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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social Aline Camargo Carolina Faraco Fabiana Fernandes Fernanda Guimarães Lisiane Silva Luciane Aragon Patricia Lima da Silva Ricardo Dytz Projeto Experimental Comunitário em Relações Públicas Porto Alegre 2009

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Faculdade de Comunicação Social

Aline Camargo

Carolina Faraco

Fabiana Fernandes

Fernanda Guimarães

Lisiane Silva

Luciane Aragon

Patricia Lima da Silva

Ricardo Dytz

Projeto Experimental Comunitário em Relações Públicas

Porto Alegre

2009

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Aline Camargo

Carolina Faraco

Fabiana Fernandes

Fernanda Guimarães

Lisiane Silva

Luciane Aragon

Patricia Lima da Silva

Ricardo Dytz

Associação de Apoio a Pessoas com Câncer – AAPECAN

Trabalho acadêmico considerado requisito para obtenção de grau na disciplina Projeto Experimental Comunitário do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Professora Vanessa Ourique Purper

Porto Alegre

2009

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Agradecimentos

A Rudaia Correia, Coordenadora do Comitê da Solidariedade e Supervisora Geral do

Programa Visão Social que conseguiu patrocínio para a impressão do Manual do Doador

Voluntário de Medula Óssea com a 4P Soluções em Marketing, através de Emanoelle

Niewinski.

A elas, os mais sinceros agradecimentos.

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Sumário

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 6

1. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................. 7

1.1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA AAPECAN ........................................................................................................... 7

1.2. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA SEDE DE PORTO ALEGRE ...................................................................................... 8

1.3. SERVIÇOS PRESTADOS ...................................................................................................................................... 8

1.4. PRESIDÊNCIA E DIRETORIA DA AAPECAN ............................................................................................................ 9

1.5. ORGANOGRAMA DA AAPECAN ...................................................................................................................... 10

1.6. HISTÓRICO DA AAPECAN .............................................................................................................................. 11

2. PRINCÍPIOS NORTEADORES........................................................................................................................ 13

2.1. MISSÃO DA AAPECAN ................................................................................................................................. 13

2.2. VALORES DA MISSÃO ..................................................................................................................................... 13

2.3. VISÃO DA AAPECAN .................................................................................................................................... 13

2.4. OBJETIVOS DA AAPECAN .............................................................................................................................. 14

3. ANÁLISE DE AMBIENTES ............................................................................................................................ 15

3.1. ANÁLISE DO MACRO AMBIENTE ........................................................................................................................ 15

3.1.1. Variáveis demográficas ................................................................................................................... 16

3.1.2. Variáveis naturais ........................................................................................................................... 17

3.1.3. Variáveis sociais e culturais ............................................................................................................. 19

3.1.4. Variáveis político-legais .................................................................................................................. 20

3.1.5. Variáveis econômicas ...................................................................................................................... 21

3.1.6. Variáveis tecnológicas ..................................................................................................................... 22

3.2. ANÁLISE DO SETOR........................................................................................................................................ 24

3.2.1. Organizações Não Governamentais - ONGs ................................................................................... 24

3.2.2. O trabalho voluntário ...................................................................................................................... 25

3.2.3. Capacitações das ONGs................................................................................................................... 26

3.2.4. Qualidade de serviços ..................................................................................................................... 28

3.3. ANÁLISE MICRO AMBIENTE.............................................................................................................................. 28

4. ANÁLISE DE PÚBLICOS ............................................................................................................................... 30

4.1. CLASSIFICAÇÕES DE PÚBLICOS ......................................................................................................................... 30

4.2. A CLASSIFICAÇÃO DE PÚBLICOS ESCOLHIDA PARA ESTE PROJETO.............................................................................. 32

4.3. MAPEAMENTO DOS PÚBLICOS DA AAPECAN .................................................................................................... 33

4.4. SITUAÇÃO DO RELACIONAMENTO DA AAPECAN COM SEUS PÚBLICOS .................................................................... 35

5. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................................ 37

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5.1. CONCLUSÕES SOBRE A ANÁLISE DOS AMBIENTES: EXTERNO, SETORIAL (AMEAÇAS E OPORTUNIDADES) E INTERNO (PONTOS

FORTES E FRACOS); ..................................................................................................................................................... 38

6. PROGNÓSTICO ........................................................................................................................................... 39

7. POLÍTICAS DE AÇÕES .................................................................................................................................. 40

7.1. QUADRO DOS PONTOS FORTES DA AAPECAN ................................................................................................... 41

7.1. QUADRO DOS PONTOS FRACOS DA AAPECAN .................................................................................................. 41

8. A COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES ............................................................................. 42

8.1. COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA E RELAÇÕES PÚBLICAS ........................................................................................... 43

8.2. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR ...................................................................................... 44

8.3. APLICAÇÃO NO CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO ESTUDADA ...................................................................................... 45

9. PROGRAMAS ............................................................................................................................................. 46

9.1. PROGRAMA I - DESMITIFICANDO A DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA............................................................................ 46

9.1.1. Ação - Manual Impresso do Doador Voluntário de Medula Óssea ................................................. 46

9.2. PROGRAMA II – VÍDEO INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 49

9.2.1. Ação – Vídeo Institucional da AAPECAN ......................................................................................... 49

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................................... 52

GLOSSÁRIO......................................................................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................... 55

APÊNDICES ......................................................................................................................................................... 58

Apêndice 1 – Modelos do manual apresentados à AAPECAN .......................................................................... 59

Apêndice 2 – Roteiro do vídeo institucional proposto ...................................................................................... 89

ANEXOS .............................................................................................................................................................. 91

Anexo 1 – Material Institucional da AAPECAN ................................................................................................. 92

Anexo 2 – Fotos das instalações internas da sede de Porto Alegre da AAPECAN........................................... 107

Anexo 3 – Fotos das fachadas das sedes da AAPECAN ................................................................................... 111

Anexo 4 – Carta Acordo .................................................................................................................................. 116

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi oportunizado pela disciplina de Projeto Experimental Comunitário em

Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica

do Rio Grande do Sul, permitindo trabalhar com uma organização não governamental - ONG.

O grupo, por uma questão de afinidade, optou por desenvolver o projeto com uma

organização que trabalhasse com pessoas portadoras de leucemia. Tal afinidade surgiu

depois de pesquisa realizada no primeiro semestre de 2009, na disciplina de Projeto

Experimental de Pesquisa com o: “Estudo sobre Doação Voluntária de Medula Óssea”.

Em Porto Alegre, há várias organizações que atuam no auxílio a pessoas portadoras

de câncer. Para que este projeto pudesse ser desenvolvido de acordo com as expectativas do

grupo, porém sem deixar de atender a necessidade da ONG escolhida, foi realizado um

levantamento prévio sobre as ações que poderiam ser desenvolvidas.

Desta forma, o grupo entrou em acordo com a Associação de Apoio a Pessoas com

Câncer (AAPECAN) para juntos, desenvolverem ações de comunicação que visam informar a

população sobre a doação voluntária de medula óssea.

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1. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A AAPECAN é uma associação civil, de direito privado, sem fins lucrativos e econômicos, com

sede e foro no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, podendo, a fim de cumprir suas

finalidades, abrir unidades de atendimento em outras cidades do território brasileiro, conforme

aprovação da Diretoria.

Em Porto Alegre, sede estudada para elaboração deste projeto, a AAPECAN localiza-

se no bairro Higienópolis situada à Rua Carlos Von Koseritz, n.º 979.

O trabalho da AAPECAN1 é efetivado através de recursos arrecadados junto à

comunidade através de doações em gênero e/ou financeiros, parcerias, campanhas e

promoções.

O atendimento à pessoa com câncer, na AAPECAN, é efetivado por assistentes

sociais. Hoje estão cadastrados mais de 2000 pacientes, dos mais diversos tipos de câncer e

idade. Estes são atendidos com cestas básicas, leite longa vida, leite em pó, suplementos

alimentares, vale transporte urbano, vale gás, medicamentos, fraldas descartáveis e, também

encaminhamentos de benefícios à Previdência Social, visando à integração desses pacientes

na sociedade.

1.1. Dados de identificação da AAPECAN

Razão Social: Associação de Apoio a Pessoas com Câncer

Sigla: AAPECAN

CNPJ: 07.280.658/0008-10

Endereço: Rua Carlos Von Koseritz, 979 - Bairro Higienópolis – Porto Alegre/RS

Telefone: (51) 3014 9500

Site: www.aapecan.org.br

E-mail: [email protected]

1 Anexo 1. Material institucional distribuído pela AAPECAN aos seus usuários.

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1.2. Descrição das instalações da sede de Porto Alegre

A Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (AAPECAN) localiza-se no bairro Higienópolis,

em Porto Alegre, em um imóvel com três pavimentos. Possui área total de 160m². Cada um

dos pavimentos foi descrito considerando a distribuição e utilização2.

Subsolo Térreo Primeiro Pavimento

Sala de espera/leitura Sala do Callcenter Sala do Serviço Social

Sala de terapia alternativa Cozinha Sala da Psicologia e Nutrição

Banheiro Banheiro Sala do CPD – Centro de Processamento de Dados

Área para depósito de arrecadações

Área lazer Assessoria de Comunicação

Banheiro

Sala da Recepção

1.3. Serviços prestados

Atendimento à pessoas com câncer;

Assistência e apoio humano-emocional às pessoas adultas, jovens e crianças com câncer;

Assistência e apoio financeiro-material aos pacientes comprovadamente carentes, desde

que a AAPECAN disponha de recursos financeiros;

Orientação sobre recursos existentes na comunidade e seus direitos;

Auxílio para acesso aos benefícios da previdência social, PIS/PASEP/FGTS;

Integração dos pacientes na sociedade.

2 Anexo 2. Fotos registradas pelos realizadores do projeto para visualização das instalações da AAPECAN.

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1.4. Presidência e diretoria da AAPECAN

O quadro seguinte apresenta as denominações dos cargos existentes na AAPECAN e seus

níveis hierárquicos.

Este projeto dá ênfase às áreas da unidade Porto Alegre, sede cliente deste trabalho.

Cargo Colaboradores

Presidente Emílio de Oliveira

Diretor Executivo Paulo Siqueira Vasques

Coordenador Geral Fabiano Oliveira Gerbaudo

Assistente Social Lauriana Nardini

Psicóloga Fernanda Pupe

Assessor de Comunicação

Émerson Moreira

Coordenadores de Callcenter

Dulcinéia Gerbaudo e Luisa Siqueira Vieira

Centro de Processamento de Dados (CPD)

Cláudio Antonio Vieira e Fernando Ciusz

Operadores de Callcenter

Angélica Maria de Oliveira, Cláudia Lidiane Moreira, Daniela Cristina de Freitas, Edna dos Santos Silva, Fernanda Figueiredo Moraes, Gisele do Nascimento, Ivana Bandeira Cruz, Márcia Suzana do Rosário, Marileide Garcia Feroleto, Michele Sampaio da Silva, Mirian de Souza, Patrícia Machado Gonçalves, Pedro Henrique Rech, Rina Noeli Peres e Tássia dos Santos Rodrigues

Mensageiros Alex Agostini Edvaldo Silva, Eliseu de Vargas da Silva, Everton Dorneles Dias, Gilson Santos dos Santos, Luciano Barcelos Vicente e Marcelo Padilha da Silva

Secretária Delaide Martinez Souza

Serviços Gerais Maria Aparecida Xavier

Atividade Voluntários

Advogada Mirian de Mesquita Ferreira

Nutricionista Vanessa Marques Frozi Garcia

Terapias alternativas Aline Junqueira Marques Fortunato, Márcio Oscar Pereira e Maria Sirlei da Silva Oliveira

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1.5. Organograma da AAPECAN

O organograma representa a hierarquia da AAPECAN, contemplando todas as

unidades3 que compõe a organização. Este projeto dá ênfase às áreas da unidade Porto

Alegre, sede cliente deste trabalho. O organograma abaixo foi construído pelos realizadores

do projeto.

