemas de proteção, que cortam a ener-gia para áreas não essenciais (administrativas, por exemplo), priorizandoo atendimento dos setores operacionais e o funcionamento dos siste-mas de controle de emergência.

Diante do ocorrido, o presidente do Comitê informa quetodas as situações decorrentes da interrupção do fornecimentoexterno de energia elétrica para o polo estão sendo avaliadas, deforma sistêmica, pelas equipes técnicas das empresas e pelo Cofic.Segundo ele, o objetivo é identificar eventuais vulnerabilidadese oportunidades de melhoria, para que situações como essa nãovoltem a se repetir no futuro.

AgilidadeNa ocasião do apagão a Braskem teve um desempenho exemplar

na evacuação do pessoal, destacado pela imprensa, retirando os fun-cionários com rapidez. De acordo com Carnaúba, a boa atuação dapetroquímica é o resultado de um forte investimento em segurança,tanto em equipamentos quanto na estruturação de processos e notreinamento continuado das equipes. “Essa constante busca pormelhoria e atualização fez com que as equipes soubessem exatamentecomo agir, seguindo o plano de contingência e decidindo pela eva-são, como medida preventiva, no momento correto”, observa. Falaainda que a medida também foi adotada pelo Cofic, que orientou asdemais empresas do polo a adotarem o mesmo procedimento.

De acordo com o presidente, em qualquer situação de emergên-cia no polo, decorrente ou não de falta de energia, todas empresas docomplexo seguem as orientações do PCP, que define os níveis de emer-gência e as ações correspondentes a serem tomadas pelas empresas, deacordo com o grau de severidade de cada situação. Se a emergênciapuder ser controlada internamente pela própria empresa, ela apenasinforma o que está ocorrendo às demais que operam no complexo

industrial. Caso as avaliações técnicas dos acontecimentos apontarempara algo com potencial de afetar empresas vizinhas, ela aciona oPlano de Auxílio Mútuo (PAM), através do qual passará a contar com osuporte adicional (brigadistas, viaturas de combate a incêndio, am-bulâncias etc) das empresas vizinhas ou de todo o complexo industri-al, se isto for necessário, para o controle da emergência.

No caso do apagão o executivo conta que as avaliações técnicasindicaram a necessidade de acionamento do PAM, o que implica, porquestões de segurança, no bloqueio das vias de acesso ao Polo. “Nestecaso, não houve necessidade de deslocamento de viaturas para qual-quer local específico, por ter sido uma decisão de caráter essencial-mente preventivo e não envolvia qualquer evento adicional (vazamen-tos, incêndio, etc) à paralisação das atividades das empresas que ope-ram no complexo básico”, salienta.

Para aprimorar o sistema de segurança do complexo, Carnaúbadestaca que é necessário manter um programa de treinamentoalinhado, compartilhado entre as empresas do polo, com o Cofice demais órgãos, como as polícias rodoviária e militar, que serãoorientadas sobre as ações a serem tomadas, como bloqueio dapista e orientação do trânsito. “O Cofic será responsável por co-municar as decisões às empresas, que por sua vez, informarão asdecisões aos seus funcionários”, destaca. No caso individual, aempresa investe nos seus processos de segurança, o que incluium treinamento para situações isoladas, que acontecem dentrodas dependências de suas unidades industriais.

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Segurança Por Edison Bittencourt e Ricardo Guedes Bernardes*

sistema de gestão emsegurança do trabalhoé essencial nas empre-sas, pois é fator de

melhor condição de trabalho erendimento dos colaboradores,bem como, é obrigatório, tantopor legislação trabalhista atravésdo Art. 157 da CLT e da Lei N°6514/1977, sendo esta última re-gulamentada pela normas da por-taria N° 3214/1978, quanto porlegislação previdenciária. Tam-bém, é um fator de ação na ad-ministração de perdas por pos-síveis ações trabalhistas, aciden-tes, doenças, interdições, embar-gos, onde estas devem ser admi-nistradas e minimizadas. Com re-lação a responsabilidade socialentão é primordial começar pelasegurança no trabalho.

No sistema de gestão paraempresas tem que ser considera-dos nos protocolos básicos: oenquadramento na CIPA(NR 5 – Co-missão Interna de Prevenção de Acidentes),o SESMT(NR 4 –Serviço Especializado em En-genharia de Segurança e Medicina do Traba-lho), o PCMSO(NR7 – Programa de ControleMédico de Saúde Ocupacional), o PPRA (Pro-grama de Prevenção de Riscos Ambientais),o PPCI(Plano de Prevenção Contra Incêndio),e a adequação quanto a NR11 que trata dotransporte, movimentação, armazenagem emanuseio dos materiais. No setor de plásti-co ressaltamos ainda a gestão de segurançaem máquinas injetoras onde a legislação foiatualizada em 2010, O uso e armazenagemde produtos químicos, a avaliação daergonomia, e em alguns casos de riscos acen-tuados de acidentes nos trabalhos em alturaem virtude do porte de equipamentos.

