PnP 25 - Oficina de manutenção de informática · res da Revista PnP, veremos neste presente...

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10 Revista PnP nº 25 ADMINISTRAÇÃO www.revistaPnP.com.br Nesses 5 anos de vida da Revista PnP (até o momen- to) foram publicados diversos artigos sobre a profissão do técnico de informática e a administração de empresas do ramo. Alguns desses artigos fazem parte desta “Série Ouro” da Revista PnP, inclusive nesta presente edição, sendo que a relação completa dos artigos já publicados pode ser encon- trada em nosso site, na página www.thecnica.com/pnp, onde estão os resumos dos conteúdos de todas as edições lançadas. Nos artigos que publicamos sobre a profissão do téc- nico de informática procuramos incorporar o conhecimento que fomos reunindo ao trabalhar nesse ramo e em outros similares durante mais de 30 anos. Primeiro foi na monta- gem, conserto e instalação de aparelhos eletrônicos, em es- pecial dos aparelhos de som, lá pelo início dos anos 70. De- pois vieram os equipamentos de CAD, em meados dos anos 80, seguidos pelos sistemas de editoração eletrônica e, pos- teriormente, com os computadores e seus periféricos em to- das as aplicações pessoais e empresariais. Seguindo o nos- so objetivo de compartilhar informações úteis para os leito- res da Revista PnP, veremos neste presente artigo o que con- sideramos ser importante na montagem de uma oficina de trabalhos de informática. Analisaremos estes aspectos: 1 – Definição do público-alvo (a seguir); 2 – Escolha do local (pág. 11); 3 – Abertura da firma (pág. 12); 4 – Instalações da oficina (pág. 12); 5 – Esquema de atendimento (pág. 15); 6 – Questões sobre a Ordem de Serviço (OS, vide pág. 16). Analisemos então estes temas e outros tantos: oa parte dos brasileiros quer ter seu próprio negócio e dizer adeus ao patrão. Com efeito, esse tipo de iniciativa pode ser uma boa saída para a falta de bons empregos, tão difíceis em nosso país, apesar de certos políticos garantirem estar tudo às mil maravilhas. Para quem deseja entrar no ramo, ou para quem já está nele mas quer melhorar, preparamos este roteiro com dicas e sugestões. 1 – DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO Uma oficina de informática é, antes de mais nada, um negócio e produto como outro qualquer, e como tal está igualmente sujeito às regras de mercado. Mandam os bons procedimentos de marketing que, ao estudar o lançamento de um produto, a primeira providência seja definir qual é o público-alvo do mesmo, ou seja: quem vai comprar, como vai usar, onde estará disponível e o que este produto deve ter para atender às expectativas deste público. Já analisamos este assunto na Revista PnP nº 3, no artigo “Como conquistar e manter clientes”, que também faz parte desta presente edição (vide pág. 38). De tudo o que ali está dito, queremos ressaltar que existem dois tipos básicos de público para as oficinas de informática: as pessoas físi- cas e as pessoas jurídicas, e a estratégia para abordar cada um destes públicos é completamente diferente. A maioria dos técnicos que conheço começaram trabalhando em casa, aten- dendo aos amigos e familiares. Com o tempo, a quantidade de atendimentos aumentou, até chegar o ponto em que re- solveram abrir suas oficinas e fazer desta atividade sua pro- fissão. Ou seja, o técnico começa atendendo pessoas físicas e, na seqüência, estas mesmas pessoas físicas é que chama- rão o técnico para atender nas empresas. Daí em diante o pro- fissional será praticamente forçado a optar por que tipo de público vai atender, pois as exigências são bem distintas. Certo, mas o que é que esta conversa toda tem a ver com a sua oficina? É que para atender às empresas o local (“ponto”) não costuma ser tão importante pois, em geral, é o técnico que vai até o local do atendimento. No caso de pes- soas físicas, na maior parte das vezes são estas que se des- locam até a oficina do técnico e devem, antes de mais nada, saber da existência daquele estabelecimento e, quando o pro- curarem, precisam ter um mínimo de conforto e sentir aquela sensação de que ali se trabalha a sério. Existe também a questão da divulgação. Uma ofici- na que atenda principalmente às pessoas físicas precisa ter um ponto bom, em local de movimento e com instalações que chamem a atenção dos passantes. Já no caso de atendi- B

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10 Revista PnP nº 25

ADMINISTRAÇÃO

www.revistaPnP.com.br

Nesses 5 anos de vida da Revista PnP (até o momen-to) foram publicados diversos artigos sobre a profissão dotécnico de informática e a administração de empresas doramo. Alguns desses artigos fazem parte desta “Série Ouro”da Revista PnP, inclusive nesta presente edição, sendo quea relação completa dos artigos já publicados pode ser encon-trada em nosso site, na página www.thecnica.com/pnp, ondeestão os resumos dos conteúdos de todas as edições lançadas.

