Polipose Adenomatosa Familiar. Ana Paula Pfitscher Cavalheiro André Luís Alves Fraga Elisa...
Transcript of Polipose Adenomatosa Familiar. Ana Paula Pfitscher Cavalheiro André Luís Alves Fraga Elisa...
Polipose Adenomatosa
Familiar
Polipose Adenomatosa
Familiar
Ana Paula Pfitscher Cavalheiro
André Luís Alves Fraga
Elisa Schneider
Fernanda Caraver
Fernanda de Araújo Weber
CLÍNICA CLÍNICA CLÍNICA
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO
tendência herdada para o desenvolvimento de inúmeros pólipos colônicos, com predisposição para malignização
7 – 36 anos (16)
34 – 43 anos (39)
93% tem CA aos 50a
século XVIII – década de 80 (patogênese mol.)
PADRõES DE HERANÇA E PREVALÊNCIA
PADRõES DE HERANÇA & PREVALÊNCIA
desordem autossômica dominante
130.000 casos/ano nos EUA – Prevalência ?judeus Ashkenazim – 6% (até 28% se H.F.)
até 1/3 dos afetados não possuem HF
penetrância 100% aos 40 anos, com expressividade extremamente variável
independe de sexo e raça
doença pré-maligna, onde 1 ou + pólipos progridem de displasia para câncer nos portadores não tratados
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
fenótipos:
FAP clássica
FAP atenuada
Síndrome de Gardner
Síndrome de Turcot
SINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIA
sangue rutilante às evacuações;
diarréia / constipação, sem outras causas;
dor em cólica na região gástrica;
distensão abdominal;
perda de peso;
astenia;
malignidade;
manifestações extra-colônicas.
Síndrome de Gardner
MANIFESTAÇÕES EXTRA-COLÔNICAS
MANIFESTAÇÕES EXTRA-COLÔNICAS
pólipos gástricos
baixo potencial de malignidade
adenomatosos no antro (10% dos pacientes com FAP) ou hamartomatosos nas gl. fúndicas (50%)pólipos adenomatosos do intestino delgado
50 – 90% dos pacientes com FAP
2º e 3º porções do duodeno (papila maior)
malignização em 14 a 21%
obstrução do ducto pancreático - pancreatite
osteomas
crescimentos ósseos – crânio e mandíbula
geralmente não malignizam
anormalidades dentárias
Atraso na dentição, ausência congênita de 1 ou mais dentes, dentes supranumerários, cistos dentários e odontomas
17% vs 1-2%
hipertrofia congênita do epitélio pigmentar da retina (HCEPR)
lesões benignas, discretas, planas e pigmentadas, com despigmentação circunjascente
múltipla/bilateral vs única/unilateral
Gardner
lesões cutâneas benignas
cistos epidermóides e fibromas
qualquer localização
tumores desmóides
proliferações de miofibroblastos em matriz de colágeno em 10% dos pacientes (risco 852 X > se FAP)
relacionados ao APC mesmo se esporádicos
causa importante de mortalidade
intra-abdominais ou murais
após cirurgias ou traumas
benignos; não metastatizam, porém comprimem, obstruem ou invadem, causando grande morbidade
11% de toda a mortalidade dos pacientes com FAP
massas adrenais
7 – 13% dos pacientes
cânceres extra-colônicos
CA duodenal
CA gástrico – risco 10 X > se FAP; 50% dos orientais vs 0,5% dos ocidentais
CA de tireóide – 2%, + mulheres, 28 anos (12 – 62)
hepatoblastomas crianças de 0 a 7 anos
síndrome Marfan-like (?)
FAP ATENUADAFAP ATENUADA
< 100 pólipos, sincrônicos ou metacrônicos
média de 50 – 55 anos no diagnóstico de CApode ter manifestações extra-colônicas, mas desmóides e HCEPR são rarosHF freqüentemente é mista
localização mais proximal no cólon
SÍNDROME DE GARDNERSÍNDROME DE GARDNER
discute-se se constitui-se em outra entidade polipose adenomatosa colônica (e, às vezes, gástrica ou do delgado), osteomas craniofaciais, tumores de tecidos moles (cistos epidermóides, fibromas e tumores desmóides) e HCPER CA de tireóide – 100 X > que população
tumor cerebral primário com múltiplos adenomas colo-retais
normalmente tumores malignos, principalmente meduloblastomas
SÍNDROME DE TURCOTSÍNDROME DE TURCOT
rara
AS BASES MOLECULARES
AS BASES MOLECULARES
AS BASES MOLECULARES
está no cromossoma 5q21-22
possui 15 exonsseus 8532 pb codificam
uma proteína de 2844 aao exon 15 é o maior,
correspondendo a ¾ da região codificadora
O GENE APC O GENE APC
ocorre em diversas formas, podendo ter entre ± 90 a 300 KDa.
