Porque as velhas mídias tentam, mas não conseguem entender as novas mídias?
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Para onde caminha a mídia?Semana Acadêmica da PUC-SP
26 de outubro de 2010
Paulo SilvestreGerente de Projetos Digitais
O Estado de S.Paulo
Mídia digital: algoz ou salvadora?
Vítimas de uma nova realidade
The Cincinnati Post
• Primeira edição: 31 de janeiro de 1881
• Última edição: 31 de dezembro de 2007
(depois de 126 anos)
Vítimas de uma nova realidade
Rocky Mountain News
• Primeira edição: 23 de abril de 1859
• Última edição: 27 de fevereiro de 2009
(depois de 149 anos)
Vítimas de uma nova realidade
Seattle Post-Intelligencer
• Primeira edição: 10 de dezembro de 1863
• Última edição: 17 de março de 2009
(depois de 145 anos, apenas online)
Vítimas de uma nova realidade
The Christian Science Monitor
• Primeira edição: 1908
• Misto: desde 27 de março de 2009
(depois de 101 anos, online nos dias úteis e impresso no fim de semana)
Vítimas de uma nova realidade
The Philadelphia Inquirer
• Primeira edição: 1 de junho de 1829
• Situação atual: concordata
Vítimas de uma nova realidade
Los Angeles Times
• Primeira edição: 4 de dezembro de 1881
• Situação atual: concordata
Vítimas de uma nova realidade
Chicago Tribune
• Primeira edição: 10 de junho de 1847
• Situação atual: concordata
Vítimas de uma nova realidade
Post-och Inrikes Tidningar
• Primeira edição: 1645
• Última edição: 1 de janeiro de 2007
(depois de 361 anos, apenas online)
Vítimas de uma nova realidade
Gazeta Mercantil
• Primeira edição: 1920
• Última edição: 29 de maio de 2009
(depois de 89 anos)
Vítimas de uma nova realidade
Jornal do Brasil
• Primeira edição: 9 de abril de 1891
• Última edição: 1 de setembro de 2010
(depois de 119 anos , apenas online)
Vítimas de uma nova realidade
The New York Times
• Primeira edição: 18 de setembro de 1851
• Situação atual: crise geral
Receitas digitais no bolo:
2007: US$ 134M (10%)
2008: US$ 213M (12%)
2009: US$ 306M (15%)
2010: US$ 612M (26%)
Modelo falido
“O pior cego é aquele que não quer escutar.”
EditorialDespesas Receitas
Queda do “paradigma Gutenberg”
Johannes Gutenberg(1398 – 1468)
Queda do “paradigma Gutenberg”
poucos para poucos
poucos para muitos
Queda do “paradigma Gutenberg”
muitos para muitos
Editorial: “não quero ver”
“A Internet é má e nossa inimiga!”
Editorial: “não quero ver”
Grande imprensa x “jornalismo cidadão”Tamanho não é sinônimo de agilidade,
precisão, confiabilidade ou credibilidade.
Editorial: “não quero ver”
“As pessoas ainda querem que alguém lhes diga o que ler”
Editorial: “não quero ver”
O jornalismo caminha para omesmo fim da indústria fonográfica?
Despesas: “não quero ouvir”
"Bom jornalismo custo caro" é uma meia verdade:alto custo para grandes coberturas.
Vantagem de quem está no lugar e na hora certos.Grande imprensa continuará existindo.
Despesas: “não quero ouvir”
ComplementaridadeGrande imprensa + "jornalismo cidadão"
Grandes articulistas já possuem seus blogs independentes.
Despesas: “não quero ouvir”
Custos "invisíveis" de um jornalApenas 20% é conteúdo!
Afinal, o que as pessoas compram?
Despesas: “não quero ouvir”
A necessidade do papel como transmissor deixou de existir:Web, celulares, e-readers, tablets e o que mais surgir.
Despesas: “não quero ouvir”
Estudo de Nicholas Carlson, do The Business Insider:um Kindle custa menos que o papel usado pelo
The New York Times para cada assinante a cada ano.
Despesas: “não quero ouvir”
Alteração nos meios de produção:crossmedia precisa ser mais ágil e barata.
Receitas: “não quero falar”
Tiragens crescentes; fatias publicitárias minguantes:•TV nadando de braçada e mantendo 50%;•impresso caindo;•mídias digitais crescendo;•rádio caindo;•mídia externa caindo.
Receitas: “não quero falar”
Concorrência entre impressos:o tombo só não foi mais dramático
graças aos crescentes títulos gratuitos
Receitas: “não quero falar”
Anúncios baratos em mídias digitais: contradição!Questões históricas e lobby das outras mídias.
Receitas: “não quero falar”
Cenário até 2015 para impressos:otimistas dizem que receitas apenas acompanharão o IPC;
pessimistas preveem uma queda de 40% na receita.
E agora, José?
Óbvio ululante:• cortar custos e aumentar receitas.
• Para isso, mudança profunda nos produtos.
O que deve ter um jornal do futuro?
Noticiário personalizado a partir da reorganizaçãodo material segundo critérios de relevância
do usuário (informados ou coletado).
O que deve ter um jornal do futuro?
Conteúdo realmente multimídia e interativo(concebido assim desde a pauta).
O que deve ter um jornal do futuro?
Experiência informativa expandida com recursosde toda a Web, e não apenas com produtos dapublicação ou de produtos da mesma empresa.
O que deve ter um jornal do futuro?
Possibilidade de participação efetiva do usuário,muito além dos comentários observados hoje em alguns sites.
O que deve ter um jornal do futuro?
Fim do “conteúdo fechado a assinantes”,Adotando novos modelos de negócios que privilegiem
usuários pagantes sem penalizar os não-pagantes.
O que deve ter um jornal do futuro?
Produto jornalístico que transcenda diferentes mídias,tirando proveito do que cada uma tem de melhor, a despeito
da mera transposição de conteúdo da “mídia de origem”.
Crise? Que crise?
O momento não é de crise: é de oportunidade.Especialmente para vocês!