Com relação especificamente a com-posição do quadro técnico do SESMT, sãolevados em conta 3 fatores para determinara formação deste: o CNAE(Código Nacionalde Atividade Empresarial), o grau de Riscoda atividade determinado pelo CNAE, e o

Sistema de segurança no trabalho eganhos por controle de perdas

número de trabalhadores da empresa. Porexemplo: uma empresa que tem o CNAE22.21.8 onde atividade é de fabricaçãode laminados planos e tubulares plásticos,o grau de risco é 3(quadro I da NR4); etendo entre 101 e 250 funcionários deveráter um técnico de segurança do trabalho(quadro II da NR4). Outro exemplo: umaempresa que tem o CNAE 22.22.6 onde ati-vidade é de fabricação de embalagens dematerial plástico, o grau de risco é 3(qua-dro I da NR4); e tendo entre 501 e 1000funcionários deverá ter 5(cinco) técnico desegurança do trabalho, um engenheiro desegurança do trabalho, e um médico dotrabalho(quadro II da NR4), sendo estes doisúltimos profissionais com carga-horária di-ária mínima de 3(três) horas diárias e ostécnicos com carga-horária integral.

Outro fator essencial na indústria deplástico é a prevenção contra incêndio, sen-do esta uma legislação de fiscalização reali-zadas mais por bombeiros e agentes munici-

pais, mas também está relaciona-da também na NR-23(ProteçãoContra Incêndio) da legislação tra-balhista. Um dos cuidados quedevemos ter na gestão de preven-ção é termos e implementarmos oPPCI(Plano de Prevenção ContraIncêndio) onde constará a carac-terização da empresa, o tipo deprodutos processados e finais, eindicará os equipamentos e trei-namentos necessários ao cumpri-mento dele, tais como, número etipo de extintores, necessidade derede de hidrantes e quantidade dearmazenamento de água. Este pla-no deve ser elaborado por pro-fissional habilitado conforme le-gislação vigente. Salientamosquanto ao treinamento a obriga-toriedade da Brigada de Incên-dio onde farão parte os própriosfuncionários da empresa, treina-dos por profissional capacitado.Quanto a situação de emergên-cia de incêndio a empresa que

não tem estas capacitações, a soluçãoquando ocorre o sinistro é evacuar a áreao mais rápido possível , afastando o má-ximo possível estes colaboradores, e cha-mar o corpo de bombeiros local. Se noincêndio ocorrerem óbitos ou mutilaçõesos responsáveis pela empresa serão in-diciados em processos cabíveis.

Atualmente, falamos muito em respon-sabilidade sócio-ambiental, em qualidade deproduto, e buscamos resultados positivosnas organizações, e constamos, nos elemen-tos acima descritos, que estes passam poruma gestão de perdas em segurança no tra-balho. Louvamos as empresas e os gestoresque nas suas atividades e elementos de ges-tão valorizam, os resultados na atividade ea vida de seus colaboradores, pois assimestarão respeitando a si próprios.

*Engenheiros Mecânicos ede Segurança do Trabalho

Apessoa Consultoria - Tel.30726143

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Painel da Indústria

mpreendedorismo é a palavra que de-fine empresas como a Braspack, fa-bricante de embalagens flexíveis dogrupo argentino Inplast, localizada

em Ipojuca (PE). Em cinco anos, os filmesde PVC para alimentos da companhia chega-ram a 39 países nas Américas e no Oriente,mercado que consome mais da metade dacapacidade produtiva da Braspack. O grupoargentino Inplast atua na produção ecomercialização de produtos plásticos hámais de 60 anos e começou suas ativida-des exportando bandejas rígidas para a Amé-rica do Sul. Segundo Sidney Moreira, ge-rente de Comércio Exterior da Braspack, aempresa aproveitou esse contatos comer-ciais que já estavam consolidados pelo gru-po argentino e começou a exportar.