forma homo e heteroligômeros
está presente em diversos tecidos humanos em células epiteliais e mesenquimais.
A PROTEÍNA APC A PROTEÍNA APC
encontra-se no citoplasma acumulada nas regiões marginais ou subapicais.
em células como o fibroblasto, céls mamárias e colo-retais, está também numa pequena região do núcleo, o nucléolo.
tem localização diferente em células da mesma linhagem.
A PROTEÍNA APC A PROTEÍNA APC
a sua principal função é como supressora tumoral
liga-se a uma proteína citoplasmática, a -catenina, participando nas aderências celulares e na transcrição do DNA
participa da mitose na junção do fuso mitótico e na regulação da divisão do centrômero
FUNÇÃO DA PROTEÍNA APC FUNÇÃO DA PROTEÍNA APC
normalmente, na falta de um sinal extracelular, a proteína APC se liga à proteína citoplasmática -catenina.
essa ligação proporciona a destruição intracelular da -catenina.
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
O bloqueio da destruição (via Wnt) deixa a -catenina livre podendo ter 2 destinos:
Com a -catenina, liga-se à caderina, uma prot transmembrana, e faz a aderência intercelular.
Com o TCF, ela entra no núcleo e ativa os genes que promovem a proliferação celular ou inibição da apoptose.
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
Normalmente, a expressão da -catenina é maior nas criptas e à medida que a cél amadurece.
Já a presença do APC é maior nas vilosidades. Esse aumento impede a proliferação celular e favorece a diferenciação.
O APC E A -CATENINAO APC E A -CATENINA
Então...
A ativação da -catenina por falta da proteína APC (que está mutada) resulta num aumento das células proliferativas e numa diminuição da diferenciação.
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
A FUNÇÃO CITOPLASMÁTICA DO APC
Além do defeito na proteína APC (que resulta em acúmulo de -catenina), muitas células cancerosas do colo têm o número errado de cromossomos.
O APC está envolvido na estabilidade do cromossomo e na mitose.
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A proteína APC, na metáfase, interage com os microtúbulos e com a prot. EB1, associando-se ao cinetócoro.
Células com APC mutante têm muitos microtúbulos que falham em se conectar aos cinetócoros, resultando em defeitos na segregação cromossômica.
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
Então...O APC tem uma dupla função na mitose:
ligar apropriadamente o fuso mitótico ao cinetócoro e regular a divisão do centrômero quando ele interage com a proteína tubulina.
Defeitos causam alterações numéricas (não-disjunções) e estruturais (translocações).
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
A FUNÇÃO NUCLEAR DO APC
Pacientes com mutações no APC presentes desde o nascimento não desenvolvem necessariamente câncer colo-retal.
Há simplesmente um risco muito maior para essas pessoas do que para a população em geral.
O ambiente influencia, como por ex., a alimentação (alta ingesta de lipídios).
PATOGÊNESE PATOGÊNESE
O APC seria um sentinela da proliferação do epitélio, mantendo um número constante de células em renovação.
Se outras mutações potencialmente cancerígenas ocorrerem antes de uma mutação no APC, elas não iniciam eficientemente o processo neoplásico.
PATOGÊNESE PATOGÊNESE
A propensão para a ocorrência de neoplasia não é devida apenas ao acúmulo de mutações, sendo mais importante a ordem em que elas ocorrem.
PATOGÊNESE PATOGÊNESE
Embora o APC seja amplamente expresso (ex.: pâncreas, pulmão, rim, mamas), ele pode funcionar como sentinela apenas no colo.
Em outras células, a sua função pode ser redundante ou menos importante, onde diversos genes fazem o papel de sentinela.