3 Anexo 3. Fotos das fachadas das sedes da AAPECAN. Arquivo da instituição.

Presidente

Diretor Executivo

Unidade Bento Gonçalves

Unidade Caxias do Sul

Unidade Farroupilha

Unidade Lajeado

Unidade Pelotas

Unidade Porto Alegre

Unidade Rio Grande

Unidade Santa Cruz do Sul

Unidade Santa Maria

Coordenador Geral

Secretária

Coordenação Callcenter

Assessoria Comunicação

Psicóloga

Assistente Social

CPD

Mensageiros (7)

Voluntários (5)

Serviços Gerais

Operadores Callcenter (15)

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1.6. Histórico da AAPECAN

A construção de um histórico requer envolvimento do grupo realizador do projeto e

disponibilidade do cliente em fornecer todos os fatos importantes que ocorreram ao longo do

percurso da instituição.

A AAPECAN possui muitas sedes, em municípios distantes uns dos outros. Cada

uma das sedes possui suas particularidades e uma equipe diferente, porém, por vezes a

história se mistura, pois as ações são realizadas em conjunto. Além do mais, a matriz da

AAPECAN situa-se em Caxias do Sul, onde também estão os funcionários mais antigos e que

sabem dos fatos mais importantes a respeito da história da AAPECAN.

Além disso, a inauguração da sede de Porto Alegre, cliente deste projeto, foi em

2008. Logo, sua história é recente e com poucos fatos a serem narrados.

Este conjunto de fatores dificultou a construção de um histórico completo, que

contemplasse detalhes de como a instituição surgiu, seu percurso no tempo, suas

características singulares, momentos positivos, possíveis crises vivenciadas, alinhamentos,

direcionamentos, enfim, elementos que enriquecessem a narrativa do histórico da AAPECAN.

Os realizadores deste projeto tiveram acesso às datas mais importantes da história da

e uma breve idéia de como a organização surgiu.

A AAPECAN nasceu em Caxias do Sul no dia 28 de março de 2005. A idéia de abrir

uma ONG que atendesse as pessoas com câncer surgiu de um grupo de voluntários que

realizava atividades para a comunidade, como visitas em hospitais, bairros e associações

beneficentes, pois durante as visitas realizadas, percebia-se que era difícil às pessoas com

câncer terem todas as suas necessidades básicas atendidas. Principalmente pós-internação,

já que a continuidade do tratamento e dos suplementos necessários é muitas vezes de custo

elevado.

Depois da inauguração da primeira unidade em Caxias do Sul, as novas sedes foram

se sucedendo: em outubro de 2005 foi inaugurada a unidade de Pelotas. Em março do ano

seguinte inaugurou a 3ª sede em Bento Gonçalves. Depois de alguns meses instalados na

cidade de Bento Gonçalves a AAPECAN inaugurou um Posto de Atendimento em Farroupilha.

Em junho de 2006, a 4ª unidade inaugurou em Santa Maria. Em outubro do mesmo ano foi a

vez do município de Santa Cruz do Sul, esta unidade abrange os municípios de Candelária,

Rio Pardo, Vale do Sol, Venâncio Aires entre outros do Vale do Rio Pardo.

Depois de alguns meses instalada na cidade de Santa Cruz do Sul, a AAPECAN

inaugurou um Posto de Atendimento em Lajeado. Dois anos depois, em julho de 2008, nasce

a unidade de Porto Alegre, sede cliente deste projeto. O ano de 2009 foi marcado pelas

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inaugurações em Rio Grande: Centro Terapêutico em março e da unidade do município no

mês de julho.

Hoje estão cadastradas na AAPECAN mais de dois mil pessoas com câncer em todo

o Estado, com mais de 3.800 atendimentos em todas as Unidades, incluindo usuários e

familiares, sendo que muitos deles retornam à instituição mais de uma vez por mês.

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2. PRINCÍPIOS NORTEADORES

"Seja flexível e, quando não puder aceitar os termos, aceite os meios termos.

Porém, não confunda meios-termos com meios princípios. Meios princípios não existem".

Ilie Gilbert

Princípios norteadores das organizações são balizamentos para o processo decisório

e para o comportamento da empresa no cumprimento de sua Missão. Os princípios orientam

sua existência e a função que exerce na sociedade. Ao analisar a AAPECAN, o presente

projeto sugere pequenas modificações na missão, visão e valores.

2.1. Missão da AAPECAN

Atender, orientar, integrar e fornecer assistência humano-emocional bem como

financeiro-material, às pessoas com câncer, que se encontram em situação de vulnerabilidade

social, proporcionando uma melhor qualidade de vida a estes usuários e seus familiares.

Trabalhar em ações que previnam o câncer com toda a população.

2.2. Valores da missão

Construído pelo grupo

A AAPECAN aposta na valoração da vida, no respeito ao próximo e no exercício da

cidadania no combate ao câncer.

2.3. Visão da AAPECAN

A AAPECAN pretende, até o final do período de 2007-2010, ser um centro de

referência em atendimento a usuários com câncer, por meio de ações decisivas para o

enfrentamento do tratamento de usuários em nossa comunidade.

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Visão sugerida pelo Grupo.

A AAPECAN pretende, até o final do período de 2007-2010, ser um centro de referência em

atendimento a pessoas com câncer, por meio de ações decisivas para o enfrentamento do

tratamento destes em nossa comunidade.

2.4. Objetivos da AAPECAN

Prestar assistência social as pessoas com câncer que se encontram num processo de

vulnerabilidade, suprindo as suas necessidades básicas como alimentação e suplementos,

medicamentos, exames e outros.

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3. ANÁLISE DE AMBIENTES

A análise de ambientes é constituída por forças externas (macro ambiente), internas (micro

ambiente) e de setor, que afetam a capacidade das empresas em administrar, desenvolver e

manter relacionamentos com seus consumidores e fornecedores.

De acordo com o ambiente podem surgir oportunidades e ameaças a serem

administradas pelas organizações, que podem representar o sucesso ou o fracasso,

dependendo unicamente do aproveitamento das informações e da disposição em aceitá-las.

Infelizmente, muitas empresas não pensam nas mudanças como oportunidades e

ignoram ou resistem às mudanças até ser tarde demais. Suas estratégias, estruturas e

sistemas tornam-se desatualizados. Kotler e Armstrong (2000) defendem que as empresas

bem-sucedidas sabem que são vitais a observação e a adaptação constantes às mudanças do

ambiente.

Neste projeto as análises de ambiente levaram em consideração as variáveis que

mais interferem na AAPECAN e no relacionamento com seus públicos.

3.1. Análise do macro ambiente

Segundo Chiavenato e Sapiro (2003) a análise do Macro ambiente é o contexto que envolve

externamente a organização. É a situação dentro da qual uma organização está inserida. Por

decorrência disto, tudo que ocorre externamente ao ambiente influencia o que ocorre na

organização.

As organizações operam em um macro ambiente onde todas as forças são ativas e

de ordem superior às suas vontades e desejos, portanto não podem ser controladas, apenas

observadas e, de acordo com a política da empresa, ajustadas às suas necessidades, pois

podem configurar oportunidades ou ameaças. Alguns exemplos de forças externas que atuam

sobre determinados ambientes: demográficas, naturais, culturais, político-legais, econômicas e

tecnológicas.

É fundamental conhecer o ambiente no qual a organização está inserida, pois este

sofre alterações freqüentemente.

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Quadro 1 – Forças Externas

Fonte: Quadro elaborado pelo grupo para melhor visualização das forças externas.

3.1.1. Variáveis demográficas

Referem-se às pessoas que constituem os mercados, isto é, o público-alvo. As empresas têm

muito interesse no tamanho e na taxa de crescimento populacional em diferentes mercados,

assim como na distribuição etária, no composto étnico, nos níveis educacionais, nos padrões

de moradia, nas características regionais, etc.

Através de um aprofundamento em pesquisas demográficas é possível que a

empresa concentre seus esforços em determinadas ações com vistas a atender

características próprias de públicos específicos, por exemplo: crianças com poder de compra,

casais jovens com dupla fonte de renda e sem filhos, profissionais liberais solteiros,

universitários, etc.

Crescimento populacional - Nos últimos anos o Brasil vem apresentando um novo padrão

demográfico que se caracteriza pela redução da taxa de crescimento populacional e por

transformações profundas na composição de sua estrutura etária, com um significativo

aumento do contingente de idosos.

Variáveis

Demográficas

Empresa

Variáveis

Econômicas

Variáveis

Tecnológicas

Fornecedores

Clientes

Variáveis

Político-Legais

Variáveis

Naturais

Variáveis

Culturais Concorrentes

Intermediários

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Estas modificações, por seu turno, têm imprimido importantes mudanças também no

perfil epidemiológico da população, com alterações relevantes nos indicadores de

morbimortalidade, juntamente com outros temas relacionados sobre saúde e demografia. As

doenças infectocontagiosas, que representavam cerca de metade das mortes registradas no

País em meados do Século XX, hoje são responsáveis por menos de 10%, ocorrendo o

oposto em relação às doenças cardiovasculares. Em menos de 50 anos, o Brasil passou de

um perfil de mortalidade típico de uma população jovem para um desenho caracterizado por

enfermidades complexas e mais onerosas, próprias das faixas etárias mais avançadas. Fonte:

IBGE4.

Incidência do Câncer no Brasil - Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil,

as estimativas para o ano de 2008, válidas também para o ano de 2009, apontam que

ocorrerão 466.730 novos casos de câncer.

A distribuição dos casos novos de câncer segundo sua localização primária é bem

heterogênea entre Estados e Capitais do país. As regiões Sul e Sudeste, de maneira geral,

apresentam as maiores taxas, enquanto as regiões Norte e Nordeste mostram as menores

taxas. As taxas da região Centro-Oeste apresentam um padrão intermediário.

As estimativas das taxas de incidência de câncer no Rio Grande do Sul, para os anos

de 2008/2009, é de 47.930 novos casos, desse total, estima-se que 8.120 sejam provenientes

da Capital.

Diante de tal cenário, fica clara a necessidade de continuidade em investimentos no

desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de

atuação como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na

vigilância, na pesquisa, na formação de recursos humanos, na comunicação e na mobilização

social.

A AAPECAN sendo uma instituição sem fins lucrativos apóia e orienta os portadores

de qualquer tipo de câncer e seus familiares.

3.1.2. Variáveis naturais

Estas forças têm como foco os recursos naturais que os profissionais de marketing

costumam utilizar como insumos ou que podem ser afetados pelas atividades de marketing.

4 Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil

2009. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/indicsaude.pdf> Acesso em 06 set. 2009.

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Pode-se citar uma série de fatores componentes do ambiente natural que, hoje, estão em

destaque, como: a escassez de matéria-prima, o custo crescente da energia elétrica, os altos

e crescentes níveis de poluição e a nova postura dos governos no que diz respeito à proteção

ambiental.

Crescente nível de poluição - O homem tem contribuído para a degradação cada vez mais

intensa, cometida por ações ou omissões contra o meio ambiente, colocando em perigo a

existência da própria civilização. Há fenômenos da natureza que contribuem com certas

catástrofes, como por exemplo, o choque das placas tectônicas que geraram os tsunamis e os

efeitos indiretos do aquecimento global, tais como intensificação dos furacões, secas,

enchentes etc.

A riqueza e a pobreza extremas são dois pólos da realidade que têm impacto sobre o

meio ambiente. As populações pobres são as que menos participam do banquete do consumo

global e as que mais sofrem de maneira mais imediata, as conseqüências das mudanças

climáticas, por exemplo. O crescimento econômico aumenta o consumo que, por sua vez, gera

todo tipo de poluição, causando problemas ao meio ambiente. O ritmo da degradação está se

agravando com a poluição do ar atmosférico causada pelas grandes indústrias, pelos

desmatamentos, pelas queimadas, pela inadequada utilização de defensivos agrícolas,

colocando em risco as bacias hidrográficas, os lençóis freáticos e a biodiversidade. Tal fato

ocasiona a alteração do clima no planeta pelo denominado „efeito estufa‟. Essa poluição é a

“variável crítica”, seja pelo aquecimento global e efeitos no clima, seja pelas doenças graves

que causa. Fonte: Universidade Federal da Bahia – UFBA5.

Vivemos numa sociedade de risco. Estes riscos abrangem não só o individuo, sua

família, seu grupo social, a comunidade de seu país, mas toda a civilização. Trata-se de um

problema internacional. Portanto, a responsabilidade pelos danos ao meio ambiente não

envolve somente um país, isoladamente.

Trata-se, ao mesmo tempo, de um direito e um dever que se entrelaçam mutuamente.