O segundo passo da empresa brasilei-ra foi prospectar novos clientes, princi-palmente em feiras internacionais, o quefoi possível com o apoio do Programa

Filmes de PVC daBraspack já

chegaram a 39países nas Américas

e no Oriente

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Meta da Braspack éa diversificação dapauta de exportações

Export Plastic, ao qual é associada desde2004. “Com certeza, não chegaríamos a essenúmero de clientes sem o apoio do Progra-ma Export Plastic, que nos oferece oportu-nidades de participação em feiras, cursos,eventos, Projeto Comprador, pesquisas demercado – todas essas ferramentas tornama empresa mais capacitada para atuar nomercado externo”, afirma Moreira.Sydney Moreira explica que a Braspack vaibuscar a diversificação de seus produtos em2011, a fim de diminuir os riscos de expor-tação, decorrentes de questões que afetamos exportadores brasileiros, como o custoBrasil e as deficiências na infraestrutura dopaís. Outro entrave destacado por Moreirapara as exportações são as taxas cambiaissupervalorizadas, que ocasionam a perda dacompetitividade brasileira frente aos produ-tos similares fabricados em outros países.“Estas taxas encarecem os produtos brasilei-ros, fato que associado à valorização do real

resulta na competitividade lá fora”, desta-cou. E completa: “Sem dúvida, 70% dos en-traves às empresas nacionais que exportamtêm a ver com as taxas cambiais.” A Braspackregistrou um aumento de 20% em suas ex-portações em 2010 com relação ao volumecomercializado em 2009 e pretende manteressa taxa em 2011.

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A Amanco Brasil mudou sua denomina-ção para Mexichem Brasil, e incorporará asoutras empresas da Mexichem no Brasil:Bidim, Plastubos e Doutores da Construção.

A Amanco Brasil é hoje uma das empre-sas da Mexichem, grupo mexicano de em-presas químicas e petroquímicas, líder naAmérica Latina nas cadeias produtivas doflúor e do cloro-vinil. Esta unificação é oápice de um processo de integração que vemocorrendo gradualmente nos últimos anos.

Segundo Marise Barroso, que já co-mandava as quatro empresas e agora assu-me o cargo de presidente da MexichemBrasil, a criação desta nova companhia faz

parte da estratégia corporativa global daMexichem de integração vertical de suacadeia produtiva, com o objetivo de res-ponder às necessidades da indústria quí-mica tanto no relacionamento com clien-tes corporativos como com o consumidorfinal, por meio de suas marcas comerciais.“Esta mudança contribui também para ace-lerar o crescimento e fortalecer a atuaçãodo Grupo no Brasil”, declara Marise.

As marcas comerciais e suas respecti-vas estratégias serão mantidas. As três mar-cas comerciais – Amanco, Plastubos e Bidim– tiveram um crescimento muito expressivoem 2010, e, somadas, as suas vendas, repre-

sentam um crescimento de 18% em compa-ração a 2009, enquanto o aumento na ven-da de materiais básicos para construção noano passado foi de 9,28% segundo a Abramat(Associação Brasileira da Indústria de Mate-riais de Construção).

Amanco Brasil muda e acelera

seu crescimento em 2011 DIV

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MuralSuape precisa deR$ 5 bi até 2014A diretoria do Complexo IndustrialPortuário de Suape calcula que vaiprecisar investir R$ 5 bilhões em obrasde infraestrutura, até 2014. Os recursosvão garantir a implantação de grandesempreendimentos como a montadora deveículos da Fiat, a Companhia Siderúrgi-ca Suape (CSS), o cluster naval e outrosnegócios captados pelo maior polo deatração de empreendimentos do Brasil.Antes de colocar as obras na rua, odesafio será viabilizar a engenhariafinanceira para trazer o dinheiro paradentro do caixa. Durante apresentaçãoda equipe da Secretaria de Desenvolvi-mento, o presidente de Suape e titularda pasta, Geraldo Júlio, adiantoualgumas das estratégias para tentarcaptar os recursos. Para garantir aimplantação de grandes indústrias,Suape precisa fazer investimentos naconstrução de novos cais (a previsão éfazer do 6 ao 9), estradas, terraplenagemde grandes terrenos e dragagem para ocluster naval. Só a dragagem para oEstaleiro Promar S.A., por exemplo, vaicustar R$ 108 milhões.Geraldo Júlio espera que parte dosrecursos, de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões,venha da iniciativa privada, para projetosestruturantes, como a construção determinais, que teriam concessão dogoverno do Estado e arcariam com osinvestimentos. O governo do Estado, quenos últimos quatro anos aplicou R$ 350milhões em Suape, deve subir a aplicaçãoem mais de 40%, alcançando R$ 500milhões. “Não queremos usar o caixa doEstado com tanta voracidade, por issovamos buscar outras alternativas definanciamento”, observa. Outros R$ 500milhões deverão vir da antecipação dereceitas portuárias pela Petrobras, quecomeçará a operar a Refinaria Abreu eLima em 2013. A diretoria de Suapetambém aposta na inabilidade de outrosEstados na captação de recursos dasegunda fase do PAC para dobrar oorçamento do programa para o Estado,estimado em R$ 400 milhões. “Outraalternativa será buscar empréstimo nomercado, principalmente no BNDES”,adianta Júlio, estimando a necessidadede captação em R$ 1 bilhão.