PREFERÊNCIA PELO EPITÉLIO COLO-RETAL
PREFERÊNCIA PELO EPITÉLIO COLO-RETAL
Hipótese de Knudson (dos dois eventos)
Outras hipóteses sugerem que não são necessárias duas mutações no APC para iniciar o crescimento tumoral. São elas:
Função Dominante Negativa
Haploinsuficiência
MODELOS DE FUNÇÃO DO APC NO CCR
MODELOS DE FUNÇÃO DO APC NO CCR
Foi formulada em 1971 para explicar a formação do retinoblastoma hereditário.
Seria a ocorrência de uma segunda mudança genética em genes supressores tumorais de cromossomos que já possuem um primeiro evento por hereditariedade
Isso causa perda de função do gene e conseqüente formação de tumor.
HIPÓTESE DE KNUDSON HIPÓTESE DE KNUDSON
Entretanto, é relativamente raro encontrar células tumorais no CCR com ambos alelos APC nulos.
HIPÓTESE DE KNUDSON HIPÓTESE DE KNUDSON
O alelo mutante interferiria na ação do alelo normal.
Esse fenômeno ocorre em proteínas multiméricas, como o APC.
Entretanto, esse modelo não explica a presença do segundo evento.
FUNÇÃO DOMINANTE NEGATIVA
FUNÇÃO DOMINANTE NEGATIVA
FUNÇÃO DOMINANTE NEGATIVA
FUNÇÃO DOMINANTE NEGATIVA
O efeito de haploinsuficiência ocorre quando a quantidade total do produto gênico é crucial na determinação do fenótipo.
Os 50% produzidos pelos indivíduos heterozigotos não seriam suficientes para o funcionamento normal.
É possível que a tumorigênese ocorra somente se os níveis de APC desçam até certo limiar.
EFEITO DE HAPLOINSUFICIÊNCIA
EFEITO DE HAPLOINSUFICIÊNCIA
Normalmente, uma cópia do APC é suficiente para manter níveis de proteínas acima do limite para que ocorra um crescimento anormal celular.
Entretanto, em momentos específicos como num rápido crescimento ou reparo celular, um único alelo normal não seria capaz de produzir suficiente quantidade de proteínas normais (apenas ¼ dos dímeros seriam completamente normais).
EFEITO DE HAPLOINSUFICIÊNCIA
EFEITO DE HAPLOINSUFICIÊNCIA
Provavelmente, todas as possibilidades descritas por essas hipóteses contribuem em parte para a formação do tumor, não sendo nenhuma completamente falsa.
MODELOS DE FUNÇÃO DO APC NO CCR
MODELOS DE FUNÇÃO DO APC NO CCR
MUTAÇÕESMUTAÇÕESMUTAÇÕES
MUDANÇAS GENÉTICAS NA FAP E CCR
MUDANÇAS GENÉTICAS NA FAP E CCR
oncogene (KRAS)
genes supressores tumorais (APC, SMAD4, Tp53)
Fodde, 2002
desencadear a cascata de eventos que eventualmente levam a transformação maligna no intestino grosso
inativação do gene APC é geralmente um dos eventos mais precoces na tumorigênese colo-retal
heterozigose (perda na região 5q21)
GENE APC GENE APC
Fodde, 2002; Chapelle, 1998; Smith, 2000
737 mutações no gene APCAPC
332 são germinativas (ocorrência de FAP)
402 somáticas (transformação maligna dos adenomas)
Beroud, 1996; Sieber, 2000
ATÉ 1996... ATÉ 1996...
formação de uma proteína APC truncada (com perda de função)
mutação nonsense (30%)
mutação frameshift (68%)
maioria ocorre na primeira metade da região codificadora do gene
TIPOS DE MUTAÇÕES TIPOS DE MUTAÇÕES
Chapelle, 1998
Mutações germinativas 2 códons hotspots : 1061 e 1309
Mutações somáticas 2 códons hotspots: 1309 e 1462
Mutation Cluster Region (MCR) : entre 1284 e 1580 do gene
LOCAIS DAS MUTAÇÕES LOCAIS DAS MUTAÇÕES
Sieber, 2000
repetição AAAAG
evento mutacional: a deleção de 5 pb stop códon logo após a deleção
7 eventos mutacionais = seqüência mutada (não se sabe qual é a origem da mutação, e se condiciona que cada
evento possa ser diferente de um tumor para outro)
códons 1308, 1307 ou 1306
CÓDON 1309 CÓDON 1309
The APC database
repetição AAAAC.
evento mutacional: deleção de 5 pb stop códon logo após a deleção.