O direito que todos têm ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o dever do Poder

Público e da coletividade em protegê-lo e defendê-lo para as presentes e futuras gerações.

Diante da falência do Estado em conter a degradação ambiental, o cidadão, as

entidades não-governamentais, o Ministério Público, o Poder Judiciário e alguns órgãos

estatais passaram a participar efetivamente da reconstrução de um Estado de Direito

Ambiental, propondo novos desafios e mudanças de paradigmas para tentar conter o avanço

da degradação em conformidade com as normas constitucionais ambientais.

5 Site da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade

sustentável. Instituto de Pesquisas Sociais, Fundação Joaquim Nabuco, Ministério de Educação, Governo Federal, Recife, Brasil. 1994. Disponível em: <http://www.ufbaecologica.ufba.br/index.php> Acesso em 09 nov. 2009.

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3.1.3. Variáveis sociais e culturais

São compostas pelas instituições que afetam as percepções, os valores básicos, as

preferências e os comportamentos da sociedade.

Exemplos de variáveis sociais e culturais são: estilos de vida, preocupação com a

qualidade de vida, expectativa de vida, influência de formadores de opinião e dos meios de

comunicação.

Segundo o INCA, há um crescimento muito grande de pessoas diagnosticadas com

câncer, por isso a necessidade de uma instituição como a AAPECAN, para prestar auxílio a

estes indivíduos.

Influência das mídias - É indiscutível a influência que os grupos formadores de opiniões têm

para moldar crenças e valores de uma sociedade, o que acaba sendo absorvido naturalmente

pelas pessoas como uma nova concepção da existência e dos relacionamentos.

Com as novas tecnologias, a influência dos meios de comunicação de massa no

processo de formação das pessoas ganha força ainda maior. Assim, para avançar na proposta

das ONGs, em busca de um mundo com eqüidade e justiça social, é necessário encarar a

comunicação como uma política fundamental. Isto significa que os objetivos das ONGs devem

se mover a partir do conhecimento de como funciona o sistema de meios de comunicação,

como se apropriar de suas linguagens e como usar seus recursos, com a perspectiva de

construção da cidadania. Faz-se necessário dominar a questão instrumental, preparar-se para

realizar uma leitura crítica dos meios de comunicação, com a percepção das linguagens

utilizadas, e exercer influência nos padrões vigentes.

Neste contexto, a AAPECAN mantém uma equipe de profissionais de comunicação,

no qual se responsabiliza pelo contato e monitoramento das mídias.

Sustentabilidade - Hoje as organizações investem em programas sustentáveis não mais pelo

marketing, mas sim pela nova economia que é baseada em energia limpa (solar, eólica, das

marés, biogás, biocombustíveis) e num processo produtivo que leva em consideração a

reutilização de materiais. As empresas estão se conscientizando da importância dos projetos

de sustentabilidade para o seu próprio negócio, melhorando sua imagem no mercado e,

assim, conquistando consumidores.

Uma empresa socialmente responsável é aquela que busca o equilíbrio entre os

aspectos econômico, ambiental e social para chegar à sustentabilidade. Fonte: Site da

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20

Sustentabilidade6. Neste sentido, a AAPECAN cuida dos resíduos e estabelece relações

comerciais com fornecedores que incorporaram um posicionamento sócio-ecológico,

demonstrando envolvimento e compromisso com o desenvolvimento integral e sustentado da

cidade e do Estado onde atua.

3.1.4. Variáveis político-legais

Constituídas por leis, normas, decretos, acordos, tratados e afins que são outorgados

por governos e grupos de pressão que possuem influência sobre várias organizações e

indivíduos da sociedade. Algumas vezes, oportunidades são criadas em virtude de leis que

beneficiam determinados setores, como as leis ambientais que exigem o reaproveitamento de

refugos de produção, o que beneficia a indústria da reciclagem. Assim como leis que regem as

ações de empresas em relação às suas políticas sociais.

Regulamentação de ONGs no Brasil - No Código Civil Brasileiro, está prevista a Lei

10406/02 de 10 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a criação, organização e funcionamento

das Organizações Não-Governamentais e dá outras providências. Fonte: Presidência da

República7.

Existe um projeto de lei sob n.° 1880/07, que pretende regularizar o funcionamento

das organizações não governamentais (ONGs) no Brasil, e que prevê, entre outros pontos, a

criação de um Cadastro Nacional de Organizações Não Governamentais (CNO) e a obrigação

da prestação anual aos Tribunais de Contas e ao Ministério Público para todas as ONGs que

atuam no país. O objetivo é controlar as atividades desse tipo de entidade para que as ONGs

que promovam benefícios ao povo brasileiro possam desenvolver suas atividades regulares.

O projeto determina ainda que o recebimento de fomento governamental possa ser

feito apenas pelas ONGs cadastradas no CNO e que sejam classificadas como Organização

da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Excluem-se desta obrigação as ONGs que

tenham título de utilidade pública; atestado de registro fornecido pelo Conselho Nacional de

Assistência Social (CNAS); qualificação de organização social; ou condição de entidade de

apoio. Fonte: Câmara dos Deputados8.

6 Site da Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.sustentabilidade.blog.br/?p=2063> Acesso em 07 set. 2009. 7 Site da Presidência da República. Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, LEI No 10.406, DE 10 DE

JANEIRO DE 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm> Acesso em: 07 set. 2009. 8 Site da Câmara dos Deputados. Projetos de Leis e Outras Proposições Disponível em:

<http://www2.camara.gov.br/internet/proposições> Acesso em: 06 set. 09.

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Para a AAPECAN, estas leis legitimam seu funcionamento perante a sociedade.

Regulamentação do trabalho voluntário no Brasil - Em 18 de fevereiro de 1998, foi

sancionada a lei nº 9.608, que dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.

Fonte: Presidência da República9.

O serviço voluntário é uma realidade antiga no Brasil. Faltava, no entanto, um diploma

legal que viesse a regular esta relação de trabalho a fim de não só estimular a prática do

voluntariado, como também, criar um respaldo jurídico capaz de facilitar a profissionalização

do serviço voluntário e evitar a reclamação de direitos trabalhistas. Tal regulamentação

favorece o compromisso da AAPECAN com seus profissionais voluntários.

3.1.5. Variáveis econômicas

As organizações sem fins lucrativos podem variar freqüentemente entre si, em razão de seus

objetivos, suas origens históricas e geográficas e suas formas de financiamento. Há um

consenso de que todas terão que gerir adequadamente seus recursos para conseguir alcançar

os objetivos para os quais foram criadas.

A experiência da gestão das empresas privadas e das organizações públicas é a

referência para a gestão das organizações não governamentais. Estas, iguais aquelas, devem

definir estratégias e objetivos, medir resultados e atuações para sobreviver e desenvolver

padrões legítimos e aceites de eficiência e eficácia.

As variáveis econômicas mostram a situação e o funcionamento da economia no qual

a organização está inserida. São exemplos: taxas de emprego, renda per capita, taxas de

inflação, influência das taxas de juros no investimento e disponibilidade de fontes de

financiamento.

A AAPECAN preocupa-se em administrar seus recursos de maneira eficiente, para

que a organização atinja seus reais objetivos, sem penalidades.

Emprego no Terceiro Setor - Ainda que não sejam empresas de negócios, as organizações

sem fins lucrativos têm "clientes" aos quais se destinam seus serviços e devem financiar suas

próprias atividades, fato que as obriga a pensar em termos próximos aos costumeiros nas

empresas que visam o lucro.

9 Site da Presidência da República. Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, LEI Nº 9.608, DE 18 DE

FEVEREIRO DE 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9608.htm> Acesso em 07set. 2009.

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A necessidade de serem rentáveis, produtivas e eficientes para poder competir na

captação dos recursos dos doadores privados e das administrações públicas, obriga essas

organizações a iniciar o caminho da profissionalização. O aumento de profissionais,

voluntários e associados exige o aperfeiçoamento dos mecanismos de cobrança de

mensalidades, de controle, coordenação e planejamento do trabalho e de gestão dos

membros da organização. A burocratização das ONGs faz aumentar os custos de pessoal, de

infra-estrutura e comunicação e marketing e arrecadação de fundos.

Essa busca pela eficiência transformou o Terceiro Setor em um gerador de emprego,

já que ele é a oitava economia do mundo, movimentando mais de US$ 1 trilhão por ano, cerca

de 8% do PIB mundial. No Brasil, representa cerca de 1% do PIB (equivalente a R$ 10,9

bilhões anuais), sendo R$ 1 bilhão em doações. Emprega cerca de 1,2 milhões de pessoas e

tem 20 milhões de voluntários (o Brasil é o quinto do mundo em voluntários). Entre 1991 e

1995, o mercado de trabalho no Terceiro Setor cresceu 44,38% contra 20% do Segundo Setor

(empresas). Fonte: Jornal Carreira & Sucesso10.

O Terceiro Setor necessita de profissionais versáteis e empreendedores, além de

gerar um ambiente de equipe entre seus profissionais, já que não existe clima de competição

comum nas empresas do Segundo Setor. Profissionais de empresas têm migrado para o

Terceiro Setor por ideologia, desejando mudar o quadro social atual e por já ser possível

projetar uma carreira dentro dele.

Para as empresas comerciais as organizações não-governamentais e de voluntariado

e seu capital de credibilidade e legitimidade representam um novo potencial a explorar.

Bancos, companhias de transporte e de seguros, distribuidoras de derivados de petróleo, entre

outras, esperam recuperar assim uma credibilidade que, se não está perdida, está pelo menos

questionada.

A AAPECAN, neste sentido, emprega em seu quadro funcional profissionais com

salário fixo mensal.

3.1.6. Variáveis tecnológicas

Talvez esta seja a força com maior expressão atualmente, em razão das novas tecnologias

utilizadas na fabricação de produtos, que geram grandes oportunidades de mercado e

proporcionam um valor superior à satisfação das necessidades dos consumidores e estimulam

10

Site Jornal Carreira & Sucesso. Seção Tendências. Emprego no terceiro setor: uma visão do Brasil e do Mundo. 126ª ed. Disponível em: <http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=4101> Acesso em: 08 nov. 2009.

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cada vez mais os investimentos no setor. Um exemplo está relacionado à indústria da

natalidade: a pílula anticoncepcional está reduzindo o tamanho das famílias.

Desenvolvimento tecnológico - O desenvolvimento tecnológico que as sociedades

modernas atingiram após longos séculos de estagnação, não foi suficiente para levar a

satisfação das necessidades a todas as pessoas.

Por outro lado, há claros indícios de que a sociedade civil tem-se mobilizado para

suprir as carências sociais coletivas, negligenciadas pelo Estado. Este cenário tem favorecido

o surgimento de organizações de cunho alternativo, como as organizações sem fins lucrativos

e as organizações não governamentais, constituindo-se um fenômeno dos tempos modernos,

sendo consideradas por muitos como a única possibilidade e esperança de sobrevivência para

as populações carentes. Fonte: Departamento de Administração do Ensino à Distância da

USP11.

Contudo, o mundo complexo e as alterações do ambiente estão constantemente

desafiando as organizações, portanto, o desafio de todas elas, grandes ou pequenas,

lucrativas ou não, é adaptar-se a essas turbulências do ambiente e continuar

competitivamente, realizando as suas atividades. Dentro dessa realidade, muitas organizações

são conduzidas por seus gestores baseados somente no seu feeling de anos de experiência e

decisões estratégicas que alteram e reorientam a organização para superação dos desafios

criados pelo ambiente. A perspectiva gerencial das organizações tem sido moldar-se às novas

circunstâncias, para acompanhar as transformações ocorridas no ambiente, implementando

ações que se amoldem às novas realidades, induzindo profundas mudanças nas estratégias

destas organizações.

Diante deste contexto, fica evidente a necessidade que todas as organizações,

inclusive as do Terceiro Setor ou não-lucrativas, têm de desenvolver a cultura de utilizar as

ferramentas administrativas e gerenciais modernas existentes no mercado para se adaptarem

às alterações do ambiente.

A tecnologia está revolucionando o mundo em que vivemos e cada vez mais surgem

novas possibilidades. É preciso estar atento às novas tendências, pois cada uma delas é uma

oportunidade de mercado para a organização.

Para a AAPECAN, o uso da tecnologia é indispensável, pois utiliza e-mails para

contato com suas unidades regionais, além do site elaborado para divulgação do seu serviço,

mas seus recursos tecnológicos são escassos, pois a AAPECAN depende de doações para

existir.