Nos artigos que publicamos sobre a profissão do téc-nico de informática procuramos incorporar o conhecimentoque fomos reunindo ao trabalhar nesse ramo e em outrossimilares durante mais de 30 anos. Primeiro foi na monta-gem, conserto e instalação de aparelhos eletrônicos, em es-pecial dos aparelhos de som, lá pelo início dos anos 70. De-pois vieram os equipamentos de CAD, em meados dos anos80, seguidos pelos sistemas de editoração eletrônica e, pos-teriormente, com os computadores e seus periféricos em to-das as aplicações pessoais e empresariais. Seguindo o nos-so objetivo de compartilhar informações úteis para os leito-res da Revista PnP, veremos neste presente artigo o que con-sideramos ser importante na montagem de uma oficina detrabalhos de informática. Analisaremos estes aspectos:1 – Definição do público-alvo (a seguir);2 – Escolha do local (pág. 11);3 – Abertura da firma (pág. 12);4 – Instalações da oficina (pág. 12);5 – Esquema de atendimento (pág. 15);6 – Questões sobre a Ordem de Serviço (OS, vide pág. 16).

Analisemos então estes temas e outros tantos:

oa parte dos brasileiros quer ter seu próprionegócio e dizer adeus ao patrão. Com efeito,esse tipo de iniciativa pode ser uma boa saída

para a falta de bons empregos, tão difíceis em nossopaís, apesar de certos políticos garantirem estar tudoàs mil maravilhas. Para quem deseja entrar no ramo,ou para quem já está nele mas quer melhorar,preparamos este roteiro com dicas e sugestões.

1 – DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO

Uma oficina de informática é, antes de mais nada, umnegócio e produto como outro qualquer, e como tal estáigualmente sujeito às regras de mercado. Mandam os bonsprocedimentos de marketing que, ao estudar o lançamentode um produto, a primeira providência seja definir qual é opúblico-alvo do mesmo, ou seja: quem vai comprar, comovai usar, onde estará disponível e o que este produto deveter para atender às expectativas deste público.

Já analisamos este assunto na Revista PnP nº 3, noartigo “Como conquistar e manter clientes”, que também fazparte desta presente edição (vide pág. 38). De tudo o que aliestá dito, queremos ressaltar que existem dois tipos básicosde público para as oficinas de informática: as pessoas físi-cas e as pessoas jurídicas, e a estratégia para abordar cadaum destes públicos é completamente diferente. A maioria dostécnicos que conheço começaram trabalhando em casa, aten-dendo aos amigos e familiares. Com o tempo, a quantidadede atendimentos aumentou, até chegar o ponto em que re-solveram abrir suas oficinas e fazer desta atividade sua pro-fissão. Ou seja, o técnico começa atendendo pessoas físicase, na seqüência, estas mesmas pessoas físicas é que chama-rão o técnico para atender nas empresas. Daí em diante o pro-fissional será praticamente forçado a optar por que tipo depúblico vai atender, pois as exigências são bem distintas.

Certo, mas o que é que esta conversa toda tem a vercom a sua oficina? É que para atender às empresas o local(“ponto”) não costuma ser tão importante pois, em geral, éo técnico que vai até o local do atendimento. No caso de pes-soas físicas, na maior parte das vezes são estas que se des-locam até a oficina do técnico e devem, antes de mais nada,saber da existência daquele estabelecimento e, quando o pro-curarem, precisam ter um mínimo de conforto e sentir aquelasensação de que ali se trabalha a sério.

Existe também a questão da divulgação. Uma ofici-na que atenda principalmente às pessoas físicas precisa terum ponto bom, em local de movimento e com instalaçõesque chamem a atenção dos passantes. Já no caso de atendi-

B