4 diferentes eventos mutacionais = seqüência mutada.
CÓDON 1061 CÓDON 1061
The APC database
MUTAÇÕES GERMINATIVAS
causadoras da FAP
fenótipos que diferem: penetrância,
severidade dos pólipos
expressão de características extra colônicas
> dos pctes com FAP mutações germinativas na extremidade 5´do gene APC
MUTAÇÕES GERMINATIVAS
MUTAÇÕES GERMINATIVAS
2 HOTSPOTS:
códon 1309 17%
códon 1061 11%
~ 95% são frameshift (67%) ou nonsense (28%)
Sieber, 2000
1061 1309
HOTSPOTS HOTSPOTS
MUTAÇÕES SOMÁTICAS
existência em adenomas de pacientes tanto FAP / não FAP
inativação do gene APC por duas mutações esteja
geralmente envolvida no desenvolvimento do adenoma
adenoma carcinoma avançado é associado
c/ perda de heterozigose (LOH) inativação de múltiplos genes
supressores de tumor (mutação e LOH)
Importante !!!
mutação de ambos alelos do APC
passo inicial na tumorigênese colo-retal no FAP
APC pode ser classificado como um gene sentinela
Katou, 1998
MUTAÇÕES DA – CATENINA E APC
mutações ambos APC ou -catenina tumorigênese
não há evidência de que mutações germinativas da -catenina predispõem tumores colo-retais
alguns cânceres de intestino apresentam mutações no exon 3 da -catenina sem terem mutações no APC
sugerem que mutações na -catenina possam substituir parcialmente as mutações no APC, mas mutações adicionais são necessárias para que o adenoma com mutação na -catenina progrida para carcinoma
Sieber, 2000
CORRELAÇÃO GENÓTIPO-FENÓTIPO
CORRELAÇÃO GENÓTIPO-FENÓTIPO
CORRELAÇÃO GENÓTIPO-FENÓTIPO
correlações sÍtio de mutação e fenótipo, não se explica toda a variação observada
grande variação clínica observada entre os portadores de alguma mutação do APC, mesmo entre membros da mesma família
interação entre genética e fatores ambientais
Chapelle, 1998; Fodde, 2001
FAP atenuada:
relacionada com mutação na porção 5´ (5´para o códon 158), exon 9
extremidade distal 3´do gene APC
CORRELAÇÕES BEM ESTABELECIDAS
CORRELAÇÕES BEM ESTABELECIDAS
Solomon, 2002
FAP clássica:
mutação + freqüente: códon 1309 associada c/ elevado nº adenomas colônicos em idade precoce (média de
idade de 20 anos)
mutações entre os códons 168-1580 (excluindo o 1309)
apresentam sintomas numa média de idade de 30 anos
mutação 5´do códon 168 e 3´do códon 1580
se apresentam com uma idade média de 52 anos
Freidl, 2001
Características extra-colônicas:
osteomas e cistos epidermóides significativamente + freqüentes mutações nos códons 1395-1493
hepatoblastoma e câncer cerebral observado apenas nos pctes c/ mutação entre os códons 457-1309
Wallis, 1999
HCPER associada c/ mutação entre os códons 463-1387
ausência de HCPER associada c/ mutações entre os códons
1444-1578
câncer de tireóide mais relacionado c/ mutações na porção 5´do códon 1220
Olschwang, 1993; Caspari, 1995; Cetta, 2000
tumores desmóides mais freqüentes em mutações códons 463-1580. Foram achados em:
20% dos pacientes c/ mutação na porção 5´do códon 1444
49% dos c/ mutação na porção 3´do códon 1444
61% dos c/ mutação entre os códons 1445-1580
Friedl, 2001
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico Precoce
detecção, prevenção e tratamento antecipados do câncer
tranqüilização de um paciente sem pólipos
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
anamnese: maioria é assintomática, pode haver
perda de sangue oculto Diarréia, dor abdominal,
hematoquezia, história familiar de polipose ou câncer de cólon.