11

Site do Departamento de Administração do Ensino à Distância da USP. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/284.pdf> Acesso em: 07 set. 2009.

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24

Mapear o macro ambiente requer conhecimento do ambiente interno da organização

(micro ambiente). No entanto, cada negócio precisa avaliar constantemente suas forças e

fraquezas para, a partir daí, agir externamente, aproveitando as oportunidades e cuidando as

ameaças que surgem no mercado.

3.2. Análise do Setor

Segundo Chiavenato e Sapiro (2004) a análise setorial se refere à investigação,

monitoramento e previsões a respeito do setor de negócio da organização. Ao analisar seu

setor de atuação, a organização precisa ter uma percepção mais definida das oportunidades e

ameaças ambientais que podem influenciar seu desempenho competitivo.

O setor onde a AAPECAN se insere é o das organizações não governamentais. Este

setor, diferente das organizações capitalistas não possui concorrentes. Mesmo as ONGs que

trabalham no mesmo segmento ou defendendo a mesma causa, não podem ser consideradas

concorrentes. São parceiras. Podem e devem unir esforços para capitalizar mais recursos e

obter melhores resultados para a causa defendida.

3.2.1. Organizações Não Governamentais - ONGs

As organizações não governamentais – ONGs – são um fenômeno que tem seu crescimento e

sua expansão no Brasil, na década de 80. O que havia anteriormente “eram organizações e

entidades independentes e/ou filantrópicas, que não se autodenominavam ONGs”

(CAMARGO, 2001, p. 52).

Enquanto isso, em outros países da própria América Latina e do chamado “Primeiro

Mundo”, as entidades assistenciais demarcavam seu espaço de atuação como ONGs

(ibidem). No entanto, no Brasil, só há pouco tempo algumas entidades de cunho assistencial

têm-se integrado a esta rede. Sendo que as principais ONGs existentes não são de cunho

assistenciais / filantrópicas.

As ONGs caracterizam-se por serem organizações sem fins lucrativos, autônomas,

isto é, sem vínculo com o governo, voltadas para o atendimento das necessidades de

organizações de base popular, complementando a ação do Estado. Para viabilização de seus

projetos têm suas ações financiadas por agências de cooperação internacional, programas de

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incentivo da iniciativa privada, por meio de editais de projetos de cunho social, recursos

federais, além de recursos oriundos da venda de produtos próprios. Contam ainda com

trabalho voluntário. Atuam através da promoção social, visando contribuir para um processo

de desenvolvimento que supõe transformações estruturais da sociedade. Sua sobrevivência

independe de mecanismos de mercado ou da existência de lucro.

Para Canton (2002), as ONGs desempenham um papel primordial, pois ligam o

cidadão comum a entidades e organizações, tendo como finalidade a participação na solução

dos problemas identificados na sociedade. Sua atuação é voltada expressivamente para as

áreas da saúde, educação, habitação, onde a maior parte da população é pobre e o Estado

nunca teve como diretriz básica atender a estas necessidades. Para a autora deve-se deixar

claro que as ONGs são entidades com atividades voltadas para “a promoção do

desenvolvimento econômico e social, tipicamente no nível comunitário e de base” (2002, p. 4).

As ONGs são formas modernas de participação na sociedade, porque se organizam

em torno dos chamados direitos sócios-modernos (qualidade de vida, felicidade, não-

discriminação, etc.). Mas elas também são modernas porque buscam combinar valores

individuais com valores coletivos; a racionalidade individual (dada pelos desejos e aspirações

do ser humano) e a racionalidade científica (estudos e análises técnicas do problema em

questão). Conforme Camargo (2001):

As ONGs são modernas por constituírem espaços coletivos de participação da sociedade civil, a partir de interesses de grupos determinados, tendo como referência movimentos e organizações sociais. Elas são as entidades procuradas, por excelência, para ser a mediação nas políticas de parceria, ou seja, políticas que articulam o governo e a comunidade organizada. Entendemos que a questão da modernidade é histórica. Cada época elabora seus critérios de modernidade. Ser moderno neste início de século é ser um misto do novo e do antigo; é unir valores humanos com a técnica e a racionalidade científica; é pensar no coletivo sem esquecer a individualidade. (pág. 57)

3.2.2. O trabalho voluntário

Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu

interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração

alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros

campos”.

Para Camargo (2001), doando tempo e conhecimentos, o voluntário realiza um

trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do

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próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, que

podem ser de caráter religioso, cultural, filosófico, político ou emocional.

O propósito da filantropia era o enriquecimento da qualidade de vida das comunidades. O foco mudou do doador para o receptor, da salvação das almas para a resolução de problemas, da consciência individual para as questões comunitárias. Por meio da participação dos seus membros, esperava-se que a comunidade gerasse seus próprios benefícios; hoje em dia a comunidade é vista cada vez menos como o alvo da generosidade do doador e cada vez mais como uma parte integrante do capital social. (CAMARGO, 2001, p. 118)

O Brasil não tem uma forte tradição comunitária, apesar disso, é um setor que

cresceu consideravelmente nos últimos anos.

O trabalho voluntário, as ações voluntárias e a concepção de voluntário não são

temas com grandes fontes de estudo ou mesmo debates da sociedade brasileira.

Historicamente, esse tipo de trabalho esteve vinculado à atuação de damas caridosas da

sociedade, essencialmente tratando-se de um trabalho feminino.

Nas últimas décadas, em decorrência da luta por direitos humanos, civis e sociais é

que esse trabalho começou a ser visto, em algumas esferas da sociedade civil, como

possibilidade de ação cívica, bem como de ação voltada para o bem do público.

A ação voluntária pode ser apenas uma ajuda informal (ao vizinho, ao colega), um esforço no sentido de consolidar o espírito comunitário, uma ajuda formal (por meio de serviços organizados) e/ou uma oportunidade para mudanças sociais. No Brasil hoje, em maior ou menor grau, estão presentes as quatro vertentes, com certa predominância da terceira. (CAMARGO, 2001, p. 124)

Ainda existe na sociedade muito preconceito de ver o voluntariado não como um

trabalho, mas apenas como um passatempo. Também é comum associar o perfil do voluntário

ao de pessoas desocupadas e sem especialização. Por outro lado, algumas causas

sensibilizam mais a sociedade em geral, especialmente tratamentos de crianças doentes ou

deficientes.

3.2.3. Capacitações das ONGs

Dentre as principais distinções entre organizações do terceiro setor e outros tipos de

organização, relevantes para refletir sobre o tipo de capacitação que estas entidades

requerem, estão:

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Propósito/Missão - Ganhar dinheiro, para as organizações sem fins lucrativos, é

subsidiário ao propósito de prover algum bem ou serviço; enquanto para as empresas

privadas, a provisão de produtos ou serviços tem por objetivo gerar dinheiro.

Valores - Todas as organizações têm valores próprios, mas em nenhum setor os

valores são tão centrais ao propósito quanto no terceiro setor.

Aquisição de Recursos - Empresas normalmente obtêm recursos através da venda

de produtos e serviços; órgãos governamentais obtêm a maior parcela de seus recursos

através de impostos. Organizações do terceiro setor recebem dinheiro das mais variadas

fontes: vendas de serviços, doações de indivíduos, subsídios de fundações, empresas e do

governo, resultados de investimentos patrimoniais etc. A aquisição de recursos no terceiro

setor é, portanto, uma tarefa altamente complexa e demandante de uma variedade de técnicas

e conhecimento.

Resultado - No terceiro setor há clareza quanto ao que representa um bom resultado

e quais são os melhores indicadores de eficiência e eficácia.

Ambiente Legal - A legislação que incide sobre o terceiro setor difere

significativamente das leis dos outros setores, particularmente no que diz respeito à aplicação

dos recursos e à tributação.

Perfil do Trabalhador - No terceiro setor uma parcela do trabalho é realizada por

voluntários não-remunerados. O tipo de atividade realizada, o nível de qualificação dos

trabalhadores e a forma de remuneração diferem no terceiro setor da realidade do mercado

tradicional e do Estado.

Governança - A estrutura de poder e tomada de decisão no terceiro setor atribui um

papel importante ao conselho da entidade, formado por voluntários que não devem se

beneficiar dos resultados da organização. A relação entre o conselho e o corpo profissional

tende a ser mais próxima do que ocorre no Estado e no mercado.

Complexidade Organizacional - uma organização sem fins lucrativos é tipicamente

mais complexa do que uma organização empresarial, no tipo e variedade de serviços

prestados, na relação com múltiplos públicos, na dependência de fontes variadas de recursos

e outras dimensões.

Estas características apontadas não fazem as funções do terceiro setor diferentes de

qualquer outro tipo de organização. O mesmo pode ser dito para as áreas funcionais e

departamentos típicos de uma empresa, como marketing, comunicação, gestão de pessoal,

operações, gestão contábil e financeira, etc.; todos podem ser encontrados também em

entidades sem fins lucrativos. Mas o perfil do terceiro setor, assim como outras empresas,

requer do seu profissional conhecimentos, habilidades, atitudes e valores específicos.

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3.2.4. Qualidade de serviços

O caráter assistencial da atuação das organizações filantrópicas justificou, no passado, uma

postura resistente à introdução de práticas gerenciais. Qualidade significava, alternadamente,

oferecer o melhor serviço possível a um número limitado de beneficiários ou diluir entre uma

população carente os recursos disponíveis. A postura, em ambos os casos, era de que

qualquer iniciativa que se fizesse seria melhor alternativa a não fazer nada.

Deixando esta visão assistencial no passado, partimos para o enfoque da qualidade

de serviços, onde, a substituição da caridade e da filantropia por serviços prestados a

consumidores ou a cidadãos conscientes de seus direitos introduz a exigência do uso eficiente

dos recursos, e a necessidade de avaliação adequada do que deve ser priorizado, em função

dos recursos disponíveis, das necessidades do público e das alternativas existentes. O

aprimoramento da qualidade deve ser um objetivo contínuo das entidades, que não podem se

acomodar em uma postura de satisfação de estar fazendo a sua pequena parte, ou de

paralisia frente ao sentimento de impotência diante da magnitude dos déficits sociais. Fonte:

Site do Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor da USP12.

3.3. Análise micro ambiente

O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro dela e normalmente

tem implicação imediata e específica na administração da organização.

A análise do ambiente interno tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e

qualidades da empresa que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da

empresa deverão ser determinados diante da sua atual posição frente ao mercado. Essa

análise deve tomar como perspectiva para comparação as outras empresas do seu setor de

atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes potenciais.

Para Brum (2005), o sucesso das organizações depende da aproximação entre o

funcionário e a empresa, ou seja, de uma comunicação interna eficiente. A soma entre o

contentamento e a motivação dos funcionários relacionados à organização, gera qualidade no

trabalho desenvolvido. Assim, o contexto de uma empresa se estabelece a partir das pessoas

que nela trabalham.

12

Site do Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor, Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.icd.org.uy/mercosur/informes/2000/falconer1.html> Acesso em: 07 set. 2009.

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Sendo a informação, o principal produto da comunicação interna, cabe às organizações

desenvolverem e disseminarem mensagens aos seus funcionários, de maneira que

influenciem no comportamento, na qualidade, na produtividade e em outros assuntos

relevantes para a empresa e seus processos. São muitos instrumentos de comunicação

interna que podem ser desenvolvidos e utilizados para implantação de um processo de

comunicação, são exemplos: manuais internos, confecção de vídeos institucionais, jornal

interno, cartazes motivacionais, rádio interno, intranet, entre outros.

Conclui-se que a comunicação interna engloba ações desenvolvidas pela empresa,

voltadas para seu público interno, com o objetivo de desenvolver uma sintonia entre as partes,

através do conhecimento integrado.

Neste sentido, a AAPECAN se esforça em manter uma equipe de profissionais

treinados e qualificados, já que o foco de seu trabalho é voltado às pessoas portadoras de

câncer. Assim, preocupam-se com a motivação desses funcionários, realizando palestras com

profissionais da área, que fazem questão de ressaltar a relevância desses colaboradores para

a organização. Além de manter um mural interno atualizado com informações pertinentes aos

seus colaboradores.