Oxiteno totalizou vendas de 170 miltoneladas no 4º trimestre de 2010A Oxiteno, braço químico da Ultrapar, totalizou vendas de 170 mil toneladas no4º trimestre de 2010, resultado 6% inferior ao mesmo intervalo do ano anterior. Aqueda, segundo a Ultrapar, foi decorrência da parada para manutenção naunidade de Camaçari, concomitante à parada da fábrica da Braskem, fornecedorado complexo baiano. A receita líquida da Oxiteno no trimestre somou R$ 524milhões, com alta de 4% em igual comparação. A elevação é explicada pelarecomposição gradativa dos preços na cadeia. O Ebitda da empresa no trimestrecresceu 44% em igual comparação, para R$ 54 milhões.

Petroquímica de Suape pode ter sócio estrangeiroA Petrobras admite entregar a um sócio estrangeiro o controle da CompanhiaPetroquímica de Pernambuco (Petroquímica de Suape). A medida, que envolveria atransferência de até 60% do projeto, será tomada caso a Odebrecht, sócia daestatal na Braskem, confirme a decisão de não entrar no empreendimento. Odiretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa confirma que aguardará atédezembro, para iniciar entendimentos sobre Suape.

Petrobras vai instalarterminal de GNL na BahiaA Petrobras assinou recentemente, oprotocolo de intenções com o governo daBahia para implantar um Terminal deRegaseificação de Gás Natural Liquefeito(GNL) da Bahia (TRBA). A obra estáprevista para começar em março de 2012.A unidade vai regaseificar 14 milhões dem3 de gás natural por dia, o que levará opaís a somar 35 milhões de m3 por dia,volume superior aos 31 milhões importadosda Bolívia atualmente. O novo terminal seráinstalado na Baía de Todos os Santos, oque, segundo a Petrobras, agregaráflexibilidade à operação da malha degasodutos e possibilitará, se necessário, aexportação para a região SudesteA construção do terminal, que faz partedo PAC, deve ser concluída em agosto de2013 e vai ter 80% de nacionalização. A

previsão é que o investimento, de US$706 milhões, gere 850 empregos diretose 2,4 mil indiretos. Atualmente, o paístem dois terminais de GNL, um emPecém, no Ceará, com capacidade de 7milhões de m3 por dia, e o outro na Baíade Guanabara, no Rio de Janeiro, capazde regaseificar 14 milhões de m3 por dia.Para o terminal da Bahia, está previstoo sistema de atracação side-by-side - emque o navio supridor, terá conexãodireta com o navio regaseificador, quepassa o GNL do estado líquido para ogasoso. O combustível será injetado namalha de gasodutos por meio de umduto de 49 quilômetros de extensão,15 deles em trecho submarino. Hoje,só dois terminais no mundo operamnessa configuração: o de Bahia Blanca,na Argentina, e o de Dubai, nosEmirados Árabes Unidos.

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Indústria Anhembivai investir em torno deR$ 2 milhões na BahiaA Indústria Anhembi, fabricante datradicional marca de água sanitáriaQboa, anunciou que vai investir cerca deR$ 2 milhões na unidade do CentroIndustrial de Aratu (CIA), em SimõesFilho, Bahia. Segundo Samuel Noronha,diretor geral das Indústrias Anhembi, oprincipal objetivo da expansão é atendera demanda das classes C, D e E. Oinvestimento de R$ 2 milhões seráaplicado principalmente na aquisição demáquinas para ampliação da linha deprodução, do quadro de funcionários(25%) e na capacitação e treinamento

dos colaboradores para operação denovos equipamentos e tecnologias. Emdezembro de 2009, a fábrica da Qboa foireaberta e mais de 100 operários volta-ram ao trabalho. A reabertura só foipossível graças à intervenção direta doGoverno do Estado, que promoveu umaredução de 7% na taxação dohipoclorito de sódio - principal insumoda indústria - e com a articulação com aBraskem para que garantisse o abasteci-mento de polietileno, matéria-prima paraas embalagens, com o mesmo preçopraticado em São Paulo. A Embasa, porseu turno, também promoveu umanegociação favorável para o fornecimen-to de água industrial.