exame físico: abdome, pele e mucosas exame de fundo de olho: HCPER
diagnóstico precoce
DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
sigmoidoscopia flexível:
primeiro teste usado para determinar a parte distal do cólon
permite determinar a presença de pólipos ou câncer
permite realização de biópsia para exame microscópico
DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
colonoscopia: permite a visualização de um
segmento maior do cólon permite a realização de biópsia para
exame microscópicoenema baritado:
solução de bário é inserida no cólon como enema, permitindo o delineamento e a visualização dos pólipos à radiografia
não deve ser realizado em gestantes devido ao risco de radiação ao
feto
DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
Outras características podem ser sugestivas de FAP clássica ou FAP atenuada:
pólipos gástricos, pólipos adenomatosos duodenais, osteomas, anormalidades dentais, HCEPR
DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
indicações:
diagnóstico precoce de membros de famílias de alto risco
confirmação de diagnóstico de FAP em pacientes com achados equivocados
indivíduos com menos de 100 pólipos adenomatosos e um diagnóstico duvidoso de FAP
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
dificuldades:
extensão do gene mutações dispersas
famílias que possuem mutações próprias
os testes são realizados no DNA extraído de células brancas de uma amostra de sangue
os principais métodos são o Seqüenciamento do Gene, o Teste da Proteína Truncada e a Análise de Ligação
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
seqüenciamento do gene
técnica usada para detectar alteração da seqüência do gene APC
é o método mais preciso
sensibilidade de 95%
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
teste da proteína truncada: também chamado de teste da proteína
sintetizada in vitro detecta a proteína APC prematuramente
truncada (é altamente específico para a detecção de códons de parada)
é o melhor teste para FAP sensibilidade de 80% custo de U$ 750 ou U$ 500 limitação: não detecta mutações que não
sejam de terminação de tradução
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
análise de ligação:
indivíduos de uma família que herdaram uma cópia mutante do gene herdam polimorfismos particulares de microsatélites ligados àquele alelo
esse método detecta qual variante um determinado indivíduo carrega
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
análise de ligação: indicações:
múltiplos membros afetados de gerações diferentes
limitações: família pequena número requisitado de membros afetados não está disponível marcadores polimórficos não informativos mutação espontânea
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
estratégia de diagnóstico:
seqüenciamento do gene ou PTT: só podem ser oferecidos a membros de família em risco se forem detectadas uma mutação no APC ou uma proteína APC truncada
análise de ligação: É considerada quando nenhuma alteração no gene APC for identificada em um membro afetado com o uso dos outros métodos
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
conseqüências positivas:
Indivíduos que não possuem a mutação:
não necessitam participar do rastreamento
Indivíduos que possuem a mutação:
devem seguir com o rastreamento e serem indicados para cirurgia profilática:
Planejam melhor o futuro
Aceitam melhor as recomendações médicas
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
conseqüências negativas:
falha em reduzir a incerteza, devido aos resultados ambíguos
dano psicológico causado pela notícia do resultado positivo
discriminação
DIAGNÓSTICO MOLECULARDIAGNÓSTICO MOLECULAR
é feito por testes genéticos moleculares, achados histopatológicos e características fenotípicas
desordens hereditárias: Câncer de cólon hereditário não-
polipóide: na maioria dos casos se apresenta com um adenoma solitário que evolui para neoplasia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Síndrome de Peutz-Jeghers: polipose gastrointestinal + pigmentação mucocutânea
Síndrome do tumor hamartoma PTEN
Polipose juvenil: 10 ou + pólipos
Síndrome polipóide hereditária mista: pólipos com histologia mista
Neurofibromatose tipo 1: neurofribromas polipóides ou ganglioneuromas intestinais
DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
desordens adquiridas:
Síndrome de Cronkite-Canadá Hiperplasia nodular linfóide Polipose linfomatosa Polipose inflamatória Tumores colo-retais esporádicos Polipose hiperplásica (ou metaplásica)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
RASTREAMENTO
RASTREAMENTO
RASTREAMENTO
Inicialmente, deve-se determinar qual mutação está presente no probando afetado por FAP:
mutação não detectada = teste não informativo: não é possível
oferecer teste preditivo aos parentes assintomáticos em risco
RASTREAMENTORASTREAMENTO
mutação detectada: os parentes podem ser testados:
Teste negativo: exclusão de FAP, o indivíduo possui risco semelhante ao da população para desenvolvimento da desordem e pode ser dispensado do seguimento
Teste positivo: confirma o diagnóstico de FAP, os pacientes devem fazer avaliação endoscópica anualmente
RASTREAMENTORASTREAMENTO
O rastreamento de pacientes portadores de mutação possibilita um melhor planejamento em relação à época e ao tipo de cirurgia a ser realizada
A colonoscopia isoladamente não é um método seguro o suficiente para prevenir a malignidade colo-retal, e apresenta algumas complicações
O rastreamento deve ser acompanhado por um aconselhamento detalhado
RASTREAMENTORASTREAMENTO
tempo de rastreamento:
para pacientes com mutação conhecida é oferecido rastreamento aos parentes de 1º grau a partir dos 11 anos de idade
crianças sintomáticas ou pertencentes a famílias com displasia severa ou
carcinomas na adolescência realizam rastreamento mais precocemente
RASTREAMENTORASTREAMENTO
avanços futuros o sucesso dos estudos em
quimioprofilaxia poderá levar a uma mudança nos critérios que definem a melhor idade para o rastreamento de FAP
drogas antiinflamatórias não-esteróides (AINES) podem ter um efeito protetor contra o câncer de cólon, porém apresentam efeitos colaterais gastrintestinais com a administração prolongada
RASTREAMENTORASTREAMENTO
objetivo principal obter informações sobre o estado de
saúde do feto em gestação, quando há um risco elevado de nascer uma criança anormal
importante diagnóstico pré-natal revela um
resultado normal pais aguardam o nascimento da
criança com mais tranqüilidade
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Em fetos com 50% de risco de FAP, o exame pré-natal é feito por:
Teste molecular do gene APC se um parente clinicamente diagnosticado
tiver identificada uma alteração causadora de doença no gene APC
Análise de Ligação se a família é informativa para marcadores de ligação
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
As técnicas utilizadas para coleta de material para diagnóstico pré-natal de FAP são:
Amniocentese Amostragem de vilosidades coriônicas Ultrassonografia
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Ultrassonografia
técnica altamente sensível
não invasiva
orienta a colheita de material
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Amniocentese técnica invasiva de coleta do líquido
amniótico por punção transabdominal orientada por ultrassonografia
realizada em torno da 16ª semana (16ª à 18ª)
diagnostica, entre outras condições, defeitos moleculares (detectáveis pela análise de DNA)
problemas: apresenta riscos de 0,5 a 1% de perda fetal, podendo causar infecções e outras complicações obstétricas raras
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Amostragem de vilosidades coriônicas técnica invasiva alternativa, na
qual se coleta pequena quantidade de tecido coriônico com auxílio de ultrassonografia
pode ser feita entre a 9ª e 12ª semanas de gestação
diagnostica, entre outras condições, defeitos moleculares (detectáveis pela análise do DNA)
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Vantagens: mais precoce que a amniocentese resultados citogenéticos podem estar disponíveis imediatamente ou em até 2 dias após a coleta
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
Problemas: diagnósticos duvidosos e errados contaminação pelas células maternas risco de 2 a 3% de aborto pode causar anormalidade dos membros do embrião se efetuada antes da 9ª semana gestacional
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
IMPORTANTE!!!