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4. ANÁLISE DE PÚBLICOS

Público, segundo Kotler (1998) citado por Fortes (2003), é qualquer grupo que tem interesse

ou impacto real ou potencial sobre as condições da empresa atingir seus objetivos.

Para Andrade (2001, p.91), temos o seguinte conceito de público:

É um agrupamento espontâneo, constituído de pessoas, encarando uma controvérsia ou interesse, com idéias divididas quanto à solução ou medidas a serem tomadas, com oportunidade para discutir e emitir sua opinião, mediante a interação pessoal ou o uso dos veículos de comunicação.

Além disso, o autor ainda cita que cabe às Relações Públicas a importante tarefa de

formar públicos junto às instituições, facilitando a discussão e fornecendo as informações que

são características fundamentais e indispensáveis para criar um verdadeiro público.

Complementando, Hirschman (1973) acrescenta que cuidar do público é se preocupar

com o patrimônio da empresa e seu sucesso futuro, pois é dele que vem o lucro adquirido.

4.1. Classificações de Públicos

O modelo de Hirschman (1973) classifica os públicos como de saída, de voz e de lealdade. O

público do tipo „saída‟ caracteriza-se pela ação dos públicos de saírem do sistema, caso não

legitimem as ações organizacionais. O público do tipo „voz‟ tem origem na ação dos públicos

de se manterem no sistema, tentando intervir nas decisões organizacionais. Já o tipo de

público „lealdade‟ caracteriza-se pela ação dos públicos de manterem-se no sistema,

colaborando com a consecução dos objetivos da organização, sem tentarem alterar as

decisões organizacionais.

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França (2004) classifica seus públicos em três categorias: essenciais, não-essenciais

e de redes de interferência.

Os essenciais são aqueles públicos juridicamente ligados à organização e dos quais depende para a sua constituição, manutenção de sua estrutura, sobrevivência e para a execução de suas atividades-fim.” (FRANÇA, 2004, p.105). Os públicos não-essenciais definem-se como redes de interesse específico pelo grau de maior ou menor participação nas atividades da organização; são considerados não-essenciais, pois, não participam das atividades-fim, mas tão-somente das atividades-meio; não estão ligados aos fatores produtivos, mas à prestação de serviços ou à intermediação política ou social. Atuam externamente na promoção institucional, corporativa e mercadológica da organização ou intermediando os relacionamentos com o mercado. (ibidem, p.109). Públicos de redes de interferência representam públicos especiais do cenário externo das organizações, que pelo seu poder de liderança operacional ou representativa junto ao mercado e à opinião pública podem gerar interferências indesejáveis para a organização ou podem apoiá-Ias, como seria esperado. Essa classificação inclui públicos do cenário externo. (ibidem, p.111).

Há ainda a teoria apresentada pelo Professor Simões, que resgatou o teórico francês

Lucien Matrat, que diz que os públicos podem exercer maior ou menor poder nas

organizações dependendo da conjuntura em que estão inseridos. Matrat (Simões, 1995)

baseado no critério de poder, estabelece até que ponto determinado público pode influenciar

uma organização ou ser influenciado por ela e contempla os constantes deslocamentos dos

públicos em relação às fronteiras organizacionais (que são móveis). Ou seja, o público que

apóia a organização é seu parceiro em uma situação, na semana seguinte, devido a

determinadas circunstâncias, pode ser aquele que inicia um processo de desgaste da imagem

ou gera comprometimento nas relações do sistema social organização - públicos.

Matrat classificou os públicos quanto ao tipo de poder que exercem sobre as

organizações. Enquadrou-os em quatro tipos distintos:

Decisão – Situa os públicos que, através de seu poder, permite o surgimento e a

permanência legal da organização através de leis pré-estabelecidas e aplicadas por meio de

registros e alvarás.

Consulta – São os públicos que a organização costuma consultar antes de agir.

Conselhos diretivos, órgãos parceiros, etc.

Comportamento – Destes depende o avanço ou retrocesso das ações da

organização. Como os funcionários, fornecedores, empregados terceirizados.

Opinião – Exercem poder pela simples manifestação de seu julgamento e seu ponto

de vista. Os formadores de opinião são capazes de influenciar o modo de pensar de outros

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32

indivíduos. Podem ser jornalistas, especialistas, ou pessoas que exercem liderança sobre

outros.

4.2. A Classificação de públicos escolhida para este projeto

Analisando o contexto em que a AAPECAN está inserida e mapeando seus públicos, este

projeto de comunicação se baseia na classificação de Matrat.

Os alunos responsáveis por este trabalho defendem que a classificação de públicos

apresentada por Matrat, baseada no critério da relação de poder, é a que melhor contempla os

constantes deslocamentos dos públicos em relação às fronteiras organizacionais.

Esses públicos podem exercer maior ou menor poder nas organizações, dependendo

da conjuntura em que estão inseridos. O critério de poder deixa claro até que ponto

determinado público pode influenciar uma organização ou ser influenciado por ela. E isso pode

mudar. Ou seja, o público que apóia a organização é seu parceiro em uma situação, na

semana seguinte, devido a determinadas circunstâncias, pode ser aquele que inicia um

processo de desgaste da imagem ou gera comprometimento nas relações do sistema social

organização - públicos.

Em função das fronteiras organizacionais serem facilmente transponíveis, Matrat está

sendo considerado como o teórico que melhor contempla as diferentes relações de

relacionamento com os públicos.

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33

4.3. Mapeamento dos Públicos da AAPECAN

Unidades AAPECAN Bento Gonçalves

Funcionários Caxias do Sul

AAPECAN Familiares dos funcionários Farroupilha

Voluntários Lajeado

Pessoas portadoras de câncer Pelotas

Familiares dos portadores de câncer Rio Grande

Santa Cruz do Sul

Santa Maria

Porto Alegre

HEMORGS (Unidade Móvel)

Hospitais

Outras ONGs (Parceiros Voluntários, ABRALE)

Universidades

Parceiros Convênios de Saúde

INCA/REDOME

Organizações da área da saúde

Profissionais da área da saúde

Estudantes de medicina

Sociedade Civil Pessoa Física

Pessoa Jurídica (empresários)

Pacientes portadores de câncer

Usuários AAPECAN Familiares dos pacientes

Amigos

SIMERS13

CREMERS

AMRIGS

Entidades de Classe SBPO

Públicos de Opinião COFEN / COREN

CFP / CRPRS

CFF / CRFRS

Médicos que exercem influência na especialidade oncologia

13

Todas as siglas constantes no mapeamento de públicos estão listadas no glossário deste projeto.

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34

Ministério da Saúde

Secretaria Estadual de Saúde

Poder Público Secretarias Municipais de Saúde

Governos Federal, Estadual e Municipais

INCA

Rádio

Imprensa Jornal

TV

Internet

Potenciais doadores de medula óssea

Doadores cadastrados no REDOME

Familiares e amigos de pessoas com câncer

Público em potencial Entidades engajadas na luta contra todos os tipos de câncer

Empresários que possam apoiar as ações da AAPECAN

Novos voluntários

Comunidade das cidades onde a AAPECAN tem sede

Comunidade das cidades onde a AAPECAN não tem sede

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4.4. Situação do Relacionamento da AAPECAN com seus públicos

Segmentos de Públicos

Perfil Relacionamento Problemas de

Relacionamento

Decis

ão

Governo nas três esferas

representativas do poder:

Federal, Estadual e Municipal

Órgãos responsáveis pela administração pública brasileira, representados por suas secretarias. Para a AAPECAN, as

esferas municipais são as mais presentes, pois as unidades da ONG estão locadas nos municípios do RS

Base legal de poder, através da legislação da saúde e a da

regulamentação das ONGs no Brasil

Não foi identificado

Co

nsu

lta

AMRIGS Associação dos médicos do RS que apóia ações voltadas para o desenvolvimento comunitário e para a promoção

social Não foi identificado -

CREMERS Conselho regional dos médicos, autarquia federal de direito

público que defender a eticidade na medicina Não foi identificado -

SIMERS

Sindicato dos Médicos do RS que considera a saúde como bem estar físico, psíquico e social, intrínseco à condição

humana, como a Liberdade. Em sua defesa, promove ações, articuladas com a sociedade

Não foi identificado -

SBPO

Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia, congrega profissionais, com interesse na área para o estudo,

pesquisa e divulgação e o desenvolvimento da psico-oncologia em todo o Brasil

Não foi identificado -

INCA Instituto Nacional do Câncer normalizador e coordenador da

política nacional de controle do câncer no Brasil

Legitimação das ações de cadastro de doadores voluntários

de medula óssea Não foi identificado

ONGs Organizações não governamentais engajadas na luta contra

o câncer Apoio em pesquisas e know how Pouca interação

Co

mp

ort

am

en

to

Funcionários Pessoas de várias classes sócio-econômicas e de diversas

faixas etárias Vinculo empregatício com a

AAPECAN Nenhum problema de

relacionamento foi relatado

Voluntários Profissionais liberais de diversas áreas que colocam seus

serviços à disposição da AAPECAN Apoio profissional qualificado e

troca de experiências Não foi identificado

Pessoas portadoras de

câncer

Pessoas de ambos os sexos, de várias faixas etárias, com variados perfis sócio-econômicos, não sendo possível

estabelecer um perfil

Relação de apoio e assistência social, médica e psicológica

A AAPECAN não relatou problema no relacionamento

com este público

Familiares dos portadores de

câncer

Pessoas de ambos os sexos, de várias faixas etárias, com variados perfis sócio-econômicos, não sendo possível

estabelecer um perfil

Relação de apoio e assistência social, médica e psicológica

A AAPECAN não relatou problema no relacionamento

com este público

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36

Op

iniã

o

Imprensa Veículos de comunicação do Rio Grande do Sul Através da assessoria de

comunicação, com envio de releases e pautas

Pouca interatividade

Médicos oncologistas

Médicos oncologistas registrados no CRM Suporte e orientações médicas A AAPECAN não relatou

problema no relacionamento com este público

Outras ONGs Organizações não governamentais engajadas na luta contra

o câncer ou outras ações que tenham o mesmo caráter

Parcerias e interação para desenvolvimento de projetos e

eventos Pouca articulação

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5. DIAGNÓSTICO

Diagnóstico significa conhecer a realidade do que se

pretende atuar. (Simões, 2006).

O diagnóstico foi realizado a partir de visitas à Associação de Apoio às Pessoas com Câncer.

A AAPECAN de Porto Alegre surgiu em 2006. Mesmo sendo recente, atende um número

significativo de pessoas portadoras de câncer.

Além de sua matriz, possui outras filiais que desenvolvem a mesma proposta. Seus

recursos provêm de doações da comunidade, dos empresários e da venda de produtos com a

marca da associação.

Por ser uma organização não governamental, sem fins lucrativos, seus recursos

financeiros e materiais são limitados. Sendo assim, está vulnerável a eventuais crises

financeiras externas.

Como é uma filial, deve sempre reportar-se à Matriz para tomada de decisões finais, o

que torna esse processo burocrático.

Sendo uma ONG com pouco tempo de atuação, apresenta inexperiência em questões

pontuais como: comunicação interna não eficiente e há desinformação à respeito de assuntos

cotidianos. Em contrapartida, é uma ONG atuante que tem abrangência regional, fazendo-se

presente em nove municípios.

Como diferencial de outras ONGs de apoio a pessoas com câncer, a AAPECAN

estabelece relacionamento direto com os portadores da doença e seus familiares, percebe-se

que há uma preocupação constante em acolhê-los e oferecer assistência às suas diversas

necessidades.

Segundo Kunsch (2003), um mapeamento criterioso dos pontos fortes e fracos ajuda

os estrategistas da comunicação organizacional a construir um diagnóstico correto da real

situação do ambiente interno da organização. A autora também ressalta a importância de

considerar se o ambiente organizacional interno constitui um elemento facilitador da

comunicação ou, ao contrário, dificulta essa comunicação.

A partir desse diagnóstico, foram estabelecidas as conclusões sobre a análise dos

ambientes, abordando suas ameaças e oportunidades e os pontos fortes e fracos, mostrados

a seguir.