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Braskem acelera nova fábricapara atender demanda de PVCApesar de oficialmente as obras começarem apenas em abril, aBraskem já começou a tirar do papel a nova fábrica de PVC, nomunicípio de Marechal Deodoro, em Alagoas. O investimento deR$ 1 bilhão permitirá acrescentar 200 mil toneladas de PVC porano à atual capacidade da companhia. As operações da novaunidade começam no primeiro semestre de 2012. “A nossaprodução atual não comportava o salto necessário para suprir osetor. Até 2014, há grandes expectativas de crescimento domercado de PVC”, afirmou ao Valor o diretor de negócios dePVC da Braskem, Marcelo Cerqueira. “O segmento cresceu. Hoje,calculamos que a demanda no mercado brasileiro está próximaao patamar de 1 milhão de toneladas de PVC por ano, incluindoas importações, e o consumo deve avançar de 5% a 6% aoano”, acrescentou o executivo.

Basf escolhe Camaçari parainstalar complexo acrílico no BrasilO polo de Camaçari foi escolhido pela Basf, para sediar oprojeto de ácido acrílico a ser construído no Brasil. Ocomplexo será composto por uma unidade de produção deácido acrílico, insumo utilizado para abastecer outras duaslinhas de produção, de acrilato de butila e polímerossuperabsorventes (SAP). Em comunicado publicado, a Basfdestacou que a confirmação do projeto ainda está atreladaà conclusão de um estudo de viabilidade. A conclusão doestudo de viabilidade ocorrerá até o final deste ano.

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Nacionais

ForInd Nordeste 2011 - IIFeira de FornecedoresIndustriais da Região NordesteDe 12 a 14 de abrilCentro de Convenções dePernambuco – Recife/Olinda (PE)www.forind.com.br/ne/br

Brasilplast 2011 – 13ª FeiraInternacional da Indústria do PlásticoDe 09 a 13 de maioPavilhão de ExposiçõesAnhembi – São Paulo (SP)www.brasilplast.com.br

Feimafe 2011 - Feira Internacionalde Máquinas-Ferramenta eSistemas Integrados de Manufatura23 a 28 de maioPavilhão de ExposiçõesAnhembi – São Paulo (SP)www.feimafe.com.br

Fispal Tecnologia 2011De 07 a 10 de junhoPavilhão de Exposições Anhembiwww.fispal.com

Plastech Brasil 2011 – Feira deTecnologias para Termoplásticos eTermofixos, Moldes e EquipamentosDe 16 a 19 de agostoParque Mário BernardinoRamos (Parque de EventosFesta da Uva) – Caxias do Sul (RS)www.plastechbrasil.com.br

Embala Nordeste 2011 -Feira Internacionalde Embalagens e ProcessosDe 23 a 26 de agosto

Centro de Convenções dePernambuco – Recife/Olinda (PE)www.greenfield-brm.com

Fispal Bahia – Feira Internacional deProdutos, Embalagens, Equipamentos,Acessórios e Serviços para AlimentaçãoDe 18 a 21 de outubroCentro de Convenções daBahia – Salvador – Bahia.www.fispalbahia.com.br

Fimmepe – 16ª Feira da IndústriaMecânica, Metalúrgica e deMaterial Elétrico de PernambucoDe 17 a 21 de outubroCentro de Convenções dePernambuco – Recife/Olinda (PE)www.mecanicanordeste.org.br

Internacionais

InterplásticaDe 25 a 28 de janeiroMoscow – Rússiawww.interplastica.de

Plásticos - Exposição Internacional daIndústria do Plástico de Buenos Aires27 a 30 de junhoBuenos Aires – Argentina

Interpack - Evento Internacionalde Embalagem e Processamento12 a 18 de maioDusseldorf – Alemanhawww.interpack2011.com.br

Chinaplas – Feira ComercialAsiática de Plásticos e BorrachasDe 17 a 20 de maioGuangzhou – Chinawww.chinaplasonline.com

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Activas # Pág. 09

Apema # Pág. 02

Daimex # Pág. 19

Embala Nordeste # Pág. 21

FCS # Pág. 28

Incoe # Pág. 11

Itatex # Pág. 27

Olifieri # Pág. 14

Plastech # Págs. 16 e 17

Rosciltec # Pág. 14

Sasil # Pág. 05

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