Mesmo que se detecte a mutação no feto, não se pode prever:
a idade de início da doença
o grau de intensidade da doença
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATALDIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
ACONSELHAMENTO
GENÉTICO
ACONSELHAMENTO
GENÉTICO
ACONSELHAMENTO
GENÉTICO
CONCEITO:
“Conjunto de procedimentos que se destina a informar e orientar indivíduos que apresentam problemas relacionados com a ocorrência ou o risco de ocorrência de uma doença genética na família”
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
principais objetivos: em relação ao paciente e aos seus
pais: diminuir a angústia e o sofrimento causados pela doença fornecer diagnóstico médico e suas implicações em termos de prognóstico e tratamento fornecer dados sobre a etiologia genética e o risco de recorrência para descendentes do paciente, seus pais e outros parentes ajudá-los a tomar decisões racionais sobre sua reprodução, bem como reduzir a ansiedade e sentimento de culpa
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
consultor genético profissional treinado para, em conjunto
com médicos especialistas na doença, explicar:
as condições hereditárias, tais como natureza, herança e implicações da desordem genética vantagens e desvantagens do teste genético:
- esses profissionais utilizarão a história familiar e os exames genéticos disponíveis para avaliar a condição e o risco genéticos para os membros da família
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
risco para os membros da família: pais de um probando:
Aproximadamente 75% dos indivíduos com FAP têm um dos pais afetado Caso a doença do probando seja conhecida:
- Avaliar seus genitores com teste molecular do gene APC
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Irmãos de um probando:O risco depende da condição genética dos
pais: Um dos pais é afetado risco de 50% Nenhum dos pais é afetado risco
populacional para a doença
Descendentes de um probandoTodos os filhos de um indivíduo com FAP
têm 50% de chance de herdar a mutação
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Outros membros da família de um probando:
O risco depende da condição dos pais do probando:
Se um dos pais encontra-se afetado, os
integrantes de sua família estão sob risco
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Questões relacionadas ao aconselhamento genético:
Exame de crianças e adultos assintomáticos de risco
Teste de genética molecular
Deve ser considerado em jovens membros da família sob risco, para direcionar a conduta médica Detecta a existência de uma mutação no gene APC ou a ocorrência de uma proteína APC truncada
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
O teste genético pode ser utilizado: Antes do exame de um componente familiar sabidamente afetado:
Falha em identificar a mutação causadora da doença não elimina a possibilidade de sua existência
Indivíduos devem seguir as recomendações indicadas para supervisão dos membros da família em risco
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Quando parentes clinicamente diagnosticados foram submetidos a esse procedimento, com resultado positivo:
Pode ser usado com segurança para esclarecer a condição genética dos membros da família em risco
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Rastreamento do cólon e teste genético Indivíduos com risco para FAP
clássica
Rastreamento do cólon começa antes dos 10 anos teste genético molecular geralmente oferecido para crianças com mais de 8 anos
Indivíduos com risco para FAP atenuada
Rastreamento do cólon começa aos 18 anos exame genético deveria ser oferecido por volta da mesma idade
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Banco de DNA
Armazenamento de DNA extraído das células brancas do sangue, para um possível uso futuro
Hipótese que deve ser considerada, pois os conhecimentos sobre a doença provavelmente melhorem no futuro
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Outras questões importantes a considerar:
Os riscos, benefícios e limitações do teste genético molecular do gene APC devem ser entendidos pelos:
Médicos Indivíduos que considerarem se
submeter ao exame
Recomenda-se o encaminhamento a um consultor genético
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Estabelecimento de um plano em relação à maneira com que os resultados serão dados aos pais e seus filhos
É de grande importância a correta interpretação dos testes moleculares:
A fim de evitar procedimentos desnecessários numa criança
que não herdou o gene alterado Um estudo demonstrou que
em quase 1/3 dos pacientes avaliados para FAP, os médicos interpretaram erroneamente o resultado
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
TRATAMENTOTRATAMENTO
clínico
AINE’S (1983): SULINDAC / CELECOXIB
papel ainda indefinidocirúrgico
polipectomia (“tto profilático”)
pólipos pedunculados – eletrocauterização
pólipos sésseis peq (de 1 a 8 mm) – biopsiados e destruídos
CA colo-retal – objetivos do tto:
remoção completa da lesão com bordas de segurança suficientes para garantir
que não haja expansão tumoral
remoção da drenagem linfática mesentérica regional (há uma expansão
linfática previsível da doença, e alguns pacientes têm acometimento
regional sem metástases simultâneas)
minimização das conseqüências
psicológicas e funcionais da cirurgia
Atualmente, vem sendo adotada a retirada total do intestino grosso com anastomose de uma bolsa ileal ao canal anal.
terapia gênica reposição de genes supressores de tumor:
células que sobrevivem adquirem “resistência”
maior crescimento tumoral redução do vol e gravidade,
embora sem cura gene APC = candidato ideal
(potente supressor tumoral) infusão retal por cateter (injeção
intra- epitelial) – expressão efêmera (turnover)