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5.1. Conclusões sobre a análise dos ambientes: externo, setorial (ameaças

e oportunidades) e interno (pontos fortes e fracos);

Para Kunsch (2007) um dos fatores principais para o sucesso de algumas ONGs está

relacionado com as estratégias de comunicação adotadas. A autora explica:

No âmbito de uma sociedade cada vez mais complexa, reserva-se à comunicação um papel de crescente importância nas organizações. Os movimentos sociais e as comunidades têm de orientar-se por uma política que privilegie o estabelecimento de canais efetivos de ligação com os diferentes setores da sociedade, abrindo caminhos para sua efetiva mobilização e articulação. A comunicação deve constituir-se em uma estratégia nessa direção, agregando valores, facilitando processos interativos e viabilizando as necessárias mediações. (KUNSCH, 2007, p. 295, 296).

Neste contexto, analisou-se os ambientes da AAPECAN, evidenciando suas forças e

fraquezas no ambiente interno e as oportunidades e ameaças no ambiente externo. Esta

análise restringe a sede de Porto Alegre, cliente deste projeto.

Inte

rno

Forças Fraquezas

Mantém-se principalmente com doações Atende e orienta pessoas com câncer que não possuem

condições financeiras Atende e orienta pessoas com câncer e seus familiares em muitas

cidades do RS Forte telemarketing

Campanhas contra o tabagismo Campanha de doação de medula

Profissionais voluntários qualificados Grande número de voluntários

Acompanhamento de assistência social às pessoas com câncer Os usuários da AAPECAN sentem-se muito gratos pelo auxilio e

apoio prestado pela associação Possui atendimento psicológico

Possuem um número significativo de materiais informativos

Recursos materiais restritos por dependerem de doações Redação de emails frágeis

Identidade visual não atrativa Site de difícil navegação

Exte

rno

Oportunidades Ameaças

Integração com outras Entidades que auxiliam os portadores de câncer e seus familiares a fim de canalizar as ações, otimizando

os resultados Não receber contribuições

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6. PROGNÓSTICO

Em relação à comunicação interna e desinformação sobre temas cotidianos, devem-se unificar

as ações realizadas dentro da associação, afim de que todos os membros da AAPECAN

sejam bem informados e multiplicadores das atividades.

A filial de Porto Alegre deveria ter mais autonomia, e não depender tanto da matriz de

Caxias do Sul, agilizando seus processos decisórios.

Seria interessante buscar um apoio de incentivo financeiro periódico e fiel, afim de

que a associação possa planejar seus recursos a longo prazo.

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40

7. POLÍTICAS DE AÇÕES

Para Pereira (1999, p. 135), as políticas de ações “não consistem em uma lista

arbitrária de dados, mas em uma construção elaborada capaz de fornecer informações sobre

o momento atual e um referencial preditivo para o comportamento futuro da empresa”.

Destaca ainda que o diagnóstico organizacional pode ser definido como uma avaliação do

estado atual de uma organização e objetiva:

1) “descobrir suas forças, vantagens ou pontos fortes, bem como as estratégias para

explorá-los ao máximo”; e

2) “identificar suas fraquezas, desvantagens ou pontos fracos, buscando eliminá-los ou

pelo menos abrandar os seus efeitos” (ibidem).

Analisando a AAPECAN, foi possível destacar alguns pontos fortes e propor

estratégias para maximizar estes pontos.

Da mesma forma, foi possível verificar pontos fracos, que podem significar futuros

abalos na organização e também propor estratégias para contornar estes pontos, evitando

problemas maiores decorrentes das fragilidades.

Para melhor visualização dos pontos fortes e fracos da AAPECAN, estes foram

organizados em forma de quadros.

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7.1. Quadro dos Pontos Fortes da AAPECAN

Pontos Fortes Estratégias

(ações para capitalizar) Comunicação – Instrumentos

ONG - Tem apoio da lei federal nº 9790 sendo

beneficiada pela isenção tributária

Realização de eventos institucionais

Fazer uso do telemarketing para a divulgação do trabalho desenvolvido pela

ONG

Profissionais voluntários de diversas áreas do

conhecimento possibilitam a prestação de

assistência comunitária

Utilizar os profissionais voluntários como agentes

multiplicadores das ações da AAPECAN para recrutamento

de novos voluntários

Site com informações que explicam as assistências voluntárias prestadas;

eventos com a presença dos voluntários, dando ênfase ao trabalho que

desenvolvem; usar as palestras de cunho informativo para valorizar a ação dos

voluntários

Seminários e palestras informativas e preventivas

Trazer um profissional capacitado em determinados

assuntos que traga informação de qualidade para

os usuários

Eventos

Linguagem acessível ao público leigo

Reformulação do site, destacando a relação público

- organização Site e folders

7.1. Quadro dos Pontos Fracos da AAPECAN

Pontos Fracos Estratégias

(ações para capitalizar) Comunicação – Instrumentos

Falta de planejamento para ações externas

Elaborar planejamento com metas e previsão da proporção que se deseja

objetivar

Criação de um manual de eventos

Identidade visual

Estabelecer parceria com agência de publicidade a fim de modernizar a identidade

visual aproximando-a de um ideal atrativo para o público

Uniformizar todos os canais de comunicação

da AAPECAN

Pouca integração com entidades do mesmo

segmento

Integração com as ONGS que trabalham com o mesmo tema, buscando convergência para potencializar os resultados das ações

Reuniões estratégicas

Despreparo do setor de comunicação para

atendimento de público externo

Desenvolver o planejamento estratégico de comunicação

Plano estratégico de comunicação

Site pouco atraente e de difícil navegação

Reformulação do site com botões que facilitem a navegação e o tornem funcional

E-mail marketing convidando a acessar o

novo site

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8. A COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES

Inserido no processo da gestão da comunicação está o papel da atividade de Relações

Públicas que tem como compromisso buscar ferramentas para articular a comunicação interna

e externa da organização.

A comunicação organizacional, como objeto de pesquisa, é a disciplina que estuda

como se processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações no âmbito da

sociedade global. Ela analisa o sistema, o funcionamento e o processo de comunicação entre

a organização e seus diversos públicos, afirma Kunsch (2003). Neste contexto, a autora

sugere uma comunicação integrada que pressupõe a junção da comunicação institucional,

mercadológica, interna e administrativa, formando o mix ou o composto da comunicação

organizacional.

Para Fortes (2003) a comunicação organizacional interna consiste nos recursos

humanos da empresa, formado por todos que possuem vínculo de trabalho, isto é, estão

“ligados à empresa por relações funcionais oficializadas”.

A comunicação interna pode ser formal ou informal. Segundo Kunsch (2003), a

comunicação formal ocorre da seguinte maneira: a comunicação descendente ou vertical liga-

se ao processo de informações da cúpula diretiva da organização para os subalternos, isto é,

a comunicação de cima para baixo, traduzindo a filosofia, as normas e as diretrizes dessa

mesma organização. (...) Na comunicação ascendente, o processo é o contrário: são as

pessoas situadas na posição inferior da estrutura organizacional que enviam à cúpula suas

informações, por meio de instrumentos planejados, como caixa de sugestões, reuniões com

trabalhadores, sistemas de consultas, pesquisas de clima organizacional e satisfação no

trabalho. A intensidade do fluxo ascendente de comunicação irá depender fundamentalmente

da filosofia e da política da organização.

No fluxo horizontal ou lateral a comunicação ocorre no mesmo nível. É a

comunicação entre os pares e as pessoas situadas em posições hierárquicas semelhantes. A

comunicação se processa entre os departamentos, seções, serviços, unidades de negócios,

etc.

O sistema informal de comunicação emerge das relações sociais entre as pessoas,

se manifesta independente da rede formal, podendo, algumas vezes, produzir boatos ou mal-

entendidos, mas podendo servir de suporte para a comunicação formal e desempenhar

relevante papel dentro da organização, caso esse processo seja bem gerenciado.

Para Kunsh (2003) o fluxo transversal ou longitudinal é um fluxo informal, que se dá

em todas as direções, fazendo-se presente nos fluxos descendentes, ascendentes e

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horizontais nas mais variadas posições das estruturas ou arquitetura organizacional. O fluxo

circular caracteriza-se como fluxo informal, “abarca todos os níveis sem se ajustar às direções

tradicionais e seu conteúdo – pode ser tanto mais amplo quanto maior for o grau de

aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos” (KUNSCH apud Gotari e

Gutiérrez, 1990, p. 67). Utiliza-se para tanto, diversos métodos, recursos e canais orais,

escritos, audiovisuais, entre outros.

8.1. Comunicação comunitária e relações públicas

A palavra comunicação deriva de communicare que, em latim, significa “tornar comum,

partilhar, repartir, associar, trocar opiniões”. Portanto, pode ser entendida como um processo

social dinâmico, contínuo e complexo, que se apresenta no dia-a-dia das organizações em

distintas dimensões.

Lesly (2002), diz que a habilidade de se comunicar é uma parte tão básica da

experiência humana que é isso que faz possível tudo aquilo que diferencia o homem do resto

da criação. A habilidade de uma pessoa de se inter-relacionar com outra, através da troca de

idéias, é o primeiro passo que diferencia o ser humano das outras criaturas.

A comunicação comunitária surgiu com as necessidades locais e serve aos interesses

aglutinados em torno das associações comunitárias. Quando desenvolvida em bases

democráticas, configura não só o acesso a ela, como também a partilha do poder de difundir

conteúdos e de gerir a instituição, como afirma Peruzzo (2007).

A comunicação comunitária ganha papel de relevo na construção da cidadania, pois

possibilita novas formas de atuação para as relações públicas, oferecendo alternativas à

sociedade civil e aos grupos populares organizados.

A comunicação/relações públicas tem por função desenvolver a inquietude social e, assim, formar a cidadania. O dissenso é um meio para chegar à cidadania, que só será efetivada quando se conseguir formar agentes de mudança dispostos a correr riscos para construir um mundo melhor (MURADE, 2007, p. 160).

Para Kunsch (2007) as Relações Públicas comunitárias pressupõem uma atuação

interativa, em que o profissional é um articulador e um incentivador, mais do que um simples

transmissor de saberes e aplicador de técnicas aprendidas na universidade.

São inúmeras atividades que o profissional de relações públicas disponibiliza para

desenvolver políticas sociais dentro das organizações. Além das mais conhecidas e rotineiras,

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adaptadas às questões sociais, ele pode usar novos instrumentos, condizentes não só com a

imposição do atual panorama social, como também com as novas tecnologias e as novas

exigências da sociedade, como afirma Oliveira (2007).

Para Kunsch (2003), as Relações Públicas, como área profissional, se aplica em

qualquer tipo de organização. Tradicionalmente, estavam mais centradas no âmbito

empresarial e governamental. Mas, nas últimas décadas, o panorama mudou. E com o

fortalecimento da sociedade civil, a valorização do terceiro setor, o crescimento do número de

organizações não-governamentais, além da existência de inúmeras outras entidades com ou

sem fins lucrativos, as possibilidades aumentaram muito.

Fortes (2003) afirma que a sociedade atual se caracteriza por um ambiente que

privilegia o conhecimento e a informação, devido às mudanças e às evoluções tecnológicas,

constata que as organizações que procuram obter êxito em seus empreendimentos devem

consolidar os relacionamentos com públicos. O sistema, conforme o autor, é gerenciado pela

área de Relações Públicas que possui conhecimento necessário para desenvolver e

implementar políticas de comunicação entre as organizações e seus diversos públicos.

8.2. A importância da comunicação no terceiro setor

As organizações não governamentais tem ganhado cada vez mais importância na sociedade.

Muitas organizações com este perfil não se preocupam, ou não tem o conhecimento, da

necessidade de implantar a comunicação estratégica.

O terceiro setor necessita da comunicação como ferramenta para sua sobrevivência e

também para poder reforçar suas ações. Mas para isso, precisa trabalhar sua reputação como

qualquer outro tipo de organização. Construindo uma boa imagem, de transparência e

credibilidade, é possível conseguir o apoio de outros setores que ajudarão em sua causa.

Neste ponto, o relacionamento com a mídia se torna um fator a ser considerado.

Estabelecendo um bom relacionamento e fornecendo à mídia as informações necessárias, é

possível mostrar quem é a organização e construir a imagem que facilitará todo seu trabalho.

A mídia é apenas um dos públicos das ONGs. Estas devem trabalhar também a sua

comunicação interna. O público interno deve estar bem informado para sentir- se integrado ao

meio e assim poder realizar o trabalho com mais comprometimento.

Entre estas e outras características, a comunicação estratégica deve ser implantada

no terceiro setor. Desta maneira fica mais fácil para a organização atingir seus objetivos e

transformar a realidade social.

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8.3. Aplicação no contexto da organização estudada

A AAPECAN utiliza as ferramentas de comunicação com diversas finalidades, como: buscar

novos parceiros e doadores, recrutar voluntários, informar conselheiros e outros parceiros

sobre o andamento das atividades, aumentar o envolvimento dos beneficiários e de suas

famílias, prestar contas à sociedade sobre como estão investindo os recursos que recebem,

etc.

Para a AAPECAN, uma boa comunicação é fundamental para continuar dando

andamento as suas atividades, é indispensável uma boa estrutura comunicacional para

mobilizar a opinião pública. As organizações precisam se conscientizar que este trabalho feito

por profissionais devidamente capacitados é mais eficaz a médio e longo prazo, permitindo

melhores resultados e conferindo mais visibilidade à ONG.

A comunicação não deve ser feita só externamente, o envolvimento do público interno

da ONG é fundamental. Através de um bom trabalho com o público interno consegue-se o

envolvimento destes com a causa e uma vez engajados farão seu trabalho com maior

comprometimento sendo importantes multiplicadores da instituição.

Mesmo a falta de recursos sendo um obstáculo, diversas ferramentas podem ser

utilizadas para ampliar a maneira como a AAPECAN se comunica com a comunidade. Como

por exemplo, a assessoria de imprensa que não necessita de grandes investimentos para

fornecer releases das atividades desenvolvidas. Buscas por dados sobre a área de atuação

podem gerar notícias, mídia espontânea, reportagens e matérias de destaque atingindo

pessoas em diversos locais. Um bom relacionamento com os veículos de comunicação de

massa é imprescindível. O profissional de Relações Públicas dentro de uma ONG tem que ser

muito criativo e versátil, devido à falta de financiamento para as ações que precisam ser

desenvolvidas. A comunicação estratégica é importante, pois as ONGS estão se beneficiando

deste instrumento tornando-se cada vez mais sólidas e atuantes.

Desta forma, fica evidente a AAPECAN só alcançará seus objetivos em plenitude,

através de comunicação eficiente.

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9. PROGRAMAS

Para incentivar o cadastramento voluntário de doadores de medula óssea, a atividade de

Relações Públicas pode utilizar canais de comunicação que levem a seus públicos

informações de qualidade, gerando credibilidade e boa vontade na sociedade.

O programa desenvolvido para a AAPECAN, leva em consideração conclusões de

pesquisa prévia14 realizada na disciplina de Projeto Experimental de Pesquisa do curso de

Relações Públicas da Famecos (2009/1), aplicada entre a população com 18 a 55 anos, na

Região Metropolitana de Porto Alegre.

9.1. Programa I - Desmitificando a Doação de Medula Óssea

Para desmitificar a doação de medula óssea, será elaborado um manual informativo contendo

informações sobre o que é a leucemia, o diagnóstico, doação de medula óssea, doadores

compatíveis, doadores voluntários, REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula

Óssea, quem pode ser doador de medula óssea, passo a passo para os procedimentos da

doação, métodos de doação, comportamento dos doares e Lei Pietro.

9.1.1. Ação - Manual Impresso do Doador Voluntário de Medula Óssea

As organizações têm usado manuais de todos os tipos como um instrumento de comunicação

para informar seus públicos de interesse e ou informar sobre os mais diversos assuntos. Este

manual informará sobre a doação voluntária de medula óssea e pretende derrubar os mitos

que impedem a adesão de novos doadores voluntários.

Justificativa - Segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA, a leucemia afeta,

aproximadamente, nove mil pessoas por ano no Brasil, sendo uma das principais causas de

morte infanto-juvenil (Fonte: INCA15). A principal forma de tratamento é o transplante de

medula óssea. A doação é voluntária e qualquer pessoa pode ser doadora.

14

Pesquisa publicada no portal www.eusoufamecos.pucrs.br no espaço portfólio. 15

Site do Instituto Nacional do Câncer – INCA. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2008> Acesso em: 08 set. 2009.

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47

A partir de pesquisa realizada na disciplina de Projeto Experimental de Pesquisa,

constatou-se que a desinformação é o principal problema na luta contra a leucemia,

provocando a escassez de doadores voluntários de medula óssea. A construção de mitos,

como o medo de ficar paraplégico e a confusão entre medula óssea e medula espinhal é uma

grande barreira para a doação.

A elaboração do manual do doador voluntário de medula óssea vem de encontro a

estes mitos criados pela sociedade. Reunindo informações claras e objetivas, o manual

pretende desmitificar o processo de doação voluntária de medula óssea e atingir diretamente o

doador potencial.

Objetivo - Desmitificar a doação de medula óssea, através da divulgação de informações

claras e objetivas.

Público Alvo - Pessoas entre 18 e 55 anos; crianças em idade escolar.

Período - A partir do segundo semestre de 2009, o manual pretende ser um instrumento

permanente de divulgação sobre a leucemia, o cadastro voluntário e a doação da medula

óssea para a AAPECAN em suas campanhas.

Estratégia - Distribuição em todo o Estado do Rio Grande do Sul, através das Unidades da

AAPECAN, em suas participações em eventos públicos com o objetivo de mobilizar a

sociedade em relação ao cadastro voluntário e à doação de medula óssea.

Mecânica – criar um manual impresso que se torne referência para os doadores voluntários

de medula óssea. O manual possui 16 páginas, tamanho A5, será impresso e entregue a

AAPECAN para distribuição16.

Comunicação/Instrumentos – O manual impresso é um instrumento de comunicação e

viabilizará o diálogo com os públicos de interesse da AAPECAN.

Recursos necessários – Para a execução desta ação, foi necessária a utilização de recursos

humanos, físicos e tecnológicos. Os recursos financeiros limitam-se a impressão do manual,

pois todas as ações foram realizadas pelos membros do grupo ou parceiros.

16

Apêndice 1. Dois modelos do manual foram apresentados para escolha da AAPECAN.

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Ações Recursos Humanos

Recurso Físico Tecnológico

Recurso Financeiro

Coleta de informações

Membros do grupo Impressão gráfica Apoio Visão Social e patrocínio 4P soluções em marketing e design

Diagramador Fabiana Fernandes Corel Draw e Photoshop

sem ônus

Revisão ortográfica

Professor Tibério Ramos Vargas

- Sem ônus

Revisão de diagramação

Membros do grupo - Sem ônus

Aprovação do manual

Cliente - AAPECAN Prova do manual

(boneco) Sem ônus

Custos – esta ação recebeu o apoio de Rudaia Correia, Coordenadora do Comitê da

Solidariedade e Supervisora Geral do Programa Visão Social que conseguiu patrocínio para a

impressão do manual com a 4P Soluções em Marketing.

Públicos envolvidos – Esta ação envolve vários públicos desde a sua concepção até a o

resultado final. Para a elaboração do manual foi necessário o envolvimento de estudantes de

Relações Públicas responsáveis pela elaboração do programa, coleta das informações a

serem inseridas no impresso e diagramação. A ação contou, também, com parceria de

professor universitário para a revisão ortográfica. A equipe da AAPECAN disponibilizou as

imagens da identidade visual para a confecção do layout do manual, além da aprovação final

do manual. Públicos fornecedores para orçamentos e impressão, como Gráficas de Porto

Alegre foram consultados;

Cronograma com lista de providências e controle

Providência Responsável Prazo Situação

Conteúdo informativo do manual Grupo 25/09 Ok

Identidade visual da AAPECAN Patricia 08/10 Ok

Diagramação Fabiana 09/10 Ok

Parceria para impressão do manual Lisiane 07/10 Ok

Aprovação do Manual Equipe AAPECAN 13/11 Ok

Captação de recursos Grupo Até 30/11 Ok

Impressão Lisiane Até 08/12 Depende do parceiro

Entrega do manual para a AAPECAN Grupo Até o dia 15/12 Depende do parceiro

Sistema de avaliação – a proposta do manual é tornar-se um instrumento permanente de

divulgação da AAPECAN como ferramenta esclarecedora do processo de doação voluntária

de medula óssea. Em função deste caráter permanente, não será possível mensurar os

resultados dentro do período de realização do projeto. Entretanto, o presente estudo deixa

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como sugestão duas formas de avaliação periódica dos resultados obtidos através da

distribuição do manual.

1) Verificação junto ao REDOME, se o número de cadastrados sofreu alteração

significativa nas regiões de distribuição do manual, após a implementação da ação.

2) A AAPECAN possui um instrumento próprio de controle dos registros de cadastros

após cada evento realizado. Verificar possível aumento dos registros após a

distribuição do manual.

9.2. Programa II – Vídeo Institucional

Para divulgar de forma profissional o trabalho desenvolvido pela AAPECAN, foi

elaborado um vídeo institucional contendo informações sobre a instituição, e seus projetos.

9.2.1. Ação – Vídeo Institucional da AAPECAN

O vídeo institucional é um tipo de comunicação dirigida que transmite de forma clara e direta

informações pertinentes sobre a empresa. É uma maneira eficaz de atingir vários segmentos

de públicos diferentes e passar a mensagem desejada (Fonte: RM3 TV e Multimídia Produtora

de Vídeo17).

A AAPECAN, através de um vídeo institucional, poderá chegar a públicos diversos,

usando a rede mundial de computadores para disseminar seu trabalho e conscientizar mais

pessoas na luta contra o câncer.

Objetivo - Este vídeo pretende informar sobre as atividades e os serviços prestados pela

associação e pretende disseminar a atuação da AAPECAN, podendo ser apresentado em

palestras, para futuros parceiros, em captação de recursos. Como o vídeo é uma ferramenta

que se presta facilmente para internet, este também poderá ser visualizado por todos os

internautas.

17

Site da RM3 TV e Multimídia Produtora de Vídeo. Disponível em: <http://www.rm3.com.br> Acesso em 18 nov. 2009.

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Público Alvo – hospitais, outras organizações não governamentais, parceiros, imprensa,

governo e comunidade dos municípios onde a AAPECAN tem sede.

Período - Esta ação será permanente.

Estratégia – através da produção de um vídeo institucional, promover a AAPECAN junto a

seus públicos e parceiros, profissionalizando o posicionamento da entidade.

Mecânica – Criação de um vídeo institucional que poderá ser utilizado para apresentar a

empresa em eventos, divulgados no site, ou utilizado para comunicação áudio-visual. O vídeo

terá aproximadamente cinco minutos e contemplará as unidades da AAPECAN e suas

propostas de atuação.

Comunicação/Instrumentos – O vídeo é um instrumento de comunicação e viabilizará o

diálogo com os públicos de interesse da AAPECAN.

Recursos necessários

Ações Recursos Humanos Recurso Físico

Tecnológico Recurso

Financeiro

Roteiro Carolina Faraco e Lisiane Silva Editor de texto Sem ônus

Registro das imagens Carolina Faraco Câmera digital sem ônus

Edição de imagens Centro de Produção Multimídia da

Famecos – COM Ilha de edição Sem ônus

Aprovação do vídeo Equipe AAPECAN - Sem ônus

Divulgação na rede Equipe AAPECAN Internet Sem ônus

Custos – esta ação, por ser desenvolvida pelo grupo de alunos de relações públicas com

apoio da faculdade, não tem custos.

Públicos envolvidos – Esta ação envolve vários públicos desde a sua concepção até a o

resultado final. Para a elaboração do roteiro, captura das imagens e providencias para a

edição, foi necessário o envolvimento de estudantes de Relações Públicas responsáveis pela

elaboração do programa. A ação contou também, com envolvimento de funcionários e

professores da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS para autorizações referentes

aos equipamentos necessários para a realização do vídeo. A equipe e usuários da AAPECAN

que participaram das gravações das imagens.

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Tabela de Ações para uso do vídeo institucional

Ação A Produção do Vídeo

Mecânica Registrar imagens da AAPECAN na sede de Porto Alegre e em evento na

Redenção

Comunicação Vídeo Institucional

Recursos necessários Humano, material, tecnológico e financeiro

Custos Sem ônus ao cliente

Públicos envolvidos Membros do grupo de alunos de relações públicas professores e funcionários

da Famecos, equipe da AAPECAN, usuários, comunidade que circula pela Redenção.

Ação B Disseminação do Vídeo na Internet

Mecânica: Disponibilizar o vídeo no site da AAPECAN e link para o vídeo em sites de

ONGs parceiras. Divulgar no Youtube, comunidades / redes sociais (Orkut, facebook, twitter)

Comunicação Comunicado por e-mail

Recursos necessários Acesso a internet

Custos Ação sem ônus.

Públicos envolvidos Grupo e AAPECAN

Avaliação Mensurar as visualizações e postagens de comentários além do número de

download efetuados

Ação C Vídeo como ferramenta de reforço em palestra e eventos públicos

Mecânica Disponibilizar o vídeo em CD para que a AAPECAN possa usá-lo como

material de apoio

Comunicação O vídeo em CD é um instrumento de comunicação

Recursos necessários Humano e tecnológico

Custos Com a gravação do CD, que pode se incluído no material de expediente da

AAPECAN

Públicos envolvidos Grupo e AAPECAN

Avaliação Em palestras: a avaliação neste caso é mensurada através da atenção /

dispersão das pessoas Em eventos: a partir do interesse despertado no público presente no evento

Cronograma com lista de providências e controle

Providencia Responsável Prazo Situação

Criação do Roteiro Carolina Faraco e Lisiane Silva Ok

Reserva do equipamento Prof. Vanessa Ok

Captação das imagens Carolina Ok

Depoimento do presidente Lisiane Não realizado

Edição das imagens Carolina e Lisiane Não realizado

Considerações finais da ação – a falta de agenda do presidente da AAPECAN dentro do

período de realização deste projeto, dificuldades em captar imagens da instituição

comprometeu a realização desta ação. Sendo assim, deixa-se esta ação como sugestão para

futura realização pela instituição.

O roteiro realizado para este projeto, encontra-se no apêndice 2.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido ao grande crescimento organizacional na área da saúde, oportuniza-se a abertura de

instituições de apoio a portadores de diversas patologias. Pelo envolvimento dos realizadores

deste projeto com o tema da leucemia, dentre as diversas ONGs existentes que trabalham a

saúde, escolheu-se a AAPECAN para desenvolver as ações deste trabalho.

Ao analisar o ambiente da AAPECAN, observou-se o constante desafio desta

instituição em adaptar-se às turbulências externas para continuar realizando suas atividades,

uma vez que seus recursos, por serem oriundos na maioria de doações, não são regulares.

Diante deste contexto fica evidente a necessidade que a AAPECAN têm de utilizar as

ferramentas administrativas existentes para adaptarem-se às alterações deste ambiente.

Assim como estar atenta às novas tecnologias visando possíveis oportunidades de recursos

para a instituição.

O grupo de realizadores deste projeto recomenda à associação, manter a

comunicação como ferramenta para sua sobrevivência e também para reforçar suas ações.

Para tanto, precisa trabalhar sua reputação como qualquer outro tipo de organização,

construindo boa imagem, com transparência e credibilidade, assegurando possíveis apoios de

outros setores que incentivarão sua causa. Desta forma, a principal ação proposta é de cunho

informativo e atinge os não portadores de câncer, público até então pouco alcançado pela

AAPECAN. Com esta ação, pretende-se mobilizar as comunidades das cidades onde a

instituição possui sede, recrutando voluntários para participar ativamente das campanhas

idealizadas. Além disso, com este manual espera-se posicionar a AAPECAN como uma ONG

ativa no combate a leucemia, dando credibilidade e reconhecimento junto a seus públicos.

Neste projeto também é proposto a criação de um vídeo institucional, visando

aproximar a organização de seus públicos de interesse, podendo ser usado em diversas

situações. Infelizmente, devido a dificuldade de agenda da direção da AAPECAN e carência

na composição do local e do público para captação das imagens, não foi possível concretizar

esta ação. Contudo, houve cuidado do projeto em deixar o roteiro completo de como a

AAPECAN poderá realizar esta ação em outra oportunidade.

O presente projeto oportunizou a experiência da rotina de uma organização não

governamental, proporcionando ao grupo, aplicar na prática as teorias comunitárias vividas ao

longo do curso.

Foi gratificante desenvolver um manual impresso e conquistar parceria para

impressão, demonstrando que quando a causa é nobre e favorece a sociedade, a

solidariedade prevalece. Espera-se que este projeto possa contribuir com aqueles que vivem a

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espera de um transplante informando a população sobre os procedimentos para cadastro de

doadores voluntário de medula óssea.

A disciplina de projeto experimental comunitário oportuniza a realização de um

trabalho que pode, de fato, interferir positivamente no terceiro setor, abrindo mercado de

trabalho de trabalho para os alunos e ampliando seus horizontes. É com satisfação que os

realizadores deste projeto entregam o trabalho realizado à AAPECAN esperando que esta

relação não se finde com a entrega do documento, mas que perdure ao longo dos anos dando

continuidade ao combate a leucemia por meio da mobilização de doadores voluntários de

medula óssea.

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GLOSSÁRIO

AAPECAN – Associação de Apoio a Pessoas com Câncer

ABRALE – Associação Brasileira de Leucemia

AMRIGS – Associação dos Médicos do Rio Grande do Sul

CFF – Conselho Federal de Farmácia

CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social

CNO – Cadastro Nacional de Organizações Não Governamentais

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem

COREN – Conselho Regional de Enfermagem

CFP – Conselho Federal de Psicologia

CREMERS – Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul

CRFRS – Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul

CRPRS – Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

FAMECOS – Faculdade de Comunicação Social

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

HEMORGS – Hemocentro do Rio Grande do Sul

INCA – Instituto Nacional do Câncer

ONG – Organização Não Governamental

OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesses Públicos

PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor

PIB – Produto Interno Bruto

PIS – Programa de Integração Social

PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea

SBPO – Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia

SIMERS – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul

UFBA – Universidade Federal da Bahia

USP – Universidade de São Paulo

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Referências

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MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2002. 282 p. SAMARA, Beatriz Santos. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. 3. ed. São Paulo: Pearson Education, 2002 TENÓRIO, Fernando. Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. Sites consultados Site do Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor, Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.icd.org.uy/mercosur/informes/2000/falconer1.html> Acesso em 07 set. 2009. Site da Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.sustentabilidade.blog.br/?p=2063> Acesso em 07 set. 2009. Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/indicsaude.pdf> Acesso em 06 set. 2009. Site do Instituto Nacional do Câncer – INCA. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2008> Acesso em 08 set. 2009. Site da Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/internet/proposições> Acesso em 06 set. 2009. Site da Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9608.htm> Acesso em 07 set. 2009. Site da Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm> Acesso em 07 set. 2009. Site da RM3 TV e Multimídia Produtora de Vídeo. Disponível em: <http://www.rm3.com.br> Acesso em 18 nov. 2009.

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Site Jornal Carreira & Sucesso. Seção Tendências. Emprego no terceiro setor: uma visão do Brasil e do Mundo. 126ª ed. Disponível em: <http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=4101> Acesso em 08 nov. 2009. Site da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentável. Instituto de Pesquisas Sociais, Fundação Joaquim Nabuco, Ministério de Educação, Governo Federal, Recife, Brasil. 1994. Disponível em: <http://www.ufbaecologica.ufba.br/index.php> Acesso em 09 nov. 2009. Site do Departamento de Administração do Ensino à Distância da USP. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/284.pdf> Acesso em 07 set. 2009. Site do Dr. Drauzio Varella. Disponível em: <http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/doacaomedula_transplante.asp> Acesso em 14 mar. 2009. Site da National Marrow Donor Program Disponível em: <http://www.marrow.org/> Acesso em: 18 mar. 2009. Site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia Disponível em: <http://www.abrale.org.br> Acesso em 18 mar. 2009. Site da Associação da Medula Óssea - AMEO Disponível em: <http://www.ameo.org.br> Acesso em 18 mar. 2009.

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APÊNDICES

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Apêndice 1 – Modelos do manual apresentados à AAPECAN

Modelo I – Escolhido pela AAPECAN – Capa

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Contracapa

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Modelo II – Capa

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Contracapa

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Apêndice 2 – Roteiro do vídeo institucional proposto

Roteiro para vídeo institucional AAPECAN

1) Abertura com o logo da AAPECAN.

2) Fachadas das sedes (fotos). Abaixo das fotos irão as legendas conforme abaixo:

Legenda 1

Caxias do Sul inaugurou a primeira unidade no estado do Rio Grande do Sul em 28 de março

de 2005, hoje sendo a sede da Instituição.

Legenda 2

Em outubro de 2005 foi inaugurada a unidade de Pelotas, pois a cidade possui um Hospital

Universitário onde pessoas com neoplasia e de baixa renda se encontravam em tratamento.

Legenda 3

Em Bento Gonçalves, a AAPECAN inaugurou em 06 de março de 2006 sua 3ª unidade para a

comunidade da serra.

Legenda 4

Depois de alguns meses instalados na cidade de Bento Gonçalves, a AAPECAN inaugurou

um Posto de Atendimento em Farroupilha para que fosse suprida a população e dado

assistência às pessoas com neoplasia.

Legenda 5

Em Santa Maria, no dia 26 de junho de 2006, inaugura sua 4ª unidade no Estado.

Legenda 6

Santa Cruz do Sul é inaugurada no dia 20 de outubro de 2006, abrangendo os municípios de

Candelária, Rio Pardo, Vale do Sol, Venâncio Aires entre outros.

Legenda 7

Depois de alguns meses instalada na cidade de Santa Cruz do Sul, a AAPECAN inaugurou

um Posto de Atendimento em Lajeado para que fosse suprida toda a assistência para as

pessoas com câncer desta cidade.

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Legenda 8

A sede de Porto Alegre foi fundada no dia 11 de julho de 2008.

Legenda 9

A sede de Rio Grande foi fundada no dia 06 de março de 2009 e o Centro Terapêutico em 28

de março de 2009.

3) Depoimento do usuário (após um momento de algum atendimento).

4) Depoimento de um familiar (mostrando a importância do atendimento para a família do

usuário e o significado da AAPECAN para todos os envolvidos).

5) Filmagem de momentos da AAPECAN (atendimento) - ver quais os atendimentos que

podem ser filmados.

6) Evento externo (BLITZ e/ou evento) – ver se a AAPECAN tem imagens.

7) Fala do presidente (se existir a possibilidade de gravarmos)

8) Informações que devem ser citadas:

Atendimento as pessoas com os mais diversos tipos de câncer, visando dar uma

melhor qualidade de vida aos pacientes.

Fornecimento, assistência e apoio humano-emocional às pessoas adultas, jovens e

crianças com câncer.

Orientação sobre recursos existentes na comunidade e seus direitos.

Viabilização de benefícios da previdência social, PIS/PASEP/ FGTS.

Integração dos pacientes na sociedade.

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Anexos

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Anexo 1 – Material Institucional da AAPECAN

Folder informativo: Câncer como se prevenir – capa

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Folder informativo: Câncer como se prevenir – verso

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Folder Informativo – Câncer... Previna-se – Capa

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Folder Informativo – Câncer... Previna-se – centro

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Folder Informativo – Câncer... Previna-se – centro

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Folder Informativo – Câncer... Previna-se – contra-capa

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Campanha para o usuário Leonardo – Capa

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Campanha para o usuário Leonardo – verso

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Folder Informativo – Encontro de combate ao câncer – capa

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Folder Informativo – Encontro de combate ao câncer – verso

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Jornal da AAPECAN – capa

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Jornal da AAPECAN – centro

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Jornal da AAPECAN – centro

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Jornal da AAPECAN – contra-capa

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Material de apoio da AAPECAN

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Anexo 2 – Fotos das instalações internas da sede de Porto Alegre da AAPECAN

Fotos registradas pelo grupo realizador deste projeto

Recepção da AAPECAN

Sala do Setor de Comunicação

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Sala da Assistência Social

Quadro Comemorativo de 1 ano da AAPECAN Porto Alegre

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Quadro com Missão e Visão da AAPECAN situado na recepção

Setor de Telemarketing

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Equipe da AAPECAN na Copa

Fachada da AAPECAN

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Anexo 3 – Fotos das fachadas das sedes da AAPECAN

Fotos dos arquivos da AAPECAN

Bento Gonçalves

Caxias do Sul

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Farroupilha

Lajeado

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Pelotas

Porto Alegre

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Rio Grande

Santa Cruz do Sul

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Santa Maria

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Anexo 4 – Carta Acordo